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Correlação de poços com múltiplos perfis através da rede neural multicamadasAMARAL, Mádio da Silva 23 November 2001 (has links)
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Previous issue date: 2001 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A correlação estratigráfica busca a determinação da continuidade lateral das rochas, ou a equivalência espacial entre unidades litológicas em subsuperfície, a partir de informações geológico-geofísicas oriundas de poços tubulares, que atravessam estas rochas. Normalmente, mas não exclusivamente, a correlação estratigráfica é realizada a partir das propriedades físicas
registradas nos perfis geofísicos de poço. Neste caso, busca-se a equivalência litológica a partir da equivalência entre as propriedades físicas, medidas nos vários poços de um campo petrolífero. A técnica da correlação estratigráfica com perfis geofísicos de poço não é uma atividade trivial e sim, sujeita a inúmeras possibilidades de uma errônea interpretação da disposição geométrica ou da continuidade lateral das rochas em subsuperfície, em função da variabilidade
geológica e da ambigüidade das respostas das ferramentas. Logo, é recomendável a utilização de um grande número de perfis de um mesmo poço, para uma melhor interpretação. A correlação estratigráfica é fundamental para o engenheiro de reservatório ou o geólogo,
pois a partir da mesma, é possível a definição de estratégias de explotação de um campo
petrolífero e a interpretação das continuidades hidráulicas dos reservatórios, bem como auxílio para a construção do modelo geológico para os reservatórios, a partir da interpretação do comportamento estrutural das diversas camadas em subsuperfície. Este trabalho apresenta um método de automação das atividades manuais envolvidas na
correlação estratigráfica, com a utilização de vários perfis geofísicos de poço, através de uma arquitetura de rede neural artificial multicamadas, treinada com o algoritmo de retropropagação do erro. A correlação estratigráfica, obtida a partir da rede neural artificial, possibilita o transporte da informação geológica do datum de correlação ao longo do campo, possibilitando ao intérprete, uma visão espacial do comportamento do reservatório e a simulação dos possíveis paleoambientes. Com a metodologia aqui apresentada foi possível a construção automática de um bloco
diagrama, mostrando a disposição espacial de uma camada argilosa, utilizando-se os perfis de
Raio Gama (RG), Volume de Argila (Vsh), Densidade (ρb) e de Porosidade Neutrônica (φn) selecionados em cinco poços da região do Lago Maracaibo, na Venezuela. / Stratigraphic correlation using well logs is a non-trivial geological activity and subject to
endless possibilities of misunderstanding about the geometry or continuity of rock layers, for
many reasons, like the geological variability and the ambiguous answers of the log tools. Thus, it
is common to utilize a great log suite from the same well, for better comprehension. The stratigraphic correlation is a fundamental tool for a geologist or petroleum
geophysist, because from its knowledge it is possible to interpret the hydraulic continuities of the
reservoirs and to reconstruct the geological setting environment, which may corroborate for the
construction of the reservoir geological model. This work produces an automation of manual activities involved in the stratigraphic
correlation, with the use of the various well logs, and a convenient architecture of artificial neural
network, trained with the backpropagation algorithm.
The stratigraphic correlation, obtained from this method, makes the transport of the
geological information possible along the basin and gives the interpreter, a general view of the
structural behavior of the oil reservoir. With This methodology was possible the automatic construction of a geological block
diagram showing the spatial disposition of a particular shale layer, from the well logs: Gamma
Ray (GR), Clay Volume (Vsh), Density (ρb) and the Neutron Porosity (φn), selected in the five
wells on the Maracaibo Lake basin, in Venezuela.
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Paleoambiente, paleogeografia e isótopos de carbono e oxigênio de depósitos carbonáticos miocenos da Plataforma Bragantina, Nordeste do estado do Pará, BrasilAMORIM, Kamilla Borges 16 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-16 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A transição Oligoceno-Mioceno, que representa o início do Neógeno, foi marcada por eventos globais de variação do nível do mar, que promoveu uma das maiores transgressões marinhas do planeta. No Brasil depósitos associados a essa transgressão são observados na costa equatorial norte, com significativas exposições na porção leste da Plataforma Bragantina, norte do Pará. Esse registro consiste em depósitos carbonátcos e siliciclásticos da Formação Pirabas, que correspondem a porção onshore de uma plataforma carbonática rasa. Estudos estratigráficos possibilitaram a divisão da Plataforma Pirabas em plataforma interna e interna/intermediária. A plataforma interna é constituída por depósitos de tidal flats e laguna (rasa e profunda). Os tidal flats são caracterizados por dolomudstone com terrígeno, dolomudstone peloidal, boundstone com laminação microbial, ritmito bioturbado e argilito maciço. A laguna rasa é caracterizada por wackestone/packstone laminado e calcimudstone bioturbado e a laguna profunda é constituída por dolowackestone, floatstone maciço com briozoário e wackestone maciço com equinodermos. A plataforma interna/intermediária é composta por depósitos de tidal inlets e barreiras bioclásticas/front shoal. O tidal flats é constituído por wackestone/packstone com briozoário, packstone com briozoário e grainstone com foraminíferos e algas vermelhas que apresentam estratificações cruzadas de baixo ângulo. As barreiras bioclásticas/front shoal são compostas por bafflestone com briozoário, wackestone/packstone com Marginopora sp. e terrígenos, packstone/grainstone com foraminíferos e rudstone com bivalve. A plataforma apresenta rico conteúdo fossilífero, composto principalmente por fósseis de briozoários, equinodermos, bivalves, gastrópodes, foraminíferos bentônicos e planctônicos, algas verdes e vermelhas, ostracodes, fragmentos de corais, traços fósseis de Gyrolithes, Thalassinóides e Sinusichnus, estes últimos traços fósseis de crustáceos decápodes. Na plataforma interna a diversidade faunística é menor com predomínio de briozoários, foraminíferos planctônicos, ostracodes e traços fósseis, enquanto que na zona de plataforma interna/intermediária a diversidade faunística é maior, e constituída em grande parte por fósseis bentônicos de foraminíferos, briozoários, bivalves e gastrópodes. A plataforma mostra uma variação no conteúdo mineralógico, com a quantidade de calcita diretamente relacionada a períodos de expansão da plataforma interna/intermediária com maior precipitação carbonática. Por outro lado, as proporções de dolomita, quartzo, gipsita e pirita estão diretamente associadas a períodos de progradação da plataforma interna, relacionada a maior taxa de evaporação e influxos continentais. As variações faciológicas, fossilíferas e mineralógicas mostram que a deposição da Formação Pirabas foi diretamente associada a variações do nível do mar, que proporcionou intensas mudanças na linha de costa, registrada em ciclos de raseamento ascendentes de alta frequência, que nas porções basais da sucessão mostram-se predominantemente retrogradantes, enquanto que nas porções superiores são mais progradantes. O arcabouço quimiostratigráfico da Formação Pirabas foi construído a partir de isótopos de carbono (δ13Ccarb) e oxigênio (δ18Ocarb), elementos terras raras e traços. As razões isotópicas de carbono refletem assinatura isotópica primária e os valores de δ13Ccarb variam em função de cada ambiente deposicional. As razões de δ18Ocarb apresentam um padrão dispersivo e os valores mostram influenciados diagenética.. Os ETR’s mostram um padrão homogêneo, com concentrações enriquecidas em ETR’s leves e depleção nos ETR’s pesados. A concentração dos elementos traços (Fe, Sr e Mn) está dentro dos valores esperados para rochas carbonáticas com influência mínima da diagênese no conteúdo geoquímico. As tendências e excursões da curva de δ13Ccarb coincidem com as variações observadas nos ciclos deposicionais de raseamento ascendente da Formação Pirabas. Os intervalos relacionados ao aumento do nível do mar são marcados por razões de δ13Ccarb próximas a 0‰, já as os intervalos dos ciclos relacionados a queda do nível do mar são marcadas por anomalias negativas de δ13Ccarb. A correlação entre as curvas de δ13C da Formação Pirabas e global não mostrar estreita covariância, no entanto é possível sugerir que os valores de δ13C obtidos da sucessão estudada refletem, mesmo que minimamente, as excursões isotópicas globais observadas no período interglacial do Eomioceno ao Mesomioceno. A curva de variação do nível do mar da Formação Pirabas apresenta intervalos semelhantes à curva de eustática global de curta duração. No entanto, a maior frequência dessas variações do nível do mar, observadas na curva eustática da sucessão estudada, indica uma provável interferência de fatores tectônicos locais na sedimentação. Trabalhos anteriores sugeriram que o colapso da plataforma carbonática na região da Plataforma Bragantina foi influenciado desenvolvimento pelo influxo siliciclástico do Proto-cone do rio Amazonas durante o Mesomioceno. A análise comparativa dos dados estratigráficos das bacias e plataformas localizadas ao longo da porção leste da zona costeira da Amazônia sugere que aumento progressivo da sedimentação siliciclástica, observada no topo da Formação Pirabas está relacionada com a progradação da Formação Barreiras, em resposta tectônica transpressiva/transtensiva do Eo/Mesomioceno, devido reativações de falhas geradas no último evento de subsidência térmica na costa brasileira durante a formação do Atlântico Sul. / The onset of the Neogene is market by the Oligocene-Miocene transition characterized by sea level global variations that triggered one of the major marine transgressions in the Earth. In Brazil, deposits related to this event are recorded in north equatorial coast with meaningful exposures in eastern Bragantina Platform, north of Pará State. These are composed by carbonate and siliciclastic deposits of the Pirabas Formation corresponding to onshore portion of a shallow carbonate platform. Stratigraphic studies allowed the Pirabas Platform division in inner platform and inner/middle platform. The inner platform is composed by tidal flats and lagoon (shallow and deep) deposits. The tidal flats are characterized by terrigenous dolomudstone, peloidal dolomudstone, boundstone with microbial mats, bioturbated rhythmites, and massive argillite. Shallow lagoon deposits are composed by laminated wackestone/packstone and bioturbated calcimudstone and the deep lagoon are constituted by dolowackstone, massive floatstone with bryozoan and massive wackestone with equinoderms. The inner/middle platform is composed by tidal inlets and bioclastic/front shoal barriers. Tidal flats deposits are constituted by wackestone/packstone with bryozoan, packstone with bryozoan and grainstone with foraminifers and red algae that display low-angle cross stratification. Bioclastic/front shoal barriers are constituted by bafflestone with bryozoan, wackestone/ packstone with Marginopora sp. and terrigenous, packstone/grainstone with foraminifers, and rudstone with bivalves. The platform displays a rich fossiliferous content composed by bryozoan, equinoderms, bivalves, gastropods, benthic and planktonic foraminifers, green and red algae, ostracods, coral fragments fossils; Gyrolithes, Thalassinoids, Sinusichnus trace fossils, this last one made by decapods crustaceous. In the inner platform the faunistic diversity is smaller dominated by bryozoan, planktonic foraminifers, ostracods, and trace fossils, while in the inner/middle platform zone this diversity is higher widely constituted by benthonic foraminifers fossils, bryozoans, bivalves and gastropods. The platform shows variations in the mineralogical content, where the calcite amount is directly related to exposition periods of the inner/middle platform with great carbonate precipitation. On the other hand, the dolomite, quartz, gypsum and pirite are related to progadation periods in the inner platform, with higher evaporation rates and continental influx. Faciological, fossiliferous and mineralogical variations displays that the Pirabas Formation was closely related to sea level variations leading to changes in shoreline recorded in high frequency shallow-upward cycles, with the cycles in the base of succession predominantly retrograditional while in the top are progradational. The chemostratigraphic framework from Pirabas Formation was made by carbon (δ13Ccarb) and oxygen (δ18Ocarb) isotopes, rare earth elements (ETR) and traces. Carbon isotopic ratios reflect a primary isotopic signature with variations of values related to each depositional environment. Oxygen isotopic ratios demonstrate a dispersive pattern related to diagenetic influence. The ETR’s show a homogeneous pattern with enriched concentrations in light ETR’s and heavy ETR’s depletion. Trace elements concentration (Fe, Sr and Mn) is within expected values to carbonate rocks with little influence of diagenesis in the geochemical content. The trend and δ13Ccarb excursion curve coincide with the variations observed in shallow-upward depositional cycles from Pirabas Formation. Intervals related to the sea level rise are marked by the δ13Ccarb ratios close to 0‰ while the intervals of the cycles with negative δ13Ccarb anomalies are linked to sea level falls. Correlations among δ13Ccarb curves from Pirabas Formation and global do not show close covariance, however we suggested that the δ13C purchased reflect, even minimally, the global isotopic excursions that marks the Eomiocene-Mesomiocene interglacial period. The sea level curve variation of Pirabas Formation display intervals similar to the short-term global eustatic curve. However, the bigger frequency of this sea level variations observed in Pirabas Formation probably indicates local tectonic factors interference in the sedimentation. Previous works suggested that the carbonate platform collapse in the Bragantina Platform region was influenced by the siliciclastic influx from Proto-cone of Amazonas River during the Mesomiocene. The comparative analysis of stratigraphic dates from basins and platforms along the coastal eastern portion in Amazon coastal zone suggests that the progressive increase of siliciclastic sedimentation, noted in the upper Pirabas Formation is related to the Barreira Formation progradation, as an answer to the transpressive/transtensive tectonic in Eo/ Mesomiocene due faults reactivations generated in the last thermal subsidence event in the Brazilian coast during the south Atlantic ocean formation.
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Soleiras e enxames de diques máficos do Sul-Sudoeste do Cráton AmazônicoLIMA, Gabrielle Aparecida de 19 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-19 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMAT - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso / FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo / GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Soleiras e enxames de diques máficos constituem importante ferramenta para o entendimento dos processos geodinâmicos, especialmente por marcarem o início de grandes eventos tectônicos extensionais, além de serem indicadores importantes da natureza e evolução das fontes mantélicas no tempo geológico. Na porção S-SW do Cráton Amazônico, ocorrências de soleiras e enxames de diques proterozoicos são relatadas no oriente boliviano, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como exemplos têm-se os enxames de diques das suítes intrusivas Huanchaca, Rancho de Prata e Rio Perdido, bem como as soleiras máficas Huanchaca, Salto do Céu e Rincón del Tigre. O objetivo desta pesquisa é caracterizar natureza, evolução petrológica e tectônica do episódio magmático máfico, relacionado a eventos tafrogênicos responsáveis pela ruptura ou tentativa de ruptura da crosta continental. Para tal propósito foi feita uma abordagem multidisciplinar, envolvendo o mapeamento geológico, a realização de análises petrográfica, litoquímica e geocronológica (U-Pb ID-TIMS e Ar-Ar). As unidades estudadas estão localizadas nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Conquista D‟Oeste e Salto do Céu, em Mato Grosso, Porto Murtinho e Caracol, no Mato Grosso do Sul. As rochas da Suíte Salto do Céu ocorrem na região dos municípios de Salto do Céu e Rio Branco (MT) e afloram como soleiras e derrames. As soleiras encontram-se alojadas em rochas pelíticas, até então inseridas como parte do Grupo Aguapeí, com baixos valores de mergulho, quase sempre para WSW. Os derrames recobrem a mesma unidade sedimentar e apresentam estruturas verticais internas e de topo, típicas de fluxos basálticos de pequena espessura. Vesículas e amígdalas, além de feições como dobras de fluxo e brechas são comumente observadas. Petrograficamente, essas rochas são mesocráticas a melanocráticas, cinza-esverdeadas a pretas, equigranulares variando, em geral, de muito finas até médias. As soleiras são compostas por diabásios e gabros maciços que ao microscópio apresentam texturas ofítica, subofítica, intergranular e coronítica. Constituem-se, essencialmente, por plagioclásio e piroxênio, tendo como minerais acessórios: opacos, cristais aciculares de apatita e subédricos de titanita. Os derrames constituem-se de basaltos e diabásios com texturas ofítica, subofítica, hialofítica, porfirítica ou amigdaloidal em matriz pseudo-traquítica e, em alguns exemplares, vitrofírica. Os componentes principais correspondem a cristais de plagioclásio e piroxênio, além de vidro reliquiar. As amígdalas são arredondadas a elipsoidais, preenchidas por material fibroso a fibro-radiado, composto por zeólitas, clorita, fluorita e opacos. As soleiras e derrames têm afinidade toleítica, sendo classificadas como basaltos gerados em ambiente intraplaca continental. Essa unidade apresenta idade U-Pb (ID-TIMS), obtida em badeleíta, de 1439 ± 4 Ma. Dados geocronológicos Ar-Ar em plagioclásio e anfibólio, forneceram idades plateau de 1021 ± 5 Ma e integrada de 1385 ± 9 Ma, respectivamente. Os diques máficos da Suíte Intrusiva Rancho de Prata foram identificados em diversos sítios nas regiões de Nova Lacerda e Conquista D‟Oeste (MT), ao longo de uma faixa com direção NNW, de aproximadamente 30 km de largura e 150 km de extensão, se apresentando como enxame de intrusões paralelas, orientadas segundo a direção N30°–40°W com mergulhos íngremes. Exibem-se isentos de deformação e metamorfismo e mantêm contato intrusivo com as rochas gnáissicas, graníticas e metavulcanossedimentares do embasamento. As rochas dessa unidade caracterizam-se como gabros, diabásios e basaltos, faneríticos, afaníticos a porfiríticos, de granulação muito fina a média. Apresentam-se melanocráticas de cor cinza-escuro a preta, exibindo estrutura maciça, por vezes com foliação discreta paralela às paredes do dique. Microscopicamente, essas rochas são holo a hipocristalinas, e apresentam textura porfirítica, intergranular, sub-ofítica a ofítica, sendo constituídas, dominantemente, por plagioclásio, clino e ortopiroxênio, olivina e anfibólio. Nos basaltos encontra-se esporadicamente vidro intergranular de cor marromescuro. Litoquimicamente classificam-se como basaltos e andesi-basaltos. O magmatismo é do tipo subalcalino e toleítico que, pelas características químicas, se assemelham a basaltos continentais. Os padrões de distribuição dos elementos terras raras (ETR) estão em dois grupos: um fortemente fracionado e enriquecido em ETR leves e outro com pouco fracionamento, com razões médias La/Yb, respectivamente, iguais a 3,22 e 1,26. Idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1387 ± 17 Ma foi obtida para este enxame. Dados Ar-Ar em plagioclásio apresentam idades plateaus de 967 ± 5 Ma e 980 ± 7 Ma. Já os dados em anfibólio são heterogêneos, com idades integradas de 1495 ± 8 Ma e 1509 ± 7 Ma. As soleiras e os diques máficos da Suíte Intrusiva Huanchaca estão inseridos no contexto geológico do Terreno Paraguá, em sua porção não afetada pelos efeitos da Orogenia Sunsás (1,1 a 0,9 Ga). Os diques têm como encaixantes rochas do embasamento do Grupo Aguapeí, representadas pelos granitos mesoproterozoicos do Complexo Granitoide Pensamiento, e ortognaisses paleoproterozoicos Shangri-lá e Turvo, do Complexo Metamórfico Chiquitania; enquanto as soleiras encontram-se alojadas nos pelitos e arenitos da Formação Vale da Promissão, Grupo Aguapeí. As soleiras afloram como blocos e lajedos com contatos sempre abruptos e paralelos ao acamamento das rochas sedimentares. Os diques afloram em pequenas e descontínuas cristas orientadas segundo a direção ENE ou como blocos arredondados a angulosos, isolados no terreno granítico-gnáissico, cuja direção preferencial varia entre N70°-90°E. As soleiras, caracterizadas por gabros e diabásios, exibem cor cinza-esverdeado a preta e granulação fina a média. Opticamente, são rochas holocristalinas de textura sub-ofítica a ofítica e, mais raramente, intergranular. Rochas cumuláticas, de ocorrência restrita, foram identificadas com paragênese e texturas semelhantes diferenciando-se pela presença de olivina e grande quantidade de minerais máficos. As rochas das soleiras consistem, essencialmente, de plagioclásio, piroxênio, anfibólio, opacos, e em algumas delas, feldspato alcalino e quartzo com intercrescimento gráfico. Os diques apresentam cor cinza-escuro a cinza-esverdeado, granulação variando da margem para a porção central do corpo de muito fina ou vítrea a média, respectivamente. Classificam-se como diabásios e basaltos, respectivamente holo e hipocristalinos, constituídos essencialmente por plagioclásios, piroxênios e olivina. Ao exame óptico, os diabásios apresentam texturas inequigranular, sub-ofítica e subordinadamente ofítica, granulação fina a média, enquanto nos basaltos domina textura porfirítica, glomeroporfirítica, vitrofírica e, mais raramente, intersertal e hialofítica. Litoquimicamente, os diques e soleiras classificam-se como basaltos andesíticos de magmatismo subalcalino do tipo toleítico, de ambiente intraplaca continental. Os ETR mostram que as rochas das soleiras são mais enriquecidas em ETRtotais do que as dos diques e apresentam uma considerável variação vertical ao envelope, no entanto a ele paralelizada. Idades plateaus Ar-Ar foram obtidas para as soleiras, tanto para o plagioclásio (948 ± 5 Ma) como para o anfibólio (1113 ± 11 Ma). Ainda para as soleiras, foi conseguida uma idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1111,5 ± 1,9 Ma. O enxame de diques da Suíte Intrusiva Rio Perdido ocorre encaixado em rochas paleoproterozoicas, ao longo do Terreno Rio Apa (SW do MS) e no Paraguai. Os diques são tabulares a lenticulares, com espessura entre 1 e 30 m, são preferencialmente paralelos segundo as direções N70°-90°E e N70º-90ºW, exibem contatos abruptos e discordantes ao trend geral NS. São compostos por diabásios de granulação muito fina a fina e microgabros finos a médios, isotrópicos, sem quaisquer vestígios de deformação dúctil e metamorfismo. Ao microscópio, classificam-se como holocristalinos, com textura ofítica a subofítica, intergranular, por vezes porfirítica, e localmente quenching, com morfologia do tipo “cauda de andorinha”. Constituem-se essencialmente por plagioclásio, piroxênios e olivina. Apresentam trend toleítico, com enriquecimento em FeOt em relação ao MgO para valores de álcalis relativamente constantes. Classificam-se como basaltos e basaltos andesíticos e quanto à ambiência tectônica, se assemelham à basaltos intraplaca fanerozoicos. O comportamento dos ETR, mostra forte fracionamento de ETR pesados em relação aos ETR leves, com razões La/Yb entre 2,8 e 6,2, com anomalia pouco expressiva ou inexistente de Eu. Dados recentes U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, forneceram idade de 1110 Ma. O Complexo Ígneo Rincón del Tigre corresponde a uma intrusão acamadada, espessa, alojada em rochas do Grupo Sunsás (abaixo) e Grupo Vibosi (acima). Foi denominado na região de Rincón del Tigre (Bolívia), e caracterizado como um registro ígneo relacionado à Orogenia Sunsás. As rochas que compõem esse complexo foram litoestratigraficamente divididas em três unidades: Ultramáfica (basal), Máfica (intermediária) e Félsica (superior). A Unidade Ultramáfica constitui-se por dunito serpentinizado, harzburgito, olivina bronzitito, bronzita picrito e melanorito, enquanto a Unidade Máfica por norito e gabro. A Unidade Félsica está representada por granófiro. Idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1110,4 ± 1,8 Ma, obtida a partir de amostra coletada da Unidade Félsica, demonstram similaridade cronológica com rochas de suítes graníticas sin e pós-orogênicas que ocorrem na província Sunsás-Aguapeí, na Bolívia e no Brasil. Com base em dados K-Ar com valores entre 875 e 1006 Ma, todas as unidades acima descritas eram agrupadas a um evento magmático e interpretadas como uma LIP associada à tentativa de ruptura do supercontinente Rodínia. Com base nos novos dados geocronológicos de precisão (U-Pb TIMS em badeleíta e Ar-Ar em anfibólio e plagioclásio) e informações de campo e petrológicas, essa hipótese não se confirma. Existem dois episódios de magmatismo fissural anteriores a aglutinação desse supercontinente: o mais antigo entre 1387 e 1439 Ma e o mais jovem em torno de 1110 Ma. Considerando a evolução do sudoeste do Cráton Amazônico, o episódio mais velho, marcado pelo enxame de diques Rancho de Prata e derrames e soleiras Salto do Céu, provavelmente esteja associado aos estágios pósorogênicos do Arco Magmático Santa Helena do Terreno Jauru; o evento mais jovem, restrito aos Terrenos Paraguá e Rio Apa, representado pelas suítes Huanchaca, Rio Perdido e pelo Complexo Rincón del Tigre, integra uma LIP esteniana na porção sul-sudoeste do Cráton Amazônico, evoluída durante uma tentativa de ruptura continental responsável pelo desenvolvimento do Aulacógeno Aguapeí. As Faixas Sunsás e Aguapeí, marcam o período de aglutinação do supercontinente Rodínia e afetam metamórfica e deformacionalmente parte desta LIP esteniana. / Sills and mafic dyke swarms are an important tool for understanding geodynamic processes once they mark the beginning of large extensional tectonic events, but also they are fundamental indicators of nature and evolution of mantle sources through geological time. In the S-SW Amazon Craton, Proterozoic sills and dyke swarms are reported in Eastern Bolivia, and in the Brazilian states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. There are examples, such as the dyke swarms of the Huanchaca, Rancho de Prata, and Rio Perdido intrusive suites as well as mafic sills of the Huanchaca, and Salto do Céu suites, and Rincón del Tigre Complex. This work aims to characterize the nature, petrological evolution and tectonics of the mafic magmatic event related to tafrogenetic events that are responsible for the break-up or attempted break-up of continental crust. Several tools were used in order to clarify this issue, such as geological mapping, petrographic, lithogeochemical and geochronological (U-Pb IDTIMS and Ar-Ar) analysis. The studied units are sited in the municipalities of Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Conquista D‟Oeste, and Salto do Céu in Mato Grosso, and in Porto Murtinho and Caracol in Mato Grosso do Sul. Rocks of the Salto do Céu suite occur in the municipalities of Salto do Céu and Rio Branco (MT), and outcrop as sills and lava flows. Sills are emplaced into pelitic rocks of the Aguapeí Group usually with shallow dips towards WSW. Lava flows overly the same sedimentary unit and show internal vertical structures and flow-top structures that are typical of thin basaltic flows. Vesicles and amygdales are commonly observed along with flow-folds and breccias. Petrographically, these rocks are mesocratic to melanocratic, greenish-gray to black, and equigranular varying from very fine- to medium-grained. Sills consist of diabases and massif gabbros that under the microscope show ophitic, sub-ophitic, intergranular, and coronitic textures. They are essentially composed of plagioclase and pyroxene having its accessory assemblage represented by opaques, acicular apatite and subhedral sphene. Lava flows, in turn, consist of basalts and diabases that commonly displays ophitic, sub-ophitic, hyalophitic, porphyritic or amygdaloidal textures in a pseudo-trachytic groundmass; some samples exhibit vitrophyric texture. The main components are plagioclase, pyroxene, and relict glass. Amygdales are rounded to ellipsoidal filled with fibrous to fibro-radiated material which is composed of zeolites, chlorite, fluorite, and opaques. Sills and lava flows have tholeiitic affinity, and are classified as intraplate basalts. This suite shows a U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1439 ± 4 Ma. 40Ar-39Ar analysis of plagioclase and amphibole provided a plateau age of 1021 ± 5 Ma, and an integrated age of 1385 ± 9 Ma, respectively. Numerous mafic dykes of the Rancho de Prata Intrusive Suite occur in the surroundings of Nova Lacerda and Conquista D‟Oeste (MT) along an array about 30 km-wide and 150 km-long trending NNW. They occurs as parallel dyke swarms striking N30°–40°W with steep dips. There are no records of deformation or metamorphism on these rocks which occur in intrusive contact with gneissic, granitic and metavulcanossedimentary rocks of the basement. These mafic dykes consist of gabbros, diabases, and basalts, very fine to medium-grained, which exhibits phaneritic, aphanitic to porphyritic textures. They are melanocratic dark-gray to black, with massif structure, in places with discrete foliation parallel to the dyke walls. Microscopically, these rocks are holo- to hypocrystalline, and show porphyritic, intergranular, and subophitic to ophitic textures, and are essentially composed of plagioclase, clinopyroxene and orthopyroxene, olivine and amphibole. Dark-brown intergranular glass is seldom observed in basalts. Lithogeochemical studies allow us to classify these rocks as basalts and andesiticbasalts. The magmatism is sub-alkaline to tholeiitic whose chemical affinity is compatible with continental basalts. Two groups are observed in rare earth elements distribution patterns: one strongly fractionated and enriched in light ETR, and another one weakly fractionated with medium La/Yb ratios, respectively, 3.22 and 1.26. A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1387 ± 17 Ma was obtained for the dyke swarms. 40Ar-39Ar analysis of plagioclase provided plateau ages of 967 ± 5 Ma and 980 ± 7 Ma. However, 40Ar-39Ar age-spectrum data for amphibole is heterogeneous, therefore provide integrated ages of 1495 ± 8 Ma and 1509 ± 7 Ma. Sills and mafic dykes of the Huanchaca Intrusive Suite are sited in the portion of the Paraguá Terrane which is not affected by the Sunsás Orogeny (1.1 to 0.9). Dykes occur emplaced into the basement rocks underlying the Aguapeí Group that are represented by the Mesoproterozoic granites Guaporeí and Passagem that form part of the Pensamiento Granitoid Complex, as well as by the Paleoproterozoic orthogneisses Shangri-lá and Turvo that occur within the Chiquitania Metamorphic Complex; sills, in turn, are emplaced into the pelites and sandstones of the Vale da Promissão Formation (Aguapeí Group). Sills outcrop as blocks and low-lying outcrops in abrupt and parallel contacts to the layering of sedimentary rocks. On the other hand, dykes outcrop as small and discontinuous trending-ENE crests, or as single, rounded and angular blocks in the granitic-gnaissic terrane whose main orientation varies between N70°-90°E. Sills consist of gabbros and diabases, are greenish-gray to black in colour, and fine- to medium-grained. Optically, these are holocrystalline with sub-ophitic to ophitic texture, and rare intergranular texture. Cumulate rocks of restricted occurrence were identified with paragenesis and textures similar to each other whose difference is the presence of olivine and high content of mafic minerals. These rocks are essentially composed of plagioclase, pyroxene, amphibole, opaques, and in a few of them, alkali-feldspar and quartz displaying graphic intergrowth are also observed. Dykes are dark-gray to greenish-gray with grain size decreasing from the rock wall towards the center of the body from very fine-grained or glassy to medium-grained, respectively. They are classified as diabases and basalts, respectively, holo to hypocrystalline, and have an essential composition of plagioclase, pyroxene and olivine. Under the microscope, diabases show inequigranular, sub-ophitic, and subordinate ophitic textures, and are fine- to medium-grained, while basalts display porphyritic, glomeroporphyritic, and textures vitrophyric, and rarely intersertal to hyalophitic textures. Chemically, dykes and sills are classified into sub-alkaline andesitic basalts (tholeiitic) formed in intraplate settings. REE patterns show that sills are richer in total REE relative to the dykes, as well as show significant vertical variation with respect to the REE pattern envelope, yet parallel to it. Ar-Ar plateau ages were obtained for the sills both from plagioclase (948 ± 5 Ma), and amphibole (1113 ± 11 Ma). A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1111.5 ± 1.9 Ma was also obtained for sills. The dyke swarms that form part of the Rio Perdido Intrusive Suite occur emplaced into Paleoproterozoic rocks sited in the Rio Apa Terrane (SW of Mato Grosso do Sul), and Paraguay. Dykes are tabular to lenticular, 1 to 30 m thick, generally striking N70°-90°E and N70º-90ºW. They exhibit abrupt and discordant contact with respect to the general NS trend. Dykes consist of very fine- to fine-grained diabases, and fine- to medium-grained microgabbros, both with no evidence of ductile deformation and metamorphism. Under the microscope, they are holocrystalline with ophitic to sub-ophitic, intergranular, and, in places, porphyritic textures, as well as quench textures in which they display swallow-tail shape. They contain essential plagioclase, pyroxenes and olivine, and show a tholeiitic trend with FeOt enrichment relative to MgO for relatively constant alkali contents. They are classified as basalts and andesitic basalts that are similar to Phanerozoic intraplate basalts. REE patterns show strong fractionation of light REE relative to the heavy, with La/Yb ratios varying between 2.8 and 6.2 and Eu anomalies subtly negative or absent. Recent U-Pb (ID-TIMS) data on baddeleyite provided an age of 1110 Ma. The Rincón del Tigre Igneous Complex is a thick layered intrusion that intrudes into the Sunsás Group (below), and into the Vibosi Group (above). Its name is due to the region of Rincón del Tigre in Bolivia, and is characterized as an igneous event related to the Sunsás Orogeny. It is divided into three units: Ultramafic (basal), Mafic (intermediate), and Felsic (superior). The Ultramafic Unit is composed of serpentinized dunite, harzburgite, olivine bronzite, bronzite picrite, and melanorite, while the Mafic Unit is composed of norite and gabbro. The Felsic Unit is represented by granophyres. A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1110.4 ± 1.8 Ma was obtained from the Felsic Unit, and show chronological similarity to the syn- and postorogenic granitic suites that occur in the Sunsás-Aguapeí province sited in Bolivia, and Brazil. Based on K-Ar ages varying between 1006 and 875 Ma, the units above were attributed to a single magmatic event and interpreted as a LIP that formed during an attempted breakup of Rodinia. Now, based on new precise geochronologic data (U-Pb TIMS on baddeleyite, and Ar-Ar on amphibole and plagioclase), and field and petrological data, this hypothesis is not supported anymore. There were two fissural magmatic events prior to the agglutination of this supercontinent: the older one with ages of 1439 and 1387 Ma, and the younger one around 1110 Ma old. By taking into account the evolution of the Amazon Craton, the older episode is marked by dyke swarms of the Rancho de Prata suite as well as lava flows and sills of the Salto do Céu suite, likely associated with post-orogenic stages of the Santa Helena Magmatic Arc in the Jauru Terrane; the younger event, which have occurrence restricted to the Paraguá and Rio Apa Terranes, is represented by the Huanchaca, and Rio Perdido suites and Rincón del Tigre Complex, and form part of a Stenian LIP sited in the south-southwestern Amazon Craton. This LIP evolved from an attempted break-up of continental crust that resulted in the formation of the Aguapeí Aulacogen. The Sunsás and Aguapeí Belts mark the period of agglutination of Rodinia, and are responsible for the metamorphism and deformation observed in part of this Stenian LIP.
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Permo-triássico da Bacia do Parnaíba, Norte do Brasil: implicações paleoambientais, paleoclimáticas e paleogeográficas para o Pangea ocidentalABRANTES JÚNIOR, Francisco Romério 03 June 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-06-03 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O Permo-Triássico foi marcado pelo maior evento de extinção em massa da história geológica da Terra, com a perda de 90-95% das espécies marinhas e terrestres, estando relacionado a mudanças paleogeográficas e paleoclimáticas, em parte atribuídas a eventos catastróficos. No final do Permiano, condições áridas prevaleceram em todo o globo como consequência da queda eustática do nível do mar, do desaparecimento das áreas glaciais e da multiplicação de bacias fechadas. Estas condições somadas à intensa continentalização do Pangea propiciaram a desertificação do supercontinente com o desenvolvimento de extensos desertos e complexos de sabkha. Os registros desses eventos no norte do Brasil são encontrados nas bacias intracratônicas, particularmente na Bacia do Parnaíba, representados pela sucessão siliciclástica-evaporítica do Grupo Balsas, que inclui as formações Pedra de Fogo, Motuca e Sambaíba. Sete associações de fácies foram reconhecidas: (1) Lacustre dominado por planícies de lama, representado pela intercalação de pelitos cinza esverdeados/avermelhados e arenitos finos com expressivo conteúdo de sílex; (2) Campo de dunas marginal constituído por estratos cruzados de arenitos finos a médios; (3) Lagos de playa perenes, consistindo dominantemente de pelitos vermelhos laminados com descontínuas camadas de arenitos sigmoidais; (4) Planície de lama salina / Panela salina, representadas por camadas de pelitos intercaladas a lentes de gipsita, calcário e marga; (5) Lençol de areia, constituído por estratos planos lateralmente contínuos de arenitos finos a médios com laminação convoluta, falhas/microfalhas sinsedimentares e estruturas de adesão; (6) Campo de dunas, formado por arenitos finos a médios com estratificações cruzadas de grande porte; e (7) Planície vulcânica, consistindo de basaltos e arenitos intercalados. Durante o Permiano Médio, amplas planícies marcadas pela alternância de fases lacustres rasas a profundas e planícies de lama em sabkhas continentais (AF1) se estendiam na zona tropical das porções oeste e central do Pangea. Esta ciclicidade refletia a sazonalidade de fases úmidas e secas, condicionadas por variações no nível freático, baixa taxa de subsidência e limitado espaço de acomodação. As fases secas mais prolongadas eram caracterizadas pelo avanço dos campos de dunas marginais (AF2) e o estabelecimento de amplas planícies de lama secas. O contínuo processo de amalgamação do Pangea durante o Permiano Superior propiciou o soerguimento das regiões equatoriais e centrais do supercontinente, ocasionando a retração dos mares epicontinentais, o surgimento de extensas bacias fechadas (AF3) e a formação de lagos salinos efêmeros extremamente ácidos, planícies de lama salinas e panelas salinas (AF4). Petrograficamente, os evaporitos das panelas salinas exibem feições de precipitação primária a eodiagenética de gipsita e anidrita, posteriormente afetados por processos telodiagenéticos. A extrema aridez favoreceu a retração destes grandes lagos e a implantação definitiva de um Erg triássico. Lençóis de areia ocorriam na porção marginal do Erg, contendo lagoas efêmeras e abundantes regiões úmidas (AF5). Extensos campos de dunas avançavam conforme aumentava a disponibilidade de sedimentos, enquanto superfícies de deflação eram formadas pela supressão parcial do suprimento sedimentar (AF6). A supressão total de sedimentos para o Erg no Triássico Superior proporcionou uma deflação extrema e regional que ocasionou na formação de uma superfície extremamente plana que assentou rochas vulcânicas eojurássicas (AF7). A análise deformacional da sucessão estudada identificou pelo menos três diferentes níveis de deformação sinsedimentar: (I) feições híbridas rúptil-dúuctil na zona de contato entre as formações Motuca e Sambaíba; (II) dobras e convoluções de médio porte na porção intermediária dos estratos eólicos da Formação Sambaíba; (III) injetitos nos arenitos intertraps da Formação Mosquito. Estes três níveis de camadas deformadas são separados por intervalos de estratos não deformados ou ligeiramente deformados, podendo mostrar lateralmente um aumento gradual da intensidade da deformação. O nível de deformação I ocorre na zona de contato entre as formações Motuca e Sambaíba e é representado por um conjunto de feições híbridas (rúptil-dúctil). A continuidade lateral deste intervalo por centenas de quilômetros, somada ao aumento do grau de deformação na região de Riachão e a concentração anômala de elementos traços (Cr, Co, Cu, Mn, Au, Pd e Pt), são compatíveis com abalos sísmicos de alta magnitude, provavelmente induzidos por impacto meteorítico (astroblema de Riachão). O nível de deformação II é formado por um conjunto de dobras desarmônicas na parte intermediária da Formação Sambaíba. Originou-se por processos autocíclicos relacionados a deformação hidroplástica de sedimentos pela migração e sobrepeso de dunas/draas. O terceiro intervalo consiste em diques de arenito nas rochas vulcânicas eojurássicas da Formação Mosquito. Estes diques foram formados pela injeção hidráulica de areia durante o aumento de gradiente térmico induzido pelo magmatismo básico durante a fase pré-rifte do Pangea Ocidental. / The Permo-Triassic was marked by the great mass extinction of geological Earth history with losses of 90-95% of marine and terrestrial species. These were related to paleogeographic and paleoclimatic changes in part assigned to catastrophic events. In the end of Permian, arid conditions prevailed around the world as a consequence of eustatic sea level fall added to disappearance of glacial areas and large-scale closed basins multiplication. These conditions combined with the intense continentalization of Pangea supercontinent led to desertification with the development of large desert and sabka complexes. In the northern of Brazil the records of these events are found in intracratonic basins, particularly in the Parnaíba Basin. This is represented by siliciclastic-evaporitic succession from Balsas Group compound by Pedra de Fogo, Motuca and Sambaíba formations. It was recognized seven facies associations: (1) Lacustrine mudflat dominated, represented by greenish/reddish gray laminated mudstones interbedded with fine-grained sandstones and great chert content; (2) Marginal dune fields consisting of planar cross-stratified beds of fine- to medium-grained sandstones; (3) Perennial playa lake consisting dominantly of red laminated mudstones with discontinuous layers of sigmoidal sandstones; (4) Saline mudflat / Saline pan represented by reddish laminated mudstones interbedded with lenses of gypsum, limestone, and marl; (5) Sand sheet laterally consisting of continuous fine- to medium-grained sandstones with convoluted lamination, synsedimentary faults/microfaults and adhesion structures; (6) Dune fields formed by fine- to medium-grained sandstones with large-scale cross-bed sets; and (7) Volcanic plain, consisting of basalts interbedded with sandstones. During Middle Permian, the alternating between continental sabkha mudflats and shallow to deep lacustrine phases occurred in large plains in the tropical zone of western to central Pangea (AF1). This cyclicality reflected the seasonal wet and dry phases triggered by changes in the water level, low subsidence rate and narrow accommodation space. The prolonged dry stages were characterized by the advance of the marginal dune fields (AF2) as well as by establishment of large dry mudflats. In the Upper Permian, the continuous amalgamation process of supercontinent Pangea led to the uplift of central and equatorial regions resulting in the retreat of epicontinental seas. However, there were the appearance of large-scale closed basins (AF3) and extremely acid saline ephemeral lakes with saline mudflats and pans (AF4). Petrographically, the evaporate from saline pans display primary features of precipitation to eodiagenetic of gypsum and anidrite posteriorly affected by telodiagenetic processes. The extreme aridity conditions favored the decline of these great lakes and the definitive implementation of Triassic Erg. Sand sheets occurred in the marginal portion of this Erg, containing abundant ephemeral ponds and humid regions (AF5). Large dune fields advancing as consequence of the sediment availability increase, while deflation surfaces were produced by partial removal of sediment supply (AF6). The total interruption of sediment supply to the Erg in the Late Triassic provided an extreme and regional deflation surface overlapping by eojurassics volcanic rocks (AF7). The deformational analysis of the studied succession identified three different synsedimentary deformational levels at least: (I) brittle-ductile hybrid features in the contact zone between the Motuca and Sambaíba formations; (II) folds and medium-sized convolution in the middle portion of the eolic strata of Sambaíba Formation; (III) Injectites in the intertraps sandstones from Mosquito Formation. These three levels of deformed layers are separated by non- or slightly-deformed strata intervals, laterally may show a gradual increase of deformation intensity. The deformation level I occurs in the contact zone between Motuca and Sambaíba formations represented by a set of hybrid (brittleductile) features. Lateral continuity of this interval for hundreds of kilometers added to the increase in the deformation degree in the Riachão area. Furthermore, the anomalous concentration of trace elements (Cr, Co, Cu, Mn, Au, Pd, and Pt) are consistent with earthquakes of high magnitude probably product of meteoritic impact (Riachão structure). The level of strain II is marked by a set of inharmonious folds in the middle part of Sambaiba Formation. These are originated by autociclic processes related to hidroplastic deformation of sediments of sediments by dunen/draas migration and overweight. The third interval it is composed by sandstone dikes in an eojurassic volcanic rocks of Mosquito Formation. These dams were formed by hydraulic injections of sand leading to a thermal gradient increase induced by basic magmatic activities during the pre-rift phase in the Western Pangea.
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Paleoambiente e proveniência da formação cabeças da bacia do Parnaíba: evidências da glaciação famenniana e implicações na potencialidade do reservatórioBARBOSA, Roberto César de Mendonça 10 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / ANP - Agência Nacional do Petróleo / O histórico de prospecção de hidrocarbonetos da Bacia Paleozoica do Parnaíba, situada no norte-nordeste do Brasil, sempre foi considerado desfavorável quando comparado aos super-reservatórios estimados do Pré-Sal das bacias da Margem Atlântica e até mesmo interiores, como a Bacia do Solimões. No entanto, a descoberta de gás natural em depósitos da superseqüência mesodevoniana-eocarbonífera do Grupo Canindé, que incluem as formações Pimenteiras, Cabeças e Longá, impulsionou novas pesquisas no intuito de refinar a caracterização paleoambiental, paleogeográfica, bem como, entender o sistema petrolífero, os possíveis plays e a potencialidade do reservatório Cabeças. A avaliação faciológica e estratigráfica com ênfase no registro da tectônica glacial, em combinação com a geocronologia de zircão detrítico permitiu interpretar o paleoambiente e a proveniência do reservatório Cabeças. Seis associações de fácies agrupadas em sucessões aflorantes, com
espessura máxima de até 60m registram a evolução de um sistema deltaico Devoniano influenciado por processos glaciais principalmente no topo da unidade. 1) frente deltaica distal, composta por argilito maciço, conglomerado maciço, arenito com acamamento maciço,
laminação plana e estratificação cruzada sigmoidal 2) frente deltaica proximal, representada pelas fácies arenito maciço, arenito com laminação plana, arenito com estratificação cruzada sigmoidal e conglomerado maciço; 3) planície deltaica, representada pelas fácies argilito
laminado, arenito maciço, arenito com estratificação cruzada acanalada e conglomerado maciço; 4) shoreface glacial, composta pelas fácies arenito com marcas onduladas e arenito com estratificação cruzada hummocky; 5) depósitos subglaciais, que englobam as fácies
diamictito maciço, diamictito com pods de arenito e brecha intraformacional; e 6) frente
deltaica de degelo, constituída pelas fácies arenito maciço, arenito deformado, arenito com
laminação plana, arenito com laminação cruzada cavalgante e arenito com estratificação
cruzada sigmoidal. Durante o Fammeniano (374-359 Ma) uma frente deltaica dominada por
processos fluviais progradava para NW (borda leste) e para NE (borda oeste) sobre uma
plataforma influenciada por ondas de tempestade (Formação Pimenteiras). Na borda leste da
bacia, o padrão de paleocorrente e o espectro de idades U-Pb em zircão detrítico indicam que
o delta Cabeças foi alimentado por áreas fonte situadas a sudeste da Bacia do Parnaíba, provavelmente da Província Borborema. Grãos de zircão com idade mesoproterozóica (~
1.039 – 1.009 Ma) e neoproterozóica (~ 654 Ma) são os mais populosos ao contrário dos
grãos com idade arqueana (~ 2.508 – 2.678 Ma) e paleoproterozóica (~ 2.054 – 1.992 Ma). O
grão de zircão concordante mais novo forneceu idade 206Pb/238U de 501,20 ± 6,35 Ma (95%
concordante) indicando idades de áreas-fonte cambrianas. As principais fontes de sedimentos
do delta Cabeças na borda leste são produto de rochas do Domínio Zona Transversal e de
plútons Brasilianos encontrados no embasamento a sudeste da Bacia do Parnaíba, com
pequena contribuição de sedimentos oriundos de rochas do Domínio Ceará Central e da
porção ocidental do Domínio Rio Grande do Norte. No Famenniano, a movimentação do
supercontinente Gondwana para o polo sul culminou na implantação de condições glaciais
concomitantemente com o rebaixamento do nível do mar e exposição da região costeira. O
avanço das geleiras sobre o embasamento e depósitos deltaicos gerou erosão, deposição de
diamictons com clastos exóticos e facetados, além de estruturas glaciotectônicas tais como
plano de descolamento, foliação, boudins, dobras, duplex, falhas e fraturas que refletem um
cisalhamento tangencial em regime rúptil-dúctil. O substrato apresentava-se inconsolidado e
saturados em água com temperatura levemente abaixo do ponto de fusão do gelo (permafrost
quente). Corpos podiformes de arenito imersos em corpos lenticulares de diamicton foram
formados pela ruptura de camadas pelo cisalhamento subglacial. Lentes de conglomerados
esporádicas (dump structures) nos depósitos de shoreface sugere queda de detritos ligados a
icebergs em fases de recuo da geleira. A elevação da temperatura no final do Famenniano
reflete a rotação destral do Gondwana e migração do polo sul da porção ocidental da América
do Sul e para o oeste da África. Esta nova configuração paleogeográfica posicionou a Bacia
do Parnaíba em regiões subtropicais iniciando o recuo de geleiras e a influência do rebound
isostático. O alívio de pressão é indicado pela geração de sills e diques clásticos, estruturas
ball-and-pillow, rompimento de camadas e brechas. Falhas de cavalgamento associadas à
diamictitos com foliação na borda oeste da bacia sugerem que as geleiras migravam para NNE.
O contínuo aumento do nível do mar relativo propiciou a instalação de sedimentação
deltaica durante o degelo e posteriormente a implantação de uma plataforma transgressiva
(Formação Longá). Diamictitos interdigitados com depósitos de frente deltaica na porção
superior da Formação Cabeças correspondem a intervalos com baixo volume de poros e
podem representar trapas estratigráficas secundárias no reservatório. As anisotropias
primárias subglaciais do topo da sucessão Cabeças, em ambas as bordas da Bacia do Parnaíba,
estende a influência glacial e abre uma nova perspectiva sobre a potencialidade efetiva do
reservatório Cabeças do sistema petrolífero Mesodevoniano-Eocarbonífero da referida bacia. / The hydrocarbon prospection history of the Paleozoic Parnaíba Basin, northeastern
Brazil, has been unfavorable when compared to the putatively large reservoirs of the Pré-Sal
of the Coastal basins and the onshore Solimões Basin. However, the discovery of natural gas
in the Devonian-Eocarboniferous siliciclastic deposits of the Canindé Group which include
Pimenteiras, Cabeças and Longá formations, has motivated new research to improve the
paleoenvironmental and paleogeographic interpretations to understand the petroliferous
system, the possible plays and the potenciality of the Upper Devonian Cabeças reservoir.
Based-outcrop facies and stratigraphic analysis combined with detrital zircon geochronology
allowed to interpret the paleoenvironment and the sedimentary provenance from Cabeças
reservoir. Six facies association grouped in the succession with up to 60m thick, records the
evolution of deltaic system influenced by glacial processes mainly in the top of the unit: 1)
distal deltaic front, composed of massive mudstone and conglomerate, sandstone with
massive bedding, even parallel lamination and sigmoidal cross-bedding; 2) proximal deltaic
front, represented by sandstone with massive bedding, even parallel lamination and sigmoidal
cross-bedding sandstone and massive conglomerate; 3) deltaic plain, consisting laminated
mudstone, massive conglomerate, sandstone with massive bedding and trough cross-bedding;
4) glacial shoreface, composed by sandstone with rippled bedded and hummocky crossbedding;
5) subglacial deposits, which include massive diamictite, diamictite with sandstone
pods and intraformational breccia; and 6) melt-out deltaic front, consisting of sandstone with
massive bedding, even parallel lamination, climbing ripple-cross lamination and sigmoidal
cross-bedding sandstone, as well as, deformed sandstone. In the Fammenian (374-359 Ma), a
fluvial dominated deltaic front prograding to the NW (eastern border of the basin) and to the
NE (western border of the basin) on a storm influenced platform (Pimenteiras Formation). In
the eastern border of the basin, the paleocurrent pattern and the U-Pb zircon ages spectrum
indicate that the Cabeças delta was fed by source lands located in the southeastern of the
basin, probably in the Borborema Province. Mesoproterozoic (~ 1.039-1.009 Ma) and
Neoproterozoic zircon ages are the most populous, differently of the grains with Archean (~
2.508-2.678 Ma) and Paleoproterozoic (~ 2.054-1.992 Ma) ages. The youngest concordant
zircon grain yielded a 206Pb/238age of 501.20 ± 6.35 Ma (95% concordant) indicating
Cambrian source areas. The main sediments source of the Cabeças delta in the eastern border
were provide of the Transversal Zone Domain and the Brasilian plutons of the crystalline
basement found in the southeast of the Parnaíba Basin. Small contribution of sediments was
derived from the Central Ceará and of the Western Rio Grande do Norte domains. In the
Famennian, the migration of the Gondwana Supercontinent to the South Pole resulted in the
implantation of the glacial conditions concomitant with the sea-level fall and exposure of the
coastal region. The advance of the glaciers upon the basement crystalline rocks and deltaic
deposits generated erosion, deposition of diamicton with exotic and faceted clasts, as well as,
glaciotectonic strucutures such as foliation, boudins, folds, duplex, faults and fractures
reflecting a brittle-ductile tangential shear. The unconsolidated and water saturated substrate
had temperature slightly below to the melting point of ice (warm permafrost). Sporadic
conglomerate lenses (dump structure) in shoreface deposits suggest an ice-rafted process due
to icebergs during glacier retreat phase. The increase of the temperature in the Late
Famennian reflects the dextral rotation of the Gondwana and South Pole migration from
western portion of the South America and to the West Africa. The new paleogeographic
configuration positioned the basin in subtropical latitudes initiating the glacier retreat and
increase the influence of the isostatic rebound. The structures formed during pressure decrease
were clastic sills and dykes, ball-and-pillow structures, beds disruption and intraformational
breccia. Thrust faults associated with foliated diamictites in the western border of the basin
suggest glaciers migrating to the N-NE. The continuity of the sea-level rise propitiates the
implantation of melt-out deltaic system and, afterwards, a transgressive platform (Longá
Formation). Diamictites interbedded with deltaic front deposits in the Upper Cabeças
Formation correspond intervals with low pore volume and can represent secondary
stratigraphic traps in the reservoir. The subglacial primary anisotropies were found in the both
borders of the Parnaiba Basin, extend the glacial influence and opens a new perspective about
the heterogeneity and effective potentiality of the Cabeças reservoir from the Mesodevonian-
Eocarboniferous petroliferous system.
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Desenvolvimento metodológico e avaliação de contaminação por HPAs em sedimentos da baia de GuajaráSODRÉ, Silvana do Socorro Veloso 31 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) são poluentes de efeito tóxico, prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana, fazem parte de um grupo de compostos poluentes orgânicos persistentes (POPs), que por suas características tem impactado o ambiente, sendo por esse motivo bastante estudados. Podem estar presentes nas formas particulada, dissolvida e/ou gasosa, estando presentes em diferentes ambientes; solo, sedimento, ar, água, material particulado na atmosfera, organismos e alimentos (Kennish, 2007). As fontes naturais de HPAs incluem atividades vulcânicas, queimadas naturais,
exsudação de óleos, além de processos biogênicos. HPAs antrogênicos podem ocorrer pela combustão incompleta de óleos combustíveis (automotores e industriais), queima intencional de madeira e plantações, efluentes domésticos e/ou industriais, drenagens pluviais urbanas, derrames acidentais de óleos e derivados. Hidrofóbicos e lipofílicos, essas substâncias podem ser facilmente adsorvidas em sedimentos, sendo este compartimento um importante reservatório desses poluentes. Para avaliar a presença desses compostos no ambiente, utilizou-se nesse trabalho a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. As amostras utilizadas no desenvolvimento e otimização da metodologia foram coletadas na baia do Guajará (Belém – PA). O presente trabalho constituiu-se dessa forma em um desenvolvimento de um procedimento metodológico (com adaptações e timizações) para quantificar 16 HPAs em 10 pontos na baia do Guajará, Belém – PA, em duas etapas de campo, totalizando 20 amostras analisadas. Na etapa de desenvolvimento do método analítico foram testados sistemas de eluição, polaridade do sistema e fluxo do eluente entre outros. Para validação do método foram avaliados os parâmetros fidelidade, linearidade, limite de detecção, limite de quantificação do método. Razões diagnósticas foram calculadas para identificação das fontes primárias do HPAs encontrados na baia. Foram identificadas, a partir de razões diagnósticas da ΣHPAs BMM/ΣHPAsAMM; Fen/Ant; Flt/Pir; Ant/Σ178; Flt/Σ202; B(a)P/Σ228 e Ind(123cd) pireno/Σ276 as fontes primárias dos 16 HPAs estudados no sedimento da baia. A somatória das concentrações dos HPAs leves na primeira etapa de campo, variou de 132,13 ng.g-1 a 1704,14 ng.g-1, a ΣHPAs dos pesados de 125,82 g.g-1 a 1269,71 ng.g-1 e ΣHPAs totais de 317,84 ng.g-1 a 3117,06 ng.g-1.. Na segunda etapa de campo, as concentrações dos HPAs leves variou de 76,12 ng.g-1 a 1572,80 ng.g-1 ; a ΣHPAs pesados variou entre 213,90 ng.g-1 a 1423,03 ng.g-1, e Σ HPAs totais teve concentrações de 290,02 ng.g-1 a 2995,82 ng.g-1. A partir dos resultados obtidos pode-se classificar a baia do Guajará como moderadamente impactada. A combustão constitui a fonte predominante de HPAs nos sedimentos da baia do Guajará, seguida da combustão de biomassa vegetal e aporte de petróleo e derivados. A maioria dos pontos estudados nesse trabalho, nas duas etapas de campo, apresentaram concentrações de HPAs individuais acima dos VGQS. / Polycyclic Aromatic Hydrocarbons (PAHs) are pollutants with toxic effects, harmful to the environment and to human health. They are part of a group of persistent organic pollutants (POPs), which by its characteristics have an impact on the environment and are extensively studied for this reason. They may be present in particulate, dissolved and/or
gaseous forms, in different environments such as soil, sediment, air, water, particulate matter in the atmosphere, organisms and food (Kennish, 2007). Natural sources of PAHs include volcanic activity, natural fires, oil oozing and biogenic processes. Anthropogenic PAH pollution may occur by incomplete oil combustion (automotive and industrial), intentional burning of wood and plantations, domestic and/or industrial wastewater, urban water flow, accidental spills of oil and derivatives. Hydrophobic and lipophilic, these substances can be easily adsorbed by sediments, so that this matter is an important reservoir for them. To evaluate the presence of these compounds in the environment, this work used High Performance Liquid Chromatography. The samples used in the development and optimization of the methodology were collected in the Guajará bay (Belém - PA). This work consisted in the development of a methodological procedure (with adaptations and optimizations) to quantify 16 PAHs in 10 points in the Guajará bay in two field campaigns, so that 20 samples were analysed. In the development stage of the analytical method, elution systems, system polarity and eluent flow were tested, among others. In order to validate the method, the following parameters were assessed: fidelity, linearity, detection limit and quantification limit. Diagnostic ratios were calculated to identify the primary sources of PAHs found in the bay. The primary sources of the 16 PAHs studied in the sediments of the bay were identified based on ΣPAHs BMM/ΣPAHsAMM; Phe/Ant; Flt/Pyr; Ant/Σ178; Flt/Σ202; B(a)P/Σ228 and Ind(123cd)pyrene/Σ276. In the first field campaign, the total concentration of light PAHs ranged from 132.3 ng.g-1 to 1704.14 ng.g-1, the ΣPAHs of the heavy ones, from 125.82 ng.g-1 to 1269.71 ng.g-1 and the total ΣPAHs, from 317.84 ng.g-1 to 3117.06 ng.g-1. In the second field campaign, the total concentration of light PAHs ranged from 76.12 ng.g-1 to 1572.80 ng.g-1, the ΣPAHs of the heavy ones, from 213.90 ng.g-1 to 1423.03 ng.g-1, and the total ΣPAHs, from 290.02 ng.g-1 to 2995.82 ng.g-1. Based on these results, the Guajará bay can be classified as moderately impacted. The combustion is the predominant source of PAHs in the sediments of the bay, followed by vegetal biomass combustion and by the contribution of oil and supplies. Most of the points studied in this work, during the two field campaigns, showed concentrations of individual PAHs above the SQGs.
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Detecção de mudança e sedimentação no estuário do Rio CoreaúRODRIGUES, Suzan Waleska Pequeno 02 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O uso de novas técnicas para estudar a evolução e preenchimento de vales incisos tem fornecido, ao longo dos anos, importantes resultados para entendermos como foi a evolução costeira brasileira. Neste contexto, esta tese teve como objetivo estudar a evolução do estuário do rio Coreaú, localizado no estado do Ceará, em diferentes escalas temporais, seja “Eventual” (meses, anos), “Engenharia” anos, decádas) e Geológica” (centenas, séculos, milênios), proposta por Cowell et al. (2003), com intuíto de avaliar se as transformações/alterações ao longo dos anos foram significativas ou não. Como resultados, obteve-se no primeiro objetivo, utilizando técnicas de sensoriamento remoto, a partir de imagens dos sensores TM, ETM+ e OLI do satélite Landsat 5,7 e 8 e LISS-3 do satélite ResourceSat-1 de 1985 a 2013, uma alteração mínima em relação a transformações morfológicas ao longo do estuário nos últimos 28 anos (entre as escalas Eventual e de Engenharia),
houve neste período um acréscimo de 0,236 km2 (3%) de área, não trazendo sigificativas mudanças para o estuário. Em relação a taxa de sedimentação, correspondente ao segundo bjetivo, a partir da
coleta de 9 testemunhos, de até 1 m de profundidade e utilizando o radionuclídeo 210Pb, ao longo do estuário, obteve-se uma taxa que variou de 0,33 cm/ano a 1 cm/ano (escalas entre Engenharia e
Geológica) próximo a foz do estuário, e com uma rápida sedimentação percebida na margem leste do rio, onde encontram-se sedimentos mais recentes em relação a margem oeste. Em relação ao preenchimento, terceiro e último objetivo, a partir da amostragem de testemunhos de até 18 m de profundidade, utilzando o amostrador Rammkernsonden (RKS), foram gerados perfis e seções
estratigráficas que ajudaram a entender o preenchimento do vale inciso do estuário do rio Coreaú e
entender que trata-se de um estuário fluvio-marinho, preenchendo os vales formados no Grupo
Barreiras nos últimos 10.000 anos antes do presente.
Estas análises e resultados servirão como base para comparação com outros estuários, sejam fluviais, fluvio-marinhos ou marinhos, para entendermos melhor quais os possíveis eventos que dominaram a sedimentação ao longo da costa brasileira em diferentes escalas. / The use of new techniques to study the evolution and filling incised valleys has provided,
over the years, important results was to understand how the coastal evolution of the Brazilian coastal
zone. In this context, this thesis aimed to study the evolution of the estuary Coreaú River, located in
the state of Ceará, in different time scales, is "Possible" (months, years), "Engineering" (years,
decades) and "Geology" (hundreds, centuries, millennio), proposed by Cowell et al (2003), with the
goal to assess whether changes /alterations over the years were significant or not in the estuary. As a
result, we obtained the first goal, using remote sensing techniques from image sensor TM, ETM+ and
OLI of Landsat 5, 7 and 8 and sensor LISS-3 of satellite ResourceSat-1 from 1985 to 2013, a change
minimal in relation to morphological changes along the estuary in the last 28 years (between Possible
scales and Engineering), there was an increase in this period of 0.236 km2 (3%) of the area, not
bringing significant changes to the estuary. Regarding sedimentation rate, corresponding to the
second goal, from the collection of nine witnesses, up to 1m deep and using radionuclídeo 210 Pb
along the estuary, we obtained a rate that ranged from 0,33 cm/year 1 cm/year (between scales
Geological and Engineering) near the mouth of the estuary, and with a quick sedimentation
perceived on the east bank of the river, where there are younger sediments toward the west margin.
Regarding the fulfillment, third and final goal from the sampling of testimonials to 18 m depth, using
the sampler Rammkernsonden (RKS), profiles and stratigraphic sections that helped understand
filling the valley section of the estuary of the Coreaú river were generated and that it is a fluvialmarine
estuary, filling the valleys formed in group Barriers in the last 10.000 years before present.
These analyzes and results serve as a basis for comparison with other estuaries, either fluvial,
fluvio-marine or marine, to better understand what the possible events that dominated sedimentation
along the coast of Brazil at diferent scales.
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Geologia, geoquímica e petrologia magnética do magmatismo básico da área de Nova Canadá (PA), Província CarajásMARANGOANHA, Bhrenno 29 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / INCT/GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / O mapeamento geológico realizado na área de Nova Canadá, porção sul do Domínio Carajás, Província Carajás, possibilitou a individualização de duas unidades de caráter máfico e intrusivas nos granitoides do Complexo Xingu e, mais restritamente, na sequência greenstone belt do Grupo Sapucaia. São representadas por diques de diabásio isotrópicos e por extensos corpos de anfibolito, com os últimos descrevendo texturas nematoblástica e granoblástica, de ocorrência restrita à porção SW da área. Ambos apresentam assinatura de basaltos subalcalinos de afinidade toleítica, sendo que os diques de diabásio são constituídos por três
variedades petrográficas: hornblenda gabronorito, gabronorito e norito, sendo essas diferenças restritas apenas quanto à proporção modal de anfibólio, orto- e clinopiroxênio, já que texturalmente, as mesmas não apresentam diferenças significativas. São formados por plagioclásio, piroxênio (orto- e clinopiroxênio), anfibólio, minerais óxidos de Fe-Ti e olivina, apresentam um padrão ETR moderadamente fracionado, discreta anomalia negativa de Eu, ambiente geotectônico correspondente a intraplaca continental, e assinaturas dos tipos OIB e E-MORB. Já os anfibolitos são constituídos por plagioclásio, anfibólio, minerais opacos,
titanita e biotita, mostram um padrão ETR horizontalizado, com anomalia de Eu ausente, sendo classificados como toleítos de arco de ilha e com assinatura semelhante aos N-MORB.
Os dados de química mineral obtidos nessas unidades mostram que, nos diques de diabásio, o
plagioclásio não apresenta variações composicionais significativas entre núcleo e borda,
sendo classificados como labradorita, com raras andesina e bytownita; o anfibólio mostra uma
gradação composicional de Fe-hornblenda para actinolita, com o aumento de sílica. Nos
anfibolitos, o plagioclásio mostra uma grande variação composicional, de oligoclásio à
bytownita nas rochas foliadas, sendo que nas menos deformadas, sua classificação é restrita à
andesina sódica. O piroxênio, presente apenas nos diabásios, exibe considerável variação em
sua composição, revelando um aumento no teor de magnésio nos núcleos, e de ferro e cálcio,
nas bordas, permitindo classificá-los em augita, pigeonita (clinopiroxênio) e enstatita (ortopiroxênio). Os diabásios apresentam titanomagnetita, magnetita e ilmenita como os principais óxidos de Fe-Ti, permitindo reconhecer cinco formas distintas de ilmenita nessas rochas: ilmenita treliça, ilmenita sanduíche, ilmenita composta interna/externa, ilmenita em
manchas e ilmenita individual. Feições texturais e composicionais sugerem que a
titanomagnetita e os cristais de ilmenita composta externa e individual foram originados
durante o estágio precoce de cristalização. Durante o estágio subsolidus, a titanomagnetita foi
afetada pelo processo de oxi-exsolução, dando origem a intercrescimentos de magnetita pobre
em titânio com ilmenita (ilmenitas treliça, em mancha, sanduíche e composta interna). Os
anfibolitos possuem a ilmenita como único mineral óxido de Fe e Ti ocorrendo, portanto, sob
a forma de ilmenita individual, onde encontra-se sempre associada ao anfibólio e à titanita. Os
valores mais elevados de suscetibilidade magnética (SM) estão relacionados aos gabronoritos
e noritos, os quais exibem maiores conteúdos modais de minerais opacos e apresentam
titanomagnetita magmática em sua paragênese. A variedade hornblenda gabronorito define as
amostras com valores intermediários de SM. Os menores valores de SM são atribuídos aos
anfibolitos, que são desprovidos de magnetita. A correlação negativa entre valores de SM com
os conteúdos modais de minerais ferromagnesianos indica que os minerais paramagnéticos
(anfibólio e piroxênio) não possuem influência significativa no comportamento magnético dos
diabásios, enquanto nos anfibolitos a tendência de correlação positiva entre estas variáveis
pode sugerir que estas fases são as principais responsáveis pelos seus valores de SM. Dados
geotermobarométricos obtidos a partir do par titanomagnetita-ilmenita nos diabásios indicam
que estes se formaram em condições de temperatura (1112°C) e Fo2 (-8,85) próximas
daquelas do tampão NNO. / Through geologic mapping of the Nova Canadá area, was possible to individualize two mafic
units, typified for diabase dikes, isotropic, and extensive bodies of amphibolites with
nematoblastic and granoblastic textures, outcropping only in the southwestern part of the area.
Both units cross-cut granitoids of Xingu Complex and Sapucaia greenstone belts sequence.
They are classified as subalkaline tholeiitic basalts. Diabase dikes are divided into three
varieties, namely hornblende-gabbronorite, gabbronorite and norite, being the differences
between these ones only concerned the modal contents of amphibole, ortho- and
clinopyroxene, once petrographically, they don’t show significant differences. They consist of
plagioclase, ortho-/clinopyroxene, amphibole, Fe-Ti oxides and olivine; they show a moderate
fractional pattern REE and unremarkable negative Eu anomaly. Tectonically, they are related
to a continental intraplate environment, and show OIB and E-MORB-types signatures. On the
other hand, the amphibolites show a flat REE pattern and an absence of Eu anomaly. They are
classified as island arc tholeiites and show N-MORB-type signature. This lithotype includes
plagioclase, amphibole, opaque minerals, titanite and biotite as main mineralogical phases.
The mineral chemistry shows in the diabases no significant variation between plagioclase core
and rim, being classified as labradorite, with rare andesine and bytownite; the amphibole
shows a compositional gradation from Fe-hornblende to actinolite with increasing silica. In
the amphibolites, the plagioclase shows a wide compositional variation, from oligoclase to
bytownite in the foliated rocks; in the amphibolites less/no foliated, there is only sodic
andesine. Pyroxene is only found in the diabase dikes and exhibits considerable variation
compositional, showing a magnesium content increasing in the cores; the iron and calcium
contents increase toward the rims; it is classified as augite, pigeonite (clinopyroxene) and
enstatite (orthopyroxene). Diabase dikes have titanomagntite, magnetite and ilmenita as main
Fe-Ti oxides. Textural analyses of these oxides allowed identifying five distinct forms of
ilmenite in the diabase dikes: trellis ilmenite, sandwich ilmenite, patch ilmenite, individual
ilmenite, internal and external composite ilmenite. Texture features suggest that
titanomagnetite and individual and external composite ilmenite crystallized in early magmatic
stage. During the subsolidus stage, titanomagnetite was transformed by oxidation-exsolution
in intergrowths of almost pure magnetite and ilmenite (sandwich, patch, trellis and internal
composite ilmenite). Amphibolites have ilmenite as the only Fe-Ti oxide mineral, that occurs
as individual ilmenite, and it is always associated to amphibole and titanite. Norites and
gabbronorites are characterized by the highest values of the magnetic susceptibility (MS);
these varieties exhibit the highest modal opaque minerals content, having primary
titanomagnetite as mineralogical phase. Hornblende-gabbronorites exhibit the moderate
values of the MS, and amphibolites, the lowest ones. The negative correlation between MS
values with modal ferromagnesian contents of the diabases shows that paramagnetic minerals
(amphibole and pyroxene) don’t have significant influence in the magnetic behavior in these
rocks. In contrast, the positive correlation between these variables, of the amphibolites,
suggests these mineral phases are the main responsible for its values of the MS.
Geothermobarometric data obtained from titanomagnetite-ilmenite pair in the diabase dikes
show temperature and oxygen fugacity conditions (1112°C and -8,85, respectively) close to
NNO buffer.
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Aplicação da cromatografia líquida de alta eficiência na investigação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em testemunhos sedimentaresEVANGELISTA, Camila do Carmo Pereira 31 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são compostos orgânicos originários de
fontes naturais e antrópicas e, por apresentarem potencial carcinogênico e mutagênico, são
considerados poluentes prioritários por agências ambientais. Desta forma, métodos analíticos
para investigação de tais compostos que sejam rápidos e de baixo custo são de relevância
considerável para o monitoramento ambiental. O presente trabalho teve como objetivos otimizar um método analítico para HPAs utilizando cromatografia líquida com detecção por arranjo de diodos (HPLC-DAD) e aplicar em testemunho sedimentar de região estuarina. Para otimização e avaliação do método, uma coluna sedimentar de 46 cm de comprimento foi coletada na foz do Rio Tucunduba (Belém, Pará) e seccionada em porções de 2 cm
(subamostras). Após secagem, 30 g de cada porção foram extraídos com mistura de
diclorometano em acetona (1:1) em ultrassom por 40 min. Os extratos obtidos foram
centrifugados, purificados em sílica-gel, adaptação em funil necessária principalmente para
reter partículas finas, e em seguida concentrados em rotaevaporador à vácuo e, por fim,
filtrados com membrana de nylon 0,22 μm antes da injeção no HPLC. Amostras fortificadas
com padrões analíticos de 16 HPAs e brancos também foram processados da mesma maneira.
Um conjunto de parâmetros para validação do método foi investigado e observou-se: (1) boa
linearidade: as curvas de calibração (analíticas) apresentaram coeficientes de correlação
elevadas; (2) precisão adequada: obteve-se desvio padrão relativo dentro do aceitável, sendo o
mínimo de 2,1% para acenaftileno e máximo de 19,7% para o fluoranteno; (3) limites de
detecção baixos: entre 0,004 a 1,085 ng g g<sup>-1</sup>, viabilizando análises em concentrações reais in
situ; (4) recuperação adequada para traços: sendo a mínima de 40,0% para o acenaftileno e
máxima de 103,1% para o benzo(k)fluoranteno. As concentrações de HPAs totais variaram
nas seções do testemunho sedimentar entre 60,77 - 783,3 ng g<sup>-1</sup> de sedimento seco. O método
otimizado mostrou-se vantajoso com relação aos tradicionais que utilizam extrator soxhlet e
colunas de adsorventes para purificação de extratos por minimizar o tempo de extração e
reduzir custos com uso de volumes menores de solventes para purificação do extrato. A
limitação do método, porém, foi a coeluição do criseno e do benzo(a)antraceno e a
sobreposição do fluoreno e acenafteno, além da quantificação benzo(g,h,i)perileno. Essa
limitação provavelmente está associada à eficiência da coluna cromatográfica disponível para
a análise, que é para aplicação geral. O método mostrou-se aplicável a amostras estuarinas
complexas e ricas em silte e argila. Razões diagnósticas de HPAs parentais indicam fontes
petrogênicas a profundidades de 24 – 26 cm, 28 – 30 cm; e fontes pirolíticas a profundidades
de 6 – 8 cm, 10 – 12 cm e 14 – 16 cm respectivamente. / Polycyclic aromatic hydrocarbons are organic (PAH) compounds originated from natural or
anthropogenic sources and are considered priority substances by environmental agencies
because of carcinogenic and mutagenic potentials. Therefore, rapid and low cost analytical
methods for these compounds are of significant relevance for environmental purposes. The
present study aimed the optimization of an analytical method for PAHs using High
Performance Liquid chromatography with a diode array detector (HPLC-DAD) for the
application to an estuarine sediment core. For the optimization and evaluation of the method,
a sedimentary column measuring 46 cm length was collected at the mouth of the Igarapé
Tucunduba (Belém, Pará) and sectioned in 2 cm portions. After dryness, 30 g of each portion
were extracted with a mixture of dichloromethane in acetone in ultrasound bath for 40 min.
the extracts obtained were centrifuged, purified on silica gel as a clean-up adaptation mainly
to retained fine particles, then concentrated using vacuum evaporator and filtered through 0,2
μm nylon membrane before HPLC injection. Samples spiked with 16 PAH analytical
standards and procedural blanks were processed on the same way. The parameters assessed
showed: (1) good linearity, the calibration curves presented high correlation coefficients ; (2)
adequate accuracy: relative standard deviations within acceptable values with 2,1% for
acenaphthylene and maximum of 19,7% for fluoranthene; (3) low detection limits between
0,004 to 1,085 ng g<sup>-1</sup> which make in situ determinations feasible; (4) adequate recovery for
traces with minimum of 40,0% for acenaphthylene and maximum of 103,1% for
benzo(k)fluoranthene. The total PAH concentration in the sediment core ranged between
60,77 to 783,3 ng g<sup>-1</sup> dry sediment. The optimized method showed advantages over the
traditional methods based on soxhlet extrations and clean up adsorption columns in terms of
time of analysis and reduced costs with the use of smaller amounts of solvents. The limitation,
however, was de coelution of some compounds, which is probably due to the low efficiency
of the chromatographic column that was available at the time of the analysis. The method was
applicable to estuarine complex samples, rich in silt and clay. Diagnostic ratios using parental
PAHs indicated petrogenic sources at 24 - 26 cm and 28 – 30 cm depth; and pirolitics sources
at 6 - 8 cm, 10 - 12 cm , and 14 - 16 cm respectively.
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Paleoambiente da formação mosquito e a implantação do sistema desértico úmido da formação corda, jurássico superior, Centro-Oeste da Bacia do ParnaíbaRABELO, Cleber Eduardo Neri 06 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O Mesozóico foi marcado por mudanças geológicas significativas, decorrentes de soerguimentos resultante da orogenia Gonduanide, que possibilitou a implantação de sistemas desérticos concomitantemente com expressivos eventos magmáticos. Na Bacia do Parnaíba,
Nordeste do Brasil, estes eventos estão registrados nas unidades siliciclásticas do Triássico, os
arenitos da Formação Sambaíba, representadas pelos derrames basálticos e arenitos fluviais e
eólicos subordinados da Formação Mosquito e pelos arenitos flúvio-eólicos da Formação
Corda. O estudo de fácies e estratigráfico realizado em afloramentos e testemunhos de
sondagem na região entre Formosa da Serra Negra e Montes Altos, Estado do Maranhão,
possibilitou reconstituir o paleoambiente do topo da Formação Mosquito e da Formação Corda,
e inferir condições paleoclimáticas para a porção centro-oeste da Bacia do Parnaíba durante o
Jurássico. Foram identificadas vinte fácies sedimentares agrupadas em cinco associações de
fácies (AF) representativas de uma planície vulcânica com depósitos fluviais esporádicos e
arenitos eólicos subordinados (AF1-Formação Mosquito), sucedida pela instalação de um
sistema desértico úmido (AF2-AF5; Formação Corda). A planície vulcânica (AF1) constitui
derrames basálticos intercalados com arenitos finos a grossos (arenitos intertrap) compostos
por grãos arredondados a subangulosos de quartzo, feldspatos e fragmentos de vidro vulcânico.
Os arenitos apresentam estratificações plano-paralela e cruzada de baixo ângulo, preenchendo
geometria de canal ou em corpos tabulares. Depósitos de canal fluvial entrelaçado (AF2)
consistem em conglomerados polimíticos, com grânulos e seixos subarredondados a angulosos
de basalto, e arenitos grossos com estratificação cruzada acanalada e acamamento maciço. Os
lençóis arenosos (AF3) foram divididos em dois elementos arquiteturais (EA), o primeiro
(EA1) consistem em arenitos finos a muitos com geometria tabular e estruturas de deformação,
o segundo (EA2) é composto por arenito fino a grosso com estratificação cruzada acanalada e
laminação cruzada cavalgante, gutter cast de pequeno porte. O campo de dunas (AF4) foi
subdividido em dois conjuntos de fácies (C), o primeiro (CI) é caracterizado por arenitos com
estratificações cruzadas tabular e tangencial de pequeno a médio porte, estratificação planoparalela
e laminação cruzada cavalgante transladante subcrítica. O segundo (CII) consiste de
arenitos finos a médios, moderadamente selecionados, laminação ondulada e estruturas de
adesão e gretas de contração com rip-up clast, curled mud flakes, forma ciclos de raseamento
centimétricos, com topo marcado por horizontes mosqueados, ricos em óxido/hidróxido de
ferro, bioturbações e gretas de contração, interpretados como depósitos de interdunas úmidas.
Os lobos de suspensão (AF5) consistem em arenitos finos intercalados com pelitos e
arenito/pelito com estratificação cruzada complexa. A abundância de esmectita na AF4 aponta
para condições de clima semiárido. No Jurássico, a região centro-oeste da Bacia do Parnaíba,
foi submetida a movimentos distensivos com recorrência de derrames básicos advindos de
fissuras na crosta. Durante os intervalos de aquiescência sedimentos de rios efêmeros
preenchiam depressões ou espraiavam-se na planície vulcânica. O final da atividade magmática
foi sucedido pela implantação do desérto Corda com campo de dunas e canais fluviais
efêmeros (wadi) que retrabalharam parte da planície vulcânica e esporadicamente invadiam os
lençóis arenosos. Comparado aos ergs do Permo-Triássico (Formação Sambaíba), o deserto
Jurássico da Formação Corda foi mais úmido e menos extenso precedendo os sistemas fluviais
e costeiros de clima mais ameno do Cretáceo da Bacia do Parnaíba. / The Mesozoic was marked by significant geological changes, resulting of the Gondwana
Orogeny uplifts, which propitiated the implantations of desertic systems concomitantly with
expressive magmatic events. In the Parnaíba Basin, northeastern Brazil, these events are
recorded in the Triassic Sambaiba Formation, and the Jurassic units, represented by basaltic
flows, subordinated fluvial and eolian sandstones of Mosquito Formation and by fluvioaeolian
deposits of Corda Formation. Outcrop- and core-based stratigraphic and facies
analysis carried out in the Formosa da Serra Negra and Montes Altos regions, State of
Maranhão, allowed the paleoenvironmental reconstitution of the Upper Mosquito and Corda
formations. Additionally, we infer paleoclimate conditions for the westen-central portion of
the Parnaíba Basin during the Jurassic. Were identified twenty sedimentary facies were
grouped into five facies associations (FA) representing a volcanic plain deposits with sporadic
fluvial and eolian sandstones (FA1- Mosquito Formation), succeeded by the installation of a
wet desert system (AF2-AF5; Corda Formation). The volcanic plain (FA1) consists of basaltic
flows interbedded with fine to coarse-grained sandstones (intertrap sandstones) composed of
subangular to rounded grains of quartz, feldspars and volcanic glass fragments. The
sandstones exhibit even parallel and low-angle cross stratifications, filling channel geometry
or in tabular beds. Braided channel deposits (FA2) consist of polymictic conglomerates, with
subrounded to angular pebbles and granules of basalt, and sandstone with massive bedding
and trough cross-bedding. The sandy sheets (FA3) were divided into two architectural
elements (AE), the first (AE1) is composed by thin and coarse grained sandstone whit
adhesion lamination, adhesion warts, wind and water ripples marks, small-scale gutter cast
and load cast structures. The dune field (FA4) is characterized by fine to medium-grained
sandstone, with rounded grains, displaying small to medium-scale planar and tangential cross
stratification of small to medium size, even parallel and cross laminations, even parallel
stratification and subcritically climbing translatent strata. Fine to medium sandstone,
moderately selected, beds with rip-up clast, curled mud flakes, flaser bedding and locally
massive bedding, are organized in centimetric shallowing upward cycles. In the upper portion
of cycles occur iron oxide/hydroxide mottled horizon, bioturbações, root marks and mud
cracks interpreted as wet interdune deposits. Suspension lobes deposites (FA5) consist of fine
grained sandstones and massive mudstones forming complex cross stratification with low
angle and even parallel lamination, wavy and flaser beddings. Kaolinite and iron oxide
hydroxide are abundant in FA1 and FA2, and characterize the subaqueous environments,
while the abundance of smectite in paleosoils of FA4 indicates semi-arid climate. In the
Jurassic, the central western region the Parnaíba Basin, was affected by extensional tectonics
with recurrent eruptions of basic lava flow along of fissures system. During the intervals
without magmatic activity, sediments supplied of ephemeral rivers were distributed in sheet
flow or filled depressions on the volcanic plain. The end of magmatic event was succeeded by
implantation of the Corda desert formed by dune field and ephemeral fluvial channels (wadi)
that reworked partly the volcanic plain deposits and sandy sheet setting. The Jurassic desent
of Corda Formation was wetter and smaller than to the Perm-Triassic ergs (Sambaíba
Formation), preceding the extensive and warmer and coastal systems in the Cretaceous of the
Parnaíba Basin.
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