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A ponte sobre o rio Oiapoque: uma ponte \'transoceânica\' entre o Brasil e a França; o Mercosul e a União Européia? / The bridge on the river Oiapoque: a bridge in the border between two countries: Brazil and France (French Guyana); MERCOSUL and European Union?Conte, Maria Irene de 14 January 2008 (has links)
Esta pesquisa analisa o papel geopolítico de uma ponte, em fase de projeto, que se localiza na fronteira entre dois países: Brasil e França (Guiana Francesa). O projeto de construção foi assinado pelos respectivos presidentes, em julho de 2005, durante as comemorações do ano do Brasil na França. Será construída sobre o rio Oiapoque, entre a cidade de mesmo nome e Saint-Georges, respectivamente nos territórios do Amapá e Guiana Francesa. Esta, sendo um dos territórios Ultramarinos franceses, é o único localizado na América do Sul. Esta proximidade faz do Brasil a maior fronteira terrestre com a França, significando uma importante parceria entre os dois países. Os interesses franceses na América do Sul, também pela localização estratégica de Kourou (Centro de lançamento de satélites franceses na Guiana), se fortalecem com a construção da ponte. Esta, juntamente à BR 156 (em fase final de asfaltamento), deverá possibilitar uma maior fluidez no veio de movimentação de mercadorias e de pessoas entre o porto de Santana (Amapá) e a Guiana Francesa. Afora a percepção econômica, problemas sociais se agravam, de forma insustentável, para as duas nações. Com a crescente mobilização entre os dois territórios motivada pela corrida pela extração de ouro, trabalho pago em Euro, aumenta a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (as DSTs) devido à prostituição e o descontrole do tráfico de drogas e de mulheres, principalmente de meninas. Este trabalho procura analisar em que esta ponte poderá colaborar para o desenvolvimento sócio-econômico regional, na solução de seus problemas sociais. Por último, se esta ponte poderá atuar como ponte entre os blocos econômicos no panorama da globalização: MERCOSUL e UNIÃO EUROPÉIA. / This research tries to analyze the geopolitical paper of a bridge, in phase of construction project, that is in the border between two countries: Brazil and France (French Guyana). The construction´s project was signed by the respective presidents, in July of 2005, during the commemorations of the year of Brazil in France. It will be constructed on the river Oiapoque, it enters the same name city and Saint-Georges city, respectively in the territories of the Amapá and French Guyana, being this a over-se a french territory in the South America. This proximity makes of Brazil the biggest border with France, meaning one of the most important partnerships of the world. The french interests in the South America, mainly for the strategical localization of Kourou (Center of launching of French satellites in the Guyana), if fortify with the construction of this bridge. This, together to BR 156 (in final phase of tarring), will make possible a bigger fluidity in the lode of movement of merchandises and people between the port of Santana (Amapá) and the French Guyana. Out the economic perception, social problems are aggravated of unsustainable form for the two nations. With the increasing mobilization between territories (race for the gold extration, paid works in Euro), it increases the transmission of sexually transmissible illnesses (the DST´s) as well as uncontrolled traffic of drugs and women, mainly of girls. This work looks for to analyze where this bridge will collaborate for the regional development, as well as in the solution of social and economic problems for both the territories, cities, people. Tries to understand until point will be able to act as bridge enters the economic blocks in the panorama of the globalization: MERCOSUL and UNION EUROPÉIA
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"Da espada à águia: construção simbólica do poder e legitimação política de Napoleão Bonaparte" / From sword to eagle: symbolical construction of power and political legitimation of Napoleon BonaparteStoiani, Raquel 15 May 2002 (has links)
O objetivo deste trabalho é analisar alguns pontos da construção simbólica do poder de napoleão bonaparte, em sua relação direta com um projeto de personalização do poder e de legitimação política, captando seu significado em meio ao universo de práticas e representações políticas de fins do século XVIIIe início do XIX.Privilegiamos alguns de seus aspectos, como a estruturação de uma imagem pública em associação com o fortalecimento e legalização de seu governo, procurando entendê-los no interior do conflito entre inovação e conservação, ou seja, de distanciamento ou aproximação dos modelos e convenções de construção simbólica do poder já utilizados durante o antigo regime. Para tanto, observamos os elementos de propaganda implícitos na fabricação da imagem napoleônica e na legitimação de seu poder, buscando perceber igualmente a dinâmica de sua elaboração e as repercussões desta imagem no imaginário coletivo. deparamo-nos, assim, com diversos "Bonapartes" e "Napoleões", ficções sociais construídas pelo uso de um conjunto de criações culturais. / The purpose of this work is to analyze some points of the symbolic construction of Napoleon Bonaparte's power, In its direct relationship with a personalizing project of power and of political legitimation, catching its meaning in a universe of political practices and representations in the end of the 18th and early 19th centuries. We give privilege to some of its aspects, like the structure of the public image associated with the empowerment and legalization of his government, trying to understand them within the inner conflict between innovation and conservation, i.e., the distancing or approaching of the models and conventions of power's symbolic construction already used during the Ancien Regime. To this, we observe the elements of propaganda that are implicit in the construction of the Napoleonic image and in the legitimation of his power, aiming to realize equally the dynamics of its formation and the repercussions of this image in the collective imaginary. We face, therefore, several "Bonaparte" and "Napoleons", social fictions built by the lise of a set of cultural creations.
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A traição nas canções de gesta e o fortalecimento da monarquia capetíngia: França, 1180-1328 / Treason in the Songs of Geste and the Strengthening of Capetingian Monarchy: France, 1180-1328Arias, Ademir Aparecido de Moraes 13 April 2016 (has links)
A traição é um tema que temos estudado já faz algum tempo, utilizando como fontes as Canções de Gesta, um gênero literário poético corrente nas regiões que compunham o reino da França, entre o século XI e o século XV. O período áureo dessa poesia coincidiu com o governo da dinastia conhecida como dos Capetos diretos, cujo reinado e sucessão de pai para filho persistiu sem interrupção de 987 até 1328. Criadas e difundidas nos diversos senhorios territoriais da França, em especial no norte do reino, as Canções de Gesta tratavam em seus enredos de vários problemas de ordem moral e política vigentes na época. Em uma sociedade cuja coesão, ao menos na sua camada governante, era baseada na fidelidade e na criação de laços vassálicos, a traição constituía uma grave ameaça à estabilidade e à paz. Tanto a moral cristã quanto a moral cavaleiresca condenavam quem a praticasse, mas isso não evitou a sua constante ocorrência. Estudamos cinco poemas épicos: a Chanson de Roland (c. 1100), o Girart de Vienne (1180-1185), o Renaut de Montauban (início do século XIII), o Gaydon (1230- 1240) e o Jehan de Lançon (metade do século XIII). O Roland, sendo o mais antigo desses poemas, apresenta um monarca respeitado e difere dos poemas posteriores, cujos enredos valorizam os personagens conhecidos desde o século XIX como Vassalos Rebeldes. Da análise da traição nessa poesia e da relação entre vassalos e o rei pudemos extrair alguns pontos importantes. De início o ligado à questão vocabular, pois traïson / traïtre / traïr designam um dos mais graves crimes ali descritos, graças a sua ligação com a tradição neotestamentária da entrega de Jesus por Judas Iscariotis, suplantando outros termos de origem latina ou não (proditio, felonie). Nas Canções, a traição é dirigida primeiramente contra os barões e cavaleiros sendo os seus executores da mesma condição social de suas vítimas. Só tardiamente ela denomina um atentado contra o monarca. Outro ponto é a defesa, nos poemas, do direito à guerra ao senhor caso este não cumprisse suas obrigações de justiça para com seu vassalo. Assim, os heróis em luta contra Carlos Magno não eram mostrados pelo poeta como traidores e sim como vítimas de uma perseguição. Esses cavaleiros conservavam o respeito pelo seu senhor e aspiravam ser perdoados e reintegrados à corte régia. A responsabilidade pelas traições era direcionada para uma linhagem específica, a de Ganelon, responsável pelo desastre de Roncesvales na Chanson de Roland. Mas se aqui a traição fora um crime individual, desde fim do século XII há um trabalho de readaptação no qual o fato de se pertencer a essa família já tornava o personagem passível de ser um traidor. As suas traições podiam ir da falsa acusação até ao envenenamento de outros personagens. A prova da traição se dava frequentemente através do duelo judicial e os culpados, além de condenados à morte, podiam ter os corpos destruídos para evitar a ressurreição no final dos tempos. / Treason is a theme that we have been studying for some time, using as sources the Songs of Geste, a poetic genre current in the regions that made up the Frances kingdom, between the eleventh and the fifteenth centuries. That poetrys golden period coincided as the dynasty of government known as the \"direct Capetian\" which reign and father to son succession persisted without interruption from 987 to 1328. Created and disseminated in the various Frances territorial manorials, especially in the northern kingdom, the Songs of Geste treated in their plots of various problems of moral and political force at that time. In a society whose cohesion, at least in its ruling layer, was based on loyalty and creating vassalian ties, treason constituted a serious threat to stability and peace. Both Christian morality as the moral chivalry condemned those who practiced it, but that did not stop their constant occurrence. We studied five epic poems: the Chanson de Roland (C1100), the Girart de Vienne (1180-1185), the Renaut de Montauban (early thirteenth century), the Gaydon (1230-1240) and Jehan de Lançon (half of the century XIII). Roland, is the oldest of those poems, has a respected monarch, and differs from the later poems whose plots value the characters known since the nineteenth century as \"Vassals Rebels\". From the analysis of treason in this poetry and the relationship between vassals and the king, we could draw some important points. Initially the connected to the vocabulary question because traïson / traître / traïr designate one of the most serious crimes described there, thanks to its connection with the neo testamentary tradition of Jesus delivery by Judas Iscariot, supplanting other terms Latin or not (proditio, felonie). In Chansons, the treason is primarily directed against the barons and knights and the executors are of the same social condition of their victims. Only belatedly it calls an attack against the monarch. Another point is the defense, in the poems, from the right to the war to the lord if he does not achieve his justices obligations to his vassal. Thus, the heroes in the fight against Charlemagne were not shown by the poet as traitors but as victims of persecution. Those knights keep respect for their master and aspire to be forgiven and reintegrated to the royal court. Responsibility for treason is directed to a specific lineage, that of Ganelon, responsible for Roncesvales disaster in the Chanson de Roland. But if here the treason was an individual crime, since the end of the twelfth century there is a readjustment work in which the fact of belonging to that family already makes the character capable of being a traitor. Their treasons can go from false accusation to the poisoning of other characters. The proof of treason is often done through the judicial duel and the guilty, beyond sentenced to death, they might have their bodies destroyed to prevent the resurrection at the end of time.
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Armanhaques e Borguinhões : um estudo sobre guerra, política e propaganda na Idade MédiaFlores, Paula dos Santos January 2016 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo discutir aspectos da dinâmica política francesa no final do período medieval. A pesquisa foi desenvolvida através da análise de escritos produzidos durante a guerra civil entre armanhaques e borguinhões, na França, no começo do século XV. A partir da documentação, o Registro do Parlamento de Paris e o Journal d’un Bourgeois de Paris, foram identificados aspectos que caracterizam a dinâmica política do período: a utilização de propaganda, seus veículos de difusão e principais argumentos; a profunda instabilidade política e social e a importância da formação de alianças; e, que a relação de poder entre a nobreza e a população não estava baseada apenas na coerção, a legitimação era um elemento fundamental para a imposição do poder. / The objective of this study was to examine aspects of political dynamics in the late medieval period, such as use of the concept propaganda and its implications. The research was developed based on the analysis of writings produced during the civil war between Armagnacs and Burgundians in the early fifteenth century. From the documentation, the Paris Parliament Register and the Journal d'un Bourgeois de Paris, were identified aspects that characterize the dynamic period of the policy: the use of propaganda, dissemination vehicles and main arguments; the deep political and social instability and the importance of forming alliances; and that the power relationship between the nobility and the people was not based solely on coercion, legitimacy was a key element for the imposition of power.
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Counterterrorism institutionalization : the cases of american and french intelligenceMerola, Victor January 2018 (has links)
Este trabalho tem como objetivo analisar o desenvolvimento de instituições criadas para o combate ao terrorismo por meio do desempenho de atividades de inteligência nacional nos Estados Unidos e na França, buscando elucidar as principais diferenças e similaridades entre os dois processos distintos. O artigo expõe as contribuições da teoria do neoinstitucionalismo histórico da ciência política, permitindo a compreensão do fenômeno da institucionalização. Uma abordagem comparativa dos casos, estudados de maneira detalhada, é apresentada, destacando as principais ocorrências que guiaram os atuais desenhos institucionais e estratégias de combate ao terrorismo estadunidense e francesa. Ao seu fim, conclusões são feitas a respeito de aparentes lógicas de centralização e normalização que permearam a reforma da Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos (USIC) e da Comunidade Francesa de Inteligência (CFR) no contexto da Guerra Global ao Terror. / This paper has the objective of analyzing the development of institutions designed to combat terrorism by means of national intelligence activities in the United States and France, aiming at elucidating the main differences and similarities between these two distinctive processes. The article exposes the contributions of the historical neo-institutionalist theory of political science, allowing the comprehension of the institutionalization phenomenon. A comparative approach of the cases, studied in a detailed manner, is presented, highlighting the main occurrences that led to the formulation of the North-American and French current institutional designs and strategies for countering terrorism. By its end, conclusions are drawn in regards to the perceived rationales of centralization and normalization that permeated the reform of the United States Intelligence Community (USIC) and the creation of the Communauté Française du Renseignement (CFR) in the context of the Global War on Terror.
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Presença francesa na crítica literária de Sérgio Buarque de Holanda (1920-1930) / French presence in the literary criticism of Sérgio Buarque de Holanda from 1920 to 1930Paixão, Grace Alves da 30 March 2015 (has links)
Este trabalho está inserido no rol de estudos que procuraram analisar as relações entre a obra de Sérgio Buarque de Holanda e as literaturas estrangeiras. O objetivo é apresentar uma reflexão sobre a presença francesa nos seus textos de crítica literária publicados de 1920 a 1930, período em que o crítico estabelece intenso diálogo com elementos culturais, literários e críticos franceses. As conclusões apontam para o retrato de um intelectual inserido no grupo radical do Modernismo em sua fase heroica, que compartilhava as inquietudes de sua geração a respeito da nacionalidade e da cultura de seu país e, ao mesmo tempo, aberto ao diálogo entre diversas literaturas e a França desempenha papel de relevo em suas considerações. / This thesis is part of the scholarly literature that aims at analyzing the relationship between Sergio Buarque de Holandas oeuvre and foreign literatures. The goal is to present a discussion on the presence of French literature in his texts on literary criticism published between 1920 and 1930, a period in which the author established an intense dialogue with French cultural, literary and scholarly elements. The conclusion presents a portrait of the scholar as part of the radical Modernist group in its so-called heroic stage, immersed in the disquietude typical of his generation toward his own nationality and national culture but, at the same time, open to dialogue with the various literatures of the world, among which the French one plays an important role in his considerations.
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No limiar da História e da Memória: um estudo de \'Mes Mémoires\', de Alexandre Dumas / No limiar da História e da Memória. Um estudo de \'Mes mémoires\', de Alexandre DumasMendes, Maria Lúcia Dias 19 September 2007 (has links)
A tese faz uma leitura da obra Mes mémoires de Alexandre Dumas a partir da visão de Georges Gusdorf sobre as escrituras do eu. A pesquisa parte da hipótese de que mesmo sendo uma obra memorialística mescla interesses e técnicas utilizadas por Dumas em outras obras. No início, as idéias de Philippe Lejeune e de Georges Gusdorf são apresentadas, e o conceito de memória esboçado. Devido à profunda ligação entre memória e História, analisou-se as mudanças ocorridas no início do século XIX na historiografia e literatura francesas, influenciadas por Walter Scott e como Dumas as assimilou em sua obra. Depois, procura discernir quais foram os recursos narrativos empregados para a construção da obra, os temas recorrentes e as técnicas vindas de outros gêneros praticados pelo autor. Discute a imagem que o autor deseja fixar para si e para a sua geração. No final, apresenta-se uma biografia de Victor Hugo que, como outras, foi inserida nessa obra multifacetada de Dumas. Conclui-se que em Mes mémoires Alexandre Dumas narra a sua trajetória harmonizando interesses e características já presentes em outras obras, movido pelo desejo de eternizar em suas memórias a memória da França de seu tempo. / The thesis revises the book Mes mémoires, written by Alexander Dumas, adopting Georges Gusdorf\'s vision of the writes of the self. The research assumes the initial premise that, even being a memory book, it brings together interests and techniques used by Dumas in other works. At the beginning, the ideas of Philippe Lejeune and Georges Gusdorf are presented and the concept of memory is explained. Because of the deep linking between memory and History, the changes occurred in French historiography and literature during the beginning of century XIX, influenced by Walter Scott and assimilated by Dumas, are studied. Further, it seeks to understand the narrative resources used to build the memories, the recurrent issues and the techniques that the author rescued from previous writes. It also analyses the image that Dumas desires to fix for himself and for his generation. Finally, the thesis presents a biography of Victor Hugo that, as others, was included in this multifaceted work of Dumas. The conclusion is that Mes mémoires of Alexander Dumas tells its trajectory putting together interests and characteristics already presents in his complete works, moved by the desire to eternize in his memories the Memories of France and of his time.
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Visões do islã europeu: uma análise do debate intelectual sobre a presença muçulmana na França / Visions of european islamism: an analysis of intelectual debate about the muslim presence in FrenchPedro Henrique Bandeira Brancante Machado 16 November 2009 (has links)
O objetivo dessa pesquisa é analisar os fundamentos históricos do debate intelectual francês sobre a presença muçulmana no país e traçar suas características principais em um mapa crítico do debate. O estudo visa fornecer elementos de compreensão acerca dos desafios atuais e das possíveis conseqüências políticas desses projetos intelectuais para o futuro da integração ou da segregação dos muçulmanos franceses. / This research aimed at analyzing the historical foundations of the French intellectual debate on the muslim presence in the country, as well as forging a critical map of this debate. This study intends to provide tools for understanding both the current challenges involved and the possible political consequences of those intellectual projects to the future of integration or segregation of French muslims.
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"Da espada à águia: construção simbólica do poder e legitimação política de Napoleão Bonaparte" / From sword to eagle: symbolical construction of power and political legitimation of Napoleon BonaparteRaquel Stoiani 15 May 2002 (has links)
O objetivo deste trabalho é analisar alguns pontos da construção simbólica do poder de napoleão bonaparte, em sua relação direta com um projeto de personalização do poder e de legitimação política, captando seu significado em meio ao universo de práticas e representações políticas de fins do século XVIIIe início do XIX.Privilegiamos alguns de seus aspectos, como a estruturação de uma imagem pública em associação com o fortalecimento e legalização de seu governo, procurando entendê-los no interior do conflito entre inovação e conservação, ou seja, de distanciamento ou aproximação dos modelos e convenções de construção simbólica do poder já utilizados durante o antigo regime. Para tanto, observamos os elementos de propaganda implícitos na fabricação da imagem napoleônica e na legitimação de seu poder, buscando perceber igualmente a dinâmica de sua elaboração e as repercussões desta imagem no imaginário coletivo. deparamo-nos, assim, com diversos "Bonapartes" e "Napoleões", ficções sociais construídas pelo uso de um conjunto de criações culturais. / The purpose of this work is to analyze some points of the symbolic construction of Napoleon Bonaparte's power, In its direct relationship with a personalizing project of power and of political legitimation, catching its meaning in a universe of political practices and representations in the end of the 18th and early 19th centuries. We give privilege to some of its aspects, like the structure of the public image associated with the empowerment and legalization of his government, trying to understand them within the inner conflict between innovation and conservation, i.e., the distancing or approaching of the models and conventions of power's symbolic construction already used during the Ancien Regime. To this, we observe the elements of propaganda that are implicit in the construction of the Napoleonic image and in the legitimation of his power, aiming to realize equally the dynamics of its formation and the repercussions of this image in the collective imaginary. We face, therefore, several "Bonaparte" and "Napoleons", social fictions built by the lise of a set of cultural creations.
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A traição nas canções de gesta e o fortalecimento da monarquia capetíngia: França, 1180-1328 / Treason in the Songs of Geste and the Strengthening of Capetingian Monarchy: France, 1180-1328Ademir Aparecido de Moraes Arias 13 April 2016 (has links)
A traição é um tema que temos estudado já faz algum tempo, utilizando como fontes as Canções de Gesta, um gênero literário poético corrente nas regiões que compunham o reino da França, entre o século XI e o século XV. O período áureo dessa poesia coincidiu com o governo da dinastia conhecida como dos Capetos diretos, cujo reinado e sucessão de pai para filho persistiu sem interrupção de 987 até 1328. Criadas e difundidas nos diversos senhorios territoriais da França, em especial no norte do reino, as Canções de Gesta tratavam em seus enredos de vários problemas de ordem moral e política vigentes na época. Em uma sociedade cuja coesão, ao menos na sua camada governante, era baseada na fidelidade e na criação de laços vassálicos, a traição constituía uma grave ameaça à estabilidade e à paz. Tanto a moral cristã quanto a moral cavaleiresca condenavam quem a praticasse, mas isso não evitou a sua constante ocorrência. Estudamos cinco poemas épicos: a Chanson de Roland (c. 1100), o Girart de Vienne (1180-1185), o Renaut de Montauban (início do século XIII), o Gaydon (1230- 1240) e o Jehan de Lançon (metade do século XIII). O Roland, sendo o mais antigo desses poemas, apresenta um monarca respeitado e difere dos poemas posteriores, cujos enredos valorizam os personagens conhecidos desde o século XIX como Vassalos Rebeldes. Da análise da traição nessa poesia e da relação entre vassalos e o rei pudemos extrair alguns pontos importantes. De início o ligado à questão vocabular, pois traïson / traïtre / traïr designam um dos mais graves crimes ali descritos, graças a sua ligação com a tradição neotestamentária da entrega de Jesus por Judas Iscariotis, suplantando outros termos de origem latina ou não (proditio, felonie). Nas Canções, a traição é dirigida primeiramente contra os barões e cavaleiros sendo os seus executores da mesma condição social de suas vítimas. Só tardiamente ela denomina um atentado contra o monarca. Outro ponto é a defesa, nos poemas, do direito à guerra ao senhor caso este não cumprisse suas obrigações de justiça para com seu vassalo. Assim, os heróis em luta contra Carlos Magno não eram mostrados pelo poeta como traidores e sim como vítimas de uma perseguição. Esses cavaleiros conservavam o respeito pelo seu senhor e aspiravam ser perdoados e reintegrados à corte régia. A responsabilidade pelas traições era direcionada para uma linhagem específica, a de Ganelon, responsável pelo desastre de Roncesvales na Chanson de Roland. Mas se aqui a traição fora um crime individual, desde fim do século XII há um trabalho de readaptação no qual o fato de se pertencer a essa família já tornava o personagem passível de ser um traidor. As suas traições podiam ir da falsa acusação até ao envenenamento de outros personagens. A prova da traição se dava frequentemente através do duelo judicial e os culpados, além de condenados à morte, podiam ter os corpos destruídos para evitar a ressurreição no final dos tempos. / Treason is a theme that we have been studying for some time, using as sources the Songs of Geste, a poetic genre current in the regions that made up the Frances kingdom, between the eleventh and the fifteenth centuries. That poetrys golden period coincided as the dynasty of government known as the \"direct Capetian\" which reign and father to son succession persisted without interruption from 987 to 1328. Created and disseminated in the various Frances territorial manorials, especially in the northern kingdom, the Songs of Geste treated in their plots of various problems of moral and political force at that time. In a society whose cohesion, at least in its ruling layer, was based on loyalty and creating vassalian ties, treason constituted a serious threat to stability and peace. Both Christian morality as the moral chivalry condemned those who practiced it, but that did not stop their constant occurrence. We studied five epic poems: the Chanson de Roland (C1100), the Girart de Vienne (1180-1185), the Renaut de Montauban (early thirteenth century), the Gaydon (1230-1240) and Jehan de Lançon (half of the century XIII). Roland, is the oldest of those poems, has a respected monarch, and differs from the later poems whose plots value the characters known since the nineteenth century as \"Vassals Rebels\". From the analysis of treason in this poetry and the relationship between vassals and the king, we could draw some important points. Initially the connected to the vocabulary question because traïson / traître / traïr designate one of the most serious crimes described there, thanks to its connection with the neo testamentary tradition of Jesus delivery by Judas Iscariot, supplanting other terms Latin or not (proditio, felonie). In Chansons, the treason is primarily directed against the barons and knights and the executors are of the same social condition of their victims. Only belatedly it calls an attack against the monarch. Another point is the defense, in the poems, from the right to the war to the lord if he does not achieve his justices obligations to his vassal. Thus, the heroes in the fight against Charlemagne were not shown by the poet as traitors but as victims of persecution. Those knights keep respect for their master and aspire to be forgiven and reintegrated to the royal court. Responsibility for treason is directed to a specific lineage, that of Ganelon, responsible for Roncesvales disaster in the Chanson de Roland. But if here the treason was an individual crime, since the end of the twelfth century there is a readjustment work in which the fact of belonging to that family already makes the character capable of being a traitor. Their treasons can go from false accusation to the poisoning of other characters. The proof of treason is often done through the judicial duel and the guilty, beyond sentenced to death, they might have their bodies destroyed to prevent the resurrection at the end of time.
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