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Predição de eventos cardiovasculares em hipertensos e normotensos com anatomia coronariana conhecida e isquemia miocárdica

Teles, Cláudia Patrícia Souza 27 February 2015 (has links)
Introduction: Cardiovascular diseases are the main causes of morbidity and mortality in the world. They account 18 million deaths a year; coronary atherosclerotic disease (CAD) and cerebrovascular disease (CVD) account for 2/3 of these, and about 22% of the 55 million deaths from all causes. Among its modifiable risk factors, systemic arterial hypertension (SAH) is considered of great value. However, there is a linear relationship between the risk of death because of vascular causes and blood pressure values, even within the normal range. Objectives: Evaluate the prediction of major cardiovascular events (ECM) in normotensive (Nts) and hypertensive (Hts) patients, with known coronary anatomy and myocardial ischemia detected by the exercise stress echocardiography (ESE ); and compare clinical characteristics, anthropometric, ergometric, echocardiographic and coronary angiography between groups. Patients and Methods: This was a retrospective cohort of 423 patients (Nts = 143 and Hts = 280) who underwent ESE from January 2001 to November 2014 and subsequently underwent to a coronary angiography. The event search was conducted by telephone calls and active search for information in outpatient medical records of their physicians. On the statistical analysis, categorical variables were analyzed by chi-square test. Numeric variables presented in mean and standard deviation. For normal distribution, we used the Student t test. Were also used survival Kaplan-Meier curves, log-rank test and Cox regression models. We adopted two-tailed value significance criterion of p <0.05. Results: The mean age of patients was 58.8 ± 10.9 years, and 208 (49.2%) men and 215 (50.8%) women. When comparing Nts and Hts, there was difference in age (55.76 ± 11.4 and 60.36 ± 10.39; p <0.0001), BMI (26.44 ± 3.6 and 28.42 ± 4.53; p <0.0001), diabetes mellitus [17 (22.97%) and 57 (77.03%); p = 0.03], dyslipidemia [(82 (27.06%) and 221 (72.94%), p <0.0001], previous myocardial revascularization [(7 (17.07%) and 34 (82, 93%), p = 0.01], family history of CAD [(79 (28.83%) and 195 (71.17%), p = 0.003], use of ACE inhibitors or ARBs [5 (2.04% ) and 240 (97.96%), p <0.0001] and beta-blockers [26 (22.61%) and 89 (77.39%);. p = 0.003] The Hts had higher left ventricular mass index (89.86 ± 23.88 and 96.94 ± 24.99, p = 0.005), lower stage reached in treadmill (3.03 ± 1.05 and 2.68 ± 0.97, p = 0.004) and an increased prevalence of CAD (28.57% vs. 71.43%, p = 0.008). There were 103 events, 25 (24.3%) in Nts and 78 (75.7%) in Hts whereas dichotomous variable event, Hts had frequently than Nts (17.48% vs. 27.86%, p = 0.019). Kaplan-Meier survival curve showed a significantly worse prognosis not only in Hts group, but also in patients with CAD. In log-rank test to stratify occurrence of events for CAD, the difference between Nts and Hts disappeared. In Cox regression stratified for CAD, only males were statistically significant. Conclusion: Although Hts have presented more events, independent of blood pressure levels in both predictors of cardiovascular events and CAD groups were males. / Introdução: As doenças do aparelho circulatório são as principais causas de morbimortalidade no mundo. Elas são responsáveis por 18 milhões de mortes ao ano, sendo a doença arterial coronária (DAC) e doenças cerebrovasculares (DCV) responsáveis por 2/3 destes, e por aproximadamente 22% dos 55 milhões de óbitos/ano por todas as causas. Dentre seus fatores de risco modificáveis, a hipertensão arterial sistêmica é considerada de grande importância. Entretanto, existe uma relação linear entre o risco de morte por causa vascular e valores da pressão arterial, mesmo dentro do espectro considerado normal. Objetivos: Avaliar possíveis preditores de eventos cardiovasculares maiores em normotensos (Nts) e hipertensos (Hts) com anatomia coronariana conhecida e isquemia miocárdica detectada mediante ecocardiografia sob estresse físico (EEF); e comparar características clínicas e antropométricas, ergométricas, ecocardiográficas e cineangiocoronarioráficas entre os grupos. Pacientes e Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva de 423 pacientes ( Nts= 143 e Hts = 280) que foram submetidos à EEF entre janeiro de 2001 a novembro de 2014 e posteriormente realizaram cineangiocoronariografia. A pesquisa de eventos foi realizada mediante contato telefônico e busca ativa de informações em prontuários ambulatoriais dos médicos assistentes. Na análise estatística, variáveis categóricas foram analisadas mediante teste do qui-quadrado. Variáveis numéricas apresentaram-se em médias e desvio-padrão. Para distribuição normal utilizou-se teste t de Student. Foram utilizadas também curvas de sobrevida Kaplan-Meier, teste de log-rank e Modelos de regressão de Cox. Adotou-se como critério de significância valor bicaudal de p < 0,05. Resultados: A idade média dos pacientes foi 58,8± 10,9 anos, sendo 208 (49,2%) homens e 215 (50,8%) mulheres. Observou-se diferença quanto à idade (55,76 ± 11,4 anos X 60,36 ± 10,39 anos; p<0,0001), IMC (26,44 ± 3,6 Kg/m2 X 28,42 ± 4,53Kg/m2; p < 0,0001), diabetes mellitus (22,97% X 77,03%; p= 0,03), dislipidemia (27,06% X 72,94%, p<0,0001); revascularização miocárdica prévia (17,07% X 82,93%; p=0,01), história familiar de DAC (28,83% X 71,17%; p = 0,003), uso de IECA ou BRA (2,04% X 97,96%; p<0,0001) e uso de betabloqueadores (22,61% X 77,39%; p=0,003). Os Hts apresentaram maior índice de massa ventricular esquerda (89,86±23,88 g/m2 X 96,94±24,99g/m2; p=0,005), atingiram menor estágio na esteira ergométrica (3,03±1,05 X 2,68±0,97; p=0,004) e apresentaram maior freqüência de DAC (28,57% X 71,43%; p=0,008). Ocorreram 103 eventos, 25 (24,3%) nos Nts e 78 (75,7%) nos Hts, p=0.019. A curva de sobrevida de Kaplan-Meier demonstrou prognóstico significativamente pior no grupo de Hts e também nos portadores de DAC. No teste de log-rank, ao estratificar ocorrência de eventos para DAC, a diferença entre os grupos desapareceu. Na regressão de Cox estratificada para DAC, apenas o gênero masculino apresentou significância estatística. Conclusão: Embora os Hts tenham apresentado mais eventos, independente dos níveis pressóricos, em ambos os grupos os preditores de eventos cardiovasculares foram DAC e o gênero masculino.
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Estudo da perfusão miocárdica e reserva coronariana pela ecocardiografia sob estresse com perfusão em tempo real em pacientes com diabetes melito descompensado e após tratamento / Myocardial perfusion study and coronary flow reserve by real-time utilizing myocardial contrast echocardiography in decompensated diabetic patients after treatment

Natanael Vilela Morais 12 August 2010 (has links)
Introdução: O diabetes melito (DM) está associado com alterações na reserva de fluxo coronariano a nível microcirculatório e a ecocardiografia sob estresse com perfusão em tempo real (EPMTR) é uma técnica útil para avaliação não invasiva dessas alterações. O objetivo deste estudo foi avaliar se o controle do DM teria influência sobre os valores da Reserva de Fluxo Microvascular (RFM) em pacientes livres de coronariopatia obstrutiva. Métodos: Estudamos 30 pacientes com DM tipo 2 (GD) e 11 pacientes saudáveis do grupo controle (GC). A RFM foi avaliada pela EPMTR utilizando contraste a base de microbolhas. Os diabéticos foram estudados na fase descompensada (Fase 1) e após a otimização do tratamento quatro meses depois (Fase 2). Analisamos três parâmetros na quantificação miocárdica: Volume relativo de sangue do miocárdio (AN), velocidade do fluxo () e fluxo miocárdico absoluto (ANx). Todos os pacientes realizaram angiotomografia de coronárias (64 detectores) para confirmar a ausência de coronariopatia obstrutiva. Os grupos foram pareados por idade, sexo, peso, índice de massa corpórea e separados os pacientes com melhora(GCM) dos níveis de hemoglobina glicosilada maiores que 1% (valor absoluto) e os sem melhora(GSM). Resultado; durante a EPMTR na Fase 1 foram: Valores (s-1): 1,16±0,59 (GCM) vs.1,72±1,08 (GSM) vs. 2,33±1,75 (GC), com p < 0,001 e valores ANx(dBs-1): 1,53±0,83 (GCM) vs. 2,08 ± 1,33 (GSM) vs. 2,61±1,66 (GC) com p < 0.001. Na Fase 2 obtivemos valores de (s-1): 1,84±1,11 (GCM) vs. 1,29±0,76 (GSM) vs. 2,20±1,53(GC) com p < 0.001 e valores ANx(dBs-1): 1,70 ± 1,01 (GCM) vs.1,43 ± 0,87 GSM) vs. 2,69 ± 1,57 (GC) com p < 0.001. Conclusão: Pacientes diabéticos tipo 2 com controle clínico inadequado apresentam redução na reserva de fluxo microvascular. Uma melhora dos níveis de hemoglobina glicosilada maior que 1% está associada a uma melhora na perfusão miocárdica / Background: Diabetes mellitus (DM) is associated with alterations in coronary flow reserve on microvascular circulation. Real-time myocardial contrast echocardiography has proven to be a useful method for non-invasive evaluation of microvascular alterations. The objective of this study was to assess whether the control of diabetes would influence the values of Microvascular Flow Reserve (MFR) in patients free of obstructive coronary artery disease (CAD). Methods: Thirty patients were studied with DM (DG) and eleven healthy subjects (CG). MFR was determined by quantitative contrast echocardiography during dipyridamole stress using intravenous microbubbles based contrast. Diabetic individuals were studied in a decompensated state (Phase 1) and after optimization of medical treatment four months later (Phase 2). We evaluated three parameters of myocardial blood flow quantification. Relative myocardial blood volume (AN), blood flow velocity () and myocardial absolute flow (ANx ). All patients underwent computed coronary angio-tomography (64 Slices) to determine the absence of obstructive CAD. The groups were paired by age, sex, weight, body mass index and separated patients that improvement (IG) in levels of glycosylated hemoglobin greater than 1% (absolute value) and those that showed no improvement (NIG). Results: and ANx reserve values in phase 1 were respectively: 1.163±0.587 (IG) vs.1.724±1,077 (NIG) vs. 2.328±1.752 (CG), with p < 0.001 and ANx(dBs-1) values: 1.527±0.828 (IG) vs. 2.080±1.328 (NIG) vs. 2.609±1.659 (CG) with p < 0.001. Values in Phase 2: (s-1): 1.839±1.112 (IG) vs. 1.284±0.761 (NIG) vs. 2.199±1.528 (CG) with p < 0.001 and ANx(dBs-1) values: 1.696±1.012 (IG) vs. 1.426±0.866 (NIG) vs. 2.687±1.574 (CG) with (p < 0.001). Patients that reached the goal HbA1C levels had a significant enhancement in coronary reserve (from 10.42±2.03% to 8.73±1.77%; p<0.001). Conclusion: These results suggest that diabetic individuals with poor blood glucose control and no obstructive coronary artery disease have impaired MFR. Improvement in glycosylated hemoglobin greater than 1% is associated with increase in microvascular function
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Análise volumétrica da hiperplasia intimal intra-stent farmacológico em pacientes diabéticos tratados com ou sem cilostazol / Volumetric analysis of intra-Drug-eluting stents intimal hyperplasia in diabetic patients treated with or without cilostazol

Maria Fernanda Zuliani Mauro 06 August 2013 (has links)
Fundamentos: Ensaios prévios reunindo pacientes em series consecutivas ou randomicas sem cegamento evidenciaram beneficio da adição do cilostozol à terapia antiplaquetária em diabéticos submetidos ao implante de stents coronários farmacológicos com redução nas taxas de reestenose binária, perda tardia intra-stent e revascularização tardia da lesão alvo. Objetivos: O objetivo primário deste estudo foi verificar se a adição do cilostazol à dupla terapia antiplaquetária, proporcionaria uma redução adicional da hiperplasia intimal em diabéticos após o implante de stent farmacológico, mensurada por meio do cálculo do volume de obstrução pelo ultrassom intracoronário 9 meses após o procedimento índice. Os objetivos secundários foram aferir a angiografia quantitativa do vaso alvo e ocorrência de eventos cardíacos adversos graves (óbito, infarto do miocárdio não fatal e necessidade de nova revascularização da lesão-alvo) aos 30 dias, 9 meses e 1 ano. Casuística e métodos: Estudo prospectivo, unicêntrico, randomizado, duplo cego, reunindo 133 pacientes diabéticos, comparando pacientes que receberam cilostazol (Grupo 1, n= 65 ) versus placebo (Grupo 2, n= 68), submetidos a implante de stent coronário com liberação de zotarolimus em artéria coronária nativa com estenose maior ou igual a 50% e diâmetro de referência igual ou superior a 2,0 mm (avaliação visual), com reestudo angiográfico e análise ultrassonográfica aos 9 meses. Resultados: Os 2 grupos foram similares nas características clínicas, angiográficas e técnicas, exceto na evidencia de maior incidência de hipertensão arterial no grupo 2 (81,5% vs 94,1%, p=0,026) assim como nos diâmetros dos stents coronários utilizados, significativamente menores no grupo 1 (2,78 mm vs 2,96 mm, p<0,001). O calculo do volume de obstrução intimal por meio do ultrassom intracoronário aos 9 meses foi similar entre os grupos (33,2% vs 35,1%, p=0,069), assim como as taxas de eventos cardíacos adversos graves (12,3% vs 8,8%, p= 0,811), trombose de stent (1,5% versus 0,75%, p= 0,237), reestenose binária intra-sent (9,8% vs 6,8%, p= 0,988), perda tardia intra-stent (0,60 vs 0,64, p=0,300) e no segmento ( 0,57 vs 0,58, p= 0,387). Conclusões: A adição do cilostazol à dupla terapia antiplaquetária com ácido acetilsalicílico e clopidogrel em pacientes diabéticos submetidos à implante de stent com zotarolimus, não reduziu eventos cardíacos adversos graves ou o porcentual de hiperplasia intimal intra-stent mensurado pela análise volumétrica do ultrassom intracoronário. / Background: Previous trials with assembled patients in consecutive or random series without blindness offered evidence of the benefit adding cilostazol to the antiplatelet therapy in diabetic patients undergoing drug-eluting stents coronary implantation, with reduction in binary restenosis rates, in-stent late loss and late target lesion revascularization. Objectives: The primary objective of this study was to determine whether the addition of cilostazol to the dual antiplatelet therapy would provide an additional intimal hyperplasia reduction in diabetic patients after drug-eluting stents implantation, measured by calculating the obstruction volume through the intravascular ultrasound 9 months after the index procedure. Secondary objectives were to assess the target vessel quantitative angiography and the occurrence of serious adverse cardiac events (death, nonfatal myocardial infarction and need for a target lesion revascularization) at 30 days, 9 months and 1 year. Methods: Prospective, single center, randomized, double blinded study, gathering 133 diabetic patients, comparing who received cilostazol (Group 1, n= 65) versus placebo (Group 2, n= 68), undergoing coronary stenting, with the releasing of zotarolimus in a native coronary artery with stenosis greater than or equal to 50% and reference diameter equal to or greater than 2.0 mm (visual assessment) with the intravascularultrasound and angiographic restudy at 9 months. Results: Both groups were similar in clinical, angiographic and technical characteristics, except for a higher incidence of arterial hypertension in group 2 (81,5% vs 94,1%, p=0,026) as well as significantly lower coronary stents diameters in group 1 (2,78 mm vs 2,96 mm, p<0,001). The intimal obstruction volume calculated by the intravascularultrasound at 9 months was similar between the groups (33,2% vs 35,1%, p=0,069), as well as the rates of major adverse cardiac events (12,3% vs 8,8%, p= 0,811), stent thrombosis (1,5% versus 0,75%, p= 0,237), in-stent binary restenosis (9,8% vs 6,8%, p= 0,988), in stent late loss (0,60 vs 0,64, p=0,300) and at the segment ( 0,57 vs 0,58, p= 0,387). Conclusions: The addition of cilostazol to the dual antiplatelet therapy with acetylsalicylate acid and clopidogrel, in diabetic patients undergoing stent implantation with zotarolimus did not reduce major adverse cardiac events nor the percentage of intra-stent intimal hyperplasia measured by the intravascularultrasound volumetric analysis.
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Aplicação do critério de propriedade de indicação da intervenção coronária percutânea nos pacientes do Registro DESIRE / Application of appropriate use criteria for percutaneous coronary intervention in patients of DESIRE Registry

Ana Cristina de Seixas Silva 14 June 2016 (has links)
FUNDAMENTOS: Com a expressiva ampliação do uso dos stents farmacológicos (SF), nos diversos cenários em que se apresenta a doença arterial coronária (DAC), e diante de todas as evoluções das diferentes formas de tratamento, levantou-se o questionamento sobre a propriedade de indicação da intervenção coronária percutânea (ICP), à busca do discernimento sobre quais pacientes (P) com DAC apresentam o melhor balanço risco/benefício. Visando a sistematizar as indicações para procedimentos de RM, e tomando como referência as Diretrizes Internacionais baseadas nos principais estudos e ensaios clínicos desta área, em 2009, pela primeira vez, ACC/AHA/SCAI/AATS publicaram um documento sugerindo, frente aos diversos cenários clínicos e anatômicos da DAC, critérios de propriedade de indicação para os procedimentos de RM, permitindo classificá-los quanto à indicação em: A - apropriado, PA - pode ser apropriado ou RA - raramente apropriado. OBJETIVOS: O objetivo primário foi avaliar o grau de propriedade de indicação da ICP com SF nos pacientes do Registro DESIRE, no período de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2013, correlacionando com a ocorrência de eventos cardíacos maiores (ECAM) (óbito, infarto e revascularização da lesão-alvo), num seguimento clínico de dois anos. Os objetivos secundários foram: comparar o grau de propriedade de indicação da ICP entre pacientes com apresentação clínica estável versus aqueles com síndrome coronária aguda (SCA); e a ocorrência isolada de óbito cardíaco (OC), infarto agudo do miocárdio não-fatal (IM), revascularização da lesão-alvo (RLA) e trombose do stent no período de follow-up. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram incluídos todos os pacientes, consecutivamente tratados no HCor-ASS com ICP e implante de pelo menos um SF, entre 01/01/2012 a 31/12/2013. A coleta de dados foi feita do banco de dados do Registro DESIRE, em cujo programa constam dados pormenorizados das características clínicas, angiográficas e informações técnicas da intervenção, incluindo complicações, de cada um dos P registrados, além dos dados evolutivos obtidos nos períodos definidos após o procedimento-índice (1, 6, 12 meses e anualmente a partir de então). Fez-se a validação desses critérios, usando-se o aplicativo SCAI-QIT®, que permite a definição, ao serem incluídas as variáveis do P, do grau de propriedade de indicação para o implante do SF. Este aplicativo é facilmente acessado via internet, no seguinte site: http://scai-qit.org/. Após ser feita a classificação dos critérios de propriedade de indicação, os dados foram analisados estatisticamente, para obtenção dos objetivos e resultados do estudo em questão. RESULTADOS: Dentre os 1.108 P do Registro DESIRE analisados, usando-se o aplicativo SCAI-QIT®, observou-se que: 375 (33,8%) tiveram indicações Apropriada (Grupo I); 480 (43,3%) tiveram indicação Pode Ser Apropriada (Grupo II) e 215 (19,4%) tiveram indicação Raramente Apropriada (Grupo III). No Grupo I, 22,7% tinham isquemia silenciosa, 13,3% angina estável, 36,8 % SCAssST e 27,2% SCAcsST. No Grupo II, 34,0% tinha isquemia silenciosa, 11,9% angina estável, 33,3% SCAssST e 20,8% SCAcsST. No Grupo III, 82,3% tinham isquemia silenciosa, 4,2% angina estável, 0% SCAssST e 13,5% SCAcsST. A ocorrência de IM (definido como aumento da CKMB massa >3X o percentil 99) foi de 9,6%, 9,6%% e 7,0% (p= 0,652) nos Grupos I, II e III, respectivamente. A RLA foi de 1,9%, 2,1% e 0,9% (p= 0,592) e a taxa de trombose do stent foi 0,3%, 0,6% e 1,4% (p=0,406). Comparando os 3 grupos não foi estatisticamente significativo as taxas de OC e ECAM no follow-up de 2 anos. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo demonstram que apesar das taxas de PCI em pacientes estáveis e instáveis, destoarem das esperadas e das já documentadas, isso não teve relevância nos eventos maiores e sobrevida dos pacientes no follow-up clínico. / BACKGROUND: With the significant expansion of the use of drug-eluting stents in different scenarios as presented coronary artery disease (CAD), and before all the developments of different forms of treatment, rose the questioning on the indication of ownership of percutaneous coronary intervention (PCI), the pursuit of insight into which patients (P) with CAD have the best balance risk/benefit. Aiming to systematize indications for coronary revascularization procedures, and by reference to the International Guidelines based on the main studies and clinical trials in this area, in 2009 for the first time, ACC/AHA/SCAI/AATS published a paper suggesting, compared to various clinical and anatomical scenarios of CAD, criteria for appropriate indication of coronary revascularization procedures, allowing to classify them as the indicated in: A - Appropriate, PA - May be appropriate or RA - Rarely appropriate. OBJECTIVES: The primary objective was to evaluate the degree of appropriateness of the ICP with pharmacological stents in patients of DESIRE Registry, in the period from January 2012 to December 2013, correlating with the occurrence of major cardiac events (MACE)(death, myocardial infarction and target vessel revascularization), in the clinical follow-up of two years. The secondary objective were: to compare the degree of appropriateness of PCI indication among patients with clinical presentation satble versus those with acute coronary syndrome to isolated occurrence of cardiac death, myocardial infarction (MI), new target lesion revascularization (TLR) and stent thrombosis in follow-up period. METHODS: We included all patients consecutively treated in HCor-ASS with ICP and implantation of at least one drug-eluting stent, between 01/01/2012 to 31/12/2013. Data collection was made of the DESIRE Registry data base in whose program includes these full details of clinical features, and technical information of the intervention, including complications, each of registered patients in addition to the rolling data over defined periods after the index procedure (1, 6 12 months and annually thereafter). It was made the validation of these criteria, using the application SCAI-QIT, which allows definition, when the patient variables are include, the degree of appropriateness implantation of drug-eluting stent. This application is easily accessed via the internet, at the following site: http://scai-qit.org/. After being made the classification of statement of appropriateness criteria, data were statistically analyzed to obtain the objectives and results of the study in question. RESULTS: Among the 1.108 P of DESIRE Registry analyzed using the SCAI-QIT® application, it was observed that: 375 (33,8%) had Appropriate(Group I) indication; 480 (43,3%) had May be appropriate (Group II) indication and 215 (19,4%) had Rarely appropriate (Group II) indication. In Group I, 22,7% had silent ischemia, 13,3% stable angina, 36,8% SCAssST e 27,2% SCAcsST. In Group II, 34,0% had silent ischemia, 11,9% stable angina, 33,3% SCAssST e 20,8% SCAcsST. No Group III, 82,3% had silent ischemia, 4,2% stable angina, 0% SCAssST e 13,5% SCAcsST. The occurrence of MI (defined as increase of CKMB mass >3x the 99 percentile) was 9,6%, 9,6%% and 7,0% (p= 0,652) in Groups I, II e III, respectively. The TLR was 1,9%, 2,1% and 0,9% (p= 0,592) and stent thrombosis rate was 0,3%, 0,6% and 1,4% (p=0,406). Comparing the 3 groups was not statistically significant the rates of mortality and mace in follow-up of 2 years. CONCLUSIONS: The results of this study demonstrate that despite PCI in stable and unstable patients, diverges the expected and already documented, it had no relevance in major events and survival of patients in the clinical follow-up.
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Prevenção cardiovascular abrangente em pacientes com doença arterial coronária: implementação das diretrizes na prática clínica. / Cardiovascular prevention in coronary heart disease patients: guidelines implementation in clinical practice

Clarisse Kaoru Ogawa Indio do Brasil 02 July 2013 (has links)
Introdução: apesar das recomendações de todas as diretrizes sobre a doença arterial coronária e das evidências científicas de que o tratamento medicamentoso otimizado acrescido de intervenção sobre os fatores de risco e a melhoria do estilo de vida reduzem eventos cardiovasculares fatais não-fatais, essa terapêutica de prevenção secundária continua a ser subutilizada na prática clínica. Objetivos: Primário: demonstrar que a utilização de um programa de otimização da prática clínica em pacientes com doença arterial coronária estável aumenta a prescrição de medicamentos comprovadamente eficazes na prevenção secundária desta doença. Secundários: a) documentar a prática clínica vigente em termos de terapia medicamentosa e de medidas para a mudança do estilo de vida b) identificar as ferramentas utilizadas na estratégia para a otimização da prática clínica quanto à eficácia e aderência à medicação prescrita. Métodos: trata-se de um estudo de corte transversal para documentar a prática clínica vigente, seguido de componente longitudinal em que a utilização das ferramentas para a otimização da prática clínica foi avaliada por meio de novo corte transversal, com nova coleta de dados. Foram identificados retrospectivamente através dos prontuários, 710 pacientes consecutivos portadores de doença arterial coronária (Fase 1). Após a aplicação das ferramentas, foram incluídos 705 pacientes consecutivos atendidos no serviço com a coleta dos mesmos dados, para a análise comparativa. Além disso, foram selecionados do primeiro grupo, de forma aleatória, 318 prontuários de seis a doze meses após a primeira avaliação, para a coleta dos mesmos dados, que foram comparados com as informações iniciais destes mesmos pacientes. (Fase 3). Resultados: comparação entre Fase 1 e Fase 2: as características demográficas eram comparáveis entre os dois grupos. Quanto aos fatores de risco, houve melhora com diferença significativa para o tabagismo (p=0,019), dislipidemia (p<0,001) hipertensão arterial e atividade física regular (p<0,001). Quanto aos exames laboratoriais, não houve diferença estatisticamente significativa entre as duas populações. Comparando a prescrição dos fármacos recomendados, houve diferença significativa para IECA (67,2% versus 56,8%, p<0,001); ARA II (25,4% versus 32,9%, p=0,002) e betabloqueador (88,7% versus 91,9%, p=0,047). Comparação entre Fase 1 e Fase 3: os dados demográficos foram semelhantes, assim como as características clínicas, com exceção da doença arterial periférica obstrutiva: 31 pacientes (9,7%) e 42 (13,3%), p=0,007. Em relação aos fatores de risco, consideramos apenas os modificáveis tabagismo e atividade física. Para o tabagismo, considerando três categorias (nunca, ex-fumante e atual), não houve diferença significativa entre as duas fases. Para a atividade física, a proporção de pacientes sem informação para esta variável era elevada, 83,9% na primeira fase e 72,8% na terceira fase, dificultando a análise estatística. Quanto às medidas de exame físico, houve redução significativa do peso, p=0,044, pressão arterial sistólica e diastólica, p<0,001. Os exames laboratoriais não mostraram diferenças significativas entre as duas fases. Em relação à prescrição de medicamentos recomendados, houve diferença para IECA (64,8% versus 61,6%, p=0,011) e ARA II (27,0% versus 31,3%, p=0,035). Conclusão: com base nos resultados obtidos, o presente estudo permite concluir: não houve mudança significativa na utilização de medicamentos comprovadamente eficazes na prevenção secundária da DAC entre o período pré- e pós-intervenção; houve melhora significativa em relação ao tabagismo e atividade física na Fase 2; melhora substancial nos níveis de pressão arterial, tanto sistólica como diastólica na comparação tanto entre a Fase 1 e 2 como entre a Fase 1 e 3; a inclusão de enfermeiro treinado para gerenciar o processo é fundamental para a eficácia do programa; programas abrangentes de melhoria de qualidade assistencial em hospitais terciários e acadêmicos, provavelmente devem ser continuados por período de seguimento superior a um ano. / Background: despite guidelines recommendations on coronary artery disease treatment and scientific evidence confirming that optimal medical therapy added to risk factors and lifestyle management, reduce both fatal and non-fatal cardiovascular events, these secondary prevention strategies have been underutilized in clinical practice. Objectives: Primary: to demonstrate the utilization of a clinical improvement program in stable coronary artery disease patients would increase the evidence-proved treatment prescription in secondary prevention. Secondaries: a) to describe the ongoing clinical practice on medical therapy and lifestyle change counseling b) to identify tools to be utilized in the strategy to improve clinical practice, assessing efficacy and adherence to prescribed treatment. Methods: cross-sectional study to describe the ongoing clinical practice, followed by a longitudinal component in which the tools utilization to improve clinical practice was assessed by means of additional crosssectional data collection. 710 consecutive coronary artery disease patients were included after chart review following eligibility criteria (Phase 1). After tools implementation, within 6-month period, 705 patients were included (Phase 2) for comparative analysis. Randomly, 318 patients from Phase 1 were selected, 6-12 months after the first evaluation (Phase 3). Results: Phase 1 to Phase 2 comparison: demography was comparable. Concerning to risk factors, there were improvement on smoking (p=0,019), dyslipidemia (p<0,001), hypertension and physical activity (p<0,001). There were no statistical significant differences on laboratory results. By comparing the proven pharmacological treatment prescription, there was significant difference on ACEI (67,2% versus 56,8%, p<0,001); ARB II (25,4% versus 32,9%, p=0,002) and beta-blocker (88,7% versus 91,9%, p=0,047). Phase 1 to Phase 3 comparison: demography was comparable, as well as clinical characteristics, except peripheral artery disease: 31 patients (9,7%) and 42 (13,3%), p=0,007. Regarding risk factors, smoking and physical activity were considered. There was no significant difference on smoking rates taking into account three categories (never, ex-smoker and smoker). The proportion of patients without available data for physical activity was high, 83,9% (Phase 1) and 72,8% (Phase 3), making the data analysis not appropriated. Anthropometric measurement showed significant on weight reduction, p=0,044, both systolic and diastolic blood pressure, p<0,001. Laboratory results did not show significant differences. There was statistical significant difference on ACEI (64,8% versus 61,6%, p=0,011) and ARB II (27,0% versus 31,3%, p=0,035). Conclusion: based upon study results the following might be concluded: there was no significant change on the evidence-based pharmacological treatment utilization on secondary prevention coronary artery disease patients between pre and post-intervention Phases; there was significant improvement concerning smoking and physical activity in Phase 2; substantial improvement on blood pressure levels, both systolic and diastolic in both comparisons (Phase 1 to 2 and Phase 1 to 3); the inclusion of a case-manager for the process management is crucial for program efficacy; comprehensive programs for clinical practice improvement in tertiary academic hospitals should be pursued for longer follow-up period.
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"Estudo comparativo de dois métodos de registro de diagnósticos e intervenções de enfermagem em pacientes durante o transoperatório de cirurgia de revascularização do miocárdio" / Comparative study of two recording methods of nursing diagnosis and interventions during the intraoperative period for patients undergoing coronary artery bypass graft surgery (CABG)

Floracy Gomes Ribeiro 12 July 2006 (has links)
Este trabalho teve como objetivo comparar as freqüências e concordâncias em percentual os registros de diagnósticos e intervenções de enfermagem entre dois métodos: Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAEP) e o Conjunto de Dados de Enfermagem Perioperatória (PNDS) no transoperatório de RM, Os métodos foram empregados por 2 grupos distintos de enfermeiros em 50 pacientes. Os registros encontrados no SAEP foram transcritos, mapeados para o PNDS e então comparados. No PNDS registrou-se 648 diagnósticos e no SAEP 38. A freqüência de intervenções registradas para o PNDS foi 1863 e para SAEP 1587. Não houve concordância em percentual para a presença de diagnósticos entre os métodos estudados. Nas intervenções do domínio segurança, houve concordância acima de 70% em 12 categorias / This study aimed to compare frequency and percentage agreement of nursing diagnosis and interventions documented by two different methods: Perioperative Nursing Care Process (SAEP) and Perioperative Nursing Data Set (PNDS) during intra-operative CABG surgery. The methods were employed by two distinct groups of nurses with 50 patients. SAEP nursing documentation was transcribed, mapped and compared to PNDS. With the PNDS documentation, 648 nursing diagnosis were recorded and 38 with SAEP. Nursing interventions frequency for PNDS were 1863 and SAEP, 1587. There was no percentage agreement of nursing diagnosis between the studied methods. There was over 70% agreement for safety domain interventions, in 12 categories
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Influência da obesidade e da doença arterial coronária nos níveis séricos de estrona nas mulheres na pós-menopausa / Influence of the obesity and coronary artery disease in blood levels of estrone in postmenopausal women

Teresa Cristina Barbosa Ferreira da Silva 09 February 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: Estudos recentes mostraram maior mortalidade em indivíduos nos extremos dos valores do índice de massa corpórea (IMC). Discute-se, também, a intensidade da influência da obesidade na mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV), em mulheres na pós-menopausa, e da participação dos estrógenos endógenos. Neste trabalho, analisamos, prospectivamente, a influência da obesidade e os níveis séricos de estrona nos principais fatores de risco em mulheres na pós-menopausa com doença arterial coronária (DAC), ou de alto risco para DAC, matriculadas no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Estudo prospectivo, realizado entre março de 2004 e setembro de 2006, em 251 mulheres na pós-menopausa com alto risco para eventos cardiovasculares, na ausência de reposição hormonal. Foram estudadas, em 3 visitas semestrais (V1-basal, V2 e V3), as características clínicas (pressão arterial, índice de massa corpórea, fatores de risco para DCV, medicação utilizada, e ocorrência de eventos neste período) e as laboratoriais [glicemia, perfil lipídico, inflamatórias (análise PCR ultra-sensível), bem como e os níveis de estrógeno endógeno (estrona)]. Foram classificadas, segundo o IMC (kg/m2), em normal (18,5<=IMC<25), sobrepeso (25<=IMC<30) e obesa (>=30), e também os níveis de estrona (= e =pg/mL). Foram realizadas as análises univariada, curvas de Kaplan-Meier para mortalidade, segundo os níveis de estrona, e regressão multivariada de Cox. RESULTADOS: Não houve diferenças entre os grupos com relação à idade (71±8 vs 70±7 vs 69±6 anos; p=0,112). O aumento do IMC associou-se a maior prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) (81% vs 96% vs 100%; p<0,01), diabetes melito (38% vs 52% vs 69%; p=0,001), e níveis de estrona (22,3±11 vs 22,4±9,4 vs 28,2±16,4 pg/mL; p=0,002). Menores níveis de HDL (58±15 vs 53±12 vs 50±11 mg/dl; p=0,009) e LDL (123±30 vs 115±38 vs 107±36 mg/dl; p=0,039). Os níveis de PCR permaneceram inalterados (0,38±0,33 vs 0,79±1,81 vs 0,63±0,57 mg/dl; p=0,180) e houve tendência de maiores níveis de triglicérides (143±81 vs 167±80 vs 191±149 mg/dl; p=0,061). Níveis séricos de estrona >=25 pg/mL foram observados nas pacientes com maiores níveis de pressão arterial sistólica (140±18 vs 145±18 mmHg; p=0,031), pressão arterial diastólica (82±10 vs 85±9 mmHg; p=0,003), e maiores níveis de glicemia (123±48 vs 146±67 mg/dl; p=0,003), com menor prevalência de DAC (81% vs 67%; p=0,010). Para o seguimento de 1,99±0,54 anos, observou-se aumento gradativo dos níveis de estrona (V1=25±13, V2=31±14, V3=33±17 pg/mL; p<0,01). A incidência de eventos cardiovasculares, segundo os níveis de estrona =25 pg/mL, foi semelhante nos dois grupos analisados, e aconteceram no tempo médio de seguimento de 0,62±0,46 anos. Ocorreram 14 óbitos, sendo 8 por DCV, e 6 por outras causas. A curva de Kaplan-Meier mostrou uma tendência (p=0,074) de maior mortalidade, conforme os níveis de estrona =pg/mL. A idade [OR=1,08 (IC95%:1,01-1,18); p=0,037], PCR [OR=1,24 (IC95%:1,03-1,50); p=0,024] e HAS [6,22 (IC95%:1,86-20,81); p=0,003] foram as variáveis independentes para mortalidade. Conclusões: Nível sérico de estrona, para valor >=25 pg/mL, associou-se a menor prevalência de DAC, porém, não influenciou na incidência de eventos cardiovasculares, nem na mortalidade. Observou-se uma tendência de maior mortalidade em mulheres com níveis de estrona <=15 pg/mL. Na divisão em normal, sobrepeso e obesa observamos padrão de síndrome metabólica nas pacientes. / INTRODUCTION: Recent studies showed higher mortality in people with extreme values of body mass index (BMI). The obesity\'s influence intensity in mortality associated with cardiovascular diseases (CVD) in postmenopausal women and the participation of the endogenous estrogens are unknown. In this study we analysed the influence of BMI and blood levels of estrone in the main risk factors for postmenopausal women (registered on the Heart Institute, University of São Paulo Medical School) with coronary artery disease (CAD) or with high risk for CVD. METHODS: Prospective study performed between March/2004 and September/2006, in 251 postmenopausal women with high risk for cardiovascular events in the absence of hormonal therapy. They were studied, in 3 biannual visits (V1-baseline, V2 and V3), clinical characteristics (blood pressure, BMI, risk factors for CVD, medication in use and events occurred during this period), laboratories exams [glucose, total cholesterol, HDL-cholesterol, LDL- cholesterol, triglyceride, C-reactive protein and blood levels of endogenous estrogen (estrone)]. They were classified according to the BMI (kg/m2) in normal (18,5<=IMC<25), overweight (25<=IMC<30) and obese (>=30) and blood levels of estrone (= and =pg/mL). Univariate analysis, Kaplan-Meier estimation curves according to the blood levels of estrone and the Cox multivariate regression were done. RESULTS: No differences were seen among the groups regarding age (71±8 vs 70±7 vs 69±6 years; p=0,112). The increase of BMI was associated with higher prevalence of hypertension (81% vs 96% vs 100%; p<0,01), diabetes melito (38% vs 52% vs 69%; p=0,001) and blood levels of estrone (22,3±11 vs 22,4±9,4 vs 28,2±16,4 pg/mL; p=0,002); lower levels of HDL-cholesterol blood (58±15 vs 53±12 vs 50±11 mg/dL; p=0,009) and LDL-cholesterol (123±30 vs 115±38 vs 107±36 mg/dL; p=0,039). The levels of C-reactive protein remained unchanged (0,38±0,33 vs 0,79±1,81 vs 0,63±0,57 mg/dL; p=0,180) and a trend of higher levels of triglycerides (143±81 vs 167±80 vs 191±149 mg/dL; p=0,061). Blood level of estrone >=25 pg/mL was observed in pacientes with higher level of systolic blood pressure (SBP) (140±18 vs 145±18 mmHg; p=0,031), diastolic blood pressure (DBP)(82±10 vs 85±9 mmHg; p=0,003) and higher levels of glucose (123±48 vs 146±67 mg/dL; p=0,003), with lower prevalence of CHD (81% vs 67%; p=0,010). During the follow-up of 1,99±0,54 years was noticed a gradual increase of blood level of estrone (V1=25±13, V2=31±14, V3=33±17 pg/mL; p<0,01). The incidence of cardiovascular events according to the blood levels of estrone =25 pg/mL was similar in the two groups and occurred during the follow-up period of 0,62±0,46 years. Were reported 14 deaths: 8 associated with CVD and 6 related to another causes. The Kaplan-Meier estimation curve showed a trend (p=0,074) of greater mortality for CVD according the blood level of estrone of =15 pg/mL. The age [OR=1,08 (IC95%:1,01-1,18);p=0,037], C-reactive protein [OR=1,24 (IC95%:1,03-1,50);p=0,024] and hypertension [6,22 (IC95%:1,86- 20,81);p=0,003] were independent variables for mortality. CONCLUSIONS: Blood level of estrone for readings of >=25 pg/mL, can be associated with smaller prevalence of CAD, but had no impact in cardiovascular events and mortality. We noticed a trend of greater mortality in women with estrone level lower than 15 pg/mL.
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Efeito do metabolismo e função das lipoproteínas de alta densidade (HDL) em pacientes diabéticos tipo 2 com e sem doença coronária obstrutiva / Effect of metabolism and function of high density lipoprotein (HDL) in type 2 diabetic patients with and without obstructive coronary artery disease

Marilia da Costa Oliveira Sprandel 03 December 2013 (has links)
Introdução:O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) está associado ao aumento da mortalidade por doença arterial coronária (DAC). O DM2 afeta o metabolismo de lípides, levando à dislipidemia, caracterizada por hipertrigliceridemia e baixa concentração plasmática de HDL-colesterol. Transferências de lípides entre HDL e outras lipoproteínas são passos cruciais no metabolismo e função da HDL. Objetivo: Investigar se o desenvolvimento de DAC em pacientes com DM2 está associado com alterações na transferência de lípides para HDL. Métodos: Foram estudados 79 pacientes com DM2 portadores de DAC obstrutiva (DM2-DAC) e 76 pacientes com DM2 e artérias coronárias angiograficamente normais (DM2). Foram avaliados o perfil lipídico, apolipoproteínas, composição lipídica da HDL, dosagem de CETP e LCAT. No ensaio de transferência, as amostras de plasma foram incubadas por 1h a 37º com uma nanoemulsão artificial marcada com 3H-éster de colesterol e 14Cfosfolípides ou 3H -triglicérides e 14C-colesterol não esterificado. A quantificação da transferência de lípides da nanoemulsão doadora para a HDL foi feita após a precipitação da fração não HDL. O tamanho da HDL foi medido por laser light scattering. Resultados: Os pacientes DM2-DAC apresentaram maior concentração de colesterol total (DM2-DAC=218±48; DM2=193±36; p < 0,001), LDL-C (147±44 vs 124±33; p < 0,001) e apoB (103,1±20,4 vs 96,0 ± 19,5; p = 0,03) que o grupo sem DAC. Os grupos não mostraram diferença com relação à concentração plasmática de triglicérides (DM2-DAC=171 ± 73; DM2=154 ± 70; p=0,1) e HDL-C (41±9 vs 38±8; p=0,07). A transferência de éster de colesterol (4,0 ± 0,6 vs 4,3 ± 0,7; p=0,005) e de colesterol não esterificado (7,6 ± 1,2 vs 8,2±1,5; p=0,006) foi menor no grupo com DAC, porém esse grupo teve maior concentração de colesterol não esterificado no plasma (36,3 ± 8,0 vs 33,6±6,5 ;p=0,02). A concentração de CETP foi menor no grupo DM2DAC (2,1±1,0 vs 2,5 ±1,1; p=0,02 ). O diâmetro das partículas de HDL não diferiu entre os grupos (8,9 ± 1,2 vs 9,0±0,6; p=0,4), nem a composição lipídica da HDL (éster de colesterol: 52,2 ± 10,8 vs 50,6 ± 10,7; p=0,38; colesterol não esterificado: 9,0 ± 2,8 vs 8,4 ± 2,7; p=0,19; triglicérides: 13,4 ± 3,9 vs 12,4 ± 3,9; p=0,11e fosfolípides:77,2 ± 16,7 vs 78,8 ± 20,5; p=0,60). A atividade da enzima LCAT não diferiu entre os grupos (1,34 ± 0,12 vs 1,33 ± 0,10; p=0,9). As transferências de todos os lípides apresentaram correlação entre si. Na análise multivariada, a presença de DAC influenciou a transferência de éster de colesterol, quando ajustado para HDL-C, apoA1, CETP massa e LDL-C (r2=0,5, p=0,03) e a transferência de colesterol não esterificado, quando ajustado para apoA1, apoB, LCAT, glicemia, idade e sexo (r2 = 0,7, p = 0,003). Conclusão: Na amostra estudada, pacientes diabéticos portadores de DAC apresentam menor transferência de colesterol para HDL comparados com os pacientes diabéticos sem DAC obstrutiva / Aim: Type 2 diabetes mellitus (DM2) is associated with morbidity and mortality secondary to coronary artery disease (CAD). DM2 affects lipid metabolism, and diabetic dyslipidemia is characterized by increased levels of tryglicerides and reduced levels of HDL-cholesterol. Lipid transfer between HDL and the other lipoproteins is a crucial step in HDL function and metabolism. Objective: The purpose of this study was investigate whether the susceptibility of patients with type 2 diabetes mellitus to develop CAD is related with alterations in lipid transfers to HDL. Methods: 79 patients with DM2 and obstructive CAD (DM2- CAD) and 76 with DM2 (DM2 group) and angiographic normal coronary arteries were studied. Lipid profile, apolipoproteins, HDL lipid composition, CETP and LCAT activity were evaluated. In the lipid transfer assay, fasting plasma samples were incubated for 1h at 37°C with a donor artificial nanoemulsion labeled with 3H -cholesteryl-esters and 14C-phospholipids or 3H-triglycerides and 14C-unesterified cholesterol. Radioactive lipids transferred from the donor nanoemulsion to HDL were quantified in the supernatant after chemical precipitation of non-HDL fractions and nanoemulsion. HDL size was measured by laser light scattering. Results: In DM2-CAD, total cholesterol (DM2- DAC=218 ± 48; DM2=193±36; p < 0,001), LDL-C (147 ± 44 vs 124±33; p < 0,001) and apoB (103,1±20,4 vs 96,0±19,5; p=0,03) were higher than in DM2 group. The groups showed no differences with respect to plasma triglycerides levels (DM2-DAC=171± 73; DM2=154 ± 70; p=0,1) nor HDL-C (41 ± 9 vs 38±8; p=0,07). DM2-CAD showed diminished transfer to HDL of esterified cholesterol (4,0±0,6 vs 4,3 ± 0,7; p = 0,005) and unesterified cholesterol (7,6 ± 1,2 vs 8,2 ± 1,5; p=0,006). However, the DM2-CAD group showed higher levels of plasmatic unesterified cholesterol (36,3±8,0 vs 33,6±6,5 ;p=0,02). CETP mass was lower in the DM2- CAD group (2,1 ± 1,0 vs 2,5 ± 1,1; p=0,02 ). HDL particle diameter was not different between groups (8,9±1,2 vs 9,0 ± 0,6; p=0,4) neither its lipid composition (esterified cholesterol: 52,2 ± 10,8 vs 50,6 ± 10,7; p=0,38; unesterified cholesterol: 9,0 ± 2,8 vs 8,4 ± 2,7; p=0,19; triglycerides: 13,4 ± 3,9 vs 12,4 ± 3,9; p=0,11; phospholipids: 77,2 ± 16,7 vs 78,8 ± 20,5; p=0,60). LCAT activity was not different in the two groups (1,34±0,12 vs 1,33±0,10; p=0,9). In multivariate analysis, DAC influenced cholesteryl ester transfer, when adjusted to HDL-C, apoA1, CETP mass and LDL-C (r2=0,5, p=0,03), and unesterified cholesterol transfer, when adjusted to apoA1, apoB, LCAT, glycemia, age and sex (r2=0,7, p=0,003). Conclusion: In these sample, DM2-CAD patients show diminished cholesterol transfer to HDL particles when compared to diabetic patients without obstructive CAD
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Relação entre apnéia do sono, isquemia miocárdica, variabilidade da freqüência cardíaca e arritmias em portadores de doença arterial coronária / Relation between sleep apnea, myocardial ischemia, heart rate variability and arrhythmias in patients with coronary artery disease

Cristiana Marques de Araújo 02 May 2007 (has links)
Introdução: É comum a associação entre apnéia do sono e a doença arterial coronária (DAC), devido a fatores predisponentes comuns como sexo masculino e obesidade. Entretanto, ainda não existe uma definição objetiva da relação entre apnéia e DAC. Objetivo: Avaliar se os episódios de isquemia miocárdica, a variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) e as arritmias cardíacas de portadores de DAC sofrem alteração na presença da apnéia do sono. Métodos: Cinqüenta e três pacientes portadores de DAC foram submetidos à monitorização eletrocardiográfica ambulatorial de 48 horas e ao estudo do sono na primeira noite da monitorização. Os pacientes foram divididos de acordo com o índice de apnéia e hipopnéia (IAH) em: grupo Controle (IAH<=15) e grupo Apnéia (IAH>15). Os grupos foram comparados quanto à isquemia miocárdica, VFC e arritmias cardíacas ocorridas no período da vigília e do sono. Uma subanálise apenas com pacientes portadores de apnéia grave (IAH>30 - grupo Ap-Grave) foi realizada e comparada ao grupo Controle. A análise estatística foi realizada utilizando-se o teste de Mann-Whitney, teste de Fisher e teste T de student. Resultados: Não foram observadas diferenças nas características clínicas básicas entre os grupos, exceto pelos níveis de pressão arterial mais elevada no grupo Ap-Grave (p<0,05). Nenhum dos pacientes despertou por angina noturna; 75% foram submetidos a cateterismo cardíaco, sem diferença quanto à gravidade da DAC e aos valores da fração de ejeção. Foi registrada isquemia em 39 (73,58%) pacientes, com carga isquêmica de 2892,26 minutos na vigília e 1186 no sono. Na vigília, foi menor a duração dos episódios isquêmicos no grupo Ap- Grave (p<0,05); no período do sono não houve diferença entre os grupos. Não houve diferença nas medidas da VFC e arritmias entre os grupos. Não foram registradas pausas >2 segundos, fibrilação ou flutter atrial, ou qualquer tipo de bloqueio atrioventricular. Conclusão: A apnéia do sono não apresentou relação direta com isquemia miocárdica, variabilidade da freqüência cardíaca e arritmias cardíacas em pacientes portadores de DAC. / Introduction: It is common to associate obstructive sleep apnea (OSA) with coronary artery disease (CAD) given the common predisposing factors; however, there are still controversies on the influence of OSA in the progression of CAD. Objective: To assess if OSA causes any changes in myocardial ischemia episodes, heart rate variability (HRV) and cardiac arrhythmias in patients with CAD. Methods: Fifty-three people with CAD were submitted to ambulatory electrocardiographic monitoring and to polysomnography) simultaneously and divided according to the apnea-hypopnea index (AHI) into two groups: Control (AHI<=15) and Apnea (AHI>15). A sub analysis including only people with severe apnea (AHI>30) was done and compared with the control group. Results: Differences in the basic clinical characteristics between the groups were not found, except for higher blood pressure levels in the Severe Apnea Group (p<0.05). None of the patients woke up because of nocturnal angina. The groups did not differ in relation to the extension of coronary artery disease and ejection fraction values. Myocardial ischemia was recorded in 39 (73.58%) patients. The total ischemic burden was 2892.26 minutes while awake and 1186 minutes while asleep; the groups did not differ during sleep. There was also no significant difference in HRV and arrhythmia measurements between the groups. Pauses >2 seconds, fibrillation or atrial flutter or any type of atrioventricular blocks were not registered. Conclusion: OSA did not present a direct relationship with myocardial ischemia, heart rate variability and arrhythmias in patients with CAD.
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Estudo da reserva de perfusão miocárdica pelo ecocardiograma com contraste em tempo real, em indivíduos com hipercolesterolemia grave, antes e após tratamento com inibidores da HMG-CoA redutase / Evaluation of myocardial perfusion reserve in severe hypercholesterolemic patients with real time contrast echocardiography, before and after treatment with HMG-CoA reductase inhibitors

Fábio de Cerqueira Lario 02 June 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A hipercolesterolemia provoca alterações inflamatórias no sistema cardiovascular, induzindo disfunção endotelial e mudanças estruturais na microcirculação, com alterações significativas da homeostase vascular, processo este reversível com o tratamento hipolipemiante. Clinicamente, tais fenômenos podem ser demonstrados pela avaliação da reserva de fluxo coronário e da reatividade vascular periférica. A ecocardiografia de perfusão miocárdica em tempo real (EPMTR) possui características que a tornam ideal para a avaliação da microcirculação coronária, como a utilização de contrastes intravasculares, além de ótimas resoluções temporal e espacial. MÉTODOS: 16 pacientes com hipercolesterolemia e sem lesões coronárias obstrutivas (grupo HF) e 10 indivíduos saudáveis, sem doença arterial coronária obstrutiva estabelecida (grupo controle) foram avaliados por EPMTR e por ultrassonografia da artéria braquial em dois momentos: pré-tratamento com atorvastatina no grupo HF (período livre de medicação >6 semanas) e 12 semanas após o primeiro exame. A análise do fluxo miocárdico foi realizada nos 17 segmentos do ventrículo esquerdo obtendo-se índices de volume de sangue relativo no miocárdio (AN), da velocidade do fluxo () e do fluxo miocárdico absoluto (ANx) na condição de repouso e durante a vasodilatação com adenosina. A reserva de fluxo foi definida como a razão entre o fluxo durante vasodilatação e o fluxo do repouso. Para estudo da reatividade vascular periférica, todos os indivíduos foram submetidos à ultrassonografia da artéria braquial, com avaliação dos diâmetros da artéria braquial antes e depois de um período de isquemia de 5 minutos. RESULTADOS: Os dois grupos foram comparáveis quanto à idade, sexo, peso, superfície corpórea, índice de massa corpórea, índice de massa do VE, frequência cardíaca e pressões arteriais sistólica e diastólica, tanto no repouso quanto durante a infusão de adenosina. Os valores evolutivos de LDL-C (mg.dL-1) nos dois momentos foram 106±36 e 107±35; p=NS para o grupo controle vs 278±48 e 172±71; p<0,001 para o grupo HF. Na avaliação inicial, a dilatação braquial estava reduzida nos pacientes do grupo HF 0,08±0,04 vs 0,15±0,02; p<0,001 relativamente ao grupo controle, com aumento do diâmetro arterial basal (mm): 3,42±0,63 vs 3,07±0,53; p<0,001. O grupo HF, quando comparado ao grupo controle na avaliação inicial, apresentava valores mais altos de AN: (dB) 0,56±0,08 vs 0,49±0,05; p=0,02, de (s-1) 0,56±0,14 vs 0,45±0,04; p=0,02 e ANx: (dB.dB-1 s-1) 0,28±0,06 vs 0,20±0,02; p<0,001, maiores valores de AN: durante infusão de adenosina 0,64±0,08 vs 0,57±0,06; p=0,001 e menores reservas de : 2,59±0,61 vs 3,25±0,45; p=0,001 e de ANx: 2,78±0,71 vs 3,43±0,66; p=0,03. Após o uso de atorvastatina, as alterações foram revertidas, tanto na circulação periférica quanto na coronária. CONCLUSÕES: A EPMTR monstrou que em indivíduos com hipercolesterolemia e sem doença coronária obstrutiva existe aumento do fluxo microvascular em repouso e redução da reserva de fluxo miocárdico. Após o tratamento com atorvastatina houve normalização do fluxo em repouso. Adicionalmente, alterações similares ocorreram na circulação periférica dos indivíduos hipercolesterolêmicos, revertidas por utilização da atorvastatina. / BACKGROUND: Hypercholesterolemia induces inflammatory changes on the cardiovascular system, causing endothelial dysfunction and structural alterations of microcirculation, with substantial imbalance of vascular homeostasis. Reduction of blood cholesterol levels can stop these processes. These circulation alterations can be demonstrated by coronary flow reserve and peripheral vascular reactivity evaluation. Real time myocardial perfusion echocardiography (EPMTR) is an excellent method to demonstrate coronary microcirculation alterations, as ultrasound contrast agent has rheological properties close to red cells. Additionally, EPMTR has optimal spatial and temporal resolutions. METHODS: 16 patients with hypercholesterolemia (group-HF) without overt obstructive coronary disease and 10 healthy volunteers (group-C) were evaluated by EPMTR and vascular ultrasound in 2 moments: before atorvastatin treatment (group-HF, >6 weeks free of statin) and 12 weeks after beginning medication (group-HF), or 12 weeks after the first evaluation (group-C). For myocardial blood flow evaluation, the left ventricle was divided into 17 segments, and indexes of myocardial blood volume (AN), blood flow velocity (), and myocardial blood flow (ANx) were obtained for each myocardial segment at rest condition and after adenosine infusion. Myocardial flow reserve was calculated as the hyperemic to rest values of AN, e ANx. Peripheral vascular reactivity was evaluated by vascular ultrasound. Measures of braquial artery diameter were obtained before and after 5 minutes of arterial flow occlusion. RESULTS: Both groups were comparable for age, sex, body weight, body surface area, body mass index, left ventricular mass index, heart rate, and systolic and diastolic arterial blood pressure. These variables were also comparable, under basal or adenosine stress conditions. LDL-C values (mg.dL-1) in different moments (intra-group) were 106±36 and 107±35; p=NS for group-C vs 278±48 and 172±71; p<0,001 for group-HF. Group-HF as compared to group-C had higher initial resting values of AN (dB): 0,56±0,08 vs 0,49±0,05; p=0,02, (s-1): 0,56±0,14 vs 0,45±0,04; p=0,02, and ANx (dBdB-1s-1): 0,28±0,06 vs 0,20±0,02; p<0,001, and higher hyperemic value of AN 0,64±0,08 vs 0,57±0,06; p=0,04, and lesser reserves of 2,59±0,61 vs 3,25±0,45; p=0,01 and of ANx: 2,78±0,71 vs 3,43±0,66; p=0,03. After atorvastatin treatment no difference was observed at rest, hyperemic and reserve values of AN, and ANx between the groups. CONCLUSION: In patients with hypercholesterolemia and without coronary obstruction, there was augmented myocardial blood flow and reduced coronary flow reserve at rest, compared to healthy volunteers. After atorvastatin treatment at rest myocardial blood flow was normalized in those patients. Additionally, similar alterations in peripheral circulation could be demonstrated in hypercholesterolemia, and were reverted with atorvastatin.

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