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Fracionamento de oleo de peixe com dioxido de carbono supercritico / Fracionamento of oil of fish with supercritical carbon dioxideCorrea, Ana Paula Antunes 09 September 2003 (has links)
Orientador: Fernando Antonio Cabral / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2018-08-03T17:19:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Os ácidos graxos polinsaturados ômega-3 (EPA, DHA) são compostos com propriedades terapêuticas no tratamento e prevenção de doenças coronárias, hipertensão, arteriosclerose e artrite, além de serem essenciais para o desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervoso central. Os óleos de peixes de origem marinha são as fontes mais ricas em ômega-3 e por isso têm sido usados com freqüência para a obtenção de concentrados destes ácidos graxos. A deficiência de ômega-3 na dieta da população causada pela baixa ingestão destes ácidos graxos, através do consumo de peixes, toma interessante o enriquecimento de alimentos mais populares como a margarina, pães e produtos lácteos com esses ácidos graxos. A extração com fluido supercrítico é um processo de separação relativamente novo que traz vantagens em relação às técnicas convencionais. Para alimentos, o dióxido de carbono tem sido o solvente mais empregado, por ser inerte, relativamente barato e não inflamável e por possuir pressão e temperatura crítica moderadas (304,15 K, 7,38 MPa), evitando problemas de degradação térmica. Neste trabalho, estudou se o fracionamento com dióxido de carbono supercrítico do óleo de peixe em diferentes condições de temperatura e pressão. Os experimentos foram realizados de 14,7 a 29,4 Mpa e de 301,15 a 323,15 K. O procedimento experimental consistiu em promover o contato entre o óleo de peixe aderido à esferas de vidro e o CO2 supercrítico, em um processo dinâmico, de forma a promover o equilíbrio de fases. O corpo do sistema permanecia imerso dentro de um banho termostatizado. O extrato do óleo de peixe (amostra da fase leve) foi coletado no final do extrator em condições de equilíbrio com a fa_e pesada e a sua composição em ácidos graxos foi determinada através de cromatografia em fase gasosa. A altas pressões (14,7 a 29,4 MPa), o extrato apresentou pouca diferença na sua composição em ácidos graxos em relação a fase pesada. A 7,8 MPa e 301,15 K um pequeno fracionamento foi obtido para o ácido docosahexaenóico (DHA). O ácido eicosapentaenóico (EPA) foi o ácido graxo que mostrou maior resistência ao fracionamento em todas as condições estudadas. Logo, neste estudo o dióxido de carbono supercrítico não se mostrou efetivo para o fracionamento do óleo de peixe rico em ácidos graxos polinsaturados. Estas dificuldades podem ser atribuídas à complexidade da composição do óleo de peixe em triacilgliceróis, os quais apresentam-se distribuídos em muitas frações com baixa porcentagem mássica no óleo e por serem formados por ácidos graxos de diferentes tamanhos de moléculas / Abstract: The omega-3 (EPA and DHA) polyunsaturated fatty acids are compounds with therapeutic properties, that may play an important role in the prevention and treatment of cardiovascular disease, hypertension, atherosclerosi, and arthriti. Furthermore, they are essencial for development and maintaince of central nervous system. Because there is a gap between intake of n-3 fatty acids by fish consumption and the recommended amount, it would be useful to enrich ordinary foods as margarine, bread and dairy foods with this fatty acids. The marine fish oils are the richest source of n-3 and it has been used as raw material for preparation of this fatty acid concentrate. Supercritical fluid extraction is a relatively new separation process that may circumvent some of the problems associated with the use of conventional separation techniques. In foods processes, carbon dioxide is the most used solvent, because it is inert, inexpensive and non-flamable and it has moderate critical temperature and pressure (304,15 K, 7,38 MPa), which avoid problems of thermo degradation. In the present work, the fractionation of fish oil with supercritical carbon dioxide at different conditions of temperature and pressure: pressure ranged from from 14,7 to 29,4 MPa and temperature ranged from 301,15 to 323,15 K. A known amount of fish oil was mixed with glass spheres and put inside the column extraction. The supercritical carbon dioxide was contacted with the fish oil in a dynamic system and the oil present in the light phase was collected in the end columm, which was in equilibrium conditions with the heavy phase. All the experimental body system was immersed in water bath to ensure isothermal conditions. The oil present in the light phase was trapped in a flask and its fatty acids composition was determined by gas phase chromatography. At higher pressures the extract obtained (Iight phase) showed similar composition in poliunsatured fatty acids when compared with heavy phase, so no fractionation effect was observed at this conditions. At 7,8 MPa and 301,15 K a modest fractionation was obtained for docosahexaenoic acid (DHA). The eicosapentaenoic acid (EPA) was the most difficult one to fraction at the studied conditions. So, in the present work, the supercritical carbon dioxide didn't show effective in the fractionation of fish oil rich in polyunsaturated fatty acids. This difficult can be explained by the complex composition of fish oil in triacylglicerols with different chain length fatty acids ligants and by similar molecular mass / Mestrado / Mestre em Engenharia de Alimentos
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Efeitos do ômega-3 em marcadores de estresse oxidativo em músculos distróficos do camundongo MDX / Effects of omega-3 therapy on markes of oxidative stress in dystrophic muscles of the mdx micePerim, Viviane Panegassi, 1987- 27 August 2018 (has links)
Orientadores: Maria Júlia Marques, Elaine Minatel / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-27T05:58:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença causada pela ausência da proteína distrofina e se caracteriza por degeneração muscular progressiva. A deficiência da distrofina na DMD e nos camundongos mdx, modelo experimental da DMD, promove mionecrose. O processo inflamatório que se instala exacerba a mionecrose e aumenta o estresse oxidativo. O estresse oxidativo tem sido proposto como um fator importante para a progressão da doença. As espécies reativas de oxigênio promovem danos nas fibras distróficas, comprometendo proteínas e lipídios da membrana, gerando grandes quantidades de lipofuscina e 4-HNE, indicadores de estresse oxidativo. Este trabalho tem como objetivo verificar se o ômega-3 diminui o estresse oxidativo em diferentes músculos distróficos (bíceps, diafragma e quadríceps) do camundongo mdx jovem. Observamos que o ômega-3 diminuiu a lipofuscina e o 4-HNE nos músculos estudados. A atividade das enzimas antioxidantes SOD, GPx e GR estava aparentemente diminuída no diafragma distrófico, quando comparado ao diafragma normal. No diafragma, o ômega-3 promoveu aumento discreto da atividade da SOD e da GPx. O músculo quadríceps não apresentou alterações significativas destas enzimas, tanto no mdx controle, quanto no mdx tratado com ômega-3. O ômega-3 promoveu melhora da distrofinopatia (redução da CK, diminuição da inflamação e aumento da regeneração muscular). Concluímos que o ômega-3 diminui o estresse oxidativo (reduz a lipofuscina e o 4-HNE), principalmente no músculo diafragma, provavelmente por este ser mais afetado que o quadríceps. A atividade aparentemente reduzida das enzimas antioxidantes no diafragma do mdx controle pode sugerir menor capacidade de tamponamento das espécies reativas de oxigênio neste músculo. Isto pode contribuir, pelo menos em parte, para o maior estresse oxidativo e maior acometimento do diafragma em relação ao quadríceps. Estes dados sugerem que o ômega-3 possa ter uma ação positiva em melhorar o estresse oxidativo em diferentes músculos distróficos, tornando-o potencialmente útil para a terapia da DMD / Abstract: Duchenne muscle dystrophy (DMD) is a disease caused by the absence of dystrophin characterized by progressive muscle degeneration. In DMD and in the mdx mice model of DMD, the inflammatory process exacerbates myonecrosis and increases oxidative stress. Oxidative stress has been proposed as an important factor in disease progression. Reactive oxygen species promote damage in dystrophic fibers, affecting proteins and lipids of the membrane, generating large amounts of lipofuscin and 4-HNE, markers of oxidative stress. This study aims to determine whether ômega-3 therapy reduces oxidative stress in different dystrophic muscles (biceps, diaphragm and quadriceps) of mdx mouse, at earlier stages of the disease. Ômega-3 decreased lipofuscin and 4-HNE in all the muscles studied. The activity of the antioxidant enzymes SOD, GPx and GR was apparently reduced in mdx diaphragm control as compared to normal mice. In the diaphragm, ômega-3 promoted a slight increase in the activity of SOD and GPx. The quadriceps muscle showed no significant changes in the activity of these enzymes in mdx control, and ômega-3 did not change this profile. Ômega-3 also ammeliorated dystrophinopathy (reduced CK, decreased inflammation and increased muscle regeneration). We conclude that ômega-3 reduces oxidative stress (by decreasing lipofuscin and 4-HNE), mainly in the dystrophic diaphragm, possibly because this muscle is more affected than the quadriceps. The apparent decreased activity of antioxidant enzymes in the mdx diaphragm may suggest a poor capacity of this muscle to buffer the reactive oxygen species. This may contribute, at least in part, to the increased oxidative stress in the diaphragm and to the fact that this muscle will turn out to be the more affected muscle in the mdx. The present results suggest that ômega-3 may have a positive effect in improving oxidative stress in different dystrophic muscles, making it potentially useful for DMD therapy / Mestrado / Biologia Celular / Mestra em Biologia Celular e Estrutural
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"Modulação da composição de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 de ovos e tecidos de galinhas poedeiras, através da dieta. I. Estabilidade oxidativa" / "Omega-3 polyunsaturated fatty acids modulated by the diet in laying hens eggs and tissues. I. Oxidation stability"Maria Elena de Los Dolores Bernal Gómez 12 February 2003 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de dietas suplementadas com semente de linhaça (ricas em ácido alfa-linolênico, LNA, ômega3) e antioxidantes naturais, provenientes do orégano e do alecrim, sobre o nível de incorporação dos ácidos graxos poliinsaturados ômega 3 (PUFA ômega3) em ovos e tecidos de aves. Para isto, 192 galinhas poedeiras da linhagem comercial Babcock de 22 semanas, foram alimentadas durante 30 dias com dietas constituídas de 0 (zero) e 5% de óleo de linhaça. Foram definidos 8 tratamentos: 4 grupos com 5% de óleo de linhaça (controle/sem antioxidante; BHA+BHT, 100+100 ppm; orégano, 200 ppm; alecrim, 200 ppm) e 4 grupos sem óleo de linhaça, mas utilizando os mesmos antioxidantes. A amostragem dos ovos foi realizada durante o experimento nos períodos 0, 10, 20 e 30 dias e dos tecidos das aves (sobrecoxa, coxa, asa, peito, coração, tecido adiposo e fígado) no tempo final do experimento. Os ácidos graxos foram determinados por cromatografia gasosa e o grau de oxidação lipídica através do teste do ácido tiobarbitúrico (TBA). De acordo aos resultados obtidos, verificou-se aumento significativo dos ácidos graxos alfa-linolênico (LNA) e docosahexaenóico (DHA) nas gemas de ovo das aves que receberam 5% de óleo de linhaça nos tratamentos controle, BHA+BHT, orégano e alecrim, nos diferentes tempos (10, 20 e 30 dias), quando comparados com a dieta 0% linhaça. Além disso, a incorporação máxima dos ácidos LNA e DHA nas gemas de ovo foi obtida aos 20 dias de alimentação das aves, com um índice de incorporação de 15 a 30 e de 2,5 a 4,5 vezes o grupo controle, respectivamente. Na avaliação do grau de oxidação lipídica nas gemas de ovo, foi verificada diferença significativa na redução dos valores de absorbância nas 2 dietas, em todos os tratamentos com antioxidantes, quando relacionados ao seu respectivo controle. Com relação aos tecidos das aves, também houve incorporação significativa dos ácidos LNA e DHA, quando comparadas as duas dietas, sendo o fígado o tecido que apresentou a maior concentração destes ácidos graxos. Também foi possível verificar a eficácia dos antioxidantes naturais na proteção contra a oxidação lipídica nos tecidos sobrecoxa, coxa, asa e peito. Portanto, os extratos das especiarias, alecrim e orégano, podem ser utilizados satisfatoriamente para se obter ovos e tecidos de aves enriquecidos com PUFA ômega-3, melhorando a estabilidade lipídica. Considerando que os PUFA ômega-3 têm um interesse considerável na saúde humana, o fornecimento de dietas ricas em ácido alfa-linolênico presente na linhaça, para galinhas poedeiras, permitiu a obtenção de ovos e tecidos enriquecidos, os quais tornam-se uma fonte alternativa de PUFA ômega-3. / The aim of this work was to evaluate the influence of diets containing flaxseed (rich in alpha-linolenic acid, LNA, omega-3) and natural antioxidants from oregano and rosemary on the level of incorporation of the polyunsaturated fatty acids omega 3 (PUFA omega-3) in eggs and tissues of poultry. For this purpose, 192 laying hens at 22 weeks of age, of commercial lineage Babcock, were fed for 30 days with diets containing 0 (zero) or 5% of flaxseed oil. The hens were divided in 8 groups: 4 groups received diets with 5% of flaxseed oil (control / no antioxidant; BHA+BHT, 100+100 ppm; oregano, 200 ppm; rosemary, 200 ppm) and 4 groups received no flaxseed oil, but the same antioxidants. The sampling of the eggs was accomplished in 4 periods (0, 10, 20 and 30 days) and of the tissues of poultry (upper thigh, thigh, wing, breast, heart, adipose tissue and liver) at the end of experiment. The fatty acids were analysed by gas chromatography and the lipid oxidation was determined by thiobarbituric acid test (TBA). The results showed that the levels of alpha-linolenic (LNA) and docosahexaenoic (DHA) acids increased in egg yolks from hens of the 4 groups fed diets with 5% flaxseed oil after 10, 20 and 30 days, when compared with diets 0% flaxseed oil. In addition, the maximum incorporation of LNA and DHA in egg yolks was obtained after 20 days, with an index of incorporation ranging from 15 to 30 and from 2.5 to 4.5, respectively. Also, a significant decrease of lipid oxidation in egg yolks for all groups receiving antioxidants was observed, when related with control. In the tissues of the hens, there was also significant incorporation of the LNA and DHA acids, when comparing the 2 diets, with the liver presenting the major concentration of these fatty acids. It was also possible to verify the effectiveness of the natural antioxidants in the protection against lipid oxidation in upper thigh, thigh, wing and breast tissues. Therefore, rosemary and oregano can be used satisfactorily to obtain eggs and tissues of poultry enriched with PUFA omega-3, improving the lipid stability. Considering that the PUFA omega-3 have considerable interest in the human health, the administration of diets rich in alpha-linolenic acid from flaxseed to laying hens allows the eggs and tissues enrichment as an alternative source of PUFA omega-3.
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Simultaneous encapsulation of echium (Echium Plantagineum L.) seed oil, phytosterols and phenolic compounds: characterization and application of microcapsules / Encapsulação simultânea de óleo da semente de echium (Echium plantagineum L.), fitosteróis e compostos fenólicos: caracterização e aplicação das microcápsulasComunian, Talita Aline 31 October 2017 (has links)
The consumption of omega-3 fatty acids and phytosterol promotes the reduction of cholesterol and triacylglycerol levels. However, such compounds are susceptible to oxidation, which hampers their application. First, the aim of this work was to encapsulate echium oil (Echium plantagineum L.), source of omega-3 fatty acids, with hydrophilic phenolic compounds (sinapic acid and rutin) by double emulsion followed by complex coacervation in order to evaluate the best hydrophilic phenolic compound. In this case, sinapic acid showed better performance as antioxidant. Then, the second objective of this work was to study the microencapsulation of echium oil by complex coacervation using gelatin-arabic gum and gelatin-cashew gum as wall materials and sinapic acid and transglutaminase as crosslinkers. In this step, it was possible to observe that sinapic acid, besides to be an antioxidant, could also act as crosslinker. So, the third objective was to study the effect of sinapic acid in echium microparticles obtained by emulsion followed by spray or freeze drying using arabic gum as carrier agent in order to compare different encapsulation techniques. In addition to these methods, the fourth objective was to compare these techniques already mentioned to the combination of microfluidic devices and ionic gelation in order to encapsulate echium oil. In this case, sinapic acid and quercetin were also incoporated in the microcapsules. All the microcapsules/ microparticles obtained in the mentioned different techniques presented characteristics feasible for application and also promoted the protection of the oil. However, the encapsulation by complex coacervation and the addition of sinapic acid as crosslinkers was the method choosen for the coencapsulation of echium oil and phytosterols since presented the better results. Moreover, the treatment GA075 (microcapsule with gelatin-arabic gum as wall materials and 0.075g sinapic acid/ g gelatin) promoted the better protection to the encapsulated compounds. In this way, this treatment was applied into yogurt and compared to the one with the compounds nonencapsulated and the yogurt control. The yogurt containing microcapsules, presented a pH range from 3.89-4.17 and titratable acidity range from 0.798-0.826%, with good sensorial acceptance. It was possible to apply the microcapsules in yogurt, without compromising the rheological properties and physicochemical stability of the product, obtaining a functional product rich in omega-3 fatty acids, phytosterols and phenolic compound. / O consumo de ácidos graxos ômega-3 e fitosterol promove a redução dos níveis de colesterol e triacilglicerol. No entanto, esses compostos são susceptíveis à oxidação, o que dificulta sua aplicação. Primeiramente, o objetivo deste trabalho foi encapsular o óleo de echium (Echium plantagineum L.), fonte de ácidos graxos ômega-3, com compostos fenólicos hidrofílicos (ácido sinápico e rutina) por emulsão dupla seguida de coacervação complexa com intuito de avaliar o melhor composto fenólico hidrofílico. Neste caso, o ácido sinápico apresentou melhor desempenho como antioxidante. Em seguida, o segundo objetivo deste trabalho foi estudar a microencapsulação do óleo de echium por coacervação complexa utilizando as combinações gelatina-goma arábica e gelatina-goma de caju como materiais de parede e ácido sinápico e transglutaminase como agentes de reticulação. Nesta etapa, foi possível observar que o ácido sinápico, além de ser um antioxidante, também pode atuar como agente de reticulação. Assim, o terceiro objetivo foi estudar o efeito do ácido sinápico em micropartículas de óleo de echium obtidas por emulsão seguida de atomização ou liofilização utilizando goma arábica como agente carreador, com a finalidade de comparar diferentes técnicas de encapsulação. Além desses métodos, o quarto objetivo foi comparar essas técnicas já mencionadas com a combinação de dispositivos microfluídicos e gelificação iônica utilizando o óleo de echium como composto bioativo. Neste caso, o ácido sinápico e a quercetina também foram incorporados nas microcápsulas. Todas as microcápsulas/ micropartículas obtidas pelas diferentes técnicas mencionadas apresentaram características viáveis para aplicação e também promoveram a proteção do óleo. No entanto, a encapsulação por coacervação complexa e a adição de ácido sinápico como reticulante foi o método escolhido para a coencapsulação de óleo de echium e fitosteróis, uma vez que apresentou melhor resultado. Além disso, o tratamento GA075 (microcápsula com gelatina-goma arábica como materiais de parede e 0,075g de ácido sinápico/ g gelatina) promoveu a melhor proteção aos compostos encapsulados. Desta forma, este tratamento foi aplicado em iogurte e comparado com o mesmo adicionado dos compostos não encapsulados e o iogurte controle. O iogurte contendo microcápsulas apresentou faixa de pH de 3,89-4,17 e acidez titulável de 0,798-0,826 %, com boa aceitação sensorial. Foi possível a aplicação das microcápsulas no iogurte, sem comprometer as propriedades reológicas e a estabilidade físico-química do produto, obtendo um produto funcional rico em ácidos graxos ômega-3, fitosteróis e compostos fenólicos.
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Avaliação da suplementação diária de ácidos graxos poli-insaturados de ômega-3 e aspirina em baixa dosagem no tratamento de periodontite agressiva generalizada : estudos clínicos controlados randomizados /Araujo, Cássia Fernandes. January 2020 (has links)
Orientador: Mauro Pedrine [Unesp] Santamaria / Resumo: A destruição periodontal resulta principalmente da resposta inflamatória exacerbada do hospedeiro frente ao desafio bacteriano. Por isso, pesquisas envolvendo a modulação da resposta do hospedeiro têm sido desenvolvidas com o objetivo de facilitar a resolução da inflamação, bem como promover reparação tecidual e estabilidade periodontal. Recentemente, o uso de ácidos graxos poli-insaturados de ômega-3 (AGP Ω-3) e ácido acetilsalicílico (AAS) foi relacionado à produção de mediadores lipídicos mais bioativos e à melhores resultados clínicos no tratamento de periodontite crônica. Desse modo, pesquisas envolvendo modulação das respostas inflamatórias de portadores de periodontite agressiva (PAg) podem ser de grande valia. Assim, o objetivo dos presentes estudos clínicos controlados randomizados foi avaliar a utilização da suplementação de 900 mg AGP Ω-3 e 100 mg de AAS por 180 dias como adjuvantes ao tratamento de PAg generalizada (PAgG). (1) Selecionou-se 38 pacientes com PAgG os quais receberam debridamento subgengival associado a AGP Ω-3 e AAS (n=19) ou placebo (n=19). Ambos os grupos apresentaram diminuição (p<0,05) em todos os parâmetros clínicos avaliados, bem como em IL-1β, sem diferença entre os tratamentos (p>0,05). O nível de TIMP-2 diminuiu significantemente no grupo controle, porém se manteve estável no grupo teste. Concluiu-se que a nova terapia proposta não trouxe benefícios clínicos no tratamento não-cirúrgico de PAgG. (2) Selecionou-se 34 pacientes com PAgG previa... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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Efeito dos ácidos graxos ômega-3 de origem marinha em parâmetros bioquímicos, antropométricos e inflamatórios de adultos que vivem com HIV em terapia antirretroviral: revisão da literatura e ensaio clínico / Effects of marine omega-3 fatty acids supplementation on biochemical, anthropometric, and inflammatory outcomes in subjects living with HIV on antiretroviral therapy: review and clinical trial.Oliveira, Julicristie Machado de 15 February 2011 (has links)
Introdução: A terapia antirretroviral (ART) mudou o curso da Aids, porém está associada a alterações metabólicas e aumento do risco de doenças cardiovasculares. Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação com ácidos graxos ômega-3 de origem marinha no perfil lipídico, na homeostase da glicose, na distribuição de gordura corporal e nos marcadores inflamatórios de adultos com HIV em ART. Métodos: Artigo 1. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura com metanálise. Realizou-se busca por ensaios clínicos na base de dados PubMed; 33 artigos foram localizados, seis cumpriram os critérios de inclusão e quatro apresentavam qualidade metodológica adequada. Foi realizada metanálise com efeitos fixos e descrição das diferenças de médias sumárias (DMS (IC95 por cento )). Artigos 2 e 3. Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado e controlado. Foram recrutados 120 adultos com idade entre 19 e 64 anos, de ambos os sexos. Os indivíduos alocados no grupo intervenção foram suplementados por 24 semanas com 3g de óleo de peixe/dia (900mg de ácidos graxos ômega-3) e indivíduos alocados no grupo controle receberam placebo (óleo de soja). Resultados: Artigo 1. Após 8-16 semanas de intervenção com 900-3360mg de ácidos graxos ômega-3/dia, observou-se redução de -80,34mg/dL (IC 95 por cento : -129,08 a -31,60) nas concentrações de triglicérides. A análise agregada de estudos com média de concentração de triglicérides > 300mg/dL no baseline e intervenção com 1800-2900mg de ácidos graxos ômega-3/dia resultou em redução de -129,72mg/dL (IC95 por cento : -206,54 a -52,91). Artigos 2 e 3. Foram considerados nas análises dados de 83 sujeitos. Os modelos multinível não revelaram relação estatisticamente significante entre a suplementação com óleo de peixe e as mudanças longitudinais nas concentrações de triglicérides (p=0,335), LDL-C (p= 0,078), HDL-C (p=0,383), colesterol total (p=0,072), apo B (p=0,522), apo A1 (p=0,420), razão LDL-C/apo B (p=0,107), índice homa-2 IR (p=0,387), IMC (p=0,068), circunferência da cintura (p=0,128), relação cintura/quadril (p=0,359), PCR ultra sensível (p=0,918), fibrinogênio (p=0,148), e fator VIII (p=0,073). Conclusões: Artigo 1. Diferentes doses de ácidos graxos ômega-3 reduziram modo significativo as concentrações de triglicérides, confirmando a potencial aplicabilidade desse nutriente no tratamento da hipertrigliceridemia em pessoas que vivem com HIV em ART. Artigos 2 e 3. Uma dose relativamente baixa de óleo de peixe para pessoas que vivem com HIV em ART não alterou o perfil lipídico, a homeostase da glicose, a distribuição de gordura corporal e a concentração de marcadores inflamatórios. Recomenda-se, em estudos subseqüentes, a avaliação do efeito de doses mais elevadas, bem como a determinação de marcadores inflamatórios mais sensíveis / Background: Although the antiretroviral therapy (ART) revolutionized the care of HIV-infected subjects, it has been associated with metabolic abnormalities and increased risk of cardiovascular diseases. Aims: To review the effects of marine omega-3 fatty acids on lipid profile, insulin resistance and inflammatory markers in subjects living with HIV on ART. Methods: Paper 1. Thirty three articles were found in a PubMed search; six met the inclusion criteria; and four of them were considered of adequate quality and included. Meta-analysis with fixed effects was performed and weighted mean differences (WMD (95 per cent CI)) were described. Paper 2 and 3. The study was conducted in an HIV/Aids care centre affiliated to the Medical School, University of Sao Paulo. This was a randomized controlled trial that assessed the effects of 3g fish oil/day (900mg of omega-3 fatty acids) or 3g soy oil/day (placebo). A hundred and twenty subjects aged between 19 and 64 years were recruited. The statistical analyses were performed in Stata 9. Results: Paper 1. Data from 83 subjects were included in the analyses. The overall reduction on triglyceride concentrations after 8-16 weeks of treatment with 900-3360mg of omega-3/day was WMD=-80.34mg/dL (95 per cent CI: -129.08 to -31.60). The pooled result of studies with mean triglyceride > 300 mg/dL at baseline and 1800-2900mg omega-3/day was WMD=-129.72mg (95 per cent CI: -206.54 to -52.91). Paper 2 and 3. Multilevel analyses revealed no statistically significant relationships between fish oil supplementation and the longitudinal changes in triglyceride (p= 0.335), LDL-C (p= 0.078), HDL-C (p= 0.383), total cholesterol (p=0.072), apo B (p= 0.522), apo A1 (p=0.420), LDL-C/apo B ratio (p=0.107), homa-2 IR index (p=0.387), BMI (p=0.068), waist circumference (p=0.128), waist/hip ratio (p=0.359), hs-CRP (p=0.918), fibrinogen (p=0.148), and VIII factor (p=0.073). Conclusions: Paper 1. Different doses of omega-3 fatty acids reduced significantly triglyceride concentrations confirming the potential applicability of this nutrient on the management of hypertriglyceridemia in HIV-infected subjects on ART. Paper 2 and 3. A relatively low dose of fish oil for HIV subjects on ART did not change lipid profile, insulin resistance, body fat distribution, and inflammatory markers. Further investigations should considerer the assessment of higher doses and more sensitivity inflammatory markers
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Efeito do ácido graxo ômega 3 no tratamento da esteatohepatite não alcoólica (EHNA): estudo randomizado placebo controlado / Effects of omega-3 fatty acids (PUFA) on treatment nonalcoholic steatohepatitis (NASH)Santos, Monize Aydar Nogueira 05 March 2015 (has links)
Introdução: Existem poucas estratégias de intervenção medicamentosa que se mostraram eficazes na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Os ácidos graxos poliinsaturados (AGPI) Ômega-3 parecem ser eficazes no tratamento da esteatose hepática de modelos experimentais, mas poucos estudos randomizados em humanos foram realizados. O objetivo deste estudo foi avaliar prospectivamente a eficácia de AGPI Ômega-3 provenientes do óleo de linhaça e peixe na esteatohepatite não alcoólica (pacientes com EHNA). Métodos: Sessenta pacientes com biópsia confirmando EHNA foram incluídos no estudo duplo cego, randomizado, placebo controlado. Os pacientes foram randomizados em dois grupos. Grupo Ômega-3 (n = 32) recebeu três cápsulas contendo no total 945 mg de AGPI Ômega-3 (63% ácido alfa linolênico (ALA), 21% ácido eicosapentaenóico (EPA) e 16% do ácido docosahexaenóico (DHA)) e Grupo Placebo (n = 28) recebeu três cápsulas contendo óleo mineral. A intervenção foi realizada por seis meses, quando os pacientes foram novamente submetidos à biópsia hepática. O desfecho primário foi a mudança histológica hepática de acordo com o escore de atividade EHNA (NAS) no início (pré intervenção) e seis meses (após intervenção). Desfecho secundário compreendeu análise das aminotransferases séricas, perfil lipídico e glicemia em jejum, parâmetros antropométricos e nível sérico de IL6 em 0, 3 e 6 meses e dosagem de Ômega-3 plasmático, como prova de tratamento, em 0 e 6 meses. Resultados: Dos 60 pacientes avaliados, 10 não terminaram o estudo (5 no grupo Ômega-3, e 5 no grupo placebo). Analisando os resultados primários, a atividade NAS melhorou ou se manteve estável em 78,26% dos pacientes do grupo placebo e em 55,56% do grupo Ômega-3, sem diferença significativa entre os grupos (p = 0,978), a inflamação lobular reduziu ou se manteve estável em 91,3% no grupo de placebo e em 66,67% no grupo Ômega-3, também sem diferença entre os grupos (p = 0,994). Ômega-3 não reduziu a esteatose hepática, balonização hepatocelular e fibrose. Nos parâmetros bioquímicos houve redução do nível de triglicérides em três meses no grupo Ômega-3 (p = 0,011) quando comparado com o placebo. Por outro lado, aminotransferases séricas, colesterol total e frações, glicemia, parâmetros antropométricos e níveis séricos de IL-6 não foram alterados com o tratamento em seis meses quando comparado com placebo. Analisando o resultado do Ômega-3 plasmático no período seis meses, observou-se que no grupo Ômega-3 houve aumento do ALA (p = 0,014), EPA (p = 0,016), da relação Ômega-3/Ômega-6 (p = 0,018) e redução do ARA (p= 0,028), enquanto que no grupo placebo encontrou-se aumento do Ômega-3 nas formas de EPA (p = 0,03), DHA (p = 0,036) relação Ômega-3/Ômega-6 (p = 0,007), o que comprova que o grupo placebo de alguma forma ingeriu também Ômega-3. Avaliando o Ômega-3 plasmático entre grupos tratamento e placebo tem-se diferença entre os grupos em relação ao ARA (p = 0,03) que reduziu no grupo \"tratado com Ômega-3\". Devido ao consumo de Ômega-3 pelo grupo placebo, optou-se por desconsiderar o duplo cego e fazer nova análise estatística baseada no aumento de Ômega-3 plasmático e comparar com melhora histológica das variáveis NAS e encontrou-se que o aumento do DHA estava positivamente relacionado com a melhora ou estabilização da inflamação lobular em seis meses de estudo (p = 0,014). Conclusões: Os resultados dste estudo indicam que AGPI Ômega-3 a partir de uma mistura de óleos de linhaça e peixe não pode melhorar a histologia hepática, a maioria dos parâmetros bioquímicos e os níveis séricos de IL-6; no entanto, esta suplementação impacta significativamente o perfil lipídico dos pacientes com EHNA, aumentando os níveis de AGPI Ômega-3, diminuindo os níveis da ácido araquidônico (AA), potencialmente próinflamatória da família AGPI Ômega-6, e diminuição dos níveis de triglicérides séricos. Na análise post hoc houve correlação significativa entre o aumento dos níveis plasmáticos de DHA e melhora da inflamação lobular, independentemente do tratamento recebido. A limitação do estudo foi o grupo placebo ter ingerido ácidos graxos Ômega-3. Mais estudos são necessários para confirmar estes resultados (ID 01992809) / Introduction: There is a limited number of effective drug treatments available for the treatment of nonalcoholic steatohepatitis (NASH). Polyunsaturaturated fatty acid (PUFAs) Omega 3 seems to be effective in treating hepatic steatosis in experimental animal models, however there is a limited number of humans randomized studies available in the literature. The purpose of the present study is to prospectively evaluate the treatment efficacy of the PUFAs Omega 3 from flaxseed and fish in patients with NASH disease. Methods: A total of sixty biopsy confirmed NASH patients were included in a double blind, randomized, placebo controlled study. They were randomized into two groups: Omega 3 group (n = 32) where patients received a total of 945mg of PUFAs Omega 3 and Placebo group (n = 28) where patients received only mineral oil. After a 6 month treatment all patients underwent a new liver biopsy. Primary goal was to evaluate and compare liver histologic changes, according to Nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) activity score (NAS), between pre and post treatment biopsies. Secondary goal was to evaluate serum transaminases, lipid profile and serum non fasting glucose, anthropometric parameters and serum IL6 at 0, 3 and 6 month treatment. A serum Omega 3 dosage was performed at 0 and 6 month as treatment proof. Results: A total of 50 patients finished the study, 25 from each original group. NAS score improved or was unaltered in 78.26% of the placebo group and in 55.56% of the Omega 3 group (p = 0,978). Lobular liver inflammation was reduced or unaltered in 91.3% and in 66.67% respectively of the placebo and Omega 3 groups (p = 0,994). Omega 3 alone was not able to reduce liver steatosis, hepatocelular balonization or fibrosis. Biochemical analysis revealed reduction on serum triglycerides after 3 month treatment for the Omega 3 group patients, when compared to placebo (p=0,011). Serum transaminases, total cholesterol and fractions, non fasting glucose and IL-6 were found to have no changes after 6 month treatment, when compared to placebo. After 6 month we found serum rise of Omega 3 on its forms as ALA (p= 0,014) and EPA (p = 0,016), and of the relation Omega 3/Omega 6 (p = 0,018), besides a reduction of the ARA (p= 0,028). The placebo group demonstrated to have an Omega 3 serum rise of its forms as EPA (p = 0,03) and DHA (p = 0,036) and of the relation Omega3/Omega6 (p = 0,007). These findings are proof that the placebo group also ingested some form of Omega 3. There is a difference between the groups regarding the serum Omega 3 on the ARA relation, which was reduced in the Omega 3 group. Due to the Omega 3 ingestion by the placebo group we decided to not consider the double blind and to perform a new statistic analysis based on the serum Omega 3 rise and compare with the improvement on NAS histologic variables. The analysis revealed that DHA rise was positively related with an improvement or unchanged of lobular inflammation after 6 months (p= 0,014). Conclusions: The present study was able to demonstrate that the AGPI Omega 3 from flaxseed and fish can not improve hepatic histology, most of the biochemical parameters and serum levels of IL-6. However this type of supplementation revealed a significant impact over lipid profile from NASH patients, providing an rise on AGPI Omega 3 levels and reducing the levels of Araquidonic Acid (AA) and triglycerides. The post hoc analysis demonstrated a significative correlation between the serum rise of DHA and the improvement of lobular inflammation, regardless of the received treatment. The fact that the placebo group ingested Omega 3 revealed to be a limitation of the present study. More studies are recommended to confirm our findings (ID 01992809)
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Efeito da infusão pré-operatória de emulsão lipídica parenteral de óleo de peixe sobre a resposta imunológica pós-operatória e a evolução clínica imediata de pacientes com câncer gastrintestinal / Effect of the preoperative infusion of fish oil parenteral lipid emulsion on postoperative immune response and immediate clinical outcome of patients with gastrointestinal cancerTorrinhas, Raquel Susana Matos Miranda 23 October 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: Emulsão lipídica parenteral composta por óleo de peixe, rica em ácidos graxos ômega-3, é infundida associada a emulsões lipídicas convencionais, como parte da terapia nutricional parenteral. Em pacientes cirúrgicos, a infusão perioperatória de emulsão lipídica de óleo de peixe se associa à preservação de funções imunológicas e modulação favorável de mediadores inflamatórios pós-operatórios, com redução na frequência de complicações infecciosas e no tempo de internação em unidade de terapia intensiva e hospitalar. Os benefícios descritos encorajam a infusão parenteral isolada de emulsão lipídica de óleo de peixe, como fármaconutriente adjuvante no tratamento de pacientes cirúrgicos, independente da indicação de terapia nutricional parenteral. OBJETIVO: O presente estudo avaliou o efeito da infusão parenteral pré-operatória, por curto prazo, de emulsão lipídica de óleo de peixe isolada sobre a resposta imunológica pósoperatória e a evolução clínica imediata de pacientes com câncer gastrintestinal. MÉTODOS: Estudo prospectivo, aleatório, duplo-cego e controlado em 63 pacientes cirúrgicos eletivos com câncer gastrintestinal. Os doentes receberam infusão por veia periférica (0,2g gordura/kg de peso corpóreo/dia) de emulsão lipídica parenteral de óleo de peixe (Omegaven® 10% - Fresenius-Kabi) ou emulsão lipídica parenteral controle (Lipovenos MCT® 10% - Fresenius-Kabi) durante os 3 últimos dias pré-operatórios. Amostras de sangue foram coletadas antes e após a infusão parenteral das emulsões lipídicas e nos 3º e 6º (apenas para citocinas) dias pósoperatórios. Analisou-se a concentração plasmática de IL-6 e IL-10 e a migração, fagocitose, explosão oxidativa e expressão de moléculas HLA-DR e CD32 leucocitárias. A frequência de complicações infecciosas e tempo de internação na unidade de terapia intensiva e hospitalar também foram avaliados no período pós-operatório imediato. RESULTADOS: No período pós-operatório, pacientes tratados com emulsão de óleo de peixe tiveram aumento de IL-10 (dia 3, p < 0,0001), diminuição de IL-6 (dia 3, p = 0,029) e IL-10 (dia 6 p < 0,0001), menor diminuição da explosão oxidativa leucocitária (p = 0,028), manutenção da porcentagem de monócitos exprimindo HLA-DR (p = 0,046) e CD32 (p = 0,025) e aumento da intensidade da expressão de CD32 por neutrófilos (p=0,010), em comparação a pacientes tratados com emulsão lipídica controle. A migração leucocitária não foi influenciada. Não foram encontradas diferenças na frequência de infecções e no tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e hospitalar. CONCLUSÕES: A infusão pré-operatória, por curto prazo, de emulsão lipídica parenteral de óleo de peixe isolada, como fármaco-nutriente, melhora a resposta imunológica pós-operatória de pacientes com câncer gastrintestinal sem estar associada à melhora significativa na frequência de infecções e tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e hospitalar. / BACKGROUND: Parenteral lipid emulsion composed by fish oil, rich in omega-3 fatty acids, is infused in addition to other standard lipid emulsions, as part of parenteral nutrition therapy. In surgical patients, the perioperative infusion of fish oil lipid emulsion is associated with immune functions preservation and favorably modulation of postoperative inflammatory mediators, with decreased infectious complications and length of intensive care unit and hospital stay. These reported benefits encourage the use of fish oil lipid emulsion alone, as a pharmacological adjuvant agent for the treatment of surgical patients, independent of parenteral nutritional therapy indication. AIM: This clinical trial assessed the effect of short-term preoperative infusion of fish oil lipid emulsion alone on postoperative immune response and immediate clinical outcomes of patients with gastroenterological cancer. METHOD: In a prospective, randomized, controlled and double-blind design, elective surgical patients with gastrointestinal cancer (n= 63) received, for the last 3 pre-operative days, peripheral infusion (0.2g fat/kg of body weight./d) of fish oil lipid emulsion (Omegaven® 10% - Fresenius-Kabi) or control lipid emulsion (Lipovenos MCT® 10% - Fresenius-Kabi). Peripheral blood samples were collected before and after lipid emulsion infusion at the 3rd and 6th (only for cytokines) postoperative days to analyze plasma concentration of IL-6 and IL-10, as well as leukocyte migration, phagocytosis, oxidative burst and expression of HLADR and CD32 molecules. Postoperative infections, length of intensive care unit and hospital stay were also measured. RESULTS: At postoperative period, patients treated with fish oil lipid emulsion had increase of IL-10 (day 3, p < 0.0001), decrease of IL-6 (day 3, p = 0.029) and IL-10 (day 6, p<0.0001), lower decrease of leukocyte oxidative burst (p=0.023), maintenance of the percentage of monocytes expressing HLA-DR (p=0.046) and CD32 (p=0,025) and increase of the intensity of CD32 expression on neutrophil surface (p=0,010), when compared to patients treated to control lipid emulsion. The leukocyte chemotaxis was not affected. No changes were observed on postoperative infections and length of intensive care unit and hospital stay. CONCLUSION: Short-term preoperative infusion of fish oil lipid parenteral emulsion alone improves postoperative immune response of patients with gastrointestinal cancer without benefit on infections frequency and length of intensive care unit and hospital stays.
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Desestruturação de lipid rafts por ácido docosaexaenoico (DHA) induz apoptose em células epiteliais luminais da glândula mamária humana transformadas pela superexpressão de HER-2 / Lipid rafts disruption by docosahexaenoic acid (DHA) induces apoptosis in transformed human mammary luminal epithelial cells harboring HER-2 overexpressionRavacci, Graziela Rosa 21 March 2013 (has links)
A superexpressão de receptores HER-2 é anormalidade celular de grande relevância clínica no câncer de mama. Ela ocorre em aproximadamente 30% de carcinomas de mama incluindo lesões pré-neoplásicas e malignas, e está associada a prognóstico desfavorável. A hiperativação dos receptores HER-2, consequência natural de sua superexpressão, promove proliferação celular aberrante e tumorigênese. Admite-se que a ativação e envio de sinais via HER-2 possa acontecer quando estes receptores se encontram em compartimentos específicos da membrana celular, os lipid rafts. Assim, um número maior de HER-2 poderia implicar em maior quantidade de lipis rafts. Para testar essa hipótese, usamos modelo de transformação oncogênica que nos permitiu avaliar, especificamente, os efeitos da superexpressão de HER-2 e identificar a quantidade de lipid rafts. Para isso utilizamos a linhagem celular HB4a, derivada de célula epitelial luminal do tecido mamário humano normal com baixa expressão de HER-2; e a linhagem HB4aC5.2, um clone derivado da HB4a, que superexpressa receptores HER-2. Nas células HB4aC5.2, a superexpressão de HER-2 foi acompanhada pelo aumento dos lipid rafts na membrana celular, bem como, hiperativação de sinais de sobrevivência, proliferação (aumento da ativação de proteínas Akt e Erk1/2, respectivamente), e taxa de proliferação celular duas vezes mais rápida que a linhagem normal HB4a. Adicionalmente, a superexpressão de HER-2 foi associada com aumento da lipogênese celular (fenótipo lipogênico), dependente do aumento de ativação da enzima FASN e da superexpressão de DEPTOR. A FASN é responsável pela síntese de palmitato, utilizado para formação de lipid rafts. A superexpressão de DEPTOR, por modular a atividade transcricional de PPAR?, pode evitar a lipotoxicidade do excesso de palmitato. Além disso, DEPTOR, por sua capacidade em reduzir atividade do complexo mTORC1, contribui para sobrevivência celular dependente da proteína Akt. Em continuidade, consideramos, como segunda hipótese, que a desestruturação de lipid rafts poderia influenciar negativamente a ativação dos receptores HER-2. Para isso tratamos, as mesmas linhagens celulares anteriormente descritas, com ácido docosaexaenoico (DHA), um tipo de ácido graxo ômega-3. Nossos resultados mostraram que, nas células HB4aC5.2, o tratamento com DHA desestruturou os lipid rafts, inibiu a sinalização iniciada pelos receptores HER-2 ( diminuição da ativação das proteínas Akt, Erk1/2, FASN, atividade transcricional de PPAR? e expressão de DEPTOR) e reverteu o fenótipo lipogênico. Adiciona-se que essas modificações celulares e moleculares foram acompanhadas por indução significativa de morte e apoptose. As mesmas alterações não foram observadas nas células normais HB4a. Em conclusão, o presente estudo reforça a associação entre a presença de HER-2 e lipid rafts. Adicionalmente aponta que a desestruturação de lipid rafts por DHA reduz a sinalização de HER-2. Por fim, sugere que distúrbios em lipid rafts, induzidos por DHA, possam representar ferramenta útil no controle da sinalização aberrante deflagrada pelos receptores HER-2, e aponta potencial terapêutico na suplementação de DHA para quimioprevenção e tratamento do câncer de mama HER-2 positivo. / HER-2 receptor overexpression is a cellular abnormality of great clinical significance in breast cancer. It is described in approximately 30% of breast carcinomas, including preneoplasic and malignant lesions, and is associated with poor prognosis. Hyperactivation of HER-2 receptors, a natural consequence of its overexpression, promotes aberrant cell proliferation and tumorigenesis. For signal activation and transduction to occur, HER-2 must be localized in specific compartments in the cell membrane: the lipid rafts. Therefore, we hypothesize that a greater number of HER-2 receptors could indicate a greater quantity of lipid rafts. To test this, we used an oncogenic transformation model that specifically allowed assessment of the effects of HER-2 overexpression and identification of the quantity of lipid rafts: an HB4a cell line derived from normal human breast tissue luminal epithelial cells with low HER-2 expression, and an HB4aC5.2 cell line, a clone derived from HB4a that overexpresses HER-2 receptors. In the HB4aC5.2 cells, HER-2 overexpression was accompanied by an increase in lipid rafts in cell membranes as well as hyperactivation of survival signals, proliferation (increased activation of the proteins Akt and ERK1/2, respectively), and an increased rate of proliferation, compared to the normal HB4a line. In addition, HER-2 overexpression was associated with increased cellular lipogenesis (lipogenic phenotype), dependent on the increased activation of the FASN enzyme and the overexpression of DEPTOR. FASN is responsible for the synthesis of palmitate, used to synthesize lipid rafts. Overexpression of DEPTOR by modulating PPAR? transcriptional activity, may avoid lipotoxicity from excess palmitate. Moreover, DEPTOR, with its ability to reduce mTORC1 complex activity, contributes to cell survival dependent on Akt. To continue, we considered as a second hypothesis that the disruption of lipid rafts could negatively influence HER-2 receptor activation. For this, we treated the same cell lines described above with docosahexaenoic acid (DHA), a omega-3 fatty acid. Our results showed that in HB4aC5.2 cells DHA treatment disrupted the lipid rafts, inhibited signaling initiated by HER-2 receptors (reduced activation of Akt, ERK1/2, and FASN proteins, PPAR? transcriptional activity, and DEPTOR expression) and reversed the lipogenic phenotype. In addition, these cellular and molecular changes were accompanied by a significant induction of apoptosis and death. The same changes were not observed in normal HB4a cells. In conclusion, the present study reinforces the association between HER-2 presence and lipid rafts. It also indicates that the disruption of lipid rafts by DHA reduces HER-2 signaling. Finally, it suggests that DHA-induced disturbances in lipid rafts may represent a useful tool in controlling aberrant signaling triggered by HER-2 receptors, and indicate therapeutic potential in DHA supplementation for chemoprevention and treatment of HER-2 positive breast cancer.
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Associação entre consumo de ácidos graxos ômega 3 e transtorno de ansiedade: análise transversal do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) / Omega 3 consumption and anxiety disorders: a cross-sectional analysis of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil)Natacci, Lara Cristiane 01 August 2018 (has links)
oucos estudos avaliaram a associação da ingestão de ácidos graxos ômega 3 e transtornos de ansiedade. O presente estudo utilizou dados transversais do exame de linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal Brasileiro de Saúde do Adulto - ELSA-Brasil para avaliar essa associação. A exposição dietética foi medida por um questionário quantitativo de frequência alimentar validado para a população brasileira e adaptado para o estudo, e os diagnósticos mentais foram avaliados pelo Clinical Interview Schedule-Revised Version - CIS-R, diagnosticando transtornos mentais de acordo com a Classificação Internacional de Doenças - CID-10. Modelos de regressão logística foram construídos utilizando quintis do consumo de ácidos graxos ômega 3, ácidos graxos ômega 6, razão de consumo n-6/n-3, e ácidos graxos poli-insaturados, usando o primeiro quintil como referência. Dos 15.105 sujeitos participantes do ELSA-Brasil, foram excluídos aqueles que relataram ingestão de menos de 500 ou mais de 4000 kcal, aqueles que relataram ingestão de suplementos n-3 ou n-6 e aqueles que foram submetidos a cirurgia bariátrica. Após as exclusões, 12268 participantes permaneceram na análise, dos quais 1893 (15,4%) apresentaram transtornos de ansiedade. Os indivíduos com transtorno de ansiedade eram mais jovens, de sexo feminino, menor escolaridade e renda, referiram tabagismo atual e atividade física mais leve. Valores mais altos de IMC e de proteína C reativa de alta sensibilidade foram observados nos indivíduos com ansiedade. A ingestão diária média de ácido eicosapentaenoico (EPA), ácido docosapentanoico (DPA) e ácido docosaexaenoico (DHA) foi significativamente menor em participantes com ansiedade. Um maior consumo desses três ácidos graxos da família ômega-3 foi observado em indivíduos com mais idade, maior renda e escolaridade, com dislipidemia, consumo de álcool e tabagismo atuais, e prática de atividade física vigorosa. Após o ajuste para variáveis sociodemográficas (idade, sexo, etnia e educação) fatores de risco cardiovascular (hipertensão, diabetes, dislipidemia, tabagismo, ingestão de álcool e atividade física), calorias totais, qualidade da dieta e depressão, os participantes do quinto quintil de ingestão de EPA, DHA e DPA mostraram associação inversa com transtornos de ansiedade: OR 0,82 (IC 95%, 0,69-0,98), OR 0,83 (IC 95%, 0,69-0,98) e OR 0,82 (IC 95%, 0,69-0,98), respectivamente. Participantes no quinto quintil de razão ômega-6/ômega-3 tiveram associação positiva com transtornos de ansiedade. Nenhuma associação foi encontrada com a ingestão de PUFA, ou ômega-3 e ômega-6 isoladamente com ansiedade após os ajustes. Nesta análise, uma alta ingestão de ômega-3 EPA, DHA e DPA foi inversamente associada com a presença de transtornos de ansiedade, enquanto que a alta razão ômega-6/ômega-3 foi diretamente associada à presença desses transtornos, sugerindo um possível efeito protetor dos ácidos graxos omega-3 EPA, DPA e DHA contra a ansiedade / Few studies have evaluated the association of omega-3 fatty acids intake and anxiety disorders. The present study used cross-sectional data from the baseline (2008-2010) examination of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health - ELSA-Brazil to evaluate this association. The dietary exposure was measured by a quantitative food frequency questionnaire validated for the brazilian population and adapted for the study, and the mental diagnoses were assessed by the Clinical Interview Schedule-Revised Version (CIS-R), diagnosing mental disorders according to the International Classification of Diseases - ICD-10. Logistic regression models were built using quintiles of omega-3 fatty acids, omega-6 fatty acids, omega-6/omega-3 ratio, and polyunsaturated fatty acids consumption, using the first quintile as a reference. Of the 15,105 subjects participating in ELSA-Brazil, those who reported ingestion of less than 500 or more than 4000 kcal, those who reported ingestion of omega-3 or omega-6 supplements and those had undergone bariatric surgery were excluded. After exclusions, 12,268 participants remained in the analysis, of whom 1893 (15.4%) had anxiety disorders. Subjects with anxiety disorder were younger, female, had lower education and income, reported current smoking and mild physical activity. Higher values of BMI and high sensibility C reactive protein were observed in subjects with anxiety. The mean daily intakes of eicosapentaenoic acid (EPA), docosapentaenoic acid (DPA) and docosahexaenoic acid (DHA) were significantly lower in subjects with anxiety. A higher intake of these three omega-3 fatty acids was observed in older individuals with higher income and education, with current dyslipidemias, alcohol consumption and smoking, and vigorous physical activity. After adjustment for socio-demographic variables (age, sex, ethnicity and education), cardiovascular risk factors (hypertension, diabetes, dyslipidemia, smoking, alcohol intake and physical activity), total calories, diet quality and depression, EPA, DHA and DPA intakes showed an inverse association with anxiety disorders: OR 0.82 (95% CI, 0.69-0.98), OR 0.83 (95% CI, 0.69-0.98) and OR 0.82 (95% CI, 0.69-0.98), respectively. Participants in the fifth quintile of omega-6/omega-3 ratio had a positive association with anxiety disorders. No association was found with ingestion of PUFA, or omega-3 and omega-6 alone with anxiety after adjustments. In this analysis, a high intake of omega-3 EPA, DHA and DPA was inversely associated with the presence of anxiety disorders, while the higher omega-6 omega-3 ratio was directly associated with the presence of these disorders, suggesting a possible protector effect of omega-3 fatty acids EPA, DPA and DHA against anxiety
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