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Abordagem dialógica do discurso de professoras da educação de jovens e adultosMaria Elias Ramos, Fátima 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho tem como objetivo geral analisar o discurso de professoras da Educação de
Jovens e Adultos (EJA) sobre a Proposta de Língua Portuguesa do MEC e da Ação Educativa.
Mais especificamente, visa a investigar os modos de retomada do discurso da Proposta; e as
concepções de língua, linguagem, leitura e escrita no dizer dessas professoras. Partimos da
hipótese de que os modos de retomada-modificação dos enunciados da Proposta pelas
docentes revelariam tais concepções, a posição sócio-axiológica sobre o documento e
forneceriam subsídios para a formação desse profissional. Para analisar esses discursos,
tomamos por base os postulados teóricos de Bakhtin e seu Círculo, e diversos estudos sobre a
heterogeneidade enunciativa. O corpus da pesquisa é composto pelos discursos de seis
professoras da EJA, gravados em áudio, comentando oralmente a Proposta; entrevistas com
cada uma; e relatos escritos por elas sobre sua formação profissional. Na análise dialógica dos
discursos, verificamos que aquelas formadas em Letras, Pedagogia e Magistério revelaram em
seus comentários alguns saberes e conhecimentos sobre o capítulo da Proposta. Duas outras
(uma formada em Pedagogia e com Especialização em Metodologia do Ensino, e outra que
concluiu o Logos II, correspondente ao curso Pedagógico) comentam o capítulo da Proposta, de
modo sucinto, distanciando-se dos conteúdos dele. As seis professoras, como era de se esperar,
acentuam diferentemente os conteúdos da Proposta, sendo linguagem oral, leitura e escrita os
tópicos mais acentuados por elas. Verificamos também que as docentes avaliam positivamente o
capítulo da Proposta, embora teçam críticas ao seu conteúdo e sugiram reformulações, a fim de
melhor aplicá-la na sala de aula da EJA. Em suma, o discurso de cada professora sobre a Proposta
retoma outras vozes, mas também constrói seus pontos de vista sobre o ensino de Língua
Portuguesa na EJA. Constatamos também a necessidade de conhecimentos sobre as teorias
lingüísticas que embasam o ensino-aprendizagem da leitura e da escrita. Esses resultados
comprovam a urgência de uma contínua formação do professor da EJA, que lhe ofereça
melhores condições de conhecer, compreender, opinar e realizar a prática pedagógica de
alfabetizar e letrar
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