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Autonomia e participação no comércio justo: a experiência da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco COPPALJ / Empowerment and participation in fair trade: the case of Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco COPPALJ

Falco, Tania Carla Bendazoli de 10 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:20:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tania Carla Bendazoli de Falco.pdf: 14758045 bytes, checksum: 3fad119a9775c531ace5be378e99e2cd (MD5) Previous issue date: 2011-10-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation aims to verify fair trade s reach towards its producers, beyond its impacts on life quality improvements. Particularly, it focus on its impacts on producers empowerment and in their effective participation in local development, in the definitions of commercial terms and in the fair trade movement itself. As fair trade proposes an alternative for international trade that aims to distribute commercial outcomes in a more equitable fashion among the players involved in the supply chain, particularly marginalized producers, it is also presented as a concrete strategy for a fairer development. However, it was not originally designed by these producers and one of the main present challenges for fair trade consolidation is a low participation of producers in developing fair trade practices. This research focused in the experience of produces associated to Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (Cooperative of Small Agroextractive Producers of Lago do Junco) COPPALJ, particularly in two villages of the municipality of Lago do Junco Ludovico e São Manuel located in the micro region of Médio Mearin Valley, in the state of Maranhão, Brazil. These producers, through COPPALJ, participate in a international fair trade chain, exporting babassu oil to three clients The Body Shop, Aveda e Mondo Solidale. The study concludes that participation in an international fair trade has improved material conditions in these producer s lives, as well as it has helped the strengthening of COPPALJ and the social movement to what the cooperatives belongs to. Fair trade has also contributed to COPPALJ s political actions in the region. Fair trade has given an effective contribution to these producers empowerment, especially at local level. However, these outcomes are not result of fair trade alone, instead they are result of fair trade association to other important processes that occurred in these communities from the 1970s. Even if fair trade has contributed to producers empowerment, this outcome is not followed by a actual participation of producers in the fair trade movement. Producers have little knowledge on fair trade concepts, its main players and its mechanisms, especially at the international level. Considering its present importance to these producers, this fact points to an unbalance of power in established relationships in which producers have a much higher dependency on the contracts than the clients and are excluded from processes that define fair trade relations. Thus, fair trade keeps mechanisms of symbolic domination at the same time that it creates more space for questioning and overcoming this domination than conventional trade / O objetivo da presente dissertação é analisar o alcance do comércio justo junto aos produtores, para além dos impactos de melhoria das condições de vida, em especial com relação aos impactos na ampliação de sua autonomia e participação efetiva no desenvolvimento local, nas definições das relações comerciais e no próprio movimento do comércio justo. Ao propor uma forma de comércio internacional que busca justamente distribuir de forma mais equitativa os resultados entre os diferentes atores envolvidos na cadeia produtiva, com prioridade para os produtores mais marginalizados, o comércio justo se apresenta como uma estratégia concreta para um desenvolvimento mais justo. Entretanto, sua proposta não foi inicialmente criada pelas comunidades de produtores potencialmente beneficiados e um dos desafios apresentados pelo próprio movimento para a sua consolidação é o fato de que a participação efetiva destes produtores no desenvolvimento das práticas do comércio justo ainda é baixa. A análise centrou-se na experiência dos produtores vinculados à Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco - COPPALJ, especialmente de dois povoados do município de Lago do Junco, Ludovico e São Manual, situado na microrregião do Vale do Médio Mearim no interior do Maranhão. Esses produtores, através da COPPALJ, participam de uma cadeia internacional de comércio justo, exportando óleo de coco babaçu para três clientes, The Body Shop, Aveda e Mondo Solidale. A pesquisa conclui que a inserção em uma cadeia internacional de comércio justo contribuiu para as melhorias das condições materiais dos produtores, para o fortalecimento da COPPALJ e do movimento social em que a cooperativa está inserida assim como para viabilizar financeiramente sua atuação política na região. Ou seja, o comércio justo tem contribuído de forma efetiva para a ampliação da autonomia desses produtores, especialmente em nível local. Entretanto, esses resultados não decorrem do comércio justo de forma isolada, mas sim da sua articulação com os demais processos que se deram nessas comunidades a partir da década de 1970. Ainda que o comércio justo venha contribuindo para a ampliação da autonomia dos produtores, esta não é acompanhada de uma participação efetiva dos produtores no movimento internacional do comércio justo. Os produtores tem um baixo conhecimento sobre o conceito, seus atores e mecanismos, especialmente no nível internacional. Dada sua importância atual para os produtores, este aspecto aponta para um desequilíbro de forças nas relações estabelecidas, no qual o nível de dependência do produtor é muito superior ao das empresas clientes e, principalmente, no qual os produtores não participam dos processos de definição das categorias que definem a relação de comércio justo, ainda que participem das definições comerciais em si. Assim, o comércio justo mantém mecanismos de dominação simbólica ao mesmo tempo em que cria mais espaços para seu questionamento e superação do que o comércio convencional
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Autonomia e participação no comércio justo: a experiência da Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco COPPALJ / Empowerment and participation in fair trade: the case of Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco COPPALJ

Falco, Tania Carla Bendazoli de 10 October 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:53:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tania Carla Bendazoli de Falco.pdf: 14758045 bytes, checksum: 3fad119a9775c531ace5be378e99e2cd (MD5) Previous issue date: 2011-10-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation aims to verify fair trade s reach towards its producers, beyond its impacts on life quality improvements. Particularly, it focus on its impacts on producers empowerment and in their effective participation in local development, in the definitions of commercial terms and in the fair trade movement itself. As fair trade proposes an alternative for international trade that aims to distribute commercial outcomes in a more equitable fashion among the players involved in the supply chain, particularly marginalized producers, it is also presented as a concrete strategy for a fairer development. However, it was not originally designed by these producers and one of the main present challenges for fair trade consolidation is a low participation of producers in developing fair trade practices. This research focused in the experience of produces associated to Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (Cooperative of Small Agroextractive Producers of Lago do Junco) COPPALJ, particularly in two villages of the municipality of Lago do Junco Ludovico e São Manuel located in the micro region of Médio Mearin Valley, in the state of Maranhão, Brazil. These producers, through COPPALJ, participate in a international fair trade chain, exporting babassu oil to three clients The Body Shop, Aveda e Mondo Solidale. The study concludes that participation in an international fair trade has improved material conditions in these producer s lives, as well as it has helped the strengthening of COPPALJ and the social movement to what the cooperatives belongs to. Fair trade has also contributed to COPPALJ s political actions in the region. Fair trade has given an effective contribution to these producers empowerment, especially at local level. However, these outcomes are not result of fair trade alone, instead they are result of fair trade association to other important processes that occurred in these communities from the 1970s. Even if fair trade has contributed to producers empowerment, this outcome is not followed by a actual participation of producers in the fair trade movement. Producers have little knowledge on fair trade concepts, its main players and its mechanisms, especially at the international level. Considering its present importance to these producers, this fact points to an unbalance of power in established relationships in which producers have a much higher dependency on the contracts than the clients and are excluded from processes that define fair trade relations. Thus, fair trade keeps mechanisms of symbolic domination at the same time that it creates more space for questioning and overcoming this domination than conventional trade / O objetivo da presente dissertação é analisar o alcance do comércio justo junto aos produtores, para além dos impactos de melhoria das condições de vida, em especial com relação aos impactos na ampliação de sua autonomia e participação efetiva no desenvolvimento local, nas definições das relações comerciais e no próprio movimento do comércio justo. Ao propor uma forma de comércio internacional que busca justamente distribuir de forma mais equitativa os resultados entre os diferentes atores envolvidos na cadeia produtiva, com prioridade para os produtores mais marginalizados, o comércio justo se apresenta como uma estratégia concreta para um desenvolvimento mais justo. Entretanto, sua proposta não foi inicialmente criada pelas comunidades de produtores potencialmente beneficiados e um dos desafios apresentados pelo próprio movimento para a sua consolidação é o fato de que a participação efetiva destes produtores no desenvolvimento das práticas do comércio justo ainda é baixa. A análise centrou-se na experiência dos produtores vinculados à Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco - COPPALJ, especialmente de dois povoados do município de Lago do Junco, Ludovico e São Manual, situado na microrregião do Vale do Médio Mearim no interior do Maranhão. Esses produtores, através da COPPALJ, participam de uma cadeia internacional de comércio justo, exportando óleo de coco babaçu para três clientes, The Body Shop, Aveda e Mondo Solidale. A pesquisa conclui que a inserção em uma cadeia internacional de comércio justo contribuiu para as melhorias das condições materiais dos produtores, para o fortalecimento da COPPALJ e do movimento social em que a cooperativa está inserida assim como para viabilizar financeiramente sua atuação política na região. Ou seja, o comércio justo tem contribuído de forma efetiva para a ampliação da autonomia desses produtores, especialmente em nível local. Entretanto, esses resultados não decorrem do comércio justo de forma isolada, mas sim da sua articulação com os demais processos que se deram nessas comunidades a partir da década de 1970. Ainda que o comércio justo venha contribuindo para a ampliação da autonomia dos produtores, esta não é acompanhada de uma participação efetiva dos produtores no movimento internacional do comércio justo. Os produtores tem um baixo conhecimento sobre o conceito, seus atores e mecanismos, especialmente no nível internacional. Dada sua importância atual para os produtores, este aspecto aponta para um desequilíbro de forças nas relações estabelecidas, no qual o nível de dependência do produtor é muito superior ao das empresas clientes e, principalmente, no qual os produtores não participam dos processos de definição das categorias que definem a relação de comércio justo, ainda que participem das definições comerciais em si. Assim, o comércio justo mantém mecanismos de dominação simbólica ao mesmo tempo em que cria mais espaços para seu questionamento e superação do que o comércio convencional

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