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Evidências clínicas e imunológicas da eficácia do tratamento da leishmaniose cutânea com baixas doses de antimonial pentavalente na manutenção de cura por longo tempo

Gonçalves, Ricardo Vieira January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-11-11T12:07:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 ricardo_goncalves_ioc_dout_2014.pdf: 26077314 bytes, checksum: 4463421952d02877c917a24858e54d4d (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2015-06-10 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O tratamento para leishmaniose cutânea (LC) utilizando antimoniais foi iniciado em 1912, no Brasil. O u so da forma pentavalente (Sb 5+ ) se iniciou na década de 1940, e apesar de ainda ser eficaz para curar a LC efeitos adversos graves podem acontecer. Outras opções de tratamento, como pentamidina e anfotericina B também são de administração parenteral. Na te ntativa de reduzir os efeitos adversos dos Sb 5 + , esquemas terapêuticos em doses baixas já evidenciaram ser seguros no tratamento da LC no Rio de Janeiro, sejam doses de apenas 5mg Sb 5+ /kg/dia por 30 dias (DB ), aplicação intralesional (IL) ou em esquema de uso de uma ampola três vezes por semana (2ª/4ª/6ª) até a cura clínica. Apesar das evi dências de que doses reduzidas de Sb 5+ levam à cura após o tratamento, sua eficácia a longo prazo (mais de cinco anos) não é bem estabelecida. Nosso objetivo foi verif icar se terapias que utilizaram doses reduzidas de antimonial (5mg Sb 5+ /kg/dia por 30 dias, IL ou 2ª/4ª/6 ª ) foram tão eficazes quanto o uso de doses regulares (15mg Sb 5+ /kg/dia) (DR ) na manutenção de cura da LC mesmo longo prazo após o tratamento. Setenta paci entes curados e tratados para leishmaniose foram analisados e comparados: 37 pacientes (52,8%) no grupo que utilizou DB e 33 (47,2%) no grupo DR . Os dois grupos eram clinicamente similares durante a fase ativa da LC. Todos os pacientes do grupo DB mantiver am - se cura dos, assim como os do grupo DR , mesmo em períodos tão longos quanto 25 anos após o tratamento Outros 20 pacientes de tratamento IL e dez de terapia 2ª/4ª/6ª também foram avaliados e permaneceram curados em um período de até 27 anos. Durante o ex ame dermatológico atual, não foram detectadas recidivas ou evolução para forma de leishmaniose mucosa (LM) em nenhum dos grupos. Após um período mínimo de seis anos após o término do tratamento, a detecção de anticorpos IgG1 e IgG3 anti - Leishmania demonstr ou níveis similares entre os grupos DB e DR. No grupo DB os níveis foram negativos em 74,2 % e 83 ,8 % para IgG1 e IgG3, respectivamente, e em 80% n os IL e 85 % nos 2ª/4ª/6ª. A produção de citocinas foi similar entre os grupos DB e DR . Nossos resultados sug ere m que o tratamento com doses baixas de antimonial foi tã o eficiente quanto o uso de DR na manutenção de cura da LC, mesmo longo tempo após o tratamento / Antimony therapy was first used to treat cutaneous leishmaniasis (CL) in 1912. Pentavalent antimonial (Sb5+) compounds were introduced as leishmaniasis therapy in the 1940s and are still efficient in curing CL, but they may cause serious adverse effects. Although there are other options for CL treatment, such as pentamidine and amphotericin B, similar to Sb5+, these drugs are also administered parenterally. To reduce the adverse effects of antimony, low-dose therapies were attempted and were proven safe in curing CL in patients in the state of Rio de Janeiro. Different schedules as 5mgSb5+/day/30 days (LowD), intralesional therapy (IL), or use of one ampoule three-times-a-week until clinical cure were proven to be efficient to cure CL. Despite evidence that low Sb5+ doses lead to a clinical cure soon after therapy, the long-term effectiveness (more than five years) of these low dosages is not wellknown. Our goal was to determine whether low-dose therapies (LowD, IL or regimen three-times-a-week) are as effective as regular doses (RegD; 15 mg/kg/day) for the long-term curative maintenance of CL. The medical records of seventy patients who were successfully treated for CL were retrieved and compared: 37 patients (52.8%) were allocated to the LowD group, and 33 patients (47.2%) to the RegD group. Patients in both LowD and RegD groups were clinically similar during active CL disease and all patients remained free of CL for periods as long as 25 years after therapy. Other 20 IL patients and 10 three-times-a-week ones were retrieved, and also remained free of CL even as long as 27 years. During the follow-up clinical examination, neither active lesions nor evolution to mucosal disease was detected. The levels of anti-Leishmania IgG1 and IgG3 antibodies, detected after a minimum average time of six years following clinical cure, were similar in LowD and RegD patients. IgG1 and IgG3 titres were negative in 74.2% and 83.8% of patients in the LowD group, respectively. In IL and three-times-a-week groups the levels of IgG1 and IgG3 were also negatives in 80% and 85%, respectively. Cytokine production was similar in both LowD and RegD groups. Our results shown that, the low dose therapies were as efficient as regular dose in the long-term curative maintenance of CL.

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