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Recrutamento de células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores (Treg) em lesões associadas ao vírus Epstein-Barr (EBV): papel da citocina MIP3 / Recruitment of immature dendritic cells and regulatory T cells (T reg) in Epstein-Barr (EBV) associated lesions: role of MIP3 chemokine

Silva, Paulo Henrique Braz da 03 December 2009 (has links)
O vírus Epstein-Barr infecta aproximadamente 95% da população mundial adulta, estabelecendo uma infecção latente e assintomática. Porém, é um vírus associado à neoplasias malignas, tais como carcinomas de nasofaringe, linfomas de Hodgkin, alguns casos de carcinomas gástrico, linfomas T e NK, dentre outras. O EBV também está implicado em doenças não neoplásicas como a leucoplasia pilosa. O fenômeno de imunotolerância está ligado ao potencial de infecção e oncogênico do EBV. Células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores são importantes nesse contexto. Em situações neoplásicas, esse mecanismo impede o reconhecimento e a destruição de células tumorais. O objetivo desse trabalho foi estudar em quatro diferentes situações de infecção pelo EBV, a saber, amigdalite crônica, linfomas de Hodgkin, leucoplasia pilosa e carcinomas de nasofaringe, a presença de células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores, e também o papel da citocina MIP3 no recrutamento dessas células. Foram utilizadas as técnicas de hibridização in situ para detecção do EBV e imunoistoquímica para detecção das células dendríticas, linfócitos T reg e para análise da expressão de MIP3. Em todos os casos de linfoma de Hodgkin, amigdalites e carcinomas de nasofaringe EBV+ observou-se uma forte concentração de células dendríticas imaturas e linfócitos T reg. A expressão de MIP3 mostrou-se intensa nas neoplasias EBV positivas e fraca nos casos de amigdalite crônica. Não foi observada expressão de MIP3 nos casos de leucoplasia pilosa. A concentração de células dendríticas imaturas e linfócitos T reg está intimamente ligada à presença de céulas EBV+ e pela expressão de MIP3 nos linfomas de Hodgkin associados ao EBV e carcinomas de nasofaringe, criando assim um micro-ambiente de imunossupressão nessas lesões. / The Epstein-Barr virus infects approximately 95% of adult world-wilde population, establishing a latent and asymptomatic infection. However it is related to malignant neoplasia, such as nasopharynx carcinomas, Hodgkin disease, some gastric carcinomas, T/NK lymphomas among others. EBV is also implicated in non-neoplasic disease such as hairy leukoplakia. This phenomenon is associated with the EBV infectious and oncogenic potential. Immature dendritic cells and T reg cells are important in this context. In neoplasic situations, this mechanism obstructs recognition and destruction of tumoral cells. The aim of this work was study, in four different situations of EBV infection, to knowledge, chronic tonsillitis, Hodgkins disease, hairy leukoplakia and nasopharynx carcinoma, the presence of immature dendritic cells and T reg cells, and also the role of cytokine MIP3 in the recruitment of these cells. In situ hybridization was performed for EBV detection and immunohistochemistry for dendritic cells and T reg cells detection and also for expression evaluation of MIP3 cytokine. In all the cases of Hodgkins disease, tonsillitis and nasopharynx carcinoma EBV+, a strong concentration of immature dendritic cells and T reg lymphocytes was observed. The MIP3 expression was more intense on EBV positive neoplasia and weak in cases of chronic tonsillitis. No MIP3 expression was observed in hairy leukoplakia. The concentration of immature dendritic cell and T reg lymphocyte is intimately connected with the presence of EBV positive-cells and MIP3 expression in Hodgkin disease associated to EBV and nasopharynx carcinoma, creating a microenvironment of immunosuppression in these neoplasias.
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Recrutamento de células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores (Treg) em lesões associadas ao vírus Epstein-Barr (EBV): papel da citocina MIP3 / Recruitment of immature dendritic cells and regulatory T cells (T reg) in Epstein-Barr (EBV) associated lesions: role of MIP3 chemokine

Paulo Henrique Braz da Silva 03 December 2009 (has links)
O vírus Epstein-Barr infecta aproximadamente 95% da população mundial adulta, estabelecendo uma infecção latente e assintomática. Porém, é um vírus associado à neoplasias malignas, tais como carcinomas de nasofaringe, linfomas de Hodgkin, alguns casos de carcinomas gástrico, linfomas T e NK, dentre outras. O EBV também está implicado em doenças não neoplásicas como a leucoplasia pilosa. O fenômeno de imunotolerância está ligado ao potencial de infecção e oncogênico do EBV. Células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores são importantes nesse contexto. Em situações neoplásicas, esse mecanismo impede o reconhecimento e a destruição de células tumorais. O objetivo desse trabalho foi estudar em quatro diferentes situações de infecção pelo EBV, a saber, amigdalite crônica, linfomas de Hodgkin, leucoplasia pilosa e carcinomas de nasofaringe, a presença de células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores, e também o papel da citocina MIP3 no recrutamento dessas células. Foram utilizadas as técnicas de hibridização in situ para detecção do EBV e imunoistoquímica para detecção das células dendríticas, linfócitos T reg e para análise da expressão de MIP3. Em todos os casos de linfoma de Hodgkin, amigdalites e carcinomas de nasofaringe EBV+ observou-se uma forte concentração de células dendríticas imaturas e linfócitos T reg. A expressão de MIP3 mostrou-se intensa nas neoplasias EBV positivas e fraca nos casos de amigdalite crônica. Não foi observada expressão de MIP3 nos casos de leucoplasia pilosa. A concentração de células dendríticas imaturas e linfócitos T reg está intimamente ligada à presença de céulas EBV+ e pela expressão de MIP3 nos linfomas de Hodgkin associados ao EBV e carcinomas de nasofaringe, criando assim um micro-ambiente de imunossupressão nessas lesões. / The Epstein-Barr virus infects approximately 95% of adult world-wilde population, establishing a latent and asymptomatic infection. However it is related to malignant neoplasia, such as nasopharynx carcinomas, Hodgkin disease, some gastric carcinomas, T/NK lymphomas among others. EBV is also implicated in non-neoplasic disease such as hairy leukoplakia. This phenomenon is associated with the EBV infectious and oncogenic potential. Immature dendritic cells and T reg cells are important in this context. In neoplasic situations, this mechanism obstructs recognition and destruction of tumoral cells. The aim of this work was study, in four different situations of EBV infection, to knowledge, chronic tonsillitis, Hodgkins disease, hairy leukoplakia and nasopharynx carcinoma, the presence of immature dendritic cells and T reg cells, and also the role of cytokine MIP3 in the recruitment of these cells. In situ hybridization was performed for EBV detection and immunohistochemistry for dendritic cells and T reg cells detection and also for expression evaluation of MIP3 cytokine. In all the cases of Hodgkins disease, tonsillitis and nasopharynx carcinoma EBV+, a strong concentration of immature dendritic cells and T reg lymphocytes was observed. The MIP3 expression was more intense on EBV positive neoplasia and weak in cases of chronic tonsillitis. No MIP3 expression was observed in hairy leukoplakia. The concentration of immature dendritic cell and T reg lymphocyte is intimately connected with the presence of EBV positive-cells and MIP3 expression in Hodgkin disease associated to EBV and nasopharynx carcinoma, creating a microenvironment of immunosuppression in these neoplasias.
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Quantificação do Epstein-Barr Vírus (EBV) em sangue e saliva de pacientes soropositivos para o HIV, e sua relação com a Leucoplasia Pilosa / Quantification of Epstein-Barr Virus (EBV) in blood and saliva in HIV seropositive patients and its relation with oral hairy leukoplakia.

Rosseto, José Henrique Feijó 07 December 2010 (has links)
O Epstein-Barr Vírus (EBV) é um vírus da família Herpes (HHV-4), presente em grande parte da população mundial. É o agente etiológico da mononucleose infecciosa e da leucoplasia pilosa. A leucoplasia pilosa é uma doença epitelial benigna associada ao EBV, caracterizada pela reprodução replicativa do EBV nas células do epitélio oral, e é uma das mais freqüentes lesões oportunistas em pacientes HIV positivos, sendo menos freqüente apenas que a candidíase, com uma prevalência média entre 10 % e 30%. Por ser uma lesão oportunista bucal fortemente relacionada com a infecção pelo HIV e com a imunossupressão, seu diagnóstico é importante, pois pode sugerir o diagnóstico da infecção em pacientes de sorologia desconhecida para o HIV, e auxiliar no estadiamento da doença. Sua detecção e correto diagnóstico são de particular importância por essa condição estar relacionada à capacidade imune do paciente. Além disso, em pacientes já diagnosticados, ela é indicadora da progressão da doença e da eficácia da terapia antirretroviral. O objetivo desse estudo foi avaliar a presença e a quantidade do EBV na saliva e no sangue de pacientes infectados pelo HIV atendidos no CAPE-FOUSP, verificar a presença clínica de leucoplasia pilosa, estabelecendo a possibilidade da existência de vínculo entre a carga viral do EBV, a manifestação clínica da lesão e a carga viral do HIV. Também se buscou estabelecer relação entre o tipo de terapia antirretroviral em uso e a presença de leucoplasia pilosa, bem como estabelecer relação entre a carga viral do EBV na saliva e no sangue. Foram analisadas 20 lesões de leucoplasia pilosa, num total de 94 pacientes avaliados. Foi encontrada uma correlação positiva entre a Carga Viral do EBV no sangue e na saliva (p=0,001). Quanto maior a carga viral no sangue, maior a carga viral na saliva. Foi encontrada associação entre a Carga Viral do EBV na saliva e a presença de Leucoplasia Pilosa (p=0,045). Indivíduos com Leucoplasia Pilosa apresentam maior Carga Viral de EBV na saliva do que indivíduos sem essa lesão. Foi encontrada uma correlação positiva entre a Carga Viral do HIV e a Carga Viral do EBV na saliva (p=0,006) porém não no sangue. Quanto maior a carga viral de HIV, maior a carga viral do EBV na saliva. Foi encontrada correlação positiva entre a Carga Viral do EBV no sangue e as contagens de CD4 mais baixa registrada e a mais atual (p=0,028 e p=0,030 respectivamente). Quanto maior Carga Viral do EBV no sangue, maior a contagem de CD4. Não foi encontrada associação entre o tipo de medicação antirretroviral em uso e presença de lesão de leucoplasia pilosa. / The Epstein-Barr Virus (EBV) is a herpes virus family (HHV-4), is present in great part of the world population. It is the causative agent of infectious mononucleosis and oral hairy leukoplakia. Oral hairy leukoplakia is a benign epithelial disease associated with EBV, which is characterized by the replicative reproduction of EBV in oral epithelial cells, and is one of the most frequent opportunistic lesions in HIV positive patients, only less frequent than candidiasis, with an average prevalence between 10% and 30%. Being an opportunistic oral lesion strongly associated with HIV infection and immunosuppression, its diagnosis is important, because it may suggests the diagnosis of infection in patients of unknown HIV serology, and assist in the staging of the disease. Its detection and correct diagnosis are particularly important because this condition is related to the patient\'s immune capacity. Moreover, in patients already diagnosed, it is indicative of disease progression and effectiveness of antiretroviral therapy. The aim of this study was to evaluate the presence and quantity of EBV in saliva and blood of HIV-infected patients treated at the CAPE-FOUSP, verifying the presence of clinical OHL, establishing the possibility of the existence of a link between viral load and EBV, clinical manifestation of the lesion, and HIV viral load. It was also aimed to establish the relationship between the type of antiretroviral therapy in use and the presence of oral hairy leukoplakia, as well as establish the relationship between viral load of EBV in saliva and blood. We analyzed 20 lesions of oral hairy leukoplakia, a total of 94 patients. Found a positive correlation between viral load of EBV in blood and saliva (p = 0.001). The higher the viral load in blood, the higher the viral load in saliva. Association was found between viral load of EBV in saliva and the presence of oral hairy leukoplakia (p = 0.045).Individuals with oral hairy leukoplakia have a higher viral load of EBV in saliva than those without such injury. Found a positive correlation between viral load and HIV viral load of EBV in saliva (p = 0.006) but not in blood. The higher the viral load of HIV, the higher the viral load of EBV in saliva. A positive correlation was found between viral load of EBV in blood and CD4 counts the lowest recorded and most current (p = 0.028 and p = 0.030 respectively). The higher viral load of EBV in blood, increased CD4 count. No association was found between the type of antiretroviral medications in use and presence of oral hairy leukoplakia lesions.
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Quantificação do Epstein-Barr Vírus (EBV) em sangue e saliva de pacientes soropositivos para o HIV, e sua relação com a Leucoplasia Pilosa / Quantification of Epstein-Barr Virus (EBV) in blood and saliva in HIV seropositive patients and its relation with oral hairy leukoplakia.

José Henrique Feijó Rosseto 07 December 2010 (has links)
O Epstein-Barr Vírus (EBV) é um vírus da família Herpes (HHV-4), presente em grande parte da população mundial. É o agente etiológico da mononucleose infecciosa e da leucoplasia pilosa. A leucoplasia pilosa é uma doença epitelial benigna associada ao EBV, caracterizada pela reprodução replicativa do EBV nas células do epitélio oral, e é uma das mais freqüentes lesões oportunistas em pacientes HIV positivos, sendo menos freqüente apenas que a candidíase, com uma prevalência média entre 10 % e 30%. Por ser uma lesão oportunista bucal fortemente relacionada com a infecção pelo HIV e com a imunossupressão, seu diagnóstico é importante, pois pode sugerir o diagnóstico da infecção em pacientes de sorologia desconhecida para o HIV, e auxiliar no estadiamento da doença. Sua detecção e correto diagnóstico são de particular importância por essa condição estar relacionada à capacidade imune do paciente. Além disso, em pacientes já diagnosticados, ela é indicadora da progressão da doença e da eficácia da terapia antirretroviral. O objetivo desse estudo foi avaliar a presença e a quantidade do EBV na saliva e no sangue de pacientes infectados pelo HIV atendidos no CAPE-FOUSP, verificar a presença clínica de leucoplasia pilosa, estabelecendo a possibilidade da existência de vínculo entre a carga viral do EBV, a manifestação clínica da lesão e a carga viral do HIV. Também se buscou estabelecer relação entre o tipo de terapia antirretroviral em uso e a presença de leucoplasia pilosa, bem como estabelecer relação entre a carga viral do EBV na saliva e no sangue. Foram analisadas 20 lesões de leucoplasia pilosa, num total de 94 pacientes avaliados. Foi encontrada uma correlação positiva entre a Carga Viral do EBV no sangue e na saliva (p=0,001). Quanto maior a carga viral no sangue, maior a carga viral na saliva. Foi encontrada associação entre a Carga Viral do EBV na saliva e a presença de Leucoplasia Pilosa (p=0,045). Indivíduos com Leucoplasia Pilosa apresentam maior Carga Viral de EBV na saliva do que indivíduos sem essa lesão. Foi encontrada uma correlação positiva entre a Carga Viral do HIV e a Carga Viral do EBV na saliva (p=0,006) porém não no sangue. Quanto maior a carga viral de HIV, maior a carga viral do EBV na saliva. Foi encontrada correlação positiva entre a Carga Viral do EBV no sangue e as contagens de CD4 mais baixa registrada e a mais atual (p=0,028 e p=0,030 respectivamente). Quanto maior Carga Viral do EBV no sangue, maior a contagem de CD4. Não foi encontrada associação entre o tipo de medicação antirretroviral em uso e presença de lesão de leucoplasia pilosa. / The Epstein-Barr Virus (EBV) is a herpes virus family (HHV-4), is present in great part of the world population. It is the causative agent of infectious mononucleosis and oral hairy leukoplakia. Oral hairy leukoplakia is a benign epithelial disease associated with EBV, which is characterized by the replicative reproduction of EBV in oral epithelial cells, and is one of the most frequent opportunistic lesions in HIV positive patients, only less frequent than candidiasis, with an average prevalence between 10% and 30%. Being an opportunistic oral lesion strongly associated with HIV infection and immunosuppression, its diagnosis is important, because it may suggests the diagnosis of infection in patients of unknown HIV serology, and assist in the staging of the disease. Its detection and correct diagnosis are particularly important because this condition is related to the patient\'s immune capacity. Moreover, in patients already diagnosed, it is indicative of disease progression and effectiveness of antiretroviral therapy. The aim of this study was to evaluate the presence and quantity of EBV in saliva and blood of HIV-infected patients treated at the CAPE-FOUSP, verifying the presence of clinical OHL, establishing the possibility of the existence of a link between viral load and EBV, clinical manifestation of the lesion, and HIV viral load. It was also aimed to establish the relationship between the type of antiretroviral therapy in use and the presence of oral hairy leukoplakia, as well as establish the relationship between viral load of EBV in saliva and blood. We analyzed 20 lesions of oral hairy leukoplakia, a total of 94 patients. Found a positive correlation between viral load of EBV in blood and saliva (p = 0.001). The higher the viral load in blood, the higher the viral load in saliva. Association was found between viral load of EBV in saliva and the presence of oral hairy leukoplakia (p = 0.045).Individuals with oral hairy leukoplakia have a higher viral load of EBV in saliva than those without such injury. Found a positive correlation between viral load and HIV viral load of EBV in saliva (p = 0.006) but not in blood. The higher the viral load of HIV, the higher the viral load of EBV in saliva. A positive correlation was found between viral load of EBV in blood and CD4 counts the lowest recorded and most current (p = 0.028 and p = 0.030 respectively). The higher viral load of EBV in blood, increased CD4 count. No association was found between the type of antiretroviral medications in use and presence of oral hairy leukoplakia lesions.
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Linfomas Não Hodgkin (LNH) associados ao vírus Epstein Barr (EBV) em crianças transplantadas: caracterização de expressão viral e tratamento com o emprego de anticorpos Anti CD20 / Non-Hodgkin\'s Lymphoma (NHL) associated to Epstein Barr virus (EBV) in children who underwent organ transplantation: characterization of the viral expression and treatment with Anti-CD20 antibodies

Lafayette, Thereza Christina Sampaio 30 November 2015 (has links)
A doença linfoproliferativa pós transplante (DLPT) é a proliferação tecidual secundária mais comum em crianças submetidas a transplante de órgãos sólidos, e representa um espectro de proliferação linfoide clínica e morfologicamente heterogêneo que vai desde uma hiperplasia policlonal indolente até linfomas agressivos. Aproximadamente 80% das DLPT estão associadas ao vírus Epstein Barr (EBV) e é originaria de células B, entre 10 a 15% tem origem em células T e aproximadamente 1% em células natural killer. O status sorológico negativo para EBV pré transplante e o grau de imunossupressão são os fatores de risco de maior relevância para o desenvolvimento desta enfermidade. A apresentação clínica é diversa e sintomas constitucionais podem estar presentes simulando infecção e ou rejeição ao órgão transplantado. A confirmação do diagnóstico por exame histopatológico é, habitualmente, necessária e a hibridização in situ geralmente detecta as partículas de EBV nos tecidos examinados. A melhor opção terapêutica ainda não está definida e atualmente o tratamento consiste na redução da imunossupressão associada ao uso do anticorpo Anti CD20 e ou quimioterapia citotóxica além da terapia celular disponível em alguns centros. Este estudo teve por objetivos avaliar a resposta tumoral ao uso do anticorpo Anti CD20 na DLPT de células B EBV positivas pós transplante de órgãos sólidos, além de associar a neoplasia à eventual inclusão genômica de DNA/EBV na célula neoplásica. Foram analisados retrospectivamente os prontuários de vinte e três pacientes com até 18 anos incompletos admitidos na Unidade de Internação do Serviço de Onco- Hematologia do Instituto da Criança (ICR) e Instituto do Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) que desenvolveram DLPT CD20 positiva pós transplante de órgãos sólidos comprovada histologicamente entre 8 de março de 1995 e 13 de agosto de 2011. Todos foram submetidos à redução da imunossupressão, treze receberam Anti CD20 isolado, três Anti CD20 associado à quimioterapia citotóxica e sete pacientes não fizeram uso desta droga. A sobrevida global em dois anos dos pacientes que receberam Anti CD20 foi de 81,45% e quando comparada à sobrevida global de 37,5% dos que não receberam a droga revelou diferença estatística significativa (p=0,02). Todos os pacientes tiveram a detecção da proteína de latência viral de EBV Latent Membrane Protein1 (LMP1) na célula tumoral através da técnica de hibridização in situ realizada em blocos de parafina devidamente armazenados ao diagnóstico. A curta duração do tratamento com o Anti CD20, a toxicidade aceitável em relação às demais alternativas terapêuticas, a possibilidade de seu uso exclusivo, sua eficácia inclusive na doença de histologia agressiva e associação às demais alternativas de tratamento na doença refratária sugerem a inclusão desta droga no arsenal terapêutico atualmente disponível / Post-transplant lymphoproliferative disease (PTLD) is the most common secondary tissue proliferation that occurs in children after solid organ transplantation and represents a spectrum of clinical lymphoid proliferation and morphologic heterogeneity that goes from an indolent polyclonal hyperplasia to aggressive lymphomas. Approximately 80% of PTLD is associated with Epstein Barr virus (EBV) and is of B-cell origin, 10 to 15% of T-cells and approximately 1% of natural killer cells. EBV pretransplant seronegativity and the degree of immunosuppression are the most relevant risk factors for developing the disease. Clinical presentation is diverse and constitutional symptoms may simulate infection and/or organ transplanted rejection. Histopathologic examination is usually necessary to confirm diagnosis and, generally, in situ hybridization detects the EBV particles in examined tissues. The best treatment option is yet to be determined and the current treatment consists of immunosuppression reduction associated with the use of anti CD20 antibody and/or cytotoxic chemotherapy besides cell therapy only available in some centers. This study aimed to evaluate tumor response to the use of anti CD20 antibody in positive B-cell EBV PTLD after solid organ transplantation and the association of the neoplasia to the eventual inclusion of genomic EBV/DNA in the tumor cell. We retrospectively analyzed medical records of twenty-three patients under 18 years of age who were admitted to the inpatient unit of Serviço de Onco- Hematologia do Instituto da Criança (ICR) e Instituto do Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) who developed histologically proven CD20 positive pediatric PTLD after solid organ transplantation between 8 March 1995 and 13 August 2011. All patients were submitted to immunosuppression reduction, thirteen received isolated Anti CD20, three Anti CD20 associated with cytotoxic chemotherapy and seven patients did not use this drug. The estimated 2-year overall survival rates of patients who received anti CD20 was 81.45% and when compared to the overall survival rates of those who did not receive the drug it was 37, 5%, showing a statistically significant difference (p = 0.02). All patients had the Epstein-Barr virus latency protein (latent membrane protein1 - LMP1) detected in tumor paraffin embedded stored at diagnosis by the in situ hybridization technic. The short duration of the Anti CD20 treatment, its acceptable toxicity compared to other therapeutic alternatives, the possibility of its exclusive use, its effectiveness in aggressive histology disease and the association with other treatment alternatives in refractory disease, suggest this drug inclusion to the currently available therapeutic arsenal
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Linfomas Não Hodgkin (LNH) associados ao vírus Epstein Barr (EBV) em crianças transplantadas: caracterização de expressão viral e tratamento com o emprego de anticorpos Anti CD20 / Non-Hodgkin\'s Lymphoma (NHL) associated to Epstein Barr virus (EBV) in children who underwent organ transplantation: characterization of the viral expression and treatment with Anti-CD20 antibodies

Thereza Christina Sampaio Lafayette 30 November 2015 (has links)
A doença linfoproliferativa pós transplante (DLPT) é a proliferação tecidual secundária mais comum em crianças submetidas a transplante de órgãos sólidos, e representa um espectro de proliferação linfoide clínica e morfologicamente heterogêneo que vai desde uma hiperplasia policlonal indolente até linfomas agressivos. Aproximadamente 80% das DLPT estão associadas ao vírus Epstein Barr (EBV) e é originaria de células B, entre 10 a 15% tem origem em células T e aproximadamente 1% em células natural killer. O status sorológico negativo para EBV pré transplante e o grau de imunossupressão são os fatores de risco de maior relevância para o desenvolvimento desta enfermidade. A apresentação clínica é diversa e sintomas constitucionais podem estar presentes simulando infecção e ou rejeição ao órgão transplantado. A confirmação do diagnóstico por exame histopatológico é, habitualmente, necessária e a hibridização in situ geralmente detecta as partículas de EBV nos tecidos examinados. A melhor opção terapêutica ainda não está definida e atualmente o tratamento consiste na redução da imunossupressão associada ao uso do anticorpo Anti CD20 e ou quimioterapia citotóxica além da terapia celular disponível em alguns centros. Este estudo teve por objetivos avaliar a resposta tumoral ao uso do anticorpo Anti CD20 na DLPT de células B EBV positivas pós transplante de órgãos sólidos, além de associar a neoplasia à eventual inclusão genômica de DNA/EBV na célula neoplásica. Foram analisados retrospectivamente os prontuários de vinte e três pacientes com até 18 anos incompletos admitidos na Unidade de Internação do Serviço de Onco- Hematologia do Instituto da Criança (ICR) e Instituto do Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) que desenvolveram DLPT CD20 positiva pós transplante de órgãos sólidos comprovada histologicamente entre 8 de março de 1995 e 13 de agosto de 2011. Todos foram submetidos à redução da imunossupressão, treze receberam Anti CD20 isolado, três Anti CD20 associado à quimioterapia citotóxica e sete pacientes não fizeram uso desta droga. A sobrevida global em dois anos dos pacientes que receberam Anti CD20 foi de 81,45% e quando comparada à sobrevida global de 37,5% dos que não receberam a droga revelou diferença estatística significativa (p=0,02). Todos os pacientes tiveram a detecção da proteína de latência viral de EBV Latent Membrane Protein1 (LMP1) na célula tumoral através da técnica de hibridização in situ realizada em blocos de parafina devidamente armazenados ao diagnóstico. A curta duração do tratamento com o Anti CD20, a toxicidade aceitável em relação às demais alternativas terapêuticas, a possibilidade de seu uso exclusivo, sua eficácia inclusive na doença de histologia agressiva e associação às demais alternativas de tratamento na doença refratária sugerem a inclusão desta droga no arsenal terapêutico atualmente disponível / Post-transplant lymphoproliferative disease (PTLD) is the most common secondary tissue proliferation that occurs in children after solid organ transplantation and represents a spectrum of clinical lymphoid proliferation and morphologic heterogeneity that goes from an indolent polyclonal hyperplasia to aggressive lymphomas. Approximately 80% of PTLD is associated with Epstein Barr virus (EBV) and is of B-cell origin, 10 to 15% of T-cells and approximately 1% of natural killer cells. EBV pretransplant seronegativity and the degree of immunosuppression are the most relevant risk factors for developing the disease. Clinical presentation is diverse and constitutional symptoms may simulate infection and/or organ transplanted rejection. Histopathologic examination is usually necessary to confirm diagnosis and, generally, in situ hybridization detects the EBV particles in examined tissues. The best treatment option is yet to be determined and the current treatment consists of immunosuppression reduction associated with the use of anti CD20 antibody and/or cytotoxic chemotherapy besides cell therapy only available in some centers. This study aimed to evaluate tumor response to the use of anti CD20 antibody in positive B-cell EBV PTLD after solid organ transplantation and the association of the neoplasia to the eventual inclusion of genomic EBV/DNA in the tumor cell. We retrospectively analyzed medical records of twenty-three patients under 18 years of age who were admitted to the inpatient unit of Serviço de Onco- Hematologia do Instituto da Criança (ICR) e Instituto do Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) who developed histologically proven CD20 positive pediatric PTLD after solid organ transplantation between 8 March 1995 and 13 August 2011. All patients were submitted to immunosuppression reduction, thirteen received isolated Anti CD20, three Anti CD20 associated with cytotoxic chemotherapy and seven patients did not use this drug. The estimated 2-year overall survival rates of patients who received anti CD20 was 81.45% and when compared to the overall survival rates of those who did not receive the drug it was 37, 5%, showing a statistically significant difference (p = 0.02). All patients had the Epstein-Barr virus latency protein (latent membrane protein1 - LMP1) detected in tumor paraffin embedded stored at diagnosis by the in situ hybridization technic. The short duration of the Anti CD20 treatment, its acceptable toxicity compared to other therapeutic alternatives, the possibility of its exclusive use, its effectiveness in aggressive histology disease and the association with other treatment alternatives in refractory disease, suggest this drug inclusion to the currently available therapeutic arsenal

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