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Concepções de psicólogas escolares e educadoras infantis sobre o desenvolvimento e a habilidade de comunicação intencional infantilAlexandrino, Vanessa da Cruz 23 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present research is based on the assumptions of Vygotsky's Historical-Cultural
Theory for whom human development is favored by social interactions mediated by more
experienced subjects of the culture. The author's premise that the school has the function of
transmitting sociohistorically constructed and organized knowledge by humanity which allows us to
affirm the impact of educational institutions in the formation of scientific concepts and in the
increase of socio-cognitive and communicative skills since the early years. In this line of thought, it
is understood that professionals working in childhood education contexts have the function of
mediating learning and facilitating the development of higher psychological functions, essential for
the constitution of gradually complex social relationships. Thus, the role of infant educator's
conceptions about child development, especially their conceptions about intentional communication
skills, is emphasized, considering the importance of these conceptions for established interactions
and for global and language development. Thus, the main objective of this research is to know and
analyze the conceptions and actions of children's educators and school psychologists about the
development and the ability of intentional communication of children who are inserted in contexts
of Reference Center in Early Childhood Education (CREI), in the city of João Pessoa-PB. This
study included 4 school psychologists and 34 children's educators working in CREI's in the city of
João Pessoa- PB. Of the 34 children educators interviewed, 11 worked with children from six
months to one year of age (nursery I and II) and 23 worked with children from 2 to 3 years of age
(maternal I and II). Psychologists worked with children from six months to six year old. The
participants' ages varied between 19 and 61 years of age, with an average of 40.0 (SD = 29.6). The
following were used as instruments: a socio-demographic questionnaire, the interview script on
educator and psychologist conceptions about child development and education, and the Interview on
the Perception of School Educators and Psychologists about the Children Intentional
Communication Ability. The analysis of the collected material followed the guidelines of the
content categorization method, proposed by Bardin (2009) and of academic productions related to
the area of school psychology and child development. The collection of information indicated, in
general, that child educators perceive child development through the child's resolution of the
activities proposed in the classroom and the behaviors they exhibit in play situations. School
psychologists have reported that child development is a continuous process that can be perceived
through the interaction situations between the adult and the child. Both groups of professionals
emphasized the importance of planning for the elaboration of pedagogical activities in the context
of early childhood education. Three of the four psychologists interviewed reported a performance
with the educators, the technical staff, the family and the children. Concerning intentional
communication skills, most child educators and school psychologists have reported that children's
emotional expressions are intentional and assist in non-verbal communication between adult and
infant. Children's gestures appeared in the participants' discourse as a strong indicator of intentional
communication in the child, mentioned mainly by psychologists. This study reaffirms the
importance of intentional communication skills for the overall development of children and the
influence of conceptions on child development in the work of education professionals. Recognizing
the importance of this ability to / in the educator-child interactions favors the elaboration of
intentional pedagogical proposals and interventions of psychologists in these contexts, aiming at
reframing and mobilizing conscious, critical and intentional professional practices, promoters of
learning and development. / A presente pesquisa fundamenta-se nos pressupostos da Teoria Histórico-cultural de
Vygotsky para quem o desenvolvimento humano é favorecido por interações sociais mediadas por
sujeitos mais experientes da cultura. A premissa desse autor de que a escola tem a função de
transmissão dos conhecimentos sociohistoricamente construídos e organizados pela humanidade, o
que permite afirmar o impacto de instituições de educação na formação de conceitos científicos e no
incremento de habilidades sociocognitivas e comunicativas desde os anos iniciais. Nesta linha de
pensamento, entende-se que os profissionais que trabalham em contextos de educação infantil tem a
função de mediar o aprendizado e facilitar o desenvolvimento das funções psicológicas superiores,
essenciais para a constituição de relações sociais gradativamente complexas. Dessa forma, enfatizase
o papel das concepções de educadores infantis acerca o desenvolvimento infantil, em especial, de
suas concepções sobre a habilidade de comunicação intencional, considerando a importância dessas
concepções para as interações estabelecidas e para o desenvolvimento global e da linguagem. Dessa
forma, o objetivo principal dessa pesquisa é conhecer e analisar as concepções e ações de
educadoras infantis e psicólogas escolares sobre o desenvolvimento e a habilidade de comunicação
intencional de crianças que estão inseridas em contextos de Centro de Referência em Educação
Infantil (CREI), na cidade de João Pessoa- PB. Participaram desta pesquisa 4 psicólogas escolares e
34 educadoras infantis que trabalham em CREI's da cidade de João Pessoa- PB. Dentre as 34
educadoras infantis entrevistadas, 11 trabalhavam com crianças de seis meses a um ano de idade
(berçário I e II) e 23 trabalhavam com crianças de 2 a 3 anos de idade (maternal I e II). Já as
psicólogas trabalhavam com crianças de seis meses a seis anos de idade. A idade das participantes
variou entre 19 e 61 anos de idade, com média 40,0 (DP=29,6). Como instrumentos, foram
utilizados: um questionário sócio-demográfico, o Roteiro de entrevista sobre concepções de
educadores e psicólogos acerca do desenvolvimento e educação infantil e a Entrevista sobre
percepção de educadores e psicólogos escolares acerca da habilidade de comunicação intencional de
bebês/crianças. A análise do material recolhido seguiu as diretrizes do método de categorização de
conteúdo, proposto por Bardin (2009) e de produções acadêmicas ligadas à área da psicologia
escolar e do desenvolvimento infantil. A recolha das informações indicou, de um modo geral, que
as educadoras infantis percebem o desenvolvimento infantil a partir da resolução, por parte da
criança, das atividades propostas em sala de aula e pelos comportamentos que exibem em situações
de brincadeira. Já as psicólogas escolares relataram que o desenvolvimento infantil é um processo
contínuo e que pode ser percebido através das situações de interação entre o adulto e a criança.
Ambos os grupos de profissionais destacaram a importância do planejamento para elaboração de
atividades pedagógicas no contexto de educação infantil. Três das quatro psicólogas entrevistadas
relataram uma atuação junto aos educadores, com a equipe técnica, a família e as crianças. No que
diz respeito à habilidade de comunicação intencional, a maioria das educadoras infantis e das
psicólogas escolares relataram que as expressões emocionais infantis apresentam um caráter
intencional e auxiliam na comunicação não-verbal entre adulto e bebê. Os gestos infantis
compareceram, no discurso das participantes, como um forte indicador de comunicação intencional
na criança, mencionado principalmente pelas psicólogas. Esse estudo reafirma a importância da
habilidade de comunicação intencional para o desenvolvimento global infantil e a influência das
concepções sobre o desenvolvimento infantil na atuação dos profissionais da educação. Reconhecer
a importância dessa habilidade para/nas interações educadora-criança favorece a elaboração de
propostas pedagógicas intencionais e intervenções de psicólogos nesses contextos, visando
resignificar e mobilizar práticas profissionais conscientes, críticas e intencionais, promotoras de
aprendizado e desenvolvimento.
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