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Prematuridade e comprimento do colo do útero em gestantes com menos de dezesseis anos / Prematurity and cervical length in pregnant women younger than sixteen yearsD'Agostini, Carla, 1978- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Lilia Freire Rodrigues de Souza Li / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-22T07:02:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O nascimento prematuro é a principal causa de morbidade e mortalidade perinatal. Os estudos avaliando a influência da adolescência na prematuridade são controversos, principalmente em gestantes acima de 16 anos, que não costumam ter desfechos piores que as gestantes adultas. Um dos principais marcadores de risco para o nascimento prematuro em uso é a medida do comprimento do colo do útero por ultrassonografia transvaginal. Avaliar se as gestantes abaixo de 16 anos têm risco aumentado de prematuridade e se têm colos mais curtos é necessário, pois pode ajudar a delinear estratégias de seguimento ou intervenções baseadas no comprimento do colo como marcador de risco. Este estudo subdivide-se em dois capítulos. O primeiro capítulo trata-se de um artigo de revisão sistemática que objetiva verificar se as gestantes com menos de 16 anos têm um risco de prematuridade maior que as gestantes adultas. Foi realizada pesquisa nas bases de dados MEDLINE e LILACS nos últimos dez anos com: os descritores gravidez na adolescência e nascimento prematuro; os descritores gravidez na adolescência e trabalho de parto prematuro; o descritor gravidez na adolescência e a palavra-chave: prematuridade. Foram incluídos 14 estudos, sendo a maioria coortes retrospectivas. Sete destes estudos realizaram controle de possíveis vieses em suas análises estatísticas. Dez dos quatorze estudos avaliados demonstraram associação da idade inferior a 16 anos com nascimento prematuro, sendo que quatro destes tiveram um grande número de pacientes avaliadas com controle de vieses em suas análises (odds ratios variando de 1,5 a 1,7). Podemos concluir que a gestação abaixo de 16 anos está provavelmente associada a um risco inerente de prematuridade quando comparada à gestação adulta. Medidas de prevenção da gestação nesta faixa etária, bem como programas de assistência com o objetivo de minimizar o risco de prematuridade destas pacientes devem ser empregados. O segundo capítulo trata-se de um artigo original que tem por objetivo comparar o comprimento do colo do útero de primigestas menores de 16 anos com primigestas adultas, sendo um estudo transversal, observacional e analítico realizado em primigestas do sistema público de saúde do município de Blumenau (Brasil). Aferiram-se os colos uterinos de primigestas menores de 16 anos e adultas através de técnica previamente validada entre 21 e 24 semanas de idade gestacional. A média do comprimento do colo uterino foi comparada entre os grupos (teste de Mann-Whitney) e a associação da adolescência com colos abaixo de 25 mm foi avaliada (teste exato de Fisher). Oitenta pacientes foram avaliadas (40 adolescentes e 40 adultas). A média do comprimento do colo encontrada nas adolescentes foi de 28 ± 6,6 mm, significativamente menor do que nas adultas (33 ± 4,1 mm) (p <0,0001). A proporção de colos abaixo de 25 mm foi de 27,5% nas adolescentes e 7,5% nas adultas (p <0,02). Assim, conclui-se que as primigestas adolescentes jovens formam um grupo de pacientes com colos mais curtos do que as adultas e com maior proporção de colos menores que 25 mm, merecendo atenção especial na assistência pré-natal quanto ao risco de nascimento prematuro / Abstract: Premature birth is the leading cause of perinatal morbidity and mortality. Studies evaluating the influence of adolescence on prematurity are controversial, especially in pregnant women over 16 years who do not usually have worse outcomes than adult pregnants. The measurement of cervical length by transvaginal ultrasound is one of the main markers of risk for preterm birth. Assess whether women under 16 have an increased risk of prematurity and have shorter cervices is important to outline strategies for follow-up or intervention based on cervical length as a risk marker. This study has two articles. The first article aimed to verify whether pregnant women younger than sixteen years have a higher risk of prematurity than adult women. For this, we did a systematic review of studies comparing preterm birth in teenagers under 16 with adult pregnant women in the last ten years. Fourteen studies were included in the first article, mostly retrospective cohorts. Seven of these studies were accomplished with control of possible biases in its statistical analyses. Ten of the fourteen studies reviewed found an association of age below 16 years with premature birth, and four of these had a large number of patients evaluated, with control of possible biases in its statistical analyses (odds ratios ranging from 1.5 to 1.7). We conclude that pregnancy under 16 years old is probably associated with an inherent risk of preterm birth. Actions to prevent pregnancy in this age group should be employed, as well as specific assistance programs in order to minimize the risk of prematurity in these patients. The second article aimed to compare the length of the cervix in primigravidae under 16 years old with adult primigravidae. An analytical, observational and cross-sectional study was performed with primigravidae under 16 and adults in the public health system in the city of Blumenau (Brazil). Cervical measurements through transvaginal ultrasonography were performed by using a previously validated method, between 21 and 24 weeks of gestation to compare the mean cervical length (Mann-Whitney test) and the frequency of cervices below 25 mm among young adolescents and adult primigravidae (Fisher's exact test). The cervical lengths of 80 patients were measured (40 adolescents and 40 adults). The average length of the uterine cervix found in adolescents was of 28 + / - 6.6 mm and in adults 33 + / - 4.1 mm (p<0.0001) and the proportion of cervices below 25 mm were 27, 5% in adolescents and 7.5% in adults (p<0.02). We concluded that adolescent primigravidae under 16 have shorter cervices than adults, with a higher proportion of cervices shorter than 25 mm. This may be associated with increased risk of preterm delivery in those adolescents who need special attention in prenatal care / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestra em Ciências
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Gravidez na adolescência, pólos de desenvolvimento e controles institucionais: trajetórias reprodutivas de adolescentes/jovens de Nossa Senhora do ÓSOUZA, Rosangela Silva de January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / A literatura antropológica considera que a gravidez na adolescência é vivida de formas múltiplas. Os contextos sociais definem universos de possibilidades e significados diferentes. O objetivo desta dissertação foi investigar as imbricações das instituições sociais, o impacto cultural eeconômico em Pólos de Desenvolvimento e as repercussões da gravidez na adolescência no cotidiano de mulheres jovens de Nossa Senhora do Ó, situado no pólo de desenvolvimento de Ipojuca, Pernambuco. Foram utilizados, como instrumento de coleta de dados, questionários, entrevistas semi-estruturadas e observação. A pesquisa de campo foi realizada entre junho de 2011 a janeiro de 2012. Como argumento central defendemos que: as trajetórias reprodutivas das adolescentes/jovens são ressignificadas, reelaborando habitus, em virtude das mudanças macro-econômicas e culturais ocorridas em Pólos de Desenvolvimento com destaque para os controles institucionais. Esse argumento será corroborado com base nos discursos femininos sobre: (1) ação das instituições sociais; (2)trajetórias de trabalho; (3) mudanças decorrentes da gravidez e (4) significados da gravidez em suas histórias de vida. Ressalta-se que as ressignifações das trajetórias reprodutivas discursadas pelo grupo necessariamente parecem ainda transitar mais no ideário e menos na rotina material e simbólica do grupo. Aqui, é crucial a elaboração e implementação de políticas públicas para as mulheres residentes em Pólos de Desenvolvimento no país. Espera-se que o presente trabalho traga contribuições para o desenvolvimento de mais estudos e pesquisa que enfoquem as relações entre mulher e desenvolvimento econômico. / Anthropological literature considers that adolescent pregnancy is experienced in many ways. The social contexts define universes of possibilities and different meanings. The goal of this thesis isto investigate overlaps of social institutions, economic and cultural impact in development poles, and the implications of teenage pregnancy in the daily life of young women of Nossa Senhora do Ó, located in the development pole of Suape in Ipojuca, Pernambuco. Instruments of data collection include questionnaires, semi-structured interviews and observation. The field research was done between June 2011 and January 2012. As the central argument, we propose that: the reproductive trajectories ofadolescents/young people are ressignified, in accordance with the macro-economic and cultural changes happening in the development poles, withspecial emphasis on the institutional controls which contribute to the reelaboration of the habitus. This argument will be examined on the basis of the feminine discourse on: (1) the action ofthe social institutions; (2) work trajectories; (3) changes, arising from pregnancy and (4) meanings of pregnancy in their life histories. It is worthy to mention that the meaning changes of the reproductive trajectories reported by the group necessarily still seem to transit more in the ideal scope and less on the material and symbolic routines of the group. Here, the development and implementation of public policies for women is crucial for those who reside in poles of development in the country. It is expected that this work can bring contributions to the development of more studies and research that focus on the relations between women and economic development.
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Gravidez na adolescência: a construção discursiva de uma condição desviante? / Teen pregnancy: the discursive construction of a deviating condition?Vanessa Aparecida Araújo Correia 21 March 2014 (has links)
Este estudo tem como objeto de investigação os discursos especializados e os discursos de mães adolescentes a respeito da gravidez na adolescência e pretende contribuir com o campo das ciências humanas na sua abordagem sobre o tema, de modo especial, com os estudos sobre adolescência e juventude. Uma das principais hipóteses iniciais era a de que a gravidez na adolescência é uma formação discursiva recente, por isso, buscou-se compreender as condições históricas que contribuíram para a sua consolidação como uma condição desviante, relacionadas a expectativas contemporâneas sobre as maneiras mais apropriadas de se vivenciar a maternidade e a adolescência. A partir da análise de documentos oficiais sobre o tema, de levantamento das pesquisas no campo das ciências biomédicas e de entrevistas individuais com adolescentes que engravidaram, procurou-se caracterizar os discursos sobre a gravidez na adolescência e a relação que as adolescentes estabelecem com os enunciados recorrentes que constituem a gravidez nesse período da vida como um problema social. Ao final da análise, subsidiada pelos aportes dos Estudos Culturais e dos estudos foucaultianos, observou-se que a interdição contemporânea da gravidez na adolescência é resultado de sua construção discursiva como um problema social e que as adolescentes entrevistadas estabelecem uma relação de sujeição apenas parcial aos discursos especializados sobre a gravidez na adolescência. Elas tendem a reproduzir mais os discursos relativos aos percursos da vida, considerados ideais para cada faixa de idade, e menos os enunciados médicos que postulam os riscos obstétricos da gravidez dita precoce. Ainda assim, observou-se variações nos discursos das adolescentes entrevistadas, as quais parecem estar relaciona das às suas diferentes condições de vida, no que diz respeito à classe social, relação familiar e relação com o parceiro. / This study investigates the specialized discourse and the discourse of teenage mothers about teen pregnancy and, through the approach herein used, intends to contribute to the field of Human Sciences, especially to the studies about adolescence and youth. One of the main initial hypotheses was that teen pregnancy is a recent discursive formation. For that reason, we tried to understand the historical conditions which contributed to its consolidation as a deviating condition related to contemporary expectations about the more appropriate ways of experiencing maternity and adolescence. From the analysis of official documents about the theme, survey into the field of biomedical sciences and interviews with adolescents that got pregnant, we endeavored to characterize discourses on teen pregnancy and the relation that teenagers establish with recurrent enunciations that transform pregnancy during adolescence into a social problem. At the end of the analysis, grounded by Cultural Studies and Foucauldian conceptions, we observed that the contemporary interdiction of teen pregnancy is the result of its discursive construction as a social problem and that teenage girls establish a relationship of only partial subjection to the specialized discourses on teen pregnancy. They tend to reproduce the discourses related to the life trajectory considered ideal to each age group to a greater extent than the medical enunciations that postulate the obstetric risks of the so-called precocious pregnancy. Even so, variations in the discourses of the interviewed teenage girls were observed, which seem to be related to their different living conditions, such as social class, family relations and the relationship with their partner.
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Resiliência e apoio social de mães adolescentes em vulnerabilidade social / Resilience and social support of adolescent mothers in social vulnerabilityAndrade, Bianca Gansauskas de 11 May 2017 (has links)
Introdução: A maternidade na adolescência tem sido um obstáculo para avanços no status educacional, social e econômico das mulheres em todas as partes do mundo. O apoio social é um dos fatores protetores mais citados na literatura que auxiliam as mães adolescentes no enfrentamento e superação dos problemas, contribuindo para a construção da resiliência dessas jovens. Dado a relevância do apoio social para as mães adolescentes e a importância da resiliência, o estudo da associação desses fatores é de grande interesse na área da Promoção da Saúde. Objetivo: Compreender a influência do apoio social no processo de resiliência de mães adolescentes residentes na periferia do município de Bertioga. Metodologia: O presente estudo é do tipo exploratório-descritivo, transversal de abordagem quantitativa. Foram selecionadas, por conveniência, 48 mães adolescentes de 10 a 19 anos, atendidas nas cinco Unidades Básicas de Saúde do município de Bertioga, no estado de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram: a) questionário sociodemográfico; b) Escala de Resiliência desenvolvida por Wagnild e Young (1993), adaptada por Pesce et al. (2005); c) Escala de Apoio Social utilizada no Medical Outcomes Study (MOS), adaptada por Griep et al. (2005). Para a análise dos dados, foi realizada a correlação de postos de Spearman. Resultados: Os resultados mostram que 81,25% das mães adolescentes tem idades entre 17 e 19 anos, 91,66% estão em uma união estável ou casamento, 75% abandonaram a escola, 70,83% possuem um atraso escolar bastante significativo, 75% não trabalham e 75% passam o dia todo com seus filhos. De forma geral as mães adolescentes obtiveram uma alta pontuação na Escala de Resiliência, bem como nos fatores que a compõem e na Escala de Apoio Social (MOS) e em suas dimensões. Foi observada uma correlação direta entre o fator, Autoconfiança e capacidade de adaptação a situações e a idade das mães adolescentes, uma correlação direta entre o fator Resolução de ações e valores e a dimensão Interação social positiva e uma correlação inversa entre o fator Independência e determinação e a dimensão Afetiva. Conclusões: Embora não tenha sido observada correlação estatisticamente significativa entre as pontuações totais da Escala de Resiliência e da Escala de Apoio Social (MOS) nas mães adolescentes entrevistadas, foram encontradas associações significativas entre os fatores da Escala de Resiliência e as dimensões da Escala de Apoio Social (MOS). Tais resultados evidenciaram questões de gênero e a importância de políticas intersetoriais com foco em mães e pais adolescentes e jovens que considerem seus contextos sócio-econômico-culturais, fortaleçam o apoio social e promovam comportamentos resilientes para que se tornem autônomos e conscientes na construção de seus projetos de vida. / Introduction: Motherhood in adolescence has been an obstacle to advances in the educational, social and economic status of women in all parts of the world. Social support is one of the best resources that helps adolescent mothers develop resilience in difficult situations and cope with and overcome their problems. Given the relevance of social support for adolescent mothers and the importance of resilience, the study of the association of these factors is of great interest in the area of Health Promotion. Objective: To understand the influence of social support on the resilience process of adolescent mothers living in the periphery of the city of Bertioga. Methodology: The present study is an exploratory-descriptive, cross-sectional, quantitative approach. We selected, for convenience, 48 adolescent mothers ages 10 to 19 years who attended the five Basic Health Units of the city of Bertioga, in the state of São Paulo. The instruments used were: A) socio-demographic questionnaire; B) Resilience Scale developed by Wagnild and Young (1993), adapted by Pesce et al. (2005); C) Social Support Scale used in the Medical Outcomes Study (MOS), adapted by Griep et al. (2005). For the data analysis, the Spearmans rank correlation was performed. Results: The results show that 85.42% of adolescent mothers are between 17 and 19 years old, 91.66% are in a stable union or marriage, 75% have left school, 70.83% have a significant school delay, 75% do not work and 75% spend all day with their children. In general, adolescent mothers obtained a high score in the Resilience Scale, as well as in the factors that compose it, and in the Social Support Scale (MOS) and its dimensions. A direct correlation was observed between the factor \"Self-confidence and adaptability to situations\" and the age of adolescent mothers. Another direct correlation was observed between the factor \"Resolution of actions and values\" and the dimension \"Positive social interaction. An inverse correlation was observed between the factor \"Independence and determination\" and the dimension \"Affective\". Conclusions: Although no statistically significant correlation was found between the total scores of the Resilience Scale and the Social Support Scale (MOS) in the adolescent mothers interviewed, significant associations were found between the factors of the Resilience Scale and the dimensions of the Support Scale Social (MOS). These results have highlighted gender issues and the importance of intersectorial policies that focus on adolescents and young mothers and fathers and take into consideration their socioeconomic-cultural contexts. These policies should strengthen these adolescents social support, promote resilient behavior, and ultimately allow them to become autonomous and make responsible life decisions.
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O processo de desenvolvimento de um programa de visitação domiciliar para adolescentes gestantes e mães / The developing process of a program of home visitation for adolescent pregnant women and adolescent mothersAlves, Renato Antonio 06 August 2013 (has links)
Este trabalho tem como objetivo relatar o processo de desenvolvimento de um programa de visita domiciliar para adolescentes gestantes e mães, implementado pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP). O local inusitado em que este programa tem origem um núcleo de pesquisas que tem como seu principal eixo de trabalho a relação entre democracia e direitos humanos, possibilitou que alguns conceitos, muitas vezes implícitos nas práticas de intervenção, fossem questionados e revistos a partir de questões relacionadas à cidadania, direitos e a democracia. Neste sentido, buscou-se, a partir de uma leitura de Michel Foucault sobre as práticas govenamentalizadas de poder, discutir questões que, tomadas como verdades, passam a acionar práticas prescritivas, normatizas e regularizadoras. Práticas que ativam e reativam relações de poder, muitas vezes de forma arbitrária e autoritária, principalmente quando tem alvo de suas intervenções o pobre e/ou a população empobrecida. Tendo como foco os saberes e, consequentemente, a produção discursiva que se forma em torno da adolescência e, posteriormente da gravidez na adolescência, buscou-se compreender em que contexto esta última se transforma não só em problema como também, a partir de sua associação com as idéias de risco e vulnerabilidade, passa a justificar práticas interventivas focadas, sobretudo, no indivíduo e/ou população. Por fim, busca-se descrever como estas questões conceituais foram constantemente tensionando os saberes e as práticas tanto da equipe envolvida na criação e implementação de um programa como também, posteriormente, das próprias participantes / The objective of this work is to report the process of development of a program of home visitation for adolescent pregnant women and adolescent mothers carried out by the Center for the Study of Violence of the University of São Paulo (NEV/USP). The unexpected institution where this program was born a research center that has as its main axe of work the relationship between democracy and human rights , made it possible that some of the concepts, frequently implicit on intervention practices, be questioned and revised from the point of view of matters of citizenship, rights and democracy. Departing from a reading of Michel Foucault about the governmentalized practices of power relations, this work sought to discuss matters that, taken as truths, trigger prescriptive, normative and regulating practices. Practices that activate and reactivate power relations, very often on arbitrary and authoritarian way, especially when the focuses of interventions are poor individuals or poor communities. Having as its focus the knowledge and, therefore, the discursive production that takes form surrounding adolescence and, latter, surrounding pregnancy during adolescence, the thesis sought to understand in which context this last one transforms itself into problems, as well as, from its associations with ideas of risk and vulnerability justifies interventions focused mainly on individuals and population.Lastly, it was sought to describe how these conceptual matters were constantly tensioning knowledge and practices not only among the professional team that developed and implemented the program but also, latter, by the participants themselves
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Gestação na adolescência: vulnerabilidades e rede de proteção em São Carlos (SP) / Pregnancy in adolescence: vulnerabilities and protection network in São CarlosFeliciano, Rosiane de Araujo Ferreira 25 November 2010 (has links)
A gestação na adolescência (GA) ganha visibilidade e status de problema de saúde com o aumento de sua incidência em todo mundo, desde o início da década de 1970, período que ocorre uma queda na fecundidade nas demais faixas etárias. Estudos relacionam a GA à gravidez indesejada, maiores riscos materno-infantis e sociais. Em São Carlos, no decênio de 1998 a 2008 a taxa de GA diminuiu ao longo dos anos, porém o filho da adolescente ainda apresenta maior risco de morte no primeiro ano de vida. Tendo como pressupostos a pluralidade da adolescência e a determinação social do processo saúde-doença, o objetivo do estudo foi analisar as condições sociais e os indicadores de saúde da população feminina de São Carlos na perspectiva da vulnerabilidade, com ênfase na territorialização das disparidades intra-urbanas da gestação na adolescência e no potencial de enfrentamento das ações, programas e projetos desenvolvidos pelo Estado. A vulnerabilidade aqui é entendida como indicador de iniquidade e desigualdade social. O referencial teórico adotado Fo o de vulnerabilidade proposto pro Ayres et al. (2003), que distingue três dimensões interdependentes: a individual, a social e a programática. Trata-se de estudo de caso, descritivo e exploratório utilizando técnicas de sistemas de informação geográfica. A análise espacial foi contextualizada pela análise de documentos, protocolos das estratégias de enfrentamento pelo Estado. O perfil da gestante adolescente foi ter oito a onze anos de estudo, não estudar, não trabalhar ou se insere precariamente no mercado de trabalho e realizava menor número de consultas no pré-natal. Metade das mães adolescentes eram multipara. O mapa da gestação na adolescência acompanha o das vulnerabilidades sociais relacionadas à educação, ao trabalho, à multiparidade e ao acesso ao pré-natal. A abordagem ampliada da gestação na adolescência acena para os impactos dos determinantes sociais da saúde e as demandas crescentes por construção intersetorial das políticas, projetos e programas. As vulnerabilidades programáticas foram: baixo acesso ao ensino médio, à cursos profissionalizantes e ao esporte e lazer. Na atenção à saúde, a exclusão dos homens no planejamento familiar e pré-natal reforça a feminilização da maternidade e anticoncepção. O atendimento à gestante adolescente na agenda da mulher adulta reforça a crença de que a gestação é um rito de passagem para a vida adulta. O município têm várias políticas de proteção o que demonstra que a rede de proteção à adolescência e juventude está em construção. Os projetos municipais de gestão intersetoriais localizados no território, como os Centros da Juventude, o Recriad e o OP Educa apresentam-se como os de maior potencial para redução das iniquidades sociais. O georreferenciamento dos indicadores de saúde revelou-se importante ferramenta de planejamento, monitoramento e avaliação da atuação da rede de proteção à adolescência e juventude. / Adolescent pregnancy (GA) has gained visibility and status of health problem with increasing incidence worldwide, since the early 1970s, a period that occurs in the fertility decline in other age groups. Studies related to GA to unwanted pregnancy, higher maternal and infant risks and social issues. In San Carlos, in the decade from 1998 to 2008 the rate of GA decreased over the years, but the son of a teenager still at higher risk of death in the first year of life. Was assumed that the plurality of adolescence and the social determinants of healthdisease process, the objective was to analyze social conditions and health indicators of the female population of San Carlos in the vulnerability perspective, focusing on territorial disparities within cities of teenage pregnancy and the potential for coping actions, programs and projects developed by the state. The vulnerability is understood here as an indicator of inequity and inequality. The theoretical approach to vulnerability Fo proposed pro Ayres et al. (2003), which distinguishes three interdependent dimensions: the individual, social, and programmatic. This is a case study, descriptive and exploratory techniques using geographic information systems. Spatial analysis was grounded for examining documents, protocols of the coping strategies by the state. The profile of the pregnant teenager was having eight to eleven years of study, not studying, not working or falls precariously in the labor market and carried smallest number of pre-natal care. Half the teenage mothers were multipara. The map of teenage pregnancy accompanies the social vulnerabilities related to education, labor, multiparity, and access to prenatal care. The expanded approach to teenage pregnancy waves to the impact of social determinants of health and the increasing demands by building intersectoral policies, projects and programs. Programmatic vulnerabilities were low access to secondary education, to vocational courses and sports and leisure. In health care, the exclusion of men in family planning and prenatal care increases the feminization of motherhood and contraception. The care for pregnant adolescents in adult women\'s agenda reinforces the belief that pregnancy is a rite of passage to adulthood. The city has several protective policies which demonstrates that the safety net of adolescence and youth is under construction. The municipal project management intersectoral located in the territory, as the Centers for Youth and the OP Recriad Educa present themselves as the greatest potential for reducing social inequities. Geocoding of health indicators was an important tool for planning, monitoring and evaluating the performance of safety net to adolescence and youth.
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Validação de conteúdo de um programa de visita domiciliar para a díade mãe-criança / Content validation of a home visiting program for the dyad mother - childPinheiro, Denise Gonçalves Moura 30 August 2016 (has links)
Introdução: A gravidez na adolescência é um fenômeno que alimenta o ciclo de pobreza e a vulnerabilidade dos adolescentes e de seus filhos. Estudos apontam que adolescentes que engravidam têm maior dificuldade para desenvolver a parentalidade, maior risco de gravidez subsequente, maiores taxas de abandono escolar e maiores índices de inserção precária no mercado de trabalho. Método: Trata-se de um estudo metodológico de validação de aparência e de conteúdo, que teve como sujeitos enfermeiros da Atenção Básica e experts da área de Saúde Mental, Saúde Pública e Saúde Materno -Infantil. O programa de cuidado foi construído com base na literatura e encontra-se em teste piloto na pesquisa O efeito do Programa de Visitação para Jovens Gestantes sobre o Desenvolvimento Infantil. Os dados foram coletados por meio da técnica Delphi, através de instrumento de caracterização da amostra e de um questionário tipo Likert dividido em blocos temáticos e quatro pontos por item, que vão de 1. Totalmente adequado, 2. Parcialmente adequado, 3. Adequado e 4. Totalmente inadequado. O instrumento foi enviado por email, utilizando-se o google docs. Para determinar a validade de aparência e de conteúdo, foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo, foi considerado válido, as avaliações de juízes que obtiveram aprovação acima de 75% (IVC = 0,75). Resultados: Obteve-se a participação de onze sujeitos, entre os quais quatro eram enfermeiros (36,3%) e sete eram experts (63,6%), a maioria provenientes da região de São Paulo. Todos os enfermeiros eram do sexo feminino, tinham idade entre vinte e sete e trinta e três anos, três tinham até cinco anos de formado e um tinha tempo de graduação entre dez e quinze anos. A área de especialização dos profissionais era Saúde da Família e Saúde Mental. Todos os experts eram do sexo feminino, com idade entre 29 e 61 anos, com graduação de diferentes cursos: Enfermagem, Pedagogia, Medicina e Psicologia. O tempo de graduação predominante foi a de mais 15 anos, seguido de intervalo entre 10 e 15 anos, com tempo de experiência, em sua maioria, como mais de 15 anos. As duas áreas de atuação dos experts foram: saúde da criança e saúde mental, e os cargos eou funções que exerciam foram: docente, supervisão, coordenação técnica, psiquiatra e pesquisadora. O grupo 1 obteve IVC dentro do esperado, no entanto para o grupo 2, os valores descritivos da amostra no que diz respeito ao conteúdo indicam que quatro itens (de um total de vinte e oito) obtiveram índice de concordância abaixo do número previamente estabelecido (75%). Os valores descritivos em relação a aparência indicaram que 10 três itens (de um total de seis) não foram considerados validados pelo grupo 2. Conclusões: O programa de visitas domiciliares foi validado pelos juízes nos seus aspectos de conteúdo e de aparência. As sugestões feitas pelos juízes foram incorporadas em uma nova redação do Programa e estão disponibilizadas neste relatório. / Introduction: Teenage pregnancy is a phenomenon that feeds the cycle of poverty and vulnerability of adolescents and their children. Studies show that adolescents who become pregnant are more difficult to develop parenting, increased risk of subsequent pregnancy, higher dropout rates and higher rates precarious insertion in the labor market. Method: This is a methodological study of appearance and content validation, which had as subjects of primary care nurses and experts in the mental health area, Public Health, Child and Woman Health.The care program was built based on the literature and is in pilot research \"The effect of the visitation program for young pregnant women on child development\". Data were collected through Delphi technique using sample characterization tool and a questionnaire Likert divided into thematic blocks and four points per item, ranging from 1. Totally appropriate, 2. Partially appropriate, 3. Adequate and 4. Totally inappropriate. The instrument was sent by email, using the \"google docs\". To determine the validity of appearance and content, the Content Validity Index was used, it was considered valid, evaluations of judges who have passed above 75% (CVI = 0.75). Results: We obtained the participation of eleven subjects, among which four were nurses (36.3%) and seven were experts (63.6%), mostly from the region of São Paulo. All nurses were female, were aged from twenty-seven thirty-three years, three had up to five years and one had formed graduation time between ten and fifteen years. The area of expertise of the professionals was Family Health and Mental Health. All experts were female, aged between 29 and 61 years with different undergraduate courses: Nursing, Education, Medicine and Psychology. The predominant time of graduation was another 15 years, followed by range of 10 to 15 years, with long experience, mostly as more than 15 years. The two areas of expertise of experts were: children\'s health and mental health, and the positions and / or functions exercised were teaching, supervision, technical coordination, a psychiatrist and researcher. Group 1 received CVI as expected, but for the group 2, the descriptive values of the sample with respect to the content indicate that four items (a total of twenty-eight) obtained concordance rate below the predetermined number (75%). Descriptive values regarding the appearance indicated that three items (a total of six) were not considered validated by the group 12 2. Conclusions: The home visits program has been validated by the judges in the aspects of content and appearance. The suggestions made by the judges were incorporated into a new draft of the program and are available in this report.
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Maternidade na adolescência: prevalência e fatores associados / Maternity in the adolescence: prevalence and associated factorsMoreira, Carmen Lúcia Berneira 28 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-28 / Pregnancy in adolescence is associated with low economic and social conditions, bringing some disadvantages in respect to the social and psychological developments, as well as risks for adolescent s health. In the same way are evidenced disadvantages to the newborn, such as a higher incidence of prematurity, low birth-weight and restrict intra-uterine growth. A nested cross-sectional study was done to evaluate the teen mothers profile in comparison to the adult mothers who live in the city of Pelotas. The participants were the mothers of children who belong to a cohort. 2741 mothers have been interviewed, being 558 (20.4%) adolescents. Women without a partner had a risk twice higher a child during the adolescence period. The mothers educational level as well as their partners showed to be inversely associated to the outcome. Having a teen partner also increased significantly the chances of getting pregnant during the adolescence period.
While evaluating the maternal age impact on outcomes such as gestational weight gain, newborn weight, birth conditions and gestational age, no statistically relevant difference has been observed comparing adult and adolescent mothers. / A gravidez na adolescência está associada com baixas condições socioeconômicas, trazendo desvantagens para o desenvolvimento social e psicológico, assim como riscos à saúde da adolescente. Também, são evidenciadas desvantagens para o recém-nascido, destacando-se maior incidência de prematuridade, baixo peso ao nascer e retardo do crescimento intra-uterino. Foi realizado um estudo transversal, aninhado a uma coorte buscando avaliar o perfil das mães adolescentes, comparadas às mães adultas da cidade de Pelotas. Foram entrevistadas 2741 mães, sendo 558 (20,4%) adolescentes. Mulheres que viviam sem companheiro tiveram um risco duas vezes maior de ter filho na adolescência. A escolaridade das mães e de seus companheiros também mostrou-se inversamente associadas ao desfecho. Relacionar-se com homens adolescentes aumentou significativamente as chances de engravidar na adolescência. Ao avaliar o impacto da idade materna sobre desfechos como ganho de peso na gestação, peso do recém-nascido, condições de nascimento e idade gestacional, não se observou diferença estatisticamente significativa entre as mães adultas e as adolescentes.
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Qualidade de vida em gestantes adolescente.Santos, Marina dos 03 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-03 / This dissertation presents an epidemiological study on quality of life among of pregnant teenagers. The objective was to evaluate the association among sociodemographic, obstetric and psychiatric factors and the scores of life quality in pregnant adolescents. A cross-sectional study with a sample of pregnant teenagers between 10-19 years was enrolled in the National Public Health System, in the urban area of Pelotas, southern Brazil. The study was conducted between October 2009 and March 2011. The sample selection was performed on both the SIS program records - Prenatal Care in the municipal health department, and in other Basic Health Units and specialized clinics. They answered a questionnaire about sociodemographic and obstetric data, and a structured interviewtrhough the Mini International Neuropsychiatric Interview 5.0 (MINI) and the quality of life World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL -BREF). Sociodemographic, obstetric and psychiatric variables have been assessed according to the WHO questionnaire, through the Kruskal-Wallis and the Mann-Whitney s test. When analyzing the scores of life quality using all WHO domains, there were significant differences only for education, primiparity, intention to abort and presence of psychiatric disorders. When analyzing the age, here was significant difference only in psychological domains (p<0.02). Pregnant teenagers in stable relationships had better average scores than those without any relationship in the psychological and social domains (p<0.01). Regarding education, the best scores were observed among pregnant teenagers with greater educational level (p<0.01). About the occupation there was no significant difference in any of the domains. Considering the socioeconomic level, teenagers in classes A and B and C had better scores than those in class D and E on environment (p<0.01) and physical (p<0.01) domains. Primiparous adolescents had significantly lower average scores in all domains when compared to adolescents with previous pregnancies. The pregnant teenagers who planned their pregnancy had average scores only in social relationships domain (p=0.04), moreover, had better mean scores pregnant women who had no intention to abort, in all domains (p<0.01). When the presence of psychiatric disorders was evaluated, the scores of life quality were significantly lower in all domains in pregnant teenagers diagnosed with psychiatric comorbidity (p<0.01), when compared with teenagers without any psychiatric comorbidity and those with only one psychiatric disorder. The data analyzed indicate that the presence of psychiatric comorbidity influences the perception of life quality, since the scores of all domains of WHOQOL - BREF were lower in pregnant teenagers with this feature, suggesting lower life quality in pregnant adolescents presenting psychiatric comorbidities / A presente dissertação expõe um estudo epidemiológico sobre a qualidade de vida em gestantes adolescentes, tendo como objetivo avaliar a associação entre fatores sociodemográficos, obstétricos e psiquiátricos e os escores de qualidade de vida em gestantes adolescentes. Trata-se de um estudo transversal de base populacional em gestantes entre 10 a 19 anos de idade, que consultaram os serviços de pré-natal do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pelotas-RS, realizado no período entre outubro de 2009 e março de 2011. A seleção amostral foi realizada tanto nos registros do programa do SIS Pré-natal na secretaria municipal de saúde, quanto nas demais Unidades Básicas de Saúde e ambulatórios especializados. Estas responderam a um questionário com dados sociodemográficos e obstétricos, bem como entrevista estruturada Mini Internacional Neuropsychiatric Interview 5.0 (MINI) e o questionário de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL-BREF). Ao analisar os escores de qualidade de vida avaliados segundo os domínios da OMS, houve diferença significativa em todos os domínios apenas para escolaridade, primiparidade, intenção de abortar e presença de transtornos psiquiátricos. Quando verificado a idade das gestantes, houve diferença significativa apenas no domínio psicológico (p<0,02). As gestantes com relacionamentos estáveis tiveram melhores escores médios que as sem relacionamento nos domínios psicológico e relações sociais (p<0,01). Quanto à escolaridade os melhores escores foram observados entres as gestantes de maior escolaridade (p<0,01). Já quanto à ocupação não houve diferença significativa em nenhum dos domínios. Em relação ao nível socioeconômico, tanto as adolescentes das classes A e B quanto as da classe C tiveram melhores escores do que as de classe D e E nos domínios físico (p<0,01) e meio ambiente (p<0,01). As adolescentes primíparas obtiveram escores médios significativamente menores em todos os domínios quando comparadas as adolescentes com gestações anteriores. Já, as gestantes que planejaram a gestação apresentaram escores médios melhores apenas no domínio relações sociais (p=0,04), além disso, tiveram escores médios melhores as gestantes que não tiveram a intenção de abortar, em todos os domínios. Quando avaliado a presença de transtornos psiquiátricos, os escores médios da qualidade de vida foram significativamente menores em todos os domínios nas gestantes com diagnostico de comorbidade psiquiátrica (p<0,01) ao comparar com as gestantes com diagnostico de apenas um transtorno psiquiátrico e sem diagnóstico. Os dados analisados indicam que a presença de comorbidade psiquiátrica influencia na percepção da qualidade de vida, uma vez que os escores de todos os domínios do WHOQOL-BREF se apresentaram inferiores nas gestantes que apresentaram este diagnóstico, sugerindo menor qualidade de vida nas gestantes adolescentes com presença de comorbidade psiquiátrica
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Avaliação da assistência pré-natal às gestantes adolescentes de um município paulista / Evaluation of the Prenatal Attendance to pregnant adolescent in a town in the state of São Paulo.Ana Cláudia da Silva Paschoal 26 February 2010 (has links)
Trata o presente estudo de uma avaliação da assistência pré-natal oferecida pelo serviço municipal de saúde a gestantes adolescentes, residentes no município de Franca, estado de São Paulo, para saber se esta cumpre os protocolos estabelecidos pela Portaria GM/MS nº 569 de 1º de junho de 2000, do Ministério da Saúde, para o atendimento da gestante em todo ciclo gravídico-puerperal. É um estudo com referencial teórico da avaliação de serviços de saúde, utilizando o indicador de processo para descrever como a assistência está sendo prestada às gestantes adolescentes inscritas no SISPRENATAL no município de Franca (SP), nos anos de 2006 e 2007. Foram usados como ferramentas essenciais os dados estatísticos alimentados no sistema de informação, utilizando como critérios os indicadores apontados pelo Ministério da Saúde. Os resultados, nos itens priorizados para a avaliação, indicam precariedade no serviço prestado. A análise sugere que a assistência oferecida à gestante é de baixa qualidade, em particular à adolescente grávida. Nos resultados destaca-se: 81,7% das gestantes adolescentes iniciaram o acompanhamento de PN antes de 120 dias de gestação, contudo realizam-se em média 4,4 consultas durante o PN, e apenas para 32,8% delas foi cumprido o protocolo de realização de no mínimo seis consultas de PN. Quanto à distribuição da realização dos exames laboratoriais durante o PN, foi verificado que em média 77% das gestantes adolescentes tiveram exames realizados na primeira consulta e que somente 28,8% tiveram seus exames repetidos dentre a 28ª e 30ª semana de gestação. Observou-se que uma pequena parcela (6,7%) de gestante realizou a consulta puerperal antes de completarem 42 dias de pós parto e que a maioria (84,9%) se concentra na consulta puerperal após 42 dias de pós parto. Em relação à imunização contra o Tétano, foi verificado que apenas 51,9% encontrava-se imunizada ou que já havia recebido a dose de reforço da vacina Dupla adulto. A discussão em torno dessas diferenças possibilitou ao término do estudo, concernir que o município de Franca (SP), enquanto fornecedor de dados ao sistema SISPRENATAL, nos anos considerados não teve êxito. Portanto, é pertinente que se realize a avaliação do processo nos anos subsequentes bem como as ações necessárias para a melhoria deste quadro. / The present study deals with a detailed evaluation of the prenatal attendance offered by the service municipal of health, to pregnant adolescents, who live in Franca, state of São Paulo. This evaluation was conducted to know if the protocols estabilished by the Portaria GM/MS n° 569, of June 1, 2000, of the Ministry of Health for the pregnant womans service in the whole pregnancy-puerperal cycle was being fullfilled. It is a study which has a theoretical referencial of the evaluation of the health service , using the process indicator in a way so as to describe how the attendance to the pregnant adolescent enrolled in the SISPRENATAL , in Franca (SP), in the years 2006 and 2007, is being rendered. Statistic data which was fed in the system, the indicators pointed out by the municipality, where the results in the prioritized items for the evaluation are shown, were used. They indicated the precariousness of the rendered service. However, those data needed to be confronted with the reality of the town, and for that, not only information on the background and the profile of the pregnant adolescent was gotten, but also, the conditions in which the collection of data was processed, were observed. Flaws in the whole process were found. While the infant mortality indicator approached the positive goal, proposed by the municipality, showing an effectiveness in the procedures that precede the childbirth - Pregnant women attendance, available hospital service - , the SISPRENATAL data fed in the system suggested that there was no attendance to pregnant women, in particular, to pregnant adolescents, being offered. At the end of the study, the discussion around those differences made it possible to reach a possible conclusion: Franca (SP), as a data supplier to the SISPRENATAL system in the considered years , was not successful. Nevertheless, constant changes in the practiced actions are developing favorably in all aspects. Those changes include: The preparation of the internal teams for the valorization and the understanding of the real data transformed into information by the system to the Ministry of Health, participation in the community through partnership with the for continuing secretary of the education awareness work (which is especially aimed at the school population in the age group that goes from childhood to adolescence and refers to a wide variety of themes, but mainly adolescence pregnancy), availability of safety contraceptive methods in all UBS´s, besides the decentralization of the Family Planning for the units in order to protect the women reproductive rights, providing them with an easier access to the services.
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