Spelling suggestions: "subject:"solo doo útero"" "subject:"solo doo utero""
131 |
Ações de equipes da estratégia saúde da família na prevenção do câncer de colo de útero / Actions of family health strategy teams in prevention of uterine cervical cancerIácara Santos Barbosa Oliveira 18 March 2011 (has links)
O câncer de colo de útero (CCU) constitui um sério problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, devido às altas taxas de prevalência e mortalidade, principalmente entre as mulheres de nível socioeconômico baixo e em fase produtiva de suas vidas. Representa a quarta causa de morte, por câncer, no sexo feminino, em nosso país, onde cerca de 70% dos casos desse câncer são diagnosticados em fase avançada. Isto ocorre devido ao fato de uma grande parte das mulheres brasileiras não se submeterem regularmente ao exame preventivo de Papanicolaou, um método aceito pela população e comunidade científica, seguro, de fácil execução, não invasivo e de baixo custo. Em Passos-MG, a cobertura desse exame está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). Nesse sentido, este estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, teve como objetivo identificar e analisar as ações implementadas pelas 17 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município, para a prevenção e detecção precoce do CCU. Foram entrevistados 73 trabalhadores, sendo 11 médicos, 12 enfermeiros, 16 técnicos de enfermagem e 34 agentes comunitários de Saúde (ACS), que se mostraram empenhados em favorecer a prevenção, promoção e diagnóstico precoce do CCU e entendem que o controle desse depende, essencialmente, de ações desenvolvidas por eles. Deixaram evidente a necessidade de complementação das ações e atividades que já são realizadas junto às mulheres, uma vez que essas ações acontecem, mas de forma pouco sistemática e sem uma rotina adequada. Deficiências da infra-estrutura oferecida e a inserção inadequada dos profissionais no serviço de saúde, alguns sem vínculo empregatício, assim como a fragilidade ou inexistência, ou ainda a má divulgação de práticas de educação em saúde fazem com que a assistência seja comprometida. Por outro lado, evidenciou-se o despertar dos profissionais para essa prática e para sua efetivação é preciso adequação das equipes de saúde da família, tendo como foco o aperfeiçoamento dos profissionais e incentivos, possibilitando o conhecimento teórico, prático e as atualizações necessárias, pois o êxito de ações para prevenção desse câncer depende da reorganização da assistência à saúde nos serviços, visando a qualidade e continuidade das ações integrais para as mulheres. Alianças e parcerias, com escolas, indústrias entre outros, assim como a existência de um protocolo de atendimento poderão direcionar as ações, apoiar decisões e nortear a organização do processo de trabalho. É importante o envolvimento de todos os profissionais que compõem a ESF como conhecedores da epidemiologia, dos fatores de risco, dos sinais e sintomas e dos instrumentos existentes para a prevenção do referido câncer. É preciso, ainda, que haja uma real preocupação com a gravidade dessa doença, por parte dos profissionais e de todos os responsáveis nos níveis federal, estadual e municipal, de forma a garantir o acesso aos serviços de saúde, uma assistência de qualidade proporcionada por profissionais qualificados, dentro de uma infra-estrutura adequada. / The uterine cervical cancer (CCU) form a serious problem for the health public in developing countries, because of the high prevail and mortality rates, specially between low economic social level of women and in the productive phase of their lives. It represents the 4º causes of death, by cancer, in the female sex in our country where 70% of these cancer cases are diagnosed in an advanced phase. This fact happens because a great part of the Brazilian women don´t do the prevent Papanicolaou exam regularly, a method that is accepted by the population and the cientific comunity, it is safe, easy to be done, not invading and cheap. In Passos-MG the cost of this exam is bellow the commend publicly by the Ministry of Health (MS).This descripted and exploratory study, with quantity approach had as objective to identify and analyse the used actions by the 17 teams of the Family Health Strategy (ESF) of the municipal district to prevention and early detection of the CCU. They interviewed 73 workers, composed by 11 doctors, 12 nurses, 16 nursing technical and 34 health communitarian agents (ACS) that made every effort in propiciating the prevention, promotion and early diagnosys of the CCU and they know that the control of this depends, specially of actions and activities that they had already done with these women, since these actions are done, but in a little systematic form and without an adequate routine. Deficiency in the infrastructure offered and the inappropriate insert of professionals in the service of health, some of them without employed link and the fragility or inexistency or the bad divulgation of practice in health education make the help compromised. Otherwise it made evident the awaking of professionals to this practice and for its effectivation it needs changing in the family health teams, having in view the improving of professionals and incentive, making it possible the teoric and pratical knowledge and the necessary update, because the success of actions to prevent this cancer depends on the reorganization of view the quality and continuity of whole actions for women. Alliances and associations to schools, industries and others and an existence of a register of service can conduct the actions, give support to decisions and give directions to the organization of the process of work. It´s important to get all the professionals that form the ESF as experienced of the epidemiology of the coefficient of risk, signals and symptoms and instruments that exist to prevent this cancer. It is needed that there is a worry with the danger of this disease by professionals and all the responsable people on the federal state and municipal levels to make sure the access of the health services, a quality aid given by qualified professional, in a proper infrastructure.
|
132 |
Expressão da proteína superóxido desmutase 2 como biomarcador de neoplasias do colo do útero / Expression of protein superoxide dismutase 2 as a biomarker of cervical cancerBurger, Mariana Genaro, 1982- 24 August 2018 (has links)
Orientadores: Luiz Carlos Zeferino, Silvia Helena Rabelo dos Santos / Texto em português e inglês / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T17:34:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Burger_MarianaGenaro_M.pdf: 2615876 bytes, checksum: 488a52bb185fe37468bb4b59d9eb01b6 (MD5)
Previous issue date: 2014 / Resumo: O papel da proteína SOD2 na carcinogênese e progressão tumoral, particularmente no carcinoma de células escamosas do colo uterino, continua a ser o objeto de incerteza e controvérsia. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a variabilidade na expressão da proteína SOD2 em cortes histológicos de epitélio cervical. Este estudo transversal incluiu 277 mulheres com indicação de procedimento conização ou excisão da zona de transformação devido a suspeita de NIC 2 ou lesão mais grave. A expressão SOD2 foi avaliada por ensaios de imunoistoquímicos realizados com base na porcentagem de células coradas em áreas representativas do diagnóstico histopatológico. A expressão positiva, independentemente da intensidade foi positivamente associada com o diagnóstico de NIC2/ NIC3 (OR = 2,64; 1,57-4,60) e carcinoma (OR = 14,32; 4,08-50,26). Tomando expressão SOD2 como referência para casos de NIC2/ NIC3, observou-se que a expressão positiva, independentemente da intensidade foi positivamente associada com um diagnóstico de carcinoma (OR = 5,33; 1,56-18,25). Observou-se que a expressão intensa SOD2 foi positivamente associada com o diagnóstico de NIC2/ NIC3 (OR = 7,31; 1,68-31,86) e carcinoma (OR = 36,63; 7,76-172,85). Quando a expressão de SOD2 foi tomada como referência para casos NIC2/ NIC3, observou-se que a expressão intensa foi positivamente associada com um diagnóstico de carcinoma (OR = 5,01; 2,24-11,20). Expressão SOD2 é observada com maior frequência e mais intensa em NIC2/ NIC3 e carcinoma espinocelular do que em tecido normal / NIC 1 . Além disso, a expressão SOD2 também é mais frequente e intensa em carcinomas do que em NIC2/ NIC3. Embora NIC2/ NIC3 e carcinomas invasivos iniciais são lesões contíguas na carcinogênese cervical, a expressão SOD2 pode diferenciá-los / Abstract: The role of SOD2 protein in carcinogenesis and tumor progression, particularly in squamous cell carcinoma of the uterine cervix, remains the object of uncertainty and controversy. Therefore this study aimed to evaluate the variability in SOD2 protein expression in histological specimens from cervical epithelium. This study cross-sectional study included 277 women with indication of conization procedure or transformation zone excision due to suspicion of CIN 2 or more severe lesion. The SOD2 expression was assessed by performed immunohistochemical assays based on the percentage of stained cells in representative areas of the histopathological diagnosis. Positive expression regardless of intensity was positively associated with a diagnosis of CIN2/CIN3 (OR=2.64; 1.57- 4.60) and carcinoma (OR=14.32; 4.08-50.26). Taking SOD2 expression as a reference for cases of CIN2/CIN3, it was observed that a positive expression, regardless of intensity was positively associated with a diagnosis of carcinoma (OR=5.33; 1.56-18.25). It was observed that intense SOD2 expression was positively associated with a diagnosis of CIN2/CIN3 (OR=7.31; 1.68-31.86) and carcinoma (OR=36.63; 7.76-172.85). When SOD2 expression was taken as a reference for CIN2/CIN3 cases, it was observed that intense expression was positively associated with a diagnosis of carcinoma (OR=5.01; 2.24-11.20). SOD2 expression is most frequently observed and more intense in CIN2/CIN3 and squamous carcinoma than in normal tissue/CIN 1. In addition, SOD2 expression is also more frequently observed and intense in carcinoma than in CIN2/CIN3. Although CIN 2/CIN 3 and early invasive carcinomas are contiguous lesions in cervical carcinogenesis, SOD2 expression can differentiate them / Mestrado / Oncologia Ginecológica e Mamária / Mestra em Ciências da Saúde
|
133 |
Impact of cervical cytology screening on the prevalence of cervical cytological results = Impacto do rastreamento do câncer do colo do útero na prevalência de resultados citológicos / Impacto do rastreamento do câncer do colo do útero na prevalência de resultados citológicosVale, Diama Bhadra Andrade Peixoto do, 1978- 29 May 2013 (has links)
Orientador: Luiz Carlos Zeferino / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-22T21:06:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Vale_DiamaBhadraAndradePeixotodo_D.pdf: 2458866 bytes, checksum: 5cf40849bf3e978225063c3bfedc7aea (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: INTRODUÇÃO: O exame citológico ainda é o método de rastreamento mais utilizado para a prevenção do câncer do colo do útero. Apesar da sua alta eficiência na prevenção do carcinoma escamoso invasivo, esses benefícios não são tão claros para as lesões escamosas em mulheres jovens e para o adenocarcinoma invasivo. Além disso, esse efeito protetor varia de acordo com o intervalo de realização dos controles. Uma vez que o teste de HPV não é recomendado para mulheres com menos de 30 anos de idade, a avaliação cuidadosa do desempenho do rastreamento neste grupo etário pode auxiliar os médicos a selecionar criteriosamente aquelas que irão ser encaminhadas para prosseguimento diagnóstico. OBJETIVO: Avaliar o impacto do rastreamento do câncer do colo do útero na prevalência dos resultados citológicos em função da idade da mulher e do intervalo entre os controles. MÉTODOS: Foi analisado o banco de dados de um laboratório central de citopatologia. O estudo incluiu 2.002.472 testes obtidos de mulheres previamente rastreadas e 217.826 testes obtidos de mulheres não previamente rastreadas. A Razão de Prevalência (RP) com um intervalo de confiança de 95% foi calculada para os resultados de testes de mulheres rastreadas em relação aos testes de mulheres não rastreadas, em função da idade. O laboratório utiliza o Sistema de Bethesda desde 1998, mas ainda subdivide o resultado Lesão Intraepitelial de Alto Grau (HSIL) em dois níveis: HSIL-CIN 2 e HSIL-CIN 3. RESULTADOS Para HSIL, a RP dos testes de mulheres rastreadas em relação aos testes de mulheres não rastreadas foi de 0,97 (0,83-1,13) em mulheres abaixo de 20 anos e 0,99 (0,86-1,14) para mulheres entre 20 e 24 anos, diminuindo significativamente em mulheres entre 25 e 29 anos (RP 0,63, 0,52-0,76). As RP para o carcinoma espinocelular (SCC), adenocarcinoma in situ (AIS) e adenocarcinoma invasivo apresentaram uma redução significativa em todos os grupos etários acima de 30 anos. Para o grupo etário 30 a 59 anos, a proteção conferida pelo rastreamento para SCC, AIS e adenocarcinoma invasivo foi de 83% ou mais, para intervalos de realização dos exames entre 1 e 5 anos. Para mais de cinco anos de intervalo, o efeito protetor oferecido para SCC foi de 50%. Nas mulheres não previamente rastreadas, a prevalência de lesões intraepiteliais de baixo grau (LSIL) e HSIL-CIN 2 diminuíram com a idade, enquanto que para HSIL-CIN 3 a prevalência aumentou. Ainda nesse grupo de testes, a prevalência de HSIL-CIN 2 foi maior do que a de HSIL-CIN 3 para mulheres de até 29 anos (RP = 4,73, 3,90-5,75) e mais baixa para os grupos de 30 a 49 anos (RP = 0,66, 0,50-0,87) e 50 anos ou mais (RP = 0.21,0.12-0.36). No grupo de testes de mulheres rastreadas, a prevalência de HSIL-CIN 2 foi maior nas faixas etárias até 29 anos (RP = 2,72, 2,49-2,97). CONCLUSÕES O rastreamento citológico reduziu a prevalência dos diagnósticos citológicos de HSIL, CEC, AIS e adenocarcinoma invasivo. Um intervalo de 3 anos para a realização dos controles foi apropriado para reduzir os resultados citológicos. O perfil da prevalência de HSIL-CIN 2 se assemelha ao padrão de prevalência de LSIL e foi mais prevalente do que HSIL-CIN 3 em mulheres jovens. O impacto do rastreamento foi menos evidente quando HSIL foi sugestivo de CIN 2. O rastreamento citológico em mulheres abaixo de 25 anos deve ser criteriosamente avaliado / Abstract: BACKGROUND Cervical cytology still is the cervical cancer screening test for women more used. Even though there is no doubt about the impact of cytology screening on invasive squamous cervical cancer, this issue is not as clear for squamous lesions on young women and for invasive adenocarcinoma. Moreover this protective effect varies according to interval tests. HPV testing is not recommended for women under age 30, and the carefully analysis of the performance of screening on this age group can help physicians to qualify their approach. OBJECTIVE To evaluate the impact of cervical cytology screening on the prevalence of cervical cytological results in women, as a function of age and the interval between tests. METHODS A central cytopathology laboratory database for cervical screening was analyzed. It included cytology screening data of 2.002.472 tests obtained from previously screened women and 217.826 tests from unscreened women. A prevalence ratio (PR) with a 95% confidence interval for screened women was calculated, in relation to unscreened women, as a function of age. The laboratory has been using the Bethesda System since 1998, but maintain the sub-categorization of HSIL in two levels: HSIL-CIN 2 and HSIL-CIN 3. RESULTS For high-grade squamous intraepithelial lesion (HSIL), the PR was 0.97 (0.83-1.13) for women aged 20 or younger and 0.99 (0.86-1.14) for women aged 20-24 years, decreasing significantly in women aged 25-29 years (PR 0.63, 0.52-0.76). The PR for squamous cell carcinoma (SCC), adenocarcinoma in situ (AIS) and invasive adenocarcinoma showed a significant reduction in all age groups over 30 years. For the age group ranging from 30-59 years, protection conferred by screening for SCC, AIS and invasive adenocarcinoma was 83% or higher for screening intervals ranging from 1-5 years. For 5-year intervals or longer, the protective effect offered for SCC was 50%. For unscreened women, the prevalence of Low Grade Intraepithelial Lesions (LSIL) and HSIL-CIN 2 decreased with age, whereas HSIL-CIN 3 prevalence increased. The prevalence of HSIL-CIN 2 was higher than that of HSIL-CIN 3 for women up to 29 years (PR=4.73, 3.90-5.75) and lower for age groups 30-49 years (PR=0.66, 0.50-0.87) and 50 years or more (PR=0.21,0.12-0.36). For screened women, the prevalence of HSIL-CIN 2 was also higher in age groups up to 29 years (PR=2.72, 2.49-2.97). CONCLUSIONS Cytology screening reduced the prevalence of HSIL, SCC, AIS and invasive adenocarcinoma cytological results. A three-year interval was appropriate for the reduction of these lesions. HSIL-CIN 2 resembles the prevalence pattern of LSIL and was more prevalent than HSIL-CIN 3 in younger women. The impact of screening was less evident when HSIL is suggestive of CIN 2. Cervical cytology screening in women 25 or younger should be critically evaluated / Doutorado / Oncologia Ginecológica e Mamária / Doutora em Ciências da Saúde
|
134 |
Detecção dos tipos de HPV e integração do HPV DNA 16 em mulheres com NIC 2 seguidas por doze meses = HPV detection and HPV DNA 16 integration in women with CIN2 followed up for 12 month / HPV detection and HPV DNA 16 integration in women with CIN2 followed up for 12 monthD'Ottaviano, Maria Gabriela Loffredo, 1969- 21 August 2018 (has links)
Orientadores: Luiz Carlos Zeferino, Silvia Helena Rabelo dos Santos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-21T17:52:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
D'Ottaviano_MariaGabrielaLoffredo_D.pdf: 1516066 bytes, checksum: 6d0ec9bd4a1234053c224b579db92914 (MD5)
Previous issue date: 2012 / Resumo: A infecção pelo HPV é considerada fator etiológico da neoplasia do colo do útero e a integração do HPV DNA ao DNA da célula hospedeira são apontados como passo importante na carcinogênese do epitélio. O melhor conhecimento da infecção do vário tipo de HPV e o status físico do HPV 16 nas NIC 2 pode colaborar na identificação das lesões que teriam maior risco de progredir para NIC 3 e, portanto, deveriam ser consideradas como lesões precursoras do câncer do colo uterino. O objetivo desta série de casos foi descrever a presença dos diferentes tipos de HPV e a integração do HPV DNA 16 em mulheres com diagnóstico histológico de NIC 2 acompanhadas por 12 meses. Trinta e sete mulheres com citologia inicial, resultado de lesão de baixo grau e atípicas de células escamosas de significado indeterminado e NIC 2, confirmado por biópsia, foram seguidas por 12 meses com citologia, colposcopia, tipagem de HPV e determinação do status físico do HPV DNA 16 a cada três meses. A evolução clínica da NIC 2 foi classificada como regressão em 49% (18\37) dos casos, persistência em 22% (8\37) e progressão em 29% (11\37). A infecção por múltiplos tipos de HPV foi observada em 41% (15\37) dos casos na admissão e durante o seguimento 54% (20\37) dos casos apresentaram infecção por novos tipos de HPV. O HPV 16 foi considerado como possível causa em 67% (10\15) dos casos que persistiram ou progrediram e em 10% (1\10) dos que regrediram (p=0,01). Entre as 20 mulheres que apresentaram HPV 16 na admissão, a forma integrada foi detectada em 25% dos casos e a forma episomal em 75% dos casos. Não foram observados casos de progressão para NIC 3 sem integração do HPV DNA 16 em algum momento do seguimento. Entretanto, foram observados casos de integração do HPV DNA 16 e regressão da NIC 2. Concluindo, a infecção por múltiplos tipos de HPV é frequente nas mulheres com diagnóstico histológico de NIC 2, assim como a infecção por outros tipos de HPV durante o seguimento de 12 meses. As NIC 2 associadas à detecção do HPV 16 persistem ou progridem com maior frequência. As NIC 2 que progrediram para NIC 3 apresentaram o HPV DNA 16 na forma integrada na admissão ou em algum momento do seguimento / Abstract: Human papillomavirus (HPV) persistent infection is considered a necessary cause for the development of cervical cancer and HPV DNA integration considered an important step in the progression of persistent high risk HPV infection to invasive cancer.The knowledge of HPV infection and the HPV DNA 16 physical status in women with cervical intraepithelial neoplasia grade 2 (CIN 2) can better characterize the biological behavior of the lesion. This case series aimed to describe the HPV types and HPV DNA 16 physical status in women with CIN 2 biopsy proven followed for 12 months and clinical outcome. Thirty seven women with CIN 2 biopsy proven, cervical referral smear showing low-grade squamous intraepithelial lesions or atypical squamous cells of undetermined significance and with HPV type, were followed up 12 months with cervical smear, colposcopy, HPV type and HVP DNA 16 every three months. At the end of twelve months follow-up, the CIN 2 regression rate was 49% (18/37), persistence as CIN1 or CIN 2 was 22% (8/37), and progression to CIN 3 was 29% (11/37). Multiple HPV types were observed at admission in 41% (15/37) of cases. During follow-up, 54% (20/37) of the women showed one or more new HPV type detected. HPV 16 was considered possibly causal type in 67% (10/15) of the cases that persisted or progressed and in 10% (1/10) that regressed (p=0.01). Among the twenty women with HPV DNA 16, at admission, 25% showed integrated HPV DNA 16 and 75% episomal form. There were no cases of CIN 2 progression to CIN 3 without HPV DNA 16 integration, but there were cases of HPV DNA 16 integration and CIN 2 regression. Concluding, multiple HPV infections were frequently detected among women with CIN 2 at admission and during the follow up. The CIN 2 associated with HPV 16 was more likely to persist or to progress to CIN 3. The HPV DNA 16 integration is associated with CIN 2 persistence and progression to CIN 3 / Doutorado / Oncologia Ginecológica e Mamária / Doutora em Ciências da Saúde
|
135 |
Qualidade de vida e função sexual em mulheres com câncer do colo uterino = Quality of life and sexual function in women with cervical cancer / Quality of life and sexual function in women with cervical cancerGrion, Regina Celia, 1963- 28 August 2018 (has links)
Orientadores: Aarão Mendes Pinto-Neto, Luiz Francisco Cintra Baccaro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-28T02:15:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Grion_ReginaCelia_M.pdf: 1187288 bytes, checksum: 0b2958f9fcacbd79b79fe0ddbbea538b (MD5)
Previous issue date: 2015 / Resumo: Introdução: O câncer cervical é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres brasileiras e a radioterapia pélvica é uma das principais modalidades terapêuticas disponíveis. Com a diminuição da mortalidade associada à doença, a avaliação da qualidade de vida e da função sexual ganha cada vez mais importância. Vários estudos descrevem estes aspectos após o tratamento do tumor, porém, há poucos relatos sobre os fatores que influenciam a qualidade de vida e a função sexual antes do início do tratamento radioterápico. Os objetivos do presente estudo foram avaliar os fatores associados à função sexual e à qualidade de vida em mulheres com câncer do colo uterino antes do início da radioterapia. Métodos: estudo de corte-transversal com 80 mulheres portadoras de câncer do colo do útero, com idade de 18 a 75 anos, encaminhadas para tratamento radioterápico no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM-UNICAMP) de janeiro/2013 a março/2014. As variáveis dependentes foram a função sexual, avaliada através do Índice de Função Sexual Feminino (IFSF), e a qualidade de vida, avaliada através da versão abreviada do questionário da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-bref). As variáveis independentes foram os dados sociodemográficos, os hábitos de saúde e as características da neoplasia. A análise estatística foi realizada através dos testes T de Student, Mann-Whitney, ANOVA e regressão linear múltipla. Resultados: A média etária foi de 48,1 anos, 57,5% das mulheres se encontravam na pré-menopausa e 55% apresentavam estadio clínico IIIB. A maioria das mulheres (62%) relatou ter parceiro sexual e 30% se encontravam sexualmente ativas nos três meses prévios à radioterapia. Os principais sintomas durante as relações sexuais foram sangramento (41,7%), falta de prazer (33,3%), dispareunia (25%) e secura vaginal (16,7%). A avaliação pelo IFSF mostrou que as 18 mulheres que se encontravam sexualmente ativas no último mês, apresentavam disfunção sexual significativa (escore total = 25,6). Ter realizado cirurgia antes da radioterapia se associou negativamente com os domínios satisfação (p = 0,02) e excitação (p = 0,01) do IFSF. Mulheres com sangramento vaginal durante a relação sexual tiveram menores escores nos domínios orgasmo (p = 0,04) e satisfação (p = 0,03). Apresentar qualquer sintoma adverso durante a relação sexual se associou negativamente com o domínio dor (p = 0,02). Falta de prazer às relações se associou negativamente com o domínio orgasmo (p = 0,04) e fumar se associou positivamente com o escore total do IFSF (p = 0,04). Estadio clínico avançado, uso de medicação crônica e não ter realizado cirurgia correlacionaram-se negativamente com a qualidade de vida. Ter maior renda familiar, maior nível de escolaridade e não fumar correlacionaram-se positivamente com a qualidade de vida. Conclusão: um terço das mulheres com câncer de colo do útero mantinham relações sexuais três meses antes da radioterapia, porém apresentavam disfunção sexual significativa. Fatores relacionados à doença e ao seu tratamento foram os principais responsáveis pela deterioração da função sexual. A qualidade de vida sofre influência não apenas dos fatores relacionados à neoplasia, mas também de hábitos de vida, presença de comorbidades e características sociodemográficas como baixa renda familiar e escolaridade / Abstract: Introduction: cancer of the cervix is the third most common gynecological tumor in Brazilian women and pelvic radiotherapy is one its major therapeutic methods. With the decreasing mortality associated with the disease, evaluation of quality of life and sexual function is becoming increasingly important. Several studies describe these aspects after the tumor treatment, however, there are few reports about the factors influencing quality of life and sexual function before the start of radiotherapy. The objectives of this study were to evaluate the factors associated with sexual function and quality of life in women with cervical cancer before the start of radiotherapy. Methods: a cross-sectional study was conducted with 80 women with cervical cancer, aged 18-75 years, referred for radiotherapy at the Women's Hospital Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (CAISM-UNICAMP), from January 2013 to March 2014. The outcome variables were sexual function, assessed using the Female Sexual Function Index (FSFI), and quality of life, assessed using the abbreviated version of the World Health Organization (WHOQOL-BREF) questionnaire. The independent variables were sociodemographic data, health related habits and the characteristics of the neoplasm. Statistical analysis was carried out using Student's T test, Mann-Whitney test, ANOVA and multiple linear regression. Results: The mean age was 48.1 years, 57.5% were premenopausal and 55% had clinical stage IIIB. Thirty percent had been sexually active in the three months prior to their interviews. The majority of women (62%) reported having sexual partner and 30% had been sexually active in the three months prior to their interviews. The main adverse events during sexual intercourse were bleeding (41.7%), lack of pleasure (33.3%), dyspareunia (25%), and vaginal dryness (16.7%). The 18 women who had been sexually active in the previous month showed significant sexual dysfunction (total mean FSFI score = 25.6). Having undergone surgery before radiotherapy was negatively associated with arousal (p = 0.01) and satisfaction (p = 0.02) domains. Women with vaginal bleeding during intercourse had significantly lower scores in the orgasm (p = 0.04) and satisfaction (p = 0.03) domains. Women with any adverse symptoms during intercourse had lower scores in the pain domain (p = 0.02). Lack of pleasure during intercourse was negatively associated with the orgasm domain (p = 0.04) whereas smoking was positively associated with total FSFI score (p = 0.04). Advanced clinical stage, using any chronic medication and not having undergone surgery for cancer were negatively correlated with QOL. Higher family income, a longer duration of schooling and no smoking were positive correlated with QOL. Conclusion: one third of women with cervical cancer were sexually active three months prior to their interviews, but have concomitant significant sexual dysfunction. Factors related to the disease and its treatment were mainly responsible for the deterioration in sexual function. Quality of life is influenced not only by factors related to cancer, but also by lifestyle habits, comorbidities and sociodemographic characteristics such as low family income and schooling / Mestrado / Fisiopatologia Ginecológica / Mestra em Ciências da Saúde
|
136 |
HPV e câncer do colo do útero: um olhar sobre a etiologia infecciosa das doenças crônicas / HPV and cervical cancer: a look at the infectious etiology of chronic diseasesRodrigues, Henrique de Castro January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:27Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010 / O estudo teve por objetivo analisar as questões levantadas na literatura sobre a associação entre o HPV e o câncer do colo uterino e suas implicações para a política de controle da doença. Buscou-se correlacionar esta discussão com antigas polêmicas entre modelos teóricos divergentes sobre etiologia e as medidas de controle por eles prescritas. Trata-se de uma revisão de artigos científicos com abordagem histórica/conceitual acerca das mudanças recentes no conhecimento científico relacionado à etiologia do câncer do colo do útero. A análise do estudo se deu mediante um diálogo entre o discurso produzido pela epidemiologia e pela biologia molecular sobre a gênese do câncer do colo uterino e a reflexão que vem sendo realizada pela Saúde Pública, tendo como eixo temático a crítica ao modelo ainda hegemônico a respeito da etiologia das doenças, focada na especificidade causal e, de acordo com esta, na generalização de intervenções para prevenção e controle. O caso da relação etiológica entre o HPV e o câncer do colo uterino ilustra bem as características e os limites deste modelo, hegemônico desde o final do século XIX. Apesar dos avanços obtidos na compreensão sobre a etiologia das doenças, a lógica das estratégias de controle não tem acompanhado tais avanços. Ainda que as pesquisas sobre a etiologia deste câncer assinalem haver uma complexa rede de interações entre o agente viral e a célula do colo uterino, o modelo hegemônico insiste em privilegiar uma medida específica de intervenção para o controle do câncer, a vacina contra os tipos de HPV de alto-risco. A comprovação do papel de um agente infeccioso na carcinogênese do colo uterino reforça a fragilidade dos limites teóricos que diferenciam os conceitos de doenças transmissíveis e não transmissíveis. Neste contexto, o desenvolvimento da biologia molecular abre novos caminhos e possibilidades de interpretação do fenômeno patológico, aproximando-se da perspectiva daqueles que há muito tempo já buscaram compreendê-lo em uma referência de maior complexidade. A Saúde Pública e a Epidemiologia estiveram na vanguarda de uma postura racional mais ampla sobre a etiologia das doenças, quando aliaram o conhecimento biológico disponível a aspectos sociais e culturais. Os desafios atuais demandam o esforço de integrar a biologia molecular a outros níveis de determinação das doenças, como forma de aprofundar a compreensão dos vínculos complexos entre eles e de buscar alternativas apropriadas de intervenção. / The study aimed to examine the issues raised in the literature on the association between HPV and cervical cancer and its implications for the politics of disease control. We attempted to correlate this discussion with old controversies between different theoretical models about etiology and control measures prescribed by them. This is a review of scientific articles with historical/conceptual approach about recent changes in scientific knowledge related to the etiology of cervical cancer. The study analysis was made by a dialogue between the discourse of the epidemiology and molecular biology about genesis of cervical cancer and the reflection that is being conducted by Public Health, with its central theme the critique of hegemonic still model on the etiology disease, focusing on causal specificity and, according to this, on the generalization of interventions for prevention and control. The case of the etiologic relationship between HPV and cervical cancer illustrates the characteristics and limits of this model, hegemonic since the late nineteenth century. Despite advances in understanding the etiology of diseases, the logic of control strategies has not accompanied these advances. Although research on the etiology of this cancer points that there is a complex network of interactions between the viral agent and the cell of the cervix, the hegemonic model insists on emphasizing a specific measure of intervention for the control of cancer, the vaccine against HPV types high-risk. The evidence of role of an infectious agent in carcinogenesis of the cervix increases the fragility of the theoretical limits that differentiate the concepts of communicable and non-communicable diseases. In this context, the development of molecular biology opens new avenues and possibilities for interpretation of pathological phenomenon, approaching from the perspective of those who long have sought to understand it on a reference of greater complexity. The Public Health and Epidemiology were in the vanguard of rational stance broader on the etiology of disease, when they allied the biological knowledge available with to social and cultural aspects. The current challenges require the effort for integrate the molecular biology with others levels of determine of diseases as a way to deepen understanding of the complex links between them and to seek suitable alternatives for intervention.
|
137 |
As interfaces entre a clínica, o complexo econômico-industrial da saúde e a organização dos serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde: o caso da fase pré-clínica do câncer do colo do útero / The interfaces between the clinic, the economic-industrial complex and the organization of health services under the National Health System: the case of preclinical cancer of the cervixGomes, Fátima Meirelles Pereira January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:29Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009 / O presente estudo teve como objetivo contribuir na formulação da política de controle do câncer do colo do útero junto ao INCA no Brasil e teve como foco a análise das interfaces existentes entre a clínica, o complexo econômico-industrial da saúde (CEIS) e a organização dos serviços no SUS, utilizando como caso a fase pré-clínica do câncer do colo do útero, com ênfase ao tratamento e acompanhamento das lesões precursoras. As justificativas foram: a magnitude epidemiológica, econômica, social e política docâncer de colo do útero no Brasil; o papel estratégico do INCA na formulação da política nacional de câncer e a inserção das ações de controle do câncer do colo do úterono CEIS. O estudo consistiu em uma pesquisa exploratória de cunho descritivo, em que foram privilegiadas as técnicas de coleta e análise quantitativa de dados secundários. O material e método utilizados envolveram dados de sistemas de informações de domínio público divulgados na internet. Os resultados encontrados foram que os aspectos e recursos críticos envolvidos nessa fase pré-clínica estão relacionados às dificuldades de acesso ao rastreamento, à fragmentação da atenção especializada de média complexidade interferindo sobre o ciclo de atendimento que envolve o tratamento e acompanhamento das lesões precursoras e, por fim, ao tipo de financiamento do SUS para a atenção especializada que não contempla um ciclo de atendimento. O número de municípios com registro de produção no SUS (colposcopia, biópsia do colo do útero e CAF) mostrou uma evolução discreta entre os anos de 2000 e 2007, com predomínio do prestador público municipal em colposcopia e biópsia e uma migração para o prestador privado para CAF. Embora os procedimentos ocorram no mesmo município, isso não significa que eles ocorram na mesma unidade. Este fato gera uma fragmentação das ações relacionadas ao ciclo de atendimento. Através do mapeamento das indústrias, observou-se que grande parte delas é de origem brasileira e que seus equipamentos estão atrelados a um conjunto de acessórios para seu funcionamento. Isto caracterizauma relação de interdependência setorial que traz péssimas conseqüências para o SUS. Por fim, no Brasil, o desenvolvimento tecnológico aplicado às indústrias da saúde tornou-se distante da prática clínica, apresentando um modelo baseado em serviços de acompanhamento à doença, em que se mobilizam recursos para tratar as suas conseqüências o que muitas vezes não garante uma melhoria de saúde da população. Além do que, o tratamento e acompanhamento das lesões precursoras estão muito relacionados às dimensões que envolvem saúde e desenvolvimento. / The present study aimed at the contribution to INCA on the formulation of the policy on
the control of uterine cervical neoplasms in Brazil. It focused on the analysis of the existing
interfaces among clinic, health industrial and economic complex (CEIS) and health services organization and administration at SUS by using the preclinical phase of uterine cervical neoplasms with emphasis on the treatment and precursor lesions followup. The justifications were the epidemiological, economical, social and political magnitude of uterine cervical neoplasms in Brazil; the strategic role of INCA in the
formulation of cancer national policy and the insertion of control actions of uterine
cervical neoplasms in CEIS.The study consisted of an exploratory research with descriptive content, which priviledged the collection techiniques and quantitative analysis of secondary data. The material and the method used in the research involved data of information systems of public dominion available on the internet. The results
were that the aspects and critical resources involved in this preclinical phase are related
to the access dificulty to tracking of the illness, to the fragmented specialized attention
of medium complexity – which interfers on the care cycle that involves the treatment and precursor lesions follow-up – and finally to the sort of SUS financial support to the specialized attention that does not embraces a care cycle. The number of municipalities with a production registration at SUS (colposcopy, uterine cervical biopsy and CAF) showed a slight evolution between years 2000 and 2007 with predominance of
municipal public supplier in colposcopy and biopsy. In relation to CAF it was observed
a migration to the private supplier. Although the procedures occur in the same municipality it does not mean that they occur at the same unit. This fact causes a fragmentation of the actions related to the care cycle. By maping the industries, it was observed that their majority is Brazilian and the equipment they produce is connected to a group of accessories to allow their operation. This characterizes an interdependent sectorial relation that brings terrible consequences for SUS. Finally, in Brazil, the technological development applied to health industries became distant of practical
clinic, presenting a model based on the illness follow-up services in which resources are
mobilized to treat its consequences – this fact does not mean a better population health.
Besides, the treatment and precursor lesions follow-up are deeply related to the
dimensions involving health and development.
|
138 |
Análise de custo-efetividade de estratégias de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil / Cost-effectiveness analysis of cervical cancer screening strategy in BrazilViscondi, Juliana Yukari Kodaira 22 November 2017 (has links)
O câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais frequente em mulheres em todo mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 16 mil novos casos ocorrem por ano. A redução deste tipo de câncer ao longo dos anos deve-se ao rastreamento das lesões intraepiteliais cervicais por meio do exame citológico de Papanicolaou. Em 2014, o Programa Nacional de Imunização (PNI) introduziu a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) como prevenção primária deste câncer, uma vez que este vírus é uma causa necessária para o surgimento desta malignidade. A vacinação não substitui o rastreamento, visto que não há proteção contra todos os tipos de HPV de alto risco e nem imunização de toda a população. A incorporação do programa de vacinação interfere nos resultados do programa de rastreamento, pois leva a diminuição dos casos de câncer e lesões precursoras. Desta forma, existe a necessidade de explorar novas estratégias de rastreamento, considerando também outras tecnologias existentes. Objetivo: desenvolver um modelo do tipo Markov para realizar uma análise de custo-efetividade de estratégias de rastreamento do câncer do colo do útero para hipotéticas coortes imunizadas e não imunizadas contra o vírus do HPV no Brasil na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: A primeira parte é a exploração e avaliação qualitativa de estudos de avaliação econômica sobre estratégias de rastreamento para prevenção do câncer do colo do útero que utilizaram um modelo do tipo Markov feita por meio de uma revisão sistemática. A reunião das várias abordagens utilizadas e das principais características destes modelos poderá auxiliar a construção de um modelo em cenários onde há poucos profissionais capacitados com esta técnica. Baseando-se nesta revisão e nas consultas a especialistas das áreas de ginecologia, virologia e epidemiologia, foi desenvolvido um modelo matemático de análise de decisão estático do tipo Markov que simula a história natural do câncer do colo do útero considerando a imunização contra o HPV. Este modelo simula o seguimento de uma coorte de mulheres, dos 10 anos até o óbito, cujos parâmetros foram estimados a partir de dados secundários (revisão da literatura, sistemas de informação em saúde e inquéritos populacionais) nacionais específicos do rastreamento e calibrados de forma a refletir as condições reais de rastreamento encontradas no Brasil. Resultados: A revisão dos modelos de Markov para avaliação econômica de estratégias de rastreamento do câncer do colo do útero mostrou que a declaração do problema e a descrição das estratégias a serem comparadas foram muito bem relatados. Em contrapartida, os itens de avaliação da incerteza e consistência do modelo e a consistência precisam melhorar o relato. Os resultados obtidos por meio da calibração do modelo se mostraram satisfatórios, pois alcançaram uma boa concordância com os dados empíricos. A análise do caso base sugeriu que a melhor estratégia foi o Teste HPV-DNA como triagem para o encaminhamento da citologia ou da colposcopia, com repetição a cada 5 anos, para mulheres entre 30 e 70 anos. Esta estratégia promove um ganho de 9,5 dias ao longo dos anos e detecta, a cada 100 mil mulheres, 6 casos a mais de câncer e 16 de NIC II/III. A razão de custo-efetividade incremental (RCEI) foi de R$16.056,94 por ano de vida ganho, na perspectiva do sistema de saúde. Conclusão: Estudos futuros devem considerar metodologias que levem em conta a incerteza, a heterogeneidade e a consistência no modelo de decisão e utilizar diretrizes validadas para o relato do estudo / Cervical cancer is the fourth most common cancer in women worldwide. In Brazil, it is estimated that around 16,000 new cases occur per year. The reduction of this type of cancer over the years owes to cervical intraepithelial lesions screening through pap smears. In 2014, the National Immunization Program (NIP) introduced a vaccine against human papillomavirus (HPV) as the primary prevention of this cancer, since this virus is a necessary cause for the onset of this malignancy. Vaccination does not replace screening because there is no protection against all types of high risk HPV nor immunization of the entire population. Incorporation of the vaccination program interferes with the results of the screening program, leading to a decreased number of cancer cases and precursor lesions. In this way, there is a need to explore new screening strategies, also considering other existing technologies. Objective: Determining a Markov based model to perform a cost-effectiveness analysis of cervical cancer screening strategies for hypothetical immunized and non-immunized cohorts against the HPV in Brazil from the perspective of the Unified Health System (UHS). Methods: The first part is a qualitative appraisal and assessment of economic evaluation studies on screening strategies for cervical cancer prevention using a Markov based model done through a systematic review. The combination of different approaches and of the main features of these models can be auxiliary in the construction of a model in scenarios where there are few professionals trained with this technique. Based on this review and consultations with specialists in the areas of gynecology, virology and epidemiology, a Markov model for decision analysis was developed, which simulates the natural history of cervical cancer considering immunization against HPV. This model simulates the follow-up of a cohort of women, from 10 years-old to death, whose parameters were estimated from secondary data, particular to screening and calibrated in order to reflect real screening conditions found in Brazil. Results: A review of Markov models for economic evaluation of cervical cancer screening strategies showed that the report of the problem statement and the description of the compared strategies were well conducted. In contrast, the uncertainties of the model and the consistency were the worst items. The results obtained by calibration of the model were satisfactory, since a good agreement with empirical data was achieved. The baseline case analysis suggested that the best strategy was the HPV-DNA Test as triage for cytology or colposcopy referral, repeated every 5 years, for women between 30 and 70 years-old. This strategy promotes a gain of 9.5 days over the years and detects, every 100,000 women, 6 cases of cancer and 16 of CIN 2/3. The incremental cost-effectiveness ratio (ICER) was R$16,056.94 per life years gained from the health system perspective. Conclusion: Future studies should consider methodologies that take into account uncertainty, heterogeneity and consistency in the decision model and use validated guidelines for the study report
|
139 |
Avaliação do Eco Glandular Endocervical como Marcador Ultrassonográfico na Predição do Parto Prematuro Espontâneo.Oliveira, Gustavo Henrique de 09 December 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
gustavohenriquedeoliveira_dissert.pdf: 1016056 bytes, checksum: b6eb4d4fc07821695de5cff5b5d6909b (MD5)
Previous issue date: 2010-12-09 / To evaluate the importance of cervical gland area (CGA) to predict spontaneous preterm birth (SPB). Method: A prospective study was performed from October 2008 to September 2009 of 102 singleton pregnancies at 20 and 24 weeks. A transvaginal ultrasound during the routine morphological scan investigated: the cervical length, CGA, its thickness and signs of cervical funneling. A preterm birth is defined as one that occurs at less than 37 weeks gestation. Ultrasound and clinical variables were submitted to univariate analysis by calculations of descriptive statistics, the Student t-test, percentages, and two-dimensional associative arrays evaluated using the Fisher exact test and odds ratio. The level of significance was set at 5%. Results: Of the 102 patients, four were lost in the follow up and seven were excluded as delivery was induced prematurely; ten patients presented spontaneous preterm births and 81 at term. The mean maternal age was 28.8 years old (18-41 years) without significant difference between the spontaneous preterm birth and term groups. There were statistical differences in the mean (33.9 vs. 36.1 cm), median (33.5 vs. 37.0 cm) and spread (standard deviation: 9.6 vs. 7.0) of the cervical length between the two groups. Risk factors for SPB gave an odds ratio of 15.06. All patients presented a CGA with a mean thickness of 8.4 mm (5.1 to 15 mm SD: 3.1) for SPB and 8.9 mm (3.0 to 13.9 mm SD: 2.3) for term individuals. Conclusion: The results suggest that the presence or absence and thickness of CGA are not correlated to SPB even in clinically or ultrasonographically high-risk patients. Further studies are necessary to reevaluate the parameters used to predict SPB. / Avaliar a importância do eco glandular endocervical (EGE) na predição de parto prematuro espontâneo (PPE). Método: Estudo prospectivo de 102 gestações únicas, entre 20-24 semanas, de outubro/2008 a setembro/2009. Na ecografia morfológica, o exame transvaginal avaliou: comprimento do colo uterino, EGE, espessura e sinal do afunilamento. Foi considerado PPE interrupção antes de 37 semanas de gestação. As avaliações ultrassonográfica e clínica foram submetidas à análise univariada pelos cálculos de estatísticas descritivas, teste t de Student, distribuições percentuais, tabelas associativas para análises bidimensionais, teste exato de Fisher e odds ratio no nível de significância de 5%. Resultados: Das 102 pacientes, quatro perderam seguimento, sete foram excluídas por parto prematuro induzido, dez pacientes apresentaram PPE e 81 parto a termo (PT). A idade materna média foi de 28,8 anos (18-41 anos), sem diferença nos dois grupos (PPE e PT). No comprimento do colo observaram-se diferenças na média (33,9 x 36,1 cm), mediana (33,5 x 37,0 cm) e na dispersão (desvio padrão 9,6 x 7,0). Fatores de risco para PPE mostraram odds ratio de 15,06. Todas as pacientes apresentaram EGE, com espessura média de 8,4 mm (5,1 a 15 mm - desvio padrão 3,1) para PPE, e de 8,9 mm (3,0 a 13,9 mm - desvio padrão de 2,3) para PT. Conclusão: Os resultados indicam que a presença, ausência ou espessura do EGE não se correlacionou com PPE, mesmo naquelas pacientes com alto risco clínico e/ou ultrassonográfico de PPE. São
necessárias novas pesquisas para reavaliação dos parâmetros indicadores de PPE.
|
140 |
Avaliação do colo uterino de gestantes com incompetência istmocervical por meio das ultrassonografias transvaginal bidimensional e tridimensional / Two-dimensional and three-dimensional transvaginal ultrasound evaluation of pregnant women with cervical incompetence submitted to cerclageThais da Fonseca Borghi 24 August 2016 (has links)
Objetivos: Determinar quais características ultrassonográficas obtidas por meio da ultrassonografia transvaginal bidimensional (USG TV 2D) e da ultrassonografia transvaginal tridimensional (USG TV 3D) associam-se ao parto prematuro em gestantes submetidas à cerclagem profilática e terapêutica. Métodos: Sessenta e seis gestações únicas, submetidas a cerclagem profilática ou terapêutica, e acompanhadas no ambulatório de Aborto Habitual da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), entre 1 de junho de 2012 e 30 de outubro de 2015, foram avaliadas longitudinalmente, por meio da USG TV 2D e USG TV 3D associado ao power Doppler, nos três trimestres da gestação. Na análise dos resultados, as gestantes foram primeiramente avaliadas longitudinalmente nos três trimestres da gestação. Depois, foram classificadas de acordo com a idade gestacional de parto (IG parto) = 34 semanas. As gestantes também foram avaliadas considerando-se a IG parto como uma variável contínua. Resultados: Na avaliação longitudinal, o comprimento do colo uterino (CC) e a distância do ponto de cerclagem ao orifício cervical interno (POI) diminuíram significativamente entre o segundo e o terceiro trimestres (32,6 vs 28,3 mm; p < 0,001 e 14,3 vs 10,7 mm; p=0,001, respectivamente) enquanto a largura do afunilamento cervical aumentou significativamente no mesmo período (13,6 vs 20,7 mm; p= 0,011). Dez gestantes (15,2%) tiveram idade gestacional de parto < 34 semanas. O CC, a POI e a presença do afunilamento cervical, avaliados no terceiro trimestre da gestação, tiveram relação significativa com a IG parto < 34 semanas (16,27 mm, p= 0,009; zero, p= 0,003; 66,67%, p= 0,041, respectivamente). O CC < 28,1 mm, p= 0,0083, o volume do colo uterino (VOL) < 18,17 cm3, p= 0,0152, a POI < 10 mm, p= 0,0151, e os índices vasculares do colo uterino, FI < 33,83, p= 0,0338, VI < 2,153%, p= 0,0044, e VFI < 0,961, p= 0,0059 avaliados no segundo trimestre tiveram relação significativa com idades gestacionais de parto mais precoces, assim como, o CC < 20,4 mm, p= 0,0009, o VOL >= 47,48 cm3, p= 0,0107, FI < 44,336, p= 0,0038, VI>= 0,54 %, p= 0,0327 e o VFI >= 2,275, p= 0,0479 avaliados no terceiro trimestre. Nos modelos de regressão de COX, em que a variável de interesse foi o tempo até o parto, o VOL no segundo trimestre foi significativo, ao passo que no terceiro trimestre, o FI e o VFI foram significativos. Conclusões: Em gestantes submetidas a cerclagem profilática e terapêutica, o VOL do colo avaliado no segundo trimestre, e o FI e o VFI avaliados no terceiro trimestre foram as únicas variáveis independentes que se relacionaram com o tempo até o parto / Objectives: To determine which cervical sonographic characteristics on twodimensional transvaginal ultrasonography (2DTVUS) and three-dimensional transvaginal ultrasonography (3DTVUS) could be related to gestational age at birth after placement of history-indicated cerclage or ultrasound-indicated cerclage. Methods: Sixty six pregnant women, with a singleton gestation, submitted to history-indicated cerclage or ultrasound-indicated cerclage and followed at the Recurrent Miscarriage Clinic of Department of Obstetrics and Gynecology of São Paulo University Medical School between June 1, 2012 and October 30, 2015, were longitudinaly evaluated by 2DTVUS and 3DTVUS associated to power Doppler, in the three trimesters of pregnancy. For the analysis, pregnant women were, firstly, evaluated longitudinally, in the three trimesters of pregnancy. After that, they were classified according to gestational age (GA) at delivery = 34 weeks. Pregnant women were evaluated considering GA at delivery as a continuous variable already. Results: In the longitudinal evaluation, cervical length (CL) and proximal cervical length decreased between the second and the third trimestrers (32.6 vs 28.3 mm, p < 0.001; 14.3 vs 10.7, p= 0.001, respectivelly), while width of funneling increased at the same period (13.6 vs. 20.7 mm; p = 0.011). Ten pregnant women (15.2%) delivered < 34 weeks. CL, proximal cervical length and present cervical funneling, in the third trimester, were significantly related to GA at delivery < 34 weeks (16.27 mm, p= 0.009; zero, p= 0.003; 66.67%, p= 0.041, respectively). CL < 28.1mm, p=0.0083, cervical volume < 18.17 cm3, p= 0.0152, proximal cervical length < 10 mm, p = 0.0151, and cervical vascularization index, FI < 33.83, p= 0.0338, VI < 2.153 %, p= 0.0044, VFI < 0.961, p = 0.0059, in the second trimester, were related to earlier delivery, as, CL < 20.4 mm, p= 0.0009, cervical volume >= 47.48 cm3, p = 0.0107, FI < 44.336, p: 0.0038, VI >= 0.54, p = 0.0327 and VFI >= 2.275, p= 0.479 in the third trimester. Using COX regression analysis, it was demonstrated that cervical volume in the second trimester, and FI and VFI in the third trimester were significantly associated to gestational age at birth .Conclusions: In women with history-indicated cerclage or ultrasound indicated cerclage, 2nd trimester cervical volume and 3rd trimester FI and VFI are the only indenpendent significant sonographic findings associated whith time to delivery
|
Page generated in 0.3437 seconds