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Canto em dueto e sistema de acasalamento do João-de-barro (Furnarius rufus)Alves, Pedro Diniz 17 July 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-08-10T16:18:55Z
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Previous issue date: 2017-09-26 / A seleção sexual é um dos principais mecanismos de evolução do canto em aves. No entanto, evidências apoiando essa ideia são amplamente baseadas em estudos com canto em machos, mesmo considerando que fêmeas cantem em mais de 70% das espécies de passeriformes, e parceiros reprodutores coordenem seus cantos em duetos em mais 18% das espécies de aves. A função adaptativa do dueto ainda não é bem compreendida e mais de oito hipóteses já foram propostas. O dueto pode surgir através de cooperação ou conflito entre parceiros reprodutores, e pode ser direcionado ao parceiro ou a indivíduos externos ao par reprodutor. Neste estudo, investiguei a função adaptativa dos cantos de fêmeas e machos em uma espécie que canta em dueto, analisando como a expressão desses cantos varia em diferentes contextos de territorialidade, socialidade e reprodução. O modelo de estudo foi o João-de-barro (Furnarius rufus; Aves: Furnariidae), uma espécie socialmente monogâmica, territorial durante todo o ano, aparentemente monocromática e com cantos sexo-específicos. Meus objetivos foram: 1) testar se as funções dos cantos em dueto variam com o sexo, papel no dueto (início ou resposta de canto) e nível de organização do dueto (individual ou casal), avaliando a relação entre expressão do canto, sazonalidade reprodutiva e ocorrência de interações territoriais; 2) investigar a resposta de parceiros reprodutores em grupos com ou sem filhotes jovens ao playback de solo de fêmea, solo de macho e dueto, testando indiretamente as funções desses tipos de canto; 3) descrever o sistema de acasalamento genético do João-de-barro e testar se o canto nessa espécie se correlaciona com a qualidade territorial e sucesso reprodutivo; 4) testar se o nível de coordenação do dueto sinaliza a qualidade ou motivação do casal em competir por territórios, por meio de um experimento de playback de cantos com níveis variados de coordenação temporal; e 5) testar se existe dimorfismo sexual e pareamento seletivo em tamanho do corpo ou coloração da plumagem, o que indicaria um papel da seleção sexual nessa outra modalidade sensorial. Os principais resultados do estudo foram: 1) parceiros reprodutores coordenaram a maioria dos seus cantos em duetos (61%), e machos iniciaram mais cantos do que fêmeas; a função do canto variou em função da interação entre sexo, papel no dueto e nível de organização do dueto, mas, em geral, foi relacionada à defesa de território e do vínculo social do casal; 2) parceiros foram coordenados e equivalentes na resposta aos playbacks de coespecíficos; playbacks de solos foram mais ameaçadores do que playbacks de duetos para casais sem jovens, enquanto playbacks de duetos ameaçaram mais casais com jovens do que playbacks de solos, indicando que a defesa do vínculo social é importante para casais sem jovens e a defesa de territórios é importante para casais com jovens; 3) a taxa de paternidade extrapar foi baixa (<4% dos ninhegos) e o sucesso reprodutivo foi alto (100% dos casais produziram pelo menos um juvenil); o investimento em canto pela fêmea e a duração do dueto se correlacionaram com a qualidade dos territórios, mas não com o sucesso reprodutivo do casal; 4) o nível de coordenação do dueto não indicou a qualidade ou motivação do casal na defesa territorial, visto que parceiros responderam de forma coordenada e equivalente a todos os playbacks coespecíficos; 5) foi encontrada evidência de monocromatismo sexual e pequeno (~4%) dimorfismo em tamanho, além de ausência de pareamento seletivo. Em conclusão, este estudo demonstra que parceiros reprodutores de João-de-barro coordenam seus cantos em dueto de forma cooperativa e por múltiplas razões, principalmente para defenderem território e o próprio vínculo social do casal. / Sexual selection is one of the main forces driving the evolution of bird song. However, evidence supporting this idea comes mainly from studies conducted on male song, despite the fact that female song occurs in 71% of bird species and mated partners coordinate their songs in more than 18% of bird species. The function of duetting is poorly understood and more than eight hypotheses have been proposed to explain duet function. Duets may arise from cooperation or conflict between breeding partners and the duet participation may be directed at either partners or strangers. Here, I investigated the adaptive function of female and male songs in a duetting species, and associated song expression to different contexts of territoriality, sociality and reproduction. The study species was the Rufous Hornero (Furnarius rufus; Aves: Furnariidae), a Neotropical, socially monogamous, year-round territorial and apparently monochromatic bird species. Duets are composed by sex-specific song types in this species. My objectives were to: 1) verify whether song function in duets varies with sex, singing role (song initiation or song answering), and level of duet organization (individual or pair), examining the relation among song expression, breeding seasonality and occurrence of territorial interactions; 2) investigate the response of mated pairs with and without juveniles to the playback of female solo, male solo and duet, testing for functions of these song types; 3) describe the genetic mating system of the Rufous Horneros and test for fitness consequences (territorial quality and reproductive success) of song expression; 4) test the coalition quality hypothesis to explain the function of the degree of duet coordination in this species, through a playback experiment with duet stimuli varying in the degree of phrase coordination; and 5) test for sexual dimorphism and assortative mating relative to body size and plumage coloration, which could indicate a role of sexual selection in this sensory modality. Our main results were: 1) partners coordinated most of their songs into duets (61%), and males initiated more songs than females; song function depended on an interaction of sex, singing role and level of duet organization, but, in general, song function was related to territory defense and mutual mate guarding; 2) partners were coordinated and equivalent in playback responses; playback of solos were more threatening than playback of duets to pairs without juveniles, while the playback of duets threatened more pairs with juveniles than did playback of solos, indicating that mutual mate guarding is important to pairs without juveniles, and territory defense is important to pairs with juveniles; 3) extra-pair paternity was low (<4% of the nestlings) and breeding success was high (100% of the pairs produced at least one fledgling); female song rate and duet duration were correlated with territory quality, but not to breeding success; 4) the degree of duet coordination did not signal coalition quality or motivation of breeding partners to fight for territorial resources, because partners responded with equal aggressiveness and coordination all conspecific playbacks; 5) I found evidence of sexual monochromatism, slight (~4%) sexual dimorphism in body size and lack of assortative mating. In conclusion, this study showed that Rufous Hornero’s breeding partners coordinate their songs into duets in a cooperative way and for multiple purposes, especially for territory defense and guarding the social pair bond.
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Sinais acústicos e visuais em Pithecopus azureus (Amphibia, Phyllomedusidae)Álvares, Guilherme Fajardo Roldão 25 August 2017 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, 2017. / Submitted by Gabriela Lima (gabrieladaduch@gmail.com) on 2017-11-29T14:42:10Z
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Previous issue date: 2018-01-30 / A teoria de seleção sexual surgiu para explicar as características sexuais secundárias dimórficas encontradas em muitos grupos animais. O dicromatismo sexual é uma forma de dimorfismo sexual, onde machos e fêmeas diferem em cor, ou em padrões de manchas no corpo. O dicromatismo sexual em anfíbios ocorre em pouco mais de 6% das espécies conhecidas, um valor que pode estar subestimado e ocorrer em diferentes grupos e com muito mais frequência do que se conhece. Pithecopus azureus é um anuro neotropical pertencente à Família Phyllomedusidae, conhecido por possuir cores vistosas como coloração dorsal verde e flancos conspícuos com coloração vermelho-alaranjado geralmente atribuído a aposematismo. No presente estudo descrevo a variação existente no espectro de reflectância do dorso e flanco, no padrão de manchas conspícuas no flanco e testo a hipótese de dicromatismo sexual na espécie. Os resultados mostram a reflectância do espectro não visível do ultravioleta e a existência de dicromatismo sexual no padrão de manchas dos flancos. Discuto as possíveis funções da coloração e o papel da seleção sexual na manutenção da variação do sinal e do dicromatismo sexual na espécie. / The theory of sexual selection originated to explain secondary sexual characteristics found in many animal taxa. Sexual dichromatism is a type of sexual dimorphism in which males and females differ in colors, or color patterns. In anurans, sexual dichromatism seems to occur in less than 6% of all known species; however, this number may be greatly underestimated and dichromatism could occur in many different species groups. Pithecopus azureus is a neotropical tree frog that belongs to the Family Phyllomedusidae, known for its bright green dorsal coloration, conspicuous reddish coloration on the flanks, both attributed to aposematism. In the present study, I describe in detail the variation of spectral color reflectance of flanks and back using a spectrophotometer and also describe color pattern variation on the flanks. I also test the hypothesis of sexual dichromatism in P. azureus. Results show reflectance of the non-visible spectrum of ultraviolet on the back and the first record of sexual dichromatism in the Family Phyllomedusidae. I discuss the possible functions of color in the species and suggest that sexual selection could be the main selective pressure responsible for the maintenance of signal variation and sexual dichromatism in the species.
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Maturidade, reprodução e estrutura populacional do caranguejo Anomura Aegla marginata Bond-Buckup & Buckup, 1994 : (Crustacea: Decapoda) /Silva, Alexandre Ribeiro. January 2015 (has links)
Orientador: Antonio Leão Castilho / Banca: Sergio Luiz de Siqueira Bueno / Banca: Gustavo Monteiro Teixeira / Resumo: O objetivo deste trabalho é verificar a maturidade, reprodução e estrutura populacional de Aegla marginata no Parque Estadual de Intervales, estado de São Paulo. Características morfométricas quanto ao dimorfismo sexual e crescimento alométrico foram investigadas através de material obtido em coletas nos anos 1999, 2000 e 2006. Os aspectos da biologia populacional de A. marginata foram analisados a partir de coletas de outubro/2013 a dezembro/2014 utilizando armadilhas. O período reprodutivo foi determinado pela observação de fêmeas ovígeras (portando ovos fecundados ou embriões aderidos aos pleópodos), e o recrutamento foi determinado a partir da observação de indivíduos diminutos (juvenis) na população. Fêmeas ovígeras foram levadas ao laboratório onde tiveram os ovos contados para a análise da fecundidade. Quinze ovos foram separados aleatoriamente e fotografados com um sistema de imagem para a mensuração dos eixos para mensurar o volume dos mesmos. Posteriormente, os ovos e as fêmeas foram levados à estufa para a obtenção do peso seco para o cálculo do investimento reprodutivo. Foi observada uma tendência latitudinal nas espécies de eglídeos em relação a sua reprodução e fecundidade, bem como uma relação do período reprodutivo com a temperatura. Os machos e fêmeas apresentam dimorfismo sexual dado a diferença de alocação de energia ao longo do crescimento. Os machos tem um crescimento hiperalométrico para medidas da quela potencializando assim a obtenção de parceiras para a cópula bem como o comportamento agonístico entre machos. As fêmeas apresentaram hiperalometria para as medidas do abdômen, aumentando assim a eficiência reprodutiva. Aegla marginata apresentou um período reprodutivo de aproximadamente 8 meses com um pico durante o final do outono e inverno, o que corrobora o padrão latitudinal quando comparado com as espécies congêneres... / Abstract: This work's objective consists in to verify the maturity, reproduction and population structure of Aegla marginata sampled in Intervales State Park, São Paulo state. Morphometric characteristics such as sexual dimorphism and allometric growth were investigated from a materiel sampled in the years of 1999, 2000 and 2006. The population aspects of its biology were analyzed from monthly samples of October 2013 from December 2014 using baited traps. The reproductive period was determined through observation of ovigerous females (bearing impregnated eggs or bearing embryos added to the pleopods), and the recruitment was determined from the observation of small individuals (juveniles) in the population. Ovigerous females were taken to the laboratory where its eggs were counted for fecundity purposes. Fifteen eggs were randomly selected and photographed through an image system for measurement of its axis with the intuit to obtain its volume, and finally both eggs and females were dried for reproductive output purposes. It was observed a latitudinal trend in eglids species related to its reproduction and fecundity, was also seen a relationship between reproductive period and temperature. Males and females presented sexual dimorphism due energy allocation during its ontogenetic growth. Males showed a hyperallometric growth for chelae measures, this is because their agonistic behavior and also larger males are favored in mating. Females showed hyperallometry for abdomen measures, increasing its reproductive efficiency. Aegla marginata had a reproductive period of eight months with a peak during the late autumn and winter, which corroborates the latitudinal pattern for the species of the same genus. Sexual maturity base in CC50 was 9.28 of carapace length for females. Thirty and two ovigerous females were analysed, being 17 with embryos in initial stage, 10 intermediary and five in final stage. The number of embry... / Mestre
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Diversidade cromoss?mica e padr?es ecomorfol?gicos em Gobiidae (Perciformes) no litoral e ilhas oce?nicas do BrasilLima Filho, Paulo Augusto de 02 March 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-05-31T00:33:24Z
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Previous issue date: 2015-03-02 / A fam?lia Gobiidae ? a mais diversificada no ambiente marinho, onde tamanha diversidade parece ter sido acompanhada por altera??es cromoss?micas significativas, a tornando um modelo biol?gico importante. Em geral apresentam ampla distribui??o geogr?fica com caracter?sticas comportamentais e reprodutivas que as tornam prop?cias aos efeitos de barreiras biogeogr?ficas. Comparados a outros representantes da ordem Perciformes apresenta caracter?sticas morfol?gicas reduzidas, com simplifica??es e perdas que dificultam estudos filogen?ticos e tornam imprescind?vel a associa??o de novas metodologias para melhor entendimento dos processos ecol?gicos e evolutivos que garantiram tamanha diversifica??o. Dados citogen?ticos para esp?cies presentes no litoral brasileiro s?o ?nfimos. Os resultados aqui apresentados, abrangendo um maior espectro taxon?mico e profundidade de an?lises, identificaram marcante diversidade cariot?pica estrutural interespec?fica para Coryphopterus glaucofraenum, Bathygobius mystacium, Bathygobius soporator, Bathygobius sp., Ctenogobius smaragdus, Ctenogobius boleosoma, Gobionellus oceanicus, Gobionellus stomatus, Microgobius meeki e Evorthodus lyricus. As esp?cies estudadas fazem parte de uma fauna cr?ptica pouco percebida e estudada, frequentemente impactadas, mesmo por eventos locais estoc?sticos. An?lises por morfometria geom?trica indicaram varia??o significante na morfologia corporal de esp?cies do g?nero Bathygobius e o reconhecimento de padr?es de varia??o de forma corporal referentes ao sexo, com popula??es mais dim?rficas em menores latitudes. T?cnicas citogen?ticas moleculares resolutivas aplicadas em estudos populacionais no litoral e em ilhas oce?nicas identificaram diferencia??es locais e reconheceram uma nova esp?cie para o g?nero Bathygobius, residente no Atol das Rocas e Arquip?lago de Fernando de Noronha. As an?lises ainda possibilitaram a descri??o de cromossomos sexuais XY nas duas esp?cies do g?nero Gobionellus e a participa??o de elementos repetitivos na diferencia??o deste sistema. Os dados aqui apresentados d?o suporte ao alto grau de diversifica??o evolutiva da fam?lia, ampliam o conhecimento citogen?tico para o grupo, permitem identificar estrutura??es populacionais e respostas evolutivas das esp?cies ?s varia??es geogr?ficas. Como modelo biol?gico a fam?lia Gobiidae representa um ?til contraponto evolutivo em rela??o aos padr?es gen?ticos vigentes ?s esp?cies de grande vagilidade.
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Estudo sobre a amígdala medial póstero-dorsal de ratos : evidências adicionais para um dimorfismo sexual na atividade da NADPH-diaforase e na ação dos esteróides sexuais femininos no soma neuronalCastilhos, Juliana de January 2009 (has links)
Em ratos, a amígdala medial póstero-dorsal (AMePD) é uma região sexualmente dimórfica e está envolvida com o controle da reprodução. Os hormônios gonadais masculinos e femininos possuem um papel epigenético importante sobre a morfologia e a função neuro-glial na AMePD. Nesse trabalho dois grandes tópicos inéditos e pertinentes na literatura para o entendimento das bases celulares de funcionamento da AMePD foram estudados: (1) a atividade da NADPHdiaforase (NADPH-d) e o número de neurônios NADPH-d-positivos de ratos adultos, fêmeas ao longo do ciclo estral (diestro, proestro, estro e metaestro) ou após ovariectomia (OVX) seguida por terapia substitutiva consistindo em veículo/óleo (controle), somente estradiol (BE), estradiol e progesterona (BE+P) ou somente progesterona (P) e, (2) a modificação do volume somático e nuclear de neurônios da AMePD de ratas OVX adultas submetidas ao mesmo tratamento substitutivo, com o objetivo de revelar possíveis influências dos hormônios gonadais sobre esses parâmetros morfológicos. A histoquímica para a NADPH-d foi utilizada para estudar a densidade regional e neuronal da atividade da NADPH-d, seguida por uma análise semi-quantitativa utilizando-se a densitometria óptica. Todos os animais foram submetidos ao mesmo protocolo experimental para obtenção dos resultados. Com base nisso, machos apresentaram maior densidade óptica regional e neuronal quando comparados as fêmeas ao longo do ciclo estral, com exceção da fase de diestro (P < 0,01). Nenhuma diferença foi encontrada nesses dois mesmos parâmetros durante o ciclo ovariano (P > 0,05). Quanto ao número de neurônios NADPH-dpositivos, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre machos e fêmeas, estas ao longo do ciclo estral (P > 0,05). Como os hormônios gonadais são capazes de gerar respostas supra-fisiológicas distintas daquelas observadas durante o ciclo ovariano normal na AMePD, foram testados também os efeitos da OVX nesses parâmetros. Não houve diferença estatisticamente significativa na densidade óptica regional, na densidade óptica neuronal e no número de neurônios NADPH-d-positivos quando se comparam fêmeas OVX tratadas com óleo ou com as três diferentes terapias hormonais (P = 0,07, P = 0,18 e P = 0,95, respectivamente). Para medir os volumes somático e nuclear dos neurônios da AMePD, uma semana após a OVX e ao final do tratamento hormonal, os encéfalos foram cortados em secções semi-finas (1 m) e corados com azul de toluidina a 1% para a estimação estereológica, utilizando-se o método de Cavalieri associado à técnica de contagem de pontos. Tanto o volume somático quanto o neuronal apresentaram diferença estatisticamente significante quando comparados os dados entre as fêmeas OVX tratadas com óleo, BE, BE+P ou somente P (P < 0,05). Ou seja, ratas OVX tratadas com BE+P apresentaram maior volume somático e nuclear quando comparadas às fêmeas OVX tratadas com óleo (P < 0,01) ou somente com BE (P < 0,01). Além disso, fêmeas OVX tratadas somente com P apresentaram maior volume somático e nuclear quando comparadas às fêmeas OVX tratadas com óleo (P < 0,05). Esses resultados sugerem que a atividade da NADPH-d é diferente entre os sexos, mas em fêmeas não é afetada pelas mudanças nos níveis de hormônios gonadais em condições fisiológicas ou suprafisiológicas. Além disso, os volumes somáticos e neuronais podem ser modulados pelos hormônios gonadais administrados em fêmeas OVX, onde a P gerou maiores resultados. Esses achados revelam ações adicionais dos esteróides sexuais na AMePD e novas características na morfologia neuronal em ratos machos e fêmeas adultos, complementando e avançando a literatura atual com resultados que ampliam o número de ações dos hormônios gonadais nesta área telencefálica de ratos. / In rats, the posterodorsal medial amygdala (MePD) is a sexually dimorphic area and it is implicated in the control of reproduction. The male and female gonadal hormones have an important epigenetic role upon neuro-glial morphology and function in the rat MePD. In this work two great unpublished and relevant topics in the literature for the understanding of the cellular bases of functioning of the MePD were discovered: (1) the NADPH-diaphorase (NADPH-d) activity and the number of NADPH-d-positive neurons of adult males, females across the estrous cycle (diestrus, proestrus, estrus, and metaestrus) or following ovariectomy (OVX) and substitutive therapy consisting of vehicle/oil (control), estradiol benzoate alone (EB), estradiol benzoate and progesterone (EB+P), or progesterone alone (P), and, (2) the modification of the somatic and nuclear from MePD neurons of OVXed female rats submitted to the same hormonal therapy, aiming to reveal possible influence of sex steroids in these morphological parameters. The NADPH-d histochemical technique was used to study the regional and neuronal NADPH-d activity, followed by a semi-quantitative analysis using optical densitometry. All animals were submitted to the same experimental protocol. Males showed a higher regional and neuronal optical density when compared to females across the estrous cycle, with the exception of the diestrus phase (P < 0.01). No differences were found in these two parameters during the ovarian cycle (P > 0.05). As for the number of NADPH-d-positive neurons, there were no statistically significant differences found among males and cycling females (P > 0.05). Since the gonadal hormones are able to provide supra-physiologic answers different from those observed during the normal ovarian cycle in the MePD, the effects of the OVX were tested also in these parameters. No statistically significant difference was found in the regional optical density, in the neuronal optical density, or in the number of NADPH-d positive neurons when comparing the data from OVXed females treated with vehicle or the three different hormonal therapies (P = 0.07, P = 0.18, and P = 0.95, respectively). To measure the somatic and nuclear volumes from MePD neurons, one-week following ovariectomy and at the end of hormonal treatments, brains were cut to semithin sections (1 mm) and stained with 1% toluidine blue for stereological estimations, carried out using the Cavalieri method and the technique of point counting. Both the somatic and neuronal volume showed a statistically significant difference when comparing the data among OVXed females treated with vehicle (V), EB, EB+P or P. This is, OVX with EB+P treated females had higher mean somatic and nuclear volume when compared to V (P < 0.01) or with EB (P < 0.01). Also, OVXed females treated with P showed larger mean somatic and nuclear volume when compared to V (P < 0.05). Results suggest that NADPH-d activity in the rat MePD is different between sexes but in females is not affected by changing levels of circulating gonadal hormones in physiological or supraphysiological conditions. Moreover, somatic and nuclear volume can be modulated by substitutive ovarian hormones administered to OVXed females, for which P can lead to higher results. These findings reveal additional actions of the sexual steroids in the MePD and new features for the neuronal morphology in adult male and female rats, complementing and advancing the current literature with results that enlarge the number of actions of gonadal hormones in this telencephalic area of rats.
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Biologia reprodutiva comparada de Amphisbaenidae(Squamata, Amphisbaenia) do Brasil / Comparative reproductive biology of Amphisbaenidae (Squamata, Amphisbaenia) from BrazilLívia Cristina dos Santos 04 March 2013 (has links)
A biologia reprodutiva dos Amphisbaenia é uma das menos estudadas entre os répteis, havendo na literatura informações sobre o ciclo reprodutivo, dimorfismo sexual e fecundidade de poucas espécies do grupo, além de informações pontuais acerca de oviposturas. A histologia das vias genitais, da mesma forma, foi pouco estudada, tornando difícil uma melhor caracterização dos ciclos de machos e fêmeas. No Brasil são encontradas cerca de um terço das espécie do grupo, distribuídas por regiões com diferentes características macroclimáticas. Este trabalho teve por objetivo caracterizar o ciclo reprodutivo de machos e fêmeas de onze espécies brasileiras da família Amphisbaenidae, com base em dados de dissecção e histologia, e analisá-los comparativamente tendo como referência a filogenia molecular já proposta para as Amphisbaenidae do Brasil. Objetivou-se ainda realizar uma análise preliminar da relação entre os ciclos reprodutivos observados e variações sazonais de temperatura e precipitação. Para tanto, foram analisados espécimes depositados em coleções zoológicas, que tiveram suas gônadas e órgãos urogenitais examinados e medidos. Foram ainda realizadas análises histológicas de ovidutos, testículos, ductos deferentes e rins de espécimes coletados em diferentes meses do ano, para análise de sua morfologia e caracterização dos ciclos espermatogênico, de estocagem de esperma e de atividade do segmento sexual renal. Foram ainda analisados espécimes e lâminas histológicas de duas espécies da família Blanidae e uma da família Trogonophidae, permitindo uma melhor discussão das características observadas tendo como referência a filogenia do grupo. Foram analisados também dados de dimorfismo sexual de tamanho do corpo e de fecundidade. Os machos de quatro espécies de Amphisbaenidae amostradas apresentaram ciclos reprodutivos assazonais, com períodos de repouso não sincrônicos entre os indivíduos. Os machos de outras sete espécies de Amphisbaenia, duas de Blanidae e uma de Trogonophidae apresentaram ciclos sazonais. Todas as sete espécies para as quais o ciclo das fêmeas pôde ser caracterizado são sazonais nesse aspecto. Os ciclos de machos foram comparados quanto à época e duração das fases de espermatogênese, estocagem de esperma e atividade secretora do segmento sexual renal, tendo sido obtidas evidências de relação entre essas características e a filogenia do grupo. As fases reprodutivas das espécies de Amphisbaenia brasileiras são mais extensas em comparação com aquelas observadas em Blanidae e Trogonophidae. Também se obtiveram evidências preliminares da relação entre sazonalidade dos ciclos reprodutivos e variações anuais de temperatura e precipitação. Em sete espécies de Amphisbaenidae, foi observado dimorfismo sexual quanto ao comprimento rostro-cloacal ou ao comprimento da cauda. A fecundidade das fêmeas varia entre um e quatro ovos, na maioria das espécies analisadas, mas pode chegar a sete em Amphisbaena mertensi e nove em Amphisbaena trachura. / The reproductive biology of the Amphisbaenia is one of the less known among reptiles. In the literature, there are information on the reproductive cycle, sexual dimorphism, and clutch size for few species, and scarce data on clutches of eggs. Similarly, the histology of the genital tract was studied in few species, which makes difficult to characterize properly the reproductive cycles of males and females. Almost one third of the species of the group occur in Brazil, in regions with different climates. This study aimed to characterize the reproductive cycle of males and females of eleven Brazilian species of the family Amphisbaenidae, based on the dissection and histological analysis of gonads and genital ducts, and to compare the obtained data with regard to the molecular phylogeny already proposed for the Brazilian species of this family. It also aimed to analyze preliminarily the relation between the observed reproductive cycles and seasonal variations of temperature and precipitation. Specimens from zoological collections were analyzed to examination and measuring of the gonads and urogenital organs. Samples of the oviducts, testis, ductus deferens and kidneys from specimens collected in various months were also analyzed using light microscopy to characterize the cycles of spermatogenesis, sperm storage, and activity of the sexual segment of the kidney. Specimens and histology slides of two Blanidae species and one Trogonophidae species were also analyzed, allowing a better discussion of the characteristics of the reproductive cycles referring to the phylogeny of the group. Sexual size dimorphism and clutch size were also analyzed. The males of four Amphisbaenidae species presented aseasonal reproductive cycles, with testicular recrudescence and rest phases not synchronized among individuals. The males of the other seven Amphisbaenidae species, two Blanidae species and one Trogonophidae species presented seasonal reproductive cycles. The seven species for which the reproductive cycles of females could be characterized are seasonal in this regard. The male reproductive cycles were compared considering seasonality and the length of spermatogenesis, sperm storage and secretory activity of the sex segment of the kidney. Evidence of relation between the reproductive cycle characteristics and the phylogeny of the family Amphisbaenidae was obtained. The reproductive seasons of Brazilian Amphisbaenia are longer than those observed in Blanidae e Trogonophidae. Preliminary evidence on the relation between reproductive cycle seasonality and annual variations of temperature were also obtained. Seven Amphisbaenidae species presented sexual dimorphism in snout-vent length or caudal length. Clutch size varies from one to four eggs in most species, but reaches seven eggs in Amphisbaena mertensi and nine in Amphisbaena trachura.
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Biologia reprodutiva e alimentar de Bothrops atrox (serpentes, viperidae) nas regiões central e sudoeste da AmazôniaGonçalves Bisneto, Pedro Ferreira 11 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-11 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The pit viper Bothrops atrox is a widely distributed and locally abundant snake in Amazonia. Given that the reproductive and feeding biology of snakes varies geographically, we aimed to characterize the natural history of individuals from the central and southwestern portions of the biome. For this, we analyzed museum-preserved specimens collected in the region between the metropolitan areas of the Brazilian cities of Manaus and Porto Velho. We took morphometric measurements and performed the analysis of gonads and digestive tracts of 109 individuals. Females attain sexual maturity with larger body sizes. Adults of the species show a pronounced sexual dimorphism in body size being females, on average, larger. The reproductive cycle seems to be synchronized with regional rainfall, which differs from that found in other portions of the biome. The species has a generalist diet with the consumption of a wide range of prey such as centipedes, frogs, lizards, snakes and mammals. This study first recorded the predation of the snake Imantodes cenchoa (Dipsadidae) by B. atrox. There is an ontogenetic shift in the diet: smaller individuals feed mainly on ectothermic prey (centipedes, frogs, lizards and snakes), and adults tend to incorporate endothermic items (mammals) to their food repertoire. / A jararaca Bothrops atrox é uma serpente de ampla distribuição e localmente abundante na Amazônia. Visto que a biologia reprodutiva e alimentar de serpentes varia geograficamente, objetivamos caracterizar a história natural de indivíduos provenientes das porções central e sudoeste do bioma. Para isso, analisamos espécimes preservados coletados na área compreendida entre as regiões metropolitanas dos municípios brasileiros de Manaus e Porto Velho. Foram aferidas medidas morfométricas e realizadas análises gonadais e do trato digestório de 109 exemplares. Fêmeas atingem a maturação sexual com tamanhos corporais maiores. Adultos da espécie apresentam marcado dimorfismo sexual em tamanho, sendo que fêmeas são, em média, maiores. O ciclo reprodutivo parece estar sincronizado com o regime de chuvas regional, o qual difere daquele encontrado em outras porções do bioma. A espécie possui dieta generalista, com a ingestão de uma ampla gama de presas tais como lacraias, anuros, lagartos, serpentes e mamíferos. Neste estudo foi registrada pela primeira vez a predação da serpente Imantodes cenchoa (Dipsadidae) por B. atrox. Há mudança ontogenética na dieta: indivíduos menores se alimentam principalmente de presas ectotérmicas (lacraias, anuros, lagartos e serpentes) e adultos tendem a incorporar itens endotérmicos (mamíferos) ao repertório alimentar.
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Seleção sexual e sua relação com o dimorfismo sexual em três espécies de Zygoptera (Odonata) no Sudeste do Brasil / Sexual selection and sexual size dimorphism in three Zygoptera (Odonata) species of the southeastern Brazil.Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira 05 February 2010 (has links)
O dimorfismo sexual nas espécies pode surgir a partir da seleção decorrente dos diferentes sistemas reprodutivos. Estudos comportamentais de espécies neotropicais são raros e pouco se sabe sobe as espécies brasileiras. Neste estudo, foram descritos o comportamento de três espécies neotropicais que ocorrem no Cerrado brasileiro: Acanthagrion truncatum, Argia reclusa (Coenagrionidae) e Heaterina rosea (Calopterygidae). Também foi evidenciado o dimorfismo sexual nestas espécies e investigou-se a partir de observações comportamentais, como o dimorfismo se desenvolve em espécies com diferentes táticas reprodutivas. Com os resultados obtidos, vemos que em espécies territoriais os machos são maiores do que as fêmeas, enquanto em espécies não-territoriais as fêmeas são maiores do que os machos. Sugere-se que, diferentemente de outros estudos, em Zygoptera o tipo de sistema reprodutivo pode determinar o dimorfismo sexual. / Sexual size dimorphism (SSD) can in some species result from the selection acting through different mating systems. Behavioral studies of neotropical species are rare, and few is known about the brazilian species. In this study, we described the behavior of three neotropical species that occur in the brazilian neotropical savannah: Acanthagrion truncatum, Argia reclusa (Coenagrionidae) and Heaterina rosea (Calopterygidae). We show the SSD in these species and investigates through behavioral observations, how SSD develops in species with different mating tactics. With our results, we can see that in territorial species the males are larger than females, while in non-territorial species the females are larger than males. We suggest that, unlike other studies, in Zygoptera the kind of mating system adopted by males may determinate the SSD in a species.
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Estudo comparativo das características bioquímicas e biológicas do veneno da serpente Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) (Serpente: Viperidae, Crotalinae) em indivíduos machos e fêmeas irmãos. / Comparative study of the biochemical and biological characteristics of the venom of Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) (Serpentes: Viperidae, Crotalinae) in male and female siblings.Cesar Adolfo Bravo Tobar 31 October 2016 (has links)
A Bothrops atrox é uma serpente de amplia distribuição na Sul América e é responsável por um número importante de mortes de pessoas, principalmente na Amazônia. As alterações na composição do veneno desta espécie têm sido associados a fatores como a ontogenia, distribuição geográfica e alimentação. Assim, este projeto visa comparar e identificar a partir da diferença entre os sexos, as características bioquímicas e biológicas do veneno de irmãos de B. atrox, sob condições ambientais controladas, contribuindo no conhecimento das mudanças nas características do veneno da espécie e pudendo auxiliar no aprimoramento da produção de antissoros mais efetivos. Os venenos foram coletados de 5 fêmeas e 4 machos irmãos de B. atrox, nascidas em cativeiro. Os venenos foram analisados quanto individualmente como o pool de cada grupo. As análises consistiram em dosagem de proteína através de BCA, eletroforese mono e bidimensional, cromatografia liquida, espectrometria de massas, atividades caseinolítica, fosfolipásica A2, L-aminoácido oxidase, zimografias contendo gelatina e caseína como substrato, dose mínima coagulante sobre o plasma e fibrinogênio, dose leta 50% e dose mínima hemorrágica. A análise individual dos venenos mostrou que os machos apresentaram maior concentração de proteínas e atividade fosfolipásica A2. No quanto aos pools de veneno, o das fêmeas apresentou maior letalidade e capacidade coagulante sobre plasma e fibrinogênio e o dos machos apresentaram maior capacidade hemorrágica e atividade L-aminoácido oxidase. O perfil espectrométrico mostrou que o pool de veneno das fêmeas, teve um 29% a mais na quantidade de proteínas identificadas em relação aos machos. Em conclusão, a ação do veneno das fêmeas estaria relacionado a uma maior capacidade para gerar dano sistêmico na presa, entanto que os venenos dos machos poderiam ocasionar um maior dano local. Além, a variabilidade nas atividades biológicas dos venenos confirma que além dos fatores ambientais existem outros que poderiam influir na plasticidade da composição dos venenos. / Bothrops atrox snake is widespread in South America and causing a large number of human deaths, mainly in the Amazon. Changes in the composition of the venom of this species have been linked to factors such as ontogeny, geographical distribution and feeding. Thus, this study aims to compare and identify from the sex difference, the biochemical and biological characteristics of venom of B. atrox siblings, under controlled environmental conditions, contributing to the knowledge of changes in the characteristics of the venom of the species and can assist in improving the production of more effective antisera. Venoms were collected from 5 females and 4 males of B. atrox siblings, born in captivity. The venoms were analyzed both, individually and as a pool of each group. The assays consisted in protein quantification using BCA, one and two-dimensional electrophorese, liquid chromatography, mass spectrometry, caseinolytic, phospholipase A2, and L-amino acid oxidase activities, zimography containing gelatin and casein as substrate, minimum coagulant dose upon plasma and fibrinogen, lethal dose 50 % and minimum hemorrhagic dose. Individual analysis of venoms showed that males had higher proteins concentration and phospholipase A2 activity. Concerning the venoms pool, the female showed higher lethality and coagulant capacity upon plasma and fibrinogen and the male had higher L-amino acid oxidase activity and hemorrhagic capacity. Spectrometric profile showed that the venom pool of female snakes had a 29 % increase in the number of proteins identified in comparison to males. In conclusion, the action of the female venom would be related to a higher capacity to generate systemic damage in the prey and male venoms could lead to higher local damage. In addition, variability in the biological activities of venoms confirms that there are other factors that could would be influencing the plasticity of the composition of venoms, in addition to environmental.
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Seleção sexual e sua relação com o dimorfismo sexual em três espécies de Zygoptera (Odonata) no Sudeste do Brasil / Sexual selection and sexual size dimorphism in three Zygoptera (Odonata) species of the southeastern Brazil.Ferreira, Rhainer Guillermo Nascimento 05 February 2010 (has links)
O dimorfismo sexual nas espécies pode surgir a partir da seleção decorrente dos diferentes sistemas reprodutivos. Estudos comportamentais de espécies neotropicais são raros e pouco se sabe sobe as espécies brasileiras. Neste estudo, foram descritos o comportamento de três espécies neotropicais que ocorrem no Cerrado brasileiro: Acanthagrion truncatum, Argia reclusa (Coenagrionidae) e Heaterina rosea (Calopterygidae). Também foi evidenciado o dimorfismo sexual nestas espécies e investigou-se a partir de observações comportamentais, como o dimorfismo se desenvolve em espécies com diferentes táticas reprodutivas. Com os resultados obtidos, vemos que em espécies territoriais os machos são maiores do que as fêmeas, enquanto em espécies não-territoriais as fêmeas são maiores do que os machos. Sugere-se que, diferentemente de outros estudos, em Zygoptera o tipo de sistema reprodutivo pode determinar o dimorfismo sexual. / Sexual size dimorphism (SSD) can in some species result from the selection acting through different mating systems. Behavioral studies of neotropical species are rare, and few is known about the brazilian species. In this study, we described the behavior of three neotropical species that occur in the brazilian neotropical savannah: Acanthagrion truncatum, Argia reclusa (Coenagrionidae) and Heaterina rosea (Calopterygidae). We show the SSD in these species and investigates through behavioral observations, how SSD develops in species with different mating tactics. With our results, we can see that in territorial species the males are larger than females, while in non-territorial species the females are larger than males. We suggest that, unlike other studies, in Zygoptera the kind of mating system adopted by males may determinate the SSD in a species.
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