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As atividades de leitura dos alunos do 9º do ensino fundamental: reflexões sobre as estratégias metacognitivas de compreensão leitora

Leite, Maria de Jesus Cunha Farias 20 March 2014 (has links)
Submitted by Ricardo Carrasco (ricardogc84@uepb.edu.br) on 2016-10-26T14:04:58Z No. of bitstreams: 1 PDF - Maria de Jesus Cunha Farias Leite.pdf: 49100778 bytes, checksum: fe1f7e4e26bc8079a83b862a888acbc3 (MD5) / Approved for entry into archive by Irenilda Medeiros (nildamedeiros@uepb.edu.br) on 2016-11-07T18:10:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Maria de Jesus Cunha Farias Leite.pdf: 49100778 bytes, checksum: fe1f7e4e26bc8079a83b862a888acbc3 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-07T18:10:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Maria de Jesus Cunha Farias Leite.pdf: 49100778 bytes, checksum: fe1f7e4e26bc8079a83b862a888acbc3 (MD5) Previous issue date: 2014-03-20 / In the education of nowadays, the use of reading practices based on the conception of reading as decoding is still constant. Teaching based on this conception doesn´t consider the student as a text critical reader. However, in the teaching of reading and Portuguese language, it is important to mention the necessity of guiding the learners to use, in a conscious way, the reading strategies so that they achieve the so-called desired critical comprehension of written texts. It is, therefore, an objective of this work, to discuss how the students use the metacognitive strategies in the reading activities and if the activities in the textbook supply the use of such strategies. This way, the following authors were used as theoretical contribution for this study: Araújo (2008), Camps e Colomer (2002), Kato (1987), Kleiman (2002), Kleiman (2012), Solé (1998). It was through a qualitative research and case study that a questionnaire and two comprehension activities were applied with 42 students from the 9th grade in a public school in the city of Boa Vista, in the state of Paraíba. The results show that the majority of the students use some metacognitive strategies, such as, the foreknowledge, the known vocabulary, the attention to details, the re-reading and the lexical inference. / Na educação atual ainda é constante o uso de práticas de leituras voltadas para a concepção de leitura como decodificação. Um ensino baseado nessa concepção desconsidera o aluno como leitor crítico de textos. Todavia, no ensino de Leitura e Língua Portuguesa, vale ressaltar a necessidade de orientar os aprendizes a usar, de forma consciente, as estratégias de leitura para que eles possam alcançar a tão almejada compreensão crítica dos textos escritos. É, portanto, objetivo deste trabalho discutir como os alunos utilizam as estratégias metacognitivas nas atividades de leitura e se as atividades do livro didático proporcionam o uso destas estratégias. Desse modo, serviram de aporte teórico para este estudo os seguintes autores: Araújo (2008), Camps e Colomer (2002), Kato (1987), Kleiman (2002), Kleiman (2012), Solé (1998). Foi através da pesquisa qualitativa e do estudo de caso que foram aplicados um questionário e duas atividades de compreensão com 42 alunos do 9º ano, de uma escola pública municipal da cidade de Boa Vista, Paraíba. Os resultados apontam que a maioria dos alunos usam algumas estratégias metacognitivas, a saber, o uso do conhecimento prévio, o vocabulário conhecido, a atenção a detalhes, a releitura e a inferência lexical.
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Gêneros orais nas aulas de língua portuguesa: modos de fazer

Dantas, Maria Aparecida Calado de Oliveira 25 March 2015 (has links)
Submitted by Ricardo Carrasco (ricardogc84@uepb.edu.br) on 2016-10-25T11:59:05Z No. of bitstreams: 1 PDF - Maria Aparecida Calado de Oliveira Dantas.pdf: 43705106 bytes, checksum: 936e8c0fbd4d45243311a5a3cc13c62f (MD5) / Approved for entry into archive by Irenilda Medeiros (nildamedeiros@uepb.edu.br) on 2016-11-07T19:31:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Maria Aparecida Calado de Oliveira Dantas.pdf: 43705106 bytes, checksum: 936e8c0fbd4d45243311a5a3cc13c62f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-07T19:31:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Maria Aparecida Calado de Oliveira Dantas.pdf: 43705106 bytes, checksum: 936e8c0fbd4d45243311a5a3cc13c62f (MD5) Previous issue date: 2015-03-25 / It is a fact that the school seems to ignore the importance of developing a work outlined in the actual social practices of individuals, despite the efforts of government programs to promote significant improvements to the process of teaching and learning the mother tongue. In this sense, the work aims to discuss the space of orality in the Portuguese language classes and enable an intervention proposal based on work with oral genres, focusing on student speech, comprising the oral language as interactive practice / information. For the development of research, it was investigated the teacher's pedagogic practice in their teaching action on the elementary school in Municipal Elementary School Nossa Senhora do Rosario- Pombal - PB, and the adoption of questionnaires and interviews (semi-structured) which allowed us to ask the teacher about their training and classroom practices, the answers possibility to observe oral concepts, language and adopted language to later propose a reflection on the relevance of the work with the oral genres in school. Also there was the treatment of oral genres by textbooks mother tongue, adopted by the field school research, paying attention to the theoretical perspectives that guide this material to support the development of pedagogical practices of the teacher of mother tongue. Finally, teaching action proposal was presented that would allow one to contemplate aspects of orality in language teaching, deemed relevant by official documents and theoretical postulates underlying the treatment of tongue (gem) today. The study was supported by theorists of contemporary linguistics engaged in research work with the textual genres, oral and written, in the classroom of mother tongue, such as Marcuschi (2003), Mollica (2011), Rojo (2010), Elias (2011), Bortoni-Ricardo (2009), Signorini (2001), Matencio (2001) and Dolz & Schneuwly (2001), among other authors who stress the importance of working with orality in school learning. Thus, the research fits the role of qualitative studies in the Graduate Programs nationwide Teacher Training, is based on the National Curriculum Parameters (BRAZIL, NCP, 1998), which present a focused attention to the practical orality in elementary school, little explored by making teaching and textbooks of the Portuguese language, as shown in the study focus, and points to the view that it is possible to develop a methodology that addresses the systematization of the formal oral genres in mother tongue classes . / É fato que a escola parece ignorar a relevância de se desenvolver um trabalho pautado nas reais práticas sociais dos indivíduos, apesar do empenho de programas governamentais em promover melhorias significativas para o processo de ensino e aprendizagem da língua materna. Neste sentido, o trabalho tem o objetivo de discutir o espaço da oralidade nas aulas de língua portuguesa e viabilizar uma proposta de intervenção fundamentada no trabalho com os gêneros textuais orais, com foco na fala do aluno, compreendendo a linguagem oral como prática interativa/informativa. Para o desenvolvimento da pesquisa, investigou-se a prática pedagógica do professor em sua ação docente frente ao Ensino Fundamental na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nossa Senhora do Rosário – Pombal – PB, além da adoção de questionário e entrevista (semiestruturada) que nos permitiu interrogar o docente sobre sua formação profissional e práticas de sala de aula, cujas respostas possibilitaram verificar concepções de oralidade, língua e linguagem adotadas, para posteriormente propor uma reflexão sobre a relevância do trabalho com os gêneros orais na escola. Também verificou-se o tratamento dado aos gêneros orais pelos livros didáticos de língua materna, adotados pela escola campo da pesquisa, atentando para as correntes teóricas que norteiam esse material de apoio ao desenvolvimento das práticas pedagógicas do professor de língua materna. Finalmente, foi apresentada uma proposta de ação docente que permitisse contemplar aspectos da oralidade no ensino de língua, considerados relevantes pelos documentos oficiais e postulados teóricos que fundamentam o tratamento da língua(gem) na atualidade. O estudo esteve apoiado por teóricos da linguística contemporânea que se dedicam a investigação do trabalho com os gêneros textuais, orais e escritos, na sala de aula de língua materna, tais como Marcuschi (2003), Mollica (2011), Rojo (2010), Elias (2011), Bortoni-Ricardo (2009), Signorini (2001), Matencio (2001) e Schneuwly & Dolz (2001), dentre outros teóricos que ressaltam a importância do trabalho com a oralidade na aprendizagem escolar. Dessa forma, a pesquisa se inscreve no rol dos estudos qualitativos realizados em Programas de PósGraduação em Formação de Professores de âmbito nacional, se fundamenta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, PCN, 1998), os quais apresentam uma atenção voltada para as práticas da oralidade no Ensino Fundamental, pouco exploradas pelo fazer docente e livros didáticos de língua portuguesa, conforme demonstra o estudo em foco, e aponta para a perspectiva de que é possível desenvolver uma metodologia que contemple a sistematização dos gêneros orais formais nas aulas de língua materna.
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Folhetos de cordel no letramento escolar: a aula de leitura revisitada

Silva , Rodrigo Nunes da 11 May 2017 (has links)
Submitted by Andressa Lima (andressa@uepb.edu.br) on 2017-07-24T16:03:02Z No. of bitstreams: 1 PDFC-DISSERTAÇÃO - RODRIGO NUNES DA SILVA.pdf: 72641868 bytes, checksum: 944b425d55cc8c2ad9b8d720501dcc4c (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Medeiros (luciana@uepb.edu.br) on 2017-08-25T15:55:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDFC-DISSERTAÇÃO - RODRIGO NUNES DA SILVA.pdf: 72641868 bytes, checksum: 944b425d55cc8c2ad9b8d720501dcc4c (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-25T15:55:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDFC-DISSERTAÇÃO - RODRIGO NUNES DA SILVA.pdf: 72641868 bytes, checksum: 944b425d55cc8c2ad9b8d720501dcc4c (MD5) Previous issue date: 2017-05-11 / El estudio reflexiona sobre los métodos y las prácticas de lectura para las clases de portugués en la escuela primaria, con el fin de formar lectores competentes en la región en que se aplique, teniendo en cuenta las tradiciones orales de la transmisión cultural (GERALDI, 2010). Por lo tanto, presenta una posibilidad de trabajo con una línea de folletos, la expresión literaria que aparece en el contexto sociocultural que operamos como una rica fuente de la investigación lingüística y literaria debido al uso productivo de léxico que atrae a los temas y actualiza los discursos / ideologías, proporcionando una alternativa a la actualización al entorno escolar. Vista del fenómeno anterior, proyectos a la pregunta problema: Como la literatura de cordel puede ayudar a suavizar el bajo nivel de alfabetización escolar problema presentado por la mayor parte del cuerpo de estudiante de escuela pública? Tal literatura contribuye significativamente a la formación de lectores y se extiende a los conocimientos lingüísticos, culturales e históricos, lo que permite un aprendizaje funcional, especialmente para la identificación de los lectores con los personajes y narrativas que se presentan en los diferentes temas que los cambios literatura de cordel (Rodrigues, 2006; 2011). Una visión que abarca interdisciplinario, los estudiantes pueden aprender mucho más si los involucrados con la práctica educativa crear las condiciones necesarias para facilitar la enseñanza / aprendizaje. Por lo tanto, fue realizada una investigación cualitativa en una escuela pública del Estado en la ciudad de Soledade-PB, que tiene por objeto desarrollar enfoques de lectura, a través de un plan de acción docente secuenciado, un reflejo de la perspectiva en el lenguaje, que cubre las prácticas de conceptos y los procesos de alfabetización en una perspectiva interaccional de la lectura de los géneros textuales y lengua, pasando el estudios de identidad, la memoria, la imaginación y la representación social, que despierta en los alumnos el gusto por la lectura y la funcionalidad inherente en el acto de la lectura en la escuela y en la sociedad. La investigación-acción promovida por el producto expuesto, el aprendizaje significativo debido a la propuesta de incluir las experiencias de la vida real, fortaleciendo así el vínculo entre la escuela / la vida. Prestar atención al hecho de que los estudios de alfabetización más allá del plan formal por escrito, que pasa a la reflexión sobre el lenguaje de los sujetos en contextos que van más allá de las paredes de la escuela, el estudio reveló el establecimiento de conexiones con textos y / o escritos orales ellos son parte de la vida cotidiana de las familias de los estudiantes que participan en un proceso de alfabetización desarrollado con una línea de folletos, apareciendo, por lo que la materia sociocultural y sociolingüística es una práctica discursiva que proporciona el campo de la alfabetización escolar en el área de investigación. / O estudo traz uma reflexão sobre métodos e práticas de leitura para aulas de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental, tendo em vista formar leitores proficientes na região em que se aplica, levando em consideração as tradições orais de transmissão cultural (GERALDI, 2010). Diante disso, apresenta uma possibilidade de letramento, a partir de um trabalho com folhetos de cordel, expressão literária que se apresenta no contexto sociocultural que atuamos como rica fonte de pesquisa linguísticoliterária, devido ao uso produtivo do léxico que desenha temas e atualiza discursos/ideologias, proporcionando uma alternativa de renovação para o ambiente escolar. Frente ao fenômeno apresentado, delineia-se a seguinte questão problema: Como a literatura de cordel pode contribuir para amenizar o problema do baixo nível de letramento escolar apresentado por grande parte do alunado de escola pública? Tal literatura contribui significativamente para a formação de leitores e amplia os conhecimentos linguístico, histórico e cultural, permitindo uma aprendizagem funcional, principalmente pela identificação dos leitores com os personagens e as narrativas apresentadas nos diversos temas que a literatura de cordel atualiza (RODRIGUES, 2006; 2011). Numa visão que engloba a interdisciplinaridade, os alunos podem aprender muito mais se aqueles que estão envolvidos com a prática educacional criarem as condições necessárias para facilitar o ensino/aprendizagem. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa numa Escola pública Estadual da cidade de Soledade-PB, para desenvolver abordagens de leitura através de um plano de ação docente sequenciado, numa perspectiva de reflexão sobre a língua, abrangendo conceitos de práticas e processos de letramento sob o prisma interacionista de leitura, dos gêneros textuais e da linguagem, perpassando pelos estudos de identidade, memória, imaginário e representação social, o que despertou nos alunos o gosto pela leitura e a funcionalidade inerente ao ato da leitura na escola e na sociedade. A pesquisa-ação promoveu, através do produto apresentado, aprendizagens significativas pelo fato da proposta englobar as experiências reais da vida, reforçando o vínculo escola/vida. Atentando para o fato de que os estudos do letramento ultrapassam o plano da escrita formal, perpassando à reflexão sobre a própria linguagem dos sujeitos em contextos que extrapolam os muros da escola, o estudo revelou o estabelecimento de conexões com textos orais e/ou escritos que fazem parte do cotidiano das famílias dos alunos envolvidos num processo de letramento desenvolvido com folhetos de cordel, evidenciando-se, assim, que esse material sociocultural e sociolinguístico é prática discursiva que propicia o letramento escolar na região campo da pesquisa.
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Quem eles pensam que são? Crenças e representações de alunos e professores de língua estrangeira de uma escola pública na prefeitura de São Paulo: estudo de caso. / Who do they think they are? Beliefs and representations of foreign language students and teachers at a public school in the suburbs of São Paulo: case study.

Valéria Cristina Aranha 27 August 2007 (has links)
A presente dissertação trata das crenças e representações de alunos e professores de língua estrangeira como fatores que interferem no processo de ensino/aprendizagem. O trabalho resulta de uma pesquisa de cunho qualitativo na qual foram utilizadas como base teórica as noções de crença e de reprodução cultural, de Bourdieu, e o conceito de representação, de Chartier. O enfoque do tema também considerou as contribuições teóricas em aquisição e aprendizagem de línguas. Foi empregada na pesquisa a metodologia etnográfica, incluindo observação participante e elaboração de notas de campo. A análise do material produzido durante as atividades da pesquisa aponta para a importância da explicitação das crenças e representações em jogo no processo de ensino/aprendizagem de língua estrangeira, como mais um recurso para o professor no processo de reflexão sobre sua prática e solução de problemas didáticos. / The present dissertation discusses beliefs and representations of foreign language students and teachers as factors which interfere with teaching and learning processes. The work stems from a qualitative research project in which Bourdieu´s notions of belief and cultural reproduction, as well as Chartier´s concept of representation, were used as theoretical bases. The theme focus has also taken into account theoretical contributions related to language acquisition and learning. Ethnographic methodology was employed, which included in-class participative observation and elaboration of field notes. Analysis of material produced during research activities points out the importance of explicitness of those beliefs and representations in play at foreign language teaching and learning processes, as they constitute one more set of resources to teachers within their reflection process about practices and solutions to didactical issues.
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Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa: um olhar sobre o trabalho com a análise linguística

DUARTE, Álvaro Vinicius de Moraes Barbosa 09 April 2014 (has links)
Submitted by Luiz Felipe Barbosa (luiz.fbabreu2@ufpe.br) on 2015-04-10T12:49:40Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Álvaro Vinicius de Moraes Barbosa Duarte.pdf: 5883923 bytes, checksum: e9706a3f15d36dd038f865ccc3c889f6 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T12:49:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Álvaro Vinicius de Moraes Barbosa Duarte.pdf: 5883923 bytes, checksum: e9706a3f15d36dd038f865ccc3c889f6 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014-04-09 / A presente pesquisa teve como objetivo analisar as relações que se estabelecem entre as concepções de linguagem do professor de Língua Portuguesa e sua prática de ensino de análise linguística. Para atingirmos tal objetivo, buscamos analisar as concepções de linguagem e a prática de ensino de análise linguística presentes nos materiais didáticos utilizados durante o período de observação e dos documentos oficiais (Parâmetros para a Educação básica do estado de Pernambuco e diário de classe do professor) que prescrevem/orientam a prática de ensino do professor da Rede Estadual de Ensino; analisar as concepções de língua, gramática e ensino de língua do professor e o que ele conseguiu efetivar em relação à prática de análise linguística; e entender como o professor articula em seu fazer pedagógico, os “conhecimentos teóricos” e os conhecimentos dos “saberes em ação”, em relação á prática de análise linguística. Para a realização do presente trabalho, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, utilizando a metodologia do paradigma indiciário e três instrumentos de coleta de dados: análise documental, entrevista e observação. A fim de entenderemos as relações que se estabelecem entre concepções de linguagem e prática de análise linguística, observamos a prática de duas professoras da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, bem como as entrevistamos. As docentes ministravam aulas no 6º e no 9º anos do ensino fundamental na cidade de Olinda. Como base teórica, nos apoiamos nos pressupostos de Bakhtin ([1929-1930] 2010), TRAVAGLIA ([1996] 2006), GERALDI ([1984] 2003a), MARCUSCHI (2007) e SALOMÃO (1999), autores que tratam sobre as concepções de linguagem. Sobre o ensino de gramática e prática de análise linguística nos apoiamos nas ideias de TRAVAGLIA ([1996] 2006), GERALDI ([1984] 2003a), BEZERRA e REINALDO (2013), SUASSUNA (2012), entre outros. Como resultados, notamos que cada professora, ao seu modo, desempenhou diferentes trabalhos em relação à prática de análise linguística. Uma das docentes desenvolveu, em quase todos os momentos do período de observação, um trabalho que articulava os três eixos de ensino (leitura, produção e análise linguística), partindo do trabalho com sequências de atividades baseada no estudo de um gênero textual. Nessas sequências, observamos que o trabalho com a análise linguística partiu tanto do eixo da leitura, quanto do eixo de produção de texto. Em relação à produção, verificamos que a prática de análise linguística se deu tanto antes como após o trabalho com esse eixo, principalmente com as reflexões oriundas da reescrita dos textos produzidos pelos alunos. Já a outra professora, em quase todo o período de observação, desenvolveu um trabalho com o eixo de eixo de análise linguística a partir da leitura, principalmente com a exploração de questões – seja de materiais elaborados pela professora ou do livro didático – e que tais reflexões se voltaram para o entendimento do processo coesivo do texto enquanto unidade de sentido. Concluímos que não existe uma linearidade entre a concepção de linguagem que norteia o trabalho de cada docente e sua prática em relação ao ensino de análise linguística. Entre o domínio da teoria e a efetivação da prática de ensino há muitas variáveis. Essas variáveis podem estar relacionadas às escolhas didáticas do professor, às condições oferecidas pelas Redes de Ensino ou por outras condições diversas. Pensamos que novas pesquisas podem ser importantes para tentar descobrir esses meandros que se apresentam entre a prática do professor e o seu conhecimento teórico.
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Representações sociais do ensino da língua escrita

Maria da Silva, Margarete 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:17:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo194_1.pdf: 1101330 bytes, checksum: 906542232f1859eb87dec0bb1e29cb96 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Prefeitura de Olinda / Este estudo analisou as representações sociais do ensino da língua escrita de professores das séries iniciais do ensino fundamental, considerando as concepções de linguagem que estão subjacentes a estas representações. Teve como principais arcabouços teóricos os estudos sobre o ensino da língua materna e as concepções de linguagem (BAKHTIN, 2006; SANTOS, 2004; GERALDI, 1991, 1996; FERREIRO & TEBEROSKY, 1985); e os estudos sobre Representação Social (MOSCOVICI, 2001, 2003; JODELET, 2001; ABRIC, 2000; SÁ, 1996, 1998). A Representação Social refere-se a um conjunto de conhecimentos, crenças, valores sobre um objeto, conceito, pessoa, os quais são elaborados socialmente e partilhados por um grupo de indivíduos. Apreender o ensino da língua escrita como um objeto de representação social significa buscar entender quais construções sócio-cognitivas as professoras estão construindo em relação a este ensino. Na primeira etapa da pesquisa, aplicamos o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP) o qual teve a participação de 62 professores/as das séries iniciais da Rede Municipal de Ensino da Cidade do Paulista, que fazem parte de um grupo de docentes participantes de uma formação continuada oferecida pelo referido município, na área de ensino da língua materna nas séries iniciais. Através dos dados coletados por este questionário mapeamos o campo semântico das representações sobre o ensino da língua escrita. Na segunda etapa, selecionamos 10 professoras e realizamos o processo de hierarquização de palavras e as entrevistas, objetivando captar os sentidos atribuídos ao ensino da língua escrita. Os resultados indicam que as representações sociais sobre o ensino da língua escrita estão ancoradas nas dimensões pedagógica, cognitiva, social e sócio-afetiva, prevalecendo as três primeiras dimensões, especialmente a pedagógica. Nesta dimensão o ensino é representado como uma ação planejada que visa propiciar aos alunos a aprendizagem da leitura e da escrita, considerando a construção cognitiva na apropriação da escrita, aspecto que traz a dimensão cognitiva, e as práticas sociais de uso da leitura e da escrita, representando a dimensão social. Em suma, as representações sociais sobre o ensino da língua escrita estão sendo construídas considerando a apropriação inicial da escrita e as mudanças ocorridas neste ensino nos últimos anos
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Orientações sobre o ensino dos gêneros discursivos na base curricular comum de Pernambuco e no livro didático de língua portuguesa: encontros e desencontros

LIMA, Leila Britto de Amorim 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:17:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo215_1.pdf: 7713131 bytes, checksum: 18f2f9706da3ac9c699c37cef0c61095 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Neste estudo foram analisadas as orientações sobre o ensino dos gêneros discursivos na Base Curricular Comum de Pernambuco e na coleção de livros didáticos de língua portuguesa dos anos iniciais do Ensino Fundamental mais distribuída no estado de Pernambuco: Porta Aberta . Serviram de base para o diálogo teórico a concepção de Bakhtin (2000) sobre a perspectiva dialógica da linguagem e de gênero discursivo, a discussão de Schneuwly e Dolz (2004) em relação ao desdobramento do gênero no processo de ensino/aprendizagem, as contribuições dos pesquisadores como Marinho (2001), Albuquerque (2002) e Silva (2008) acerca de propostas curriculares, além de teóricos como Rojo (2003), Val e Castanheira (2005), Batista (2005), Bezerra (2005), Rangel (2005), Marcuschi e Leal (2009), entre outros que endossam a discussão sobre o livro didático. O aporte metodológico desta pesquisa foi embasado na Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2004). A análise de conteúdo e documental nos permitiu interpretar os significados nos documentos oficiais, ultrapassando uma simples compreensão do real para uma sistematização mais complexa dos dados apresentados. Os resultados revelaram movimentos de aproximações e afastamentos entre os princípios defendidos pelo documento curricular e os pressupostos bakhtinianos de linguagem, assim como entre tais pressupostos e as proposições didáticas dos livros didáticos. No que se refere às aproximações, observamos que, em geral, a coleção Porta Aberta retoma vários princípios apresentados na BCC-PE, sobretudo, no manual do professor. Nesse sentido, constatamos que os princípios orientadores para o ensino de língua materna da BCCPE e o manual do professor da coleção explicitam pressupostos e concepções de base bakhtiniana, embora tenham alguns princípios menos enfatizados. Já em relação aos afastamentos, verificamos que a coleção, ao mesmo tempo em que se aproxima de uma perspectiva de língua como prática social, se distancia, propondo atividades que se pautam nos usos descontextualizados e fragmentados da língua e, portanto, distantes dos princípios defendidos pela BCC-PE. Ainda sobre os encontros e desencontros, outro aspecto observado refere-se às lacunas na indicação dos objetos de ensino, articulando o trabalho com os gêneros e o desenvolvimento de estratégias de leitura/escrita. Nesse movimento, a BCC-PE, embora destaque que um dos aspectos centrais para o ensino da língua é a perspectiva se trabalhar com os gêneros, essa discussão, em geral, não está atrelada às competências propostas para o ensino fundamental e médio. Já a coleção, embora indique objetivos didáticos que retomem as dimensões do gênero, apresenta problemas na formulação das sequências de suas atividades, seja na ênfase em aspectos estruturais do gênero ou em exercícios gramaticais descontextualizados. Dessa forma, pode-se concluir que falta clareza sobre como conduzir um ensino que tenha como referência os gêneros como objeto e instrumento de trabalho para o desenvolvimento da linguagem, tal como defendem Schneuwly e Dolz (2004). Sendo assim, afirmamos a necessidade de investigar a didática do ensino da língua para fomentar discussões voltadas a orientações e elaboração de documentos curriculares, bem como a elaboração e seleção de livros didáticos
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Os saberes docentes para o ensino da oralidade: o que sabem os professores e como compreendem as atividades propostas pelos livros didáticos de língua portuguesa?

MACIEL, Débora Amorim Gomes da Costa 31 January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:20:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9629_1.pdf: 1583444 bytes, checksum: 49bdb106b6db81701bbf7ed58f2252a1 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2012 / Nesta pesquisa investigamos os saberes docentes para o ensino da oralidade, com vistas a compreender como três professoras do ensino fundamental (3º ao 5º ano), concebiam o oral enquanto objeto de ensino-aprendizagem e a ver quais saberes as docentes mobilizavam ao analisar atividades orais propostas por livros didáticos de língua portuguesa. O problema de pesquisa estruturou-se na compreensão de que embora o ensino da oralidade seja obrigatório nas escolas brasileiras, permanece incipiente nas pesquisas acadêmicas e pouco presente no que concerne às investigações a respeito dos saberes docentes para o seu ensino. Este cenário resulta na baixa visibilidade ofertada ao eixo da oralidade nas diferentes esferas de produção do saber e gera consequências para a formação docente, como o pouco conhecimento sobre a efetivação de um processo de didatização do oral. Em nossa hipótese, partimos da ideia de que os professores, embora conheçam a necessidade de se ensinar a oralidade, mobilizam para esse ensino saberes atrelados a outros eixos didáticos, possivelmente em virtude da pouca compreensão sobre o que deve ser ensinado-aprendido sobre o oral. Diante da configuração do nosso objeto de estudo, tomamos como referência a compreensão Bakhtiniana de língua, as propostas de didatização de Schneuwly e Dolz (2004) e Ferraz, Costa-Maciel e Barbosa (no prelo), assim como as teorizações de Marcuschi (2005); Dionísio (2005); Cavalcante e Melo (2006) e Elias et. al (2011). Entre as discussões a respeito dos saberes docentes, aportamo-nos em Freire (1996); Pimenta (2002); Therrien (2002); Gauthier et al. (1998); Tardif (2002); Charlot (2000), dentre outros. Com vistas a alcançarmos os objetivos da investigação, elegemos 11 (onze) categorias analíticas a partir de uma base metodológica qualitativa e com a utilização das técnicas da análise de conteúdo de Bardin (1995). Os pilares analíticos envolveram a entrevista com três sujeitos e a análise por eles de protocolos de atividades cujo foco da discussão envolvia o trato com aspectos da oralidade. Nossos resultados evidenciaram que, no âmbito dos sujeitos investigados, existem lacunas na definição do que é concebido como trabalho com a oralidade, visto que a compreensão transita entre saberes ligados a atividades de interação oral e proposições que consistem em servir de preâmbulo para atividades de natureza escrita. A mobilização desses saberes é fruto das experiências das professoras com o seu grupo sala (saber experiencial), fator determinante para a definição do que os alunos devem aprender sobre a oralidade. Vimos que esse pretenso ensino, por vezes, estaria sendo direcionado para campos de maior tradição no espaço escolar, a saber, a leitura, a produção etc., o que pode representar um maior domínio sobre esses eixos nas práticas das professoras investigadas. Essa postura também pode ser justificada pelas queixas apresentadas por elas em relação à sua formação nos níveis médio e superior; e, em sua maioria, à formação em serviço, que não lhes proporcionou suporte teóricometodológico para esse ensino. Na análise das atividades, destacam-se alguns pontos que dizem respeito à variação dialetal, dimensão enxergada pelas professoras sempre do ponto de vista da normatividade; e à teoria dos gêneros, que aparece com certo domínio em suas falas. Em síntese, percebemos que a oralidade necessita ser melhor compreendida no âmbito do seu ensino e que, por conseguinte, há ainda necessidade de investimento em formações, em diferentes níveis, a fim de assegurar o acesso a propostas que efetivamente ajudem aos professores que atuam na área de língua portuguesa a compreenderem o processo de didatização do oral
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Uso de livros didáticos de português : um olhar sobre práticas e discursos

Karina Cavalcanti de Lima, Hérica 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:20:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3428_1.pdf: 5281023 bytes, checksum: 10972c1b9501aefbb5967cd759c52344 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Esta pesquisa originou-se da necessidade de mais estudos sobre a escolha e o uso de livros didáticos de português. Ela tem como objetivo, entre outros aspectos, compreender como o livro didático de português vem sendo escolhido e usado pelos professores nas escolas públicas da rede municipal de ensino da Prefeitura do Recife, verificar se o fato de um professor usar um livro escolhido ou não por ele interfere em suas práticas e reconhecer as relações, os distanciamentos e as aproximações existentes entre os discursos e as práticas dos professores. Para realizar, então, esta investigação qualitativa, observamos a prática de duas professoras de português da Prefeitura de Recife uma usando o livro didático que escolheu e a outra usando o livro didático que não escolheu durante uma unidade de trabalho do livro didático, através da abordagem da fabricação do cotidiano e realizamos entrevista semiestruturada através da abordagem da Análise do Discurso. Do ponto de vista teórico, para fundamentar nossos estudos sobre ensino de língua, livro didático, práticas do professor e discursos, baseamo-nos em autores como Geraldi (1984, 1987, 1991, 1997), Silva e outros (1986, 1997), Suassuna (1994, 1995, 2006), Mendonça (2006), Soares (1996, 1997, 2002), Travaglia (2004, 2006), Batista (1997, 1999, 2003, 2004), Batista e Val (2004), Val (2008), Val e Marcuschi (2005), Choppin (2004), Oliveira (1984), Coracini (1998, 2003), Chartier (2000, 2007), Ferreira (2003, 2006), Tardif e Raymond (2000), Bakhtin (1981, 1998), Possenti (1996, 2002), Pêcheux (1995), entre outros. A análise e a interpretação dos dados permitiram-nos perceber, entre outras coisas, que os critérios que as professoras evidenciam no momento de escolher o livro didático de português estão, de certa forma, próximos daqueles que priorizam quando usam esse livro. Percebemos, ainda, que a escolha de livros didáticos não está acontecendo de forma reflexiva nas escolas. Outro aspecto importante a destacar nos achados desta pesquisa é que o fato de as professoras escolherem ou não o livro didático não interfere de forma significativa no uso que fazem dele, a não ser em aspectos como a frequência de uso e o apego à proposta que ele apresenta. Além disso, percebemos que as professoras fabricam variadas táticas ao usarem o LD e que há um certo distanciamento entre a visão teórica que elas possuem e o que de fato acontece na prática, talvez devido às emergências e contingências do cotidiano escolar. As questões levantadas a partir deste estudo não se encerram nele. Há aqui muitas propostas para novas pesquisas sobre o livro didático, sua escolha e o seu uso
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Variação linguística: o que pensam e fazem os professores

da Rocha Cordeiro, Dilian January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:22:22Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo5797_1.pdf: 506498 bytes, checksum: 1bfe8137b71045e956a405be88df43a5 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / O objetivo desta pesquisa foi investigar como professores do ensino fundamental têm se apropriado das novas pesquisas na área da lingüística e da sociolingüística, relativas ao tema variação lingüística , a fim de examinar como o têm tratado na escola. Nossos informantes foram professoras da rede pública municipal do Recife, que atuavam na 1ª série do 1º ciclo (alfabetização) e na 2ª série do 2º ciclo (antiga 4ª série) e que tinham formação superior em letras e pedagogia. Utilizamos como instrumento de investigação a entrevista semi-estruturada, a qual foi realizada em duas etapas: inicialmente formulávamos às docentes perguntas sobre suas concepções de língua, objetivos de ensino, entendimento sobre variação lingüística, etc. Em um segundo momento, apresentávamos situações-problema que poderiam ocorrer em suas salas de aula e solicitávamos que opinassem sobre a situação e dissessem como agiriam, caso fossem a mestra da turma. Os dados foram tratados com procedimentos sistemáticos da análise de conteúdo (Bardin,1977). Constatamos que o conhecimento docente acerca da variação lingüística ainda se revelava impreciso e superficial. As professoras demonstravam ter tido acesso a certas noções sociolingüísticas que vêm sendo discutidas na academia e às recentes prescrições para um ensino de língua que respeite as variedades populares. Porém, este conhecimento não se mostrou capaz de modificar velhas práticas e conceitos e permanecia uma visão homogênea da língua. Poucas professoras faziam referência a um confronto entre variedades dialetais como um meio para o ensino de diferentesformas de falar, considerando os níveis de formalismo adequados aos contextos comunicativos. Por outro lado, pudemos verificar que a proposta curricular da rede municipal e o livro didático pouco ajudavam as docentes a realizar um ensino que considere a variação lingüística de maneira abrangente e efetiva. Por fim, não verificamos diferenças marcantes nas concepções e práticas das mestras em função dos cursos de formação inicial e constatamos que as oportunidades de formação continuada também tinham contribuído pouco para um ensino que vise ao desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos de meio popular

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