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Avaliação do equilíbrio em pacientes com esclerose múltipla / Balance evaluation in Multiple Sclerosis patients

Bruna Antinori Passeggio Vignola 17 July 2014 (has links)
As alterações do equilíbrio postural representam um dos principais sintomas relatados pelos pacientes com Esclerose Múltipla (EM), surgem logo no início da doença em pacientes minimamente comprometidos e são consideravelmente incapacitantes . Esses déficits são muitas vezes pouco valorizados pelas avaliações clínicas neurológicas convencionais. Os objetivos desse estudo foram descrever as alterações de equilíbrio em pacientes com diagnóstico de EM e diferenciar as alterações clínicas entre pacientes com e sem queixa de desequilíbrio. Foram avaliados 98 pacientes, classificados através da Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) entre 0 e 4,5. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com a presença da queixa de desequilíbrio (Grupo sem queixa - GS; Grupo com queixa - GQ). O protocolo de avaliação constou de escalas observacionais do equilíbrio (Escala de equilíbrio de BERG: EEB e Índice de marcha dinâmica: DGI), avaliação da percepção de vertical visual subjetiva (VVS), Escala de Severidade da Fadiga (FSS) e através do Inventário Beck de Depressão (BDI). Os grupos GS e GQ foram compostos por 49 pacientes cada um. Não houve diferença estatística na idade dos indivíduos entre os grupos, porém encontramos diferença significativa entre o tempo de diagnóstico da EM entre ambos. Foram encontradas diferenças significativas entre GS e GQ para os valores de EDSS, no entanto ambos os grupos permaneceram dentro da classificação de incapacidade leve da escala. Esse dado reforça a ideia de que o EDSS é insensível para detectar déficits funcionais sutis. Também foram encontradas diferenças significativas nos testes clínicos de equilíbrio, refletindo que o GQ apresenta pior equilíbrio estático e dinâmico, EEB e DGI, respectivamente. O GQ apresentou pior percepção da vertical gravitacional, VVS, com valor estatisticamente significativo, além de um pior relato nas avaliações de fadiga (FSS), e depressão (BDI). Adicionalmente, observamos correlações negativas significantes entre os valores de EDSS os testes de equilíbrio (EEB e DGI), e correlações positivas significantes entre o EDSS e a avaliação da VVS e FSS. Não observamos correlação entre o EDSS e BDI. A relação entre o teste da VVS e os testes observacionais do equilíbrio também se mostrou estatisticamente significante. Os resultados do nosso estudo evidenciaram que vários aspectos devem ser considerados para caracterizarmos adequadamente as alterações de equilíbrio em indivíduos com EM. Os testes clínicos do equilíbrio postural e a avaliação da fadiga devem ser adicionados à avaliação funcional de pacientes com EM, permitindo dessa forma, que os déficits funcionais mais sutis sejam detectados. Nenhum teste clínico isolado é capaz de avaliar com precisão tais alterações. Sendo assim, concluímos que os testes propostos contemplam a avaliação da complexa rede de informações responsáveis pela manutenção do controle postural e contribuem para a melhor caracterização das alterações do equilíbrio postural na EM, facilitando a elaboração de protocolos individuais de reabilitação física e o seguimento do curso clínico da doença. / Abnormal balance in patients with Multiple Sclerosis (MS) represents one of the major symptoms reported and emerging since the onset of the disease in MS patients with subtle impairments. These deficits are usually underestimated by common neurological clinical evaluation. In this study, our objective was to report balance alteration in MS patients and distinguish clinical alterations between MS patients with and without balance disorders complaints. Ninety eight MS patients were evaluated, with Expanded Disability Status Scale (EDSS) score between 0 and 4.5. Patients were divided into two groups according to their complaint about balance disorders (Without complaint - GS; with complaint - GQ). Patients were evaluated by qualitative balance assessments (Berg Balance Scale - BERG and Dynamic Gait Index - DGI), perception of subjective visual vertical test (SVV), fatigue severity scale (FSS) and Beck depression inventory (BDI). Both groups were constituted by forty-nine patients. GQ patients had higher EDSS score than GS patients, however, both were classified with mild impairments by the scale. These data reinforce the concept that EDSS is not sensitive to detect subtle impairments. GQ had worse performance in balance clinical tests (BERG and DGI) than GS patients. They had also worse perception of verticality and high levels of fatigue and depression than patients without balance disorders complaints. In addition, significant correlations were found between EDSS and BERG, DGI, SVV test and FSS. EDSS and BDI were not significantly correlated. These results showed that several clinical features must be considered to characterize balance disorders in MS. Balance clinical assessments and fatigue evaluation must be added to functional classification, allowing subtle impairments to be detected. Better characterization of balance disorders in MS improves the development of individual rehabilitation programs and allows the clinical course of disease follow-up
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Controle tardio da inflamação em esclerose múltipla em pacientes tratados com transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas / Late control of inflammation in multiple sclerosis in patients treated with autologous hematopoietic stem cell transplantation

Lara Zupelli Lauar 05 June 2017 (has links)
A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante inflamatória crônica recorrente, restrita ao sistema nervoso central (SNC), cuja característica histológica é a ocorrência de desmielinização relacionada com infiltrado inflamatório perivenular com relativa preservação axonal. A forma clássica da doença se caracteriza pela recorrência de ataques (surtos), seguidos de remissão dos sintomas (RRMS), com a presença de múltiplas lesões focais dispersas pelo SNC (dissociação espacial) com processo inflamatório exuberante na fase aguda, coexistindo com lesões crônicas (dissociação temporal) sem atividade inflamatória evidenciavel pela quebra de barreira hematoencefálica e realce na fase contrastada na imagem de ressonância magnética (MRI). Alguns pacientes tem uma evolução benigna, permanecendo livre de sequelas significativas por mais de 20 anos da doença. Outros pacientes têm uma forma agressiva da doença, ficando restritos à cadeira de rodas em 8 a 10 anos de evolução. Um desafio é modificar o curso desta forma agressiva, o que pode ser feito com o uso de imunomoduladores, quimioterápicos e, eventualmente, transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas (aHSCT). O objetivo da utilização do aHSCT é a restauração da atividade imunológica livre dos ataques à mielina (\"autoimune reset\"). Uma das maneiras de se monitorar a eficácia do tratamento é a identificação da ocorrência de novas lesões e de lesões com reforço visíveis em exames de RM seriados. Objetivo: Testar a hipótese de que o tratamento de pacientes com EM, utilizando AHSCT, foi eficaz em evitar a recorrência de inflamação e o aparecimento de novas lesões visíveis na SB ao exame de MRI, a longo prazo. Resultados: Na nossa Instituição, cerca de 66 pacientes portadores de EM foram tratados com aHSCT no período de 2004 a 2011, sendo seguidos desde então pelas disciplinas de hematologia, neurologia/neuroimunologia e pela seção de RM do CCIFM-HCRP. Método: Foram revisados os exames de RM de encéfalo adquiridos de maneira prospectiva e protocolada, de 76 pacientes submetidos ao aHSCT, com seguimento por MRI há mais de cinco anos. As imagens de RM foram arquivadas nos servidores do CCIFM, foram recuperadas, anonimizadas e revistas por pelo menos dois radiologistas experientes, de maneira independente e por confrontação. Foi considerada falha terapêutica a identificação de lesões novas e/ou lesões com reativação inflamatória. Resultados: Dez pacientes foram excluídos. Doze pacientes (18,18%) apresentaram novas lesões ou recorrência do processo inflamatório, com reforço. Conclusão: Na nossa amostra o aHSCT foi capaz de controlar a recorrência de lesões e da atividade inflamatória perceptível na RM em mais de 87% dos casos, caracterizando uma importante opção terapêutica de segunda linha nos casos de maior agressividade da doença / Multiple sclerosis (MS) is a recurrent chronic inflammatory demyelinating disease, restricted to the central nervous system (CNS), whose histological feature is the occurrence of perivenular inflammatory infiltrate, leading to demyelination with relative axonal preservation. The classic form of the disease is characterized by the recurrence of attacks (outbreaks), followed by remission of symptoms (RRMS), with the presence of multiple focal lesions dispersed by the CNS (spatial dissociation) with exuberant inflammatory process in the acute phase, coexisting with chronic lesions (Temporal dissociation) without inflammatory activity evidenced by the breakdown of blood-brain barrier and contrast-enhanced contrast-enhanced magnetic resonance imaging (MRI). Some patients have a benign course, remaining free of significant sequelae for more than 20 years of the disease. Other patients have an aggressive form of the disease, being restricted to the wheelchair in 8 to 10 years of evolution. One challenge is to modify the course in this aggressive way, which can be done with the use of immunomodulators, chemotherapeutics and, eventually, autologous hematopoietic stem cell transplantation (aHSCT). The goal of using aHSCT is to restore immune activity free of myelin attacks (\"autoimmune reset\"). One of the ways to monitor treatment efficacy is to identify the occurrence of new lesions and visible reinforcing lesions on serial MRI scans. Objective: To test the hypothesis that the treatment of patients with MS using AHSCT was effective in avoiding the recurrence of inflammation and the appearance of new visible lesions in SB at the long-term examination of MRI. Results: At our institution, approximately 66 patients with MS were treated with aHSCT from 2004 to 2011, followed by the hematology, neurology / neuroimmunology and MRI sections of the CCIFM-HCRP. Methods: Brain and MRI scans acquired in a prospective and protocolized way from 76 patients who underwent aHSCT were followed up with MRI for more than five years. The MR images were archived on the CCIFM servers, retrieved, anonymised and reviewed by at least two experienced radiologists, independently and by confrontation. The identification of new lesions and / or lesions with inflammatory reactivation was considered therapeutic failure. Results: Ten patients were excluded. Twelve patients (18.18%) presented new lesions or recurrence of the inflammatory process, with reinforcement. Conclusion: In our sample, aHSCT was able to control the recurrence of lesions and the inflammatory activity detected in MRI in more than 87% of the cases, characterizing an important second line therapeutic option in the cases of greater aggressiveness of the disease.
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Síntese de derivados do ácido quínico, genisteína e cluvenona, potenciais agentes antimicrobianos, antitumorais e contra a esclerose múltipla

Rezende Júnior, Celso de Oliveira 18 July 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-02-25T13:51:08Z No. of bitstreams: 1 celsodeoliveirarezendejunior.pdf: 4187877 bytes, checksum: e397d45f85368ea5d9904f085b86462e (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-03-03T13:29:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 celsodeoliveirarezendejunior.pdf: 4187877 bytes, checksum: e397d45f85368ea5d9904f085b86462e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-03T13:29:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 celsodeoliveirarezendejunior.pdf: 4187877 bytes, checksum: e397d45f85368ea5d9904f085b86462e (MD5) Previous issue date: 2014-07-18 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Neste trabalho são descritas as sínteses e avaliações biológicas de diferentes classes de compostos orgânicos e está dividido em três capítulos. O primeiro deles descreve a síntese de derivados da genisteína com distintas propriedades físico-químicas, a fim de avaliar a influência dessas propriedades na atividade biológica contra a esclerose múltipla. Foram sintetizados compostos condensados a carboidratos derivados da D-glicose e D-galactose e derivados lipofílicos com cadeias alquila ou acila lineares de doze ou quatorze carbonos. Esses compostos foram submetidos a ensaios de citotoxicidade e anti-inflamatórios in vitro e os compostos mais ativos foram avaliados quanto a sua atividade na modulação da resposta imune in vivo no modelo de encefalomielite auto-imune experimental (EAE). Na síntese dos drivados éteres verificaram-se diferentes reatividades: os compostos com cadeias alquila lineares foram obtidos em rendimentos melhores, seguido dos derivados da D-glicose e D-galactose, respectivamente. A regiosseletividade obtida na síntese dos derivados éteres foi sugerida por nOe, enquanto que nos derivados ésteres foi sugerida por RMN de 1H. Os ensaios biológicos revelaram que todos os compostos apresentaram atividade in vitro e os derivados de carboidrato foram mais citotoxicicos que os derivados com cadeias lipofílicas lineares. Após os ensaios in vivo, o composto 13 foi considerado um protótipo para o tratamento da esclerose múltipla. O segundo capítulo descreve a síntese e avaliação das propriedades antimicrobianas de surfactantes derivados do ácido quínico condensados a diaminas N-alquiladas, variando-se o tamanho da cadeia alquila (parte apolar) e a estrutura do ácido quínico (parte polar), estabelecendo-se uma relação estrutura e atividade. Foram sintetizados 32 compostos através de reações de amidação entre uma lactona derivada do ácido quínico com diaminas Nalquiladas em rendimentos satisfatórios. 17 compostos apresentaram atividades semelhantes ou melhores do que a droga de referência. Também estão sendo realizados alguns ensaios antiparasitários e anti-inflamatórios com esses compostos. O terceiro capítulo descreve a síntese e avaliação das propriedades antitumorais de derivados de xantonas Garcinia, especificamente de cluvenona. Foram sintetizados diversos compostos com grupos retiradores e doadores de eletróns, hidrofílicos e contendo a unidade sal de trifenilfosfônio no anel A de hidroxicluvenonas, que auxiliarão no entendimento da relação estrutura e atividade para essa classe de compostos. Sintetizou-se também um composto derivado da 6- hidroxicluvenona condensada com o BODIPY com potencial atividade antitumoral e propriedades fluorescentes com o objetivo de realizar estudos de localização celular e mecanismo de ação. A etapa chave para a síntese desses compostos foi uma reação em cascata de Claisen/Diels-Alder. / In this work the synthesis and biological evaluation of different classes of organic compounds are described and it is divided into three chapters. The first chapter describes the synthesis of genistein derivatives with different physicochemical properties in order to assess the influence of these properties in biological activity against multiple sclerosis. Carbohydrate derivatives from D-glucose and D-galactose and compounds condensed with lipophilic alkyl or acyl linear chains of twelve or fourteen carbons were synthesized. Cytotoxicity and anti-inflammatory activities in vitro were performed and the most active compounds were evaluated in modulating the immune response in vivo model of experimental autoimmune encephalomyelitis. Reactivity of ethers derivatives was different: compounds with linear alkyl chains were obtained in higher yields, followed by the derivatives of D-glucose and D-galactose, respectively. The regioselectivity obtained in the synthesis of ether derivatives were suggested by nOe, while the ester derivatives were suggested by 1H NMR. All compounds showed in vitro activity and carbohydrate derivatives were more cytotoxic than lipophilic derivatives. After in vivo tests, compound 13 was considered a prototype for the treatment of multiple sclerosis. The second chapter describes the synthesis and evaluation of the antimicrobial properties of surfactants derived from quinic acid (popar part) condensates with N-alkylated diamines (nonpolar part). The size of the alkyl chain and the structure of quinic acid were altered, settling a relationship structure and activity. 32 compounds were synthesized by amidation reactions between a lactone derivative of quinic acid with N-alkylated diamines in satisfactory yields. 17 of these compounds showed equal or better equal activities than the drug reference. Some antiparasitic and anti-inflammatory tests are also being conducted for these compounds. The third chapter describes the synthesis and evaluation of antitumoral properties of derivatives of Garcinia xanthones, specifically cluvenone. Several compounds were synthesized with electron withdrawing and donors groups, containing hydrophilic and the triphenylphosphonium salt unit in the A ring of hidroxicluvenonas. These compounds will help in understanding the structure and activity relationship for this class of compounds. A BODIPY Hydroxicluvenone conjugate compound with potential antitumor activity and fluorescent properties was synthesized with the aim of studying the cellular location and mechanism of action. The key step for the synthesis of these compounds was a reaction cascade Claisen / Diels-Alder reaction.
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Avaliação do efeito de derivados lipofílicos da genisteína na ativação de macrófagos in vitro e na modulação da resposta imune no modelo de EAE

Castro, Sandra Bertelli Ribeiro de 08 December 2011 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-05-19T11:27:30Z No. of bitstreams: 1 sandrabertelliribeirodecastro.pdf: 21642592 bytes, checksum: ba2c7d8539f06b1e9a8e8f3ca1c34c08 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-05-19T14:40:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 sandrabertelliribeirodecastro.pdf: 21642592 bytes, checksum: ba2c7d8539f06b1e9a8e8f3ca1c34c08 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-19T14:40:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sandrabertelliribeirodecastro.pdf: 21642592 bytes, checksum: ba2c7d8539f06b1e9a8e8f3ca1c34c08 (MD5) Previous issue date: 2011-12-08 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / A Esclerose Múltipla (EM) caracteriza-se por ser uma doença inflamatória crônica desmielinizante do Sistema Nervoso Central (SNC), que afeta aproximadamente um milhão de pessoas em todo o mundo. Entre os agentes terapêuticos aprovados atualmente para o tratamento da EM podemos citar o interferon beta (IFN-β) e o acetato de glatirâmer, entretanto, estes agentes não promovem a cura da doença ou a recuperação total dos pacientes que estão em fase avançada. Diversos estudos demonstram a propriedade que os hormônios sexuais, como o estradiol e progesterona possuem em diminuir a gravidade da Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE). Estruturalmente, as isoflavonas compartilham muitas similaridades com os estrógenos endógenos. Estudos realizados com genisteína mostram os efeitos benéficos deste isoflavonóide na EAE. Entretanto, alguns fatores limitam sua aplicação clínica, como por exemplo, sua rápida excreção e declínio dos níveis séricos, sendo que estas características podem estar relacionadas à sua estrutura química. Dentro deste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de sete derivados lipofílicos da genisteína na modulação da resposta in vitro de macrófagos murinos J774.A1 ativados com lipopolissacarídeo e IFN-g, e verificar a atuação de um análogo selecionado na etapa in vitro na modulação da resposta imune in vivo no modelo de EAE. Na etapa in vitro foi avaliada a citotoxicidade dos compostos, no sobrenadante da cultura foram dosados óxido nítrico, IL-12 e TNF-α. Na etapa in vivo foi investigado o uso do derivado da genisteína 3 (7-Otetradecanoil-genisteína – TDG) na evolução da EAE induzida em camundongos C57Bl/6 através da aplicação do MOG35–55. No 14° dia após a indução com o MOG, os camundongos foram tratados com TDG por sete dias. No 21° dia após a indução, as porcentagens de células mononucleares isoladas de cérebro expressando marcadores de superfície (CD4+, CD3+ e CTLA-4) e produzindo citocinas IL- 17+CD4+, IL-10+CD4+ ou fator de transcrição Foxp3+CD4+ foram determinadas por citometria de fluxo. A concentração de IL-6, IFN-γ e IL-10 em macerado de cérebro e medula foram determinadas por ELISA. As análises histológicas de cérebro e medulas foram realizadas por coloração de Hematoxilina e Eosina. Os resultados apresentados indicam que a modificação estrutural da genisteína originou derivados não citotóxicos, com elevada capacidade de inibir a concentração de IL-12. Entretanto, estes derivados da genisteína não foram capazes de inibir TNF-α. A produção de NO foi significativamente inibida pelos derivados monoésteres (2,3) e monoéter (6,7) de maneira dose-dependente. Os dados obtidos in vivo indicam que o tratamento com o TDG melhora os sinais clínicos da EAE e isto pode ser correlacionado com uma redução na porcentagem de células produzindo IL-17 e um aumento de células Foxp3+CD4+ no cérebro. Além disso, o tratamento com o TDG aumentou a liberação de IL-10 e a expressão de CTLA-4 além de reduzir a liberação de IFN-γ e IL-6. Desta forma, os dados sugerem um papel imunomodulatório do TDG na EAE e possivelmente na EM / Multiple Sclerosis (MS) is a severe and disabling chronic autoimmune inflammatory demyelinating disease of the central nervous system (CNS), that affect around one million people at entire world. Among the therapeutic agents currently approved for the treatment of MS can be cited the interferon beta (IFN-β) and the glatiramer acetate, however, these agents do not promote the cure or full recovery of patients in advanced stages. Several studies showed that hormones, such as estradiol and progesterone, could reduce the severity of experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE). The isoflavones share many structural similarities with endogenous estrogens. Studies with genistein showed the beneficial effects of isoflavones in EAE. However, the chemical structure of genistein has characteristics that limit its clinical application, such as rapid excretion and decreased serum levels. This study aimed evaluate the effect of seven lipophilic derivatives of genistein in the modulation of in vitro response of murine J774A.1 macrophages activated with lipopolysaccharide and IFN-g, and verify the performance of one in vitro selected analogue on modulating in vivo the immune response in EAE. The lipophilic derivatives were evaluated in LPS+IFN-g-activated J774A.1 macrophage cultures to their effects on cytotoxicity and nitric oxide, IL-12 and TNF-α production. The effects of the selected genistein derivative 3 (7-O-genistein-tetradecanoil - TDG) on the development of EAE induced in C57BL/6 mice immunized with MOG35-55 were performed. At 14th day after induction, mice were treated with TDG for seven days. At 21st day the percentage of mononuclear cells isolated from brains expressing CD4+, CD3+, CTLA-4+ and Foxp3+ and producing IL-17+ and IL-10+ were determined by flow cytometry. The concentration of IL-6, IFN-g and IL-10 in brain and spinal cord were determined by ELISA. Histological analysis of brain and spinal cord were performed by hematoxylin and eosin staining. The results showed that the modification of genistein enables the generation of non-cytotoxic compounds with increased IL-12 inhibition, despite of failed TNF-α inhibition. The NO production was inhibited by the monoester (2,3) and monoether (6,7) compounds in a dose-dependent manner. The in vivo data indicated that treatment with TDG improved the clinical signs of EAE which can be correlated with a reduction in the percentage of cells producing IL-17 and the increment of Foxp3+CD4+ cell population at brain. Furthermore, treatment with TDG increased the release of IL-10 and expression of CTLA-4 and reduced the release of IFN-g and IL-6. Altogether, the data suggest an immunomodulatory role of the TDG in EAE and possibly MS.
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Avaliação da resposta imune inata no desenvolvimento do modelo de Encefalomielite Autoimune Experimental (EAE)

Evangelista, Marcilene Gomes 06 March 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-21T17:31:58Z No. of bitstreams: 1 marcilenegomesevangelista.pdf: 1574607 bytes, checksum: acb74a623ce9dd5bb6068182a1172534 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-08-07T19:11:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 marcilenegomesevangelista.pdf: 1574607 bytes, checksum: acb74a623ce9dd5bb6068182a1172534 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-07T19:11:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 marcilenegomesevangelista.pdf: 1574607 bytes, checksum: acb74a623ce9dd5bb6068182a1172534 (MD5) Previous issue date: 2013-03-06 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crônica e desmielinizante do sistema nervoso central (SNC). É na maioria dos casos grave e incapacitante, afetando cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo mundo. Encefalomielite autoimune experimental (EAE) é um modelo murino de doença autoimune, mediada por linfócitos Th1 e Th17, desenvolvido para o estudo da EM. O protocolo de indução do modelo utiliza o adjuvante completo de Freund (CFA) que contem padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs) que se ligam aos receptores Toll-like (TLRs), expressos em células apresentadoras de antígeno (APC), cruciais para ativação dos linfócitos T. Estes receptores são necessários à indução da EAE, ativando vias de sinalização nas células da imunidade inata e adaptativa, que podem induzir a produção de mediadores pró-inflamatórios, responsáveis pela lesão no SNC, ou mediadores anti-inflamatórios, que podem participar da regulação da doença. O presente estudo avaliou a resposta imune inata na fase inicial de desenvolvimento da EAE em camundongos C57BL/6 imunizados com o peptídeo MOG35-55 (glicoproteína mielínica de oligodendrócitos) e CFA (grupo EAE) ou somente CFA (grupo MOG negativo). Os animais foram sacrificados nos dias 2, 4 e 7 após a indução do modelo. Os linfonodos inguinais e a medula espinhal foram removidos e submetidos à análise histológica, dosagens de citocinas e quimiocinas, assim como avaliação da expressão dos TLRs. Os resultados obtidos indicaram que somente os animais do grupo EAE desenvolveram sinais clínicos da doença. Este grupo também apresentou intenso infiltrado celular na medula espinal no 7º dia após a indução, níveis elevados de quimiocinas CCL5 e CCL20 e citocinas IL-6, IL-12, IL-1β, TNF-α, IFN-γ, IL-17, IL-10 e TGF- β no SNC, além de maior número de APCs expressando TLR3, TLR4 e TLR9. Desta forma, estes dados sugerem que a expressão dos TLRs e a produção das citocinas pró-inflamatórias mostram-se como sendo fatores críticos para a indução da EAE e, o aumento de padrões anti-inflamatórios, ainda nos pontos iniciais do desenvolvimento da doença, sugere o uso destes padrões, como mecanismos de regulação do modelo experimental e, possivelmente da EM. / Multiple sclerosis (MS) is an inflammatory, chronic demyelinating disease of the central nervous system (CNS). It is in most cases severe and disabling, affecting about 2.5 million people worldwide. Experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE) is a murine model of autoimmune disease mediated by Th1 and Th17 lymphocytes developed for studying MS. The induction protocol model uses the complete Freund's adjuvant (CFA) containing the pathogen associated molecular patterns (PAMPs) that bind to Toll-like receptors (TLRs) expressed on antigen presenting cells (APC), crucial for activation T lymphocytes. These receptors are necessary for the induction of EAE by activating signal pathways in cells of the innate and adaptive immunity, which can induce the production of pro-inflammatory mediators responsible for the CNS lesions or anti-inflammatory mediators that can participate in the regulation of disease. The present study evaluated the innate immune response in the initial phase of development of EAE in C57BL/6 mice immunized with MOG35-55 peptide (myelin oligodendrocyte glycoprotein) and CFA (group EAE) or CFA alone (group MOG negative). The animals were sacrificed on days 2, 4 and 7 after induction model. The inguinal lymph nodes and spinal cord were removed and subjected to histological, serum cytokines and chemokines, as well as evaluating the expression of TLRs. The results showed that only animals of group EAE developed clinical signs of disease. This group also showed an intense cellular infiltrate in the spinal cord on day 7 after induction, high levels of chemokines CCL5 and CCL20 and cytokines IL-6, IL-12, IL-1β, TNF-α, IFN-γ, IL-17, IL-10 and TGF-β in the CNS, and increased number of APCs expressing TLR3, TLR4 and TLR9. Thus, these data suggest that expression of TLRs and production of pro-inflammatory cytokines are shown as being critical for the induction of EAE, and increased anti-inflammatory patterns, still in the initial points of development of the disease, suggests the use of these patterns as regulation mechanisms of the experimental model and possibly the MS.
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Comparação da eletroestimulação transcutânea do nervo tibial e eletroestimulação intravaginal no tratamento dos sintomas do trato urinário inferior em mulheres com esclerose múltipla / Comparison of transcutaneous tibial nerve stimulation and intravaginal neuromuscular electrical stimulation in the treatment of lower urinary tract symptoms in women with multiple sclerosis

Lúcio, Adélia Correia, 1982- 24 August 2018 (has links)
Orientador: Carlos Arturo Levi D'Ancona / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T18:45:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lucio_AdeliaCorreia_D.pdf: 1271743 bytes, checksum: 0b9b6397ac1c0ba8278df2217374c852 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Objetivos: O objetivo do presente estudo foi comparar as duas modalidades de eletroterapia mais utilizadas na prática clínica para o tratamento de sintomas do trato urinário inferior (STUI), a eletroestimulação transcutânea do nervo tibial e eletroestimulação intravaginal, em mulheres com esclerose múltipla (EM) bem como investigar a influência na função sexual e Qualidade de Vida (QV). Métodos: Foi realizado um ensaio clínico prospectivo, randomizado e cego, composto por trinta mulheres com EM e STUI alocadas aleatoriamente em um dos três grupos e foram tratadas durante 12 semanas: Grupo I: treinamento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) com biofeedback eletromiográfico (EMG) e eletroestimulação placebo (GI, n= 10), Grupo II: treinamento dos MAP com biofeedback EMG e eletroestimulação intravaginal (GII, n= 10), Grupo III: treinamento dos MAP com biofeedback EMG e eletroestimulação transcutânea do nervo tibial (GIII, n= 10). As avaliações, realizadas antes e após o tratamento, foram: teste do absorvente de 24 horas, diário miccional de três dias, função dos MAP de acordo com o esquema PERFECT, tônus e habilidade de relaxamento dos MAP, flexibilidade da abertura vaginal e estudo urodinâmico que avaliou a capacidade cistométrica máxima, complacência da bexiga, amplitude máxima da hiperatividade detrusora, fluxo máximo (Qmax), pressão do detrusor no Qmax e volume residual pós-miccional. Foram utilizados os questionários: OAB-V8, ICIQ-SF, Qualiveen e, o questionário de sexualidade, FSFI. Resultados: Após o tratamento, todos os grupos apresentaram redução no peso dos absorventes e redução dos episódios de urgência e urge incontinência. Apresentaram melhora em todos os domínios do esquema PERFECT, diminuição da pontuação dos questionários OAB-V8, ICIQ-SF e aumento na pontuação dos domínios excitação, lubrificação vaginal, satisfação no escore total do questionário FSFI. GII melhorou significantemente quando comparado à GI e GIII em relação ao tônus, flexibilidade e capacidade de relaxamento dos MAP e na pontuação do questionário OAB-V8. Conclusão: Os resultados sugerem que o treinamento dos MAP isoladamente ou em combinação com a eletroestimulação transcutânea do nervo tibial ou eletroestimulação intravaginal é eficaz no tratamento de STUI e função sexual de mulheres com EM, sendo que a combinação do treinamento dos MAP com a eletroestimulação intravaginal oferece vantagens adicionais na redução do tônus muscular e STUI / Abstract: Objectives: The aim of this study is to compare two methods of electrotherapy, most used in clinical practice for the treatment of lower urinary tract symptoms (LUTS), the transcutaneous tibial nerve electrostimulation and intravaginal electrostimulation in women with multiple sclerosis (MS) and its influence on sexual function and Quality of Life (QOL) of these women. Methods: A prospective, randomized, blinded clinical trial was carried out. Thirty women with MS and LUTS were randomly allocated into one of three groups and received treatment for 12 weeks: Group I: pelvic floor muscle training (PFMT) with electromyographic (EMG) biofeedback and sham electrostimulation (GI, n=10), Group II: PFMT with EMG biofeedback and intravaginal electrostimulation (GII, n=10), Group III: PFMT with EMG biofeedback and transcutaneous tibial nerve stimulation (GIII, n=10). Assessments, performed before and after the treatment, included: 24 hours pad test, three days bladder diary, PFM functioning according to the PERFECT scheme, tone and ability to relax PFM, flexibility of vaginal opening and maximum cystometric capacity, bladder compliance, maximum amplitude of detrusor overactivity, maximum flow rate (Qmax), detrusor pressure at Qmax and post-void residual volume outcomes of urodynamic study. The questionnaires included: OAB-V8, ICIQ-SF, Qualiveen and, the questionnaire of sexuality, FSFI. Results: After treatment, all groups showed a reduction in pad weight and reduced episodes of urgency and urge incontinence. They also showed improvements in all domains of the PERFECT scheme, decreased scores of OAB-V8 and ICIQ-SF questionnaires and increased scores of arousal, vaginal lubrication, satisfaction and total score domains of FSFI questionnaire. GII was significantly improved when compared to GI and GIII related to tone, flexibility and relaxation of PFM and, also, in the score of OAB-V8 questionnaire. Conclusion: The results suggest that PFMT alone or in combination with intravaginal electrostimulation or transcutaneous tibial nerve electrostimulation is effective in the treatment of LUTS and sexual function in MS patients, with the combination of PFMT and intravaginal electrostimulation offering some advantage in the reduction of muscle tone and LUTS / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutora em Ciências
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Avaliação da expressão de genes e proteínas anti- e pró-apoptóticos em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas / Evaluation of anti and proapoptotic gene and protein expression in type 1 diabetes mellitus and multiple sclerosis patients submitted to autologous hematopoietic stem cell transplantation

Oliveira, Gislane Lelis Vilela de 17 October 2008 (has links)
O diabetes mellitus tipo 1 (DM-1) e a esclerose múltipla (EM) são doenças auto-imunes órgão-específicas, inflamatórias, mediadas por células T e B auto-reativas e caracterizadas pela destruição seletiva de células b pancreáticas produtoras de insulina e do sistema nervoso central, respectivamente. Acredita-se que a desregulação da expressão de genes reguladores da maquinaria apoptótica possa contribuir para o desenvolvimento da auto-imunidade, visto que algumas dessas moléculas participam nos processos de tolerância central e periférica de linfócitos auto-reativos. O objetivo deste projeto foi analisar a expressão de moléculas reguladoras das vias intrínseca, extrínseca e da Família de proteínas inibidoras da apoptose (IAP) em 33 indivíduos saudáveis, 15 pacientes com DM-1 e 18 com EM submetidos à terapia de imunossupressão em altas doses seguida do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (IAD/TACTH). As células mononucleares (CMN) foram isoladas do sangue periférico dos controles e de pacientes nos períodos pré-mobilização (pré-mob), pré-condicionamento (pré-cond), D+180, D+360, D+540 e D+720 pós-transplante. As CMN foram utilizadas para extração de RNA, síntese de cDNA, quantificação da expressão por PCR em tempo real dos genes a1, bcl-2, bcl-w, bcl-xL, mcl-1, bad, bak, bax, bid, bik, bim, bok, noxa, fas, fasL, c-FLIPL, cIAP-1 e cIAP-2 e protéica de Bcl-2, Bcl-xL, Bak, Bim e c-FLIPL por western-blotting. Os resultados de expressão gênica foram representados por unidades relativas de expressão em medianas nas diferentes amostras. Os pacientes com DM-1 apresentaram diminuição da expressão dos genes anti-apoptóticos bcl-2 (mediana: 0,98; p=0,04), bcl-w (0,08; p=0,04), mcl-1 (1254; p=0,03) e cIAP-1 (1,24; p=0,003) nas CMN dos pacientes no período pré-mob em relação aos indivíduos saudáveis (medianas: bcl-2: 7,58; bcl-w: 0,52; mcl-1: 1659; cIAP-1: 14,5), enquanto a expressão de cIAP-2 (60,8; p=0,0005) estava aumentada em relação aos controles (23,3). Foi observada redução significativa na expressão dos genes pró-apoptóticos bad (0,002; p<0,0001), bax (0,01; p=0,002) e fasL (1,66; p=0,001) no período pré-mob comparada aos controles sadios (bad: 0,23; bax: 2,79; fasL: 3,56). Os níveis de RNAm de bid (0,10; p=0,001) e bok (0,72; p=0,006) estavam elevados no pré-mob em relação ao grupo controle (bid: 0,004; bok: 0,31). As moléculas bcl-2, bcl-w, bcl-xL, mcl-1, bad, bax, bok, fasL e cIAP-1 atingiram níveis de RNAm similares aos controles após o TACTH. Foi verificado que a expressão de bcl-w, cIAP-1 e noxa estava maior nos pacientes com DM-1 em remissão quando comparados àqueles em recaída. A diminuição da expressão de a1, bcl-2 e bcl-w e o aumento de fas e noxa correlacionaram-se às porcentagens de hemoglobina glicosilada, concentração de auto-anticorpos GAD65, e aos níveis séricos de peptídeo-C após o transplante. Os pacientes com EM mostraram uma expressão reduzida dos genes anti-apoptóticos bcl-w (0,11; p=0,02) e cIAP-1 (1,87; p=0,04) no pré-mob comparada aos valores dos controles (bcl-w: 0,27; cIAP-1: 7,75) e maior expressão dos genes a1 (90,8; p=0,001) e cIAP-2 (58,8; p=0,009) em relação aos controles (a1: 12,7; cIAP-2: 22,3). As moléculas pró-apoptóticas bad (0,007; p=0,01) e bax (0,0007; p=0,004) mostraram menor expressão nas CMN no período pré-mob do que nos controles (bad: 0,27; bax: 1,24). Os genes bid (20,7; p=0,004), bik (0,84; p=0,02) e bok (1,77; p=0,0001) possuíam maior expressão no período pré-mob em relação aos indivíduos sadios (bid: 2,64; bik: 0,33; bok: 0,26). Não foram observadas diferenças significativas na expressão das moléculas da via extrínseca da apoptose nos pacientes com EM (p>0,05) nos períodos avaliados. Os valores de expressão de bcl-w, bak, bax, bik, bok e cIAP-1 atingiram níveis semelhantes aos controles após o transplante. A expressão dos genes bcl-2, cIAP-1, bad e bax estava maior nos pacientes em remissão da EM quando comparados àqueles em progressão neurológica. O aumento da expressão dos genes pró-apoptóticos bax, bak e bimEL correlacionou-se inversamente aos valores de EDSS dos pacientes com EM após o TACTH. Os resultados de expressão protéica foram equivalentes aos de expressão gênica nas duas doenças, com exceção dos dados das proteínas Bcl-2 e Bim. Em conjunto, os resultados demonstraram a desregulação da expressão de várias moléculas anti- e pró-apoptóticas nas CMN dos pacientes com DM-1 e EM. Esses achados sugerem a associação de alterações nos processos de apoptose celular com o surgimento e persistência de células auto-reativas no DM-1 e EM. Os dados indicam que essas alterações, principalmente a diminuição da expressão de moléculas pró-apoptóticas, como bak e bax, possam contribuir para a patogênese do DM-1 e EM. Além disso, a terapia de IAD/TACTH foi capaz de modular a expressão da maioria dos genes anormalmente expressos nas CMN dos pacientes com DM-1 e EM, já que esses atingiram níveis de expressão similares ao grupo controle após o transplante. Esta normalização da expressão de vários genes analisados correlacionou-se com a remissão clínica da doença na maioria dos pacientes / Type 1 diabetes mellitus (T1DM) and multiple sclerosis (MS) are inflammatory, organ-specific autoimmune diseases characterized by selective destruction of insulin-producing pancreatic -cells and central nervous system, respectively, by autoreactive B and T cells. Deregulation of apoptotic machinery is supposed to contribute to self-tolerance breakdown and autoimmune diseases pathogenesis, since apoptotic molecules have an important role in B and T lymphocytes central and peripheral tolerance mechanisms. The aim of this study was to evaluate the expression of pro and anti-apoptotic molecules from intrinsic and extrinsic apoptotic pathways and IAP Family members in 33 healthy individuals, 15 T1DM and 18 MS patients submitted to high-dose immunossupression therapy followed by autologous hematopoietic stem cell transplantation (HDI/AHSCT). Peripheral blood mononuclear cells (PBMC) were isolated from controls and patients at pre-mobilization (pre-mob), pre-conditioning (pre-cond), D+180, D+360, D+540 and D+720 post-transplantation. PBMC were used for RNA extraction, cDNA synthesis, gene quantification of a1, bcl-2, bcl-w, bcl-xL, bad, bak, bax, bid, bik, bimEL, bok, noxa, fas, fasL, c-FLIPL, cIAP-1 and cIAP-2 by Real Time PCR and Bcl-2, Bcl-xL, Bak, BimEL and c-FLIPL proteins detection by western-blotting. Results are expressed as median of relative expression units. Results from T1DM patients indicated that antiapoptotic molecules bcl-2 (median: 0,98; p=0,04), bcl-w (0,08; p=0,04), mcl-1 (1254; p=0,03) and cIAP-1 (1,24; p=0,003) were downregulated at pre-mob compared with healthy controls (medians bcl-2: 7,58; bcl-w: 0,52; mcl-1: 1659; cIAP-1: 14,5), while cIAP-2 (60,8; p=0,0005) gene expression was upregulated compared to healthy controls (23,3). We observed a significant decrease in proapoptotic bad (0,002; p<0,0001), bax (0,01; p=0,002) and fasL (1,66; p=0,001) genes expression in patients PBMC at pre-mob period compared to healthy subjects (bad: 0,23; bax: 2,79; fasL: 3,56). mRNA levels of bid (0.10; p=0.001) and bok (0.72; p=0.006) were elevated at pre-mob period when compared to control group (bid: 0.004; bok: 0.31). The bcl-2, bcl-w, bcl-xL, mcl-1, bad, bak, bax, bok, fasL and cIAP-1 mRNA levels reached controls levels after HDI/AHSCT. We observed that bcl-w, cIAP-1 and noxa gene expression were increased in T1DM patients in remission when compared to relapsed patients. The decreased antiapoptotic gene expression and increased in proapoptotic molecules correlated with decreased glicosilated hemoglobin percentages (Hb A1C) and anti-GAD65 antibodies and increased peptide-C levels. Results from MS patients showed decreased bcl-w (0,11; p=0,02) and cIAP-1 gene expression (1,87; p=0,04) in patients PBMC at pre-mob period compared to healthy controls (bcl-w: 0,27; cIAP-1: 7,75) and increased expression of a1 (90,8; p=0,001) and cIAP-2 (58,8; p=0,009) compared to controls (a1: 12,7; cIAP-2: 22,3). Proapoptotic molecules bad (0.007; p=0.01) and bax (0.0007; p=0.004) showed decreased gene expression at pre-mob compared to control group (bad: 0.27; bax: 1.24). bid (20.7; p=0.004), bik (0.84; p=0.01) and bok genes (1.77; p=0.0001) showed increased expression at pre-mob compared to healthy controls (bid: 2.64; bik: 0.33; bok: 0.26). Significant differences were not observed in the expression of the extrinsic pathway genes in pre-mob and healthy controls samples (p>0.05). bcl-w, bak, bax, bik, bok and cIAP-1 expression values reached healthy control values after transplantation. We observed that bcl-2, cIAP-1, bad and bax gene expression was increased in MS patients in disease remission when compared to patients with neurologic progression. Significant correlation of increased proapoptotic genes expression with decreased EDSS values in MS patients after HDI/AHSCT was observed. Results of protein quantification of apoptotic molecules in PBMC of T1DM and MS patients were similar to the gene expression results of these molecules, except for Bcl-2 and Bim proteins. Taken together, these data indicate a deregulated expression of anti- and proapoptotic genes in T1DM and MS patients PBMC. These data suggest an association of deregulated apoptosis with emergence and maintenance of autoreactive lymphocytes in analyzed patients. Based on these results, we suggest that this altered gene expression profile, mainly the decreased proapoptotic genes expression, as bak and bax, may contribute to T1DM and MS pathogenesis. Furthermore, we showed that the HDI/AHSCT therapy was able to modulate and normalize the expression of most genes abnormally expressed in T1DM and MS patients at pre-transplant period. Many analyzed genes achieved expression levels similar to healthy controls. The normalization of the expression of many evaluated genes correlated to disease remission in the majority of the patients.
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Avaliação da expressão de genes e proteínas anti- e pró-apoptóticos em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas / Evaluation of anti and proapoptotic gene and protein expression in type 1 diabetes mellitus and multiple sclerosis patients submitted to autologous hematopoietic stem cell transplantation

Gislane Lelis Vilela de Oliveira 17 October 2008 (has links)
O diabetes mellitus tipo 1 (DM-1) e a esclerose múltipla (EM) são doenças auto-imunes órgão-específicas, inflamatórias, mediadas por células T e B auto-reativas e caracterizadas pela destruição seletiva de células b pancreáticas produtoras de insulina e do sistema nervoso central, respectivamente. Acredita-se que a desregulação da expressão de genes reguladores da maquinaria apoptótica possa contribuir para o desenvolvimento da auto-imunidade, visto que algumas dessas moléculas participam nos processos de tolerância central e periférica de linfócitos auto-reativos. O objetivo deste projeto foi analisar a expressão de moléculas reguladoras das vias intrínseca, extrínseca e da Família de proteínas inibidoras da apoptose (IAP) em 33 indivíduos saudáveis, 15 pacientes com DM-1 e 18 com EM submetidos à terapia de imunossupressão em altas doses seguida do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (IAD/TACTH). As células mononucleares (CMN) foram isoladas do sangue periférico dos controles e de pacientes nos períodos pré-mobilização (pré-mob), pré-condicionamento (pré-cond), D+180, D+360, D+540 e D+720 pós-transplante. As CMN foram utilizadas para extração de RNA, síntese de cDNA, quantificação da expressão por PCR em tempo real dos genes a1, bcl-2, bcl-w, bcl-xL, mcl-1, bad, bak, bax, bid, bik, bim, bok, noxa, fas, fasL, c-FLIPL, cIAP-1 e cIAP-2 e protéica de Bcl-2, Bcl-xL, Bak, Bim e c-FLIPL por western-blotting. Os resultados de expressão gênica foram representados por unidades relativas de expressão em medianas nas diferentes amostras. Os pacientes com DM-1 apresentaram diminuição da expressão dos genes anti-apoptóticos bcl-2 (mediana: 0,98; p=0,04), bcl-w (0,08; p=0,04), mcl-1 (1254; p=0,03) e cIAP-1 (1,24; p=0,003) nas CMN dos pacientes no período pré-mob em relação aos indivíduos saudáveis (medianas: bcl-2: 7,58; bcl-w: 0,52; mcl-1: 1659; cIAP-1: 14,5), enquanto a expressão de cIAP-2 (60,8; p=0,0005) estava aumentada em relação aos controles (23,3). Foi observada redução significativa na expressão dos genes pró-apoptóticos bad (0,002; p<0,0001), bax (0,01; p=0,002) e fasL (1,66; p=0,001) no período pré-mob comparada aos controles sadios (bad: 0,23; bax: 2,79; fasL: 3,56). Os níveis de RNAm de bid (0,10; p=0,001) e bok (0,72; p=0,006) estavam elevados no pré-mob em relação ao grupo controle (bid: 0,004; bok: 0,31). As moléculas bcl-2, bcl-w, bcl-xL, mcl-1, bad, bax, bok, fasL e cIAP-1 atingiram níveis de RNAm similares aos controles após o TACTH. Foi verificado que a expressão de bcl-w, cIAP-1 e noxa estava maior nos pacientes com DM-1 em remissão quando comparados àqueles em recaída. A diminuição da expressão de a1, bcl-2 e bcl-w e o aumento de fas e noxa correlacionaram-se às porcentagens de hemoglobina glicosilada, concentração de auto-anticorpos GAD65, e aos níveis séricos de peptídeo-C após o transplante. Os pacientes com EM mostraram uma expressão reduzida dos genes anti-apoptóticos bcl-w (0,11; p=0,02) e cIAP-1 (1,87; p=0,04) no pré-mob comparada aos valores dos controles (bcl-w: 0,27; cIAP-1: 7,75) e maior expressão dos genes a1 (90,8; p=0,001) e cIAP-2 (58,8; p=0,009) em relação aos controles (a1: 12,7; cIAP-2: 22,3). As moléculas pró-apoptóticas bad (0,007; p=0,01) e bax (0,0007; p=0,004) mostraram menor expressão nas CMN no período pré-mob do que nos controles (bad: 0,27; bax: 1,24). Os genes bid (20,7; p=0,004), bik (0,84; p=0,02) e bok (1,77; p=0,0001) possuíam maior expressão no período pré-mob em relação aos indivíduos sadios (bid: 2,64; bik: 0,33; bok: 0,26). Não foram observadas diferenças significativas na expressão das moléculas da via extrínseca da apoptose nos pacientes com EM (p>0,05) nos períodos avaliados. Os valores de expressão de bcl-w, bak, bax, bik, bok e cIAP-1 atingiram níveis semelhantes aos controles após o transplante. A expressão dos genes bcl-2, cIAP-1, bad e bax estava maior nos pacientes em remissão da EM quando comparados àqueles em progressão neurológica. O aumento da expressão dos genes pró-apoptóticos bax, bak e bimEL correlacionou-se inversamente aos valores de EDSS dos pacientes com EM após o TACTH. Os resultados de expressão protéica foram equivalentes aos de expressão gênica nas duas doenças, com exceção dos dados das proteínas Bcl-2 e Bim. Em conjunto, os resultados demonstraram a desregulação da expressão de várias moléculas anti- e pró-apoptóticas nas CMN dos pacientes com DM-1 e EM. Esses achados sugerem a associação de alterações nos processos de apoptose celular com o surgimento e persistência de células auto-reativas no DM-1 e EM. Os dados indicam que essas alterações, principalmente a diminuição da expressão de moléculas pró-apoptóticas, como bak e bax, possam contribuir para a patogênese do DM-1 e EM. Além disso, a terapia de IAD/TACTH foi capaz de modular a expressão da maioria dos genes anormalmente expressos nas CMN dos pacientes com DM-1 e EM, já que esses atingiram níveis de expressão similares ao grupo controle após o transplante. Esta normalização da expressão de vários genes analisados correlacionou-se com a remissão clínica da doença na maioria dos pacientes / Type 1 diabetes mellitus (T1DM) and multiple sclerosis (MS) are inflammatory, organ-specific autoimmune diseases characterized by selective destruction of insulin-producing pancreatic -cells and central nervous system, respectively, by autoreactive B and T cells. Deregulation of apoptotic machinery is supposed to contribute to self-tolerance breakdown and autoimmune diseases pathogenesis, since apoptotic molecules have an important role in B and T lymphocytes central and peripheral tolerance mechanisms. The aim of this study was to evaluate the expression of pro and anti-apoptotic molecules from intrinsic and extrinsic apoptotic pathways and IAP Family members in 33 healthy individuals, 15 T1DM and 18 MS patients submitted to high-dose immunossupression therapy followed by autologous hematopoietic stem cell transplantation (HDI/AHSCT). Peripheral blood mononuclear cells (PBMC) were isolated from controls and patients at pre-mobilization (pre-mob), pre-conditioning (pre-cond), D+180, D+360, D+540 and D+720 post-transplantation. PBMC were used for RNA extraction, cDNA synthesis, gene quantification of a1, bcl-2, bcl-w, bcl-xL, bad, bak, bax, bid, bik, bimEL, bok, noxa, fas, fasL, c-FLIPL, cIAP-1 and cIAP-2 by Real Time PCR and Bcl-2, Bcl-xL, Bak, BimEL and c-FLIPL proteins detection by western-blotting. Results are expressed as median of relative expression units. Results from T1DM patients indicated that antiapoptotic molecules bcl-2 (median: 0,98; p=0,04), bcl-w (0,08; p=0,04), mcl-1 (1254; p=0,03) and cIAP-1 (1,24; p=0,003) were downregulated at pre-mob compared with healthy controls (medians bcl-2: 7,58; bcl-w: 0,52; mcl-1: 1659; cIAP-1: 14,5), while cIAP-2 (60,8; p=0,0005) gene expression was upregulated compared to healthy controls (23,3). We observed a significant decrease in proapoptotic bad (0,002; p<0,0001), bax (0,01; p=0,002) and fasL (1,66; p=0,001) genes expression in patients PBMC at pre-mob period compared to healthy subjects (bad: 0,23; bax: 2,79; fasL: 3,56). mRNA levels of bid (0.10; p=0.001) and bok (0.72; p=0.006) were elevated at pre-mob period when compared to control group (bid: 0.004; bok: 0.31). The bcl-2, bcl-w, bcl-xL, mcl-1, bad, bak, bax, bok, fasL and cIAP-1 mRNA levels reached controls levels after HDI/AHSCT. We observed that bcl-w, cIAP-1 and noxa gene expression were increased in T1DM patients in remission when compared to relapsed patients. The decreased antiapoptotic gene expression and increased in proapoptotic molecules correlated with decreased glicosilated hemoglobin percentages (Hb A1C) and anti-GAD65 antibodies and increased peptide-C levels. Results from MS patients showed decreased bcl-w (0,11; p=0,02) and cIAP-1 gene expression (1,87; p=0,04) in patients PBMC at pre-mob period compared to healthy controls (bcl-w: 0,27; cIAP-1: 7,75) and increased expression of a1 (90,8; p=0,001) and cIAP-2 (58,8; p=0,009) compared to controls (a1: 12,7; cIAP-2: 22,3). Proapoptotic molecules bad (0.007; p=0.01) and bax (0.0007; p=0.004) showed decreased gene expression at pre-mob compared to control group (bad: 0.27; bax: 1.24). bid (20.7; p=0.004), bik (0.84; p=0.01) and bok genes (1.77; p=0.0001) showed increased expression at pre-mob compared to healthy controls (bid: 2.64; bik: 0.33; bok: 0.26). Significant differences were not observed in the expression of the extrinsic pathway genes in pre-mob and healthy controls samples (p>0.05). bcl-w, bak, bax, bik, bok and cIAP-1 expression values reached healthy control values after transplantation. We observed that bcl-2, cIAP-1, bad and bax gene expression was increased in MS patients in disease remission when compared to patients with neurologic progression. Significant correlation of increased proapoptotic genes expression with decreased EDSS values in MS patients after HDI/AHSCT was observed. Results of protein quantification of apoptotic molecules in PBMC of T1DM and MS patients were similar to the gene expression results of these molecules, except for Bcl-2 and Bim proteins. Taken together, these data indicate a deregulated expression of anti- and proapoptotic genes in T1DM and MS patients PBMC. These data suggest an association of deregulated apoptosis with emergence and maintenance of autoreactive lymphocytes in analyzed patients. Based on these results, we suggest that this altered gene expression profile, mainly the decreased proapoptotic genes expression, as bak and bax, may contribute to T1DM and MS pathogenesis. Furthermore, we showed that the HDI/AHSCT therapy was able to modulate and normalize the expression of most genes abnormally expressed in T1DM and MS patients at pre-transplant period. Many analyzed genes achieved expression levels similar to healthy controls. The normalization of the expression of many evaluated genes correlated to disease remission in the majority of the patients.

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