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Se a língua espanhola está presenta na América Latina, a América Latina está presente nos currículos de Letras- Português/Espanhol?Mello, Fabiane Cristina de 25 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-25 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-Gradução de Instituições de Ensino Particulares / Com base em estudos que buscam desvelar “a (in)visibilidade da América Latina e das variedades latino-americanas da língua”, esta pesquisa se propõe a olhar para o contexto da formação de professores de espanhol no Brasil, pois acreditamos que é durante essa etapa que se desenvolvem, continuamente, as representações e a identidade dos futuros professores. Compreendemos, com base em Zolin-Vesz (2013), que o papel do professor de espanhol, juntamente aos meios de comunicação e aos materiais didáticos, pode fazer circular ou silenciar a discursos sobre a América Latina. Assim, a partir de uma perspectiva que compreende as decisões tomadas no âmbito da língua como decisões de política linguística (LAGARES, 2013), buscamos responder à pergunta de pesquisa que dá título a este trabalho: se a língua espanhola está presente na América Latina, a América Latina está presente nos cursos de Letras-Português/Espanhol? De modo a responder a essa pergunta, esta pesquisa tem como objetivo geral identificar o espaço que a América Latina e suas variantes linguísticas ocupam nos cursos de Letras-Português/Espanhol, e especificamente, identificar 1) quais são as representações sociais das participantes em relação à América Latina; 2) quais são as representações sociais das participantes em relação às variantes linguísticas do espanhol; e 3) quais os possíveis efeitos dessas representações para a constituição da identidade de professor de espanhol dos alunos de Letras-Português/Espanhol das universidades. Para a análise dos dados, utilizamos a teoria das representações sociais, de Moscovici (1978; 2007), o conceito de identidade, de Moita Lopes (2003), Hall (2006) e Rajagopalan (2003) e a literatura voltada à (in)visibilidade da América Latina no ensino de espanhol no Brasil (BARBOSA, 2013; BRESOLIN, 2013; LESSA, 2014/2013; LIMA, 2013/2014; PARAQUETT, 2012a; VILHENA, 2013; ZOLIN-VESZ, 2013). Os resultados mostram que a América Latina foi pauta das reformulações curriculares recentes dos cursos de Letras-Português/Espanhol analisados, e está presente nas aulas de espanhol e em ações pensadas para a formação adicional dos alunos; porém, pensamos que seu espaço nos currículos ainda é muito restrito, questão que passa por decisões de índole política, que devem ser problematizas pela coordenação e os professores de espanhol, a partir de uma perspectiva política. Há, ainda, muito que se pensar e se fazer se queremos que os futuros professores sejam transformadores de nossas memórias. / Con base en estudios que buscan desvelar “la (in)visibilidad de Latinoamérica y de las variantes latinoamericanas de la lengua”, esta investigación se propone a volcarse hacia la formación de profesorado de español en Brasil, pues creemos que es en ese periodo que se desarrollan, de manera continua, las representaciones y la
identidad de los futuros profesores. Comprendemos, con base en Zolin-Vesz (2013), que el rol del profesor de español, en conjunto a los medios de comunicación y a los materiales didácticos, puede hacer circular o silenciar discursos sobre Latinoamérica. Así, a partir de una perspectiva que comprende las decisiones tomadas en el ámbito de la lengua como decisiones de política lingüística (LAGARES, 2013), buscamos contestar a la pregunta de investigación que le
nombra a este trabajo: si la lengua española está presente en Latinoamérica, ¿Latinoamérica está presente en los currículos de Letras-Portugués/Español? Para que posamos contestar a esa pregunta, esta investigación tiene como objetivo general identificar el espacio que Latinoamérica y sus variantes lingüísticas ocupan
en los cursos de Letras-Portugués/Español, y en específico, identificar 1) cuáles son las representaciones sociales de los participantes en relación a Latinoamérica; 2) cuáles son las representaciones sociales de los participantes en relación a las variantes lingüísticas del español y 3) cuáles son los posibles efectos de esas representaciones para la constitución de la identidad de profesor de español de los alumnos de Letras-Portugués/Español de las universidades. Para el análisis de los
datos, utilizamos la teoría de las representaciones sociales, de Moscovici (1978; 2007), el concepto de identidad, de Moita Lopes (2003), Hall (2006) y Rajagopalan (2003) y la literatura volcado a la (in)visibilidad de Latinoamérica en la enseñanza de español en Brasil (BARBOSA, 2013; BRESOLIN, 2013; LESSA, 2014/2013; LIMA,
2013/2014; PARAQUETT, 2012a; VILHENA, 2013; ZOLIN-VESZ, 2013). Los resultados muestran que Latinoamérica fue asunto de las reformulaciones curriculares recientes de los cursos de Letras-Portugués/Español analizados, y está presente en las clases de español y en las acciones que promueven formación complementaria a los alumnos; no obstante, creemos que su espacio en los currículos todavía es muy restricto, cuestión que pasa por decisiones de carácter
político, que deben ser problematizadas por la coordinación y los profesores de español, a partir de una perspectiva política. Hay, todavía, mucho que pensar y hacer si queremos que los futuros profesores sean transformadores de nuestras memorias.
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