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Tensões e possibilidades do estágio curricular supervisionado como potencializador da formação e da perspectiva política do pedagogo

Borssoi, Berenice Lurdes January 2012 (has links)
No Brasil a formulação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia foi um processo de tensões entre propostas formativas. Aprovadas em 2006, mesmo com ambiguidades, legalmente elas são referências para as instituições de ensino superior na elaboração dos projetos político-pedagógicos. Diante esse contexto de reformas educacionais e das reflexões teóricas, esta dissertação buscou pesquisar o processo de (re)configuração do estágio curricular supervisionado no Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão, desenhado sob a política nacional de regulamentação do mesmo – Resolução CNE/CP n. 01/2006. Além disso, investigou as implicações dessas diretrizes na formação do Pedagogo. O estudo de caso, de natureza qualitativa, teve por objetivo analisar a (re)configuração dos estágios pós-DCNPs, no PPP do Curso de Pedagogia (Unioeste), e compreender as percepções atribuídas pelos sujeitos em relação ao estágio curricular supervisionado, bem como as consequências dessa normativa na formação desse profissional. Leva em consideração a importância de discutir a política educacional de formação de professores/Pedagogos e o papel da universidade na intensificação da formação ético-política e do sujeito humano para além da dimensão científica, profissional e técnica. A pesquisa buscou também saber o que dizem os professores universitários quanto ao sentido/concepção de estágio, à relação teórico-prática, e às esperanças na formação do Pedagogo. Teve como base teórica a fundamentação em Arendt, Goergen, Dias Sobrinho, Severino, Genro, Pimenta, Lima, Rossato, dentre outros. Considero o estágio curricular um componente teórico-prático investigativo na formação universitária, porém se lança o pensamento a outro olhar no horizonte, ultrapassando as concepções a ele já atribuídas. O estágio aponta um fator potencializador da condição humana: a liberdade de ação e pensamento no mundo público. Por isso falar em estágio como liberdade, que se fundamenta pelo viés da formação política. Essa precisa ser intensificada, já que as políticas formativas no Brasil foram constituídas fortemente pela lógica neoliberal que supervaloriza uma formação consumista, imediatista, utilitarista em detrimento da formação humana, ética e política. Não significa recusar a formação de competências, mas questionar que concepção formativa a embasa, pois somente essa formação é inviável, o que coloca em xeque a função social da universidade e a formação dos Pedagogos. O estágio, pela sua característica de aproximação à realidade social/educativa, pode possibilitar espaço-tempo para que o acadêmico aprenda a julgar aspectos relativos à educação. Ademais, ao lado das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a universidade não pode se esquecer de sua responsabilidade formadora das futuras gerações – sujeito humano. / En Brasil, la formulación de las Directrices Curriculares Nacionales para el Curso de Pedagogía fue un proceso de tensiones entre las propuestas formativas. Aprobadas en 2006, aunque con ambigüedades, legalmente son las referencias para las instituciones de educación superior en la preparación de los proyectos político-pedagógicos (PPP). En este contexto de reformas educativas y en el ámbito de las reflexiones teóricas, este trabajo buscó investigar el proceso de (re) configuración de las prácticas curriculares supervisionadas en el Curso de Pedagogía de la Universidade Estatal do Oeste do Paraná (Unioste), campus Francisco Beltrão, diseñado bajo la política nacional de reglamentación de los cursos de Pedagogía - Resolución CNE/CP n. 01/2006. Además, investigamos las implicaciones de estas directrices en la formación del pedagogo. El estudio de caso de naturaleza cualitativa, tuvo como objetivo analizar la (re) configuración de las prácticas de pos-DCNPs, en el PPP del Curso de Pedagogía (Unioeste), y comprender las percepciones atribuidas por los sujetos en relación a las prácticas curriculares supervisionadas, como también las consecuencias de dichas normas en la formación de los pedagogos. Leva en cuenta la importancia de discutir la política educacional de formación de docentes/pedagogos y el papel de la universidad en la intensificación de la formación ética y política y del sujeto humano más allá de la dimensión científica, profesional y técnica. La investigación también buscó conocer las concepciones e ideas de los profesores universitarios acerca del sentido/concepción de práctica, de la relación entre teoría y práctica y de las esperanzas en la formación del pedagogo. El trabajo se basa en los razonamientos teóricos de Arendt, Goergen, Dias Sobrinho, Severino, Genro, Pimenta, Lima, Rossato, entre otros. Considero que la práctica curricular es un componente teórico-práctico investigativo en la formación universitaria, pero se lanza el pensamiento a otra mirada en el horizonte, ultrapasando las concepciones ya atribuidas a ella. La práctica curricular apunta un factor que potencializa la condición humana: la libertad de acción y pensamiento en un mundo público y por eso, se habla de práctica como libertad, que es fundamentada por el sesgo de la formación política. Además, esa formación debe ser intensificada, visto que las políticas formativas en Brasil se constituyeron fuertemente por la lógica neoliberal, la cual sobrevalora una formación consumista, inmediatista y utilitarista en detrimento de una formación humana, ética y política. Eso no significa rechazar la formación de competencias, pero cuestionar cuál es la concepción formativa que la embasa, pues solamente esa formación es inviable, lo que pone en jeque la función social le la universidad y la formación de los pedagogos. Por fin, las prácticas curriculares, por su característica de aproximación a la realidad social y educativa, pueden posibilitar un espacio y tiempo para que el académico aprenda a juzgar aspectos de la educación. Además, al lado de las actividades de enseñanza, investigación y extensión universitaria, la universidad no puede olvidarse de su responsabilidad de formar las futuras generaciones – el sujeto humano.
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Tensões e possibilidades do estágio curricular supervisionado como potencializador da formação e da perspectiva política do pedagogo

Borssoi, Berenice Lurdes January 2012 (has links)
No Brasil a formulação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia foi um processo de tensões entre propostas formativas. Aprovadas em 2006, mesmo com ambiguidades, legalmente elas são referências para as instituições de ensino superior na elaboração dos projetos político-pedagógicos. Diante esse contexto de reformas educacionais e das reflexões teóricas, esta dissertação buscou pesquisar o processo de (re)configuração do estágio curricular supervisionado no Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão, desenhado sob a política nacional de regulamentação do mesmo – Resolução CNE/CP n. 01/2006. Além disso, investigou as implicações dessas diretrizes na formação do Pedagogo. O estudo de caso, de natureza qualitativa, teve por objetivo analisar a (re)configuração dos estágios pós-DCNPs, no PPP do Curso de Pedagogia (Unioeste), e compreender as percepções atribuídas pelos sujeitos em relação ao estágio curricular supervisionado, bem como as consequências dessa normativa na formação desse profissional. Leva em consideração a importância de discutir a política educacional de formação de professores/Pedagogos e o papel da universidade na intensificação da formação ético-política e do sujeito humano para além da dimensão científica, profissional e técnica. A pesquisa buscou também saber o que dizem os professores universitários quanto ao sentido/concepção de estágio, à relação teórico-prática, e às esperanças na formação do Pedagogo. Teve como base teórica a fundamentação em Arendt, Goergen, Dias Sobrinho, Severino, Genro, Pimenta, Lima, Rossato, dentre outros. Considero o estágio curricular um componente teórico-prático investigativo na formação universitária, porém se lança o pensamento a outro olhar no horizonte, ultrapassando as concepções a ele já atribuídas. O estágio aponta um fator potencializador da condição humana: a liberdade de ação e pensamento no mundo público. Por isso falar em estágio como liberdade, que se fundamenta pelo viés da formação política. Essa precisa ser intensificada, já que as políticas formativas no Brasil foram constituídas fortemente pela lógica neoliberal que supervaloriza uma formação consumista, imediatista, utilitarista em detrimento da formação humana, ética e política. Não significa recusar a formação de competências, mas questionar que concepção formativa a embasa, pois somente essa formação é inviável, o que coloca em xeque a função social da universidade e a formação dos Pedagogos. O estágio, pela sua característica de aproximação à realidade social/educativa, pode possibilitar espaço-tempo para que o acadêmico aprenda a julgar aspectos relativos à educação. Ademais, ao lado das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a universidade não pode se esquecer de sua responsabilidade formadora das futuras gerações – sujeito humano. / En Brasil, la formulación de las Directrices Curriculares Nacionales para el Curso de Pedagogía fue un proceso de tensiones entre las propuestas formativas. Aprobadas en 2006, aunque con ambigüedades, legalmente son las referencias para las instituciones de educación superior en la preparación de los proyectos político-pedagógicos (PPP). En este contexto de reformas educativas y en el ámbito de las reflexiones teóricas, este trabajo buscó investigar el proceso de (re) configuración de las prácticas curriculares supervisionadas en el Curso de Pedagogía de la Universidade Estatal do Oeste do Paraná (Unioste), campus Francisco Beltrão, diseñado bajo la política nacional de reglamentación de los cursos de Pedagogía - Resolución CNE/CP n. 01/2006. Además, investigamos las implicaciones de estas directrices en la formación del pedagogo. El estudio de caso de naturaleza cualitativa, tuvo como objetivo analizar la (re) configuración de las prácticas de pos-DCNPs, en el PPP del Curso de Pedagogía (Unioeste), y comprender las percepciones atribuidas por los sujetos en relación a las prácticas curriculares supervisionadas, como también las consecuencias de dichas normas en la formación de los pedagogos. Leva en cuenta la importancia de discutir la política educacional de formación de docentes/pedagogos y el papel de la universidad en la intensificación de la formación ética y política y del sujeto humano más allá de la dimensión científica, profesional y técnica. La investigación también buscó conocer las concepciones e ideas de los profesores universitarios acerca del sentido/concepción de práctica, de la relación entre teoría y práctica y de las esperanzas en la formación del pedagogo. El trabajo se basa en los razonamientos teóricos de Arendt, Goergen, Dias Sobrinho, Severino, Genro, Pimenta, Lima, Rossato, entre otros. Considero que la práctica curricular es un componente teórico-práctico investigativo en la formación universitaria, pero se lanza el pensamiento a otra mirada en el horizonte, ultrapasando las concepciones ya atribuidas a ella. La práctica curricular apunta un factor que potencializa la condición humana: la libertad de acción y pensamiento en un mundo público y por eso, se habla de práctica como libertad, que es fundamentada por el sesgo de la formación política. Además, esa formación debe ser intensificada, visto que las políticas formativas en Brasil se constituyeron fuertemente por la lógica neoliberal, la cual sobrevalora una formación consumista, inmediatista y utilitarista en detrimento de una formación humana, ética y política. Eso no significa rechazar la formación de competencias, pero cuestionar cuál es la concepción formativa que la embasa, pues solamente esa formación es inviable, lo que pone en jeque la función social le la universidad y la formación de los pedagogos. Por fin, las prácticas curriculares, por su característica de aproximación a la realidad social y educativa, pueden posibilitar un espacio y tiempo para que el académico aprenda a juzgar aspectos de la educación. Además, al lado de las actividades de enseñanza, investigación y extensión universitaria, la universidad no puede olvidarse de su responsabilidad de formar las futuras generaciones – el sujeto humano.
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Tensões e possibilidades do estágio curricular supervisionado como potencializador da formação e da perspectiva política do pedagogo

Borssoi, Berenice Lurdes January 2012 (has links)
No Brasil a formulação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia foi um processo de tensões entre propostas formativas. Aprovadas em 2006, mesmo com ambiguidades, legalmente elas são referências para as instituições de ensino superior na elaboração dos projetos político-pedagógicos. Diante esse contexto de reformas educacionais e das reflexões teóricas, esta dissertação buscou pesquisar o processo de (re)configuração do estágio curricular supervisionado no Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Francisco Beltrão, desenhado sob a política nacional de regulamentação do mesmo – Resolução CNE/CP n. 01/2006. Além disso, investigou as implicações dessas diretrizes na formação do Pedagogo. O estudo de caso, de natureza qualitativa, teve por objetivo analisar a (re)configuração dos estágios pós-DCNPs, no PPP do Curso de Pedagogia (Unioeste), e compreender as percepções atribuídas pelos sujeitos em relação ao estágio curricular supervisionado, bem como as consequências dessa normativa na formação desse profissional. Leva em consideração a importância de discutir a política educacional de formação de professores/Pedagogos e o papel da universidade na intensificação da formação ético-política e do sujeito humano para além da dimensão científica, profissional e técnica. A pesquisa buscou também saber o que dizem os professores universitários quanto ao sentido/concepção de estágio, à relação teórico-prática, e às esperanças na formação do Pedagogo. Teve como base teórica a fundamentação em Arendt, Goergen, Dias Sobrinho, Severino, Genro, Pimenta, Lima, Rossato, dentre outros. Considero o estágio curricular um componente teórico-prático investigativo na formação universitária, porém se lança o pensamento a outro olhar no horizonte, ultrapassando as concepções a ele já atribuídas. O estágio aponta um fator potencializador da condição humana: a liberdade de ação e pensamento no mundo público. Por isso falar em estágio como liberdade, que se fundamenta pelo viés da formação política. Essa precisa ser intensificada, já que as políticas formativas no Brasil foram constituídas fortemente pela lógica neoliberal que supervaloriza uma formação consumista, imediatista, utilitarista em detrimento da formação humana, ética e política. Não significa recusar a formação de competências, mas questionar que concepção formativa a embasa, pois somente essa formação é inviável, o que coloca em xeque a função social da universidade e a formação dos Pedagogos. O estágio, pela sua característica de aproximação à realidade social/educativa, pode possibilitar espaço-tempo para que o acadêmico aprenda a julgar aspectos relativos à educação. Ademais, ao lado das atividades de ensino, pesquisa e extensão, a universidade não pode se esquecer de sua responsabilidade formadora das futuras gerações – sujeito humano. / En Brasil, la formulación de las Directrices Curriculares Nacionales para el Curso de Pedagogía fue un proceso de tensiones entre las propuestas formativas. Aprobadas en 2006, aunque con ambigüedades, legalmente son las referencias para las instituciones de educación superior en la preparación de los proyectos político-pedagógicos (PPP). En este contexto de reformas educativas y en el ámbito de las reflexiones teóricas, este trabajo buscó investigar el proceso de (re) configuración de las prácticas curriculares supervisionadas en el Curso de Pedagogía de la Universidade Estatal do Oeste do Paraná (Unioste), campus Francisco Beltrão, diseñado bajo la política nacional de reglamentación de los cursos de Pedagogía - Resolución CNE/CP n. 01/2006. Además, investigamos las implicaciones de estas directrices en la formación del pedagogo. El estudio de caso de naturaleza cualitativa, tuvo como objetivo analizar la (re) configuración de las prácticas de pos-DCNPs, en el PPP del Curso de Pedagogía (Unioeste), y comprender las percepciones atribuidas por los sujetos en relación a las prácticas curriculares supervisionadas, como también las consecuencias de dichas normas en la formación de los pedagogos. Leva en cuenta la importancia de discutir la política educacional de formación de docentes/pedagogos y el papel de la universidad en la intensificación de la formación ética y política y del sujeto humano más allá de la dimensión científica, profesional y técnica. La investigación también buscó conocer las concepciones e ideas de los profesores universitarios acerca del sentido/concepción de práctica, de la relación entre teoría y práctica y de las esperanzas en la formación del pedagogo. El trabajo se basa en los razonamientos teóricos de Arendt, Goergen, Dias Sobrinho, Severino, Genro, Pimenta, Lima, Rossato, entre otros. Considero que la práctica curricular es un componente teórico-práctico investigativo en la formación universitaria, pero se lanza el pensamiento a otra mirada en el horizonte, ultrapasando las concepciones ya atribuidas a ella. La práctica curricular apunta un factor que potencializa la condición humana: la libertad de acción y pensamiento en un mundo público y por eso, se habla de práctica como libertad, que es fundamentada por el sesgo de la formación política. Además, esa formación debe ser intensificada, visto que las políticas formativas en Brasil se constituyeron fuertemente por la lógica neoliberal, la cual sobrevalora una formación consumista, inmediatista y utilitarista en detrimento de una formación humana, ética y política. Eso no significa rechazar la formación de competencias, pero cuestionar cuál es la concepción formativa que la embasa, pues solamente esa formación es inviable, lo que pone en jeque la función social le la universidad y la formación de los pedagogos. Por fin, las prácticas curriculares, por su característica de aproximación a la realidad social y educativa, pueden posibilitar un espacio y tiempo para que el académico aprenda a juzgar aspectos de la educación. Además, al lado de las actividades de enseñanza, investigación y extensión universitaria, la universidad no puede olvidarse de su responsabilidad de formar las futuras generaciones – el sujeto humano.

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