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Igualdade / diversidade / vulnerabilidade: revisitando o regime das incapacidades rumo ao direito privado solidário de proteção à pessoa

Brauner, Daniela Corrêa Jacques January 2018 (has links)
La thèse propose l'étude critique du régime d'incapacité juridique dans le Code Civil brésilien de 1916 et 2002, fondé sur les considérations d'égalité, de diversité et de vulnérabilité, dans le contexte du droit privé contemporain de caractère solidaire et de protection à la personne humanine de sorte que, à la fin, cette recherche suggère de modifier la legislation. Dans la primière partie, Il est procedé à um approche classique du régime d’incapacité juridique en éxaminant toutes ses catégories qui différencient les sujets incapables de la pratique des actes de la vie civile, sous la considération que tous sont égaux devant la loi. Fondé sur la protection de la liberté (de faire des contrats) et l'égalité formelle qui a marqué le droit privé des XIXe et XXe siècles, la loi a distingué les sujets qui n'auraient pas la capacité, selon les catégories précédemment délimitées: les mineurs, les personnes souffrant de troubles mentaux, les sourdmuets, les absents, les femmes mariées, les prodigues, le peuple autochtone. Sous la justification de la protection, la loi fulminait d'invalidité les actes pratiqués par les incapables en raison de l'absence de volonté, présupposition essentielle, dans la théorie des contrats. La volonté qui n'est pas libre et qui n'est pas égale est marquée par la nullité ou l'annulation, conformément au Code Civil. Dans la seconde partie, la thése préconise le passage du droit privé d'une caractéristique individualiste, à un droit privé de solidarité qui prenne en compte la protection de la fraternité, dans le contexte du pluralisme, pour la construction d'une égalité matérielle (Suite)La méthode est renouvellée, laissant de côté l'herméneutique déductive classique, construite sur la sécurité du positivisme juridique pour une méthode fonctionnelle qui prend en compte le but des instituts, les valeurs de l'ordre juridique, principalement du point de vue constitutionnel et des droits de l'homme, en particulier en utilisant “le dialogue des sources”. Dans cet aspect, il est proposé de surmonter le paradigme d’incapacité juridique, en respectant la diversité dans la société plurielle, mais sans se soucier de la protection des sujets. On étudie les sujets jugés incapables, en défendant que, par la reconnaissance de la vulnérabilité et de la diversité, on obtient une protection plus adéquate pour ne pas aliéner complètement l'individu de la pratique des actes de la vie civile. En ce sens, la théorie de l'invalidité gagne une perspective plus fonctionnelle et pas seulement comme maque de volonté, mais en tant que protection des valeurs de l'ordre juridique. D'autre part, il est reconnu les effets juridiques de la volonté des vulnérables afin d'atteindre une plus grande visibilité de ces sujets dans l'ordre social. En conclusion, la thése présente une proposition d'amendement législatif visant à promouvoir une révision du régime d’incapacité juridique. / A tese propõe o estudo crítico do regime de incapacidade, delineado no Código Civil de 1916 e 2002, a partir das considerações a respeito da igualdade, diversidade e vulnerabilidade, no contexto do direito privado contemporâneo de viés solidário e de proteção à pessoa com a proposição, ao final, de uma alteração legal no instituto. Analisa, na primeira parte, o regime clássico de incapacidade, cada uma das categorias construídas historicamente que diferenciavam os sujeitos incapazes da prática de atos na vida civil, sob a consideração de que todos, de forma geral e abstrata, são iguais perante a lei. Como proteção à liberdade (de realizar contratos) e a igualdade formal que marcaram o direito privado do século XIX e XX, a lei distinguia os sujeitos que não possuiriam capacidade, segundo categorias previamente delimitadas: menores, loucos, surdos-mudos, ausentes, mulheres casadas, pródigos, silvícolas. Sob a justificativa de proteção, fulminava de invalidade os atos praticados pelos incapazes por ausência de vontade, pressuposto essencial, na teoria do negócio, para a realização de contratos obrigatórios. A vontade que não é livre e não é igual é marcada pela nulidade ou anulabilidade, conforme determinado pelo Código Civil de forma a não preencher validamente os planos do negócio jurídico. Na segunda parte, defende uma transformação do direito privado de cunho individualista para um direito privado solidário que leve em conta a proteção da fraternidade, no contexto do pluralismo, para a construção de uma igualdade material O método se renova, abandoando-se a hermenêutica dedutiva clássica, construída na segurança do positivismo jurídico para um método funcional que leve em conta a finalidade dos institutos, os valores do ordenamento, principalmente sob a ótica constitucional e dos direitos humanos, a partir de um diálogo de fontes, repudiando soluções clássicas na construção da norma no caso concreto. Neste aspecto, propõe-se a superação do paradigma da incapacidade, respeitando a diversidade na sociedade plural, mas sem deixar de se preocupar com a proteção dos sujeitos. Estuda-se, a partir do conceito de vulnerabilidade e diversidade, os sujeitos antes incapazes, defendendo que, por meio do reconhecimento da vulnerabilidade, obtém-se uma proteção mais adequada de modo a não afastar completamente o indivíduo da prática de atos da vida civil. Nesse sentido também, a teoria das invalidades ganha uma perspectiva mais funcional e não apenas como ausência de requisito do negócio jurídico. A partir da construção de uma ordem pública de proteção ao vulnerável é possível que o intérprete afaste dispositivos por meio da nulidade em razão de contrariedade com os valores do ordenamento. De outro lado, reconhece-se efeitos jurídicos da vontade dos vulneráveis de forma a atender maior visibilidade desses sujeitos na ordem social. Em sede de conclusão, apresenta uma proposta de alteração legislativa que pretenda promover uma revisão no regime de incapacidade clássico. / This thesis proposes the critical study of the legal incapacity established in the 1916 Brazilian Civil Code and 2002 Brazilian Civil Code, based on the considerations regarding equality, diversity and vulnerability, in the context of contemporary private law. At first, it analyzes each one of the historically categories of legal incapacity that distinguished the incapable subjects, under the consideration that all individuals are equal before the law. Based on the protection of freedom (to execute contracts) and the formal equality that marked the nineteenth and twentieth centuries, the law distinguished the subjects that would not have legal capacity, according to categories previously delimited: minor, mentally handicapped person, deaf-mute, absent, married women, prodigal and Indians. All the acts practiced by the incapable were invalid according to the law under the pretext of protection. In the second part, it is proposed a transformation in private law: from an individualist characteristic to a private law of solidarity, that takes into account the protection of fraternity, in the context of pluralism, for the construction of a material equality. The method changes, leaving aside the classic deductive hermeneutics, built on the security of legal positivism for a functional method that takes into account the purpose of the institutes, the values of the legal order, mainly from the constitutional and human rights perspective Therefore, there is the importance of “dialogue of laws ” method. In this aspect, it is suggested to overcome the paradigm of legal incapacity, respecting diversity in plural society. The paper studies the subjects that once were incapables arguing that, through the recognition of vulnerability and diversity, a more adequate protection is obtained. Thus, the individual does not depart completely from the practice of legal acts. In this sense, the theory of invalidity gains a more functional perspective and not only as absence of elements of the contract. A public policy for the protection of the vulnerable must be considered in order to avoid contracts that are contrary to legal values such as human rights. On the other hand, it is proposed to recognize juridical effects of the will of the vulnerable person in order to reach greater visibility of these subjects in society. In conclusion, the paper proposes a legislative amendment that intends to promote a revision in classic legal incapacity.
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De la discursivité du droit de la famille marocain sous Mohamed VI : une orientation politique du processus des réformes et sa représentation / Discourse and Moroccan family law under Mohamed VI : a political orientation of the reform process and its representation

Ben Zliha, Mariam 09 November 2018 (has links)
La question du statut des femmes au Maroc est souvent traitée en termes d’affrontements entre les courants conservatiste et moderniste, et il est rare que l’on trouve une option qui ne s’inscrive ni dans un fondamentalisme religieux, ni dans un mimétisme occidental. Or, malgré le rôle prépondérant de la monarchie marocaine dans le domaine du droit de la famille, et la place de l’islamisme marocain, il est possible de reconsidérer les débats autour des réformes législatives et du principe d’égalité au sein de la famille. Les analyses traditionnelles qui opposent l’islamisme au féminisme peuvent être dépassées à travers la création et le développement d’un féminisme endogène et local lequel questionne les rapports de genre à l’œuvre et le patriarcat, et au sein duquel l’islamisme n’est pas exclu. Cela implique d’interroger les grilles d’analyses binaires qui opposent la modernité à la tradition et de renoncer à l’usage excessif de ces notions dans un sens antagonique. Notre recherche entend mettre en avant l’importance d’une approche pluridisciplinaire étant donné que les questions féministes se trouvent, dans notre contexte, au carrefour du politique, du théologique et du juridique. L’analyse des discours politique, juridique, militant et académique implique l’analyse du rôle de l’État dans la production de la norme juridique, ainsi que la position des courants islamiste et féministes marocains. L’objectif de notre thèse est alors d’entamer un réflexion profonde sur la production intellectuelle francophone au sujet du droit de la famille marocain et des différents positionnements qui s’inscrivent dans ce cadre. / The question of the status of women is often treated in terms of clashes between conservative and modernist currents, and it is uncommon to find an option which does not fit into religious fundamentalism or Western mimicry. However, despite the dominant role of the Moroccan monarchy in the field of family law, and the evolving role of Moroccan Islamism, it is possible to reconsider the debates on legislative reforms and the principle of equality within the family. The traditional analyses that oppose Islamism to feminism can be surpassed through the creation and development of an endogenous and local feminism that questions gender relations at work and patriarchy, and where islamism is not excluded. This involves questioning the grids of binary analysis that oppose modernity to tradition and give up the excessive use of these notions in an antagonistic sense. Our research seeks to emphasize the importance of a multidisciplinary approach since feminist issues are, in our context, at the crossroads of politics, theology and law. The analysis of political, legal, militant and academic discourse involves the analysis of the role of the state in the production of the legal norm, as well as the position of Moroccan Islamist and feminist currents. The purpose of our thesis is to begin a deep reflection on the French-speaking intellectual production about Moroccan family law and the different positions that fall within this framework.
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Les accords bilatéraux de l'Union européenne / Bilateral agreements of the European Union

Rochereuil, Katia 18 March 2013 (has links)
La diversité des accords bilatéraux a constitué un moyen pour l'Union européenne d'étendre ses compétences externes. Cela rend compte du volontarisme mais surtout du pragmatisme de son action extérieure, ce qui n'est pas sans poser de problèmes.La mise en cohérence des accords bilatéraux devient alors une exigence impérieuse. Cette rationalisation des accords devra être confortée par un schéma institutionnel rénové autant que par la reformulation synthétique des fondements juridiques de la compétence externe de l'Union européenne. / The different bilateral agreement is a tool for the European Union to wide its external competences. This illustrates it voluntarism but even more it pragmatism of it external action, what is not without raise problems.The harmonization of bilateral agreements is a very strong need. This rationalization should be hold by an institutional scheme and by a reformulation of legal basis.
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Les droits de la défense face aux technologies de l'information et de la communication / The right to defence and information and communication technology

Sontag Koenig, Sophie 13 December 2013 (has links)
Les droits de la défense émanent d'une époque où les justiciables subissaient le procès et les atteintes pouvant en résulter pour leurs droits et leurs libertés. Protéiforme, héritier des garanties issues de la notion de procès équitable telle que définie par la Cour européenne des droits de l'homme, ce concept prend une coloration spécifique dans le procès pénal. Il est incarné, en soi, par l'avocat pénaliste qui, en symbiose avec lui, doit s'adapter aux mutations dont il a parfois fait l'objet. Instruite d'expériences menées à l'étranger sur l'introduction des Technologies de l'Information et de la Communication dans le domaine de la justice, la France, elle aussi, a décidé de moderniser ses procédures judiciaires en y recourant dans la sphère pénale. Révolution copernicienne, porteuse d'espoirs au plan managérial et de l'administration de la justice, les technologies modernes suscitent de facto craintes et résistances en raison de leur relative complexité et de leur caractère novateur. Ainsi, à des difficultés techniques qui limitent les retombées positives des réformes, s'ajoutent des aspects symboliques concernant le déroulement du rituel judiciaire, instaurant une dialectique nouvelle entre intervenants de la "chaîne pénale" et modifiant les rapports entre professionnels du droit ainsi qu'entre ceux qui unissent justice et justiciables. Il s'ensuit une mutation des cadres du procès et, corrélativement, une reformulation des schémas de pensée au regard des droits de la défense et de l'exercice de la défense pénale. / The rights of the defense come from a time when individuals undergoing trial and damage that may result to their rights and freedoms. Protean, they are born guaranteed from the notion of a fair trial as defined by the European Court of Human Rights. Taking a specific color in the criminal trial, this notion appears embodied in itself, the criminal lawyer who, in harmony with his specialty, must adapt to the changes which it has sometimes been. Technologies of Information and Communication have gradually invested the field of Justice and in particular the criminal sphere. Educated the results of experiments conducted abroad, France has also decided to modernize its judicial procedures using these new techniques. Copernican revolution, full of hope at the managerial level and the administration of justice, modern technologies raise fears facto resistance due to their relative complexity and novelty. Thus, a technical difficulty that limits the positive impact of the reforms, in addition symbolic aspects concerning the conduct of judicial ritual, introducing a new dialectic between stakeholders "criminal justice system" and changing the relationship of legal professionals as well as those that unites justice and litigants. It follows a change of management of the trial and, correspondingly, a restructuring of the thought patterns of the rights of defense and the practice of criminal defense.
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Comment le projet de laïcité de l'État québécois est défavorable aux femmes : l'urgence de briser une évidence

Philipps, Johanne 07 1900 (has links)
Devant le constat de la persistance du patriarcat au sein du groupe religieux majoritaire québécois, soit le catholicisme, cette thèse défend une idée contrintuitive : l’affirmation que la laïcité de l’État québécois est préjudiciable pour les femmes. Les analyses féministes du libéralisme politique et la généalogie de celui-ci faite par Michel Foucault font voir que la laïcité s’est développée dans le déni de la citoyenneté des femmes croyantes. La séparation religion/État et la neutralité ont donné naissance à une zone de non-droit pour les croyantes. L’organisation de la démocratie libérale, inspirée par John Rawls en Occident, a défendu la notion de liberté religieuse. Analysée d’un point de mire féministe postcolonial, la liberté religieuse protège le privilège des hommes d’exercer leur domination dans les groupes religieux. Pour les femmes, cette liberté se résume en la possibilité de quitter le groupe. Elle nie l’agentivité des femmes croyantes et présuppose que vivre une appartenance religieuse équivaut à renoncer au droit à l’égalité. Il semble naturel que les femmes croyantes s’abstiennent d’utiliser les outils juridiques qui, dans d’autres domaines, ont permis l’avancement des droits des femmes. De plus, les débats actuels sur la laïcité qui portent sur l’aménagement de la diversité religieuse occultent les pratiques de l’État québécois. Celui-ci, que ce soit par le féminisme d’État, par le droit associatif, par la reconnaissance du droit canon ou encore par l’organisation de services publics, fournit des instruments qui soutiennent les pratiques discriminatoires à l’endroit des femmes. L’intervention de l’État pour faire appliquer le droit à l’égalité dans le domaine religieux semble inconcevable dans la tradition juridique. Toutefois, il est possible de penser autrement la laïcité en considérant les engagements de l’État à l’endroit de la Convention sur l’élimination de toutes les formes de discrimination à l’égard des femmes (CEDEF) et en prenant acte de la contestation du patriarcat par les femmes croyantes à l’intérieur des groupes religieux. / Given the persistence of patriarchy within the majority Quebec religious group, Catholicism, this thesis defends a counterintuitive idea: the affirmation of the secular nature of the Quebec state is harmful to women. Feminist analyses of political liberalism and its genealogy by Michel Foucault show that secularism has developed in the denial of the citizenship of women believers. The separation of religion and state and neutrality has created an area of lawlessness for women believers. The organization of liberal democracy, inspired by John Rawls in the Western culture, defended the notion of religious freedom. Analyzed from a postcolonial feminist perspective, religious freedom protects the privilege of men to exercise their domination in religious groups. For women, this freedom can be summed up in the possibility of leaving the group. It denies the agentivity of women believers and presupposes that living a religious affiliation is equivalent to renouncing the right to equality. It seems natural that women believers should refrain from using the legal tools that have advanced women's rights in other areas. In addition, the current debates on secularism on the management of religious diversity overshadow the practices of the Quebec state. This, whether through State feminism, associative law, the recognition of canon law by the judiciary or the organization of public services, provides instruments that support discriminatory practices against women. State intervention to enforce the right to equality in the religious sphere seems inconceivable in the legal tradition. However, it is possible to think otherwise about secularism by considering the State's commitments to the Convention on the Elimination of All Forms of Discrimination against Women (CEDAW) and by noting the challenge to patriarchy by women believers within religious groups.
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La notion de non-discrimination en droit public français / The notion of non-discrimination in French public law

Charruau, Jimmy 12 December 2017 (has links)
C’est en tant que principe du droit de l’Union européenne et de la Convention européenne des droits de l’Homme que la non-discrimination est souvent étudiée. Rattachée au droit français, la notion a fait l’objet d’analyses qui, pour la plupart, se sont limitées à un critère (sexe, race,etc.) ou à un domaine en particulier (fonction publique, marchés publics, etc.). On saisit l’intérêt d’une étude globale de la non-discrimination en droit public français ; et ce d’autant plus que si la notion émerge, sa mise en oeuvre rencontre des difficultés qui tiennent aux spécificités de ce droit par rapport au principe d’égalité. Adapté à la culture juridique anglosaxonne, ce principe attire la suspicion : il entraînerait avec lui des conséquences a priori peu compatibles avec l’universalisme français. Le principe d’égalité ne semble pourtant plus entièrement suffire pour répondre aux réalités sociales. Les juges recourent aux dérogations, au risque d’affaiblir la norme. Et la doctrine se livre à des acrobaties conceptuelles pour en minimiser l’importance. La non-discrimination offre de ce point de vue des perspectives utiles au droit français en alliant interdiction active des discriminations et promotion des différenciations. Au fond, la notion ne vise rien d’autre que la recherche de l’intérêt général, ou plus exactement de l’ « utilité commune » (article 1er de la Déclaration de 1789). Au-delà des préjugés, elle s’avère conforme à notre tradition juridique. Forte d’une dimension holistique et plus centrée sur la manière de vivre en commun que sur l’exacerbation de droits strictement catégoriels, la non-discrimination mériterait d’être élevée à la dignité constitutionnelle. / Non-discrimination is often studied as a principle of both European Union law and European Convention on Human Rights. In French law, the notion has been the subject of analyses which have mostly been limited to a criteria (sex, race, etc.) or to a particular field (public service, public contracts, etc.). We can see the significance of a global study of non-discrimination in French public law ; all the more that if the notion is appearing, it is still difficult to implement it, due to the specificities of French law regarding the principle of equality. Adapted to the Anglo-Saxon legal culture, this principle attracts suspicion : it would trigger some consequences which would not be seen at first as befitting French universalism. However, the principle of equality does not seem to be sufficient in itself to address social realities. Judges use derogations, risking to weaken standards. And the doctrine has to adjust through conceptual feats to minimize its scope. Non-discrimination offers, from this point of view, useful perspectives for French law by combining active prohibition of discrimination and promotion of differentiation. Basically, the notion only aims to seek general interest, or more precisely the "common utility" (article 1 of the Declaration of 1789). In spite of appearances, non-discrimination is in agreement with our legal tradition. Because it has a holistic dimension and it is focusing more on how to live together than on making categorical rights worse, non-discrimination deserves to be raised to constitutional dignity.
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L'assurance face aux droits fondamentaux de la personne humaine / Insurance and fundamental rights

Leloup-Velay, Mélodie 30 March 2017 (has links)
Les droits fondamentaux occupent une place croissante dans le paysage assurantiel français et tendent à modifier la nature des contentieux impliquant l’assuré et l’assureur. L’égalité et la protection de la vie privée de l’assuré freinent l’utilisation par l’assureur de nouvelles techniques actuarielles et d’Internet. Ainsi, une décision de la Cour de justice de l’Union européenne du 1er mars 2011 a sanctionné la différence de tarif entre les hommes et les femmes. Quant à l’assureur, ses droits à la sécurité juridique, à un procès équitable et à la liberté d’entreprendre font débat dans les rapports qu’il entretient avec les autorités de contrôle ou les plateformes de mise en relation qui s’attaquent au marché de l’assurance. Ces droits fondamentaux ne semblent pas être respectés avec autant d’acuité que ceux de l’assuré. Ce déséquilibre s’explique par le rôle social de l’assurance, rôle récemment menacé par la remise en cause des grands principes de l’assurance et l’absence de prévisibilité du coût des sinistres. / There is an increase in the focus on fundamental rights in the French insurance landscape. This tends to change the nature of the disputes involving both the insurer and the insured. The right to equality and the protection of one’s privacy hinder the insurer's use of new actuarial techniques and the use of tools provided by the Internet. Thus the European Court of Justice’s decision on March 1st 2011 forbids the difference in premium between men and women.For the insurer, supervisory authorities and share economy can threaten its rights to legal certainty, fair trials and freedom of enterprise. It seems to have no equivalent in the protection level of the fundamental rights of the insurer compared to those of the insured. This imbalance is justified by the social role of insurance, a role recently challenged by the absence of respect towards the basic principles of insurance and the lack of predictability of the claims’ costs.
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L’égalité de l’homme et de la femme dans le mariage en Afrique noire francophone : Étude comparée des Codes des personnes et de la famille du Bénin, du Burkina Faso et du Mali / Equality of man and woman in marriage in French-speaking black Africa : Comparative study of Codes of persons and the family of Benin, Burkina Faso and Mali

Dabo, Aïssata 15 December 2017 (has links)
Les États africains de l’espace francophone ont rénové leurs droits civils, par la refonte des dispositions du Code civil français de 1804, reçu en héritage colonial. Les textes issus des réformes, dénommés « Codes des personnes et de la famille », étaient censés mettre fin au pluralisme juridique dans les relations d’ordre privé, lequel résultait de la coexistence du droit positif et des normes coutumières et religieuses, par l’unification des droits de la famille. L’occasion devait en même temps être saisie de conformer les législations du mariage au dispositif juridique international des droits humains, en particulier sur le mariage. À cet effet, l’égalité de l’homme et de la femme tenait la place centrale dans l’énoncé des motifs des lois. Cependant, les droits des sexes définis, au terme des codifications, se signalent par leur faiblesse pour ce qui concerne la femme. Bien davantage, le caractère sectoriel des approches juridiques de réduction des inégalités ne permet pas au droit de jouer le rôle transformateur escompté. Par ailleurs, il est constaté, à travers ses manifestations, que le pluralisme normatif demeure, avec une incidence négative sur l’effectivité des règles en vigueur.En comparant les Codes du Bénin, du Burkina Faso et du Mali, il apparaît qu’en contrepartie de certains droits nouveaux institués en faveur de la femme (comme l’autonomie professionnelle), qui souffrent en outre d’inapplication, des coutumes inconciliables avec les droits humains (comme la polygynie) ont été incorporées dans les droits républicains. Il en découle que les législateurs africains ne se sont pas significativement détachés des traditions qui participent au maintien de la condition juridique et sociale féminine. La situation appelle des réformes en profondeur des droits de la famille, de même que la mise en œuvre de politiques gouvernementales coordonnées, afin d’atteindre l’égalité réelle des sexes dans le mariage. / French-speaking black African countries have renewed their civil rights, on the basis of the French civil code resulting from the 1804 colonial legacy. The texts issued from the reform called “Codes of persons and family” were supposed to put an end to legal pluralism within private relationships, resulting from the coexistence between positive law, customary and religious rules, by the unification of family rights. It provides at the same time the opportunity to confirm marriage regulations within the legal law of international human’s rights, particularly about nuptiality. In this respect, equality of man and woman held the central place in statements of laws patterns. However, the rights of sexual equality moreover disadvantage women. Much more, the sectoral character of the legal approaches concerning the reduction of the inequality, compromises the transforming role of the right. Furthermore, some facts demonstrate that normative pluralism remains and that its impact is negative on the efficiency of the rules in force.When we compare the Codes of Benin, Burkina and Mali it reveals that in return of some new rights instituted in favor of woman, for example the unapplied professional autonomy, irreconcilable customs with human rights such as polygyny has been incorporated in republican rights. It follows that some African legislators are not significantly detached from traditions that contribute to the maintenance of woman legal and social condition. This situation calls for deep reform of family rights, as well as the implementation of a governmental action plan to achieve equality of sexes within marriage.
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Symphonie no 3 en mi bémol majeur, op. 55, dite « Eroica », de Ludwig van Beethoven : a nalyse musicale de l’Allegro con brio et exégèse maçonnique

Cadrin, Béatrice 12 1900 (has links)
Au début du XIXe siècle, le paysage socio-politique européen est dominé par les bouleversements en provenance de France. Réagissant à ceux-ci, l’empereur Franz I restreint les libertés individuelles des sujets du Saint Empire Romain, tandis qu’au sein de l’aristocratie se trouvent au contraire des adeptes de l’Aufklärung, défenseurs de liberté et de tolérance. C’est dans ce contexte que Beethoven compose sa troisième symphonie en 1803-1804. Solomon (2004) a démontré que le compositeur a fréquenté sa vie durant des adhérents aux principes de l’Aufklärung, dont plusieurs francs-maçons. Des symboles maçonniques de sa main ornent d’ailleurs une page d’esquisses pour l’Eroica (Lockwood, 2013). Il semble donc naturel d’explorer cette œuvre sous cet angle. Une analyse formelle de l’Allegro con brio, la première selon la méthode de Caplin (1998), permet de faire ressortir une récurrence marquée du chiffre 3 à travers plusieurs paramètres (tonalité, métrique, rythme, forme, instrumentation). De plus, les trois étapes du rite initiatique (mort, enterrement et résurrection) sont représentées dans les trois premiers mouvements, tandis qu’on retrouve dans les trois derniers mouvements des évocations de la devise française Liberté, Égalité, Fraternité Cette relecture sous l’angle d’une interprétation maçonnique d’une œuvre fondamentale du canon symphonique apporte une contribution inédite à l’historiographie sur Beethoven ainsi qu’à l’histoire de la pensée et des sociétés. / At the beginning of the 19th century, the changes coming from France dominate the European sociopolitical landscape. In reaction to these, Franz I restricts individual freedom of the subjects of the Holy Roman Empire, while within the aristocracy, the numbers of adepts of the Aufklärung movement and believers in freedom and tolerance are growing. It is in this context that Beethoven composes his Third Symphony in 1803-104. Solomon (2004) has demonstrated that his whole life, the composer was surrounded with members of the Aufklärung, many of them also freemasons. Masonic symbols in Beethoven’s hand are even to be found on a page of his sketchbook for the Eroica (Lockwood, 2013). Therefore, it only seems logical to analyse the symphony from the angle of a masonic interpretation. A formal analysis of the first movement according to Caplin’s method (1998), the first of its kind to be applied to a whole movement from a Beethoven symphony, brings to the fore a marked recurrence of the number three throughout numerous parameters (tonality, measure, rhythm, form, instrumentation). Furthermore, all three steps of the masonic initiation rite (death, burial and resurrection) are represented in the first three movements, whereas one also finds references to the French motto of Liberté, Égalité, Fraternité in the last three. This new reading of a fundamental work of the symphonic canon represents a novel contribution to the historiography of Beethoven.
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La experiencia de mujeres jóvenes en el espacio público en Zapopan (México) : análisis de género y perspectivas urbanísticas

Boudot, Amélie 08 1900 (has links)
Partant de la prémisse du droit à la ville, de l’(in)justice spatiale et du contexte de l’inégalité des genres, le problème de l’accès des jeunes femmes aux ressources de la ville est devenu évident. En particulier, elle se traduit par une mobilité limitée et des restrictions à la capacité des jeunes femmes d’occuper et de participer à l’espace public qui est essentiel à leur socialisation, à leur bien-être et à leur développement. Face à un contexte urbain défavorable à la réalisation de leur droit à la ville, cette recherche questionne l’expérience dans l’espace public des jeunes filles issues de milieux défavorisés, en particulier lorsqu’elles se déplacent. La recherche se concentre sur l’expérience des jeunes femmes vivant dans le quartier périphérique et marginalisé de Miramar situé à Zapopan, une municipalité de la région métropolitaine de Guadalajara à Jalisco, au Mexique. La recherche a été menée à partir d’un cadre méthodologique féministe, avec une approche qualitative et participative, incluant des méthodes de collecte de données basées sur la recherche-action et des processus d’éducation populaire avec 10 jeunes femmes âgées 15 à 19 ans. De façon complémentaire, des informations ont été recueillies par le biais de documents et d’entretiens semi-dirigés avec 12 acteurs clés de l’environnement urbain local afin d’approfondir la compréhension de la situation des jeunes femmes et des possibilités d’intervention. Deux résultats méritent d’être soulignés. Tout d’abord, nous avons constaté que les jeunes femmes vivent une double exclusion dans l’espace public et voient par conséquent leur droit à la ville non réalisé. La première exclusion est liée à l’inégalité entre les genres et à la violence qu’elles subissent en tant que jeunes femmes. La seconde est associée au paradigme centré sur l’adulte et à la perception sociale selon laquelle elles sont des êtres vulnérables. Deuxièmement, nous montrons que les processus participatifs dans la planification urbaine sont utiles à la fois pour la production de connaissances et pour la réalisation du droit à la ville. / Starting from the premise of the right to the city, of spatial (in)justice and the context of gender inequality, the problem of access to the city’s resources by young women has become evident. In particular, it translates into limited mobility and restrictions on youths’ ability to occupy and participate in the public space, which is essential for their socialization, well-being and development. Faced with an unfavorable urban context to the fulfillment of their right to the city, this research questions the experience in public spaces of young women from disadvantaged environments, particularly through their mobilities. The research focuses on the experience of young women living in the peripheral and marginalized Miramar neighborhood, situated in Zapopan, a municipality in the Metropolitan Area of Guadalajara in Jalisco, Mexico. The research was carried out from a feminist methodological framework, with a qualitative and participatory approach, including data collection methods based on action-research and popular education processes with 10 young women 15 and 19 years old. In addition, complementary information was collected through documentation and semi-directed interviews with 12 key actors in the local urban environment in order to deepen understanding of the situation of young women and the possibilities for intervention. Two results should be highlighted. Firstly, we observed that young women live a double exclusion in the public space and consequently see their right to the city unfulfilled. The first exclusion is related to gender inequality and the violence they experience as young women. The second is associated with the adult-centric paradigm and the social perception that young women are vulnerable beings. Secondly, we show that participatory processes in urban planning are useful both for the production of knowledge and for the fulfillment of the right to the city. / Partiendo de la premisa del derecho a la ciudad, de la (in)justicia espacial y del contexto de desigualdad de género, se ha puesto en evidencia el problema del acceso a los recursos de la ciudad por parte de las mujeres jóvenes. En particular, se traduce en una movilidad limitada y en restricciones con respecto a la capacidad de las jóvenes para ocupar y participar en el espacio público que es esencial para su socialización, su bienestar y su desarrollo. Frente a un contexto urbano desfavorable al cumplimiento de su derecho a la ciudad, la presente investigación se cuestiona sobre la experiencia en los espacios públicos de las jóvenes de entornos desfavorecidos, particularmente cuando se desplazan. La investigación se centra en la experiencia de mujeres jóvenes residentes de la colonia periférica y marginada Miramar ubicado en Zapopan, un municipio del Área Metropolitana de Guadalajara en Jalisco, México. La investigación se realizó desde un marco metodológico feminista, con un enfoque cualitativo y participativo, que incluye métodos de recopilación de datos fundamentados en procesos de investigación-acción y de educación popular con 10 jóvenes de entre 15 y 19 años de edad. De manera complementaria, se recabó información mediante documentación y entrevistas semi-dirigidas con 12 actores clave del ámbito urbano local para profundizar la comprensión de la situación de las jóvenes y de las posibilidades de intervención. Dos resultados deben destacarse. En primer lugar, observamos que las jóvenes viven una doble exclusión en el espacio público y por consecuencia ven su derecho a la ciudad incumplido. La primera exclusión está relacionada con la desigualdad de género y las violencias que viven por ser mujeres jóvenes; la segunda está asociada con el paradigma adulto-céntrico y la percepción social de que las jóvenes son seres vulnerables. En segundo lugar, evidenciamos que los procesos participativos en la planeación urbana son útiles tanto para la producción del conocimiento como para el cumplimiento del derecho a la ciudad.

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