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Legitimando saberes indígenas na escola

Gomes, Luana Barth January 2011 (has links)
A dissertação aqui apresentada se dedica a verificar os saberes ameríndios presentes em duas escolas não-indígenas, sendo que foi dedicada atenção especial à escola que atende jovens em situação de vulnerabilidade social e recebe, semanalmente, um grupo de pessoas Kaingang para desenvolver um projeto com a cerâmica. O objetivo do trabalho foi verificar o que muda na concepção que se tem em relação à temática indígena dos alunos, professores e coordenadores em uma escola que tem presença constante de ameríndios. As principais questões que mobilizaram o pensamento foram: O que se modifica na representação de índio dos alunos não-indígenas em uma escola com circulação constante de indígenas? Que identificações os alunos têm acerca dos saberes e práticas indígenas? O convívio com ameríndios suscita o reconhecimento de possíveis ancestralidades indígenas? Há identificação entre a história de vida dos alunos e a dos indígenas? Inicialmente, a pesquisa foi realizada em duas escolas públicas de Ensino Fundamental, através da aplicação de questionários com os alunos, professores e coordenadores, com perguntas pré-formuladas sobre a temática indígena. Ao perceber que os questionários acionavam respostas superficiais e automáticas, mudei a metodologia do trabalho, optando por realizar na segunda etapa da pesquisa oficinas com os alunos de uma das escolas, que têm contato permanente com os Kaingang, mas sem desconsiderar os resultados obtidos com os questionários que foram aplicados e analisados anteriormente. Comecei com uma oficina que propunha a discussão a partir de imagens que mostravam os indígenas em diferentes situações da vida e, na segunda oficina, centralizei uma conversa que teve como base o livro “Meu avô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória” de Daniel Munduruku. Também observei as oficinas de cerâmica realizadas com os Kaingang. Percebi que a escola Porto Alegre está possibilitando um espaço de interculturalidade, mostrando que é possível aproximar e fazer conviver duas culturas, mantendo uma interação respeitosa, além de possibilitar o reconhecimento da ancestralidade e da valorização dos conhecimentos indígenas. O espaço diferencial que está sendo constituído pela Escola Porto Alegre faz com que sentimentos de exclusão, comuns numa escola que trabalha com jovens em situação de vulnerabilidade social, desapareçam. A presença dos Kaingang torna a escola um lugar de trocas, um espaço onde são livres as identificações e afinidades, onde há admiração pelo outro. Esse é um caminho para pensarmos a escola como um espaço de vivência, construindo um local de conhecimento comum e de compartilhar experiências. / The thesis presented here is dedicated to verify the Amerindians’ knowledge present in two non-Indian schools. Special attention was devoted mainly to the school which serves young people in situation of social vulnerability and receives a weekly ‘Kaingang’ group of people to develop a pottery project. The objective of this study was determining which changes have been happening related to the conceiving that exists related to indigenous theme from students, teachers and administrators in a school which has a constant presence of Amerindians. The main issues captured by my thinking were: What is changed in the representation of the Indian made by the non-indigenous students in a school with constant circulation of indigenous people? What kind of identification students feel about indigenous knowledge and practices? The contact with Amerindians raises the recognition of a possible Indian ancestry? Is there any identification between the student’s lives history and the Indigenous? Initially, the survey was conducted in two public schools at the elementary level through questionnaires for students, teachers and coordinators, with pre-formulated questions about indigenous themes. Realizing that the questionnaires were generating automatic and superficial answers, I changed the methodology of work and chose to perform in the second stage of the research, workshops with students at one school, which has a constant contact with the ‘Kaingang’ tribe representatives, however with no disregard to the results obtained with the questionnaires previously applied and previously analyzed. I started with a workshop with a debate proposed from images showing the Indians in different life situations and in a second workshop, focusing in the conversation based on the book "My grandfather Apollinaris: a dip in the river of (my) memory ", by Daniel Munduruku. Meanwhile, I also paid attention to the pottery workshops held with the ‘Kaingang’ people. I realized that Porto Alegre school is providing an intercultural space, showing that it is possible to happen an approaching and living between two different cultures maintaining a respectful interaction and allowing the recovery of indigenous knowledge and the recognition of ancestry. The unique space which has been created by the Porto Alegre school causes that feelings as exclusion, so common inside those schools working with young people in situations of social vulnerability are minimized. The presence of ‘Kaingang’ people turns that school into an area of exchange, a free space where there are identifications, affinities and appreciation of each other. This is a way of thinking school as a living space, building a place of mutual knowledge and sharing experiences.
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Direitos humanos, povos indígenas e interculturalidade / Human rights, indigenous peoples, and interculturality

Pedro Pulzatto Peruzzo 21 November 2011 (has links)
Considerando a atual situação dos povos indígenas no Brasil e a necessidade de se inserir no Direito a proposta de diálogo intercultural, na presente pesquisa tem-se como objetivo situar o Direito como fruto de discursos históricos e políticos decorrentes de influências de algumas correntes antropológicas e filosóficas que tomaram o outro como sujeito de pesquisa e, a partir dessa análise, identificar as necessidades e vias possíveis para a implementação do diálogo intercultural enquanto processo discursivo simétrico de construção de consensos. / Considering the current situation of the indigenous peoples in Brazil and the need to introduce in the Science of Law the proposal of intercultural dialogue, this research aims to identify the Science of Law as a result of certain historical and political discourses arising from the anthropological and philosophical studies that took the other as a research subject and, from this analysis, to identify possible ways and needs for the implementation of the intercultural dialogue as a discursive symmetric process to building consensus.
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O cuidado à saúde da população indígena Mura de Autazes-Amazonas: a perspectiva das enfermeiras dos serviços / Health Care of Indigenous Population Mura de Autazes-Amazonas: The Nurses\' Perspective of Services

Rizioléia Marina Pinheiro Pina 15 August 2017 (has links)
Introdução: A pesquisa analisa em uma perspectiva etnográfica o cotidiano de cuidado de enfermeiras à população indígena Mura do município de Autazes-Amazonas. Objetivo: Analisar a perspectiva das enfermeiras sobre o cuidado à saúde da população indígena Mura do município de Autazes-Amazonas. Metodologia: Trata-se de um estudo etnográfico, realizado com dez enfermeiras que atuavam no cuidado à população indígena Mura no Município de Autazes, nos cenários do Hospital de Autazes e dos Polos- Base das aldeias de Pantaleão e Murutinga. O trabalho de campo foi realizado no período de agosto de 2015 a janeiro de 2016, sendo coletados os dados por meio da observação participante, com anotação sistemática em diário de campo, e de entrevistas semi- estruturadas, seguindo um roteiro com aspectos relacionados ao perfil das participantes e perguntas voltadas ao conhecimento sobre saúde indígena, experiência do cuidar do indígena e formação do enfermeiro para atuação em contexto indígena. A coleta e a análise de dados foram realizadas concomitantemente durante toda a realização do trabalho de campo, que foram agregados em temas, elaborados com base nas observações de campo e nos dados das entrevistas, sendo discutidos segundo o referencial da antropologia da saúde, das Políticas de Saúde Indígena, dos conceitos de cuidar/cuidado em um sentido mais amplo no campo da Enfermagem e, em particular, na perspectiva do cuidado transcultural. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de São Paulo. Resultados: Foram elencados seis temas que discorrem sobre os cuidados de enfermagem à saúde indígena, envolvendo os desafios e as dificuldades vivenciadas pelas participantes do estudo. Os temas que emergiram foram: Práticas de cuidado de enfermeiras à população indígena Mura de Autazes; O contexto hospitalar e o cuidar do indígena Mura; Cuidados diferenciados e atenção diferenciada: entre modos de olhar e de cuidar da população indígena Mura; Aspectos culturais que envolvem o cuidado ao indígena Mura: dificuldades e desafios para enfermeiras; Fragilidades estruturais dos serviços: dificuldades e desafios para as ações de saúde junto à população indígena e Fragilidades na formação do enfermeiro para atuação em contexto intercultural. Conclusão: Os resultados revelam a necessidade premente de mudanças estruturais no processo de trabalho e melhores condições para realização das ações de cuidados da enfermeira à população indígena; de formação continuada que contemple as especificidades culturais da população indígena; de ação interdisciplinar que promova o diálogo entre saúde, antropologia e cuidado transcultural para minimizar atitudes etnocêntricas dos profissionais de saúde à população assistida no contexto investigado. Recomenda-se fortemente que as Instituições de Ensino Superior em regiões geográficas com população indígena reorientem seus currículos para a formação do enfermeiro para atuar em contexto intercultural e com competências para prestar atenção diferenciada à população indígena. Novas pesquisas precisam ser desenvolvidas para preencher lacunas nessa área de conhecimento. / Introduction: The research analyzes, from an ethnographic perspective, the daily care of nurses to the indigenous Mura population of the municipality of Autazes-Amazonas. Objective: To analyze the nurses\' perspective on the health care of the indigenous Mura population of the municipality of Autazes-Amazonas. Method: This is an ethnographic study carried out with ten nurses who worked in the care of the indigenous Mura population in the municipality of Autazes, in the settings of the Hospital of Autazes and the Base Poles of the villages of Pantaleão and Murutinga. Field work was carried out from August 2015 to January 2016, and data were collected through participant observation, with systematic annotation in field diaries, and semi-structured interviews, following a script with aspects related to the profile of the participants and questions related to knowledge about indigenous health, indigenous care experience, and nurse training to work in an indigenous context. Data collection and analysis were performed concomitantly throughout the field work. Data were aggregated into themes, elaborated based on field observations and interview data, discussed according to the anthropology of health, the Indigenous Health Policies, the concepts of care/caring in a broader sense in the field of Nursing and, in particular, from the perspective of cross-cultural care. The research was approved by the Research Ethics Committee of the School of Nursing of São Paulo. Results: Six themes were named that discuss nursing care for indigenous health, involving the challenges and difficulties experienced by the study participants. Themes that emerged were: Practices of care of nurses to the indigenous population Mura de Autazes; The hospital context and the care of the indigenous Mura; Differentiated care and differentiated attention: between ways of looking and caring for the indigenous Mura population; Cultural aspects that involve care for the indigenous Mura: difficulties and challenges for nurses; Structural weaknesses of services: difficulties and challenges for health actions with the indigenous population and Fragilities in the training of nurses to work in an intercultural context. Conclusion: The results reveal the urgent need for structural changes in the work process and better conditions for carrying out nursing care actions to the indigenous population; Continuing education that contemplates the cultural specificities of the indigenous population; Interdisciplinary action that promotes the dialogue between health, anthropology and transcultural care to minimize ethnocentric attitudes of health professionals to the population assisted in the investigated context. It is strongly recommended that Higher Education Institutions in geographic regions with indigenous populations reorient their curricula to the training of nurses to act in an intercultural context and with competencies to give differentiated attention to the indigenous population. New researches need to be developed to fill gaps in this area of knowledge.
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O torÃm como lugar de memÃria e espaÃo de formaÃÃo na educaÃÃo escolar diferenciada indÃgena tremembà / The TorÃm as a place of memory and as training space in the education differentiated indigenous school TremembÃ.

Renata Lopes de Oliveira 25 August 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O TorÃm à uma danÃa de roda ancestral realizada pela populaÃÃo indÃgena Tremembà da localidade de Almofala, distrito de Itarema no CearÃ. Nesta pesquisa buscamos identificar como o TorÃm faz parte do cotidiano escolar da Escola IndÃgena Maria VenÃncia. A ideia foi verificar os contributos da inserÃÃo do TorÃm como prÃtica pedagÃgica e temÃtica de estudo para o fortalecimento da singularidade cultural do povo TremembÃ, considerando os referenciais da colonialidade/descolonialidade. Para tal, nos utilizamos dos referenciais metodolÃgicos da etnografia. Nesse percurso acompanhamos os momentos dedicados à realizaÃÃo do TorÃm na Escola com os alunos do ensino fundamental. Participamos das disciplinas âTorÃm e Espiritualidade TremembÃâ, no ensino mÃdio, e âTorÃm: CiÃncia, Filosofia e Espiritualidade TremembÃâ, no ensino superior, e realizamos entrevistas do tipo narrativa, com a finalidade de compreender o significado que os professores atribuem à danÃa do TorÃm. Verificamos que, atualmente, o TorÃm alÃm de prÃtica social se configura como prÃtica pedagÃgica e disciplina da matriz curricular da EducaÃÃo Escolar Diferenciada IndÃgena TremembÃ. O TorÃm, como pratica pedagÃgica na EEDITE, tem a funÃÃo de ensinar as crianÃas o canto e a danÃa desse ritual. Como disciplina curricular o TorÃm favorece o reconhecimento e a valorizaÃÃo da cultura TremembÃ, pois possibilita discutir temas como polÃtica, espiritualidade, lazer. / The TorÃm is an ancient circle dance performed by the Tremembà indigenous population of the town of Almofala, Itarema/CearÃ. In this research we seek to identify how the TorÃm is part of the everyday school life of Indigenous School Maria VenÃncia. The idea was to investigate the contributions of TorÃm as pedagogical practice and as thematic study to strengthen the cultural uniqueness of the Tremembà people, considering the references of colonialism / descolonialim. To do this, we use the methodological references of ethnography. In this trajectory, we observe the moments devoted to the Torem in school with elementary school students. We participated in the disciplines "TorÃm and Spirituality TremembÃ" in high school, and " TorÃm: Science, Philosophy and Spirituality TremembÃ" in higher education,and we conducted narrative interviews, to know which meanings are attributed to dance TorÃm by teachers. Currently, We found that the TorÃm, beyond a social practice, is also a pedagogical practice and a discipline of the curriculum of the School Differentiated Indigenous Tremembà Education. The TorÃm as pedagogical practice in EEDITE, serves to teach children the corner and the dance of this ritual. As a curricular discipline TorÃm favors the recognition and appreciation of Tremembà culture, it allows discuss topics such as politics, spirituality, leisure.
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Legitimando saberes indígenas na escola

Gomes, Luana Barth January 2011 (has links)
A dissertação aqui apresentada se dedica a verificar os saberes ameríndios presentes em duas escolas não-indígenas, sendo que foi dedicada atenção especial à escola que atende jovens em situação de vulnerabilidade social e recebe, semanalmente, um grupo de pessoas Kaingang para desenvolver um projeto com a cerâmica. O objetivo do trabalho foi verificar o que muda na concepção que se tem em relação à temática indígena dos alunos, professores e coordenadores em uma escola que tem presença constante de ameríndios. As principais questões que mobilizaram o pensamento foram: O que se modifica na representação de índio dos alunos não-indígenas em uma escola com circulação constante de indígenas? Que identificações os alunos têm acerca dos saberes e práticas indígenas? O convívio com ameríndios suscita o reconhecimento de possíveis ancestralidades indígenas? Há identificação entre a história de vida dos alunos e a dos indígenas? Inicialmente, a pesquisa foi realizada em duas escolas públicas de Ensino Fundamental, através da aplicação de questionários com os alunos, professores e coordenadores, com perguntas pré-formuladas sobre a temática indígena. Ao perceber que os questionários acionavam respostas superficiais e automáticas, mudei a metodologia do trabalho, optando por realizar na segunda etapa da pesquisa oficinas com os alunos de uma das escolas, que têm contato permanente com os Kaingang, mas sem desconsiderar os resultados obtidos com os questionários que foram aplicados e analisados anteriormente. Comecei com uma oficina que propunha a discussão a partir de imagens que mostravam os indígenas em diferentes situações da vida e, na segunda oficina, centralizei uma conversa que teve como base o livro “Meu avô Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória” de Daniel Munduruku. Também observei as oficinas de cerâmica realizadas com os Kaingang. Percebi que a escola Porto Alegre está possibilitando um espaço de interculturalidade, mostrando que é possível aproximar e fazer conviver duas culturas, mantendo uma interação respeitosa, além de possibilitar o reconhecimento da ancestralidade e da valorização dos conhecimentos indígenas. O espaço diferencial que está sendo constituído pela Escola Porto Alegre faz com que sentimentos de exclusão, comuns numa escola que trabalha com jovens em situação de vulnerabilidade social, desapareçam. A presença dos Kaingang torna a escola um lugar de trocas, um espaço onde são livres as identificações e afinidades, onde há admiração pelo outro. Esse é um caminho para pensarmos a escola como um espaço de vivência, construindo um local de conhecimento comum e de compartilhar experiências. / The thesis presented here is dedicated to verify the Amerindians’ knowledge present in two non-Indian schools. Special attention was devoted mainly to the school which serves young people in situation of social vulnerability and receives a weekly ‘Kaingang’ group of people to develop a pottery project. The objective of this study was determining which changes have been happening related to the conceiving that exists related to indigenous theme from students, teachers and administrators in a school which has a constant presence of Amerindians. The main issues captured by my thinking were: What is changed in the representation of the Indian made by the non-indigenous students in a school with constant circulation of indigenous people? What kind of identification students feel about indigenous knowledge and practices? The contact with Amerindians raises the recognition of a possible Indian ancestry? Is there any identification between the student’s lives history and the Indigenous? Initially, the survey was conducted in two public schools at the elementary level through questionnaires for students, teachers and coordinators, with pre-formulated questions about indigenous themes. Realizing that the questionnaires were generating automatic and superficial answers, I changed the methodology of work and chose to perform in the second stage of the research, workshops with students at one school, which has a constant contact with the ‘Kaingang’ tribe representatives, however with no disregard to the results obtained with the questionnaires previously applied and previously analyzed. I started with a workshop with a debate proposed from images showing the Indians in different life situations and in a second workshop, focusing in the conversation based on the book "My grandfather Apollinaris: a dip in the river of (my) memory ", by Daniel Munduruku. Meanwhile, I also paid attention to the pottery workshops held with the ‘Kaingang’ people. I realized that Porto Alegre school is providing an intercultural space, showing that it is possible to happen an approaching and living between two different cultures maintaining a respectful interaction and allowing the recovery of indigenous knowledge and the recognition of ancestry. The unique space which has been created by the Porto Alegre school causes that feelings as exclusion, so common inside those schools working with young people in situations of social vulnerability are minimized. The presence of ‘Kaingang’ people turns that school into an area of exchange, a free space where there are identifications, affinities and appreciation of each other. This is a way of thinking school as a living space, building a place of mutual knowledge and sharing experiences.
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Zoneamento etno-ambiental da terra indígena de Ligeiro : um estudo com base na ecologia de paisagem

Inácio, Júlio Cézar January 2005 (has links)
O presente trabalho, objetivou elaborar o zoneamento etno-ambiental da T.I. ligeiro. Para tanto foram utilizados os conceitos de Ecologia de Paisagem e a integração de várias técnicas de análise. O estudo da geomorfologia da T.I. Ligeiro identificou que a mesma está organizada em quatro patamares estruturais, denominados por algarismos arábicos de 1 a 4, em ordem crescente das altitudes inferiores para as superiores. O patamar 1 (P1), corresponde aos terraços fluviais ao longo da margem do Rio Ligeiro. O patamar 2 (P2) e 4 (P4), são restritos e descontínuos e, o patamar 3 (P3), é o mais contíguo e extenso. O diagnóstico das classes de solos, feito de acordo com o Sistema brasileiro de classificação, demonstrou que a distribuição das mesmas tem uma estreita relação com a geomorfologia. Em linhas gerais, solos rasos e pouco desenvolvidos tendem a ocorrer em áreas de encostas e altitudes elevadas. Os neossolos distribuem-se com maior freqüência nas vertentes e encostas entre os patamares, principalmente entre P1 e o P2. No entanto solos mais profundos e bem desenvolvidos tendem a ocorrer em terrenos mais planos ou com pouca variação. Os latossolos se fazem presente no patamar P3, com pouca ondulação do relevo. A análise da hidrografia identificou três tipos de cursos d’água: a) o Rio Ligeiro, com canal meandrante inciso em vale bem profundo, b) o Rio dos Índios, bem mais retilíneo e em vale pouco escavado e c) os afluentes dos canais anteriores, em sua maioria, com nascentes em áreas de banhados nos patamares intermediários, preferencialmente no P3 dentro da própria Terra Indígena. Os rios e banhados constituem-se ainda em importante elemento cultural na cosmovisão Kaingang.O diagnóstico da vegetação mostrou que uma há uma matriz perturbada pelas continuadas práticas extrativistas de madeira e agricultura. A matriz original era formada por Floresta Estacional Semidecidual, nos vales incisos e patamares mais baixos, por Floresta Ombrófila Mista, nos patamares mais elevados, e por Floresta Ombrófila Densa nas escarpas e patamares intermediários. Dessa matriz, ocorrem ainda manchas remanescentes, sendo a mais perturbada aquela referente à Floresta Ombrófila Mista. A caracterização fitossociológica, feita por meio de transeccionais, mostrou que a Nectandra megapotamica apresenta os maiores valores em relação às demais espécies, com maior ocorrência nas manchas da Floresta Ombrófila Densa. Esse procedimento de caracterização permitiu, ainda, identificar três grupos de espécies nitidamente definidos: a) Myrtaceae (Eugenia sp, Eugenia piriformis, Myrciantes gigantea, etc.), predominantes na Floresta Estacional Semidecidual Aluvial; b)Lauraceae (Nectandra megapotamica, Nectandra lanceolata, Nectandra rígida, etc.), predominantes na Floresta Ombrófila Densa; c) Araucariaceae (Araucaria angustifólia), embora não predominante e com baixa freqüência, constitui a fitofisionomia do extrato superior da Floresta Ombrófila Mista. Essa formação apresenta um sub-bosque denso com a ocorrência de espécies como as Nectandras, o Allophylus edulis, Cedrela fissilis, Cupania vernalis, entre outras. Os tipos de uso do solo estão relacionados com duas formas gerais de práticas de ocupação. De um lado há o uso agrícola, que utiliza técnicas como o sistema de coivaras e o plantio direto. De outro, existe o uso cultural dos recursos naturais disponíveis, que confere a cada mancha remanescente uma característica etno-ambiental. Esses usos se constituem na principal base sócio econômica da população aí residente. Como sínteses finais do estudo do zoneamento etno-ambiental, foram identificadas duas grandes unidades etno-ambientais: a) Unidade etno-ambiental de patamares elevados em maiores altitudes; e b) Unidade etno-ambiental de patamares menos elevados, em menores altitudes. Outras cinco subunidades etno-ambientais foram identificadas por meio da sobreposição dos dados temáticos acima descritos. / This work aims to establish the ethnoenvironmental zones of the Ligeiro Indigenous Territory based on Landscape Ecology framework and several integrated tools of land analysis related to geomorphology, soils, rivers, vegetation and Kaingang culture. The Ligeiro Indigenous Territory is located in the Brazilian Meridional Plateau. The geomorphology is characterized by three main terraces modeled by the fluvial erosion of Ligeiro river. The terrace P1 is an alluvial plain along the Ligeiro riverbanks with altitude of 480 m; P2, the intermediate terrace, is restricted to some areas and the elevation is circa of 540 m; P3, the most extensive terrace, with an altitude of 660 m. Steeper slopes is located both between P1-P2 and P2-P3 terraces. The distribution pattern of soil units, identified according to Brazilian Soils Classification System, is droved by geomorphology. In general, thin and low developed soils occur in slopes hills with high elevation. Most entisoles occur in slopes between P1 and P2 terraces. Usually, thick and very developed soils occur in flat or undulated areas. The oxisoles occur on the low undulated P3 terrace. Three kind of fluvial channels was identified: a) Ligeiro river, with a meandering channel in a deep incised valley; b) Índios river, with a straight channel in a shallow valley; and c) the tributary of these channels, usually with its springs in humidity lands on the intermediate terraces pertaining of Indigenous Territory. Rivers and humidity land are an important cultural element of Kaingang perception and understanding. The vegetation pattern shows a disturbed matrix due a long extraction of wood and agriculture practices. The original matrix was constituted by Alluvial deciduous forest on the incised deep valley and low terraces, Mixed Araucaria-broadleaf forest on the elevated terraces, and Broadleaf subtropical forest on slopes and intermediate terraces. Many remnant patches occur from these matrixes. The patch related with Mixed Araucaria-broadleaf forest is the most disturbed. The fitosociologic survey using the transectional method show high values to Nectandra megapotamica in relation to others species. This specie occurs mainly in Broadleaf subtropical forest patches. The transactional method allow to identify three vegetation groups: a) Myrtaceae (Eugenia sp, Eugenia piriformis, Myrciantes gigantea, etc.), mainly in the Alluvial deciduous forest; b) Lauraceae (Nectandra megapotamica, Nectandra lanceolata, Nectandra rígida, etc.), mainly in the Broadleaf subtropical forest; c) Araucariaceae (Araucaria angustifólia). Although it occurs with low frequency and it is not predominant, this specie draw the phyto physiognomic of high stratum of the Mixed Araucaria-broadleaf forest. This formation show a dense lower stractun with species like Nectandras, o Allophylus edulis, Cedrela fissilis, Cupania vernalis.
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O papel, a pena e a fronteira : manifestações escritas e ação indígena nas reduções guaranis do Paraguai (1767-1810)

Ranzan, Alfredo Campos January 2015 (has links)
Essa dissertação procura demonstrar o protagonismo dos indígenas na condução dos povos guarani-missioneiros do Paraguai, após a expulsão dos jesuítas até o início do século XIX. Analisa a apropriação que os indígenas fizeram dos documentos escritos e destaca algumas trajetórias individuais que são reveladas por esses documentos. Primeiro são verificados os livros de controle implantados pela administração espanhola, nos quais os indígenas participavam ajudando na coleta de informações, ao mesmo tempo em que podiam burlar os controles quando não estavam satisfeitos com a situação. Num segundo momento, demonstra como os indígenas manifestaram-se continuamente através da prática letrada para atingir seus objetivos, seja aproximar-se da administração colonial ou participando dos conflitos que ocorriam. Por fim, reflete sobre a atuação dos indígenas na ocupação portuguesa das sete reduções localizadas do lado oriental do Rio Uruguai e a participação deles nos primeiros anos após a aliança com os portugueses. / Essa dissertação procura demonstrar o protagonismo dos indígenas na condução dos povos guarani-missioneiros do Paraguai, após a expulsão dos jesuítas até o início do século XIX. Analisa a apropriação que os indígenas fizeram dos documentos escritos e destaca algumas trajetórias individuais que são reveladas por esses documentos. Primeiro são verificados os livros de controle implantados pela administração espanhola, nos quais os indígenas participavam ajudando na coleta de informações, ao mesmo tempo em que podiam burlar os controles quando não estavam satisfeitos com a situação. Num segundo momento, demonstra como os indígenas manifestaram-se continuamente através da prática letrada para atingir seus objetivos, seja aproximar-se da administração colonial ou participando dos conflitos que ocorriam. Por fim, reflete sobre a atuação dos indígenas na ocupação portuguesa das sete reduções localizadas do lado oriental do Rio Uruguai e a participação deles nos primeiros anos após a aliança com os portugueses.
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Terra e artesanato Mbyá-Guarani : polos da contraditória política indigenista no Rio Grande do Sul

Marquesan, Fabio Freitas Schilling January 2013 (has links)
O objetivo deste trabalho é desvelar as contradições inerentes às políticas ou ações que preconizam o artesanato enquanto meio de sobrevivência nas comunidades indígenas Mbyá-Guarani no estado do Rio Grande do Sul (RS). A atividade artesanal integra programas de inclusão social na condição de solução para a geração de renda e preservação identitária dessas comunidades. Entretanto, oculta uma estratégia que procrastina o enfrentamento do problema da concessão e demarcação das terras indígenas. O consenso social formado em torno dessa política fragiliza a luta pela terra por parte dos povos originários, e o incentivo ao artesanato acaba por desviar as atenções dessa questão crítica. Ainda assim, o artesanato indígena é uma alternativa legítima para a preservação de modos de fazer e formas de organização autóctones que definem padrões de interação social autônomos. É, portanto, uma atividade capaz de manter vivos os sistemas societais específicos de cada etnia indígena. Mas, em contraponto a esse consenso, formula-se a hipótese de que tal política impede o fortalecimento de uma agenda pública realmente efetiva no que diz respeito ao cumprimento da legislação que determina a demarcação e registro das terras indígenas. Para viver em acordo com seus modos tradicionais, as comunidades indígenas precisam dispor de amplos espaços naturais preservados. E isso não é contemplado quando ocorrem assentamentos em áreas de tamanho diminuto e pobres em recursos naturais. Trata-se, pois, da defesa de um posicionamento que confronta tanto a política indigenista quanto a pesquisa em administração no Brasil, que têm se pautado por doutrinas que não oferecem respostas a questões como essas. A filosofia positivista, que propunha a conversão do indígena tido como selvagem em cidadão civilizado, integrado à sociedade, foi dominante em praticamente toda a história da política indigenista brasileira, e seus resquícios ainda se fazem presentes. O paradigma sistêmico-estrutural funcionalista, por outro lado, tem constituído a ortodoxia nos estudos em administração no Brasil e tanto o questionamento de seus pressupostos quanto a busca por outras formas organizativas têm sido feitos de modo fragmentado. Por fim, compreende-se que a questão indígena, pela carga de interesses, preconceitos e toda sorte de equívocos que a cercam, torna-se um meio privilegiado para que se explore a crítica nos estudos organizacionais. Uma crítica que se propõe a desvelar a aparência de que se estaria diante de políticas transformadoras quando, de fato, permanecem incontestes os mecanismos fundamentais da exploração capitalista. Ainda que imersos no discurso positivo do respeito e da valorização da diversidade. / The goal of this Thesis is to address the contradictions contained in the policies, and the actions that uses handicrafts as a means of survival in indigenous communities Mbyá-Guarani in the State of Rio Grande do Sul (Brazil). Handicraft activities are part of social inclusion programs as a solution for generating income and preserving the identity of these communities. However, it cloaks a strategy which defers addressing the problem of the allocation and demarcation of indigenous lands. The social consensus formed around this policy weakens the struggle for land of the indigenous peoples. It is argued that incentives to engage in handicrafts serve to deflect attention from this critical issue. Nonetheless, handicrafts represent a legitimate alternative for preserving indigenous ways of operating and forms of organization that define independent patterns of social interaction. It is, therefore, an activity capable of maintaining the specific societal systems of each indigenous ethnic group. However, in opposition to this consensus, it is defended the hypothesis that this policy prevents the strengthening of a truly effective public agenda with regard to the enforcement of legislation which determines the demarcation and registration of indigenous lands. To live according to their traditional ways, indigenous communities need to have preserved natural areas. And this is not taken into account when settlements occur in small areas that are poor in natural resources. This position challenges both the indigenous policy and management research in Brazil, which have been based on doctrines that do not provide answers to these questions. The positivist philosophy, which proposed the conversion of the Indians, held as savages, into civilized citizens, integrated into society, has predominated virtually the entire history of Brazil's indigenous policy and its remnants are still present today. The systemic-structural functionalist paradigm, on the other hand, has constituted the orthodoxy of management studies in Brazil and both the questioning of its assumptions as well as the search for other organizational forms have been conducted in piecemeal fashion. Lastly, it is understood that the indigenous issue, given the weight of interests, prejudices and all the misconceptions surrounding it, has become a prime means to critically explore these organizational studies. A criticism which, in this Thesis, endeavors to lay bare the appearance that we are dealing with transformational policies, when, in fact, the underlying mechanisms of capitalist exploitation remain unchallenged. Though immersed in positive discourse about respect and valuing diversity.
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Resolutividade dos serviços de saúde na Aldeia Indígena Kwatá: percepção do indígena e da equipe de saúde

Furtado, Bahiyyeh Ahmadpour 09 December 2015 (has links)
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No. of bitstreams: 1 Dissertacao - Bahiyyeh Ahmadpour Futado.pdf: 6136354 bytes, checksum: 0360c59eb530a20c26a82ea357932a3f (MD5) Previous issue date: 2015-12-09 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introduction: The National Policy for Health Care of Indigenous Peoples, as part of the Brazilian National Health, provides a differentiated service by the Brazilian Unified Health System to indigenous peoples, to guarantee respect for the cultural specificities of each indigenous group. The Subsystem of Attention the Indigenous Health is organized into 34 Special Districts Indigenous Health, which are configured as a dynamic ethno-cultural space, geographic, population and administrative framework for the scope of the resolution of the health needs and problems of indigenous peoples. Objective: To analyze the solving of health services in Kwata indigenous community, through the perspective of health professionals and Munduruku Indians. Methodology: This is a qualitative and descriptive study, based on ethnographic assumptions. Data collection was carried out in June and September 2015, totaling twenty days of stay in the village. The techniques for data collection were semi-structured interviews and participant observation with notes in a field diary. Participated in this research: Fifteen health professionals and five users of the polo-base Kwata. The data were organized and processed through content analysis. Results: The study revealed that the pursuit of solving the health problems of the Munduruku Indians is related to continuing education for Indigenous Health Agents, safety in inland waterway transport of patients, investment in physical and human resources, nursing-Indian dialogue on the health process -doença-care. The study showed that there are work processes that are facilitators and resolving capacity in indigenous health, such as nursing actions polo-base Kwata and processes and situations that weaken the practice of solving the problems, such as distance from the village location to House of Support for Indigenous Health and the hospital in the nearest county seat, given the need for referencing the patient for care and treatment in healthcare levels of more complex health. Conclusions: From the point of view of indigenous and health team, prevailed some categories associated with solving health problems, but in practice, some aspects were not found. One of these important aspects treated factors that go beyond the health team actions, as challenges in the use of river transport, lack of material and human resources and barriers in the therapeutic itinerary. On the other hand, there are factors that have proven to be possible to achieve the solving through health team actions, such as the appreciation of indigenous traditional knowledge in the planning of health actions. The establishment of cultural competence, proposed by the anthropology and that inspired the Transcultural Nursing, it is a consistent way to the scope of problem solving in a different context, as is the indigenous health. The link between the Special Indigenous Sanitary District of Manaus, the professionals of the House of Support for Indigenous Health, professional health health polo-base and Munduruku Indians, it is essential to the search for solutions to the problems related to health, and these can be shared and learned with a view to building a dialogue between these stakeholders, with a view to ensuring the resolution of health problems for individuals and the community / Introdução: A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, como parte integrante da Política Nacional de Saúde, prevê um atendimento diferenciado pelo Sistema Único de Saúde aos povos indígenas, com garantia do respeito às especificidades culturais de cada etnia indígena. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena está organizado em 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que se configuram como um espaço étnico-cultural dinâmico, geográfico, populacional e administrativo para o alcance da resolução das necessidades e problemas de saúde das populações indígenas. Objetivo: Analisar a resolutividade dos serviços de saúde na aldeia indígena Kwatá, por meio do ponto de vista dos profissionais de saúde e dos indígenas Munduruku. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo, embasado nos pressupostos etnográficos. A coleta de dados foi realizada nos meses de junho e setembro de 2015, totalizando vinte dias de permanência na aldeia. As técnicas para coleta de dados foram entrevista semiestruturada e observação participante com anotações em diário de campo. Participaram desta pesquisa: quinze profissionais da saúde e cinco usuários do polo-base de Kwatá. Os dados foram organizados e tratados por meio da análise de conteúdo. Resultados: O estudo revelou que a busca da resolutividade dos problemas de saúde dos índios Munduruku está relacionada a educação permanente dos Agentes Indígenas de Saúde, segurança no transporte fluvial dos pacientes, investimentos em recursos materiais e humanos, diálogo enfermagem-indígenas sobre o processo saúde-doença-cuidar. O estudo mostrou que há processos de trabalho que são facilitadores e resolutivos na saúde indígena, como as ações de enfermagem no polo-base de Kwatá e processos e situações que fragilizam a prática de resolução dos problemas, como a distância da localidade da aldeia até a Casa de Apoio a Saúde do Índio e ao hospital situado na sede do município mais próximo, tendo em vista a necessidade de referenciamento do paciente para atendimento e tratamento em níveis assistenciais de saúde mais complexos. Conclusões: Sob o ponto de vista dos indígenas e da equipe de saúde, prevaleceram algumas categorias associados à resolutividade dos problemas de saúde, porém na prática, alguns aspectos não foram encontrados. Um destes aspectos relevantes tratou-se de fatores que vão para além das ações da equipe de saúde, como desafios no uso do transporte fluvial, a falta de recursos materiais e humanos e os entraves no itinerário terapêutico. Por outro lado, há fatores que demonstraram ser possíveis para o alcance da resolutividade através de ações da equipe de saúde, como a valorização dos saberes tradicionais indígenas no planejamento das ações de saúde. O estabelecimento da competência cultural, proposta pela antropologia e que inspirou a Enfermagem Transcultural, é um caminho coerente para o alcance da resolutividade num contexto diferenciado, como é a saúde indígena. O elo entre o Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus, os profissionais da Casa de Apoio à Saúde do Índio, os profissionais de saúde do polo-base de saúde e os indígenas Munduruku, torna-se essencial para a busca de soluções dos problemas relacionados à saúde, e estes podem ser compartilhados e aprendidos com vistas a construção de um diálogo entre estes atores sociais, tendo a finalidade de garantir a resolução de problemas de saúde para os indivíduos e a aldeia
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Toponímia de comunidades indígenas do município de pacaraima

Maria do Socorro Melo Araújo 22 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A toponímia, no Brasil, tem se mostrado um campo rico de pesquisa dentro dos estudos onomásticos, visto seus objetivos ultrapassarem o ato de nominar, reconstituir valores sóciohistóricos, culturais e linguísticos, e revelar episódios de momentos distintos da vivência da comunidade. O estudo acerca da Toponímia de Comunidades Indígenas do Município de Pacaraima partiu da hipótese de que os topônimos em Língua Portuguesa trazem na subjacência, no mínimo, um topônimo em língua indígena que se revela pelo estudo da etimologia e dos estratos linguísticos. A dissertação analisou traços histórico-culturais, linguísticos e etimológicos dos nomes de comunidades indígenas e procurou entender o que levou um povo a batizá-la com determinado topônimo, o que foi importante para essa denominação e se a comunidade recebera topônimos anteriores, assim como entender o que pode ter ocasionado a substituição de um topônimo por outro. O corpus constituiu-se de 27 acidentes humanos, comunidades indígenas de Pacaraima, na Terra Indígena São Marcos e na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. O trabalho foi norteado, principalmente, pelos parâmetros teóricos metodológicos de Dick (1990, 1992, 2000). A dissertação mostrou que a motivação toponímica volta-se principalmente para a fauna, a flora e a cultura da região, por exemplo Guariba, Bananal e Maruai, respectivamente. Enquanto a investigação da etimologia dos sintagmas toponímicos apresentou, como determinante, a fórmula simples, SN(N), Surumu, embora apareçam algumas complexas do tipo [SN (SN + Posp (+ Cóp)], wararapise (TR), organizou os topônimos em quatro grupos, considerando os seus elementos formadores: a) Topônimos em LP com correspondente em LI, b) Topônimos em LP sem correspondente em LI, c) Topônimos em LI com correspondente na LP e d) Topônimos em LI que sofreram aportuguesamento. Nesse quadro, a maior ocorrência está no item a da classificação e a menor no item b. O estudo evidenciou, na classificação taxionômica, os zootopônimos, os fitotopônimos e os ergotopônimos. Finalmente, ratificou o alcance das narrativas orais na reconstituição da memória e da história das comunidades, da mesma forma que comprovou a presença de línguas subjacentes aos atuais topônimos em Português.

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