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Da Agenda ambiental à Vigilância Ambiental: um percurso histórico e biopolítico / From the Environmental Agenda to Environmental Surveillance: a historical and biopolitical pathRodrigo Romão 21 February 2019 (has links)
A presente tese se propõe a traçar uma genealogia da Vigilância Ambiental no Brasil. Partindo de um conjunto de chaves interpretativas da obra do filósofo Michel Foucault, congregamos um amplo leque de fontes documentais para compreender os primeiros sinais de uma incipiente medicina preventiva e sua agenda eminentemente ambiental, ainda em um Brasil pré-imperial, e observamos suas transformações em paridade com o desenvolvimento de nossa sociedade - buscando aí encontrar o mote biopolítico, dado que a construção da nação exigia medidas sanitárias que garantissem a saúde da população, ainda que não necessariamente por questões humanitárias. Acompanhamos a transição da agenda ambiental na saúde pública, que leva em conta os impactos do meio ambiente na existência humana para o movimento reverso, quando nos damos conta de que a humanidade está provocando danos possivelmente irreversíveis ao planeta - e como essa nova fase tem afetado nossa saúde. De maneira crítica e reflexiva, discutimos a formação e a dimensão biopolítica da Vigilância Ambiental na atualidade, dispondo de maiores e melhores recursos tecnológicos, mas atuando em uma governamentalidade neoliberal de redução de direitos - que afetam, inclusive, o direito à saúde. / This thesis aims to trace the genealogy of Enviromental Surveillance in Brazil. From the standpoint a set of interpretative concepts of the philosopher Michel Foucault, we convey a vast array of documental sources to comprehend the first signs of an incipient preventive care and its respectable environmental agenda, still in a pre-imperial Brazil, and we observe its transformations parallel to the development of our society - aiming to find the biopolitical mote, given that the creation of the nation required sanitation methods that could guarantee the health of the population, even though not by strictly humanitarian reasons. We follow the transtition of the environmental agenda in our public health, which takes into consideration the impact of the environment in the human existence to the reverse movement, when we come to the realization that humanity has been causing possibly irreversible damage to the environment - and due to this also affecting our health. In a critic and self-reflecting way, we discuss the formation and the dimension of biopolitics of the Enviromental Surveillance in current day society, having access to a vast array of newer and better technological resources, but acting in a neoliberal governmentality of deprivation of rights, that also affect the right to health.
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Nomadismo e sociedade de controle : estudos sobre sobre os "malucos" em uma tese partida ao meioGiordani, Tiago Melgarejo do Amaral January 2016 (has links)
Esta tese propõe uma experiência de escrita a partir do percurso do pesquisador atravessado pelo encontro com os Malucos de BR. Tal experiência baseia-se nas discussões realizadas por Deleuze e Guattari sobre literatura menor. Nesse sentido, experimenta-se a produção de um romance permeado pela influência dos estilos de Kafka e de Dostoievski, na tentativa de trazer para o espaço de produção acadêmica a potência em termos de agenciamento e devir-outro possibilitado pela escrita literária. Utiliza-se da literatura, da música, de filmes e da produção acadêmica para constituir o desenho de seu mapa no acompanhar os malucos. O texto-tese nasce cindido em metades, como no romance O visconde, partido ao meio, de Ítalo Calvino. Uma das grandes metades seria composta pelo escrito de cartas e novelas, e a outra metade, pelo que se chama de romance. Escreve-se sob a inspiração da estrutura textual dos trabalhos de Kafka: cartas, novelas e romances. Inicia-se com as cartas, que funcionam como um fora-texto, um explicativo que não compõe o texto principal, mas é reunido ao seu lado, como uma legenda; após as cartas, o leitor vai encontrar o que se chama de novelas. Nelas, os textos estão com ares de acabados; é possível ver início, meio e fim. Também são os textos mais acadêmicos e duros. A última parte é a experimentação mais potente, no sentido de se permitir fazer uma escrita de um romance. Como um sempre inacabado. Nele, encontra-se o percurso de um personagem conceitual, o corpo, que opera polifonicamente, de modo singular, convocando um agenciamento coletivo. Investe em uma escrita polifônica, feita por diversos atores que se agenciam a personagens de histórias literárias, conduzindo-os a novas vidas. Toma-se a experiência da escrita do romance como um ponto de chegada, mesmo que inacabado, mas um ponto onde se faz necessário um corte na rede rizomática pela qual se anda. / This thesis proposes a writing experience from the researcher’s trajectory in its intersection with ‘Malucos de BR’. Such experience was founded on discussions about minor literature carried out by Deleuze and Guattari. In this sense, the production of a novel was experienced, influenced by Kafka and Dostoyevsky’s styles, in an attempt to bring to the setting of academic production the potency in terms of both agency and becoming-other enabled by literary writing. Literature, music, movies and academic production were used to draw a map along the path with ‘malucos’. The thesis-text was born divided in halves, like the novel The Viscount, by Italo Calvino. One of the big halves comprises letters and short stories, and the other consists of what has been called a novel. Writing was inspired by the textual framework of Kafka’s works: letters, short stories and novels. At the beginning, the letters function as an outside text, an explanation that is not part of the main text, but it is positioned on its side, as a subtitle; following the letters, the reader finds what has been called short stories. The texts have a finished look; it is possible to notice its beginning, middle and end. These are the most academic and hardest texts. The last part is the most potent experimentation, in the sense of allowing oneself to write a novel. Like something always unfinished. The trajectory of a conceptual character is found in it - the body, which operates polyphonically, in a singular way, calling for collective agency. It invests in a polyphonic writing performed by several authors in agency with characters from literary stories, thus leading them to new lives. The experience of writing a novel is taken as a point of arrival; despite being unfinished, it is a point in which it is necessary to cut the rhizomatic network on which one has roamed.
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Reinserções, inserções e deserções: cartografia do dispositivo \"reinserção social\" para adolescentes com histórico do uso abusivo de álcool e outras drogas / Reinsertions, insertions and desertions: cartography of the device \"social reintegration\" for adolescents with a history of abusive use of alcohol and other drugsFrei, Altieres Edemar 11 February 2019 (has links)
Esta tese-pão é escrita sob a metodologia da cartografia, com cascas de discussão teórica e miolo de narrativas em campo e dessa forma, deixa convergir e transpassar impressões, afetos e vivências sobre a ideia da reinserção social alçada à categoria de dispositivo (tal qual ocorre com o dispositivo das drogas na atualidade), à luz de autores que permitem pensar as questões de saúde coletiva pelo prisma das política de subjetivação, e à luz de uma vivência na pele enquanto trabalhador. Persegue algumas de suas possíveis linhas traçadas pelas políticas públicas vigentes, pelas diferentes adolescências nas diferentes classes sociais, com suas diferentes inserções sociais, pela disputa biopolítica que causa segregações transeuntes, privilégios de circulações ou operações urbanas de triagem de estratos sociais por conta de suas características de poderio econômico e cor-de-pele. Passa pelos diagramas da droga enquanto dispositivo e pela função da Guerra às Drogas na cristalização dessas formas de vida. Presta certo tributo à literatura menor e às narrativas de si, enquanto uma trincheira na disputa por territórioslinguagens. Todo território é psíquico. / This bread-thesis is written under the methodology of cartography, with theoretical discussions and the core of narratives in the field, and thus, it allows us to converge and transgress impressions, affections and experiences on the idea of social reinsertion, elevated to the category of device (as such occurs with the device of drugs in the present time), in the light of authors that allow to think about collective health issues through the prism of the politics of subjectivation, and in the light of an experience in the skin as a worker. It pursues some of its possible lines drawn by the current Public Policies, by the different teens in the different social classes, with their different social insertions, by the biopolitical dispute that causes passerby segregations, privileges of circulations or urban operations of sorting of social strata by its characteristics of economic power and color of skin. It goes through the diagrams of the drug as a device and the function of the War on Drugs in the crystallization of these forms of life. It pays a certain tribute to the minor literature and to the narratives of itself, as a trench in the dispute for territories-languages. All territory is psychic.
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A biopolítica no contexto da microjustiça de medicamentos no Estado do Rio de Janeiro: a potência da vida para uma ética de cuidadoMayernyik, Marcelo de Almeida 12 September 2017 (has links)
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TESE_MARCELO.MAYERNYIK_VERSÃO.FINAL.pdf: 2684171 bytes, checksum: 0f58c64a11267f042717eaad623a6249 (MD5) / A judicialização da política de medicamentos oncológicos de alto custo, fruto da complexidade da vida e das relações humanas, suscita questões de ordem econômica, social e política, que efluem de uma cadeia de eventos que envolvem o cidadão, o sistema de saúde e o sistema de justiça, no contexto da microjustiça de medicamentos oncológicos de alto custo, que, por sua vez, perpassa todas as etapas sucessórias de um contencioso, ou seja, desde o início do conflito, o manejo, até o seu desfecho, mobilizando diversos protagonistas que agem e deliberam, em uma dinâmica consecutiva de decisões que impactam diretamente e determinam o cuidado produzido com o cidadão-vulnerado. Neste sentido, tornou-se relevante a operacionalização de uma pesquisa que procurasse desvelar, compreender e contrastar as distintas percepções, sentidos, argumentos e modos de agir, dos diversos protagonistas envolvidos nesses litígios, bem como as suas intencionalidades e contribuições para a defesa da vida e para a promoção de um cuidado resolutivo em saúde. O objetivo geral deste estudo foi investigar a ideia de cuidado estabelecido com o cidadão-vulnerado, na perspectiva dos representantes do Judiciário e do Executivo, à luz da biopolítica, para compreender a dinâmica entre a política da vida e a política sobre a vida, e, entre a biopotência e o biopoder, que se expressam na microjustiça de medicamentos. Os participantes dessa pesquisa são profissionais, do sistema de justiça ou do sistema de saúde, envolvidos, direta ou indiretamente, nos cinco processos-casos selecionados entre os anos 2012 e 2014, julgados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cujo pleito era medicamentos oncológicos de alto custo. A operacionalização desta investigação contou com três etapas distintas e sucessivas: a exploração inicial dos argumentos processuais, categorizando as partes de acordo com a afinidade argumentativa, através da dialética, para a elaboração e personalização do roteiro de entrevista; o trabalho de campo, com a aplicação do roteiro para entrevista semiestruturada junto aos participantes; e, a apresentação dos resultados, análise e discussão, que integra, metodologicamente, a dialética, a análise da retórica, o fluxograma descritor e a abordagem qualitativa em profundidade. De acordo com os resultados, observa-se a adoção de distintos parâmetros éticos, contrários ou complementares, tais como os parâmetros de uma ética biomédica, centrada na medicalização; uma ética de mercado, centrada na mercantilização da doença ou da vida; uma ética utilitarista, centrada na maximização do bem-estar comum; ou, propriamente, uma ética de cuidado, centrada na defesa da vida e do direito à saúde; os quais fundamentam a argumentação e orientam o agir deliberativo dos protagonistas envolvidos, podendo promover a potência da vida pelo exercício de uma política em defesa da vida, quando o cuidado produzido é reconhecidamente resolutivo, expressando um compromisso ético com a vida qualificada; ou, podendo promover a potência de morte pelo exercício de uma política sobre a vida, quando, em defesa de interesses avessos a um cuidado singular, os atos resultam em uma assistência insatisfatória e ineficiente ou, na pior das hipóteses, resultam em desassistência, acelerando ou contribuindo para a finitude da vida. Deste modo, conclui-se que todo cuidado é ético, pois toda a ação dos envolvidos, comprometidos com o cuidado, é orientada por parâmetros éticos, mas nem todo cuidado é reconhecido como ético, pois pode resultar na satisfação de interesses divergentes aos propostos nos pactos de cuidados estabelecidos entre os profissionais e o cidadão.
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Da literatura distópica à dispersão dos enunciados do presente: uma análise discursiva dos mecanismos de poder no controle da sociedade / From dystopic literature to the dispersion of the statements of the presente: a discursive analysis of the mechanisms of power in the control of societyOliveira, Rafael Camargo de 08 February 2018 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-03-19T11:46:48Z
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Previous issue date: 2018-02-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study aims to analyze the functioning of power technologies used to control the bodies of
individuals and populations. In order to do so, it was necessary to articulate discourse, power and
knowledge through discourse analysis, with emphasis on the theoretical assumptions of Michel
Foucault. This work is about an analysis of the power tecnologies used to control the population
and the body of individuals. To do this, it was necessary to articulate discourse, power and
knowledge through discourse analysis, with emphasis on the theoretical assumptions of Michel
Foucault. Our route also includes the approximations and displacements of a sovereign power to
the disciplinary power, present in the eighteenth century, to biopower, which is found in the late
nineteenth and early twentieth century. For the analysis we use the works Brave New World, by
Aldous Huxley; 1984, by George Orwell; and We by Evgueny Zamiatin together with various
present-day statements so that we can draw a parallel between the practices present in the works
and those experienced today in our daily lives. The problematization of the forms of power in
analysis passes through the relation of biopolitics with neoliberalism, sovereign right and the
excesses of biopower; for a discussion of the notion of state racism, of resistance, when considering
Foucault's dialogues with Hannah Arendt and the concept of biopolitics in Agamben and the
devices of language, family, security, sexuality, and happiness. / Este estudo tem como objetivo fazer uma análise do funcionamento das tecnologias do poder
utilizadas no controle dos corpos dos indivíduos e das populações. Para tanto, fez-se
necessário uma articulação entre discurso, poder e saber, por meio da análise do discurso,
com ênfase nos pressupostos teóricos de Michel Foucault. Nosso percurso compreende ainda
as aproximações e deslocamentos de um poder soberano ao poder disciplinar, presente no
século XVIII, ao biopoder, que se encontra no final do século XIX e início do século XX. Para
as análises utilizamos as obras Admirável mundo novo, de Aldous Huxley; 1984, de GeorgeOrwell; e Nós, de Evgueny Zamiatin em conjunto com diversos enunciados da atualidade para
que possamos fazer um paralelo entre as práticas presentes nas obras e as vividas hoje em
nosso cotidiano. A problematização das formas de poder na análise passa pela relação da
biopolítica com o neoliberalismo, pelo direito soberano e os excessos do biopoder; para uma
discussão acerca da noção de racismo de Estado, das resistências, quando considerados os
diálogos de Foucault com Hannah Arendt e o conceito de biopolítica em Agamben e os
dispositivos da língua, da família, de segurança, de sexualidade e de felicidade.
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A invenção de uma epidemia: AIDS, Direitos Humanos e os grupos mais atingidos / The invention of an epidemic: AIDS, human rights and the most affected groupsOséias Cerqueira dos Santos 04 March 2015 (has links)
Este trabalho se compõe a partir de etnografia documental e estudo social-epidemiológico voltado à compreensão dos processos sociais, jurídicos e históricos que permeiam as infecções pelo HIV entre os grupos mais atingidos, Para tanto, buscou-se a análise, intepretação e problematização de dados oficiais, tendo como principal clivagem a operacionalização de viriáveis estatísticas como forma de identificação daqueles que são mais vulneráveis à epidemia. Além disso, o trabalho tenta visibilizar os processos históricos de luta por direitos humanos e visibilidade dentro do contexto da epidemia de AIDS e suas consequências para o campo da Saúde Pública. / This work is composed from documentary ethnography and socialepidemiological study aimed at understanding the social, legal and historical processes that permeate HIV infections among the groups most affected. Therefore, we sought to analysis, intepretação and questioning the \"official\" data through the operation of viriáveis statistics as a way to identify those that are more \"vulnerable\" to the epidemic of viriáveis statistics as a way to identify those that are more \"vulnerable\" to the aids epidemic. In addition, the work attempts to make visible the historical processes of struggle for human rights and visibility within the context of the AIDS epidemic and its consequences for the field of Public Health.
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Quando o monstro convoca a resistência biopolítica: estratégias comunicativas na arte e na vida / When the monster summons biopolitical resistance: communicative strategies in art and lifeSouza, Virgínia Laís de 27 November 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-12-13T09:10:38Z
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Previous issue date: 2017-11-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The subject of this thesis is the monstrous body. This topic has been addressed by authors such as Jean-Jacques Courtine (2013; 2008), who explored the difficulties faced by human beings coping with (so-called) abnormal body types. However, the main goal of the present work is to analyse how a monstrous body can lead the individual to other forms of existence, over and above the stigmas that frequently paralyse the self. Based on the discussions taken up by Antonio Negri (2007, 2003) and Barbara Szaniecki (2014), the monster and the singular characteristics of monstrosity can be viewed as triggers for political and communicational processes and not merely as physical bodies which are socially excluded. In this sense, the monstrous body can be seen as a corpusmedia constituted from its co-evolutionary relations with the environment. The main hypothesis of this thesis is that artistic creations have contributed at a fundamental level to recent changes in our understanding of the monstrous body, undercutting recurrent interpretations that placed monstrous bodies solely within the scope of the exotic and led to their consistent marginalisation as an object of study. It is not merely a question of integrating a stigmatised body into society, but of analysing the power of art to reveal alternatives to our preconceptions of how to look at and represent a body that has been excluded from society. The empirical corpus of this research is derived through dance and theatrical presentations performed mainly in the 2000s, whose performers ranged from backgrounds as immigrants, foreigners and individuals of African descent to artists with physical disabilities. Among these presentations are included works by choreographers such as Jérôme Bel, Claire Cunningham, Faustin Linyekula and the theatre companies Theater Hora and Back to Back. The relevance of this thesis lies in demonstrating how these bodies can subvert stereotypes which have been rooted for centuries in social discourse and media. This work also seeks to highlight the construction of discursive practices that recognise monstrosity when compared to normal standards but which are not confined to pre-conceived interpretations, leading to new patterns of subjective analysis / O tema desta tese é o corpo monstruoso. Ele tem sido estudado por autores, como Jean-Jacques Courtine (2013; 2008), que explicitam a dificuldade em lidar com este tipo de alteridade. No entanto, o objetivo principal da pesquisa é analisar como o corpo monstruoso pode ser acionador de outros modos de vida, para além dos estigmas que o paralisam. Ao partir da discussão proposta por Antonio Negri (2007; 2003) e Barbara Szaniecki (2014), o monstro e as singularidades monstruosas são considerados acionadores de processos comunicacionais e políticos e não apenas excluídos da sociedade. Neste sentido, considera-se o corpo monstruoso como um corpomídia constituído a partir de relações co-evolutivas com seus ambientes. A hipótese principal é que alguns processos de criação artística têm colaborado de maneira fundamental com a recente mudança de entendimento do corpo monstruoso, desestabilizando as leituras recorrentes que apenas o restringiam ao âmbito do exótico e da marginalização. Não se trata de transformar o corpo estigmatizado em um corpo inserido socialmente, mas de afirmar a potência da arte para apresentar outro modo de olhar e constituir um corpo até então excluído. O corpus empírico da pesquisa são espetáculos de dança e teatro, criados especialmente a partir dos anos 2000, que apresentam em cena artistas imigrantes, estrangeiros, negros e deficientes. Entre eles, destacam-se os trabalhos dos coreógrafos Jérôme Bel, Claire Cunningham, Faustin Linyekula e das companhias Theater Hora e Back to Back. A relevância da tese está em demonstrar como é possível lidar com estes corpos de modo a subverter estereótipos arraigados durante séculos em nosso discurso (social e midiático). Busca-se evidenciar também a construção de práticas discursivas que reconhecem a sua monstruosidade em relação aos padrões considerados normais, mas não se deixam enclausurar em leituras pré-concebidas, acionando novas redes de subjetividades
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A máquina no biológico: a construção biopolítica do próximo humano / The machine in the biological: the biopolitical construction of the next humanManduca, Alexandre 04 December 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-12-15T11:39:10Z
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Previous issue date: 2017-12-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The selection presented in this thesis is the construction of a new human being
by means of Biopolitics and of such discourses as the cyborg imaginary, the
machine-body and the machine in the biological body. The artificially enhanced
body brings life, as a biopolitical device, to a new level, fruit of a symptom of the
cultural and communicational imaginary about new possibilities of body
management that permeate the appropriation, manipulation and edition of life. It
is believed that through a hybrid body the human being would be able to
distend and expand itself in order to embrace machinic devices and to serve as
an object within the capitalist logic and the consumption society. The Cyborgism
in literature and in cinema contributes to this imaginary of a new human being
who might be different ‒ a next human, from the classic Frankenstein’s monster
to the most recent science fiction films, in which hybrid beings are patterns of
overcoming a body that looks obsolete. Biopolitics reinforces this moment in a
conceptual and precise way when it transfers to the human the management of
one's own life, as observed both in Michel Foucault and in the studies of Giorgio
Agamben, Antonio Negri and Nikolas Rose, the main guiding principle of this
work. In such scenario, one sees a new journey of the next human, who,
through the body, undergoes mutations and is extended by use of machinic
experiments, such as grafts, prostheses, chips and silicon. These are
potentialized for physically disabled people and for assistive technologies; also,
in the Bioidentity phenomenon and in the quality of a body extended to all
possible apparatuses, as a biopolitical element that does not cease to be
biological. The trajectory of this thesis is to discuss the human as an unfinished
project, not as a hybrid body or as a cyborg, but a body ready for the inclusion
of the machine in the human through the interference in the DNA. It becomes
thus pure information, without ceasing to be biological. The machine in the
biological is the extended body, opening the possibility of adapting to the new
machinic devices / O recorte apresentado nesta tese é a construção de um novo ser humano por meio
da biopolítica e dos discursos do imaginário ciborgue, do corpo-máquina e da
máquina no corpo biológico. O corpo artificialmente incrementado eleva a vida,
enquanto dispositivo biopolítico, a um novo patamar, fruto de um sintoma do
imaginário cultural e comunicacional sobre novas possibilidades de gestão do
corpo, que permeiam a apropriação, manipulação e edição da vida. Acredita-se
que, mediante um corpo híbrido, o ser humano possa se distender e expandir-se
para abraçar aparatos maquínicos e possa servir como objeto dentro da lógica
capitalista e da sociedade de consumo. O ciborguismo presente na literatura e no
cinema contribui para esse imaginário de um novo ser humano que poderá ser
diferente ‒ um próximo humano, desde o clássico monstro de Frankenstein, até os
mais recentes filmes de ficção científica, nos quais os seres híbridos são padrões
de superação de um corpo que parece obsoleto. A biopolítica reforça esse
momento de forma conceitual e precisa quando transfere ao humano a
administração da própria vida, o que pode ser observado tanto em Michel Foucault,
como nos estudos de Giorgio Agamben, Antonio Negri e Nikolas Rose, principal
norteador deste trabalho. Nesse horizonte, avista-se uma nova jornada do próximo
humano, que, por meio do corpo, sofre mutações e é ampliado com experimentos
maquínicos, como enxertos, próteses, chips e silício. Estes são potencializados
para os deficientes físicos e para as tecnologias assistivas, no fenômeno da
bioidentidade, e na qualidade de um corpo estendido a todos os aparatos possíveis,
como elemento biopolítico que não deixa de ser biológico. A trajetória desta tese é
a de discutir o humano como um projeto inacabado, não como um corpo híbrido ou
ciborgue, mas um corpo pronto para a inclusão da máquina no humano por meio da
interferência no DNA, tornando-se pura informação sem deixar de ser biológico. A
máquina no biológico é o corpo estendido, abrindo a possibilidade de adaptar-se
aos novos aparatos maquínicos
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Versões de aborto voluntário em projetos de lei: (im)possibilidades de superação do statu quoMortelaro, Priscila Kiselar 11 December 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-12-20T08:46:51Z
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Previous issue date: 2017-12-11 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The central aim of this research is to identify the versions of voluntary abortion present
in the legislative process through the analysis of two specific bills, which propose either
decriminalization or criminalization of such procedure even in the cases already
provided by law: bills number 882/2015 and 478/2007, respectively. To understand the
conditions that enable the criminalization of the ending of pregnancy, we will make use
of Foucault’s theory concerning biopolitics and the apparatus (“dispositif”) of sexuality,
since it allows us to conceive the rise of the process which politicizes maternity from
the perspective of the life-imperative. To reach the aforementioned aim, we employ the
theoretical-methodological approach from the discursive psychology, developed by the
Centre for Studies and Research of Discursive Practices in Quotidian: rights, risks and
health” (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Práticas Discursivas no Cotidiano:
direitos, riscos e saúde - NUPRAD), also related to a constructionist attitude. In the first
place, we carried out a systematization of legislative bills with regard to abortion
proposed between 2007 and 2017. Next, an analysis of the justification of the two
selected bills was made, searching for the voluntary abortion versions contained in
them. Three versions were then identified: abortion as murder, abortion as a public
health problem and abortion as a women’s right, which, in turn, involves the right to
reproductive self-determination and the right to life. These versions establish between
themselves oppositions, but also combine and complement each other, depending on
their use / Esta pesquisa tem como objetivo central identificar as versões de aborto voluntário
presentes no processo legislativo por meio da análise de dois projetos de lei específicos
que têm por foco a descriminalização ou a criminalização da prática nos casos já
previstos por lei: o PL 882/2015 e o PL 478/2007, respectivamente. Para entendermos
as condições que possibilitam a criminalização da interrupção da gestação, utilizaremos
as teorizações de Michel Foucault acerca da biopolítica e do dispositivo da sexualidade,
uma vez que nos permitem compreender a emergência do processo de politização da
maternidade a partir do imperativo da vida. Para atingir o objetivo de pesquisa,
empregamos a abordagem teórico-metodológica da psicologia discursiva desenvolvida
no Núcleo de Estudos sobre Práticas Discursivas no Cotidiano: direitos, riscos e saúde
(NUPRAD), que se inscreve no âmbito de uma postura construcionista. Em um
primeiro momento, realizamos uma sistematização dos projetos de lei concernentes ao
aborto apresentados no período de 2007 a 2017. Em seguida, foi feita uma análise da
justificativa dos dois projetos de lei selecionados, buscando as versões de aborto
voluntário neles presentes. Três versões foram identificadas: o aborto como assassinato,
o aborto como problema de saúde pública e o aborto como direito feminino que, por sua
vez, contempla o direito à autodeterminação reprodutiva e o direito à vida. Versões que
estabelecem entre si relações de oposição, mas também se associam e completam,
dependendo de seu uso
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A objetivação da saúde da criança pelo UNICEF: problematizando tecnologias de biopoder na Amazônia / The objetification of child health from UNICEF: questioning biopower technologies in the AmazonMEDEIROS, Larissa Gonçalves January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas / Este estudo busca problematizar a concepção de saúde da criança veiculada pelo UNICEF, analisando especificamente os regimes de verdade e práticas de poder que são operados por esta agência acerca das condições de saúde em que vivem as crianças na
Amazônia. Para tanto é realizada uma pesquisa documental que tem como fonte de análise o relatório “Ser Criança na Amazônia”: uma análise das condições de
desenvolvimento infantil na região norte do Brasil, publicado pelo UNICEF em 2004.
Como ferramentas de análise são utilizadas a história-genealógica de Foucault e sua
analítica do poder, especialmente em relação ao biopoder. No contexto das políticas da
ONU a performance do UNICEF no cuidado da infância é compreendida como parte de
uma governamentalidade liberal que atua na promoção do progresso social e
desenvolvimento econômico dos países, em prol da segurança. Neste sentido, esta
pesquisa procura dar visibilidade ao modo como as práticas do UNICEF são articuladas
às práticas vizinhas e engendram um dispositivo de governo que opera através de
estratégias disciplinares e biopolíticas no controle da população da Amazônia, em
função da gestão de riscos. De acordo com as análises do UNICEF, a saúde da criança é
compreendida como efeito de determinadas condições sociais e econômicas
consideradas fundamentais para sua sobrevivência e bem-estar. A falta de infraestrutura
social e as precárias condições de existência são apontadas como fatores que
podem gerar doenças e prejuízos ao desenvolvimento das crianças. Além disso, o
relatório enfatiza o papel da mulher enquanto mãe, colocando-a como principal
responsável pela sobrevivência e educação dos filhos, e a importância do desempenho
da família para a garantia do pleno desenvolvimento infantil. Observa-se como as
noções de saúde e infância, compreendidas respectivamente como um campo
multideterminado e uma etapa da vida que precisa ser protegida e controlada, são
utilizadas pelo UNICEF no governo das populações pobres da região, capturadas em
discursos higiênicos que desqualificam as famílias em função de suas condições de
sobrevivência e de suas práticas de cuidado em relação às crianças. Estes discursos
produzem a demanda por uma rede infinda de proteções para as famílias que promovem
a saúde e asseguram a vida, mas implicam em controles que põem em xeque sua
autonomia. / This study intends to problematize the conception of child health propagated by
UNICEF, specifically analyzing the regimes of truth and practices of power, which are
operated by this agency on the health conditions of the children that lives in the
Amazon. Therefore it’s made a documentary research that has its source analysis the
report "Being a Child in Amazonia: an analysis of the conditions for child development
in the northern region of Brazil”, published by UNICEF in 2004. As analysis tools, are
used Michel Foucault's genealogical history, and his analytics of power, especially in
relation to biopower. In the context of United Nations policy, the UNICEF's
performance in the care of children is understood as part of a liberal governmentality
that acts in promoting social progress and economic development of countries, for
safety's sake. In this sense, this research try to give visibility to how the practices of
UNICEF, articulated with surrounding practices, engender a device of government that
operates through disciplinary and biopolitical strategies to control the population of the
Amazon as function of risk management. According to the UNICEF analysis, the child
health is understood as an effect of certain social and economic conditions considered
essential for their survival and well-being. The lack of social infrastructure and the
precarious conditions of existence are pointed as factors that may cause illness and
damage to children's development. In addition the report emphasizes the role of woman
as mother, placing her as the main responsible for the survival an education of children,
and the importance of family performance in guarantee a complete child development.
Notions of health and childhooh, respectively, as a multidimensional field, and a life
stage that needs to be protected and controlled, from this point of view, are used by
UNICEF in the government of the poor population of the region, captured in hygienic
speeches that disqualify families because of their survival conditions and their care
practices in relation to children. These speeches sets up a demand for an endless
network of protections for families that promotes health and ensure life, but imply
controls that put in check their autonomy.
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