• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 40
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 41
  • 29
  • 19
  • 16
  • 14
  • 10
  • 8
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 6
  • 5
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
21

Estudo das alterações histológicas da vesícula biliar de doentes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica por colecistolitíase / Study of the histological gallbladder alterations in patients submitted to laparoscopic cholecystectomy for cholecystolithiasis

Costa, Adriana Lúcia Agnelli Meirelles 14 August 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer da vesícula biliar é a lesão maligna mais comum da árvore biliar e pouco se sabe sobre a sua carcinogênese. O possível caráter pré-neoplásico das alterações histológicas da vesícula biliar vem sendo estudado recentemente. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar as alterações histológicas da vesícula biliar no nosso meio e correlacioná-las com dados clínicos, e correlacionar as alterações metaplásicas, em separado, com as demais alterações encontradas. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo realizado entre novembro de 1999 a dezembro de 2006, foram avaliados 1.689 prontuários de doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica por colecistolitíase. Os doentes foram divididos em relação à idade em doentes com até 60 anos e com mais de 60 anos. Em relação ao tempo de sintomas antes da cirurgia foram agrupados em doentes sem sintomas, doentes com sintomas até 1 ano, e doentes com sintomas por mais de 1 ano antes da cirurgia. Em relação ao tamanho e número dos cálculos foram agrupados em doentes com cálculos de até 10 mm, e aqueles com cálculos maiores que 10 mm, e em doentes com cálculos únicos ou múltiplos. RESULTADOS: Eram mulheres 1.238 doentes (73,3%) e 451 eram homens (26,7%). Apresentaram idade de até 60 anos 1.192 doentes (70,6%) e 497 (29,4%) apresentaram mais de 60 anos. Apresentaram cálculos menores que 10 mm 1.319 doentes (78,1%) e 370 doentes (21,9%) apresentaram cálculos maiores que 10 mm. Foi observado inflamação aguda em 174 doentes (10,3%), gangrena em 23 (1,4%), abscesso em 8 (0,4%), colesterolose em 305 (18,1%), adenomiomatose em 40 (2,4%), colecistite xantogranulomatosa em 29 (1,7%), fibrose em 12 (0,7%), escleroatrofia em 20 (1,2%), pólipo hiperplásico em 3 (0,2%), pólipo de colesterol em 17 (1,0%), metaplasia pilórica em 72 (4,3%), metaplasia intestinal em 18 (1,1%), displasia em 4 (0,2%), câncer em 2 (0,1%). Não foram observados pólipos adenomatosos. CONCLUSÕES: O sexo masculino apresenta maior freqüência de complicações inflamatórias que o feminino. Não há relação entre o tempo de sintomas e uma maior ocorrência das alterações histológicas estudadas, excetuando-se a colecistite xantogranulomatosa. Nos doentes idosos há maior ocorrência de adenomiomatose, gangrena e abscesso. Há aumento progressivo de idade para a ocorrência de metaplasia pilórica, metaplasia intestinal, displasia e câncer. O tamanho dos cálculos não guarda relação com a ocorrência das alterações estudadas, exceto para colecistite aguda que se associou com cálculos pequenos e múltiplos. Há associação entre a ocorrência de metaplasia pilórica e adenomiomatose, metaplasia pilórica e displasia, metaplasia pilórica e câncer. Há também associação entre a ocorrência de metaplasia intestinal e metaplasia pilórica, metaplasia intestinal e adenomiomatose, metaplasia intestinal e displasia, metaplasia intestinal e câncer. / INTRODUCTION: Gallbladder cancer is the most common malignant lesion of the biliary tree; yet, little is known about its carcinogenesis. The possible preneoplastic character of histological gallbladder alterations has been studied in recent medical literature. The purpose of this study was to identify and quantify histological gallbladder alterations in our population, to correlate them with clinical data, and to correlate the metaplastic alterations, separately, with the other histological alterations found. METHODS: In this retrospective study conducted between November,1999 and December, 2006, the medical records of 1.689 patients who were submitted to laparoscopic cholecystectomy by cholecystolithiasis were analyzed. The patients were classified according to age: 60 years or younger, and older than 60. In relation to the duration of symptoms before the surgery, they were grouped according to: patients without symptoms, patients with symptoms for 1 year or less, and patients with symptoms for over 1 year before the surgery. In relation to the size and number of the gallstones, they were grouped according to: patients with gallstones of 10 mm or less, and those with gallstones over 10 mm, and those with single or multiple gallstones. RESULTS: There were 1,238 (73.3%) female and 451 (26.7%) male patients. In relation to age, 1,192 patients were 60 or younger (70.6%) and 497 (29.4%) were older than 60. There were 1.319 (78.1%) patients with gallstones smaller than 10 mm and 370 patients (21.9%) with gallstones larger than 10mm. Acute choelcystitis was observed in 174 patients (10.3%), gangrene in 23 (1.4%), abscess in 8 (0.4%), cholesterolosis in 305 (18.1%), adenomyomatosis in 40 (2.4%), xanthogranulomatous cholecystitis in 29 (1.7%), fibrosis in 12 (0.7%), sclero-atrophic gallbladder in 20 (1.2%), hyperplasic polyp in 3 (0.2%), cholesterol polyp in 17 (1.0%), pyloric metaplasia in 72 (4.3%), intestinal metaplasia in 18 (1.1%), dysplasia in 4 (0.2%), and cancer in 2 (0.1%). No adenomatous polyp was found. CONCLUSIONS: Male patients have more inflammatory complications than females. With the exception of xanthogranulomatous cholecystitis, there is no correlation between symptom duration and an increased occurrence of the histological alterations studied. In the elderly patients, the occurrence of adenomyomatosis, gangrene and abscess is more frequent. The size of gallstones has no relationship with the occurrence of the histological alterations studied, except for acute cholecystitis, which is associated with small and multiple gallstones. There is an association between pyloric metaplasia and the following: adenomyomatosis, dysplasia, and cancer. There is also an association between intestinal metaplasia and the following: pyloric metaplasia, adenomyomatosis, dysplasia, and cancer.
22

Complicações e desconfortos em colecistectomias videolaparoscópicas: relação com as variáveis pré-operatórias e intraoperatórias / Discomforts and complications in laparoscopic cholecystectomy: relationship with preoperative variables and intraoperative

Fernandes, Carolina Nóvoa 26 November 2013 (has links)
Introdução: A colelitíase é uma das afecções do sistema digestório mais frequente, acometendo 20% da população adulta. Atualmente, a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o tratamento de escolha nas doenças benignas da vesícula biliar, inclusive, na colecistite aguda. Entretanto, independente dos benefícios indiscutíveis da cirurgia minimalmente invasiva, esse procedimento não exclui a possibilidade de complicações ou desconfortos ao paciente no pós-operatório. Objetivo: Identificar a relação entre as variáveis pré e intra-operatórias e as ocorrências de complicações e desconfortos pós-operatórios em pacientes submetidos à CVL. Casuística e método: Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo descritivo, exploratório, de nível I e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 495 prontuários de pacientes submetidos à CVL, em caráter eletivo no Hospital Estadual de Diadema, no período entre janeiro de 2009 e agosto de 2012. Os dados foram obtidos com base no preenchimento de um instrumento semiestruturado, contendo: dados demográficos, variáveis clínicas do pré, intra e pós-operatórias. O estudo estatístico foi realizado no sistema SPSS 15.0, sendo adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Na amostra estudada houve: predominância do feminino (89,5%), residentes em Diadema (46,5%), estado civil casado (43,4%), baixa escolaridade (58%) e média de idade 48 anos (18 a 89 anos). A comorbidade mais prevalente foi obesidade (41%), seguida por hipertensão arterial (40,6%) e Diabetes mellitus tipo II (12,5%). A maior parte da amostra foi classificada como ASA II (55,8%), todos receberam cefazolina como antibioticoprofilaxia e 64% fizeram uso de Midazolan, como medicação pré-anestésica. Aproximadamente, a metade da população (49,3%) usou fármacos inalatórios, propofol, opióides e bloqueador neuromuscular no intra-operatório. Em relação a outras drogas utilizadas nesse período, 57,6% fizeram uso analgésico isolado (dipirona), 52,3% receberam anti-inflamatório (tenoxican) e 62,2% foram submetidos à terapia anti-emética com metoclopramida ou dimenidrato. O tempo cirúrgico médio foi de 80,5 minutos e a permanência média hospitalar de 43,7 horas. A prevalência de complicações ou desconfortos foi de 54,5% na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e de 51,7% na enfermaria médico-cirúrgica (EMC). Os eventos de maior ocorrência na SRPA foram hipertensão (46,5%), dor (8,5%) e náuseas e vômitos (5,5%), e na EMC, foram dor (32,5%), náuseas e vômitos (19,2%). A análise de regressão logística indicou a associação com o aparecimento de complicações e desconfortos na SRPA para as seguintes variáveis (OD Odds ratio, IC intervalo de confiança a 95%): idade (OR= 1,02 IC 1,01-1,04); ASA II (OR= 1,59 IC 1,03-2,45); e uso de cloridrato de tramadol no intra-operatório (OR= 0,57 IC 0,39-0,83). Na EMC, foram encontradas as seguintes associações: uso de dipirona no intra-operatório (OR= 0,41 IC 0,18-0,94); hipotireoidismo (OR= 0,33 IC 0,14-0,81); e tempo cirúrgico (OR= 1,57 IC 1,102,24). Conclusão: A idade, a classificação ASA e o tempo cirúrgico influenciaram no aparecimento de complicações ou desconfortos pós-operatórios. Em face dos dados obtidos, o enfermeiro deve estar apto a avaliar e identificar as condições precoces que possam indicar a ocorrência desses eventos e promover, em conjunto com a equipe multiprofissional, o conforto do paciente e seu sucesso terapêutico. / Introduction: Cholelithiasis is one of the digestive disorders more common, affecting 20 % of the adult population. Laparoscopic cholecystectomy (LC) is indicated for the treatment of all benign diseases of the gallbladder, including in acute cholecystitis. However, regardless of the benefits of the minimal invasive surgery it does not exclude the possibility of postoperative complications or discomfort to the patient. Objective To assess the relationship among pre and intraoperative factors and occurrences of complications and discomfort in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy in a community hospital. Method and Casuistic: This was a retrospective and descriptive study. The data was composed of 495 medical records of patients undergoing laparoscopic cholecystectomy surgery for elective, in a community hospital Diadema Hospital, between January 2009 and August 2012. The authors analyzed demographic and clinical variables pre and intra and postoperative complications. Statistical analysis was performed at SPSS 15.0 software, (significance level of 5%). Results: A total of 495 cases, there was a female prevalence (89.5 %), living in Diadema city (46.5 %), married (43.4 %), low education (58 %) and median age 48 years. Obesity (IMC > 35) was more prevalent (41 %), followed by hypertension (40.6 %) and Diabetes mellitus type II (12.5 %). The American Society of Anesthesiology classification (ASA) was II in 55.8%, all patients received prophylactic antibiotics (cefazolin) and 64% used midazolam before the surgical procedure. The anesthesy wasperformed with inhalatory drugs, propofol, opioids and neuromuscular block (49.3 %). During the intra-operative time 57.6 % received 52.3% dipyrone and 62.2% anti-inflammatory (tenoxican), antiemetic therapy (metoclopramide or dimenhydrinate) the mean operative time was 80.5 minutes and the hospital stay of 43.7 hours. The prevalence of complications or discomfort was 54.5% in the recovery room just after anesthesia (PACU), and 51.7% in the medical-surgical ward (EMC). The most frequent events in the PACU were hypertension (46.5 %), pain (8.5%) and nausea and vomiting (5.5%), and EMC, were pain (32.5 %), nausea and vomiting (19.2%). The logistic regression analysis showed an association with the onset of complications and discomfort in the recovery room for the following variables (OD Odds ratio, CI confidence interval 95 % ) : age (OR = 1.02 CI 1.01-1.04); ASA II (OR = 1.59 CI 1.03 to 2.45), and tramadol hydrochloride used during surgery (OR = 0.57 CI 0.39 to 0.83). At EMC, we found the following associations: Dipyrone intraoperatively (OR = 0.41 CI 0.18 to 0.94), hypothyroidism (OR = 0.33 CI 0.14 to 0.81), and operative time (OR = 1.57 CI 1.10 to 2.24). Conclusion: Age, ASA classification and surgical time had influence in the development of complications or discomfort postoperatively. Considering the results of this study, the nurse must be able to assess and identify conditions that may indicate the early occurrence of these events and promote, together with a multidisciplinary team, patient comfort and its therapeutic success.
23

Ocorrência e fatores de risco de infecção de sítio cirúrgico em colecistectomia videolaparoscópica / Occurrence and risk factors of surgical site infection in laparoscopic cholecystectomy

Elaine Alves Silva Machado 07 August 2017 (has links)
A infecção de sítio cirúrgico (ISC) é uma complicação que pode acometer o paciente, acarretando incremento da mortalidade e morbidade, bem como aumento dos custos em saúde. A videocirurgia surgiu como opção menos invasiva de acesso à cavidade abdominal, reduzindo as taxas de ISC, mas nem mesmo a modernização gerada pela cirurgia minimamente invasiva conseguiu extinguir esse tipo de infecção. O presente estudo teve como objetivo geral analisar a ocorrência e os fatores de risco de infecção de sítio cirúrgico, em pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica. Trata-se de estudo descritivo exploratório conduzido em hospital de pequeno porte, localizado no sudoeste de Minas Gerais. A amostra foi composta por 118 pacientes. Para a coleta de dados, elaborou-se instrumento, o qual foi submetido à validação de face e conteúdo por estudiosos da área de conhecimento de enfermagem perioperatória. A coleta dos dados foi realizada no período de março a novembro de 2016 e, em três momentos, a saber: perioperatório, retorno ambulatorial e busca ativa fonada. Os dados foram coletados pelo pesquisador e um auxiliar de pesquisa devidamente treinados. A ocorrência de ISC foi de 5,9% (n=7), sendo todos os casos diagnosticados como infecção incisional superficial. As variáveis investigadas relacionadas ao paciente foram sexo, faixa etária, Índice de Massa Corporal, presença de doença crônica e classificação ASA. As variáveis estudadas relacionadas ao procedimento anestésico-cirúrgico foram tempo total de internação, porte cirúrgico, tempo de anestesia e tempo de cirurgia. Os resultados não apresentaram diferença estatisticamente entre as variáveis de interesse e a presença de ISC. Todos os casos de ISC foram diagnosticados, após a alta hospitalar, desses, seis pacientes (86%) tiveram o diagnóstico no retorno ambulatorial, e um paciente (14%) foi diagnosticado durante a busca ativa fonada. A condução do estudo oferece subsídios para a compreensão da problemática, no âmbito nacional. Além disso, gerou evidências para a reflexão dos profissionais de saúde em relação à subnotificação desse tipo de infecção em cirurgia minimamente invasiva, reforçando a necessidade de implantação de programa de vigilância pós-alta, nos serviços de saúde / Surgical site infection (SSI) is a complication that can affect the patient, leading to an increase in mortality and morbidity, as well as an increase in health costs. Video surgery emerged as a less invasive option for access to the abdominal cavity, reducing SSI rates; however, not even the improvement generated by minimally invasive surgery was enough to eliminate this type of infection. This study aimed to analyze the occurrence and risk factors of surgical site infection in patients submitted to laparoscopic cholecystectomy. It is an exploratory-descriptive study conducted in a small hospital, located in the southwest of Minas Gerais. The sample consisted of 118 patients. An instrument was developed for data collection, which was submitted to face and content validation by experts in perioperative nursing. Data collection was performed from March to November 2016 and, in three stages: perioperative, outpatient return and active phone search. Data were collected by the researcher and a properly trained research assistant. The occurrence of SSI was 5.9% (n=7), being all cases diagnosed as superficial incisional infection. The studied variables related to the patient were gender, age, Body Mass Index, presence of chronic disease and ASA classification. The studied variables related to the anesthetic surgical procedure were total length of hospitalization, surgical procedure size, time of anesthesia and time of surgery. The results did not show statistically difference between the variables of interest and the presence of SSI. All cases of SSI were diagnosed after patient discharge, and among them, six patients (86%) were diagnosed during outpatient return, and one patient (14%) was diagnosed during the active phone search. This study offers subsidies for understanding the problem at national level. In addition, it generated evidence for the reflection of health professionals regarding the underreporting of this type of infection in minimally invasive surgery, reinforcing the need to implement a post-discharge surveillance program in health services
24

O valor da biópsia do fígado na doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica / The importance of liver biopsy in non-alcoholic fatty liver disease in patients with cholelithiasis submitted to laparoscopic cholecystectomy

Monica Madeira Pinto 07 April 2011 (has links)
A colelitíase é uma doença frequente na população geral. Um dos seus fatores de risco é a diabetes melitus tipo 2, relacionada à anormalidades metabólicas associadas a sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e hábitos dietéticos. Fatores de risco semelhantes são encontrados na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A DHGNA engloba um espectro de condições patológicas que pode evoluir da esteatose, para esteato-hepatite (EHNA), fibrose, cirrose e neoplasia hepática. A distinção entre esteatose e EHNA é de grande relevância na prática clínica, em virtude de a primeira ser uma condição benigna e reversível, enquanto que a segunda apresenta potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Somente a biópsia hepática pode classificar e estadiar a DHGNA. A DHGNA e a colelitíase têm similaridade quanto à patogênese e aos fatores de risco, o que nos motivou a realizar este estudo. Os objetivos do trabalho foram: a) Definir a frequência da esteatose hepática e da EHNA em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica. b) Avaliar as alterações histopatológicas da DHGNA nos pacientes com colelitíase. c) Avaliar a acurácia dos exames de imagem-ultrassonografia abdominal (US) e tomografia computadorizada (TC) no diagnóstico da DHGNA. d) Relacionar aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem com diagnósticos histopatológicos de esteatose e EHNA em portadores de colelitíase. e) Analisar variáveis preditivas da DHGNA na indicação da biópsia hepática para os pacientes com colelitíase a serem submetidos à colecistectomia laparoscópica. Método: Foi realizado estudo prospectivo sequencial de pacientes portadores de colelitíase com indicação cirúrgica que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 161 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica e à biópsia hepática. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, à idade, história clínica e aos antecedentes pessoais, com ênfase nas comorbidades relacionadas à síndrome metabólica. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso (kg), altura (m) e circunferência abdominal (cm), sendo calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da avaliação bioquímica, foram avaliados parâmetros metabólicos através da dosagem da glicemia e insulinemia de jejum, índice de HOMA IR e perfil lipídico. Os pacientes foram submetidos a dois USs em momentos distintos, nos quais foram avaliados a vesícula biliar, as vias biliares e os possíveis diagnósticos qualitativo e quantitativo da esteatose hepática. Na tomografia abdominal, foram medidos os coeficientes de atenuação hepática e esplênica. O diagnóstico de esteatose foi determinado através de dois índices: TC1 (e-h) calculado pela diferença entre o valor da atenuação esplênica e hepática e o TC2 (h/e) medido pela fração da atenuação hepática sobre a esplênica. Antes da colecistectomia laparoscópica com exploração de vias biliares, foi realizada biópsia hepática com agulha de tru-cut no mesmo tempo cirúrgico. Os parâmetros histopatológicos utilizados para avaliar as biópsias hepáticas foram: esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, infiltrado inflamatório acinar e portal, balonização hepatocelular, corpúsculos hialino de Mallory, alterações ductulares e fibrose perissinusoidal, perivenular, portal, sobrecarga de ferro e pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Para o diagnóstico de EHNA, foi utilizado o escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS). Os 161 pacientes foram distribuídos em três grupos formados a partir do resultado da histopatologia hepática: Grupo A - colelitíase sem esteatose (n = 98), Grupo B - colelitíase com esteatose (n = 51) e Grupo C - colelitíase com esteatohepatite (n = 12). Resultados: Entre os 161 pacientes submetidos à colecistectomia com biópsia hepática, 63 (39,1%) eram portadores de DHGNA, dentre eles, 12/161 (7,4%) com EHNA. Cento e trinta e sete (85%) pacientes eram do sexo feminino; 125 (78%) eram brancos. A idade média global foi de 45 anos. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 40 (25%), diabetes mellitus tipo 2 em 17 (11%) e a síndrome metabólica em 39 (24%). Os aspectos clínicos, laboratoriais e comorbidades que apresentaram diferença estatística significantes entre o grupo A e os grupos B e C foram: idade, IMC, circunferência abdominal, glicemia em jejum, ALT. A síndrome metabólica, a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, AST e o colesterol total registraram diferença estatisticamente significante apenas entre os grupos A e C. Não existiram aspectos clínicos, laboratoriais ou de comorbidades que diferenciaram os portadores de esteatose e EHNA. Os exames de US I e II nas duas ocasiões revelaram sensibilidade de 57% e 59%, especificidade de 91% e 90%, respectivamente, e em ambos USs a acurácia foi de 78%. No exame de TC, o índice e o nível de corte de maior sensibilidade (50%), especificidade, (90,72%) e acurácia (74,53%) foi o índice TC 2 (h/e), com nível de corte menor que 1,0 para o diagnóstico da DHGNA. Os parâmetros histopatológicos que apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A e C e entre os grupos B e C foram: corpúsculos hialino de Mallory, infiltrado inflamatório portal e fibrose perivenular, perissinusoidal e portal. Houve maior grau de intensidade do infiltrado inflamatório portal nos pacientes do grupo C. Houve diferença estatística significante entre os grupos B e C com relação à esteatose microvesicular e a pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Pela regressão logística, foi avaliada a probabilidade de os pacientes portadores de colelitíase apresentarem DHGNA. Os fatores preditivos foram: aumento da glicemia, HOMA-IR, colesterol total, circunferência abdominal e esteatose ao US. Na presença de três ou quatro destes fatores de risco a probabilidade de DHGNA foi de 91%. Conclusão: A prevalência de EHNA em pacientes com colelitíase foi de 7,4% neste grupo de pacientes Assim, é de fundamental importância o reconhecimento dos fatores de risco para a DHGNA em pacientes com colelitíase que serão submetidos à intervenção cirúrgica. Assim sendo, a biópsia hepática durante o procedimento cirúrgico deve ser preconizada na vigência de fatores preditivos, pois é o único método para diferenciar esteatose de EHNA / Cholelithiasis is a very common disease in the population at large, and one of the risk factors is type II diabetes mellitus, which is related to metabolic disorders associated with overweight, obesity, insulin resistance, hypertriglyceridemia and dietary abnormalities. Similar risk factors are found in non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). NAFLD covers a spectrum of pathological conditions that can range from steatosis to steatohepatitis (NASH), fibrosis, cirrhosis and even liver cancer. The distinction between steatosis and NASH is of great importance in clinical practice because the former is a benign, reversible condition whereas the latter can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Only a liver biopsy, however, can be used to classify and stage NAFLD. NAFLD and cholelithiasis have similar pathogenesis and risk factors, a fact which led us to undertake this study, the aims of which were: a) to define the frequency of hepatic steatosis and NASH in patients with cholelithiasis undergoing laparoscopic cholecystectomy; b) to assess the accuracy of abdominal ultrasound imaging (US) and computed tomography (CT) in the diagnosis of NAFLD; c) to assess histological alterations caused by NAFLD in patients with cholelithiasis; d) to relate clinical, laboratory and imaging findings to histopathological diagnoses of steatosis and NASH in cholelithiasis; and e) to analyze predictors of NAFLD used when referring patients with cholelithiasis already scheduled for laparoscopic cholecystectomy for liver biopsy as well. Methods: We performed a prospective sequential study of patients with cholelithiasis who had been referred for surgery and had signed a voluntary informed-consent form. A total of 161 patients were analyzed after they had undergone a laparoscopic cholecystectomy and liver biopsy. Besides sex and age, clinical and medical history were recorded, with emphasis being placed on comorbidities related to metabolic syndrome. The anthropometric measurements weight (kg), height (m) and abdominal circumference (cm) were recorded during the physical examination and the body mass index was calculated. Biochemical and metabolic assessment parameters, including fasting blood sugar and fasting insulin, which were used to calculate the HOMA-IR index, and fasting lipid profile, were evaluated. Patients had two ultrasounds at different times to assess the gallbladder and bile ducts as well as the quantitative and qualitative diagnosis of hepatic steatosis. In the abdominal tomography, the attenuation coefficients of the liver and spleen were measured for diagnosis of steatosis based on two indices: CT1 (S-L), given by the difference between spleen and liver attenuations, and CT2 (L/S), given by the attenuation of the liver divided by the attenuation of the spleen. Before laparoscopic cholecystectomy with bile duct exploration, a liver biopsy with a tru-cut was performed. The following histological parameters were used to evaluate the liver biopsies: macrovesicular steatosis, microvesicular steatosis, acinar and portal inflammatory infiltrate, hepatocellular ballooning, Mallory bodies, ductal changes, perisinusoidal, perivenular and portal fibrosis, iron overload and glycogenated nuclei. The NAFLD activity score was used to diagnose NAFLD in the steatosis or NASH phases. A comparative analysis of the 161 patients was carried out after they had been divided into three groups according to the results of the liver histopathology: group A cholelithiasis without steatosis (n=98), group B - cholelithiasis with steatosis (n=51) and group C - cholelithiasis with NASH (n=12). Results: Of the 161 patients subjected to cholecystectomy with a liver biopsy, 63 (39.1%) had NAFLD, of whom 12 (7.4%) also had NASH. A total of 137 (85%) of the patients were female, and 125 (78%) were Caucasian. Average age was 45 years. Arterial hypertension was observed in 40 (25%) patients, 17 (11%) had diabetes mellitus and 39 (24%) had metabolic syndrome. The clinical and laboratory findings with a statistically significant difference between group A and/or groups B and C were age, BMI, abdominal circumference, fasting blood sugar, total cholesterol, ALT and AST. Metabolic syndrome, insulin resistance and diabetes mellitus only exhibited a statistically significant difference between groups A and C. There were no clinical or laboratory findings or image abnormalities that differentiated steatosis from NASH. The first and second ultrasounds, which were carried out at different times, had sensitivities of 57% and 59% and specificities of 91% and 90%, respectively; both had accuracies of 78%. In the computed tomography, the index with the greatest sensitivity (50%), specificity (90.72%) and accuracy (74.53%) was CT2 (L/S), with a cutoff level of 1.0 for diagnosis of NAFLD. The histopathological parameters with statistically significant differences between the group without steatosis and group C and between groups B and C were Mallory bodies, portal inflammation and perivenular, perisinusoidal and portal fibrosis. Portal inflammation was more intense in patients in group C. There was a statistically significant difference in the intensity of macrovesicular steatosis between groups B and C; this was mild in 42 (82.4%) of the patients in the former group and in only 2 (3.9%) in the latter. There was a statistically significant difference in microvesicular steatosis and glycogenated nuclei between groups B and C. Logistic regression revealed that the associated risk factors for determining the probability of patients with cholelithiasis having NAFLD are increased values of blood glucose, HOMA-IR, total cholesterol abdominal circumference and steatosis on ultrasound. In the presence of three or four risk factors the probability of NAFLD was 91%. Conclusion: The prevalence of NASH in cholelithiasis patients was 7.4%, indicating that NAFLD is a serious problem in this group of patients. It is therefore very important to determine the risk factors for NAFLD in cholelithiasis patients who will be submitted to surgery in order to decide whether a liver biopsy should be performed, as this is the only diagnostic method for differentiating between steatosis and NASH
25

O valor da biópsia do fígado na doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica / The importance of liver biopsy in non-alcoholic fatty liver disease in patients with cholelithiasis submitted to laparoscopic cholecystectomy

Pinto, Monica Madeira 07 April 2011 (has links)
A colelitíase é uma doença frequente na população geral. Um dos seus fatores de risco é a diabetes melitus tipo 2, relacionada à anormalidades metabólicas associadas a sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e hábitos dietéticos. Fatores de risco semelhantes são encontrados na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A DHGNA engloba um espectro de condições patológicas que pode evoluir da esteatose, para esteato-hepatite (EHNA), fibrose, cirrose e neoplasia hepática. A distinção entre esteatose e EHNA é de grande relevância na prática clínica, em virtude de a primeira ser uma condição benigna e reversível, enquanto que a segunda apresenta potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Somente a biópsia hepática pode classificar e estadiar a DHGNA. A DHGNA e a colelitíase têm similaridade quanto à patogênese e aos fatores de risco, o que nos motivou a realizar este estudo. Os objetivos do trabalho foram: a) Definir a frequência da esteatose hepática e da EHNA em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica. b) Avaliar as alterações histopatológicas da DHGNA nos pacientes com colelitíase. c) Avaliar a acurácia dos exames de imagem-ultrassonografia abdominal (US) e tomografia computadorizada (TC) no diagnóstico da DHGNA. d) Relacionar aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem com diagnósticos histopatológicos de esteatose e EHNA em portadores de colelitíase. e) Analisar variáveis preditivas da DHGNA na indicação da biópsia hepática para os pacientes com colelitíase a serem submetidos à colecistectomia laparoscópica. Método: Foi realizado estudo prospectivo sequencial de pacientes portadores de colelitíase com indicação cirúrgica que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 161 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica e à biópsia hepática. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, à idade, história clínica e aos antecedentes pessoais, com ênfase nas comorbidades relacionadas à síndrome metabólica. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso (kg), altura (m) e circunferência abdominal (cm), sendo calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da avaliação bioquímica, foram avaliados parâmetros metabólicos através da dosagem da glicemia e insulinemia de jejum, índice de HOMA IR e perfil lipídico. Os pacientes foram submetidos a dois USs em momentos distintos, nos quais foram avaliados a vesícula biliar, as vias biliares e os possíveis diagnósticos qualitativo e quantitativo da esteatose hepática. Na tomografia abdominal, foram medidos os coeficientes de atenuação hepática e esplênica. O diagnóstico de esteatose foi determinado através de dois índices: TC1 (e-h) calculado pela diferença entre o valor da atenuação esplênica e hepática e o TC2 (h/e) medido pela fração da atenuação hepática sobre a esplênica. Antes da colecistectomia laparoscópica com exploração de vias biliares, foi realizada biópsia hepática com agulha de tru-cut no mesmo tempo cirúrgico. Os parâmetros histopatológicos utilizados para avaliar as biópsias hepáticas foram: esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, infiltrado inflamatório acinar e portal, balonização hepatocelular, corpúsculos hialino de Mallory, alterações ductulares e fibrose perissinusoidal, perivenular, portal, sobrecarga de ferro e pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Para o diagnóstico de EHNA, foi utilizado o escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS). Os 161 pacientes foram distribuídos em três grupos formados a partir do resultado da histopatologia hepática: Grupo A - colelitíase sem esteatose (n = 98), Grupo B - colelitíase com esteatose (n = 51) e Grupo C - colelitíase com esteatohepatite (n = 12). Resultados: Entre os 161 pacientes submetidos à colecistectomia com biópsia hepática, 63 (39,1%) eram portadores de DHGNA, dentre eles, 12/161 (7,4%) com EHNA. Cento e trinta e sete (85%) pacientes eram do sexo feminino; 125 (78%) eram brancos. A idade média global foi de 45 anos. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 40 (25%), diabetes mellitus tipo 2 em 17 (11%) e a síndrome metabólica em 39 (24%). Os aspectos clínicos, laboratoriais e comorbidades que apresentaram diferença estatística significantes entre o grupo A e os grupos B e C foram: idade, IMC, circunferência abdominal, glicemia em jejum, ALT. A síndrome metabólica, a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, AST e o colesterol total registraram diferença estatisticamente significante apenas entre os grupos A e C. Não existiram aspectos clínicos, laboratoriais ou de comorbidades que diferenciaram os portadores de esteatose e EHNA. Os exames de US I e II nas duas ocasiões revelaram sensibilidade de 57% e 59%, especificidade de 91% e 90%, respectivamente, e em ambos USs a acurácia foi de 78%. No exame de TC, o índice e o nível de corte de maior sensibilidade (50%), especificidade, (90,72%) e acurácia (74,53%) foi o índice TC 2 (h/e), com nível de corte menor que 1,0 para o diagnóstico da DHGNA. Os parâmetros histopatológicos que apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A e C e entre os grupos B e C foram: corpúsculos hialino de Mallory, infiltrado inflamatório portal e fibrose perivenular, perissinusoidal e portal. Houve maior grau de intensidade do infiltrado inflamatório portal nos pacientes do grupo C. Houve diferença estatística significante entre os grupos B e C com relação à esteatose microvesicular e a pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Pela regressão logística, foi avaliada a probabilidade de os pacientes portadores de colelitíase apresentarem DHGNA. Os fatores preditivos foram: aumento da glicemia, HOMA-IR, colesterol total, circunferência abdominal e esteatose ao US. Na presença de três ou quatro destes fatores de risco a probabilidade de DHGNA foi de 91%. Conclusão: A prevalência de EHNA em pacientes com colelitíase foi de 7,4% neste grupo de pacientes Assim, é de fundamental importância o reconhecimento dos fatores de risco para a DHGNA em pacientes com colelitíase que serão submetidos à intervenção cirúrgica. Assim sendo, a biópsia hepática durante o procedimento cirúrgico deve ser preconizada na vigência de fatores preditivos, pois é o único método para diferenciar esteatose de EHNA / Cholelithiasis is a very common disease in the population at large, and one of the risk factors is type II diabetes mellitus, which is related to metabolic disorders associated with overweight, obesity, insulin resistance, hypertriglyceridemia and dietary abnormalities. Similar risk factors are found in non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). NAFLD covers a spectrum of pathological conditions that can range from steatosis to steatohepatitis (NASH), fibrosis, cirrhosis and even liver cancer. The distinction between steatosis and NASH is of great importance in clinical practice because the former is a benign, reversible condition whereas the latter can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Only a liver biopsy, however, can be used to classify and stage NAFLD. NAFLD and cholelithiasis have similar pathogenesis and risk factors, a fact which led us to undertake this study, the aims of which were: a) to define the frequency of hepatic steatosis and NASH in patients with cholelithiasis undergoing laparoscopic cholecystectomy; b) to assess the accuracy of abdominal ultrasound imaging (US) and computed tomography (CT) in the diagnosis of NAFLD; c) to assess histological alterations caused by NAFLD in patients with cholelithiasis; d) to relate clinical, laboratory and imaging findings to histopathological diagnoses of steatosis and NASH in cholelithiasis; and e) to analyze predictors of NAFLD used when referring patients with cholelithiasis already scheduled for laparoscopic cholecystectomy for liver biopsy as well. Methods: We performed a prospective sequential study of patients with cholelithiasis who had been referred for surgery and had signed a voluntary informed-consent form. A total of 161 patients were analyzed after they had undergone a laparoscopic cholecystectomy and liver biopsy. Besides sex and age, clinical and medical history were recorded, with emphasis being placed on comorbidities related to metabolic syndrome. The anthropometric measurements weight (kg), height (m) and abdominal circumference (cm) were recorded during the physical examination and the body mass index was calculated. Biochemical and metabolic assessment parameters, including fasting blood sugar and fasting insulin, which were used to calculate the HOMA-IR index, and fasting lipid profile, were evaluated. Patients had two ultrasounds at different times to assess the gallbladder and bile ducts as well as the quantitative and qualitative diagnosis of hepatic steatosis. In the abdominal tomography, the attenuation coefficients of the liver and spleen were measured for diagnosis of steatosis based on two indices: CT1 (S-L), given by the difference between spleen and liver attenuations, and CT2 (L/S), given by the attenuation of the liver divided by the attenuation of the spleen. Before laparoscopic cholecystectomy with bile duct exploration, a liver biopsy with a tru-cut was performed. The following histological parameters were used to evaluate the liver biopsies: macrovesicular steatosis, microvesicular steatosis, acinar and portal inflammatory infiltrate, hepatocellular ballooning, Mallory bodies, ductal changes, perisinusoidal, perivenular and portal fibrosis, iron overload and glycogenated nuclei. The NAFLD activity score was used to diagnose NAFLD in the steatosis or NASH phases. A comparative analysis of the 161 patients was carried out after they had been divided into three groups according to the results of the liver histopathology: group A cholelithiasis without steatosis (n=98), group B - cholelithiasis with steatosis (n=51) and group C - cholelithiasis with NASH (n=12). Results: Of the 161 patients subjected to cholecystectomy with a liver biopsy, 63 (39.1%) had NAFLD, of whom 12 (7.4%) also had NASH. A total of 137 (85%) of the patients were female, and 125 (78%) were Caucasian. Average age was 45 years. Arterial hypertension was observed in 40 (25%) patients, 17 (11%) had diabetes mellitus and 39 (24%) had metabolic syndrome. The clinical and laboratory findings with a statistically significant difference between group A and/or groups B and C were age, BMI, abdominal circumference, fasting blood sugar, total cholesterol, ALT and AST. Metabolic syndrome, insulin resistance and diabetes mellitus only exhibited a statistically significant difference between groups A and C. There were no clinical or laboratory findings or image abnormalities that differentiated steatosis from NASH. The first and second ultrasounds, which were carried out at different times, had sensitivities of 57% and 59% and specificities of 91% and 90%, respectively; both had accuracies of 78%. In the computed tomography, the index with the greatest sensitivity (50%), specificity (90.72%) and accuracy (74.53%) was CT2 (L/S), with a cutoff level of 1.0 for diagnosis of NAFLD. The histopathological parameters with statistically significant differences between the group without steatosis and group C and between groups B and C were Mallory bodies, portal inflammation and perivenular, perisinusoidal and portal fibrosis. Portal inflammation was more intense in patients in group C. There was a statistically significant difference in the intensity of macrovesicular steatosis between groups B and C; this was mild in 42 (82.4%) of the patients in the former group and in only 2 (3.9%) in the latter. There was a statistically significant difference in microvesicular steatosis and glycogenated nuclei between groups B and C. Logistic regression revealed that the associated risk factors for determining the probability of patients with cholelithiasis having NAFLD are increased values of blood glucose, HOMA-IR, total cholesterol abdominal circumference and steatosis on ultrasound. In the presence of three or four risk factors the probability of NAFLD was 91%. Conclusion: The prevalence of NASH in cholelithiasis patients was 7.4%, indicating that NAFLD is a serious problem in this group of patients. It is therefore very important to determine the risk factors for NAFLD in cholelithiasis patients who will be submitted to surgery in order to decide whether a liver biopsy should be performed, as this is the only diagnostic method for differentiating between steatosis and NASH
26

Complicações e desconfortos em colecistectomias videolaparoscópicas: relação com as variáveis pré-operatórias e intraoperatórias / Discomforts and complications in laparoscopic cholecystectomy: relationship with preoperative variables and intraoperative

Carolina Nóvoa Fernandes 26 November 2013 (has links)
Introdução: A colelitíase é uma das afecções do sistema digestório mais frequente, acometendo 20% da população adulta. Atualmente, a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o tratamento de escolha nas doenças benignas da vesícula biliar, inclusive, na colecistite aguda. Entretanto, independente dos benefícios indiscutíveis da cirurgia minimalmente invasiva, esse procedimento não exclui a possibilidade de complicações ou desconfortos ao paciente no pós-operatório. Objetivo: Identificar a relação entre as variáveis pré e intra-operatórias e as ocorrências de complicações e desconfortos pós-operatórios em pacientes submetidos à CVL. Casuística e método: Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo descritivo, exploratório, de nível I e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 495 prontuários de pacientes submetidos à CVL, em caráter eletivo no Hospital Estadual de Diadema, no período entre janeiro de 2009 e agosto de 2012. Os dados foram obtidos com base no preenchimento de um instrumento semiestruturado, contendo: dados demográficos, variáveis clínicas do pré, intra e pós-operatórias. O estudo estatístico foi realizado no sistema SPSS 15.0, sendo adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Na amostra estudada houve: predominância do feminino (89,5%), residentes em Diadema (46,5%), estado civil casado (43,4%), baixa escolaridade (58%) e média de idade 48 anos (18 a 89 anos). A comorbidade mais prevalente foi obesidade (41%), seguida por hipertensão arterial (40,6%) e Diabetes mellitus tipo II (12,5%). A maior parte da amostra foi classificada como ASA II (55,8%), todos receberam cefazolina como antibioticoprofilaxia e 64% fizeram uso de Midazolan, como medicação pré-anestésica. Aproximadamente, a metade da população (49,3%) usou fármacos inalatórios, propofol, opióides e bloqueador neuromuscular no intra-operatório. Em relação a outras drogas utilizadas nesse período, 57,6% fizeram uso analgésico isolado (dipirona), 52,3% receberam anti-inflamatório (tenoxican) e 62,2% foram submetidos à terapia anti-emética com metoclopramida ou dimenidrato. O tempo cirúrgico médio foi de 80,5 minutos e a permanência média hospitalar de 43,7 horas. A prevalência de complicações ou desconfortos foi de 54,5% na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e de 51,7% na enfermaria médico-cirúrgica (EMC). Os eventos de maior ocorrência na SRPA foram hipertensão (46,5%), dor (8,5%) e náuseas e vômitos (5,5%), e na EMC, foram dor (32,5%), náuseas e vômitos (19,2%). A análise de regressão logística indicou a associação com o aparecimento de complicações e desconfortos na SRPA para as seguintes variáveis (OD Odds ratio, IC intervalo de confiança a 95%): idade (OR= 1,02 IC 1,01-1,04); ASA II (OR= 1,59 IC 1,03-2,45); e uso de cloridrato de tramadol no intra-operatório (OR= 0,57 IC 0,39-0,83). Na EMC, foram encontradas as seguintes associações: uso de dipirona no intra-operatório (OR= 0,41 IC 0,18-0,94); hipotireoidismo (OR= 0,33 IC 0,14-0,81); e tempo cirúrgico (OR= 1,57 IC 1,102,24). Conclusão: A idade, a classificação ASA e o tempo cirúrgico influenciaram no aparecimento de complicações ou desconfortos pós-operatórios. Em face dos dados obtidos, o enfermeiro deve estar apto a avaliar e identificar as condições precoces que possam indicar a ocorrência desses eventos e promover, em conjunto com a equipe multiprofissional, o conforto do paciente e seu sucesso terapêutico. / Introduction: Cholelithiasis is one of the digestive disorders more common, affecting 20 % of the adult population. Laparoscopic cholecystectomy (LC) is indicated for the treatment of all benign diseases of the gallbladder, including in acute cholecystitis. However, regardless of the benefits of the minimal invasive surgery it does not exclude the possibility of postoperative complications or discomfort to the patient. Objective To assess the relationship among pre and intraoperative factors and occurrences of complications and discomfort in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy in a community hospital. Method and Casuistic: This was a retrospective and descriptive study. The data was composed of 495 medical records of patients undergoing laparoscopic cholecystectomy surgery for elective, in a community hospital Diadema Hospital, between January 2009 and August 2012. The authors analyzed demographic and clinical variables pre and intra and postoperative complications. Statistical analysis was performed at SPSS 15.0 software, (significance level of 5%). Results: A total of 495 cases, there was a female prevalence (89.5 %), living in Diadema city (46.5 %), married (43.4 %), low education (58 %) and median age 48 years. Obesity (IMC > 35) was more prevalent (41 %), followed by hypertension (40.6 %) and Diabetes mellitus type II (12.5 %). The American Society of Anesthesiology classification (ASA) was II in 55.8%, all patients received prophylactic antibiotics (cefazolin) and 64% used midazolam before the surgical procedure. The anesthesy wasperformed with inhalatory drugs, propofol, opioids and neuromuscular block (49.3 %). During the intra-operative time 57.6 % received 52.3% dipyrone and 62.2% anti-inflammatory (tenoxican), antiemetic therapy (metoclopramide or dimenhydrinate) the mean operative time was 80.5 minutes and the hospital stay of 43.7 hours. The prevalence of complications or discomfort was 54.5% in the recovery room just after anesthesia (PACU), and 51.7% in the medical-surgical ward (EMC). The most frequent events in the PACU were hypertension (46.5 %), pain (8.5%) and nausea and vomiting (5.5%), and EMC, were pain (32.5 %), nausea and vomiting (19.2%). The logistic regression analysis showed an association with the onset of complications and discomfort in the recovery room for the following variables (OD Odds ratio, CI confidence interval 95 % ) : age (OR = 1.02 CI 1.01-1.04); ASA II (OR = 1.59 CI 1.03 to 2.45), and tramadol hydrochloride used during surgery (OR = 0.57 CI 0.39 to 0.83). At EMC, we found the following associations: Dipyrone intraoperatively (OR = 0.41 CI 0.18 to 0.94), hypothyroidism (OR = 0.33 CI 0.14 to 0.81), and operative time (OR = 1.57 CI 1.10 to 2.24). Conclusion: Age, ASA classification and surgical time had influence in the development of complications or discomfort postoperatively. Considering the results of this study, the nurse must be able to assess and identify conditions that may indicate the early occurrence of these events and promote, together with a multidisciplinary team, patient comfort and its therapeutic success.
27

Estudo das alterações histológicas da vesícula biliar de doentes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica por colecistolitíase / Study of the histological gallbladder alterations in patients submitted to laparoscopic cholecystectomy for cholecystolithiasis

Adriana Lúcia Agnelli Meirelles Costa 14 August 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer da vesícula biliar é a lesão maligna mais comum da árvore biliar e pouco se sabe sobre a sua carcinogênese. O possível caráter pré-neoplásico das alterações histológicas da vesícula biliar vem sendo estudado recentemente. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar as alterações histológicas da vesícula biliar no nosso meio e correlacioná-las com dados clínicos, e correlacionar as alterações metaplásicas, em separado, com as demais alterações encontradas. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo realizado entre novembro de 1999 a dezembro de 2006, foram avaliados 1.689 prontuários de doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica por colecistolitíase. Os doentes foram divididos em relação à idade em doentes com até 60 anos e com mais de 60 anos. Em relação ao tempo de sintomas antes da cirurgia foram agrupados em doentes sem sintomas, doentes com sintomas até 1 ano, e doentes com sintomas por mais de 1 ano antes da cirurgia. Em relação ao tamanho e número dos cálculos foram agrupados em doentes com cálculos de até 10 mm, e aqueles com cálculos maiores que 10 mm, e em doentes com cálculos únicos ou múltiplos. RESULTADOS: Eram mulheres 1.238 doentes (73,3%) e 451 eram homens (26,7%). Apresentaram idade de até 60 anos 1.192 doentes (70,6%) e 497 (29,4%) apresentaram mais de 60 anos. Apresentaram cálculos menores que 10 mm 1.319 doentes (78,1%) e 370 doentes (21,9%) apresentaram cálculos maiores que 10 mm. Foi observado inflamação aguda em 174 doentes (10,3%), gangrena em 23 (1,4%), abscesso em 8 (0,4%), colesterolose em 305 (18,1%), adenomiomatose em 40 (2,4%), colecistite xantogranulomatosa em 29 (1,7%), fibrose em 12 (0,7%), escleroatrofia em 20 (1,2%), pólipo hiperplásico em 3 (0,2%), pólipo de colesterol em 17 (1,0%), metaplasia pilórica em 72 (4,3%), metaplasia intestinal em 18 (1,1%), displasia em 4 (0,2%), câncer em 2 (0,1%). Não foram observados pólipos adenomatosos. CONCLUSÕES: O sexo masculino apresenta maior freqüência de complicações inflamatórias que o feminino. Não há relação entre o tempo de sintomas e uma maior ocorrência das alterações histológicas estudadas, excetuando-se a colecistite xantogranulomatosa. Nos doentes idosos há maior ocorrência de adenomiomatose, gangrena e abscesso. Há aumento progressivo de idade para a ocorrência de metaplasia pilórica, metaplasia intestinal, displasia e câncer. O tamanho dos cálculos não guarda relação com a ocorrência das alterações estudadas, exceto para colecistite aguda que se associou com cálculos pequenos e múltiplos. Há associação entre a ocorrência de metaplasia pilórica e adenomiomatose, metaplasia pilórica e displasia, metaplasia pilórica e câncer. Há também associação entre a ocorrência de metaplasia intestinal e metaplasia pilórica, metaplasia intestinal e adenomiomatose, metaplasia intestinal e displasia, metaplasia intestinal e câncer. / INTRODUCTION: Gallbladder cancer is the most common malignant lesion of the biliary tree; yet, little is known about its carcinogenesis. The possible preneoplastic character of histological gallbladder alterations has been studied in recent medical literature. The purpose of this study was to identify and quantify histological gallbladder alterations in our population, to correlate them with clinical data, and to correlate the metaplastic alterations, separately, with the other histological alterations found. METHODS: In this retrospective study conducted between November,1999 and December, 2006, the medical records of 1.689 patients who were submitted to laparoscopic cholecystectomy by cholecystolithiasis were analyzed. The patients were classified according to age: 60 years or younger, and older than 60. In relation to the duration of symptoms before the surgery, they were grouped according to: patients without symptoms, patients with symptoms for 1 year or less, and patients with symptoms for over 1 year before the surgery. In relation to the size and number of the gallstones, they were grouped according to: patients with gallstones of 10 mm or less, and those with gallstones over 10 mm, and those with single or multiple gallstones. RESULTS: There were 1,238 (73.3%) female and 451 (26.7%) male patients. In relation to age, 1,192 patients were 60 or younger (70.6%) and 497 (29.4%) were older than 60. There were 1.319 (78.1%) patients with gallstones smaller than 10 mm and 370 patients (21.9%) with gallstones larger than 10mm. Acute choelcystitis was observed in 174 patients (10.3%), gangrene in 23 (1.4%), abscess in 8 (0.4%), cholesterolosis in 305 (18.1%), adenomyomatosis in 40 (2.4%), xanthogranulomatous cholecystitis in 29 (1.7%), fibrosis in 12 (0.7%), sclero-atrophic gallbladder in 20 (1.2%), hyperplasic polyp in 3 (0.2%), cholesterol polyp in 17 (1.0%), pyloric metaplasia in 72 (4.3%), intestinal metaplasia in 18 (1.1%), dysplasia in 4 (0.2%), and cancer in 2 (0.1%). No adenomatous polyp was found. CONCLUSIONS: Male patients have more inflammatory complications than females. With the exception of xanthogranulomatous cholecystitis, there is no correlation between symptom duration and an increased occurrence of the histological alterations studied. In the elderly patients, the occurrence of adenomyomatosis, gangrene and abscess is more frequent. The size of gallstones has no relationship with the occurrence of the histological alterations studied, except for acute cholecystitis, which is associated with small and multiple gallstones. There is an association between pyloric metaplasia and the following: adenomyomatosis, dysplasia, and cancer. There is also an association between intestinal metaplasia and the following: pyloric metaplasia, adenomyomatosis, dysplasia, and cancer.
28

Efeitos da abreviação do jejum pré-operatório com carboidratos e glutamina na resposta metabólica de pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica. Estudo controlado randomizado duplo cego / The effects of the abbreviation of preoperative fasting with carbohydrate and glutamine on the metabolic response after videolaparoscopic cholecystectomy. A double blind randomized trial

Nascimento, Diana Borges Dock 05 April 2012 (has links)
Introdução: O jejum prolongado pré-operatório aumenta a resistência periférica à insulina. Foi investigado se a abreviação do jejum pré-operatório com uma bebida contendo carboidrato e glutamina melhora a resposta orgânica ao trauma cirúrgico. Métodos: Quarenta e oito pacientes adultas, do sexo feminino (19-62 anos) candidatas a colecistectomia videolaparoscópica eletiva. As pacientes foram aleatoriamente divididas em quatro grupos: grupo jejum convencional (grupo Jejum), ou em três grupos para receber três tipos diferentes bebidas oito horas (400 mL) e duas horas antes da indução anestésica (200ml): água pura (grupo Placebo), água mais dextrinomaltose (grupo carboidrato; 12,5% de dextrinomaltose) e grupo glutamina (grupo glutamina; 12,5% de dextrinomaltose e respectivamente 40 e 10g de glutamina). As amostras de sangue foram coletadas no período pré e pós-operatório. Resultados: não houve nenhum evento de aspiração ou regurgitação do conteúdo gástrico manifesto por sinais e sintomas clínicos, durante a indução anestésica, ou em qualquer outro momento do estudo. Também não houve nenhum óbito ou complicação pós-operatória. A média e o erro padrão médio da resistência à insulina determinada pelo HOMA-IR realizada no pós-operatório foi maior (p<0,05) no grupo que permaneceu em jejum (4,3±1,3) quando comparado com os outros três grupos de pacientes (Placebo, 1,6±0,3); carboidrato, (2,3±0,4) e glutamina, (1,5±0,1). A medida da glutationa peroxidase sérica, medida nos dois períodos foi maior no grupo glutamina (40±3,0) que nos grupos carboidrato (32±2,0) e jejum (32±2,0) (p<0,01). Ao se comparar o comportamento da IL-6 sérica em cada grupo estudado no período pré e pós-operatório, observou-se que o grupo glutamina foi o único sem diferença, enquanto nos demais a IL-6 aumentou no pós-operatório (p<0,01). No período pós-operatório a razão proteína-C-reativa/albumina foi maior no grupo jejum quando comparado com os grupos carboidrato (p=0,04) e glutamina (p=0,01). O balanço nitrogenado acumulativo foi menos negativo no grupo glutamina (-2,5±0,8 gN) que nos grupos placebo (-9,0±2,0 gN; p=0,001) e jejum (-6,6±0,4 gN; p=0,04). Conclusão: A abreviação do jejum pré-operatório com uma bebida contendo carboidrato e glutamina melhora a resistência periférica a insulina, a resposta anti-oxidativa e diminui a resposta inflamatória de pacientes submetidas à colecistectomia videolaparoscópica eletiva / Introduction: Prolonged preoperative fasting increases insulin resistance. We investigated whether an abbreviated preoperative fast with glutamine plus a carbohydrate based beverage would improve the organic response after surgery. Methods: Forty-eight female patients (19-62 years) candidates for video-cholecystectomy were randomized to either standard fasting (fasting group) or to fasting with one of three different beverages. Beverages were consumed 8 hours (400 mL; placebo group: water; glutamine group: water with 50 g maltodextrine plus 40 g glutamine; and carbohydrate group: water with 50 g maltodextrine) and 2 hours (200 mL; placebo group: water; glutamine group: water with 25 g maltodextrine plus 10 g glutamine; and carbohydrate group: water with 25 g maltodextrine) before anesthesia. Blood samples were collected pre- and postoperatively. Results: There were no cases of regurgitation during anesthesia. The mean [SEM] postoperative HOMA-IR was greater (p<0,05) in fasted patients (4,3±1,3) than in the other groups (placebo, 1,6±0,3); carbohydrate, (2.3±0,4); and glutamine, (1,5±0,1). Glutathione peroxidase (U/g hemoglobin) was significantly higher (40±3,0) in glutamine group than both carbohydrate (32±2,0) and fasting (32±2,0) groups (p< 0,01). Interleukin-6 increased in all groups except the glutamine group. The C-reactive protein/albumin ratio was higher in fasting subjects than carbohydrate (p=0,04) and glutamine (p=0,01) groups. The nitrogen balance was less negative in glutamine (-2,5±0,8 gN) than both placebo (-9,0±2,0 gN; p=0,001) and fasting (-6,6±0,4 gN; p=0,04) groups. Conclusions: Preoperative intake of a glutamine-enriched carbohydrate beverage improves insulin resistance and antioxidant defenses, and decreases the inflammatory response after videolaparoscopic cholecystectomy
29

Diagnósticos de enfermagem de pacientes em período pós-operatório imediato de cirurgia de colecistectomia laparoscópica / Nursing diagnoses for patients in the immediate post-operative period after laparoscopic cholecystectomy

Dalri, Cristina Camargo 27 June 2005 (has links)
Esse estudo teve como objetivos identificar os diagnósticos de enfermagem presentes em pacientes em pós-operatório imediato de colecistectomia, submetidos à anestesia geral com base na Taxonomia II da North American Nursing Diagnoses Association (NANDA) e no Modelo Conceitual de Horta; analisar os diagnósticos de enfermagem presentes nesses pacientes em relação aos fatores relacionados, características definidoras e fatores de risco e em relação ao seu estabelecimento e resolução no pós-operatório imediato; dentre os pacientes estudados que apresentaram o Diagnóstico de Enfermagem de Dor aguda, identificar as manifestações de dor apresentadas no pós-operatório imediato e compará-las com as características definidoras apresentadas pela NANDA e por outras literaturas. Para a etapa de coleta de dados, foi elaborado e validado um instrumento de coleta de dados com base no Modelo Conceitual de Wanda Horta. Foram avaliados 15 pacientes adultos no período pós-operatório imediato de colecistectomia laparoscópica, durante o período de setembro de 2004 a janeiro de 2005, no Centro de Recuperação Pós-anestésica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Para o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem, utilizou-se um modelo de processo raciocínio diagnóstico, sendo esses nomeados de acordo com a Taxonomia II da NANDA. Foram identificados nove diferentes diagnósticos de enfermagem: Integridade tissular prejudicada (100%), Risco para infecção (100%), Percepção sensorial perturbada (100%), Risco para aspiração (100%), Risco para função respiratória alterada (80%), Hipotermia (60%), Risco para temperatura corporal desequilibrada (40%), Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais (33,3%) e Dor aguda (26,7%). Para cada diagnóstico foram identificados e discutidos os fatores relacionados e características definidoras. Os pacientes que manifestaram o diagnóstico de enfermagem de Dor aguda apresentaram as seguintes características definidoras: relato verbal, evidência observada, expressão facial e comportamento de defesa. Observamos que todas essas manifestações são características definidoras apresentadas pela NANDA (2002) para esse diagnóstico. Em relação ao seu estabelecimento e resolução no pós-operatório imediato, os diagnósticos de enfermagem Risco para aspiração, Percepção sensorial perturbada e Hipotermia foram resolvidos em 50 minutos após a sua identificação. Para os diagnósticos de Risco para função respiratória alterada, Risco para temperatura corporal desequilibrada e Dor aguda, o tempo médio de resolução foi de 63,7, 77,5 e 36 minutos, respectivamente. Destacamos que os diagnósticos de Integridade tissular prejudicada, Risco para infecção e Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais estiveram presentes desde a admissão do paciente no Centro de recuperação pós-anestésica até o momento da alta do paciente. / This study aimed to identify what nursing diagnoses are present in patients who had been submitted to general anesthesia during the immediate post-operative period after cholecystectomy, based on North American Nursing Diagnoses Association (NANDA) Taxonomy II and on Horta?s Conceptual Model; to analyze the nursing diagnoses that were present in these patients in terms of related factors, defining characteristics and risk factors, as well as with respect to their development and solution in the immediate post-operative period; to identify, among those study participants who presented the Nursing Diagnosis of Acute pain, the pain manifestations they presented during the immediate post-operative period and to compare them with the defining characteristics presented by NANDA and other literature sources. With a view to data collection, we elaborated and validated a data collection instrument on the basis of Wanda Horta?s Conceptual Model. 15 adult patients were evaluated in the immediate post-operative period after laparoscopic cholecystectomy, between September 2004 and January 2005, at the Post-Anesthesia Recovery Center of the University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School Hospital das Clínicas. The nursing diagnoses were established by means of a diagnostic reasoning process model, and were named in accordance with NANDA Taxonomy II. We identified nine different nursing diagnoses: Impaired tissue integrity (100%), Risk for infection (100%), Sensory perception alterations (100%), Risk for aspiration (100%), Risk for altered respiratory function (80%), Hypothermia (60%), Risk for imbalanced body temperature (40%), Altered nutrition: more than body needs (33,3%) and Acute pain (26,7%). For each diagnosis, we identified and discussed the related factors and defining characteristics. Patients with the nursing diagnosis of Acute pain presented the following defining characteristics: verbal report, observed evidence, facial expression and defense behavior. We observe that all of these manifestations are defining characteristics NANDA (2002) presented for this diagnosis. With respect to their development and solution during the immediate post-operative period, the nursing diagnoses Risk for aspiration, Sensorial perception alterations and Hypothermia were solved within 50 minutes after their identification. For the diagnoses Risk for altered respiratory function, Risk for imbalanced body temperature and Acute pain, average solution time was 63.7, 77.5 and 36 minutes, respectively. We highlight that diagnoses of Impaired skin integrity, Risk for infection and Unbalanced nutrition: more than body requirements were present from the patient admission on Post anesthesia Care Unit until the patient?s discharge.
30

Achados de tomografia computadorizada em pacientes com diagnóstico clínico e epidemiológico de infecção hospitalar por micobactéria de crescimento rápido após cirurgias laparoscópicas / Computed tomography findings in patients with clinical and epidemiological diagnosis of nosocomial infections due to rapidly growing mycobacteria after laparoscopic surgery

Volpato, Richard 18 July 2014 (has links)
Introdução: No ano de 2007, foram diagnosticados 190 casos de infecção hospitalar por Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR) em pacientes submetidos a cirurgias videoassistidas em hospitais da região metropolitana de Vitória/ES. Os pacientes foram acompanhados na unidade de referência do Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM/UFES), onde foi instituído tratamento específico e estabelecida investigação por métodos de imagens, sobretudo Tomografia Computadorizada (TC), para identificação do número, extensão e localização das lesões. Objetivo: Identificar a distribuição e a frequência dos achados de TC em pacientes com diagnóstico clínico e epidemiológico de infecção hospitalar por MCR após cirurgias laparoscópicas. Métodos: Foi conduzido um estudo descritivo utilizando os dados de prontuários da unidade de referência do HUCAM/UFES e as imagens das tomografias computadorizadas realizadas. Os exames foram analisados, em consenso, por dois radiologistas, que identificaram, separadamente, o comprometimento de pele/subcutâneo, de planos musculofasciais da parede abdominal e do intraperitoneal. Os padrões de comprometimento tabulados foram: densificações, coleções, nódulos maiores ou iguais a 1,0 cm (nódulos), nódulos menores que 1,0 cm (nódulos pequenos), nódulos com pseudocavitação e nódulos pequenos com pseudocavitação. Resultados: 26 pacientes atendiam aos critérios preestabelecidos. As infecções foram relacionadas a: nove cirurgias bariátricas, uma cirurgia bariátrica com colecistectomia, sete colecistectomias, uma colecistectomia somada à correção de hérnia inguinal com colocação de tela, três cirurgias para correção de refluxo gastroesofágico (CRGE), três laparoscopias diagnósticas, uma salpingectomia e uma apendicectomia.O menor intervalo de tempo entre a cirurgia e o exame de tomografia computadorizada foi de 8 dias, o maior, 351 dias, com média de 112 dias e mediana de 83. Todos os pacientes apresentaram algum achado de imagem no subcutâneo, sendo que seis pacientes tiveram comprometimento exclusivo na pele/subcutâneo, e os demais apresentaram comprometimento concomitante de planos musculofasciais e/ou intraperitoneal. Os achados no subcutâneo foram: densificação (88,4%), nódulo pequeno (61,5%), nódulo pequeno pseudocavitado (23,0%), nódulo (38,4%), nódulo pseudocavitado (15,3%) e coleção (26,9%); os achados nos planos musculofasciais foram: densificação (61,5%), nódulo pseudocavitado (3,8%) e coleção (15,3%); e os achados intraperitoneais foram: densificação (46,1%), nódulo pequeno (42,3%), nódulo (15,3%) e coleção (11,5%). Nenhum dos cinco pacientes que realizaram a biópsia subcutânea anteriormente à TC apresentou nódulo subcutâneo maior do que 1,0 cm; comparativamente, dentre aqueles que realizaram a biópsia após a TC, constatou-se que 10 pacientes (47,6%) apresentaram nódulos subcutâneos. A comparação entre os 16 pacientes com intervalo de tempo entre cirurgia e TC menor do que 3 meses e os 10 pacientes com intervalo maior do que 3 meses demonstrou que: os pacientes com menor intervalo de tempo apresentavam maior porcentagem de densificações no subcutâneo (100%), nos planos musculofasciais (81,2%) e intraperitoneais (70,0%); já no grupo com maior intervalo, as porcentagens foram de 66,6%, 30,0% e 10,0%, respectivamente. Conclusão: os achados tomográficos, em ordem decrescente de frequência, foram: a) no subcutâneo: densificação, nódulo pequeno, nódulo, nódulo pequeno pseudocavitado, nódulo pseudocavitado e coleção; b) nos planos musculofasciais: densificação, coleção e nódulo pseudocavitado; e c) intraperitoneal: densificação, nódulo pequeno, nódulo e coleção / Introduction: In 2007, 190 cases of hospital-acquired infection due to rapidly growing mycobacterial (RGM) were diagnosed in patients undergoing video-assisted surgery in the hospitals of the metropolitan region of Vitória, ES (Brazil). The patients were followed at the referral unit of the University Hospital Cassiano Antonio de Moraes of the Federal University of Espírito Santo (HUCAM), where specific treatment was instituted and research by imaging methods - particularly computed tomography (CT) - was initiated to identify the number, extent, and location of the lesions. Objective: To identify the distribution and frequency of CT findings in patients with clinical and epidemiological diagnosis of hospital-acquired RGM infection after laparoscopic surgery. Method: A descriptive study was conducted using medical records data from the referral unit of the HUCAM and the computed tomography (CT) images. The scans were analyzed by two radiologists, in consensus, who individually identified compromised skin/subcutaneous areas, muscle-fascial planes of the abdominal wall and intraperitoneal regions. The involvement patterns were tabulated as: densification, collections, nodules >= 1.0 cm (nodules), nodules < 1.0 cm (small nodules), pseudocavitated nodules, and small pseudocavitated nodules. Results: Twenty-six patients met the established criteria. The infections were related to 9 bariatric surgeries, 1 bariatric surgery with cholecystectomy, 7 cholecystectomies, 1 cholecystectomy along with inguinal hernia correction with screen placement, 3 surgeries for correction of gastroesophageal reflux, 3 diagnostic laparoscopies, 1 salpingectomy, and 1 appendectomy. The shortest time interval between surgery and CT examination was 8 days and the longest interval was 351 days, with a mean of 112 days and a median of 83 days. All patients presented subcutaneous involvement on the CT image; 6 patients had exclusive impairment in the skin/subcutaneous tissue whereas the others had concomitant impairment in musculo-fascial and/or intraperitoneal planes. The subcutaneous findings were: densification (88.4%), small nodules (61.5%), small pseudocavitated nodules (23.0%), nodules (38.4%), pseudocavitated nodules (15.3%), and collections (26.9%). The findings in the musculo-fascial planes were: densification (61.5%), pseudocavitated nodules (3.8%), and collections (15.3%). The intraperitoneal findings were: densification (46.1%), small nodules (42.3%), nodules (15.3%) and collections (11,5%). None of the 5 patients who underwent biopsy before CT showed subcutaneous nodules larger than 1.0 cm; in contrast, of those who underwent biopsy after CT, 10 patients (47.6%) had subcutaneous nodules. A comparison between the 16 patients with a time interval of less than 3 months between surgery and CT, and the 10 patients with an interval of more than 3 months showed that patients with a shorter time interval had a higher percentage of subcutaneous densification (100%), musculo-fascial plane densification (81.2%), and intraperitoneal densification (70.0%); for those with a longer interval, the percentages were 66.6%, 30.0%, and 10.0%, respectively. Conclusion: the subcutaneous CT findings in descending order of frequency were: densification, small nodules, nodules, small pseudocavitated nodules, pseudocavitated nodules, and collections. The musculo-fascial plane CT findings were: densification, collections, and pseudocavitated nodules. The intraperitoneal CT findings were: densification, small nodule, nodules and collections

Page generated in 0.4391 seconds