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Participação das mulheres no movimento pela reabertura do Caminho do Colono (1986-2013) / Participation of women in the motion for reopening the "Caminho do Colono" (1986-2013)

Grapiglia, Nivia Maria Bogoni 24 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T17:55:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nivia_Maria_Bogoni_Grapiglia.pdf: 5575113 bytes, checksum: 6db6fe22c4f9d80c86babff972075111 (MD5) Previous issue date: 2013-09-24 / "Caminho do Colono", an eighteen-kilometer road which cross the Iguassu National Park, between the cities of Serranópolis do Iguaçu and Capanema, in the West region of Paraná, became the scene of several conflicts in recent years. On one side, people who defend the permanence of the road closure, on the other side, the ones who agree with its reopening. These conflicts have generated several debates, clashes and discussion among environmental agencies, government representatives and locals, reflecting on environmental issues nationally discussed. In the way that the road crosses the Iguassu National Park, any matter or discussion about it, involves other areas of preservation. In 1997, ten years after the first road closure, locals, tired of waiting for judgments, organized themselves, occupied the road and started using it again. From this occupation, several clashes occurred, promoting a series of closures and reopenings which marked and still mark the history of the road and the population of the neighboring cities of the Park. Social people from different groups driven by multiple reasons participated in public actions. However, by searching for information related to "Movimento Pró-Reabertura do Caminho do Colono" (Motion for Reopening the "Caminho do Colono"), we notice that in both records made by press and works, the testimonials are predominantly male, thus setting the motion as of and made by men. The interviews we collect, unlike, point to another direction, they demonstrate that women participated in large numbers along the process of claim, in public and sometimes, direct actions, in clashes with police. Hence, the central concern of this study is to analyze the participation of women in "Movimento Pró-Reabertura do Caminho do Colono". How do women from the city and from the countryside, with different background and roles in society, understand the closure and public actions for the reopening of the road? How have they participated? How do they evaluate the constitution of their subjectivity from experiences of claim, specially the ones from camps along the "Caminho do Colono"? / O Caminho do Colono, percurso de dezoito quilômetros que corta o Parque Nacional do Iguaçu, entre os municípios de Serranópolis do Iguaçu e Capanema, na região Oeste do Paraná, tornou-se, nos últimos anos, palco de diversos conflitos. De um lado, os que defendem a continuidade do fechamento da estrada e, de outro, os que se posicionam pela reabertura da mesma. Esses conflitos têm gerado diversos debates, enfrentamentos e discussões entre órgãos ambientalistas, representantes do governo e moradores da região, repercutindo em questões ambientais debatidas nacionalmente. Na medida em que a estrada corta o Parque Nacional do Iguaçu (PNI), qualquer questão ou decisão sobre ela envolve outras áreas de conservação. No ano de 1997, dez anos após o primeiro fechamento da estrada, moradores da região, cansados de esperar pela decisão judicial, organizaram-se, ocuparam o caminho e passaram a utilizá-lo novamente. A partir dessa ocupação, diversos enfrentamentos ocorreram, promovendo uma sucessão de fechamentos e reaberturas que marcaram e ainda marcam a história do percurso e da população dos municípios limítrofes ao PNI. Das ações coletivas participaram sujeitos sociais de diferentes grupos e movidos por uma multiplicidade de interesses. No entanto, ao buscar informações referentes ao denominado Movimento Pró-Reabertura do Caminho do Colono , observamos que, tanto nos registros feitos pela imprensa como em obras, os depoimentos predominantemente são de homens, configurando, assim, o referido movimento como de e feito por homens. As entrevistas por nós realizadas, ao contrário, apontam para outra direção, demonstram que as mulheres participaram durante todo o processo de reivindicação e em grande número, em ações coletiva e por vezes direta, como de enfretamento ao aparato policial. Dessa forma, a preocupação central deste trabalho é analisar a participação das mulheres no Movimento Pró-Reabertura do Caminho do Colono. Como mulheres do campo e da cidade, com diferentes trajetórias de vida e com inserções diversas nas relações sociais, interpretam o fechamento e as ações coletivas pela reabertura da estrada? Como participaram? Como avaliam a constituição de suas subjetividades a partir das experiências de reivindicação, especialmente as vividas nos tempos e espaços dos acampamentos organizados no trajeto designado como Caminho do Colono?

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