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Adaptação e validação para o português do Brasil da escalas de catastrofismo em crianças com e sem dor crônicaSchneider, Larissa January 2016 (has links)
Base Teórica: A prevalência de dor crônica na infância é bem documentada e estima-se que atinja entre 20 a 35% da população pediátrica, podendo causar enorme sofrimento em seus portadores, inaptidões pessoais e ser acompanhada de sintomas emocionais importantes. O manejo dessas criancas inclui a compreensão dos fatores biomecânicos, psicológicos e socioculturais associados ao seu contexto. Dentre os fatores psíquicos o pensamento catastrófico sobre a dor, definido como uma resposta negativa exagerada a mesma, tem sido identificado como uma estratégia adaptativa às circunstâncias. A escala de avaliação do pensamento catastrófico em crianças - Pain Catastrophizing Scale – child version (PCS-C), adaptada da escala para adultos, já está validada em diferentes línguas, no entanto, pouco se sabe sobre o catastrofismo em crianças brasileiras. Objetivos: O objetivo desse estudo é validar e adaptar a PCS-C para o português do Brasil, examinar as propriedades psicométricas, bem como a estrutura fatorial da escala, e sua correlação com a dor e suas consequências em crianças com e sem dor crônica. Métodos: A versão em português do Brasil foi modificada por um grupo de especialistas a fim de torná-la apropriada para aplicação em crianças entre 7-12 anos. Para avaliar as propriedades psicométricas, 100 crianças (44 com dor crônica e 56 saudáveis) responderam a versão brasileira da PCS-C (BPCS-C). Também foram questionadas quanto aos níveis de dor e quanto à capacidade funcional durante atividades da prática de educação física na escola. Ainda, amostras de saliva foram passivamente coletadas a fim de se medir o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). O subgrupo de crianças com dor crônica foi recrutado dos ambulatórios de gastro pediatria, oncologia e reumatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o subgrupo de crianças saudáveis foi recrutado de uma escola pública. Resultados: O estudo mostrou uma boa consistência interna do instrumento (alfa de Crombach: 0,81 para o escore total da BPCS-C). Tanto a análise paralela, quanto a análise fatorial exploratória identificaram 2 dimensões (fatores) no instrumento. A análise fatorial confirmatória apresentou os melhores valores de ajustamento (CFI, confirmatory fit-index) quando comparada a outros modelos já existentes. Os escores totais da BPCS-C não diferiram entre as crianças com dor crônica e as saudáveis. No entanto, a dificuldade progressiva de realizar as atividades da Educação Física na escola foi associada com o catastrofismo (p=0,019) nos pacientes com dor crônica. BDNF salivar apresentou fraca associação (r=0,27 p=0,012) com o catastrofismo. Conclusão: Os resultados suportam a validade e confiabilidade da BPCS-C. A estrutura de 2 fatores apresentou adequado ajustamento podendo ser usada, mesmo que diferindo do número de fatores da escala original, pois escore total é o valor mais utilizado para composição do diagnóstico. A ausência de diferença entre os escores nas crianças doentes e saudáveis sugere a necessidade de estudos mais profundos sobre a catastrofização em crianças e a necessidade de instrumentos específicos, e não apenas adaptação daqueles utilizados em adultos. / Introduction: The prevalence of chronic pain in childhood is well documented and is estimated to reach 20 and 35% of the pediatric population. Chronica pain can cause enormous suffering, personal miscarriages and it can be accompanied by important emotional symptoms. The management of these children includes understanding the biomechanical, psychological and sociocultural factors associated in this context. Among the psychic factors, catastrophic thinking about pain is identified as an adaptive strategy to the circumstances. The instrument for catastrophic thinking evaluation in children - Pain Catastrophizing Scale - child version (PCS-C), adapted from the scale for adults, is already validated in different languages, however little is known about catastrophism in Brazilian children. Objectives:. With this cross-sectional study, we aim to adapt the Brazilian version of the PCS-C (BPCS-C) and to examine the psychometric properties and factorial structure of the scale for children with and without chronic pain. Methods: The Brazilian version of the PCS-C was modified by a group of experts to appropriate it for children between 7-12 years. To asses the psychometric properties of the version, 100 children (44 with chronic pain and 56 healthy children) answered the BPCS-C, the visual analog scale and one functional school activity question. It was also collected a passive salivary sample to measure BDNF. The chronic pain children sample was recruited from the gastropediatric, oncologic, and reumatologic ambulatories at a tertiary hospital and the healthy children from a fifth grade public school. Results: We observed good internal consistency (Cronbach’s value of 0.81 for the total BPCS-C). Both parallel analysis and exploratory factorial analysis retained 2 factors for instrument dimensions. The confirmatory factorial analysis presented the best adjustment values (CFI, confirmatory fit-index) when compared to other existing pre-existing models. BPCS-C total scores were not diferente between chronic pain and healthy children. However, the progressive difficulty of performing physical education activities at school was associated with catastrophism (p = 0.019) in patients with chronic pain. 6 Salivary BDNF presented a weak association (r = 0.27 p = 0.012) with catastrophism. Discussion: The results support the validity and reliability of BPCS-C. The 2-factors structure presented an adequate adjustment and can be used for brazilian children population. Although different from the number of factors of the original scale, the instrument measured the most used value for diagnosis, total score. The lack of difference between scores in chronic pain and healthy children suggests the necessity of further studies on catastrophizing in children, as well as for specific instruments, instead of simple adaptation of those used in adults.
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Diagnóstico da síndrome pré-menstrual : comparação de dois instrumentos - registro diário da intensidade dos problemas (DRSP) e instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)Henz, Aline January 2016 (has links)
Introdução: O diagnóstico da Síndrome Pré-menstrual (SPM) é um desafio. O uso de questionários estruturados está bem estabelecido, e a ferramenta mais aceita é o DRSP, um questionário prospectivo auto preenchido por ao menos dois meses. O PSST é um questionário retrospectivo de autoaplicação, preenchido em um único momento. Objetivo: comparar estes dois instrumentos (PSST e DRSP) para o diagnóstico da SPM. Método: Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 a 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC). Após exclusão de casos de depressão através do Prime-MD, as pacientes completaram o PSST e foram orientadas a preencherem o DRSP durante dois meses. A concordância entre os dois questionários foi avaliado pelo cálculo de Kappa (k) e valores do coeficiente PABAK. Resultados: Do total de mulheres que atenderam ao chamado, 282 (74%) preencheram os critérios de elegibilidade e responderam o PSST. Entre estas 282 mulheres, somente 127 (45%) completaram o questionário diário (DRSP) por dois ciclos. O percentual das mulheres com diagnóstico de SPM através do DRSP foi de 74,8%, e pelo PSST foi 41,7%. O percentual das mulheres com diagnóstico de TDPM pelo DRSP foi de 3,9%, e pelo PSST foi de 34,6%. Assim, verificou-se uma maior prevalência de SPM com o DRSP do que com o PSST. De outra parte a TDPM foi mais dignosticada pelo PSST do que com o DRSP. O número de pacientes consideradas “normais” foi semelhante com os dois instrumentos. Na avaliação entre os dois instrumentos verificou-se não haver nenhuma concordância (Kappa = 0,12) nos resultados do diagnóstico de SPM e TDPM (Coeficiente Pabak resultou = 0,39). Para a trigem de SPM/TDPM o PSST tem uma sensibilidade de 79% e especificidade de 33,3%. Conclusão: O PSST deve ser considerado como uma ferramenta de triagem diagnóstica. Conclui-se que os casos SPM/TDPM do PSST devem ser sempre melhor avaliados pelo DRSP. / Background: The diagnosis of Premenstrual Syndrome (PMS) is a challenge. The use of structured questionnaires is well established and the most accepted is the DRSP, a prospectively self-administered questionnaire that needs two months at least to be completed. The PSST is a retrospective self-scale questionnaire, filled at a single time. Aim: To compare these two instruments (PSST and DRSP) to diagnosis PMS. Methods: A cross-sectional study with 127 women between 20 and 45 years with PMS complaints. The women were evaluated about weight, high, Body Mass Index (BMI). After the exclusion of depression by the Prime-MD Questionnaire, the PSST was completed and the women were oriented to complete the DRSP for two months. The agreement between the two questionnaires was assessed by calculating the Kappa (k) and PABAK values. Results: 282 (74% of all the women) women met eligibility criteria and answered the PSST. Only 127 (45% of the 282 women) completed the daily questionnaire (DRSP) for two cycles. The percentual of women with PMS diagnosis by the DRSP was 74.8%, and by PSST was 41.7%. The percentual of women with PMDD diagnosis by the DRSP was 3.9%, and by the PSST was 34.6%. The number of patients considered “normal” (with the symptoms above the necessary for the diagnostic the PMS) was similar with both questionnaires. We found no agreement between the two instruments (Kappa = 0.12) in the diagnosis of PMS and PMDD (Pabak coefficient keep this result = 0.39). For screening PMS/PMDD the PSST has a sensitivity of 79% and a specificity 33.3%. Conclusion: The PSST should be considered as diagnostic screening tool. We concluded that positive PMD/PMDD cases of PSST should be ever better evaluated by DRSP.
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Desenvolvimento e validação preliminar de um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatórioCunha, Maria de Nazaré Furtado January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes candidatos à cirurgia frequentemente experimentam estresse, condição que os torna suscetíveis a desfechos desfavoráveis como exacerbação de dor, maior consumo de analgésicos e anestésicos, aumento no tempo de hospitalização, maior risco de infecção pós- operatória e aumento no risco de cronificação da dor pós-operatória. Embora seja conhecido que a carga de estresse emocional negativa aumente a morbimortalidade perioperatória, faltam instrumentos práticos desenvolvidos para captar as emoções vinculadas a este contexto. OBJETIVOS: Desenvolver um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório (B-MEPS), tornando possível identificar pacientes mais vulneráveis e assim otimizar medidas de controle. PACIENTES E MÉTODOS: Neste estudo transversal foram incluídos 863 pacientes (643 mulheres) agendados para cirurgia eletiva. Idade entre 18 a 60 anos, classificados de acordo com o estado físico da Sociedade Americana da Anestesiologia (ASA) nas classes I-III. Os seguintes instrumentos foram aplicados: o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg, o Self-Reporting questionnaire (SRQ-20) e o Questionário de Expectativa de Futuro (FSPQ). A fim de selecionar os itens mais discriminativos em relação ao estresse, realizou-se uma análise exploratória usando cada um dos instrumentos. Os critérios utilizados no processo de seleção dos itens, por meio da análise discriminante, foram os candidatos à cirurgia por patologia oncológica ou terem reportado dor pós-operatória moderada a intensa [escore na Escala Análogo-Visual (EAV) > 30 mm]. Neste processo foram selecionados 24 itens, os quais foram ajustados utilizando o modelo de crédito parcial generalizado (GPCM), que é um modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI). A partir do GPCM foram selecionados 16 itens. A validade de face foi realizada por um Comitê de especialistas em medicina perioperatória. Os escores do B-MEPS foram correlacionados com o nível de dor reportado na EAV, na maior parte do tempo das primeiras 24 h do período pós-operatório e com o consumo de morfina pós-operatória quantificado em mg/dia. Esta versão refinada do B-MEPS foi aplicada a 40 pacientes (20 mulheres), ASA II-III, candidatos à cirurgia eletiva. Os escores da B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária. RESULTADOS: Inicialmente 24 itens com diferentes números de categorias ordinais foram selecionados a partir dos quatros instrumentos. No processo da GPCM, que objetivou dentre outras finalidades maximizar a confiabilidade, foi realizada a eliminação sequencial de itens internamente inconsistentes. Este processo foi finalizado quando não se observou melhora no nível de consistência nos 16 itens remanescentes, cujo coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,83. A TRI propôs modificações nos itens de resposta pelas características das categorias nas Curvas de Resposta ao Item. A curva que avalia a relação entre a localização do conteúdo de traços latentes dos itens sugere que estes apresentam melhor desempenho para identificar níveis de estresse mais levados. O desempenho do conjunto final de itens foi correlacionado com variáveis clínicas relacionadas ao estresse emocional perioperatório como dor (r = 0,23, P < 0,01) e consumo de morfina (r = 0,17, P < 0,01). Um Comitê de experts em medicina perioperatória (N = 30) avaliou a clareza dos itens do B-MEPS usando uma escala análogo-visual de zero a 10. A média global do conjunto de itens foi 8.53 (1,54) e por sugestão deste Comitê o item 16 foi eliminado por falta de clareza. Dois itens do SRQ-20, que apresentavam possibilidade respostas dicotômicas, passaram a ter três possibilidades de respostas. Os escores da versão final preliminar do B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária, respondidas por pacientes candidatos à cirurgia eletiva, visando uma validação concorrente preliminar. CONCLUSÃO: Nosso estudo permitiu construir o B-MEPS, que é o resultado do refinamento do conjunto de itens selecionados a partir de instrumentos clássicos para avaliar a carga emocional negativa, a partir da TRI. O conjunto de itens remanescentes apresentou satisfatório nível de consistência interna e o seu escore está correlacionado ao nível de dor. A validação de face e uma pré-validação concorrente preliminar foram realizadas. Este estudo, portanto, concretiza a validação preliminar do B-MEPS como um instrumento útil para ser validado em futuro estudo prospectivo, com o intuito de avaliar a capacidade do B-MEPS predizer desfechos clínicos e orientar o planejamento de intervenções que possam para maximizar o cuidado perioperatório. Embora, este instrumento ainda possa sofrer pequenos ajustes ou adições de algum item após nova analise de TRI prevista após estudo prospectivo com grande numero de pacientes. / INTRODUCTION: Patients who are candidates for surgery often undergo stress, a condition that makes them susceptible to unfavorable outcomes, such as exacerbated pain, greater consumption of analgesic and anesthetics, longer stay in hospital, greater risk of postoperative infection and increased risk of chronification of postoperative pain. Although it is known that the amount of negative emotional stress increases perioperative morbidity and mortality, not many practical instruments have been developed to pick up the emotions connected to this context.. OBJECTIVES: To develop a brief instrument to measure preoperative emotional stress (B-MEPS), enabling the identification of more vulnerable patients and thus optimizing control measures. PATIENTS AND METHODS: In this cross-sectional study, 843 patients were included (643 women) scheduled for elective surgery, age between 18 and 60 years, classified according to the physical status of the American Society of Anesthesiology (ASA) in classes I-III. The following instruments were applied: the State and Trait Anxiety Inventory (STAI), the Montgomery-Asberg Depression Scale, the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20 and the Questionnaire on Expectations for the Future (FSPQ) Future self-perception questionnaire. In order to select the most discriminative items regarding stress, an exploratory analysis was performed using each of the instruments, The criteria used in the process of selecting the items, by means of discriminant analysis, are that they were candidates for surgery due to an oncological pathology, or that they had reported moderate to intense postoperative pain [score on the Analogue-Visual Scale AVS > 30 mm]. In this process 24 items were selected which were adjusted using the generalized partial credit model (GPCM), which is a model of the Theory of Response to Item (TRI). Sixteen items were selected based on the GPCM. The face validity was performed by a Committee of specialists in perioperative medicine. The B-MEPS scores were correlated with the level of pain reported in the AVS, mostly in the first 24 hours of the postoperative period, and with the consumption of morphine postoperatively, quantified as mg/day. This refined version of B-MEPS was applied to 40 ASA II-III patients (20 women) who were candidates for elective surgery. The B-MEPS scores were correlated with questions whose semantic valence present situations that express the interference of stress in everyday life. RESULTS: Initially, 24 items with different numbers of ordinal categories were selected based on the four instruments. In the GPCM process which, among other goals included maximizing reliability, the sequential elimination of internally inconsistent items was performed. This process was finalized, when no improvement was found in the level of consistency in the 16 remaining items, whose Cronbach’s Alpha coefficient was 0.83. The TRI proposed modifications in the response items due to the characteristics of the categories in the Curves of Response to the Item. The curve that evaluates the relationship between the location of the content of latent traits of the items suggests that these present a better performance to identify higher levels of stress. The performance of the final set of items was correlated with clinical variables related to perioperative emotional stress, such as pain (r = 0.23, P < 0.01) and consumption of morphine (r = 0.17, P < 0.01). A Committee of experts in perioperative medicine (N=30) evaluated the clarity of the items of B-MEPS using an analogue-visual scale from zero to 10.. The global mean of the set of items was 8.53 (1,54) and per suggestion of this Committee, item 16 was eliminated due to lack of clarity. Two items of the SRQ-20, which presented the possibility of dichotomous answers acquired three possible answers. The scores of the preliminary final version of B-MEPS were correlated with questions whose semantic valence presents situations that express the interference of stress in everyday life, answered by patients who were candidates to elective surgery, aiming at a preliminary concurrent validation. CONCLUSION: Our study allowed constructing B-MEPS, which is the result of the refinement of the set of items selected from classical instruments to evaluate the negative emotional load based on TRI. The set of remaining items presented a satisfactory level of internal consistency and its score is correlated with the level of pain. Face validation and a preliminary concurrent pre-validation were performed. This study, thus, materializes the preliminary validation of B-MEPS as a useful instrument to be validated in a future prospective study, aiming at evaluating the capacity of B-MEPS to predict clinical outcomes and guide the planning of interventions that can maximize perioperative care. However, this instrument may still undergo small adjustments or additions of some item after a new TRI analysis foreseen after a prospective study with a large number of patients.
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Teaching performance and their impact on professional and personal satisfaction of teachers / Opiniones sobre el desempeño docente y sus repercusiones en la satisfacción profesional y personal de los profesores / O desempenho docente e as suas repercussões na satisfação pessoal e profissional dos professoresGonzález Such, José, Subaldo Suizo, Lucía 10 April 2018 (has links)
This study presents a review of teaching performance and its relation with teacher's personal and professional satisfaction / dissatisfaction that has a repercussion on their person and can lead to «burnout» or deterioration of their health and wellbeing. The main objective of this research focuses on the knowledge of the opinions and experiences of teachers about teaching performance and its repercussions on the personal and professional satisfaction and identifies the key factors of satisfaction / dissatisfaction of teachers. The results show that the positive experiences of teachers in the exercise of teaching profession produce satisfaction that lead to the personal and professional development and fulfillment. These have great influence on teaching and student learning, while negative experiences produce personal and professional dissatisfaction. / En este trabajo se presenta una revisión sobre el desempeño docente y su relación con la satisfacción/insatisfacción personal y laboral del profesorado que repercute en el profesor y que puede conducir a desgaste en su salud y bienestar. El objetivo de este trabajo se centra en el conocimiento de las opiniones y vivencias del profesorado sobre el desempeño y sus repercusiones en la satisfacción laboral y personal del profesorado e identificar los factores fundamentales de satisfacción/ insatisfacción de los docentes. Los resultados indican que las experiencias positivas del profesorado en el ejercicio de la docencia producen satisfacción y conllevan el desarrollo y la realización personal y profesional, que tienen gran influencia en la enseñanza y el aprendizaje del alumnado, mientras que las experiencias negativas producen insatisfacción personal y profesional. / Neste trabalho apresentase uma revisão sobre o Desempenho Docente e a suarelação com a satisfação / insatisfação pessoal e laboral, e respetivas repercussões que podem levar ao desgaste na saúde e bem-estar dos professores. O principal objetivo deste trabalho centra-se no conhecimento das opiniões e vivências dos professores sobre o desempenho e o impacto no seu trabalho e na sua satisfação pessoal, tentando também identificar os principais fatores de satisfação / insatisfação dos docentes. Os resultados mostram que as experiências positivas dos professores no exercício da docência produzem satisfação e comportam o desenvolvimento e a realização pessoal e profissional, que sem dúvida têm grande influência no ensino-aprendizagem dos alunos. Por outro lado, as experiências negativas produzem insatisfação pessoal e profissional, podendo causar rejeiçãopela profissão.
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Validação do questionário de angina da OMS na sua versão curta utilizando como padrão ouro o teste de esforço e o ecocardiograma sob estresse farmacológico / Validation of the angina questionnaire of the oms on the short version using as gold standard the exercise treadmill test and the pharmacological stress echocardiographyMaria do Socorro Castelo Branco de Oliveira Bastos 06 August 2010 (has links)
OBJETIVO: Avaliar a validade da versão curta do questionário de angina da OMS/Rose em português, em adultos de 40 a 74 anos, moradores do Butantã, área de referência do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, Brasil usando como padrão-ouro o teste ergométrico e o ecocardiograma sob estresse farmacológico. Analisar ainda se a associação do questionário de dispnéia da American Thoracic Society ao questionário de angina da OMS/Rose altera a sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN), a razão de verossimilhança positiva (RVP) e negativa (RVN). MÉTODOS: A versão curta do questionário de angina, traduzida e adaptada para o português, consiste das três primeiras perguntas que caracterizam dor no peito aos esforços e foi aplicada a 116 pessoas classificadas como de baixo e alto risco, de acordo com o escore de Framingham, utilizando como padrão-ouro o teste ergométrico Em um subgrupo de 74 participantes foi utilizado o ecocardiograma sob estresse farmacológico como padrão-ouro. Foram calculados a sensibilidade, especificidade, acurácia, VPP, VPN, RVP, RVN.. O PRIME-MD foi usado para diagnóstico de ansiedade e depressão. Utilizou-se o questionário de dispnéia da American Thoracic Society (ATS) traduzido RESULTADOS: A frequência de angina foi de 8,7%, similar a outros estudos e, de isquemia 4,8% semelhante à população geral do município de São Paulo. Dentre 126 participantes, 116 pessoas apresentaram um teste de esforço conclusivo, sendo 44 do grupo de alto risco, escore de Framingham médio 9,3 (2,5) com idade média 53,6 (7,0) anos, mais altos quando comparados aos 72 do grupo de baixo risco com escore de 3,3 (3,0) (p=0,000) e idade 49,2 (7,3) anos (p=0,002). No grupo de baixo risco ocorreu a maioria dos casos de isquemia. Dos 126 participantes, 88 foram submetidos ao ecocardiograma sob estresse e ele foi conclusivo em 74, 29 pessoas no grupo de alto risco apresentaram um escore médio de Framingham de 9.4 (2.7) e 45 do grupo de baixo risco com escore de 3.4 (3.4) (p=0.000).O questionário de angina comparado ao teste ergométrico apresentou sensibilidade de 25,0%, especificidade de 92,0%, acurácia de 89,7%, VPP de 10,0%, VPN de 97,2%, RVP de 3,1 e RVN de 0,82. Não houve nenhum caso de isquemia ao ecocardiograma sob estresse associado ao questionário de angina positivo. A freqüência de ansiedade foi 18,3% e de depressão 13,5% mas, houve associação entre presença de depressão ou ansiedade definida pelo questionário com presença de angina avaliada pelo questionário de angina da OMS/Rose (p=0,076). Nenhum participante com dispnéia apresentou sinais de isquemia aos exames. CONCLUSÃO: A versão curta do questionário de angina traduzida para o português tem parâmetros de qualidade de teste similar aos encontrados em outros estudos em amostras maiores, ou seja, baixa sensibilidade e alta especificidade, e sua utilização depende dos objetivos do estudo. Os transtornos mentais estudados se associaram com a positividade ao questionário de angina. Dispnéia não foi um sintoma equivalente de isquemia miocárdica na amostra estudada / OBJECTIVE: To assess the validity of the short version of the WHO/Rose angina questionnaire in Portuguese, applied to adults aged 40-74 years, living at Butantã, reference area of the Hospital Universitário - Universidade de São Paulo, in Brazil using exercise treadmill test and pharmacological stress echocardiography as gold standard. To analyze if the association of the American Thoracic Society (ATS) dyspnea questionnaire to the WHO/Rose angina questionnaire modifies de sensitivity, specificity, accuracy, positive (PPV) and negative (NPV) predictive values, positive (PLR) and negative (NLR) likelihood ratios. METHODS: The short version of the angina questionnaire adapted and translated into Portuguese has three first questions to characterize exertional chest pain. It was applied to 116 individuals classified into low- and high-risks groups according to the Framingham score, using the exercise treadmill test as the gold standard. Pharmacological stress echocardiography was used as the gold standard in a group of 74 participants. Sensibility, specificity, accuracy, PPV, NPV, PLR and NLR were calculated. The PRIME-MD was used to diagnose anxiety and depression. The translated version of the dyspnea questionnaire of the American Thoracic Society (ATS) was also employed. RESULTS: The frequency of angina was 8.7%, similar to that found in other studies, and of 4.8% for ischemia, which is similar to the general population of the city of Sao Paulo. Among 126 participants, 116 individuals had a conclusive exercise treadmill test; 44 subjects in the high-risk group had a mean Framingham score of 9.3 (2.5) and mean age of 53.6 (7.0) years these figures are higher as compared to 72 individuals of the low-risk group, with a score of 3.3 (3.0) (p=0.000) and mean age of 49.2 (7.3) years (p=0.002). Most cases of ischemia were in the low-risk group. Out of 126 participants, 88 were submitted to the stress echocardiography and it was conclusive in 74, 29 subjects in the high-risk group had a mean Framingham score of 9.4 (2.7) and 45 of the low-risk group had a score of 3.4 (3.4) (p=0.000). The angina questionnaire was compared to the exercise treadmill test and presented sensibility of 25.0%, specificity of 92.0%, accuracy of 89.7%, PPV of 10.0%, NPV of 97.2%, PLR of 3.1 and NLR of 0.82. There was no case of ischemia on stress echocardiography associated to a positive angina questionnaire. The frequency of anxiety was 18.3% and of depression was 13.5%, there was association among presence of the depression and anxiety as questionnaire defined with angina presence the assessed by the OMS/Rose angina questionnaire (p=0.076). No participant with dyspnea presented signs of ischemia on exams. CONCLUSION: The short version of the angina questionnaire translated into Portuguese has quality parameters of test that are similar to those of other studies with larger samples, that is, low sensibility and high specificity and its utilization depends on the study objectives. The mental disorders assessed were associated with positive angina questionnaire. Dyspnea was not a myocardial ischemia equivalent symptom in studied sample
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Avaliação da percepção do ambiente de ensino e sua relação com a qualidade de vida em estudantes de medicina / Assessment of learning environment perception and its relationship to quality of life in medical studentsSylvia Claassen Enns 24 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: O ambiente de ensino da faculdade de medicina influencia a aprendizagem e o bem-estar dos estudantes. O objetivo do nosso estudo foi avaliar a percepção do ambiente de ensino e sua associação com a qualidade de vida de estudantes de 22 escolas médicas brasileiras. MÉTODOS: Este é um estudo multicêntrico, com coleta de dados em uma plataforma eletrônica (plataforma VERAS), no qual foram utilizados os questionários: DREEM (Dundee Ready Education Environment Measure) para avaliação da percepção do ambiente de ensino e VERAS-Q, WHOQOL-BREF e a autoavaliação para a avaliação da percepção da qualidade de vida. Foram comparadas as diferenças de percepção do ambiente de ensino e qualidade de vida entre os sexos e os diferentes anos do curso. RESULTADOS: De 1.650 estudantes randomizados, 1.350 (81,8%) completaram todos os questionários da plataforma VERAS. A média do escore total do DREEM (119,4 ± 27,1) revelou que a percepção do ambiente de ensino é mais positiva que negativa. Houve uma pequena diferença significativa entre a média dos escores dos estudantes do sexo masculino (121,0 ± 27,2) e feminino (118,0 ± 27,0) (p=0,048). Estudantes do sexo feminino apresentaram médias dos escores significativamente menores nos domínios Acadêmico e Social do DREEM (p < 0,001). As médias dos escores dos estudantes do último ano do curso foram significativamente menores em relação aos estudantes do ciclo básico no escore total e em todos os domínios do DREEM (p < 0,05), exceto no Acadêmico. Os itens que tiveram média abaixo de 2,0 (n=11), sinalizando áreas problemáticas do curso, estiveram presentes em todos os domínios do DREEM. Estudantes do sexo feminino apresentaram menores médias dos escores de qualidade de vida no escore total e nos domínios Físico, Psicológico e Uso do Tempo do VERAS-Q (p < 0,001). Estudantes dos últimos anos do curso tiveram escores menores no escore total e no domínio Ambiente de Ensino do VERAS-Q (p < 0,05). Entre os respondentes, 40% afirmaram que sua qualidade de vida no curso é boa, mas 59% afirmaram não conseguir gerenciar bem o seu tempo, 76% dos estudantes declararam não ter tempo livre suficiente, e 74% não ter tempo suficiente para estudar. Mais da metade dos respondentes afirmam não ter tempo para família (55%) e para amigos (51%). O ambiente da faculdade foi considerado competitivo por 76% dos estudantes, 35% afirmaram que sentem-se cobrados em excesso pelos professores e 31% declararam que já se sentiram humilhados em atividades do curso de medicina. Foram frequentes entre os respondentes, sentimentos de desânimo e ansiedade. Mais da metade dos estudantes afirmou que não cuida bem da saúde ou não se alimenta adequadamente. Apesar de 74% terem afirmado que o curso de graduação os deixa estressados, 68% declararam estarem satisfeitos com o curso de graduação. Estudantes do sexo feminino apresentaram escores menores nos domínios Físico e Psicológico no WHOQOL-BREF (p<0,001). Na análise por itens do WHOQOL-BREF, um maior número de estudantes do sexo feminino referiu ter pouca ou média capacidade de concentração, e pouca energia para seu dia-a-dia. Elas se mostraram menos satisfeitas consigo mesmas e com sua capacidade para o trabalho. Sentimentos negativos tais como mau humor, desespero, ansiedade, depressão foram mais frequentes no sexo feminino. A avaliação da percepção da qualidade de vida por meio da autoavaliação indicou que a nota da qualidade de vida no curso de medicina foi significativamente menor do que nota da qualidade de vida geral (p < 0,001). Análises de regressão linear múltipla demonstraram a associação positiva estatisticamente significativa entre as percepções do ambiente de ensino e da qualidade de vida. CONCLUSÕES: A percepção mais negativa do ambiente de ensino e da qualidade de vida foi encontrada neste estudo entre os estudantes do sexo feminino e entre estudantes matriculados na fase final do curso de medicina. Nossos dados demonstram que existem diferenças de gênero na percepção da qualidade de vida e do ambiente de ensino no curso de medicina, que devem ser consideradas no planejamento curricular e em programas de apoio ao estudante. Esta questão é especialmente importante frente ao aumento significativo do número de estudantes de medicina do sexo feminino em todo o mundo / INTRODUCTION: The educational environment of medical school influences students\' learning and well-being. The aim of this study was to assess perceptions of the educational environment among students from 22 Brazilian medical schools and to determine the association between these perceptions and quality of life measures. METHODS: This is a multi-centre study with a random sample of medical students from different years in medical school. We used educational environment (Dundee Ready Education Environment Measure - DREEM questionnaire) and quality of life (VERAS-Q, WHOQOL-BREF questionnaires and self-assessment) perception measures in an electronic survey. Differences in educational environment perceptions and quality of life were evaluated across genders and years in medical school. RESULTS: From 1,650 invited students, 1,350 (81.8%) completed all questionnaires. Total DREEM scores (119.4 ± 27.1) revealed that the perceptions of the educational environment were positive. There was a small significant difference between male (121.0 ± 27.2) and female (118.0 ± 27.0) students (p=0.048). Female students had significantly lower mean scores on the Academic and Social DREEM domains (p < 0,001). The mean scores of students in final years were significantly lower than of those in the basic cycle in the total DREEM score and in all domains of DREEM (p < 0.05), except in the Academic domain. Items that had a mean score below 2.0 (n = 11), indicating problem areas of the program, were present in all domains of the DREEM. Female students had lower scores on physical, psychological and time management domains and the total score of the VERAS-Q compared to male students (p < 0.001). Students in the final years of medical school had lower total scores and in the learning environment domain of the VERAS-Q (p < 0.05). Among the respondents, 40% declared that their quality of life in medical school is good, but 59% affirmed that they cannot manage their time well, 76% of students reported not having enough free time, and 74% that they did not have enough time to study. Over half of students declared that they have no time for family and friends. The educational environment was considered competitive by 76% of students, 35% affirmed that demands of teachers were excessive and 31% reported that they already felt humiliated in medical school activities. Feelings of hopelessness and anxiety were common among respondents. Over half of the students said that they do not take care of their health or eat properly. Although 74% have stated that medical training makes them feel stressed, 68% reported being satisfied with their program. Female students presented lower scores in physical health and psychological domains on WHOQOL-BREF (p < 0.001). Item analysis of WHOQOL-BREF showed a greater number of female students reported having little or average capacity of concentration, and little energy for their routine. They were less satisfied with themselves and with their ability to work. Negative feelings such as blue mood, despair, anxiety, depression were more frequent in females. The quality of life self-assessment indicated that the quality of life scores in medical school were significantly lower than overall quality of life scores (p < 0.001). Multiple linear regression analysis showed that there was a statistical significant positive association between the perceptions of the learning environment and quality of life. CONCLUSIONS: The more negative perceptions of the educational environment and quality of life were found in this study among female students and between students enrolled in the final phase of medical school. The data of this study show that there are gender differences in the perception of quality of life and the educational environment in medical school that should be considered in curriculum planning and student support programs. This fact is especially important given the significant increase in the number of female medical students worldwide
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Avaliação da qualidade de vida em participantes da Prova de São Silvestre / Evaluation of the quality of life of runners of the \"São Silvestre\"Joel Tedesco 11 October 2006 (has links)
O objetivo deste trabalho foi o de avaliar as dimensões da qualidade de vida e suas associações com dados antropométricos, de treinamentos e pessoais em corredores de longa distância. Métodos: Selecionou-se intencionalmente 962 indivíduos (815 homens e 147 mulheres) dentre os 15 000 participantes da Corrida de São Silvestre. A qualidade de vida foi avaliada usando-se o questionário WHOQOL-BREF. Coletaram-se também dados pessoais, detalhes de treinamentos e medidas antropométricas tais como: data de nascimento, nível educacional, número das sessões de treinamentos semanais, anos de treinamentos pregressos, estatura, massa corporal, cintura e quadril. Usou-se os tempos de corrida para dividir as amostras em cinco grupos masculinos e cinco grupos femininos. Os grupos foram comparados entre si, dentro do mesmo gênero, usando-se as médias dos valores das medidas realizadas. Resultados. Os corredores do grupo 1 da amostra masculina obtiveram a menor média dos valores dos resultados do domínio ambiental do questionário WHOQOL-BREF (58,66) (IC de 56,50 a 60,81); correram em um ritmo de 04:11 (expresso em minutos e segundos) minutos por quilômetro, com um intervalo de confiança (95%) (IC) de 04:08 a 04:14; a média de idade foi de 31,13 anos (IC de 29,89 anos a 32,36 anos); tinham baixo nível educacional; treinavam em média 5,45 vezes por semana (IC de 5,18 a 5,71 sessões) há, em média 9,18 anos (IC de 8,05 a 10,31 anos); tinham a menor média dos valores das estaturas (169,51cm) e das massas corporais (63,07 kg) (IC respectivamente de 168,46 a 170,57 cm e de 61,89 a 64,24 kg); a menor média dos valores dos índices de massas corpóreas (21,93) (IC de 21,60 a 22,27); a menor média dos valores das circunferências abdominais (75,29 cm) e dos quadris (91,48 cm) (IC respectivamente de 74,33 a 76,26 cm e de 90,54 a 92,41 cm). As corredoras no grupo 1 da amostra feminina obtiveram a menor média dos valores dos resultados do domínio ambiental do questionário WHOQOL-BREF (59,76) (IC de 54,08 a 65,43); correram em um ritmo de 04:48 minutos por quilômetro (IC de 04:39 a 04:57); a média de idade foi de 29,94 anos (IC de 26,76 a 33,12 anos); tinham baixo nível educacional; treinavam em média 6,03 vezes por semana (IC de 5,59 a 6,47 sessões) há, em média, 7,67 anos (IC de 5,78 a 9,55 anos); tinham a menor média dos valores das massas corpóreas (51,53 kg) (49,68 a 53,38 kg); a menor média dos valores dos índices de massas corpóreas (20,25) (19,68 a 20,82); a menor média dos valores das circunferências abdominais (66,45 cm) e dos quadris (88,79 cm) (IC respectivamente de 64,78 a 68,12 cm e de 87,24 a 90,34 cm). Conclusões. Os corredores mais velozes da amostra feminina e da masculina obtiveram a menor média dos valores de avaliação do domínio ambiental de qualidade de vida do WHOQOL-BREF. Caracterizaram-se também por serem corredores jovens apresentando os menores valores das médias na maioria das medidas antropométricas. / This study had as purpose to analyze the quality of life of long distance runners and possible associations with anthropometric measurements, training characteristics and personnal information. Methods. A sample of 962 runners (815 men and 147 women) was intentionally selected amongst 15 000 runners participating in the \"São Silvestre\" race. The quality of life was assessed using the WHOQOL-BREF questionnaire. Collected data included personal information and anthropometric measurements: date of birth; educational level; number of weekly training sessions; years of previous training; hight; body mass; waist and hip circumferences. Finishing times were used to divide both samples into five distinct groups (group 1 to group 5). Groups were compared within the same gender, using the means for each one of the collected information. Results. Male runners in group 1 had the lowest value for the mean of the environmental domain score (58.66) (56.50 to 60.81); had a mean running pace time, expressed in minutes and seconds per kilometer and 95% confidence interval (CI) of 04:11 (04:08 to 04:14); a mean age of 31.13 years (IC of 29.89 years to 32.36 years); a low educational level; trained 5.45 times per week (CI of 5.18 to 5.71 times) for a mean of 9.18 years (CI of 8.05 years to 10.31 years); had the lowest value for the mean of hight (169.51cm) and body mass (63.07 kg) (CI of 168.46 cm to 170.57 cm and 61.89 kg to 64.24 kg, respectively); the lowest mean for the body mass index (21.93) (CI of 21.60 to 22.27); the lowest values for the mean of the abdominal circumference (75.29 cm) and hip circumference (91.48 cm) (CI of 74.33 to 76.26 cm and 90.54 to 92.41 cm, respectively). Female runners in group 1 had the lowest value for the mean of the environmental domain score (59.76) (CI of 54.08 to 65.43); had a mean running pace time of 04:48 (CI of 04:39 to 04:57); had a mean age of 29.94 years (IC of 26.76 years to 33.12 years); a low educational level, trained 6.03 times per week (CI of 5.59 to 6.47) for 7.67 years (CI of 5.78 to 9.55); had the lowest value for the mean of body mass (51.53 kg) (CI of 49.68 kg to 53.38 kg), the va lowest value for the mean of the body mass index (20.25) (CI of 19.68 to 20.82); the lowest value for the mean of the abdominal circumference values (66.45 cm) and of the hip circumference (88.79 cm) (CI of 64.78 to 68.12 cm and 87.24 to 90.34 cm, respectively). Conclusions. The fastest runners, in both the male and the female samples, had the lowest values for the environmental domain score of the WHOQOL-BREF quality of life questionnaire, had the lowest value for the mean of age, trained regularly for 7 to 9 years, doing 5 to 6 training session per week, had a low educational level, had the lowest value for the mean of the body mass index and for the means of the abdominal and hip circumferences.
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Valor dos instrumentos de avaliação de risco de quedas em idosos com fibrilação atrial / Utility of evaluation tools for assessment of the risk of falls in eldelry patients with atrial fibrillationAngela Cristina Silva dos Santos 03 December 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A queda é um fenômeno complexo, altamente prevalente e de alto custo, podendo causar sérias conseqüências inclusive a morte. O idoso com fibrilação atrial se beneficia do uso de anticoagulante. No entanto, a ocorrência de quedas pode restringe o seu uso. Este trabalho objetivou analisar a associação entre a ocorrência de queda e as variáveis obtidas na avaliação clínica e multifatorial em idosos com fibrilação atrial; verificar a freqüência, características e conseqüências das quedas. MÉTODOS: Neste estudo transversal, foram avaliados 107 idosos com 60 anos ou mais com fibrilação atrial crônica do ambulatório de cardiogeriatria do InCor-HCFMUSP. Os participantes foram divididos em dois grupos: (1) sem história de queda no último ano e (2) com história de um ou mais episódios de queda no último ano. Foram submetidos à avaliação que incluiu: dados sóciodemográficos; história da quedas; suas características e conseqüências; questionários de qualidade de vida (BOMFAQ); de nível funcional (HAQ); de risco nutricional (Guigoz); da função psico-cognitiva (Prime MD, Mini-Mental); avaliação do equilíbrio e da mobilidade (escala de Berg, POMA, Timed up & go); avaliação neurológica e de força muscular; avaliação da acuidade visual (tabela de Snellen e teste de Donders) e avaliação auditiva. Todos os dados foram submetidos à análise estatística com teste qui-quadrado ou teste de verossimilhança ou teste exato de Fisher. As médias das variáveis quantitativas foram comparadas com teste t-Student ou teste da soma de postos de Wilcoxon. Os valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. As variáveis significantes na análise univariada foram utilizadas no ajuste do modelo de regressão logística, determinando sensibilidade, especificidade e probabilidade estimada de queda. Resultados: 1) 51,4% (55 idosos) caíram ao menos uma vez no último ano, sendo que as quedas resultaram em lesões corporais em 90% dos casos, 2) não houve diferenças entre os grupos com respeito à idade, sexo, índice de massa corporal, hábitos, riscos nutricionais e atividade física, 2) houve relação significante entre a ocorrência de queda com: a presença de sintomas, como cansaço; o uso de amiodarona; diagnóstico de insuficiência cardíaca CF III e de diabete melito; força muscular; o BOMFAQ (dificuldade de manter o equilíbrio); deficiência auditiva e visual e a escala equilíbrio da POMA A regressão logística das variáveis significantes positivas mostrou as seguintes variáveis independentes: uso de amiodarona, diagnóstico de diabete melito e a queixa de dificuldade de manter equilíbrio no BOMFAQ. O conjunto apresentou sensibilidade de 92,9% e especificidade 44,9%, a razão de chance foi de 5,95 e razão de verossimilhança positivo foi de 5.0. Conclusão:Em um grupo de idosos com FAC capaz de freqüentar ambulatório e relativamente independente, muitos fatores de risco de quedas foram identificados, sendo preditores independentes deste risco, a simples referência de dificuldade em manter o equilíbrio, o diagnóstico de diabete melito e o uso de amiodarona; A ocorrência de quedas com recorrências e conseqüências foi elevada. Nesses pacientes, o questionamento sobre a ocorrência de quedas no último ano e a avaliação do risco de quedas é fundamental diante da decisão em indicar a anticoagulação. / Introduction: Falling is a complex phenomenon, highly prevalent and costly. It may cause serious consequences, including death. Anticoagulation is beneficial for elderly patients with atrial fibrillation. However, falls may limit its use, especially when recurrent. The goals of this study were to evaluate the association between the occurrence of falls and variables derived from clinical and multidisciplinary evaluation of elderly patients with atrial fibrillation, to analyze the prevalence, characteristics and consequences of falls. Methods: This cross-sectional study involved 107 elderly patients older than 60 years of age with chronic atrial fibrillation who were followed in the Geriatric Cardiology Outpatient Clinic of InCor-HCFMUSP. Subjects were divided in two groups: (1) those with no history of falls in the past year, and (2) patients with at least one fall within the previous year. All patients underwent clinical and multifactorial evaluation, which included socio-demographic data, history of falls, their characteristics and consequences, questionnaires on quality of life (BOMFAQ), functional activity (HAQ), nutritional risk (Guigoz), psycho-cognitive function (PRIME MD, Mini-Mental), and the following evaluations: balance and mobility (Berg scale, POMA, Timed up & go), neurologic, muscular strength, and hearing status, and visual acuity (Snellen table and Donders test). Statistical tests employed included chi-square, analysis of likelihood methods, and Fisher exact test, as appropriate. Quantitative variables were compared by t-test or Wilcoxon. A p-value <0.05 was considered statistically significant. Variables statistically significant by univariate analysis were employed in a model of logistic regression to determine sensitivity, specificity, and estimated probability of falls. Results: 1) 51.4% of the patients (55) fell at least once in the preceding year, with 90% of the falls resulting in corporal lesions. 2) There were no difference between the two groups in regard to age, gender, body mass index, habits, nutritional risks, and level of physical activity. 3) There was a significant relationship between the occurrence of fall and the following univariate variables: symptom of fatigue, use of amiodarone, class III heart failure , diabetes, muscular strength, difficulty to maintain balance detected by the BOMFAQ questionnaire, hearing and visual impairment, and POMA balance scale. 4) The risk factors most frequent were hypertension, visual and hearing impairments, and muscular weakness. Logistic regression yielded the following independent variables: use of amiodarone, diabetes, and difficulty to maintain balance by BOMFAQ. These variables together had 92,9% sensitivity and 44,9% specificificity for predicting the occurrence of falls, with a hazard ratio of 5.95 and likelihood methods of 5.0. Conclusion: in a group of relatively independent, elderly patients with chronic atrial fibrillation which were able to visit an out-patient clinic, many risk factors for falls were identified. The multivariate analysis identified as independent risk factors, the use of amiodarone, the diagnosis of diabetes and difficulty in maintaining balance detected by the BOMFAQ questionnaire. The frequency of falls with recurrences and consequences was high. In these patients, it is very important to ask about the occurrence of falls in the last year and to evaluate the risk of falls, considering the decision to prescribe anti-coagulation.
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"Avaliação do perfil epidemiológico e clínico de portadoras de endometriose pélvica e identificação dos principais fatores de risco relacionados à doença obtidos através de questionário interativo" / Epidemiological and clinical profiles in patients with pelvic endometriosis and identification of main risk factors related to the disease through an interactive program of women health integral assistanceRosa Maria Neme 01 March 2005 (has links)
A endometriose representa uma das doenças mais prevalentes em ginecologia, e afeta cerca de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Apesar do grande aumento da ocorrência desta doença, pouco se sabe sobre sua epidemiologia, principalmente devido à dificuldade metodológica por tratar-se de patologia de definição e etiologia desconhecidas. A prevalência estimada varia de 4% entre mulheres assintomáticas a cerca de 50% entre adolescentes com dismenorréia incapacitante. Fatores de risco pessoais foram descritos, como idade, estado sócio-econômico, estado civil, fatores menstruais, como duração e intervalo dos ciclos e idade da menarca. Sintomas como dismenorréia, dor acíclica, dispareunia de profundidade, alterações urinárias e intestinais cíclicas e infertilidade, também são associados à doença. O objetivo do presente estudo foi determinar uma forma de predizer o diagnóstico cirúrgico baseado no perfil epidemiológico e sintomas da endometriose, através da utilização de um programa interativo para este cálculo. Para tal, analisou-se mulheres com diagnóstico histológico da doença e pacientes sem diagnóstico, pertencentes ao Ambulatório de Ginecologia Preventiva do HC-FMUSP (grupo controle), analisadas através deste programa interativo, constituindo amostra de 1872 pacientes estudadas. A avaliação estatística foi realizada pelos testes do qui-quadrado, t-Student e regressão logística multifatorial. Encontrou-se como fatores de risco significativos a idade, raça, grau de instrução, estado civil, intervalo do ciclo menstrual, presença de dismenorréia, alterações urinárias cíclicas, tipo de infertilidade, além de sintomas mais específicos como disúria, proctorragia e diarréia, dados que foram aplicados através do programa informatizado. Concluiu-se que tal modelo apresenta grande valor para a análise da razão de chances de ocorrência de endometriose na população geral. Análises prospectivas tornam-se imperativas a fim de testarmos tal modelo preditivo para estabelecermos parâmetros que conduziriam ou não à realização de um procedimento invasivo para o diagnóstico da doença. / Advances in understanding the epidemiology of endometriosis have lagged behind other diseases. To determine whether the surgical diagnosis of endometriosis can be predicted using noninvasive tools as epidemiological profile, medical history and symptoms related to the disease, were analyzed women with histological diagnosis of endometriosis and patients without diagnosis, analyzed through an interactive program, constituting a sample of 1872 studied patients. We could conclude that such model presents big value for the analysis of odds ratio to endometriosis in general population. Prospective analysis become imperative in order to create a predictive model to establish parameters that could suggest a surgical procedure.
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Doenças tireoidianas subclínicas e fatores de risco cardiovascular em mulheres com mais de 40 anos em seu local de trabalho / Subclinical thyroid dysfunction and risk factors for cardiovascular disease in women at the workplaceRodrigo Diaz Olmos 07 November 2007 (has links)
Introdução: As disfunções tireoidianas subclínicas são comuns na prática clínica, particularmente entre mulheres de meia idade. Existem algumas evidências de que as disfunções tireoidianas subclínicas podem afetar o risco cardiovascular de forma negativa, além de afetar a qualidade de vida e produzir sintomas somáticos e psicológicos. Entretanto ainda existe muita controvérsia sobre se o tratamento destas disfunções afeta positivamente algum desfecho clínico e se estaria indicado realizar um rastreamento populacional destas disfunções. Objetivo: Este estudo teve como objetivo determinar a freqüência das disfunções tireoidianas subclínicas e sua associação com fatores de risco cardiovasculares tradicionais e com alguns fatores psico-sociais em mulheres com 40 anos ou mais em seu local de trabalho. Métodos: Estudo transversal de rastreamento com funcionárias da Universidade de São Paulo com 40 anos ou mais. Todas as participantes foram entrevistadas e responderam a quatro questionários específicos validados [um questionário sobre características sócio-demográficas, o questionário de angina de Rose, o Short Form Health Survey - 36 (SF-36) e o Self-Report Questionnaire (SRQ-20)], foram submetidas a mensuração de medidas antropométricas e da pressão arterial e tiveram uma amostra de sangue colhida para avaliação de função tireoidiana (TSH e T4-livre) e anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO), glicemia de jejum e colesterol total, LDL-colesterol e HDL-colesterol. Em uma subamostra do estudo também foi dosada a proteína C ultra-sensível (hsCPR). As mulheres foram analisadas de acordo com seu estado funcional tireoidiano. Resultados: Das 736 funcionárias com 40 anos ou mais convidadas a participar, 314 (42,7%) aceitaram o convite. As freqüências de hipotireoidismo e hipertireoidismo subclínico foram, respectivamente, 7,3% e 5,1%. Anticorpos anti-tireoperoxidase positivos foram encontrados em 51 mulheres (16,2%). Níveis de TSH < 10 mIU/l estavam presentes em 78,3% das mulheres com hipotireoidismo subclínico. Não houve diferença nas características gerais, nos fatores de risco para doença cardiovascular, nos fatores psico-sociais nem, de uma forma geral, na qualidade de vida comparando-se as mulheres de acordo com sua função tireoidiana. Conclusão: Não se encontrou nenhuma associação entre disfunção tireoidiana subclínica e fatores de risco para doença cardiovascular. Não se encontrou nenhuma associação de disfunção tireoidiana subclínica e fatores psico-sociais (qualidade de vida, sintomas somáticos e psicológicos). Os resultados deste estudo transversal não suportam a prática de rastreamento rotineiro de disfunção tireoidiana subclínica. / Rational: Subclinical thyroid dysfunction is very common in clinical practice, particularly among middle-aged women. There is some evidence that subclinical thyroid dysfunction may affect cardiovascular risk in a negative fashion, and also affect quality of life and produce somatic and psychological symptoms. There remains much controversy as whether there should be a population based screening for these dysfunctions and whether treatment of these dysfunctions have any positive impact on clinical outcomes. Objective: The aim of this study was to determine the approximate frequency of subclinical thyroid dysfunction and its association with traditional cardiovascular risk factors as well as some psychosocial factors in women 40 years of age or older at the worksite. Methods: Cross-sectional screening study with women 40 years of age or older, working at the University of São Paulo. All the women answered four specific questionnaires [a questionnaire on socio-demographic characteristics, the Rose Angina Questionnaire, the Short Form Health Survey -36 (SF-36) and the Self- Report Questionnaire (SRQ-20)], had antropometric variables and blood pressure measured, and blood analyzed for total-cholesterol, LDL-cholesterol, HDL-cholesterol, tryglicerides, fasting glucose, thyroid-stimulating hormone (TSH), free-thyroxine (free-T4) and anti-thyreoperoxidase antibodies (anti-TPO). In a sub-sample of these women high-sensitive C reactive protein (hsCRP) was measured. Women were analyzed according to their thyroid function status. Results: Of the 736 women invited to participate, 314 (42.7%) accepted the invitation. The frequencies of subclinical hypothyroidism and subclinical hyperthyroidism were, respectively, 7.3% and 5.1%. Positive antibodies against thyreoperoxidase were present in 51 women (16.2%). TSH levels < 10 mIU/l were present in 78.3% of women with subclinical hypothyroidism. There was no difference in general characteristics, cardiovascular risk factors, psychosocial factors nor, in a general way, in quality of life among these women according to their thyroid function status. Conclusion: No association between cardiovascular risk factors and subclinical thyroid dysfunction was found. No association between subclinical thyroid dysfunction and psychosocial factors (quality of life, somatic and psychological symptoms) was found either. The results of this cross-section study do not support the routine screening of subclinical thyroid dysfunction.
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