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Parodia e soggettività in Max Stirner: per un'etica della consumazionePOZZI, MATTIA LUIGI 15 April 2013 (has links)
Il presente studio propone un’indagine critica del pensiero di Johann Caspar Schmidt, meglio noto come Max Stirner, volta sia a investigare la sua posizione all’interno del contesto filosofico della prima metà del XIX secolo, e più in generale della storia della filosofia, sia a valutare la cogenza e l’attualità della sua proposta teoretica. L’ipotesi guida della ricerca mira all’approfondimento dell’idea, già prospettata da alcuni studiosi, di una valenza ironica della riflessione stirneriana in direzione di una complessa strategia parodica, che assume come fulcro l’umorismo e si declina in un duplice movimento convergente nel plesso concettuale “unico-proprietà”. Mediante un puntuale confronto testuale con i suoi avversari diretti – Feuerbach, Bruno Bauer e Hegel – si mostrerà come Stirner operi un raddoppiamento di tali corpi di pensiero e una parodia dei propri stessi assunti, al fine di delegittimare l’ambito della significazione e attingere il piano dell’evenemenzialità dell’esistenza e della storia. La parodia stirneriana assume pertanto valenza euristica e pragmatica in quanto prospetta una diversa idea di soggettività intesa come struttura di differenza sempre operante e apre a inedite configurazioni etiche e politiche, caratterizzate da un ripensamento delle nozioni di uso e consumo. / This research proposes a critical inquiry of the thought of Johann Caspar Schmidt, best known as Max Stirner, both for investigate his peculiar position in the philosophical context of the early half of XIX century, and in the history of philosophy in general, and for understand the theoretical and topical interest of his proposal. The aim of the analysis is the widening of an ironic value of his work, suggested for some critics, in order to assert that Stirner makes a complex and humoristic parody of his contemporary context of thought – in particular of the works of Feuerbach, Bruno Bauer and Hegel – and of his own assumptions for displace the philosophical discours from the level of the meaning to the level of the event. In this way, his parody attains a heuristic and pragmatic function, suggesting a different idea of subjectivity as structure of difference and new ethical and political forms, based on the reconsideration of the notions of use and consumption.
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Uma breve história do cômico através dos tempos: o caso de Amélie NothombLima, Cláudia Barros [UNESP] 30 April 2010 (has links) (PDF)
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lima_cb_me_arafcl.pdf: 1150920 bytes, checksum: 12a0f05688d41c2549da083b64788cc4 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Cette étude vise à analyser l'évolution historique du concept du comique et de ses composants et la façon dont l'écrivain belge Amélie Nothomb utilise et emploie ses formes. Pour cette enquête, nous avons l'intention de l'examiner dans un contexte «postmoderne», ironique et parodique. Pour atteindre l'objectif proposé, sont recherchés depuis l'antiquité, les sources du comique et la manière dont il a été perçu à travers les siècles, d'abord dans l’opposition tragédie/comédie, puis de la diabolisation du rire au Moyen Age, puis l'émergence de l'humour jusqu'à la profusion de théories de la modernité et la contemporanéité. En supposant l'existence de deux tendances du roman belge – une de évocation parodique, humoristique et ironique, qui veut critiquer la réalité, et une autre qui cherche à resserrer les liens avec le rêve, l'imaginaire, avec l'analyse L'hygiène de l'assassin (1992) -, nous analysons la première (la parodique et la critique) du travail de Nothomb qui, selon l'auteur, est son manifeste littéraire. Avec l'étude de Stupeur et Tremblemenst (1999), lauréat du prix de méilleur roman de l'Académie française, nous évaluons la manière dont ce roman, qui contient traces autobiographiques, s’approche aux caractéristiques surréalistes tout en alliant les traits propres à la critique ironique et humotistique de la société contemporaine / Este estudo tem por objetivo analisar historicamente a evolução do conceito do cômico e de suas vertentes e o modo como a escritora belga Amélie Nothomb o utiliza, bem como emprega as suas formas. Para esta investigação, pretende-se considerá-la em um contexto “pós-moderno” paródico e irônico. A fim de alcançar o objetivo proposto, buscam-se, desde a Antiguidade, as fontes do cômico e a maneira como ele foi percebido através dos séculos: inicialmente, na oposição tragédia/comédia; depois, na diabolização do riso na Idade Média; em seguida, o surgimento do humor até a profusão de teorias da modernidade e da contemporaneidade. Partindo do princípio da existência de duas tendências do romance belga − uma de evocação paródica, humorística e irônica, que pretende criticar a realidade, e outra que busca a aproximação com o sonho, com o imaginário, com a análise da obra Hygiène de l’assassin (1992) −, procuramos analisar a primeira delas (paródica e crítica) na obra de Nothomb a qual, segundo a própria autora, é seu manifesto literário. Com o estudo de “Stupeur et tremblemenst (1999), romance vencedor de melhor prêmio da academia francesa, avaliamos de que forma esse romance, que contém traços autobiográficos, aproxima-se de características surrealistas sem deixar de aliar tais traços peculiares à crítica irônica e humorística da sociedade contemporânea
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[pt] ANATOMIA DO CÔMICO / [en] ANATOMY OF THE COMICFELIPE RAMOS GALL 08 June 2021 (has links)
[pt] Anatomia do Cômico é uma investigação filosófica acerca daquela
experiência que nos é tão familiar, ao mesmo tempo em que nos é tão misteriosa,
que é a percepção de algo cômico, algo que nos faz rir. Tendo como posição
prévia o postulado de que não é possível formular uma definição conceitual
exaustiva do cômico, buscou-se, ao invés disso, delimitar o seu horizonte em
quatro aspectos possíveis, a saber: o moral, o retórico, o melancólico e o grotesco.
Para tanto, partiu-se de uma análise dos corpora platônico e aristotélico, onde se
investiga o modo como o cômico, a comédia e o riso foram tematizados nas obras
destes autores, e de que maneira o problema do cômico dialoga com outras
questões e se insere na organização de seus pensamentos. Ver-se-á, a partir dessas
análises e das profundas intuições desses filósofos, que tanto a noção de senso
comum, tal como elaborada nesta tese, quanto a estranha condição ontológica do
ser humano, que vacila entre o espiritual e a animalidade, são as peças-chave para
se pensar os diversos aspectos do cômico supramencionados. / [en] Anatomy of the Comic is a philosophical investigation concerning that
experience that is so familiar to us, at the same time that is so mysterious, which is
the perception of something comical, something that makes us laugh. Having as a
preliminary position the postulate that it is not possible to formulate an exhaustive
conceptual definition of the comic, it was sought, instead, to delimit its horizon in
four possible aspects, namely: the moral, the rhetorical, the melancholic, and the
grotesque. To this end, we started from an analysis of the Platonic and
Aristotelian corpora, where we investigate how the comic, comedy and laughter
were thematized in the works of these authors, and in what way the comic, as a
problem, dialogues with other questions and is inserted in the organization of their
thoughts. It will be seen, from these analyses and from the profound intuitions of
these philosophers, that both the notion of common sense, as elaborated in this
thesis, and the strange ontological condition of the human being, which vacillates
between spirituality and animality, are the key elements to think about the various
aspects of the comic mentioned above.
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O parvo em Gil Vicente e o gracioso em Antônio José da Silva: expressões do cômico no teatro portuguêsDacanal, Débora Cristina [UNESP] 06 May 2011 (has links) (PDF)
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dacanal_dc_me_arafcl.pdf: 647203 bytes, checksum: 42e48455cf3a87bcda7a0d169b12b58d (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Esta dissertação analisa o enredo, a estrutura e a comicidade nas peças Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente e Guerras do Alecrim e Manjerona de Antônio José da Silva, dando enfoque à comicidade criada a partir das situações cômicas e da caracterização das personagens. O trabalho visa, sobretudo, analisar a presença e o perfil das personagens Joane, o Parvo da peça de Gil Vicente, e Semicúpio, o gracioso da peça de Antônio José da Silva. Para isso, esta dissertação faz: a análise por meio da aplicação do modelo actancial, da relação entre estas personagens com as demais em cada peça e suas relevantes importâncias para o desenvolvimento da ação; a análise da construção do cômico a partir de situações e de recursos linguísticos produzidos pelo Parvo e por Semicúpio; e a abordagem sobre a caracterização cômica destas personagens e a aproximação com outros caracteres cômicos de perfil semelhante, revelando as diferenças e semelhanças entre a personagem vicentina e silviana. Por meio do referencial teórico sobre comicidade e caracterização de personagens cômicas, a dissertação demonstra a proximidade da personagem Parvo com o caráter cômico do ingênuo, tal como o bobo e o louco medievais, e a proximidade da personagem Semicúpio com o caráter cômico do esperto, semelhante ao servo da Comédia Nova romana, do qual provieram outros criados, inclusive o gracioso espanhol definido por Lope de Vega / This paper analyses the plot, structure and the humor on the theater plays Auto da Barca do Inferno of Gil Vicente and Guerras do Alecrim e Manjerona of Antônio José da Silva, focusing the humor created from the comic situations and from the characterization of the personages. This paper intends to analyse the presence and the profile of the characters Joane, the Parvo from Gil Vicente´s play, and Semicúpio, the gracioso from Antônio José da Silva. Its analysis is made through the actantial model of application, the relationship between these characters, their respective fellows and their relevant importance to the development of the plots action; its analysis is also made through the construction of the comical elements used in its linguistic resources produced by the Parvo and by Semicúpio; through the comical characterization approach of these characters and the approximation with some other comical elements, revealing the differences and the similarities between Vicente´s and Silva´s characters. Based on the comical frame of reference and characterization of the comical personages, the paper demonstrates the proximity of the Parvo with a comical and ingenuous character to the middle age crazy people and the jester; also to the personage Semicúpio which has a clever comical character, similar to the Roman New Comedy serf that is the one who the others serfs emanated from, including the Spanish gracioso defined by Lope de Vega
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Estudo das estratégias lingüístico-discursivas do risível em Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon de José Cândido de CarvalhoNascimento, Elias 23 April 2008 (has links)
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Elias Nascimento.pdf: 94720526 bytes, checksum: 5d9e140975a2ba8884c72826cf3db0cb (MD5)
Previous issue date: 2008-04-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this dissertation is the study of the linguistic-discursive strategies of the
laughable in Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon of José Cândido de
Carvalho. The author s work presents dozens of curious stories on the interior of the
country. Written in a very characteristic way, the narratives introduce funny personages
involved in unusual situations. The author's style is marked, mainly, by the use of the
comic exaggeration employed in ironies and metaphors. The present study included the
analysis of stories, their connection with the laughter and the brevity inherent to both. In
the present work the manifestation of the laughter was analyzed considering the
concepts discussed by the philosophers and theoretical from the Antiquity to the current
days. In the study it was verified that in the last centuries the comedian was own of the
inferior classes, lowered, with addictions and faults. Starting from the century XX the
laughter began to have value in the social relationships. In the contemporary theories,
the laughter exists to correct habits, to punish behaviors and to punish distracted, and it
can be expressed in four ways: in the forms and movements, in the situations, in the
words and in the character. The corpus was divided considering these four categories.
The analysis of the linguistic-discursive strategies of the laughter detached the
polissemic exploration happened in the stories not only by the use of the metaphors and
of the ironies, but also by the use of slangs, of alliterations, of hyperboles, of puns, of
strange names and of neologisms / O objetivo desta dissertação é estudar as estratégias lingüístico-discursivas do risível em
Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon de José Cândido de Carvalho. A obra
reúne dezenas de contos curiosos sobre o interior do país. Escritas de forma bastante
característica, as narrativas apresentam personagens divertidos envolvidos em situações
insólitas. O estilo do autor é marcado, principalmente, pelo uso do exagero cômico
empregado às ironias e às metáforas. O estudo abrangeu o gênero conto, sua ligação
com o riso e o laconismo inerente a ambos. Compreendeu a manifestação do riso a
partir de um levantamento histórico que considerou os conceitos discutidos pelos
filósofos e teóricos desde a Antiguidade até os dias atuais. Nesse estudo verificou-se
que nos séculos passados o cômico era próprio das classes inferiores, rebaixadas, com
vícios e falhas. A partir do século XX o riso passou a ter valor nas relações sociais. Nas
teorias contemporâneas, o riso existe para corrigir costumes, castigar comportamentos e
punir distraídos, e pode se manifestar de quatro maneiras: nas formas e movimentos, nas
situações, nas palavras e no caráter. O corpus foi dividido segundo estas quatro
categorias. A análise das estratégias lingüístico-discursivas do riso destacou a
exploração polissêmica ocorrida nos contos não só pela utilização das metáforas e das
ironias, mas também pelo uso de gírias, de aliterações, de hipérboles, de trocadilhos, de
nomes estranhos e de neologismos
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Edme Boursault : de la farce à la fable (1661-1701) / Edme Boursault : from the farce to the fable (1661-1701) / Edme Boursault : della farsa alla fabia (1661-1701)Croft, Marie-Ange 01 October 2014 (has links)
Entre la mort de Molière et l’avènement de Marivaux, le théâtre connaît de profondes modifications. S’inscrivant dans le sillage des travaux de François Moureau, Christian Biet et Guy Spielmann sur la dramaturgie fin de règne, cette thèse s’intéresse à la manière dont s’est effectué le passage de la comédie classique à la comédie fin de règne. En prenant l’exemple d’Edme Boursault (1638-1701), écrivain mineur du XVIIe siècle, elle entend mettre en lumière une double trajectoire, celle d’un genre et celle d’un auteur. L’étude repose sur l’hypothèse selon laquelle le corpus comique de Boursault, produit entre 1661 et 1701, conserve les marques des mutations esthétiques qui a mené au théâtre fin de règne. Il s’agit donc de comprendre les enjeux qui ont conduit à un renouvellement de l’écriture dramaturgique, mais aussi d’observer la manière dont pouvait se construire une carrière littéraire chez un écrivain mineur de la seconde moitié du XVIIe siècle. Depuis ses premières comédies et farces (Le médecin volant, Le Mort vivant, Le jaloux endormy) jusqu’à ses comédies moralisantes (Les Fables d’Esope, Esope à la Cour), Boursault a su s’adapter aux changements que connaissent la société française et le théâtre, et a mis en œuvre diverses stratégies, tant sociales que littéraires. Par le moyen de l’histoire littéraire, entre sociologie de la littérature, poétique des genres et théorie de la réception, la thèse se penche sur les réseaux de sociabilité de Boursault (salons précieux, cercles littéraires, mécénat) et analyse son théâtre comique, tout en tenant compte des conditions de représentation et de la réception du public. L’étude tend à démontrer que cette évolution dramaturgique s’est faite graduellement, souvent au prix d’une coexistence de deux esthétiques au sein d’une même œuvre. Cherchant à mesurer l’apport de Boursault à la comédie et au comique du XVIIe siècle, la thèse révèle que le passage du classicisme au fin de règne implique chez le dramaturge un changement de stratégie. Entre 1660 et 1700, l’auteur passe en effet d’une stratégie du cursus où ses tendances polygraphiques le placent, à une stratégie du succès misant sur l’innovation et l’originalité. Ce faisant, l’écrivain explore les limites d’un genre qu’il participe à redéfinir, tant sur le plan de la structure et des thématiques que sur celui des personnages et du comique. L’examen du passage de la farce classique à la comédie moralisante, celui du comique burlesque au rire jaune du XVIIIe siècle positionne donc indéniablement Boursault comme un écrivain de transition. Transition entre l’esthétique classique et l’esthétique fin de règne, on s’en doute, mais aussi, en parallèle, entre la poétique classique-fin de règne, et celle des Lumières. / Entre la mort de Molière et l’avènement de Marivaux, le théâtre connaît de profondes modifications. S’inscrivant dans le sillage des travaux de François Moureau, Christian Biet et Guy Spielmann sur la dramaturgie fin de règne, cette thèse s’intéresse à la manière dont s’est effectué le passage de la comédie classique à la comédie fin de règne. En prenant l’exemple d’Edme Boursault (1638-1701), écrivain mineur du XVIIe siècle, elle entend mettre en lumière une double trajectoire, celle d’un genre et celle d’un auteur. L’étude repose sur l’hypothèse selon laquelle le corpus comique de Boursault, produit entre 1661 et 1701, conserve les marques des mutations esthétiques qui a mené au théâtre fin de règne. Il s’agit donc de comprendre les enjeux qui ont conduit à un renouvellement de l’écriture dramaturgique, mais aussi d’observer la manière dont pouvait se construire une carrière littéraire chez un écrivain mineur de la seconde moitié du XVIIe siècle. Depuis ses premières comédies et farces (Le médecin volant, Le Mort vivant, Le jaloux endormy) jusqu’à ses comédies moralisantes (Les Fables d’Esope, Esope à la Cour), Boursault a su s’adapter aux changements que connaissent la société française et le théâtre, et a mis en œuvre diverses stratégies, tant sociales que littéraires. Par le moyen de l’histoire littéraire, entre sociologie de la littérature, poétique des genres et théorie de la réception, la thèse se penche sur les réseaux de sociabilité de Boursault (salons précieux, cercles littéraires, mécénat) et analyse son théâtre comique, tout en tenant compte des conditions de représentation et de la réception du public. L’étude tend à démontrer que cette évolution dramaturgique s’est faite graduellement, souvent au prix d’une coexistence de deux esthétiques au sein d’une même œuvre. Cherchant à mesurer l’apport de Boursault à la comédie et au comique du XVIIe siècle, la thèse révèle que le passage du classicisme au fin de règne implique chez le dramaturge un changement de stratégie. Entre 1660 et 1700, l’auteur passe en effet d’une stratégie du cursus où ses tendances polygraphiques le placent, à une stratégie du succès misant sur l’innovation et l’originalité. Ce faisant, l’écrivain explore les limites d’un genre qu’il participe à redéfinir, tant sur le plan de la structure et des thématiques que sur celui des personnages et du comique. L’examen du passage de la farce classique à la comédie moralisante, celui du comique burlesque au rire jaune du XVIIIe siècle positionne donc indéniablement Boursault comme un écrivain de transition. Transition entre l’esthétique classique et l’esthétique fin de règne, on s’en doute, mais aussi, en parallèle, entre la poétique classique-fin de règne, et celle des Lumières. / Entre la mort de Molière et l’avènement de Marivaux, le théâtre connaît de profondes modifications. S’inscrivant dans le sillage des travaux de François Moureau, Christian Biet et Guy Spielmann sur la dramaturgie fin de règne, cette thèse s’intéresse à la manière dont s’est effectué le passage de la comédie classique à la comédie fin de règne. En prenant l’exemple d’Edme Boursault (1638-1701), écrivain mineur du XVIIe siècle, elle entend mettre en lumière une double trajectoire, celle d’un genre et celle d’un auteur. L’étude repose sur l’hypothèse selon laquelle le corpus comique de Boursault, produit entre 1661 et 1701, conserve les marques des mutations esthétiques qui a mené au théâtre fin de règne. Il s’agit donc de comprendre les enjeux qui ont conduit à un renouvellement de l’écriture dramaturgique, mais aussi d’observer la manière dont pouvait se construire une carrière littéraire chez un écrivain mineur de la seconde moitié du XVIIe siècle. Depuis ses premières comédies et farces (Le médecin volant, Le Mort vivant, Le jaloux endormy) jusqu’à ses comédies moralisantes (Les Fables d’Esope, Esope à la Cour), Boursault a su s’adapter aux changements que connaissent la société française et le théâtre, et a mis en œuvre diverses stratégies, tant sociales que littéraires. Par le moyen de l’histoire littéraire, entre sociologie de la littérature, poétique des genres et théorie de la réception, la thèse se penche sur les réseaux de sociabilité de Boursault (salons précieux, cercles littéraires, mécénat) et analyse son théâtre comique, tout en tenant compte des conditions de représentation et de la réception du public. L’étude tend à démontrer que cette évolution dramaturgique s’est faite graduellement, souvent au prix d’une coexistence de deux esthétiques au sein d’une même œuvre. Cherchant à mesurer l’apport de Boursault à la comédie et au comique du XVIIe siècle, la thèse révèle que le passage du classicisme au fin de règne implique chez le dramaturge un changement de stratégie. Entre 1660 et 1700, l’auteur passe en effet d’une stratégie du cursus où ses tendances polygraphiques le placent, à une stratégie du succès misant sur l’innovation et l’originalité. Ce faisant, l’écrivain explore les limites d’un genre qu’il participe à redéfinir, tant sur le plan de la structure et des thématiques que sur celui des personnages et du comique. L’examen du passage de la farce classique à la comédie moralisante, celui du comique burlesque au rire jaune du XVIIIe siècle positionne donc indéniablement Boursault comme un écrivain de transition. Transition entre l’esthétique classique et l’esthétique fin de règne, on s’en doute, mais aussi, en parallèle, entre la poétique classique-fin de règne, et celle des Lumières.
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