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Uma aposta na constituição de alguéns: relações entre educação escolar e formação moral à luz do pensamento de Hannah Arendt / A bet in the constitution of someones: relations between scholar education and moral constitution from Hannah Arendts perspectiveCalheiros, Alline dos Santos Ferreira 07 November 2016 (has links)
Com o objetivo de investigar as condições de possibilidade de a experiência escolar se comprometer com a formação moral de seus alunos, este trabalho retoma, em alguma medida, a pergunta socrática direcionada a Protágoras no diálogo platônico de mesmo nome: A virtude pode ser ensinada? A questão é abordada, sobretudo, à luz do pensamento de Hannah Arendt, sendo mobilizadas tanto suas considerações a respeito da educação quanto aquelas relativas à filosofia moral. Arendt apresenta-nos uma concepção de moralidade que não se baseia na relação com os outros, mas que depende, fundamentalmente, do relacionamento do homem consigo mesmo e da sua escolha em relação àqueles junto aos quais deseja viver. Ao refletir sobre o colapso moral que acometeu a Europa a partir da ascensão dos regimes totalitários, a autora conclui que a conduta moral não está associada à simples assimilação de padrões e regras objetivas de comportamento que direcionam a ação perante os outros. Tomando alguns escritos de Kant e a figura de Sócrates como suas principais inspirações, Arendt elabora um conceito de ética que vincula a conservação da integridade moral à manutenção da capacidade de falar consigo mesmo por meio da atividade do pensamento e de ser digno de conviver com aqueles a se quem escolhe como companhia o que pressupõe o exercício do juízo. Para a autora, então, a ética pode ser compreendida como uma questão individual, que se ancora nas faculdades do pensamento e do juízo consideradas por ela como prerrogativas de todo e qualquer ser humano. É a partir da disposição para pensar e julgar, portanto, que os indivíduos constituem-se como pessoas, alguéns ou personalidades morais. Sob tal perspectiva, uma educação que pretenda comprometer-se com a formação moral de seus alunos deve ultrapassar a mera assimilação e conformação às regras de conduta e aos valores e hábitos morais então vigentes sobre os quais, inclusive, já não se tem mais clareza e alimentar o exercício das atividades do pensamento e do juízo. Destarte, para refletir sobre tal possibilidade, recorre-se, prioritariamente, aos escritos de Masschelein e Simons, que tratam da forma escolar enquanto skolé, e ao pensamento de Oakeshott sobre educação, em especial suas concepções de linguagem e aprendizagem. Na intersecção das perspectivas desses autores com o pensamento arendtiano, propõe-se olhar para a escola como um lugar de experiências, ou seja, de encontros com os outros, com o mundo e com a pluralidade de olhares que existe sobre ele; onde podem ser oferecidos aos alunos um tempo e um espaço para experimentar, apropriar-se e criar vínculos com o mundo; e no qual os estudantes serão constantemente convidados a olhar para as coisas desse mundo e a falar sobre elas, seja com os outros ou consigo mesmos. A escola, assim, aparece como um espaço-tempo que possibilita a vivência de uma diversidade de experiências de caráter formativo, especialmente para a personalidade moral, uma vez que tal instituição parece se configurar como um dos poucos lugares onde ainda é possível compartilhar o mundo e atribuir a ele algum sentido comum. / This thesis analyses the conjunction of possibilities that may allow school experience to play an active role in moral education. In some extent, it reinstates the question Socrates asked Protagoras in the homonymous Platonic dialogue: Can virtue be taught? The question, here, is approached mainly through Hannah Arendts thought both on education and moral philosophy. Arendt presents a concept of morality not based on the relation between one person and the others, but fundamentally on the relation between one person and himself and on the choices regarding those this person wants to live with. Reflecting about the moral collapse that affected Europe with the ascension of the totalitarian regimes, the philosopher concludes that moral conduct is not associated to a simply assimilation of objective behavioral patterns and rules that guide actions towards others. Having some of Kants writings and the figure of Socrates as her main inspirations, Arendt constructs a concept of Ethics that binds the preservation of ones moral integrity to his sustained ability of inner dialogue and to the desire of being worthy to live with those one chose as company what presupposes the practice of judgment. So, according to Arendt, Ethics may be understood as an individual question, anchored on the faculties of thinking and judgement which she considers prerogatives of every human being. Therefore, it is through the disposition to think and judge that individuals become persons, someones or moral personalities. Finally, an education committed to the moral formation of students should overcome sheer assimilation and conformation of current behavioral rules, moral values and habits which are no longer clear and encourage thinking activities and judgment exercises. Our analysis also relies constantly on Masscheleins and Simonss writings especially their treatment of the school format as skolé and on Oakeshotts thoughts on education and on his concepts of language and learning. Intersecting these authors perspectives with the Arendts, we aim to look at the school as a place of experiences, i.e., of encounters with other people, and with the world and its plurality; a place where students are offered time and space to experiment with the world, to appropriate it and bond with it. The school is also a place where students will be constantly invited to connect with things from that world, to speak about them, with others and also with themselves. This way, the school is presented as a time-space providing diverse life character-building experiences, especially regarding morality, as that institution seems to be one of the few places where it is still possible to share the world and assign a common meaning to it.
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Politische Macht und politische Gewalt : Krieg, Gewaltfreiheit und Demokratie im Anschluß an Hannah Arendt und Carl von Clausewitz /Kulla, Ralf. January 2005 (has links) (PDF)
Univ., Diss.--Hannover, 2004.
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Por palavras e ações: há um mundo entre nós. Justiça, liberdade e comunhão: sentidos teológicos e políticos nos paradoxos da democracia em tempos de direitos humanosKathlen Luana de Oliveira 18 December 2013 (has links)
A compreensão dos rastros do movimento dos sentidos presente em discursos acerca de justiça, de liberdade e de comunhão/comunidade a partir de situações e lugares no contexto brasileiro contemporâneo, diante dos variados modos de violência, indaga pelas possibilidades do ser-juntos, da novidade. Como uma trama, analisar-se-ão as disputas semânticas que atravessam as reivindicações de direitos humanos, o pensamento teológico e estão associadas às conquistas democráticas. O pensamento arendtiano e as reflexões teológicas gestadas no contexto pós-colonial e de libertação serão os principais referenciais teóricos, apresentados na introdução, juntamente com aspectos metodológicos. No primeiro capítulo, os sentidos de justiça são analisados a partir das experiências de injustiça, em lugares de negação ao habitar a cidade, negação à memória dos desaparecidos políticos e de sociabilidades que, pelo medo e pelo descrédito das instituições públicas, realizam a justiça por linchamentos. Frente à pertinência da memória, das biografias e do habitar na cidade, analisar-se-ão as possibilidades da verdade factual, da verdade testemunhada, e as possibilidades do perdão como contestadores dos limites dos sentidos de justiça. No segundo capítulo, os sentidos de liberdade serão investigados a partir das experiências dos conflitos decorrentes do PNDH-3: as lutas de mulheres contra a criminalização do aborto, conflitos sobre liberdade religiosa, conflitos por liberdade de habitar o campo e a cidade, conflitos de liberdade de expressão e direito à memória. Devido aos sentidos construídos em proximidade e distinção, apresentar-se-á discursos sobre liberdade e sobre libertação, especificamente, na trajetória das teologias da libertação. Em diálogo, a perspectiva arendtiana é apresentada como contestadora da ideia de soberania, e como possibilidades de liberdade do estar-junto, num acontecimento de milagre. No terceiro capítulo, comunidade/comunhão serão discutidas a partir dos discursos de desconfianças e descréditos das institucionalidades e representações questionando a sacralidade de pertenças e a noção de soberania que fundamentam violências. A compreensão do estar-juntos é investigada como contrastante a consensos estipulados, à coesão social, à ideia de comunidade absoluta, fundante ou teleológica. Por isso, habitar o mundo, o ser-juntos, é refletido com paralelos com ao lugar de diáspora, exílio, objetivando o desvelamento de percepções de identidades e comunidades absolutas, apontando a pluralidade em sua própria constituição. E, partindo da presença exposta, em aparecimento, em encontros que não negam a conflituosidade, o significado de antropofagia tupinambá é acionado apontando a importância do obsceno, do riso, envolvendo uma transformação recíproca no ser-juntos. A antropofagia tupinambá, como forma de refletir sobre o ser-juntos, sobre comunidade, comunhão, almeja proposições de desconstrução de ideias de identidades absolutas e comunitarismo absoluto, em possibilidades de relações que criam e recriam-se. A conclusão apontará para uma teologia que se realiza por opção políticas, para a desglorificação da violência, para a dessacralização de instituições, para a crítica a naturalizações de pertenças, a crítica aos absolutismos comunitários e de indivíduos, contestando da noção de soberania e de privatizações, apontando possibilidades do perdão, da ação, do ser-juntos no horizonte do milagre, como acontecimento de novas relações. / The understanding of the traces of the movement of meanings in speeches on justice, freedom and communion/community from situations and places in contemporary Brazilian context, given the varied forms of violence, asks for the possibilities of being-together, of novelty. Like a woof, we analyze the semantic disputes that cross the claims from human rights, the theological thinking and that are associated with democratic achievements. Arendts thinking and theological reflections gestated in the postcolonial and freedom context are the main theoretical framework, presented in the introduction, along with methodological aspects. In the first chapter, the meanings of justice are analyzed from the experiences of injustice, in places of denial of inhabiting the city, denial for the memory of missing political people and of sociability that, by fear and distrust of public institutions, accomplishes justice by lynching. Before the importance of memory, biographies and the inhabiting in the city, we analyze the possibilities of factual truth, of witnessed truth, and the possibilities of forgiveness as protesters of the limits of the meanings of justice. In the second chapter, the meanings of freedom are investigated from the experiences of conflicts arising from the PNDH-3 [National Plan of Human Rights-3], the struggle of women against the criminalization of abortion, conflicts on religious freedom, for the freedom of inhabiting in the countryside and in the city; conflicts of freedom of expression and the right to memory. Due to the meanings built in proximity and distinction, we present speeches on freedom and liberation, specifically, in the path of liberation theologies. In dialogue, Arendts perspective is presented as a disruptive of the idea of sovereignty, and as possibilities of freedom of being-together, in an event of miracle. In the third chapter, communion/community is discussed from the speeches of distrust and discredit of institutionalities and representations questioning the sacredness of belonging and the notion of sovereignty that underlie/justify violence. The understanding of being-together is investigated as contrasting stipulated consensus, social cohesion, the idea of absolute theological or foundational community. Therefore, inhabiting the world, being-together, is understood in parallel with diaspora, exile, aiming at the unveiling of perceptions of identities and absolute communities, indicating the plurality of its own constitution. Starting from the exposed presence, in appearance, in meeting that do not deny the quarrelsome, the meaning of tupinambá anthropophagy is added, showing the importance of obscene, of laughing, involving a reciprocal transformation in being-together. The tupinambá anthropophagy, as a way of thinking on being-together, on community/communion, aims propositions of deconstructing the ideas of absolute identities and communitarianism, in possibilities of relations that creates and recreates themselves. The conclusion points to a theology that fulfills itself through political options, for the unglorification of violence, for the desacralization of institutions, for the critic to natural belongings, the communitarian and individual absolutism, questioning the notion of sovereignty and privatization, indicating possibilities of forgiveness, of action, of being-together in the horizon of miracle, as an event of new relationships.
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Perspectivas de uma política da convivência em Hannah Arendt : os direitos humanos como possibilidade de intersecção político-teológica problematizados pelo pensamento de Hannah ArendtKathlen Luana de Oliveira 27 March 2009 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Uma abordagem política dos direitos humanos na intersecção com a teologia, no resgate da gênese dos direitos humanos enquanto construção histórica, no confronto com a violência e na perspectiva de uma política da convivência, a partir do pensamento de Hannah Arendt. A primeira parte situa a teologia no debate político acerca dos direitos humanos, sem fundamentá-los teologicamente, centralizando, desse modo, sua densidade política. Evidencia limites e potencialidades da intersecção entre teologia e política, a partir da compreensão de teologia enquanto saber transfigurado pelo amor e enquanto teologia patética. Estabelece um diálogo entre a percepção política de Jürgen Moltmann e a análise da tradição teológica de Hannah Arendt. A segunda parte aborda os direitos humanos como construção histórica no âmbito de uma comunidade política e reitera que os direitos humanos não provêm da essencialização da dignidade ou da igualdade humana. São apresentadas as origens dos direitos humanos e as diferenças em sua positivação na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América e na Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, evidenciando que nem todas as pessoas eram reconhecidas como iguais e detentoras de direitos. Os direitos humanos integram o espaço público e reivindicam liberdade e emancipação contra a opressão e a violência, desde que garantidos e protegidos por uma comunidade política. A terceira parte atesta que a violência invade o espaço público, revelando a inexiqüibilidade dos direitos humanos. A violência do século XX impossibilitou o direito a ter direitos, o direito de se pertencer a uma comunidade política, o direito de construir um lar. A compreensão de violência associada à política reduz o poder a relações de dominação e de medo, destruindo a pluralidade humana, impossibilitando a ação em concerto. A quarta parte aponta os direitos humanos como referenciais imprescindíveis para o estabelecimento de um mundo comum, pautado na convivência e caracterizado pela valorização e pelo reconhecimento da pluralidade humana, ressaltando a importância do poder de perdoar, de prometer e a possibilidade de começar. Apesar da destruição do mundo comum, no qual prevalecem os consumidores, a violência, o vazio reflexivo, há possibilidades de novos inícios. A esperança provém da natalidade, da relação entre as pessoas singulares e da possibilidade de resistência que encoraja à ação. Em meio à destruição de tudo o que há entre as pessoas, os direitos humanos carregam possibilidades de convivência, iniciando movimentos de resistência. Nesse processo de construção, os direitos humanos revelam que o pertencer ao mundo precisa ser resgatado, primeiro, enquanto senso comum, e, em segundo lugar, pertencer ao mundo é o direito de torná-lo um lar, e não um deserto. Por isso, os direitos humanos possuem possibilidades de promover a convivência, contrariando as condições da política atual. / This research is a political approach to human rights in intersection with theology, in the rescue of the genesis of human rights as a historical construction, in the confrontation with violence and in the political perspective of living together, based on Hannah Arendt's thought. The first part places theology in the political debate concerning human rights, without basing them on the theological thought, centralizing, thus, the political density of human rights. It evidences limits and potentialities of the intersection between theology and politics, based on the understanding of theology as "wisdom transfigured by love" and as "pathetic theology". It establishes a dialogue between Jürgen Moltmann's political perception and Hannah Arendts analysis of the theological tradition. The second part approaches human rights as a historical construction in the sphere of a political community and reiterates the fact that human rights do not come from the naturalization of dignity or of human equality. The origins of human rights and the differences are presented in its positivist period exposed in the Declaration of Independence of the United States of America and in the Declaration of Rights of Man and Citizen, evidencing that not all people were recognized as equals and holders of rights. Human rights integrate the public space and demand freedom and emancipation against oppression and violence, as long as they are guaranteed and protected by a political community. The third part attests that violence invades the public sphere, revealing the unfeasibility of human rights. The violence of the twentieth century disabled the right of having rights, the right of belonging to a political community, the right of building a home. The understanding of violence, associated with politics reduces the power to relationships of dominance and relationships based on fear, destroying human plurality, disabling the action in concert. The fourth part points towards human rights as indispensable references for the establishment of a common world, ruled by living together and characterized by the valorization and the recognition of human plurality, emphasizing the importance of the power of forgiving, of promising and the possibility to begin. In spite of the destruction of the common world, in which consumers, violence, and reflexive emptiness prevail, there are possibilities of new beginnings. The hope comes from the birth rate, from the relationship among singular people and from the possibility of resistance which encourages action. Amid the destruction of everything that exists among people, human rights carry possibilities of living together and begin movements of resistance. Through this construction process, human rights reveal that the idea of belonging to the world needs to be rescued, firstly, as common sense, and, secondly, human rights reveal that belonging to the world is the right of turning it a home, not a desert. Therefore, the human rights possess possibilities to promote the living together, contradicting the conditions of the current politics.
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[en] FREEDOM AND POLITICAL ACTION AT THE THOUGHT OF HANNAH ARENDT / [pt] A LIBERDADE E AÇÃO POLÍTICA NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDTDANIELLA ALVAREZ PRADO 13 July 2015 (has links)
[pt] O presente trabalho tem como objetivo analisar a liberdade e a ação política no pensamento de Hannah Arendt, adotando como ponto principal a sua obra A condição humana. Analisa-se as condições humanas do trabalho, obra e ação, buscando, assim, compreender o papel da liberdade política na contemporaneidade diante da emancipação do trabalho e da vitória do animal laborans. / [en] The present work aims to analyze freedom and political action at the thought of Hannah Arendt, mainly by adopting The human condition as central reference. We analyze the humans conditions of labor, work and action, seeking thereby to understand the sense of political freedom in the contemporary face of emancipation of labor and the hegemony of animal laborans.
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Autoridade docente: pensamento, responsabilidade e reconhecimento / Teacher\'s authority: reflection, responsibility and recognitionTânia Gonçalves 13 June 2012 (has links)
Esta tese, com base na obra de Hannah Arendt e de José Mario Pires Azanha, procura refletir e trazer contribuições para o entendimento da condição docente na cultura do mundo contemporâneo. A complexidade e a importância da autoridade no âmbito da docência na educação básica foram compreendidas a partir do recorte da condição do professor no contexto político e social Esse recorte foi realizado a partir do entendimento de que a autoridade do professor não está pautada em disposição ou características psicológicas, mas nas possibilidades sociais e políticas dos professores assumirem a responsabilidade pelo mundo a partir da educação das crianças. Nesse sentido, entendemos que autoridade docente como responsabilidade pelo mundo não é um empreendimento individual, mas um constante exercício no contexto de cada escola. Com essa premissa, buscamos entender as dificuldades e os limites para a autoridade docente na cultura contemporânea e, em especial, no contexto brasileiro. Dessa forma, empreendemos um breve estudo sobre a trajetória do conceito de autoridade desde o seu emprego original entre os romanos até as condições de emprego deste conceito a partir da era moderna. Também, no sentido de subsidiar essa reflexão, apoiados na obra de Hannah Arendt, buscamos apontar algumas características do homem moderno e as suas dificuldades com o mundo comum pela elevação da razão instrumental como forma de organizar e explorar o mundo, ao mesmo tempo em que o mundo é esvaziado da pluralidade humana. No contexto brasileiro, com o apoio do pensamento do Professor José Mário Pires Azanha, buscamos delinear os ritmos das políticas públicas de educação e como elas se enquadram nos encaminhamentos da organização da vida tendo como base os pressupostos herdados da era moderna. Procuramos, ainda, identificar como as políticas públicas de educação têm historicamente afetado o entendimento do oficio docente, da autoridade dos professores e a autonomia da escola. / This thesis, based on the work of Hannah Arendt and José Mário Pires Azanha, seeks to reflect upon and bring contributions to the understanding of the position teachers occupy in contemporary world\'s culture. The complexity and importance of authority in basic education teaching have been observed from the point of view of the condition of teachers in political and social contexts. This bias was justified by the understanding that the teachers\' authority is not based on inclination or psychological characteristics, but on social and political opportunities for teachers to take responsibility for the world starting from children\'s education. Accordingly, we believe that the exercise of teachers\' authority as responsibility for the world is not an individual enterprise, but a constant exercise in the context of each school. With this premise in mind, we have studied the difficulties and limitations in the exercise of teachers\' authority in contemporary culture and especially in the Brazilian context. Thus, we have undertaken a brief study of the concept of authority throughout history from the time of its original use among the Romans to the use of this concept as from the beginning of the Modern Era. Also, as an aid to this reflection, with the support of Hannah Arendt\'s work, we point out some characteristics of modern human beings and their difficulties in the ordinary world because of the rise of instrumental reason as a way to organize, explore and exploit the world while at the same time the world is being emptied of human plurality. In the Brazilian context, based on Professor José Mário Pires Azanha\'s thought, we outline the rhythms of public education policies and how they influence the way teachers organize their lives based on assumptions inherited from the Modern Era. We have also sought to identify how public policies for education have affected the understanding of the teaching profession, of teachers\' authority and school autonomy.
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O espaÃo pÃblico e a aÃÃo polÃtica no pensamento de Hannah Arend / The public space and political action at the thought of Hannah ArendHalanne Fontenele Barros 12 July 2016 (has links)
nÃo hà / Conceituar a noÃÃo de espaÃo pÃblico, perceber a aÃÃo como atividade essencial a criaÃÃo deste espaÃo, bem como investigar a natureza da aÃÃo que constrÃi e constitui o domÃnio da polÃtica, à justamente com Hannah Arendt, romper com as principais correntes da tradiÃÃo de pensamento polÃtico, que por diversas vezes tem apresentado a aÃÃo e o espaÃo pÃblico como algo instrumentalizado e, assim, buscar compreender se ainda à possÃvel pensar a polÃtica como atividade que faz surgir a liberdade entre os homens, principalmente apÃs a chegada dos eventos polÃticos tÃo marcantes do sÃculo XX. Com a ajuda de Arendt, buscaremos pensar a polÃtica como a prÃpria expressÃo da liberdade humana, que surgindo na esfera da aparÃncia e do mundo comum, possibilita aos homens uma vida livre, capaz de transcender a mera necessidade a que todo homem està submetido. Baseando-se na obra polÃtica de Hannah Arendt, buscaremos pensar a polÃtica como a atividade que surge da interaÃÃo de uma pluralidade de homens, que ao agir e falar conjuntamente transforma o espaÃo pÃblico em um espaÃo potencial da novidade. A dissertaÃÃo està estruturada em trÃs capÃtulos. No primeiro abordaremos alguns aspectos metodolÃgicos presentes no pensamento de Arendt em relaÃÃo à construÃÃo da categoria esfera pÃblica; no segundo, relacionamos a inerÃncia entre esfera pÃblica e mundo comum e, por Ãltimo, a ligaÃÃo entre esfera pÃblica e a categoria de aÃÃo na autora.
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Pensar sem apoios: Hannah Arendt e a vida do espírito como política do pensar / Thinking without bannisters: Hannah Arendt and the life of the mind as a politics of thinkingAdriana Carvalho Novaes 26 April 2017 (has links)
Esta tese tem como objetivo mostrar que as atividades do espírito às quais Hannah Arendt se dedicou nos últimos anos de vida foram elaboradas ao longo de toda a sua obra. Para isso, as apropriações do pensamento de Immanuel Kant foram decisivas, assim como a crítica às reduções identificadas na interpretação das experiências da história principalmente pelo pensamento moderno. O método de Arendt é destacado e consiste na identificação da origem e interpretação das experiências que geraram significados e como esses significados foram transformados pelo distanciamento das origens ou pela escolha de uma abordagem limitada de negação do caráter contingente dos assuntos humanos. A história da maneira pela qual princípios da filosofia foram tomados e o reexame desses sentidos atribuídos à experiência dirigem os esforços de Arendt para a elaboração de uma política do pensar, fundamentada na defesa da espontaneidade e da resistência que a ação exige de nossas faculdades no contexto violento do século XX, cenário este que contaminou a compreensão da política pela experiência inédita do mal do totalitarismo. A partir da crítica à funcionalização, às falácias metafísicas e aos conceitos totalizantes e personalizados, Arendt combate a negação da filosofia e busca conciliar pensamento e ação pela redefinição das atividades do espírito e pela defesa da contingência e da imprevisibilidade da história. Assim, as atividades do espírito o pensamento, a vontade e o juízo ganham estatuto ontológico, pois afirmados como transcendentes e constitutivos do modo pelo qual o ser humano estabelece e compartilha sua existência e as atribuições de significado. A afirmação da vida do espírito por Arendt se dá como um pensar sem apoios, o que significa a compreensão da filosofia como interpretação da realidade que não se deixa determinar por quaisquer explicações universalizantes sejam advindas da natureza, de teorias ou ideologias. A filosofia de Arendt é um pensar sem apoios na afirmação da insegurança do pensamento filosófico como uma política do pensar. / This thesis aims to demonstrate that the activities of the mind, to which Hannah Arendt dedicated herself in the last years of her life, were indeed elaborated throughout her work. To this end, the appropriations of Immanuel Kant\'s thinking were decisive, so was her criticism to the reductionism employed by modern thought in the interpretation of historical experiences. Arendt\'s method highlighted herein is two-fold. On the one hand, it identifies the origin and interpretation of experiences that have generated meanings. On the other, it shows how distancing from origins has transformed such meanings as well as how the limited approach imposed by the denial of the fact that human affairs are intrinsically contingent. The history of the way in which principles of philosophy were treated, and the reexamination of these meanings attributed to experience, guide Arendt\'s efforts through the elaboration of a politics of thinking, which is based on the defense of spontaneity and resistance. The violent context of the twentieth century, the unprecedented experience of evil brought out by totalitarianism, required the redefinition of the activities of our mind. From critique to functionalization and to totalizing and personalized concepts, Arendt fights the denial of philosophy and seeks to reconcile thought and action by redefining the activities of the mind and by defending the contingency and the unpredictability of history. Therefore, the activities of the mind thinking, willing and judging gain ontological status as affirmed as constitutive of the way in which individuals establish and share their existence and attributions of meaning. The assertion of the life of the mind by Arendt is given as thinking without bannisters, which means understanding philosophy as an interpretation of reality that is not left to be determined by any universalizing explanations, either by nature, by theory or ideology. Thus, she asserts the thinking without bannisters: the insecurity of philosophical thought as a politics of thinking.
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Poder, violência e mentira à luz do pensamento político de Hannah Arendt / Hannah Arendt´s political thinking on the concepts of power, violence and lieMion Neto, Octacilio 20 September 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-09-20 / This paper objective is to demonstrate the influence of the Hannah Arendt s German political-theoretical thinking around power and on the set of human and social relation that take place relative to political affairs to which we are intrinsically connected. These sets are based on the philosophical, violence and falsehood template generating disastrous consequences to the republic, since the author suffered the distressing experience of totalitarianism and went through rough times thinking of the idea of political domination, what matured her thoughts, making her have a second look at the political notions as conflict, and of political as consensus. Going through the thoughts of authors appraised by her, such as Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Karl Marx and Immanuel Kant, thus being important knowledge source for the political thoughts as edification, and in this since establishing a new tradition that brings in power dissimilar from violence. Also being the spokesperson in her time in view of the fact that connects it to the existence and creation of thoughts and ideas on the theme, particularly due to her private, historical experience. Arendt turns her biography into a synopsis on political affairs through writings of philosophical coinages, political philosophy and writings that reached the understanding on ethics that give us the idea that political affairs can be considered as right and communication / O objetivo do presente trabalho foi demonstrar a influência do pensamento da político-teórica alemã Hannah Arendt sobre os meandros do poder e sobre os conjuntos de relações humanas e sociais que se dão com relação à política, e aos quais estamos intrinsecamente ligados, e que se baseiam nas matrizes filosóficas da violência e da mentira, gerando conseqüências desastrosas para a República, uma vez que a autora passou pela experiência assombrosa do totalitarismo e sofreu agruras com a idéia de dominação política, o que amadureceu seu pensamento, fazendo com que acabasse vislumbrando de maneira diferenciada as noções de política como conflito, e de política como consenso, passando pelo pensamento de autores que ela abordou como Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Karl Marx e Immanuel Kant, sendo, portanto, importante fonte de conhecimento para o ideário da política como construção, inaugurando uma nova tradição que apresenta o poder como diferente da violência, sendo ainda, porta-voz do seu tempo, uma vez que faz uma conexão entre a existência e a criação de pensamentos e idéias acerca do tema, especialmente em virtude da sua experiência histórica particular. Arendt faz da sua bibliografia um compêndio sobre política, através de obras de cunho filosófico, obras sobre filosofia política e obras que alcançam o entendimento sobre ética, que nos dão a idéia de que a política pode ser considerada como direito e comunicação
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HAIT-News / Hannah-Arendt-Institut für Totalitarismusforschung e. V. an der TU Dresden10 August 2021 (has links)
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