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Avaliação dos efeitos de temperatura e nutrientes sobre a ecofisiologia de Laurencia catarinensis (Ceramiales, Rhodophyta)

Gouvêa, Lidiane Pires January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-08T04:07:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 334160.pdf: 2253249 bytes, checksum: b084cc3d5db99a8ac3183f04b03b02e9 (MD5) Previous issue date: 2015 / Dentre as algas vermelhas os representantes com metabolismo secundário mais rico estão delimitados pelo gênero Laurencia (Ceramiales, Rhodomelaceae). Estes metabólitos apresentam importante papel ecológico e destacado potencial biotecnológico. Diversas espécies deste gênero possuem um metabolismo capaz de sintetizar substâncias de classes distintas, sendo os sesquiterpenos os mais abundantes e característicos do gênero. Estes papéis importantes nos ecossistemas marinhos são ameaçados, pelo aquecimento global e estressores locais uma vez que estas mudanças ambientais podem comprometer a aptidão fisiológica, empobrecendo o metabolismo secundário. Dessa forma, o presente trabalho teve com objetivo conhecer a fenologia reprodutiva de Laurencia catarinensis nos períodos de verão e inverno para então avaliar os impactos causados pelo aquecimento global e poluição antrópica sobre aspectos bioquímicos e fisiológicos da alga.Primeiramente, este trabalho avaliou a variação sazonal das concentrações dos pigmentos fotossintetizantes, Amido, compostos fenólicos totais, atividade antioxidante e no geral, pode-se observar que ocorreu aumento do conteúdo de clorofila a, Ficobiliproteínas e amido no perído de inverno e aumento das concentrações para os compostos fenólicos e carotenoides no período de verão, para praticamente todos os estádios reprodutivos.Dentro deste contexto, foi possível inferir, através do experimento realizado com a macroalga, que poderá ocorrer o aumento da sensibilidade de L. catarinensis a fatores como aquecimento global e poluição antrópica. Para a Taxa de crescimento relativo nas menores temperaturas com adição de nutrientes, o crescimento da macroalga foi maior variando entre (0,58 mg/gMF a 3,37 mg/gMF). Níveis altos de poluentes e o aumento da temperatura demonstraram toxicidade a macroalga podendo causar alterações bioquímicas e fisiológicas, diminuindo a produção de clorofila a nos tratamentos com concentrações altas de nutrientes (CAN) e temperatura de 28°C, em contrapartida o aumento das concentrações dos pigmentos acessóriosFicocianina e Ficoeritrina para aumento da captação de luz ao aparato fotossintético. Dessa forma, a análise do perfil dos carotenoides determinados por cromatografia liquida de alta eficiência (CLAE) identificou a Luteína, Zeaxantina e a- caroteno. A Luteína foi o composto majoritário em todos os tratamentos. Com relação ao perfil de compostos fenolicos (determinados por CLAE) foram detectados os seguintes compostos: epicatequina, galocatequina, epigalocatequina, acido cafeico, 4,5 dicafeoilquinico, acido Cumárico e dois compostos ainda não identificados (Composto X-Rt 4,3 min e Composto Y-Rt 9,2 min), sendo o composto majoritário a Epicatequina. O conteúdo de carotenoides e compostos fenólicos pode ser associado ao aumento de temperatura e fotoproteção e ao estresse causado pelo incremento de nutrientes, sendo que o mesmo pode ser verificado pelo teste de atividade antioxidante que foi observado em maior porcentagem no tratamento a 28°C. Com relação aos conteúdos de açucares totais e amido, ocorreu diminuição do conteúdo destes compostos produzidos pelas algas na temperatura de 28°C e no tratamento CAN.Para os dados da fluorescencia da clorofila a analisados através do PAM, verificou-se decréscimo da irradiância de saturação (Ik) da alga L.catarinensis na temperatura de 28°C, o mesmo também foi observado nos parâmetros ?F/F´m, ETR e a ETR. Para os dados de Fv/Fm tanto os tratamentos CBN quanto CAN decresceram seus valores em temperaturas de 28°C.<br> / Abstract : Among the red algae, representatives with richest secondary metabolism are delimited by genus Laurencia (Ceramiales, Rhodomelaceae). These metabolites have important ecological role and highlighted biotechnological potential. Several species of this genus have a metabolism able to synthesize different classes of substances, sesquiterpenes being the most abundant and characteristic of the genus. These important roles in marine ecosystems are threatened by global warming and local stressors because these environmental changes can impair the physiological fitness, impoverishing the secondary metabolism. Thus, this study was carried out to know the reproductive phenology of L. catarinensis in the summer and winter seasons and then evaluate the impacts of global warming and anthropogenic pollution on biochemical and physiological aspects of seaweed.First, this study evaluated the seasonal variation of concentrations of photosynthetic pigments, Total sugars, starch, total phenolics, antioxidant activity and can be seen that there was an increase of chlorophyll content, Phycobiliproteins, total sugars and starch in the winter period prescribed and increasing concentrations for the phenolic compounds and carotenoids in the summer period, for practically all reproductive stages. Inside this context, it was possible to conclude, with this study, which could take the increased sensitivity of L. catarinensis to factors such as global warming and anthropogenic pollution. For the growth rate on the lower temperatures with the addition of nutrients, the growth of macroalgae was higher ranging from (0.58 mg / gDW to 3.37 mg / gDW). High levels of pollutants and increasing temperature to demonstrate toxicity seaweed causing biochemical and physiological changes, reducing the production of chlorophyll in treatments with high concentrations of nutrients (HNC) and of 28 °C, however increasing concentrations of pigments acessories Phycoerythrin and Phycocyanin and for increased light reception the photosynthetic apparatus. Thus, the profile analysis of carotenoids determined by high performance liquid chromatography(HPLC) identified Lutein, Zeaxanthin and a-carotene. Lutein was the major compound in all treatments. Regarding the profile of phenolic compounds (determined by HPLC) The following compounds were detected: epicatechin, gallocatechin, epigallocatechin, caffeic acid, 4,5 dicaffeoylquinic, coumaric acid and two as yet unidentified compounds (Compound X-Rt 4.3 min, compound Y-Rt 9.2 min), being the major compound epicatechin. The content of phenolic compounds and carotenoids was associated with increases in temperature and photoprotection and stress caused by the increase of nutrients, where it can be verified by the test that the antioxidant activity was observed in a greater percentage in the treatment at 28°C. Relative to those of total sugars and starch content, a decrease in the temperature of 28°C and HNC, these compounds produced by algae. For the chlorophyll a fluorescence , there was a decrease in saturation irradiance (Ik) of the algae L.catarinensis at 28°C, it was also observed in parameters ?F/ F'm parameters ETR and a ETR. For data Fv / Fm both treatments LNC and HNC decreased their values in temperatures of 28°C.
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Estudo da atividade biológica de produtos naturais de macroalgas do litoral nordestino sobre Leishmania amazonensis / Study of the biological activity of natural products from macroalgae of the northeastern coast against Leishmania amazonensis

Aliança, Amanda Silva dos Santos January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-19T13:30:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2 401.pdf: 9920494 bytes, checksum: 8583b102e7c583547584adc8d2fe879e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / O tratamento utilizado para a leishmaniose apresenta efeitos colaterais graves, exige acompanhamento médico e prolongado tempo de terapia. Assim, a prospecção de novos compostos contra esta doença ainda se faz necessária. As macroalgas possuem grande variedade de moléculas bioativas. No presente trabalho foi avaliada a atividade leishmanicida, a citotoxicidade, a produção de óxido nítrico (NO) e os possíveis alvos dos extratos de macroalgas. Foi avaliado o efeito de 10 extratos sobre o crescimento de formas promastigotas de L. amazonensis. A citotoxicidade em células de mamíferos foi avaliada através do método do MTT e o índice de seletividade foi determinado. A produção de NO por macrófagos foi avaliada pelo reagente de Griess. A análise ultraestrutural foi realizada por microscopia eletrônica. Para análise dos efeitos dos extratos sobre a membrana e o potencial de membrana mitocondrial células tratadas e controles foram submetidas à marcação com iodeto de propídio (IP) e rodamina 123. Os dados mostraram que todos os extratos inibiram o crescimento de formas promastigotas e apresentaram baixa toxidade para células de mamífero. Canistrocarpus cervicornis (CC), Dictyota mertensii (DM) e Laurencia dendroidea (LD) foram as mais efetivas e mais seletivas contra formas promastigotas entre todas as algas testadas. Estes extratos também inibiram a infecção e índice de sobrevivência de formas amastigotas no interior de macrófagos. Esses extratos aumentaram a produção de NO em relação às células controles. Alterações compatíveis com a perda de viabilidade e morte celular foram observadas por microscopia eletrônica. Células tratadas apresentaram discreto aumento no número de células IP+. Os extratos induziram alterações significativas no potencial de membrana mitocondrial. A baixa toxicidade às células de mamíferos e a atividade leishmanicida apresentadas apontam para a utilização dos extratos de CC, DM e LD como agentes promissores para o tratamento da leishmaniose cutânea
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Lectinas recombinantes das algas marinhas vermelhas Hypnea musciformis (Wulfen) J. V. Lamouroux e Bryothamnion triquetrum (S. G. Gmelin) M. Howe: produção heteróloga e caracterização bioquímica. / Recombinant lectin from the red marine algae Hypnea musciformis (Wulfen) J. V. Lamouroux and Bryothamnion triquetrum (S. G. Gmelin) M. Howe: heterologous production and biochemical characterization.

Nascimento, Antônia Sâmia Fernandes do January 2014 (has links)
NASCIMENTO, A. S. F. Lectinas recombinantes das algas marinhas vermelhas Hypnea musciformis (Wulfen) J. V. Lamouroux e Bryothamnion triquetrum (S. G. Gmelin) M. Howe: produção heteróloga e caracterização bioquímica. 2014. 260 f. Tese (Doutorado em Bioquímica) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014. / Submitted by Francisco Lacerda (lacerda@ufc.br) on 2014-10-16T18:44:38Z No. of bitstreams: 1 2014_tese_asfnascimento.pdf: 18082455 bytes, checksum: 0f97b93f662ee1a0e6eec617bbe9a86d (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa(jairo@ufc.br) on 2015-01-15T20:57:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_tese_asfnascimento.pdf: 18082455 bytes, checksum: 0f97b93f662ee1a0e6eec617bbe9a86d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-01-15T20:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_tese_asfnascimento.pdf: 18082455 bytes, checksum: 0f97b93f662ee1a0e6eec617bbe9a86d (MD5) Previous issue date: 2014 / Synthetic genes from the red marine algae Hypnea musciformis (HML) and Bryothamnion triquetrum (rBTL) were cloned into differents vectors and transformed into several bacterial expression strains. The recombinant lectins were obtained from the soluble fraction of bacterial cultures using Escherichia coli Rosetta-gami 2 (DE3) strain for rHML and E. coli BL21 (DE3) strain for rBTL. Haemagglutination tests showed that rHML and rBTL are able to agglutinate rabbit erythrocytes with strong haemagglutination activity only after treatment with papain and trysine indicating that their ligands are not directly accessible at the cell surface. The haemagglutinating properties of rHML and rBTL confirm the correct folding and functional state of the proteins. A study of the specificity of these lectins by glycan array was conducted. HML, BTL and rBTL showed a restricted specificity for complex N-glycans with core (α1-6) fucose. A more detailed analysis of the specificity of these lectins showed a preference for non bisecting N-glycans, bi- and tri-antennary branching sugars with short chains. Addition of Sialic acid at the non-reducing end of N-glycans favors their recognition by the lectins. This is the first characterization of lectins from red algae by glycan array. An interaction between BTL and a core (α1-6) fucosylated octasaccharides was also observed by STD-NMR. The toxic activity of wild and recombinant lectins were evaluated against Artemia sp. and the human lung adenocarcinoma cell line (A549). In cytotoxicity assays, HML, rHML, BTL and rBTL showed no toxicity against Artemia sp. Only HML and rHML showed a low cytotoxic activity against cell line (A549). The first crystal of rBTL was obtained in micro-scale level using a robot and diffracted at 15 Å. / Os genes sintéticos das lectinas das algas marinhas vermelhas Hypnea musciformis (HML) e Bryothamnion triquetrum (BTL) foram clonados em diferentes vetores e transformados em diferentes células bacterianas de expressão. As lectinas recombinantes foram obtidas a partir da fração solúvel das culturas bacterianas de Escherichia coli Rosetta-gami 2 (DE3) para rHML e BL21 (DE3) para rBTL. Os testes de hemaglutinação mostraram que rHML e rBTL são capazes de aglutinar eritrócitos de coelho tratados com diferentes enzimas proteolíticas. As propriedades hemaglutinantes de rHML e de rBTL confirmam o enovelamento correto e o estado funcional das proteínas. A caracterização da especificidade de ligação a carboidratos da HML, BTL e da rBTL por glycan array mostrou uma especificidade restrita por oligossacarídeos complexos contendo o núcleo de fucosilação (α1-6), com uma preferência particular por N-glicanos não bisectados, bi e tri-antenados de cadeia curta. A presença de ácido siálico na extreminada não-redutora dos glicanos favorece o reconhecimento. Essa foi a primeira caracterização de lectinas de algas vermelhas por glycan array. Experimentos de STD-RMN com a BTL mostraram uma interação com um octassacarídeo contendo o núcleo de fucosilação (α1-6). A atividade tóxica das lectinas selvagens e recombinantes foi avaliada contra Artemia sp. e contra células de adenocarcinoma de pulmão (A549). Nos ensaios de citotoxicidade, HML, rHML, BTL e rBTL não mostraram nenhuma toxicidade contra Artemia sp. e somente HML e rHML mostraram uma baixa toxicidade contra células de adenocarcinoma de pulmão (A549). O primeiro cristal de rBTL foi obtido a um nível de microescala com a ajuda de um robôt de cristalização e difratou a 15 Å de resolução.
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Alga marinha vermelha Hypnea musciformis (wulfen) como fonte potencial de carboidratos para a produção de etanol. / Red seaweed Hypnea musciformis (Wulfen) as a potential source of carbohydrates for ethanol production.

Silva Neto, Antonio Alves da January 2013 (has links)
SILVA NETO, A. A. Alga marinha vermelha Hypnea musciformis (wulfen) como fonte potencial de carboidratos para a produção de etanol. 2013. 71 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. / Submitted by Francisco Lacerda (lacerda@ufc.br) on 2014-10-16T19:05:02Z No. of bitstreams: 1 2013_dis_aasilvaneto.pdf: 1454794 bytes, checksum: 02bd2d1d16caf7d1fd1fe2eee71ce722 (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa(jairo@ufc.br) on 2015-01-20T12:06:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_dis_aasilvaneto.pdf: 1454794 bytes, checksum: 02bd2d1d16caf7d1fd1fe2eee71ce722 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-01-20T12:06:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_dis_aasilvaneto.pdf: 1454794 bytes, checksum: 02bd2d1d16caf7d1fd1fe2eee71ce722 (MD5) Previous issue date: 2013 / High energy demand and global climate changes have generated interest in world leaders to invest in research on alternative and renewable fuels. In this perspective, the macroalgae are gaining wide attention from researchers around the world as an alternative source of renewable biomass for bioethanol production, which is currently called fuel "third generation". The use of seaweed as a feedstock for bioethanol production has advantages such as (1) no competition with food production, (2) high carbohydrates content, (3) low lignin content and (4) high productivity. The potential of the red seaweed Hypnea musciformis to provide fermentable carbohydrates for bioethanol production was evaluated in this study. The algae was obtained from a commercial cultivation, located on the Flecheiras beach, Trairi, Ceará and after washing, drying and grinding 5 g were added to 100 mL HCl (0.2, 0.5 and 1.0 M) in Erlenmeyer flasks, autoclaved at 121 ºC (10, 20 and 30 min). It was observed the presence of galactose (7.4 to 10.8 g.L-1) and glucose (3.4 to 4.7 g.L-1) in all hydrolyzed and the hydrolysis condition 0.5/20, with a concentration of glucose + galactose 14.8 g.L-1, was selected for testing fermentation of monosaccharides by Saccharomyces cerevisiae at 30 ° C. The results showed that glucose and galactose were consumed simultaneously, however this consumption only started after 7 h of fermentation and after 52 h, 82.5% of glucose and 72% galactose had been consumed, with a maximum yield of 5.3 g.L-1 of ethanol, it represents a fermentation efficiency of 50% theory and showing the ability of S. cerevisiae ferment galactose from algal feedstock with a yield of 0.1 g ethanol/g dry seaweed. It was observed in the hydrolysis condition selected, a higher specific rate of the substrate consumption accompanied by the rate of ethanol production. The ethanol yields based on consumption of substrates (glucose + galactose) and biomass were 0.315 and 0.08 (g/g) respectively. The biomass and ethanol productivity were 0.008 g.L-1.h-1 and 0.100 g.L-1.h-1, respectively. With the date obtained it can be conclude that the red seaweed H. musciformis showed be a potential renewable source of biomass for the production of bioethanol. However, other studies are needed to optimize the production process of bioethanol from these organisms. / Alta demanda de energia e mudanças climáticas globais têm gerado interesse dos governantes mundiais para investir em pesquisas de fontes alternativas e renováveis de combustíveis. Nessa perspectiva, as macroalgas vêm ganhando ampla atenção por parte de pesquisadores do mundo inteiro como fonte alternativa renovável de biomassa para a produção de bioetanol, o qual é denominado atualmente de combustível de “terceira geração”. A utilização das algas marinhas como matéria-prima para produção de bioetanol apresenta vantagens, tais como (1) não competição com a produção de alimentos, (2) alto conteúdo de carboidratos, (3) baixo conteúdo de lignina e (4) alta produtividade. O potencial da alga marinha vermelha Hypnea musciformis em fornecer carboidratos fermentescíveis para a produção de bioetanol foi avaliado no presente trabalho. A alga foi obtida de cultivo comercial, localizado na praia de Flecheiras, município de Trairi, Ceará e após lavagem, secagem e trituração, 5 g foram adicionados a 100 mL de HCl (0,2; 0,5 e 1,0 M) em erlenmeyers, autoclavados a 121 ºC (10, 20 e 30 min). Foi observada a presença de galactose (7,4 – 10,8 g.L-1) e glucose (3,4 – 4,7 g.L-1) em todos os hidrolisados e a condição de hidrólise 0,5/20, apresentando uma concentração de glicose + galactose de 14,8 g.L-1, foi selecionada para os ensaios de fermentação dos monossacarídeos por Saccharomyces cerevisiae a 30°C. Os resultados mostraram que a glicose e a galactose, foram consumidas simultaneamente, no entanto esse consumo só foi iniciado após 7 h de fermentação e após 52 h, 82,5 % da glicose e 72% da galactose tinham sido consumidas, com uma produção máxima de 5,3 g.L-1 de bioetanol, representando uma eficiência fermentativa de 50% do teórico e evidenciando a habilidade da S. cerevisiae em fermentar a galactose proveniente de matéria-prima algácea com um rendimento de 0,1 g de bioetanol/g de alga seca. Observou-se, na condição de hidrólise selecionada, uma maior velocidade específica de consumo de substrato acompanhado da velocidade de produção de etanol. Os rendimentos de etanol baseados no consumo de substrato (glucose + galactose) e biomassa foram 0,315 e 0,08 (g/g), respectivamente. As produtividades de biomassa e etanol foram 0,008 g.L-1.h-1 e 0,100 g.L-1.h-1, respectivamente. Com os dados obtidos pode-se concluir que a alga marinha H. musciformis se mostrou uma potencial fonte renovável de biomassa para a produção de etanol. No entanto, são necessários mais estudos para otimizar o processo produtivo de bioetanol a partir desses organismos.
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Atividades antiviral e anti-inflamatória de uma fração polissacarídica sulfatada da alga marinha vermelha Gracilaria birdiae (Plastino e Oliveira). / ACTIVITIES AND ANTI-INFLAMMATORY ANTIVIRAL OF A FRACTION Sulfated polysaccharide from the red seaweed Gracilaria birdiae (Plastino and Oliveira).

Vanderlei, Edfranck de Sousa Oliveira January 2012 (has links)
VANDERLEI, E. S. O. Atividades antiviral e anti-inflamatória de uma fração polissacarídica sulfatada da alga marinha vermelha Gracilaria birdiae (Plastino e Oliveira). 2012. 141 f. Tese (Doutorado em Bioquímica) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2012. / Submitted by Francisco Lacerda (lacerda@ufc.br) on 2014-12-03T12:19:08Z No. of bitstreams: 1 2012_tese_esovanderlei.pdf: 5817978 bytes, checksum: dc9dd25d9df39cef6cafbcd2ab3bab3d (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa(jairo@ufc.br) on 2015-01-16T21:03:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_tese_esovanderlei.pdf: 5817978 bytes, checksum: dc9dd25d9df39cef6cafbcd2ab3bab3d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-01-16T21:03:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_tese_esovanderlei.pdf: 5817978 bytes, checksum: dc9dd25d9df39cef6cafbcd2ab3bab3d (MD5) Previous issue date: 2012 / Bioactive molecules extracted from seaweed, such as sulfated polysaccharides, have been highlighted as having diverse biological activities. This study aimed to evaluate the antiviral activity and anti-inflammatory effect of a sulfated polysaccharide from seaweed Gracilaria birdiae. Total sulfated polysaccharides (TSP) were extracted by enzimatic digestion and following fractioned on DEAE-cellulose column, obtaining two fractions (FI - 0.5 M and FII - 0.75 M). The FI fraction, which had the highest yield, was object of this study, has been identified as an agar by IR spectroscopy (FT-IR) and with a high molecular weight (>100KDa) by gel permation cromatography. The cell viability of FI fraction was determined by the change of the cell morphology with further quantification at 492 nm. Cells were treated with serial dilutions of FI (1000 to 7.8 μg/mL) and then, neutral red dye was incorporated, with subsequent measurement of absorbance. The degree of antiviral activity was expressed as percent inhibition of the virus. The results showed that FI at a concentration of 250 μg/mL showed no toxicity on C6/36, Vero and HEp-2 cells and had a significant antiviral effect with inhibition of 95.8% against HSV-1, 94.4% against HSV-2 on Vero cells and 89.2% against DENV-1 on C6/36 cells, when compared to the control group. In addition, FI (10 mg /kg) presented anti-inflammatory effect when administered by subcutaneous route (s.c.) in Wistar rats in a model of peritonitis using carrageenan with a flogistic agent or in the paw edema using carrageenan or dextran. FI (10 mg/kg) induced an anti-inflammatory effect by a decrease in the leukocytes into the peritoneal cavity. FI also reduced the paw edema induced by carrageenan in the third hour comproved by the mieloperoxidase quantification and also inhibited the paw edema induced by dextran on the first thirty minutes. To analyze the involvement of the heme oxygenase pathway on antiinflammatory activity of FI, animals were pretreated by s.c. route with an specific inhibitor of heme group (zinc protoporphyrin IX). After inhibition by ZnPP IX, the anti-inflammatory effect of FI on carrageenan-induced paw edema has not been observed. To evaluate the systemic effects, FI (10 mg/kg) was administered by intraperitoneal route in mice in a single dose. The systemic changes were evaluated during 48 h or by repeated dose, once a day for 14 days. The results showed that, FI (10 mg/kg) did not cause mortality or significant changes in the biochemical, hematological and histopathological parameters, considered safe in the tested dose. / Moléculas bioativas extraídas a partir de algas marinhas, tais como os polissacarídeos sulfatados,vêm se destacando como possuidores de diversas atividades biológicas. Este estudo teve como objetivo avaliar as atividades antiviral e anti-inflamatória de uma fração polissacarídica sulfatada da alga marinha Gracilaria birdiae. Os polissacarídeos sulfatados totais (PST) foram extraídos por digestão enzimática e em seguida, fracionados em coluna de DEAE-celulose, originando duas frações (FI- 0,5 M e FII- 0,75 M). A fração FI, de maior rendimento, foi objeto de estudo, sendo identificada como uma agarana por espectroscopia de infravermelho (FT-IR) e de elevada massa molecular (>100 KDa) por cromatografia de permeação em gel. A viabilidade celular da fração FI foi determinada por alteração da morfologia celular com posterior quantificação a 492 nm. As células foram tratadas com diluições seriadas de FI (1000 a 7,8 μg/mL) e em seguida, incorporado o corante vermelho neutro, com posterior leitura de absorbância. O grau de atividade antiviral foi expresso como percentagem de inibição viral. Os resultados mostraram que FI na concentração de 250 μg/mL não apresentou toxicidade em células C6/36, Vero e HEp-2 e apresentou um efeito antiviral significativo com inibição de 95,8% contra o HSV-1, de 94,4 % contra o HSV-2 em células Vero e de 89,2 % contra DENV-1 em células C6/36, quando comparado ao grupo controle. Em adição, FI (10 mg/kg) apresentou efeito anti-inflamatório quando administrada por via subcutânea (s.c.) em ratos Wistar no modelo de peritonite utilizando carragenina como agente flogístico ou no edema de pata induzido por carragenina ou dextrana. FI (10 mg/kg) provocou um efeito anti-inflamatório por uma diminuição no número de leucócitos na cavidade peritoneal, além de também reduzir o edema de pata induzido por carragenina na terceira hora, comprovado pela quantificação da mieloperoxidase e também o edema por dextrana nos primeiros trinta minutos. Para analisar o envolvimento da via heme oxigenase na atividade anti-inflamatória de FI, os animais foram pré-tratados por via s.c. com um inibidor específico do grupo heme (zinco rotoporfirina IX). Depois de inibida por ZnPP IX, o efeito anti-inflamatório de FI no edema de pata induzido por carragenina não foi observado. Para avaliar os efeitos sistêmicos, FI (10 mg/kg) foi administrada por via intraperitoneal em camundongos em dose única. As alterações sistêmicas foram avaliadas durante 48 h ou por dose repetida, uma vez ao dia durante 14 dias, sendo que FI (10 mg/kg) não causou mortalidade ou alterações significativas nos parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos, sendo considerada segura na dose testada.
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Caracterização estrutural e atividade hipoglicemiante da lectina da alga marinha vermelha Amansia multifida C. lamourox / Structural characterization and hypoglycemic activity of lectin red seaweed Amansia multifida C. lamourox

Mesquita, Jacilane Ximenes January 2010 (has links)
MESQUITA, Jacilane Ximenes. Caracterização estrutural e atividade hipoglicemiante da lectina da alga marinha vermelha Amansia multifida C. lamourox. xix, 67 f. : Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by Eric Santiago (erichhcl@gmail.com) on 2016-05-25T12:27:50Z No. of bitstreams: 1 2010_dis_jxmesquita.pdf: 1104327 bytes, checksum: 6b0273ab7ad80cb17cdd35f88dbb776b (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa (jairo@ufc.br) on 2016-07-05T19:53:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_dis_jxmesquita.pdf: 1104327 bytes, checksum: 6b0273ab7ad80cb17cdd35f88dbb776b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-05T19:53:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_dis_jxmesquita.pdf: 1104327 bytes, checksum: 6b0273ab7ad80cb17cdd35f88dbb776b (MD5) Previous issue date: 2010 / The function of a protein is determined by its structure. As a result, the structural study of potentially active biomolecules can lead to a better understanding of its mechanism of action, as their biological activities. Thus, this study aimed to purify and structurally characterize the lectin from red seaweed Amansia multifida protein fraction which has a potential hypoglycemic. The protein fraction (F 0/70) was subjected to anion- exchange chromatography on a column of DEAE - Sephacel to elution of the first peak (PI). This peak was selected as the hemagglutination activity was obtained then the lectin from A. multifida, verified by SDS - PAGE. For two - dimensional electrophoresis were detected five isoforms. The N-terminal sequence (20 amino acid) showed no sim ilarity to any sequence deposited in databases, suggesting that it does not belong to any group of algae known lectins. The lectin was structurally characterized by spectroscopic techniques of circular dichroism (CD) and fluorescence. The CD analysis showe d that the lectin was composed of 4% α - helix, 43% beta sheet, 21% turn and 32% unordered structure, according to the deconvolution program Contin. It was also verified by CD, the structural stability of the protein against the extremes of pH and different temperatures. When subjected to temperature of 10 - 85 °C was found that the protein showed 50% of the denaturation in 40.2ºC, being completely denatured at 85°C. Such a distortion was shown to be irreversible, since after being incubated again under native conditions, the lectin was not able to recover its original structure. Extremes of pH (3.0 and 11) did not alter the secondary structure of the protein. For the fluorescence data read out at 280 and 295 nm, showed the presence of aromatic amino acids that fluoresce, such as tryptophan and tyrosine. Fluorescence spectra measured, even in the face of extremes of pH, showed no major changes that could reflect structural changes in order not to shift the peak of the emission measurements. Biological assays of hypoglycemic activity carried out with the F 0/70, containing the lectin from the algae showed that it was able to significantly reduce the blood glucose level of animals with diabetic state induced by alloxan. / A função de uma proteína é determinada pela sua estrutura. Em decorrência, o estudo estrutural de biomoléculas potencialmente ativas pode levar a uma melhor compreensão de seu mecanismo de ação, quanto as suas atividades biológicas. Desse modo, o presente trabalho teve como objetivo purificar e caracterizar estruturalmente a lectina de Amansia multifida, cuja fração protéica, possui um potencial hipoglicemiante. A fração rica em proteínas (F0/70) l foi submetida a uma cromatografia de troca iônica em coluna de DEAE-Sephacel para eluição do pico I. Este pico protéico foi selecionado quanto à atividade hemaglutinante, coletado e empregado para o isolamento da lectina. Como observado por SDS-PAGE, PI apresentou elevado grau de purificação pela presença de uma única banda protéica (lectina). Por eletroforese bidimensional foram detectadas cinco isoformas. A seqüência N-terminal obtida (20 aminoácidos) não apresentou semelhança com nenhuma outra seqüência depositada em bancos de dados, sugerindo que ela não pertença a nenhum grupo de lectinas de algas conhecidas. Essa proteína foi caracterizada estruturalmente, por técnicas espectrocópicas de dicroísmo circular (CD) e fluorescência. A análise por CD mostrou que a lectina era constituída por 4% de α- hélice, 43% de folha beta, 21% de voltas e 32% de estrutura não ordenada, segundo o programa de desconvolução Contin. Ainda por CD, a proteína foi também avaliada quanto a estabilidade estrutural frente a extremos de temperatura e pH. Quando submetida a variações de temperatura de 10 – 85 ºC foi verificado que a proteína mostrou 50% de desnaturação a aproximadamente 40,2 ºC, mostrando-se completamente desnaturada a 85 ºC. Tal desnaturação mostrou-se irreversível, já que após ser incubada novamente sob condições nativas, a lectina não foi capaz de recuperar sua estrutura original. Extremos de pH (3,0 e 11) não alteraram sua estrutura secundária, demonstrando a estabilidade da mesma nesse aspecto. Quanto aos dados de fluorescência, as leituras realizadas a 280 e 295 nm, mostraram a presença de aminoácidos aromáticos que emitem fluorescência, tais como triptofano e tirosina. Espectros de fluorescência frente a extremos de pH, não mostraram grandes alterações que pudessem refletir em mudanças estruturais, já que não houve deslocamento do pico máximo de emissão em nenhuma situação testada. Ensaios biológicos de atividade hipoglicemiante realizados com a F 0/70 de A. multifida, mostraram que a mesma foi capaz de reduzir significativamente o nível de glicose sanguínea dos animais com estado diabético induzido por aloxano.
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Polissacarídeos de Alga Marinha Gracilaria birdiae (Plastino e Oliveira): Estrutura e Avaliação Toxicológica / Polysaccharide Seaweed Gracilaria birdiae (Plastino and Oliveira): Structure and Toxicological Evaluation

Chaves, Luciano de Sousa January 2008 (has links)
CHAVES, Luciano de Sousa. Polissacarídeos de Alga Marinha Gracilaria birdiae (Plastino e Oliveira): Estrutura e Avaliação Toxicológica. 2008. 81 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Eric Santiago (erichhcl@gmail.com) on 2016-06-01T14:03:41Z No. of bitstreams: 1 2008_dis_lschaves.pdf: 838795 bytes, checksum: d0deaee5c8c4d3ab5a952f61a0277a7d (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa (jairo@ufc.br) on 2016-07-13T23:14:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2008_dis_lschaves.pdf: 838795 bytes, checksum: d0deaee5c8c4d3ab5a952f61a0277a7d (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-13T23:14:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008_dis_lschaves.pdf: 838795 bytes, checksum: d0deaee5c8c4d3ab5a952f61a0277a7d (MD5) Previous issue date: 2008 / Seaweeds beings are classified in the Kingdom Protist, predominantly aquatic and with great adaptive capacity. Found in all regions of the planet, algae play an important role ecological and economic, representing a great potential for biorrecursos. The red seaweed Gracilaria birdiae, submitted to aqueous extraction of polysaccharides, showedyield of 6.4% in the cold extraction (25-28 ºC) (Gb-f), and 56 % in the hot extraction, at 100 °C (Gb-f). The sulfate content of the fractions Gb-f and Gb-q showed values of 6.4 and 3.6 %, respectively. The sulfate degree of Gb-f was 0.22, whereas Gb - q showed value of 0.04. The protein content in the samples Gb - f e Gb - q was 7.6 and 2.0%, respectively. The samples were characterized by Gel Permeation Chromatography (GPC), Infrared (FT-IR) and Nuclear Magnetic Resonance (NMR) spectroscopy. The GPC chromatograms of both samples showed similarity and typical characteristics of red seaweeds polysaccharides. The fraction Gb-f showed a peakand a shoulder with molecular weight of 1.11 x 106 and 1.26 x 105 g/mol, respectively, whereas, the fraction Gb - q showed both a peak and a shoulder, with molecular weight of 3.18 x 105 and 1.09 x 105 g/mol, respectively. The infrared spectra of Gb-f and Gb-q presented s imilar profiles, with bands characteristics of agarocolloids, more specifically agaran - like, with evidence of protein. NMR 1 D and 2 D were employed to the structural characterization of the samples Gb - f and Gb - q and revealed that they were composed by (1 →3) - β - D - galactopyranosyl linkage to (1→4) - α - L - anhydrogalactopyranosyl segments. The acute toxicological evaluation in mice demonstrated the absence of signs of toxicity with no mortality in the groups submited to polysaccharides treatment, by intraperitone al way, at doses of 0.5; 1.0 e 2.5 mg/100g of body weight. The sub chronic toxicological analysis evidenced no toxicity signs in rats, in the 50 mg/g body weight dosage, by oral way. The parameters evaluated were: animal body followed during 90 days of exp eriment, hematological and chemical analysis (counting of leukocities, glucose, total protein, creatinnin, cholesterol, AST and ALT dosages) and hystopatological analyses (spleen, liver, kidney, lung, hearth, stomach and gut). / Algas marinhas são seres classificados no reino protista, predominantemente aquáticos e com grande capacidade adaptativa. Encontradas em todas as regiões do planeta, as algas desempenham importante papel ecológico e econômico, representando um grande potencial de biorrecursos. A alga marinha vermelha Gracilaria birdiae, submetida à extração aquosa de polissacarídeos, apresentou rendimento de 6,4% na fração extraída à temperatura ambiente (25-28 ºC) (Gb-f), e 56 % na fração extraída a 100 ºC (Gb-q). O teor de sulfato nas frações Gb-f e Gb-q apresentaram valores de 6,4 e 1,36%, respectivamente. O grau de sulfatação de Gb-f foi de 0,22, enquanto Gb-q apresentou valor de 0,04. O conteúdo protéico encontrado nas amostras Gb-f e Gb-q foi de 7,6 e 2,0 %, respectivamente. As amostras foram caracterizadas quimicamente por cromatografia de permeação em gel (GPC), espectroscopia na região do infravermelho (FT-IR) e por ressonância magnética nuclear (RMN). Os cromatogramas de GPC de ambas as amostras apresentaram semelhanças e características típicas de polissacarídeos das algas vermelhas. A fração Gb-f apresentou um pico e um ombro com massas moleculares estimadas em 1,11 x 106 e 1,26 x 105 g/mol, respectivamente, enquanto a fração Gb-q também apresentou um pico e um ombro com massas moleculares estimadas em 3,18 x 105 e 1,09 x 105g/mol, respectivamente. Os espectros de infravermelho das frações Gb-f e Gb-q apresentaram perfis semelhantes, com as bandas características de agarocolóides, mais especificamente, do tipo agarana, e com traços que evidenciam a presença de proteínas. RMN 1 D e 2 D foram empregados para a caracterização estrutural das amostras Gb-f e Gb-q e, revelaram que a estrutura do polissacarídeo é composta por segmentos de (1→ 3)-β-D-galactopiranosil ligada a (1→4)-α-L-anidrogalactopiranosil. A avaliação toxicológica aguda, em camundongos, demonstrou ausência de mortalidade e de sinais de toxicidade nos indivíduos submetidos ao tratamento com polissacarídeo, por via intraperitoneal, nas doses de 0,5; 1,0 e 2,5 mg/100g de massa corpórea. A avaliação toxicológica sub-crônica também não evidenciou sinais de toxicidade em ratos, na dose de 50 mg/100g de massa corpóreo, por via oral, tendo como parâmetros avaliados: acompanhamento dos massa dos animais durante 90 dias de tratamento, análises hematológicas e bioquímicas (contagem de leucócitos, dosagem de glucose, proteínas totais, creatinina, colesterol, AST e ALT) e histopatológicas (baço, fígado, rim, pulmão, coração, estômago e intestino).
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Compostos bioativos e fermentados de algas marinhas no controle da murcha de Fusarium do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.)

Borba, Marlon Cristiano de January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-10-03T04:21:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 349731.pdf: 958802 bytes, checksum: af7a648dfcfc9da10a4ea89c52799b05 (MD5) Previous issue date: 2017 / A Murcha de Fusarium (MF), causada por Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli (Fop), é uma das principais doenças do feijoeiro. Embora a resistência genética seja a sua principal forma de controle, o desenvolvimento e lançamento de novas cultivares tem sido dificultado pela variabilidade do patógeno. Neste cenário, novas alternativas de controle precisam ser consideradas. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial de compostos bioativos e fermentados de algas marinhas no controle da MF do feijoeiro, bem como seu efeito na emergência de plântulas. Inicialmente, quinze compostos foram testados em casa-de-vegetação usando tratamentos de semente, solo e folha. As sementes foram embebidas por 4 h antes da semeadura, enquanto que a irrigação do solo e a pulverização foliar foram realizadas em plantas com as primeiras folhas totalmente expandidas, aos 12 dias após a semeadura. Dentre os compostos testados, somente a ulvana reduziu a intensidade da doença quando pulverizada sobre as folhas e aumentou a emergência de plântulas quando embebida via semente. Em um segundo experimento, foi comparado o efeito da frequência de pulverizações de ulvana no progresso da doença e na colonização do fungo. Adicionalmente, foi testado o efeito do tratamento de semente com ulvana na emergência de plântulas em solo infestado com Fop, esterilizado/não-infestado e não-esterilizado/não-infestado. Uma, duas ou três aplicações de ulvana similarmente protegeram as plantas de feijão contra Fop até o terceiro trifólio expandido. A partir deste estádio, Fop eficientemente colonizou epicótilos de feijão independente do tratamento. A pulverização foliar de ulvana reduziu o progresso da doença comparado as plantas controle, mas não afetou a intensidade final no estádio de enchimento de vagens. Ulvana aumentou a emergência de plântulas em todas as condições testadas, mostrando ser um eficiente tratamento promotor de crescimento no feijão.<br> / Abstract : The Fusarium wilt (Fw), caused by Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli (Fop), is one of the most diseases of common bean worldwide. Although the genetic resistance have been the main recommended measure, the development and release of new bean cultivars has been difficult because of the high pathogen variability. In this scenario, new strategies of disease control need to be encouraged. The present study was aimed at evaluating the potential of bioactive compounds and fermented seaweeds in controlling the bean Fw as well as their effect in seedling emergence. Initially, fifteen compounds were screened under greenhouse conditions by using seed, soil and leaf treatments. Seed soaking was carried out for 4 hours previous to sowing, whereas soil irrigation or foliar spraying were performed at the first leaf growth stage (12 days after sowing). Among the tested compounds, only ulvan reduced disease intensity when sprayed onto leaves and increased seedling emergence when soaked in seeds. The effect of ulvan spray frequency was analyzed in follow-up assays on Fw progress and fungal colonization. In addition, seedling emergence was tested in Fop-infested soil, sterilized/non-infested and non-sterilized/non-infested. One, two or three applications of ulvan similarly protected bean plants until the third trifoliate leaf stage. From this stage, Fop efficiently colonized epicotyls of bean plants independently of treatment. Foliar spraying of ulvan reduced disease progress compared to control but did not affect the final intensity at pod filling growth stage. Ulvan showed to be an effective growth-promoting treatment by increased seedling emergence in all tested conditions.
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Influência do processo de secagem convectiva na qualidade da carragenana extraída de Kappaphycus alvarezzii

Faria, Gabriel Soares Mattar de January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos / Made available in DSpace on 2013-06-25T23:30:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 312253.pdf: 1628352 bytes, checksum: a98f52520179ba2520eeed2dec842577 (MD5) / A alga marinha Kappaphycus alvarezii é a principal fonte do hidrocoloide carragenana, utilizado amplamente nas indústrias alimentícias e farmacêuticas como gelificantes, espessantes, estabilizantes e emulsificantes. Atualmente, o Brasil importa quase toda matéria-prima dos países produtores do Sudeste Asiático, embora possua vasto litoral com características propícias ao seu cultivo. As dificuldades com a etapa de secagem é um dos principais entraves na cadeia produtiva no Brasil, gerando a necessidade do desenvolvimento de processos que acelerem esta etapa. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes temperaturas de secagem das algas nas propriedades do gel da carragenana semirrefinada (SR) e refinada (REF) extraída de Kappaphycus alvarezii cultivada no Brasil. A cinética de secagem foi estudada nos seguintes tratamentos: algas secas diretamente ao sol (tratamento controle) e nas temperaturas de 40 ºC, 60 ºC e 90 ºC em secador convectivo até atingir umidade abaixo de 30 % em base úmida (b.u.). Isotermas de sorção de água foram obtidas nas diferentes temperaturas e umidade relativa. Foi determinado o percentual de reidratação e o teor de perda de sólidos solúveis das algas após sua secagem. Parâmetros como sinérese, rendimento, força do gel e viscosidade das amostras foram avaliados como indicadores de qualidade da carragenana. Como esperado, os resultados indicaram redução significativa no tempo de secagem com aumento da temperatura. A 90 ºC o teor de umidade desejado de 30 % (b.u.) foi obtido em 100 min, enquanto ao sol foram necessários 1440 min. A capacidade de reidratação não foi afetada pela temperatura de secagem, apresentando média de 72 % em relação a massa inicial da amostra. O percentual de perda de sólidos após a reidratação foi maior para as temperaturas de 60 ºC (42,2 %) e 90 ºC (40,4 %), com menor valor para algas secas ao sol (21,6 %). Foram observadas diferenças significativas em algumas propriedades da carragenana em função da temperatura de secagem. O rendimento de SR não apresentou diferenças em relação ao controle, enquanto a REF obteve rendimento significativamente maior (29,8 %) a 90 ºC. A força do gel de SR foi significativamente maior nos tratamentos SOL (16,8 N/cm²) e 60 ºC (16,9 N/cm²), comparados aos tratamentos de 40 ºC e 90 ºC, que foram 13,8 e 13,0 N/cm², respectivamente. Para REF, não foi observada diferença em relação ao tratamento controle. A sinérese apresentou os menores valores para as amostras SR (9,8 %) e REF (10,3 %) no tratamento de 90 ºC. A viscosidade analisada a 160 s-1 e 75ºC apresentou para as amostras SR os menores valores a 60 ºC (233 mPa.s) e 90 ºC (175 mPa.s), sendo significativamente menores do que os tratamentos SOL e 40 ºC . Para as amostras REF, foi observado o menor valor para o tratamento 90 ºC (205 mPa.s), enquanto a 40 ºC obteve-se a maior viscosidade (310 mPa.s). A análise reológica de todas as amostras para os dois tipos de carragenana apresentaram comportamento de fluido pseudoplástico. Os ajustes realizados pelo modelo da Lei da Potência foram satisfatórios, com o índice de consistência variando negativamente com o aumento da temperatura de secagem para as amostras REF. Apesar de ter havido diferenças significativas, todos os tratamentos apresentaram valores dentro da faixa descrita pela literatura. Com base em todos os resultados obtidos, pode-se sugerir que a secagem em 60 ºC apresentou os melhores resultados para os dois tipos de carragenana. / Kappaphycus alvarezii is a seaweed which is the major source of carrageenan hydrocolloid, widely used in food and pharmaceutical industries as gelling agents, thickeners, stabilizers and emulsifiers. Brazil currently imports almost all raw material produced from Southeast Asia countries, despite its wide coastline proper to developing the farming. The drying process is one of the main problems of the supply chain in Brazil and, studies are necessary to improve it. The present study aimed to evaluate the effect of different drying temperatures on the properties of semi-refined (SR) and refined (REF) carrageenan extracted from Kappaphycus alvarezii cultivated in Brazil The drying kinetic was observed in the seaweeds under the follow treatments: sun-drying (control treatment) and at 40ºC, 60ºC and 90ºC in convective dryer, until reach the moisture content below of 30 % on wet basis (w.b.). Water sorption isotherms were obtained in different temperatures and relative humidity. Percentage of rehydration and the content of soluble solids loss after drying were also determined. Carrageenan syneresis, yield, gel strength and viscosity of the samples were evaluated as indicators of quality. As expected, results showed significant reduction in the drying times with the increasing of temperature. At 90 °C, the 30 % (w.b.) moisture content was reached in 100 min, while in the sun drying it was required 1,440 min. The rehydration ability was not affected by the drying temperature, showing an average of 72 % compared to the initial mass of the sample. Percentage of solids loss after rehydration was higher at 60 ºC (42.2 %) and 90 ºC (40.4 %), with smaller value for sun-dried seaweeds (21.6 %). Significant differences of drying temperature was observed in some carrageenan properties. SR yield showed no significant differences compared to control treatment, while REF had significantly high yield (29.8 %) at 90 °C. Gel strength of SR was significantly higher in sundried (16.8 N/cm²) and at 60 ºC (16.9 N/cm²) treatments than at 40 °C and 90 °C (13.8 and 13.0 N/cm², respectively). REF showed no significant difference when compared to control treatment. Lowest values of syneresis were observed in SR (9.8 %) and REF (10.3 %) after the treatment at 90 °C. The viscosity at 160 s-1 and 75 °C showed the lowest values for SR at 60 °C (233 mPa.s) and 90 ºC (175 mPa.s), being significantly lower in sun drying and at 40 ºC treatments. For REF, the lowest value was at 90 °C (205 mPa.s), while at 40 °C the highest viscosity (310 mPa.s) was observed. The rheological analysis of all samples for both types of carrageenan exhibited pseudoplastic fluid behavior. The adjustments made by the Power Law Model were satisfactory, with the consistency index varying inversely with the drying temperature increase in REF samples. Despite the significant differences, all treatments showed values in the range described in the literature. Based on all these results, it can be suggested that drying at 60 °C showed the best results for both types of carrageenan.
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Modulação da vasculogênese, angiogênese e de desenvolvimento tumoral por derivados de Sargassum stenophyllum (Phaeophyceae)

Dias, Paulo Fernando January 2005 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Farmacologia / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:00:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 212760.pdf: 3793665 bytes, checksum: 1d3548c82c1c667fb06eb82add689737 (MD5) / O tratamento in vivo em camundongos com ligantes do receptor periférico benzodiazepínico (PBR) exerceram efeito inibitório na resposta inflamatória em dois modelos de inflamação aguda. No primeiro modelo o efeito antiinflamatório em de pré-tratamento com os ligantes PBR, PK11195 1-(2-chlorophenyl)-N-methyl-N(1-methylpropyl)-3-isoquinoline carboxamide e Ro5-4864 7-chloro-5-(4-Chlorophenyl)-1,3-dihydro-1-methyl-2-H-1,4-benzodiazepin-2, mostraram que a formação do edema em resposta a carragenina (300 mg/pata) foi inibida por PK11195 e Ro5-4864, em diferentes intervalos de tempo. O estudo do tempo resposta mostrou que a melhor resposta com ambos ligantes foi ótima em animais injetados no tempo de 24h, por esta razão este tempo de pré-tratamento foi escolhido para estudo da dose resposta. A formação do edema de pata em resposta a carragenina (300 mg/pata) foi reduzida por PK11195 e Ro5-4864 em diferentes doses (0,00001-10mg/kg, i.p.) produzindo uma inibição dose dependente na formação do edema de pata em camundongos induzida pela carragenina. PK11195 e Ro5-4864 (0.1 mg/kg, i.p.) quando administrado 24 h antes da indução do edema, inibiram de forma significativa o edema de pata de camundongos induzido por vários mediadores inflamatórios. No segundo modelo o pré-tratamento com os ligantes (0.1 mg/kg, i.p.), 24 h antes da indução da pleurisia induzida pela carragenina, mostrou uma significante inibição no recrutamento das células totais e diferenciais, principalmente a custas de neutrófilos, inibindo também a liberação de Interleucina-13 (IL-13) e Interleucina-6 (IL-6) no líquido pleural

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