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Indústria cultural, educação escolar e currículo: a contradição ocultada e o desinteresse dos alunos pela educação formalSilva, César Augusto Alves da 09 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / There is, nowadays, a very significant amount of students in elementary and
secondary public schools of São Paulo, attitudes that demonstrate a real lack of interest
in formal education. This disinterest is observable when objectified in the classroom
behaviors such as refusal to undertake activities related to reading and writing, violence
against teachers, school buildings and their own colleagues, indiscipline and lack of
concern with grades. For me, these attitudes are the outward and visible from a sociocultural
process coming from a specific economic setting which totaled and thereby
surreptitiously robbed the social power of men. Thus, the internal reason of the current
socio-economic formation is directed not to men but to itself. This, not requiring
individuals educated, but to consumers, only encourages the production of the latter. We
believe that analyzing the attitudes and negative outcomes of students in public schools
of São Paulo without taking into account the social background, economic and cultural
in which they are immersed when out of public school institution is a huge mistake.
Our research problem is to understand how the formation economic, social, cultural and
contemporary was erected and organized itself to reach the point of influencing the
students and cause them to lack of interest in formal education. Studying the causes of a
lack of formal education for individuals and demonstrate that they are from their own
economic and social scenario - which often calls itself this form of education as a
remedy for all ills - it is at least indicative of the snare of the social contradiction .
Furthermore, it is evidence of social reification which covered any theory that insists on
the possibility of emancipation through education generating inclusion - that in itself is
a contradiction in terms. To reach this level of understanding of the current scenario of
lack of interest among students for formal education, we have the ideas and concepts of
theorists such as Marx, Adorno, Marcuse, Benjamin and Horkheimer. These thinkers
were critical to the elevation of a human and social phenomenon (the lack of students)
the object of study verifiable and, especially, to understand their origins. We base
ourselves in oral accounts of experiences in the classroom, by the author and fellow
teachers in our region to work because they are experiencing verbal reports (ie,
empirically) the situation of lack of interest among students for formal education in
public schools state of São Paulo. However, the main source for our investigation was
the very voice of the students, presented in interviews at the school where the author of
this study teaches. Therefore, our hypothesis in this study is that the content and form of
the culture engendered by industrial capitalism producer of goods, and imposed on each
second to individuals, is diametrically opposed to the culture necessary and inherent to
formal education in public schools / Há, nos dias atuais, numa quantidade extremamente expressiva dos alunos do
ensino fundamental e médio das escolas públicas do Estado de São Paulo, atitudes que
demonstram um verdadeiro desinteresse pela educação formal. Tal desinteresse é
observável quando objetivado na sala de aula em comportamentos tais como: recusa a
realizar atividades relacionadas à leitura, escrita e análise de qualquer conteúdo;
violência contra professores, prédios escolares e seus próprios colegas; indisciplina e
despreocupação com notas baixas. Para mim, essas atitudes são as manifestações
externas e aparentes de um processo sócio-cultural oriundo de uma configuração
econômica específica que se totalizou e, com isso, sub-repticiamente subtraiu o poder
social dos homens. Desta forma, a razão interna da atual formação sócio-econômica é
voltada não aos homens, mas a ela mesma. Esta, não necessitando de indivíduos
escolarizados, mas sim de consumidores, somente fomenta a produção destes últimos.
Acreditamos que analisar as atitudes e resultados negativos dos alunos das escolas
públicas do Estado de São Paulo sem levar em consideração a formação social,
econômica e cultural na qual eles estão imersos, principalmente quando fora da
instituição escolar pública, é um erro estrondoso. Nosso problema de pesquisa é
entender como a formação econômica, social e cultural contemporânea se erigiu e se
organizou para chegar ao ponto de influenciar os alunos e causar neles o desinteresse
pela educação formal. Estudar as causas do desinteresse dos indivíduos pela educação
formal e demonstrar que elas são oriundas do próprio cenário econômico e social que
amiúde exorta esta própria forma de educação como remédio para todos os males , é,
no mínimo, revelador da esparrela da contradição social. Mais ainda, é uma prova da
reificação social que abarcou toda e qualquer teoria que insista na possibilidade de uma
emancipação por meio da educação geradora de inclusão que por si só, é uma
contradição não apenas em termos, mas na própria realidade capitalista. Para conseguir
chegar a este nível de compreensão do atual cenário de desinteresse dos alunos pela
educação formal, contamos com as idéias e os conceitos de teóricos como Marx,
Adorno, Marcuse, Benjamin e Horkheimer. Estes pensadores foram fundamentais, em
nosso caso, para a elevação de um fenômeno humano e social (o desinteresse dos
alunos) a objeto de estudo verificável e, principalmente, compreensível em suas origens.
Baseamo-nos em relatos orais de experiências vividas em sala de aula, pelo autor e por
colegas professores de nossa região de trabalho, pois são relatos orais que vivenciam
(portanto, empiricamente) a situação de desinteresse dos alunos pela educação formal
nas escolas públicas do estado de São Paulo. Todavia, a fonte principal para nossa
investigação foi a própria voz dos alunos, apresentada em entrevistas realizadas na
escola em que o autor do presente estudo leciona. Portanto, nossa hipótese neste
trabalho é a de que o conteúdo e forma da cultura engendrada pelo capitalismo
industrial produtor de mercadorias, e imposta a cada segundo aos indivíduos, é
diametralmente oposta à cultura necessária e inerente à educação formal nas escolas
públicas
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