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Síntese Geocronológica do Estado da Bahia e Evolução Crustal, com base no Diagrama de Evolução do Sr e Razões Iniciais Sr87/ Sr86\".

Sato, Kei 11 August 1986 (has links)
Com a aplicação de métodos convencionais (análise bibliográfica e trabalhos de laboratórios), foi possível, como uma primeira tentativa, elaborar-se uma evolução Crustal e uma síntese geocronológica para o território baiano (parte nordeste do Craton de São Francisco). Na elaboração da evolução crustal, foram utilizados diagramas de evoluções do Sr. Nestes diagramas utilizam-se parâmetros como \'(\'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\') IND.i\', idade e relação \'ANTPOT.87 Rb\'/\'ANTPOT.86 Sr\'. As, medidas das razões iniciais do Sr são extremamente críticas, isto é, a variação da RI do manto, desde os primórdios da formação da Terra, a 4,55 Ga., até hoje, é apenas da ordem de 0,005 (0,699 a 0,704). Para atender esta finalidade, foi efetuado um levantamento bibliográfico completo, sobre diversas técnicas de regressão linear, e uma avaliação dos modelos existentes. A razão inicial do Sr foi utilizada como traçador radiogênico natural, nos estudos das petrogêneses das rochas, tendo sido, em alguns casos, complementados com idades modelos Sm/Nd e valores de \'u IND.1\' (\'ANTPOT.238 U\'/\'ANTPOT.204 Pb\'). Quanto à síntese geocronológica, foi baseada nos trabalhos anteriores, existentes na área em estudo, integrando-os com os novos dados radiométricos. De uma forma em geral, podemos destacar uma série de importantes inferências, conforme se segue: 1. ARQUEANO INFERIOR-MÉDIO-- 3000 Ma. No interior da Bahia, encontram-se vários registros radiométricos, na forma de núcleos isolados e preservados, como Boa Vista, Sete Voltas, Mutuipe, Capim, etc. Fica claro, que estes dados são, ainda, conhecidos para áreas muito dispersas, e não se pode, ainda, caracterizar um ciclo geotectônico/geodinâmico bem definido, para esta etapa do tempo geológico na Bahia. 2. ARQUEANO SUPERIOR -- 3000-2500 Ma. O clímax do evento tectono-magmático do embasamento, no Craton de São Francisco, ocorreria entre 2650 a 2850 Ma., em território baiano, principalmente no complexo granulítico Jequié. 3. PROTEROZÓICO INFERIOR -- 215O-1800 Ma. Ciclo Transanazônico (2150-1750) Ma.. É caracterizado, neste ciclo, por faixas móveis Salvador - Juazeiro (porção oriental do Estado) e regiões de Correntina/Guanambi (porção ocidental). A borda oriental (complexo Jequié e região de Itabuna-Salvador-Juazeiro) sofreu importante soerguimento, promovendo a ascensão de rochas formadas em grandes profundidades aos níveis superiores, entre 1800 e 1700 Ma., conforme indica a maioria dos resultados K-Ar. 4. PROTEROZÓICO MÉDIO -- 1800-1000 Ma. No início do Ciclo Espinhaço, desencadeou-se com as fases terminais do Ciclo Transamazônico (1,7 - 1,8 Ga), como parecem indicar os processos tectono-magmáticos (metariolitos R. dos Remédios e granitos de Lagoa Real). O clímax deste desenvolvimento é estimado em 1300 ± 100 Ma., pelo metamorfismo regional dos pelitos, seguido de eventos anorogênicos da ordem de 1000 ± 100 Ma.. 5. PROTEROZÓICO SUPERIOR -- lOOO-570 Ma.. No início do Proterozóico Superior é marcado, conforme pode ser observado, pela deposição do Grupo Bambuí e de seus prováveis cronocorrelatos (Una, R. Pardo, Miaba, etc.). A idade máxima, encontrada até o presente momento, apresenta-se, para a deposição do Grupo Una, com uma isócrona de 900 Ma., obtidas nas frações finas. Eventos precoces, não muito bem caracterizados no Proterozóico Superior, entre 1000 e 700 Ma., ocorrem com certa freqüência nas regiões limítrofes do Estado da Bahia. A fase principal de dobramentos e metamorfismo regional, do Ciclo Brasiliano, situa-se em torno de 500 a 700 Ma.. A maioria dos dados K-Ar, indica resfriamento final entre 450 e 600 Ma., nos Sistemas de Dobramentos Marginais e Espinhaço (aparente reativação plataformal no Brasiliano). Com base nos diagramas de evoluções do Sr, pode-se observar os seguintes fatos: 6. A idade modelo Sm/Nd T(CR) e a extrapolação da linha de evolução do Sr, dos tonalitos de Boa Vista, aponta-nos uma das primeiras crostas primitivas, como núcleo isolado, há cerca de 3700 Ma., preservado no Craton de São Francisco. 7.Acreções e retrabalhamentos da crosta primitiva foram intensos no Arqueano, em todo o Complexo Jequié e no Cinturão Contendas-Mirante. Já a nordeste deste Complexo, a Faixa Móvel Salvador-Juazeiro atuou, intensamente, no Proterozóico Inferior, com acreções e retrabalhamentos, deixando alguns núcleos arqueanos preservados, como a região de Serrinha/ Capim e a oeste de Jacobina. 8. As razões iniciais das rochas granulíticas, do Complexo Jequié, coincidem com, ou situam-se acima da linha de evolução do manto. Para os que situam-se acima da linha de evolução do manto, pode ter transcorrido um intervalo de tempo significativo entre a formação do magma e o fechamento final do sistema, ou de uma refusão anatética de um material precursor mais antigo. As linhas de evoluções do Sr, para os casos dos afloramentos que tenham controle das idades modelos Sm/Nd, mostram que o metamorfismo, aparentemente, não mudou a química permanecendo, relativamente constante, as razões Rb/Sr em escala de afloramento. A razão Rb/Sr destas rochas de fácies granulito, em geral, têm um valor médio da ordem de 1,5 em contraste aos baixos valores, da ordem de 0,04 em outros terrenos do continente de mesma facies metamórfica. 9. Os corpos granulíticos de Santa Izabel e corpos gnáissicos/ migmatíticos, da região de Remanso e Lagoa Real, de idades arqueanas, tem o padrão evolutivo semelhante aos do complexo Jequié. 10. Na Faixa Móvel Salvador-Juazeiro, os valores da razão \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' inicial, dos corpos transamazônicos são, relativamente, mais baixas, da ordem de 0,704, comparado aos corpos arqueanos do Complexo Jequié, que têm altos valores, da rodem de 0,709. Portanto, torna-se difícil, para os materiais precursores deste Cinturão, serem derivados do material do tipo Complexo Jequié. Um outro provável cinturão móvel transamazônico, ocorre na região de Correntina, na porção ocidental do Estado da Bahia. 11. No início do Proterozóico Médio, constata-se um período de relativa calmaria, com alguns focos de vulcanismo isolados. A fase de intenso retrabalhamento crustal ocorreu na região Espinhaço, nas partes média a final do Ciclo Espinhaço, entre 1500 e 1000 Ma.. Em síntese, a crosta cresceu através do tempo geológico, através de diferenciação química, quase que irreversível do manto superior. Durante o Arqueano e o Proterozóico Inferior, ocorreram refusões crustais e acreções de material para o continente. Já no Proterozóico Médio a Superior, toda a crosta já estava relativamente consolidada, predominando o sistema de retrabalhamento para novas formações crustais. / The crustal evolution of the ancient terrains of the State of Bahia, Brazil, is attempted with the aid of Sr isotopic results as natural tracers. Some Nd and Pb isotopic data are also available, and support the main conclusions based on Sr evolution diagrams. The regional geochronological pattern is as follows: 1. Several ancient nucleii, with apparent ages older than 3000 Ma., are scattered within most of the younger units. 2. A major event in Late Archean times (around 2700 Ma.), affecting the Jequié high-grade complex, and the granite-green-stone terrain around Brumado. 3. Development of two Transamazonian mobile belts (1800-2150 Ma.), one in the eastern area (Salvador-Juazeiro belt), and the other in the western part (Correntina-Guanambi area). 4. Development of the Espinhaço folded system, with tectonic and metamorphic events occurring during the entire Mid-Proterozoic interval. 5. Development of the marginal belts to the São Francisco Craton, during the Brasiliano Cycle, with tectonomagmatic event in the 700-450 Ma. age range. The analysis of the Sr evolution diagrams shows that the Archean Terrains are mainly formed by accretion from mantle-derived material, but crustal reworking is indicated by the high initial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' values of the Jequié Complex. The Transamazonian mobile belt include both types of materials , but the \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' values, generally lower than those of the Jequié Complex, makes improbable a direct derivation. During Middle and Late Proterozoic, the continental crust was already well consolidated, and reworking of crustal material predominated within the Espinhaço and Brasiliano folded systems.
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Província Alcalina Alto Paraguai: características petrográficas, geoquímicas e geocronológicas / not available

Velazquez Fernandez, Victor 28 March 1996 (has links)
A província do Alto Paraguai localiza-se na divisa do Estado do Mato Grosso do Sul com o Paraguai, entre as coordenadas 21°10\' a 23°25\' de latitude Sul e 57°10\' a 58°00\' de longitude Oeste, e tem como principal ponto de referência a cidade de Porto Murtinho. O domínio geotectônico da área é governado pelas unidades pré-cambrianas da extremidade sul do Cráton Amazônico, que desenvolveu prolongada e acentuada atividade, gerando dobramentos e importantes falhas que, em muitos casos, parecem ter exercido um efetivo controle nas manifestações magmáticas. Levantamentos geológicos realizados permitem reconhecer numerosas intrusões na forma de diques, \"plugs\", domos, \"stocks\" e complexos anelares, ocupando sempre a parte mais elevada da região. Petrograficamente, esses corpos congregam duas associações sieníticas distintas, insaturada e saturada em sílica, caracterizando, assim, litologias diversas que gradam desde nefelina sienitos, nefelina-sodalita sienitos, sienitos alcalinos a quartzo sienitos, com alguns extremos chegando até sienogranitos. As análises de elementos maiores quando colocados no diagrama AFM mostram alta concentração no vértice Na+K, indicando clara afinidade alcalina, como já sugerido pela paragênese mineralógica (nefelina, feldspato potássico, além de piroxênio e anfibólio sódico como fases máficas importantes). Por outro lado, a modelagem dos elementos hidromagmatófilos permite distinguir duas tendências principais ligadas a diferentes mecanismos de evolução: sienitos alcalinos passando para quartzo sienitos e sienogranitos, e nefelina sienitos evoluindo para nefelina-sodalita sienitos. Os dados radiométricos disponíveis indicam que a época de colocação dos corpos sieníticos se deu no período Permo-Triássico, com maior incidência no intervalo 260-240 Ma, caracterizando, assim, importante etapa de afinidade magmática alcalina, que se acredita única no gênero junto à Bacia do P que as demais conhecidas (Províncias Central, Amambay e Rio Apa, Paraguai; Província Velasco, Bolívia) apresentam idade bem inferior, entre 140-120 Ma. As rochas sieníticas da Província Alto Paraguai mostram ampla variação da razão inicial \'Sr ANTIPOT.87\'/\'Sr ANTIPOT.86\', cobrindo intervalo de 0,703361 a 0,707734. Notadamente os nefelina sienitos, exceção feita às rochas do Cerro Boggiani (0,703837-0,767734), apresentam valores mais baixos, 0,703361-0,703672. Já os sienitos alcalinos exibem variação entre 0,703510-0,703872, enquanto que os quartzo sienitos e sienogranitos possuem valores mais elevados, respectivamente, 0,704562 e 0,707076. As evidências de campo, juntamente com os dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos (Sr), sugerem que as rochas sieníticas derivaram de um líquido parental mantélico único, por processos de cristalização fracionada e assimilação, por ocasião da colocação do magma na crosta. / The Alto Paraguay Province is located at the border of the State of Mato Grosso do Sul and Paraguay, betwen the coordinates 21°10\' to 23°25\' of southern latitude and 57°10\' to 58°00\' western longitude, having the city of Porto Murtinho as the main reference point. The geotectonic domain of the area is governed by the precambric units of the southern extreme of the Amazonic Craton which developped a long and accentuated activity, giving rise to folds and important faults, that in several cases seem to have exerted an effective control on the magmatic manifestations. Field data allow to recognize several intrusions in the form of dykes, plugs, stocks and annelar complexes, always correspoding to the higher topographic points of the region petrographically, these bodies congregate two distinct syenitic association, unsaturated and saturated in silica, and include diverse lithologies grading from nepheline syenites, nephelinesodalite syenites, alkaline syenites to quartz syenites, in addition to some extreme members as syenogranites. Plots of major elements in the ternary diagram (AFM) show high concentration of analyses in the vertice Na+K, which suggests a clear alkaline affinity, as also indicated by mineralogic paragenesis (nepheline, potassium feldspar, and pyroxene/amphibole sodic as important mafic phases. On the other hand, by modelling the hydromagmatophile elements two main trends, related to different evolution mechanisms, can be distinguished: alkaline syenites, grading to quartz syenites and syenogranites, and nepheline syenites evolving to nepheline-sodalite syenites. Radiometric data indicate that the emplacement of the syenitic bodies took place in the Permo-Triassic period, with a major incidence in the interval 260-240 Ma, representing thus, an important phase of alkaline magmatic affinity associated to the Paraná Basin, which is believed is to be unique, cince the other known areas (Central, Amambay and Rio Apa Provinces\' Paraguay; Velasco Province, Bolivia) are considerably younger (140-120 Ma). Syenitic rocks from the Alto Paraguay Provinces howwide variation in the ratio \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\'(0,703361-0.707734). Excluding the Cerro Boggiani rocks (0.703837-0.707734), values for the nepheline syenites (0.703361-0.703672) general lower than those of other syenites types. Alkaline syenites cover the interval 0,703510-0.703872, while quartz syenites and syenogranites are 0.704562 and 0.707076, respectively. Geologic evidence, in addition to petrographic, geochemical and isotopic (sr) data, suggest that the syenitic rocks have been derived from an unique mantelic parental liquid, by fractional cristallization and assimilation processes, which are assumed to bee occurred during the emplacement of the magma in the crust.
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Evolução crustal dos terrenos granito-greenstone de Manica, região centro-oeste de Moçambique / Not available.

Sumburane, Estevão Inácio 27 July 2011 (has links)
O presente trabalho procurou identificar e definir os principais eventos geológicos sobre a evolução crustal dos terrenos granito-greenstone de Manica, região centro-oeste de Moçambique. O distrito de Manica localiza-se no centro-oeste de Moçambique entre as latitudes 18°50\'S - 19°00\'S e as longitudes 32°45\'E - 32°55\'E. É predominantemente constituída por terrenos da assembléia granito-greenstone belts de idade Arqueana e representa o prolongamento para leste do Cráton do Zimbabwe. O Greenstone belt de Manica é composto por uma sequência de metavulcanitos máficos e ultramáficos (Formação de Macequece) sobre a qual assenta em discordância uma sucessão metassedimentar clástica (Formação de Vengo). Foram coletadas e analisadas isotopicamente pelos métodos U-Pb (zircão), empregando as técnicas convencionais (TIMS) e LA-HR-ICP-MS, Rb-Sr, Sm-Nd, e K-Ar, amostras de granitóides do tipo TTG, rochas vulcânicas félsicas e máficas e ultramáticas e rochas sedimentares. Foram também estudadas as mineralizações de dois depósitos (Monarch e Mundonguara) associados a esses terrenos, com a aplicação das técnicas Pb-Pb e da plumbotectônica. Para os granitóides foram obtidas pelos métodos U-Pb (zircão) as idades de 2,9 Ga para os TTG do extremo sul do greenstone belt (Mundonguara e Complexo de Vumba), 2,7 Ga para os granitóides internos, 2,8 Ga para os granitóides do extremo norte e 2,6 Ga para as amostras da região de Messica. Obtiveram-se ainda as idades Rb-Sr de 2,7 Ga e 2,8 Ga com razões iniciais \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' de 0,7015 e 0,7021 para as amostras de Mundonguara e Vumba. A idade máxima de deposição das rochas sedimentares da Formação do Vengo é definida como sendo de 2,65 Ga. Para as rochas vulcânicas obteve-se uma idade U-Pb (zircão) pelo método convencional de 2,9 Ga para as rochas félsicas e para as ultramáficas uma idade isocrômica Sm-Nd de referência de ~3,2 Ga. Para as rochas máficas obtiveram-se idade isocrômicas Sm-Nd de 2,0 para os metabasaltos, de 2,0 e 0,8 Ga para os doleritos. Assumindo extração da crosta a partir de manto empobrecido (DePaolo, 1981), obtiveram-se as idades-modelo \'T IND. dm\' dentro do intervalo de tempo de 2,8 a 3,1 Ga para os granitóides, 3,2 Ga para as rochas ultramáficas, 2,9 a 3,1 Ga para as rochas vulcânicas ácidas, 2,3 Ga para os metabasaltos e para os doleritos duas épocas distintas de 2,5 a 2,4 Ga e de 1,1 Ga. Esta última inclui os gabros. Os granitóides apresentaram valores de \'épsilon\' Nd calculados para 2,9 e 2,7 Ga de entre -5,15 a 0,79, mostrando que foram originados a partir de processos de fusão parcial de rochas crustais com participação subordinada de magmas mantélicos. Algumas rochas máficas e ultramáficas, embora tenham fracionado a razão Sm-Nd, apresentam valores de \'épsilon\' Nd (T) positivo, sugerindo que os seus magmas mantélicos parentais não sofreram contaminação crustal. As rochas fracionadas podem ter sofrido metassomatismo no manto superior através da adição de material crustal, o que justificaria os valores de \'épsilon\' Nd (T) negativos. As idades K-Ar (522 - 519 Ma) obtidas em biotitas indicam a ocorrência de fenômenos de aquecimento térmico na borda do Cráton do zimbbwe, região de Manica, durante o Pan-africano, por ação do Cinturão de Dobramentos de Moçambique a leste da área de estudo. As composições isotópicas de Pb revelam que os dois principais depósitos minerais do distrito de Manica têm composições isotópicas distintas, sendo o depósito de Cu de Mundonguara mais radiogênico que o de outo de Monarch. Tanto um como o outro mostram contribuições significativas de Pb proveniente de rochas da crosta continental superior. Com base nos dados geocronológicos obtidos pode-se admitir para ambas as mineralizações uma origem primária para os metais em cerca de 3,0 Ga, com uma posterior remobilização e concentração dos metais em épocas mais tardias provavelmente relacionadas ao final do arqueano. Finalmente podemos considerar que os terremos arqueanos de Manica evoluíram a partir de uma crosta continental com cerca de 3,2 Ga, que sofreu um rifteamento, produzindo adelgaçamento da crosta, ascensão da astenosfera e vulcanismo bimodal formando rochas vulcânicas ácidas e máficas/ultramáficas entre 2,9 e 3,1 Ga. Essas rochas com sedimentação associada, quando metamorfizadas durante o fechamento da bacia, produziram as sequências do tipo greenstone belt. Posteriormente ocorreram intrusões de corpos graníticos, o último dos quais à cerca de 2,6 Ga. O modelo de rifting intracontinental é o que melhor enquadra para a evolução dos terrenos de Manica. / The main prupose of this work is to identify and to characterize the main geological events related to the Manica granite-greenstone terrains, as well as to define the age and stratigraphy of the rock units of the Manica Greenstone Belt. The Manica district is located at the central-west of Mozambique between the parallels 18°50\'S - 19°00\'S and meridians 32°45\'E-32°55\'E. It is constituted mainly of Achean granite-greenstones and represents the eastern extension of the Zimbabwe craton. This greenstone assemblage is comprised of mafic and ultramafic metavolcanic rocks (the Macequece Formation) in lithological discordance with a succession of clastic metasediments (Vengo Formation). TTG-type granitoids, felsic and mafic/ultramafic volcanic and sedimentary rocks were sampled and analyzed for U-Pb (zircon) by TIMS and LA-HR-ICP-MS, and for Rb-Sr, Sm-Nd, and K-Ar. The Pb isotopic compositions of two mineral deposits (Monarch and Mundonguara) associated to these trerrains were studied. The ages of granitoids from the TTG suites were analyzed by U-Pb zircon method. The ages are as follows: a) an age of 2,9 Ga for the TTG suites at the far south of the belt, b) an age of 2,7 Ga for the internal granitoids, c) an age of 2,8 Ga for the northern granitoid and d) and age of 2,6 Ga for samples of Messica. Ages of 2,7 Ga and 2,8 Ga (Rb-Sr) and \'ANTPOT. 87 Sr\'/\'ANTPOT. 86 Sr\' = 0,7015 and 0,7021 were also obtained for the samples of Mundongura and Vumba. The maximum age for the deposition of the sedimentary rocks of the Vengo Formation is about 2,65 Ga. An age of 2,9 Ga (U-Pb, zircon) was obtained for the felsic volcanic rocks and an Sm-Nd isochron age of ~3,2 Ga for the ultramafic rocks. An isochron age of 2,0 Ga for the metabasalts, 2,0 Ga and 0,8 for the dolerites were also obtained by Sm-Nd. Sm-Nd mantle-depleted model ages range from 3,1 to 2,8 Ga as the most important period for continental crustal accretion in the Manica area. The calculated \'épsilon\' Nd values for 2,9 Ga and 2,7 Ga of -5,15 to 0,79, for the TTG suites, depict and origin by partial melting of crustal rocks with a subordinate involvement of mantle-derived magmas. Some mafic and ultramafic rocks have a positive \'épsilon\' Nd (T), suggesting that their mantle-derived parental magmas did not suffer importante continental crustal contamination. The fractionated rocks might have suffered metasomatism in the upper mantle through the addition of crustal material, which could justify the negative contamination. The \'épsilon\' Nd (T) values. The K-Ar ages (522 - 519 Ma) obtained in biotites indicate an event of Pan-African tectonic reactivation in the Manica area, as a reflex of the Mozambique Belt evolution. The Pb isotopic compositions show that the two main deposits of the Manica district have distinct isotopic compositions, the Mundonguara deposit being more radiogenic than that of Monarch. Both have significant Pb derived from the upper continental crust, indicating that the present mineralizations are epigenetic. The Cu and Au were incorporated in the crust at 3,0 Ga were remobilized later by events of magmatic intrusions and reactivation of shear zones around 2,6 Ga. Based on the data obtained in this work, the Archean terrains of Manica evolved from a continental crust at 3,2 Ga that suffered rifting and hence, crustal thinning, asthenospheric upwelling and bimodal volcanism of acid, mafic/ ultramafic rocks between 2,9 Ga and 3,1 Ga. These rocks with the associated sediments were metamorphosed during the closing of the basin to produce the greenstone belt. Later on, there were granitic intrusions, with the last event ~2,6 Ga. The intracontinental rifting model is that which best fits with the evolution of the Manica terrains.
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Esboço geocronológico da região de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro / Not available.

Fonseca, Ariadne do Carmo 20 April 1994 (has links)
A área de Cabo Frio foi escolhida para estudo por se tratar de região chave na correlação Brasil-África, tendo em vista sua possível associação com a porção mais ocidental do Cráton do Congo, que encontra-se exposta ao longo da costa de Angola. As principais unidades aflorantes são orto e paragnaisses. Os ortognaisses têm composição granítica-granodiorítica-tonalítica, com enclaves e intercalações anfibolíticas e são cortados por aplitos róseos. Os paragnaisses são metapelitos, com intercalações calciossilicáticas, quartzíticas e anfibolíticas, metamorfisados na fácies anfibolito alto, de pressão intermediária (paragênese granada-sillimanita-cianita). Todo conjunto de rochas metamórficas é cortado por diques de diabásio e intrudido por rochas alcalinas. Geoquimicamente os ortognaisses correspondem a uma série metaluminosa cálcio-alcalina de alto-K, de composição variando de monzogabro, quartzo-monzodiorito e monzonito, entretanto a petrografia indida ser uma série cálcio-alcalina de baixo-K, sugerindo uma série de granitoides pré-colisionais relacionada à subducção de crosta oceânica. Uma divergência entre a composição obtida pela petrografia e geoquímica deve resultar de problemas na análise dos álcalis. Os anfibolitos, associados aos ortognaisses, também apresentam um caráter metaluminosos cálcioalcalino, com composições basáltica a andesítica basáltica, sugestivo de ambiente orogênico. Os paragnaisses mostram composições variando entre litoarenitos e subordinadamente arcósios líticos e sub-arcósios, apresentando caráter peraluminoso, provavelmente depositados em ambiente de arco continental ou margem continental ativa. As idades modelo \'T IND. DM\' Sm-ND dos ortognaisses situam-se entre 2663 a 2343 Ma e podem ser interpretadas como a época máxima em que se formaram seus protolitos. As baixas razões iniciais de Sr e Nd caracterizam a contribuição de material juvenil para a formação desses protolitos. As idades isocrômicas Rb-Sr e mais jovens Sm-Nd do Proterozóico Inferior representariam a época do metamorfismo e migmatização desses protolitos. Com relação aos metassedimentos, a sua homogeneidade composicional (predominantemente litoarenitos), tipo e espessura das intercalações fazem pressupor um ambiente de arco continental ou margem continental ativa, de profundidade relativamente rasa, onde foi depositada uma sequência de sedimentos pelíticos (e subordinadamente psamíticos e calcários), proveniente da erosão do embasamento (provavelmente ensiálico). Metamorfismo de fácies anfibolito alto (há cerca de 540 Ma) dessa sequência sedimentar deu origem aos paragnaisses, com intercalações anfibolíticas e calciossilicáticas. As idades aparentes Rb-Sr e Sm-Nd intermediárias (1600-1200 Ma) obtidas nos ortognaisses, certamente aparentes, foram interpretadas como decorrentes do rejuvenescimento parcial causado pela superimposição do metamorfismo dos paragnaisses. As idades Ar-Ar de 600 a 500 Ma, obtidas em hornblenda e biotita, reforçam esta interpretação. Dois pulsos térmicos foram detectados pela datação pelo método dos traços de fissão em apatita e titanita: o primeiro no Mesozóico, há cerca de 190 Ma, e o segundo entre o Cretáceo e o Terciário, entre 84 e 34 Ma. As idades traços de fissão em torno de 190 Ma pré-datam o vulcanismo baséltico relacionado à formação dos \"\"ifts\" precursores da abertura do oceano Atlântico Sul. Tais idades foram obtidos num mega-enclave máfico no ortognaisse e demonstram que esse enclave se comportou como um sistema mais resistente ao \"annealing\" dos traços de fissão, não sendo assim o caso dos minerais rejuvenescidos pela intrusão das rochas alcalinas (magmatismo da fase pré-fift), que produziram as idades TF no intervalo de 84 a 34 Ma. É proposta a cronocorrelação dos ortognaisses estudados na área com o cinturão Oeste Congo, que bordeja o Cráton do Congo, Angola (embasamento rejuvenescido pela orogenia Pan-Africana) e com o cinturão Transamazônico Itabuna, no SE da Bahia, e com os granulitos do Complexo Juiz de Fora. Os paragnaisses seriam cronocorrelacionáveis às unidades Palmital, Casimiro-Quartéis e Trajano de Morais do Complexo Paraíba do Sul e aos Kinzigitos aflorantes na Cidade do Rio de Janeiro. Os intervalos de idades obtidos através dos métodos Sm-Nd, Ar-Ar e traços de fissão são detectados na áreas circunvizinhas noâmbito regional e nas áreas correlatas no continente africano. Com base nos dados geocronológicos obtidos nesta tese, é proposta a denominação de \"Fragmento Tectônico de Cabo Frio\" para a área em questão. Integrando os dados geocronológicos, geoquímicos e de geologia de campo, a evolução dos eventos tectono-magmático-metamóríficos se encaixa num modelo de Ciclo de Wilson sensu strictu, caracterizado por sucessivas aberturas e fechamentos de oceanos entre os protobrasis e protoáfricas. O provável mecanismo seria de colisão entre arco de ilha-continente para a formação dos ortognaisses Transamazônicos e entre continente - continente para os paragnaisses Brasilianos, sendo que para ambos com a implantação de uma zona de subducção-A mergulhando para noroeste. Os ortognaisses ter-se-iam compotado como \"antepais\" durante a orogenia Brasiliana. A compartimentação atual deve resultar primeiramente dos empurrões tardi-tecônicos de SW para NE, e posteriormente do tectonismo Meso-Cenozóico. / The area of Cabo Frio was chosen because it\'s a key region within the Brazil-Africa correlation, considering the possible association with a western portion of the Congo Craton, which is exposed along the Angola coast. The main lithological units which occur in are orthogneisses and paragneisses. The orthogneisses have granitic-granodioritic-tonalitic compositions, with amphibolitic enclaves and intercalations and are cutted by granitic aplites. The paragneisses are metapelites, with intercalations of amphibolite, quartzites and calc-silicate rocks, metamorphosed in upper amphibolite facies, in intermediate pressure conditions. Dykes of basalt and diabase and intrusive alkaline rocks related to Mesozoic tectonism also occur in the area. Geochemically, the orthogneisses correspond to a metaluminous high-k calc-alkalic series, with monzogabbro, quartz-monzodiorite and monzonite compositions. Otherwise, the petrography indicates a low-k calc-alkalic series, suggesting a pre-collisional granitoids series related to oceanic crust subduction. A divergence between the compositions obtained by the petrography and geochemistry can be the result of problems in the analyses of alkalies. The amphibolites, associated to the orthogneisses, also present calc-alkalic metaluminous character, with basaltic and andesitic compositions, suggestive of orogenic emplacement. The paragneisses show compositions varying between lithoarenite and arkoses, with peraluminous character, probably deposited in a continental arc or active continental margin environment. The \'T IND. DM\' Sm-Nd model ages of the orthogneisses between 2600 and 2300 Ma can be related to the epoch in which the protoliths were formed. The low Sr and Nd initial ratios suggest a mantelic origin. Sm-Nd and Rb-Sr isochron ages of the Lower Proterozoic date the high-grade metamorphism of this sequence. In regard to the metasediments, the compositional homogeneity (mainly lithoarenites), type and thickness of the intercalations suggest an environment of shallow-water continental arc or ative continental margin, where was desposited a politic sequence (and subordinately psamites and calcareous rocks), due to the erosion of basement rocks (probably ensialic). Metamorphism of upper amphibolite facies (540 Ma) of this sedimentary sequence generated the paragneisses, with amphibolitic and calc-silicate intercalations. The Rb-Sr and Sm-Nd apparent intermediate ages (1600 to 1200 Ma) obtained in the orthogneisses are interpreted as resulting of the partial isotopic rehomogeneization of the Sr and Nd caused by the metamorphism of the paragneisses. The Ar-Ar ages of 600 to 500 Ma obtained in hornblende and biotite of the orthogneisses reinforce this interpretation. Two thermal pulses are detected by the fission - tracks dating in apatite and titanite. The first pulse in the Mesozoic, around 190 Ma, predates the basaltic volcanism related to the South Altantic ocean opening. The second pulse between Cretaceous and Terciary, between 84 and 34 Ma, was due to alkaline rocks instrusion (post-rift magmatism). Is proposed a chronocorrelation between the orthogneisses of the studied region with the West Congo belt bordering the Congo Craton in Angola, Africa, and with the Itabuna belt, Southeastern Bahia, and with the granulites of the Juiz de For a Complex. The paragneisses would be chronocorrelated to the Palmital, Casimiro-Quartéis and Trajano de Morais formations of the Paraíba do Sul Complex and the kinzigites outcropping at the Rio de Janeiro city. The gap of the ages obtained in this work is also detected in the regional context and in correlated areas of the African continent. Based to the geochronological results obtained in this work, is proposed the denomination \"Cabo Frio Tectonic Fragment\" to the refered area. The evolution of the tectonic-magmatic-metamorphic events proposed to the area suggestes a model of Wilson Cycle sensu strictu, characterized by successive openings and closings of oceans between the protobrazils and protoafricas. The probable mechanism would be the collision between island arc-continent to generate the Transamazonic orthogneisses and between continent-continent to the Brazilian paragneisses, with an A-subduction towards northwest in both cases. The orthogneisses would be the \"foreland\" during the Brazilian orogeny. The actualy compartimentation would be due to SW to NE late-tectonic thrusting and the Meso-Cenozoic tectonism.
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Reconhecimento da evolução tectônica da proto-margem andina do centro-norte peruano, baseada em dados geoquímicos e isotópicos do embasamento da Cordilheira Oriental na região de Huánuco-La Unión / Not available.

Cardona Molina, Agustin 19 December 2006 (has links)
Foram realizadas análises petrográficas, geoquímicas (rocha total e minerais selecionados), geocronológicas (U/Pb SHRIMP, LA-ICP-MS e TIMS em zircão, Ar-Ar e K-Ar em micas, e Rb-Sr em muscovita e rocha total) e análises isotópicas de Nd em rochas metamórficas do embasamento Pré-Mesozóico (Complexo Marañon) da Cordilheira Oriental dos Andes Peruanos nos 10° de latitude sul, visando identificar as características principais da sua evolução tectônica (ambiente de formação dos protólitos, de proveniência e do metamorfismo), a temporalidade e a correlação dentro do contexto geológico da Proto-Margem Andina. Estes resultados foram complementados com análises geoquímicas (rocha total) e/ou geocronológicas (U/Pb SHRIMP em zircão, Ar-Ar e K-Ar em micas e anfibólio), em amostras selecionadas, de granitóides intrusivos nas rochas metamórficas e em rochas sedimentares Carboníferas discordantes nas metamórficas nesta mesma região, assim como em outras exposições isoladas de embasamento metamórfico localizado ao norte do Peru na Cordilheira Oriental e na região costeira entre os 6° e 8° latitude sul. A integração das observações estratigráficas, as características petrológicas e principalmente dos resultados geocronológicos U/Pb obtidos em zircões detríticos de seis amostras de metassedimentos, e em zircões metamórficos e ígneos de um ortognaisse e um granitóide milonítico, assim como as idades metamórficas K-Ar, Ar-Ar e Rb-Sr obtidas em diferentes amostras de xistos,permitiram dividir as rochas metamórficas do Complexo Marañon aos 10° de latitude sul em três unidades litoestratigráficas informais com um registro sedimentário, magmático e metamórfico particular: (1) o Gnaisse de Huánuco que inclui um ortognaisse formado a ~613 Ma e metamorfisado posteriormente nas fácies anfibolito, contemporaneamente com a intrusão de um granitóide entre 480-460 Ma; (2) os Xistos de Huánuco constituídos por protólitos sedimentares e e vulcânicos formados com posteridade a 460 Ma e metamorfisados a ~420 Ma em condições de P e T calculadas em algumas amostras de 7-10Kb e 540-660°C e 3-5 Kb e 325°-450°C; (3) os Xistos de La Unión, também com protólitos vulcanossedimentares formados depois de 315 Ma apresentam um metamorfismo na fácies xisto verde (3-4 Kb e 350-400° C) que aconteceu a ~300 Ma. As características geoquímicas dos xistos de Huánuco e de La Unión indicam que os protólitos sedimentares foram derivados da mistura entre um embasamento continental antigo e de fontes magmáticas de composição predominantemente félsica. Já a discriminação do ambiente tectônico sugere uma afinidade com uma margem continental do tipo Andino. As rochas metavulcânicas associadas destas duas unidades apresentam características geoquímicas concordantes com um ambiente de arco ou retro-arco, que pode indicar mudanças nas características da subducção. O \'épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) entre -6.3 - -12.5 e -7.1 - -13.2 calculado para aidade de sedimentação dos protólitos dos Xistos de Huánuco e La Unión assim como as idades modelo entre 1.6 e 2.1 Ga, indicam a derivação de um embasamento continental antigo e semelhante para as duas unidades. As rochas metavulcânicas apresentam \'épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) positivos concordantes com ambientes extencionais de intra-arco ou retro-arco. As idades detríticas U/Pb Mesoproterozoicas a Arqueanas dos zircões das rochas metassedimentares, assim como as idades modelo do Nd (Meso a Paleoproterozóicas) sugerem que as unidades do Complexo Marañon foram formadas na margem ocidental da Gondwana, numa posição próxima ao Cráton Amazônico. A presença de uma importante população de zircões detríticos Neoproterozóica a Cambriana e a idade Neoproterozóica de cristalização do Ortognaisse de Huánuco sugere uma configuração geológica alternativa neste segmento da margem, com a instalação de uma margem continental ativa associada à fragmentação mais jovem de Rodinia e a proximidade dos terrenos Avalonia-Cadomia. As populações de zircões mais novas indicam o retrabalhamento dos orógenos previamente formados e a existência de fontes magmáticas ao longo do Paleozóico. As amostras de metassedimentos incluídos no Complexo Marañon das regiões ao norte da área de pesquisa apresentam um padrão geocronológico de zircões detríticos comparáveis. As análises U/Pb, Ar-Ar e K-Ar em granitóides e migmatitos indicam a existência de diferentes plutônicos noCarbonífero, Permiano, Jurássico e Eoceno. As características geoquímicas de alguns destes granitóides sugerem uma afinidade com um ambiente de arco magmático, e os valores de \'épsilon IND.Nd\' obtidos em alguns dos granitóides estão entre 4 e -3.2, sugerindo a mistura de um magma mais juvenil com o Complexo Marañon. As rochas sedimentares do Carbonífero Inferior apresentam características geoquímicas afins com o retrabalhamento dos Xistos de Huánuco, assim como a adição de um componente magmático félsico. Já na região costeira do norte de Peru a análise U/Pb SHRIMP de um paragnaisse do maciço de Illescas, previamente considerado como Precambriano, apresenta uma idade de metamorfismo de ~257 Ma, e pode ser correlacionável com a evolução tectônica do embasamento dos Andes Equatorianos que constitui um terreno suspeito continental acrecionado. Este conjunto de dados sugere que a evolução tectônica Paleozóica da proto-margem Andina na Cordilheira Oriental dos Andes Peruanos é interpretada como característica de um orógeno do tipo acrescional extensional caracterizado por uma subducção contínua, a formação e inversão local de bacias de intra-arco e retro-arco, o magmatismo e o \"canibalismo\" dos orógenos previamente formados. A aparente ausência de mudanças significativas na proveniência, sugere a ausência de acresção de terrenos continentais. O posicionamento temporal e a natureza orogênica deste embasamento é correlacionável comoutros domínios Andinos, e em conjunto são integrados no orógeno Terra Australis que corresponde à margem ativa da Gondwana entre o Neoproterozóico e o Paleozóico Médio, formada depois da fragmentação da Rodínia e associada à evolução do proto-Pacífico. A evolução do Paleozóico Superior teria relação com as Gondwanide ou Alleghanides que incluem os orógenos colisionais ou acrescionais associados com a Formação da Pangea. A instalação da margem ativa Meso-Cenozóica na margem Peruana está representada pelos vestígios de um magmatismo de arco Triássico, Jurássico e Eoceno encontrados na região de pesquisa. / Petrographic, whole rock and mineral geochemistry, geochronology (U/Pb SHRIMP, LA-ICP-MS e TIMS in zircon, Ar-Ar and K-Ar in micas, and Rb-Sr whole rock-muscovite), and Nd isotopic analyses were carried on the Pre-Mesozoic basement (Marañon Complex) of the Eastern Cordillera of the Peruvian Andes, at 10° of latitude south. The results allow characterizing the main trends of the protoliths and metamorphic tectonic evolution, the chronology and the correlation within the Proto-Andean tectonic evolution. Additionally, whole rock geochemistry and/or geochronology (U/Pb SHRIMP in zircon, Ar-Ar e K-Ar in amphibole and micas) were obtained on selected samples from intrusive plutonic and Carboniferous sedimentary rocks spatially associated with the Marañon Complex at this region as well as in selected basement localities between 6° and 8° south. Lithotratigraphic observations integrated with petrologic, detrital U/Pb zircon geochronology from metasedimentary rocks, metamorphic and magmatic zircon from an ortogneiss and a granitoid as well as metamorphic K-Ar, Ar-Ar and Rb-Sr geochronology on the metamorphic rocks allows to divide the Marañon Complex at 10° south in three main lithostratigraphic units, with a particular sedimentary, magmatic and metamorphic evolution: (1) an ortogneiss that crystallized at -613 Ma and was metamorphosed at the amphibolite facies contemporary with the intrusion of a granitoid between 480-460 Ma group within the Gneiss and mylonite of Huánuco, (2) The Huánuco Schists that includes volcanosedimentary protoliths formed after 460 Ma and metamorphosed at 420 Ma with calculated pressure and temperatures for selected amphibolite facies rocks of 7-10Kb and 540-660° C and greenschist facies rocks 3-5 Kb and 325°-450° C, (3) La Union schists, also with volcanosedimentary protoliths formed after 315 Ma, and metamorphosed in the greenschist facies with pressures and temperatures between 3-4 Kb and 350-400° C around ~300 Ma. Whole rock geochemical signatures of the Huánuco and La Union Schist suggest that the protoliths were derived from the mixture between and older an evolved basement and felsic magmatic rocks, whereas tectonic discrimination analysis suggest and affinity with an Andean type tectonic setting. Associated metavolcanic rocks from both units are also akin with an extensional intra-arc or back-arc setting. \'Épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) values between -6.3 - -12.5 and -7.1 - -13.2 and model ages T\'IND.DM\' between 1.6 e 2.1 Ga for the Huánuco and La Union protoliths suggest that they were derived from a similar older continental basement. Metavolcanic rocks from these units show positive \'épsilon IND.Nd\'(450 Ma e 310 Ma) that are characteristic of a back-arc or inter-arc extensional setting. Mesoproterozoic trough Archean U/Pb detrital or inherited zircon ages and Meso to Paleoproterozoic Nd model ages suggest that the different units of the Marañon Complex were formed at the western margin of Gondwana close to the Amazon Craton. The existence of a Neoproterozoic crystallization age for the Huanuco ortogneiss and the extensive Neoproterozoic trough Cambrian detrital zircon population suggest alternative reconstructions for this segment of the margin, whit an active margin associated with an earlier Rodinia fragmentation and/or the connection with the Avalonia-Cadomia peri-Gondwanan terranes. Younger zircon ages suggest both the reworking of the previously formed orogen and the existence of extensive Paleozoic magmatic sources. U/Pb, Ar-Ar and K-Ar data of granitoids and migmatites, suggest the existence of Carboniferous, Permian, Jurassic and Eocene plutonic events that show geochemical affinities with magmatic arc environment. \'Épsilon IND.Nd\' from selected granitoids are between 4 e -3.2, and suggest a mixture between juvenile material and the basement rocks of the Marañon Complex. Early Carboniferous sedimentary rocks show geochemical affinities with the reworking of the Huánuco Schist and a felsic magmatic compound. U/Pb SHRIMP analysis from a paragneiss of the Illescas Massif in the northern Peruvian coast shows a 257 Ma metamorphic age that neglect previous Precambrian interpretations, and suggest a feasible link with the Ecuadorian Andes suspect terranes. The obtained data from the Eastern Cordillera of the Peruvian Andes are interpreted in terms of an extensional Paleozoic accretionary orogen, characterized by continuous subduction, the local formation and inversion of intra-arc and back-arc basin, associated magmatism and the continuous cannibalism of the previously formed orogens. The nature and temporal context of this orogenic evolution is comparable with other Andean domains, and together are include within the Terra Australis orogen that represents the active Neoproterozoic-Middle Paleozoic margin of western Gondwana that follows Rodinia break-up. The Late Paleozoic orogen is correlatable with the Gondwanides or Alleghanide orogens that were associated to Pangea formation. Triassic, Jurassic and Eocene arc related magmatism in this segment of the Peruvian Andes is related with the installation of the active continental margin that characterized the Andean type orogeny.
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Geocronologia U-Pb e geoquímica isotópica Sr-Nd dos granitóides sintectônicos às zonas de cisalhamento transcorrentes Quitéria Serra doo Erval e dorsal de Canguçu, Rio Grande do Sul, Brasil

Knijnik, Daniel Barbosa January 2018 (has links)
No sul do Brasil, zonas de cisalhamento tem um papel importante na geração e posicionamento de magmas graníticos e básicos. As zonas de cisalhamento transcorrentes Quitéria-Serra do Erval (ZCQSE) e Dorsal de Canguçu (ZCTDC) fazem parte do Cinturão de Cisalhamento Sul brasileiro (CCSb), uma descontinuidade formada no Neoproterozoico, que compreende zonas de cisalhamento kilométricas, anastomosadas, de escala crustal, com cinemática predominantemente transcorrente, e estão relacionadas com a construção de um extenso batólito de quase 1000 Km (650-575Ma). Seu desenvolvimento iniciou após a colisão principal (ca. 650 Ma) entre os cratons Rio de La Plata e Kalahari. A ZCQSE controlou o posicionamento do Granodiorito Cruzeiro do Sul (635Ma) e dos Diques Tardios granodioríticos a monzograníticos (605Ma), dos granitoides de afinidade tholetítica, Arroio Divisa (625Ma), e seu pulso mais evoluído, os Granitoide Sanga do Areal (620Ma). A presença de enclaves máficos contemporâneas com esses granitoides, indicam que fontes mantélicas foram ativas durante seus posicionamentos. Valores de ƐNd entre -3.32 a -10.93 e razões de 87Sr/86Sr(i) entre 0.7048 to 0.7223 obtidas para os granitoides da QSESZ sugerem fontes mantélicas com alguma componente crustal. Xenólitos das rochas encaixantes, como as do Complexo Arroio dos Ratos (2.14Ga), são interpretadas como parte da contaminação crustal. Os padrões geoquímicos dos granitoides da ZCQSE indicam fontes e processos de diferenciação similares para todas as unidades. Dados geocronológicos dos magmatismos shoshoniticos com idades entre 635 e 605 Ma definem o período mínimo de atividade tectônica e magmática da ZCQSE, assim como expandem o intervalo do magmatismo shoshonítico no sul do Brasil, indicando uma ativação precoce de fontes mantélicas no Batólito Pelotas. Estes magmatismos de natureza shoshonítica e tholeítica registram os estágios iniciais do CCSb (640 630Ma), em um ambiente pós-colisional, logo após a colisão principal (650Ma) no ciclo Brasiliano / Pan-Africano. Neste trabalho, complexos processos de fusão parcial de fontes mantélicas e crustais envolvendo influxo de água, fluxo de calor adicional através de injeções félsicas e máficas, mixing, mingling, e descompressão relacionada a atividade de zonas de cisalhamento durante mais de 30 Ma, são sugeridos. O magmatismo ao longo da ZCTDC teve seu início com o Granito Quitéria e foi seguido pelo Granito Arroio Francisquinho, o primeiro de derivação mantélica e o segundo de fusão crustal. Novos dados U-Pb SHRIMP do Granito Quitéria apontam uma idade de 634 Ma, interpretada como idade de cristalização. Para o Granito Arroio Francisquinho, a idade de cristalização obtida em monazita e nas bordas de zircões, foi cerca de 610 Ma. Estas idades definem o período principal da atividade tectônica e magmática da ZCTDC. Uma compilação extensiva de dados isotópicos do magmatismo dentro e fora dos três batólitos que compõe o CCSb e do seu embasamento, permitiu estimar o intervalo do magamtismo pós-colisional no sul do Brasil entre 640 e 560Ma, e o intervalo dos picos termais causados por esse magmatismo no embasamento, entre 650 e 560 Ma. As idades de cristalização, heranças e os dados de Sr-Nd compilados, levaram a conclusão que estes três segmentos devem ser tratados como um único batólito. / Crustal-scale shear zones play an important role in the generation and emplacement of granitic and basic magmatism within the Neoproterozoic post-collisional setting of southern Brazil. The strike-slip Quitéria-Serra do Erval Shear Zone (QSESZ) and the Dorsal de Canguçu Transcurrent Shear Zone (DCTSZ) are part of the Southern Brazilian Shear Belt (SBSB), a major crustal discontinuity formed in the Neoproterozoic, which comprises several km-wide, anastomosing shear zones of dominantly transcurrent kinematics and is related with the building of an extensive, nearly 1000 km long batholith (650-575Ma). Its development is thought to have initiated after the main collision (ca. 650 Ma) between the Río de la Plata and Kalahari cratons. The QSESZ has controlled the emplacement of the shoshonitic Cruzeiro do Sul Granodiorite (635Ma) and late granodiorite to monzogranite dikes (Late Dikes, 605Ma), the tholeiitic Arroio Divisa granitoids (625Ma) and its more evolved pulse, the Sanga do Areal (620Ma). The presence of mafic rocks coeval with each of these granite magmas, found as mingled mafic enclaves, indicates that mantle sources were active during their emplacement. ƐNd values of -3.32 to -10.93 and 87Sr/86Sr(i) ratios from 0.7048 to 0.7223 obtained for the QSESZ granitoids suggest mantle sources with some evolved sources such as old continental crust. Host-rock xenoliths of the Paleoproterozoic Arroio dos Ratos Complex (2.14 Ga) are interpreted as crustal contaminants. Geochemical trends indicate similar sources and processes of differentiation for the QSESZ granitoids. Geochronological data of the QSESZ shoshonitic magmatisms indicates ages between 635 and 605 Ma and defines the minimum period of magmatic and tectonic activity of the Quitéria-Serra do Erval Shear Zone, as well as expand the time span for the shoshonitic magmatism in southern Brazil indicating an early activation of mantle sources in the Pelotas Batholith. These magmatisms of shoshonitic and tholeiitic nature records the initial stages of the SBSB (640 - 630Ma) in a post-collisional period, just after the Brasiliano / Pan-African main collisional event (650Ma). A complex process of partial melting of mantle and crustal sources involving water influx, additional heat flux from felsic and mafic injections, mixing, mingling and decompression related to the shear zone activity over 30 Ma duration is suggested. Magmatism emplaced along the DCTSZ has started with the mantle-derived Quitéria Granite and was followed by crustal melts such as the Arroio Francisquinho Granite (AFG). New U-Pb SHRIMP zircon data from the Quitéria Granite yielded a value of 634 Ma, interpreted as its crystallization age. The AFG crystallization age obtained in monazite, and zircon outer rims is ca. 610 Ma. The ages of these granites define the main period of coeval tectonic and magmatic activity of the DCTSZ. An extensive isotope data compilation of the magmatism within and outside the SBSB three batholith segments and its basement allows to estimate the time span of postcollisional magmatism in southern Brazil from 640 to 560 Ma, and the interval of the main thermal effects on the basement between 650 and 560 Ma. The crystallization/inherited ages and the Sr-Nd isotope data, lead to conclude that three segments should be addressed as a single batholith.
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Aplicação das sistematicas Sm/Nd e Rb/Sr no Maciço Itatins (SP) / Not available.

Picanço, Jefferson de Lima 01 September 1994 (has links)
O maciço Itatins, no sul-sudeste do Estado de São Paulo, é uma região composta por rochas cujos protólitos foram incorporados à Crosta por volta de 2,5 Ga. e que sofreram a ação de episódios de metamorfismo de alto grau e fusão parcial. Compreende as rochas do complexo Costeiro, representadas Suite Itatins e pela Sequência Cachoeira, as rochas graníticas da Suite Granitóide de Fácies Migmatítica e uma extensa área de rochas migmatíticas intermediárias entre estas duas (Complexo Gnaissico-Migmatítico). A Suite Itatins compreende dois tipos principais de granulitos: Os granulitos tipo Azeite apresentam um comportamento geoquímico empobrecido em litófilos, com baixas razões \'Rb POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' e os granulitos Guaraú, mais restritos em área, apresentando um comportamento geoquímico enriquecido em litófilos. Ambas as litologias tiveram seu sistema Rb/Sr afetados pela granulitização, gerando diagramas isocrônicos sem significação geológica. As rochas da sequência Cachoeira tiveram seu sistema Rb/Sr menos alterado. Os Kinzigitos da Ponta da Prainha indicaram idades pré-brasilianas que podem significar uma idade de metamorfismo, ou então idades intermediárias entre a provável geração dos protólitos e o metamorfismo granulítico. Os paragnaisses Itariri indicaram idades brasilianas . Os migmatitos de Ana Dias forneceram uma idade em torno de 720 Ma, interpretados como idade de migmatização. A paragênese mineral destas rochas é compatível com a formação de fundidos anatéticos em fácies granulito, e a idade obtida reflete a idade da migmatização em fácies granulito. O sistema SM/Nd apresentou -se mais sensível ao metamorfismo, através de uma isócrona mineral-rocha total em granulitos tipo Azeite, em paragênese equilibrada em fácies granulito, a qual obteve um resultado por volta de 607 Ma. Uma segunda isócrona mineral-rocha total, em paragnaisses próximas a Itariri, obteve 580 Ma. As idades modelo Sm/Nd (TDM) para rocha total nos granulitos Azeite revelaram idades arqueanas (2,52 Ga). Para os paragnaisses, o parâmetro TDM forneceu uma idade de 1.4Ga, interpretada como uma provável idade de mistura de material das áreas-fonte dos protólitos. As idades de resfriamento K/Ar obtidas para estas rochas estiveram em torno de 580 Ma para as biotitas e 656 Ma para os anfibólios. As idades Rb/Sr de 530 Ma, obtidas para os Migmatitos de Mongaguá representam são idades de migmatização em facies anfibolito. Uma determinação em biotita nestas rochas forneceu valores de 512 Ma. Na datação geocronológica aplicada às rochas granulíticas e associadas que ocorrem no Maciço Itatins, o sistema Rb/Sr revelou-se pouco eficaz na datação de rochas granulitizadas após longa vivência crustal. Já o sistema Sm/Nd em minerais-rocha total mostrou-se bastante apto para datar as paragêneses minerais. Na maioria dos casos envolvendo isócronas granada/rocha total, as idades obtidas são de resfriamento. Desta forma, idades obtidas nestas isócronas possuem a mesma significação que isócronas Rb/Sr rocha total. / The Itatins Massif, in the southeast of São Paulo State, comprises the main geological units: a)The granulitic Itatins Suite, subdivided in Azeite granulites, enderbitic-charnoenderbitic, LIL-depleted, and the Guaraú granulites, charnockitic, LIL-enriched; b) The Cachoeira Sequence, composed by kinzigites, kinzigitic gnaisses, anfibolites and calciosilicatic rocks; c)Regional granitic-migmatitic rocks. The Itatins Granulites have strongly disturbed isotopic sistems, with great scatter in the analytical points. The Ponta da Prainha Kinzigites record a prebrazilian age of 1.4 Ga in Rb/Sr Whole-rock isochron. The Itariri Kinzigitic gneisses have 601 My-old Rb/Sr Whole-rock isochron. The Ana Dias Migmatites record a 720 Ma Rb/Sr WR isochron, which gives the age of migmatisation. The mesossoma of these granulites, equilibrated in granulite- facies suggests that age is related to the regional metamorphism in granulite-facies conditions.The Mongaguá Migmatites have a Rb/Sr WR isochron age of 532 Ma. They are located in the Costeiro Block and record a significantly low isochronic age if compared with Itatins Massif ones. Biotite K/Ar ages of these rocks record 512 Ma. The K/Ar cooling ages of the Itatins Massif are 590 Ma in biotites and 656 Ma in hornblende. Two Sm/Nd mineral -WR isochrons have been obtained. The piroxene-plagioclase-biotite-WR isochron recorded 607+/-136 Ma the Azeite Granulites, With Sm/Nd model ages 2,52 Ga. The garnet-plagioclase-biotite-WR isochron has 580+/-22 Ma. These ages have been interpreted as an cooling ages of that paragenesis from the granulites with previous crustal history after granulitization than the Rb/Sr Whole-rock isochrons.
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Condicionantes estruturais e contexto tectônico do \"alinhamento de Guapiara\" / Not available.

Machado Junior, Delzio de Lima 22 September 2000 (has links)
Neste trabalho são apresentados os resultados de um estudo que integra análise estrutural, interpretação geofísica (aeromagnetometria e gravimetria), apoiado em geocronologia, sísmica marinha e interpretação tectônica, na área relativa ao \"Alinhamento de Guapiara\", no sudeste do Estado de São Paulo. Este alinhamento é caracterizado pela ocorrência de inúmeras anomalias magnéticas que refletem uma estruturação profunda, ao qual se associam diversos feixes de diques máficos e complexos alcalinos eocretácicos. Após a sua constituição como estrutura arqueada, no Paleozóico, apresentou comportamento neutro, com discreta tendência positiva até o final do Jurássico, quando sofreu vigoroso evento de reativação tectono-magmática por ocasião da abertura do sul do Continente Gondwana, com a conseqüente separação América do Sul-África. A principal implicação da estruturação que se implantou foi a criação de zonas preferenciais de fraqueza, que foram reativadas no Terciário, através de tectônica transtencional, possivelmente no Mioceno. Com isso, desenvolveu-se uma bacia de sedimentação terciária formada por um conjunto de depressões tectônicas, situados na região do Baixo rio Ribeira de Iguape e na plataforma costeira adjacente, configurando a Planície Costeira Cananéia-Iguape. / This work shows the results of na integrated study related to structural analisys, geophysics interpretation (aeromagnetic and gravimetric), with geochronology, marine seismic and tectonics interpretation in the \"Guapiara Alignment\" region, southeastern of São Paulo State, Brazil. This alignment is characterized by innumerable magnetic anomalies which show a deep structural control, related to many eocretacic mafic dikes swarms and alkaline complexes. After its formation, during the Paleozoic era, its shape was that of an arc presenting a neutral behavior, with a minor positive tendence up to the end of the Jurassic period, when it suffered a vigorous tectonic-magmatic event, during the south opening of the Gondwana supercontinent. This resulting on the consequential break up of South America from Africa. The main consequence of this structural set was the birth of preferential weakness zones which were reactivated during the Tertiary era, through transtentional tectonics, probably dated from a Miocene age. Even so, a tertiary sedimentary basin was developed, therefore characterized by tectonic depressions in the lower Ribeira de Iguape river region and adjoining continental shelf, thus creating the Cananéia-Iguape coastal plain.
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Modelagem termodinâmica de fusão parcial e metamorfismo em condições de fácies granulito: exemplo do complexo Itatins, SP / not available

Mauricio Pavan Silva 14 December 2017 (has links)
No presente trabalho são apresentados os resultados da modelagem da fusão parcial a partir de composições químicas ideais de grauvaca, folhelho e granodiorito visando estabelecer uma metodologia para o estudo de rochas da fácies granulito submetidas à fusão parcial usando o programa THERMOCALC. Os resultados são comparados à rochas ortoderivadas do Complexo Itatins, Faixa Ribeira Meridional, SP. O complexo está localizado na junção dos terrenos tectono-estratigráficos Embu, Curitiba e Costeiro e é constituído por dois tipos principais de rochas: (i) biotita granulito félsico e (ii) paragnaisse migmatítico estromático, ambos apresentando alta taxa de fusão parcial, registrado pela alta proporção de leucossoma observado no campo e com a presença frequente de rafts de granulito máfico. A estimativa da variação composicional do líquido anatético e das condições de metamorfismo foi feita através da modelagem metamórfica usando o programa THERMOCALC. As composições do líquido anatético e do resíduo correspondente foram calculadas a partir de duas composições ideais de rochas sedimentares. Essa técnica permitiu avaliar como ocorre a variação composicional dos produtos de fusão parcial ao longo do aquecimento isobárico em duas condições: sistema aberto (com extração do líquido anatético e modificação da composição modelada) e sistema fechado (com acumulação do líquido anatético e sem modificação da composição modelada). Os resultados indicam que o líquido gerado possui composição granodiorítica a granítica, com teores de K2O aumentando progressivamente conforme K-feldspato e biotita são consumidos. No sistema aberto, o K-feldspato permanece estável em um intervalo maior de temperatura. As associações minerais de fácies granulito variam de acordo com o protolito, tendo ortopiroxênio como fase diagnóstica para a grauvaca. No caso do folhelho, não há uma fase que seja diagnóstica no intervalo P-T estudado, pois ortopiroxênio é estável só em condições de pressão inferiores a 0,3 GPa. Porém no sistema aberto, a presença de espinélio marca as condições de metamorfismo granulítico. A alta taxa de fusão parcial registrada e os indícios de que houve extração do líquido anatético indicam que a composição do protolito não foi preservada, sendo necessária a adoção de uma composição ideal. A partir de critérios petrográficos foi selecionada a composição de um granodiorito (material de referência JG-1 - Imai et al., 199) para a modelagem. Como a composição dos minerais analisados no biotita granulito félsico eram distintas daquelas geradas no modelo, foi feito um ajuste na razão XFe (Fe²+/Fe²++Mg) da composição modelada de 0,550 para 0,649. As condições P-T de pico metamórfico para o Complexo Itatins são de 0,86 ± 0,14 GPa e 858,5 ± 13,5 °C, o que corresponde a um evento dínamo-termal ocorrido na base da crosta continental, com geoterma aparente de 25 °C.km-1. Como a quantidade de líquido anatético necessária para a formação da proporção de leucossoma observado no campo é maior do que aquela prevista pelo modelo (com uma diferença de aproximadamente 40%), interpretase que houve a entrada de aproximadamente 7,21 mol. % de H2O na rocha (cerca de 2,0 % em peso), o que tornou a composição mais fértil para geração de líquido anatético. As composições de líquido anatético e do resíduo modeladas possuem valores inferiores de K2O e de XFe e superiores de CaO+Na2O que as amostras do biotita granulito félsico e do leucossoma. Essa tendência pode ser explicada pela atuação da cristalização fracionada na formação dos leucossomas, fracionando K2O no líquido e cristalizando plagioclásio na fração não segregada. Dados de ETRs e U-Pb em zircão indicam que os núcleos tem assinatura ígnea e foram formados durante o Paleoproterozoico, entre 2.158 e 2.139 Ma (intercepto superior), com idade concórdia de 2.137,2 ± 4,6 Ma. As bordas sobrecrescidas apresentam padrão ETR leves sem anomalia negativa de Pr e Nd, a qual é descrita na literatura como relacionada a recristalização em ortognaisses. Dados U-Pb nas bordas do zircão forneceram resultados entre 628 e 594 Ma (intercepto inferior), com idade concórdia 628,2 ± 4,6 Ma. Os resultados obtidos para o biotita granulito félsico permitem a interpretação de que o Complexo Itatins possa ser correlacionado ao Complexo Serra Negra, integrante do Cráton Luis Alves. Dessa forma o Complexo Itatins corresponderia à margem do cráton, retrabalhada no Neoproterozoico, durante a colagem de terrenos que consolidou o continente Gondwana Ocidental. / This thesis presents the results of metamorphic modeling of the partial melting of ideal bulk compositions of graywacke, shale, and granodiorite, to establish a methodology for the study of granulite facies rocks using the software THERMOCALC. The results are compared to ortho-derived rocks from Itatins Complex, Southern Ribeira Belt, State of São Paulo. The complex is located at the junction of the tectonostratigraphic terranes Embu, Curitiba, and Costeiro, being composed of two main types of rocks: (i) biotite felsic granulite and (ii) stromatic migmatite paragneiss. Both rocks show a high degree of partial melting, marked by the widespread presence of leucosome, and frequent occurrence of rafts of mafic granulite. The estimated variation of the composition of the anatectic melt and the calculation of the P-T conditions of the metamorphism were calculated using THERMOCALC. The compositions of the anatectic melt and the residue counterpart were calculated for two ideal compositions of sedimentary rocks. This approach allowed the evaluation of how the composition of the products from partial melting changes during an isobaric heating path in two scenarios: opensystem (with the extraction of the anatectic melt and modification of the bulk composition) and closed-system (with the accumulation of the anatectic melt and no changes in bulk composition). The results indicate the anatectic melt has granodiorite to granite composition, with increasing content of K2O, as melting reactions consume K-feldspar and biotite. In opensystem, K-feldspar becomes stable up to higher temperatures. The mineral assemblage of granulite facies metamorphism changes in response to the protolith, with orthopyroxene as the main phase of the graywacke bulk composition. For the shale bulk composition, there is not a diagnostic phase for the P-T interval modeled, as orthopyroxene is stable only at pressure below 0.3 GPa. However, for the open-system, the presence of spinel marks the conditions for granulite facies metamorphism. The high degree of partial melting recorded in the rocks of Itatins Complex and the indications of the extraction of the anatectic melt suggest a modification of the protolith\'s bulk composition. Because of this modification, it is necessary to adopt an ideal composition (reference material JG-1, from a granodiorite), selected by petrographic criteria. As the composition of the minerals from the biotite felsic granulite is different from those calculated modeled from the JG-1 bulk composition, the XFe (Fe²+/Fe²++Mg) was modified from 0.550 to 0.649. The P-T conditions of the metamorphic peak are 0.86 ± 0.14 GPa, and 858.5 ± 13.5 °C, which corresponds to a dynamo-thermal event occurred in the lower continental crust, with an apparent geotherm of 25 °C.km-1. As the proportion of anatectic melt necessary to generate the amount of leucosome observed in the outcrops is higher than the predicted by the model (a difference of at least 40 %), we interpret that an influx of 7.21 mol. % of H2O (around 2.0 wt. %) in the rock, making it more fertile. The composition of the modeled anatectic melt and residue shows lower values for K2O and XFe and higher values of CaO+Na2O than the samples of biotite granulite and leucosome. The fractional crystallization can explain this difference in compositions during leucosome formation, with the fractionation of K2O from the anatectic melt during plagioclase crystallization in the non-segregated part. REE and U-Pb data in zircon indicate that the core of the crystals had an igneous signature and was formed during the Paleoproterozoic, 2158-2139 Ma (superior intercept), with concordia age of 2137.2 ± 4.6 Ma. The overgrowth rims present LREE composition without the negative anomaly in Pr and Nd, which is related to zircon recrystallization in orthogneiss. Dates from zircon rims are in the interval of 628-594 Ma (lower intercept), with concordia age of 628.2 ± 4.6 Ma. The results from biotite felsic granulite allow the assumption that the Itatins Complex can be related to the Serra Negra Complex, part of the Luis Alves Craton. In this scenario, the Itatins Complex could represent the margin of the craton, reworked in the Neoproterozoic, during the collage of terranes in the assembly of West Gondwana.
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Geocronologia dos eventos magmáticos, sedimentares e metamórficos na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais / Not available.

Noce, Carlos Mauricio 07 April 1995 (has links)
O Complexo Belo Horizonte representa um segmento de crosta arqueana, constituído principalmente por gnaisses tipo TTG, bandados e exibindo feições de migmatização (Gnaisse Belo Horizonte). Ocorrem encravadas nos gnaisses pequenas faixas de rochas supracrustais, de natureza vulcano-sedimentar (essencialmente vulcanitos máficos e sedimentos químicos), e corpos granitóides circunscritos. Estes granitóides apresentam aspecto homogêneo, foliação bem desenvolvida, tendo-se posicionado após o evento principal de migmatização do Gnaisse Belo Horizonte. Os dois corpos mais significativos são granitos cálcio-alcalinos de alto K, designados Granito Santa Luzia e Granito General Carneiro. Análises U-Pb em zircões de um mobilizado migmatítico definiram uma discórdia com intercepto superior em 2.860+14/-10 Ma, datando o evento de migmatização do Gnaisse Belo Horizonte. Titanitas do mobilizado e do gnaisse alinharam-se em outra discórdia, com intercepto inferior em 2.041+5 Ma. Esta idade foi interpretada como a do retrabalhamento (metamorfismo) do Evento Transamazônico impresso no Complexo Belo Horizonte. O Granito Santa Luzia posicionou-se em 2.712+51/-4 Ma (idade U-pb em zircão), sendo esta também a idade provável do Granito General carneiro. Obteve-se uma isócrona Rb-sr (rocha total) para o Gnaisse Belo Horizonte de 2.619\'+ ou -\'65 Ma. Os eventos de granitogênese e de rejuvenescimento isotópico dos gnaisses mais antigos devem marcar os estágios finais de estabilização da crosta arqueana na região setentrional do Quadrilátero Ferrífero. No extremo sudoeste do Quadrilátero Ferrífero um pequeno corpo granítico, o Granito salto do Paraopeba, possui idade U-Pb, em zircão, de 2.612\'+ ou -\'5 Ma. Esta idade define, até o presente, o mais novo evento de granitogênese arqueana da região. Ainda no quadro da evolução arqueana, a análise U-Pb em rutilos de uma zona de cisalhamento mineralizada em ouro, cortanto o Grupo Nova Lima, forneceu resultado muito discordante mas com idade mínima de 2.580 Ma. Esse conjunto de determinações geocronológicas, aliado a outros dados da bibliografia. permite delinear um quadro bastante acurado para a evolução da crosta arqueana. Informações adicionais são também fornecidas pelas datações de zircões detríticos, provenientes das unidades supracrustais proterozóicas do Quadrilátero Ferrífero. As mais antigas evidências da existência de núcleos continentais datam de ca. 3.200 Ma. Entretanto, o principal período de geração crustal parece ter ocorrido entre 3.000-2.900 Ma. A partir daí, o trend evolùtivo registra um processo progressivo de amalgamação de blocos continentais, associado a intenso retrabalhamento da crosta primitiva e novos eventos de adição granitoide, além da deposição de sequências supracrustais do tipo greenstone belt (supergrupo Rio das velhas). Resultou desse processo a consolidação de extensa plataforma continental. provavelmente completada com a intrusão dos granitos arqueânos mais jovens, como o Granito Salto do Paraopeba. A bacia de sedimentação do Supergrupo Minas implantou-se sobre essa plataforma, possivelmente ainda no final do Arqueano. Reforça a hipótese o fato de todos os zircões detríticos analisados para a Formação Moeda, unidade basal do Supergrupo Minas, serem mais antigos que 2.600 Ma. As outras unidades estudadas (Grupo Sabará, Grupo Itacolomi e Supergrupo Espinhaço) continham zircões gerados e/ou retrabalhados no Paleoproterozóico. O pacote sedimentar do Supergrupo Minas registra a passagem de sedimentação plataformal (grupos Caraça, Itabira e Piracicaba) para sedimentação sin-orogênica, representada pelo Grupo Sabará, cuja idade máxima de deposição foi determinada em ca. 2.120 Ma. A idade de intrusão do Batólito Alto Maranhão foi determinada por análises U-Pb em titanita e zircão, em 2.124\'+ ou -\'2 Ma. Este corpo, localizado a sul do Quadrilátero Ferrífero, possui composição tonalítica predominante e características geoquímicas indicativas de origem mantélica. Tal assertiva confirma-se pela idade modelo Sm-Nd (TDM) na mesma faixa da idade U-Pb, Portanto, interpreta-se o Batólito Alto Maranhão como uma intrusão pré-colisional, ligada a consumo de crosta oceânica, marcando o estágio inicial do Evento Transamazônico. As idades U-Pb em titanitas do embasamento arqueano posicionam o ápice do overprint metamórfico transamazônico em 2.065-2.035 Ma. Este processo foi acompanhado pela intrusão de pequenos corpos graníticos na região setentrional do Quadrilátero Ferrífero, que são o Granito Cónego do Brumado (idade U-Pb em monazita de 2.045 Ma) e o Granito Morro da Pedra. Pegmatitos intrusivos na Formação Moeda, região de Salto do Paraopeba, apresentaram idade Pb-Pb em anfibólio de 2.236\'+ ou -\'200 Ma. Outras determinações geocronológicas, no âmbito do Complexo Belo Horizonte, incluem uma errócrona Rb-Sr para o Granito General Carneiro, de 1.740\'+ ou -\'53 Ma, e idades K-Ar em biotita, variando entre 1.800 e 1.000 Ma. As idades por volta de 1.800 Ma poderiam registrar o resfriamento final do Evento transamazônico. Já as idades mais novas refletem, provalmente, aberturas parciais do sistema isotópico K-Ar em eventos de baixa magnitude, ligados aos ciclos Espinhaço e Brasiliano. Interpretação semelhante pode ser dada para as idades K-Ar (biotita) obtidas para o Batólito Alto Maranhão, de 1.000\'+ ou -\'22 e 730\' + ou -\'25 Ma. Duas idades isocrônicas Rb-Sr, para este mesmo corpo, registram o rejuvenescimento isotópico brasiliano. Na mesma região, monazitas de veios quartzo-feldspáticos, encontrados na Falha do Engenho, possuem idade U-Pb de 596 Ma. A colocação desses veios, e os processos localizados de rejuvenescimento isotópico, foram interpretados como um reflexo da reativação de estruturas pré-existentes durante a deformação do Evento Brasiliano. O registro isotópico pouco expressivo desse evento, no Quadrilátero Ferrífero, é uma indicação de seu papel secundário na estruturação da região. / The Belo Horizonte Complex represents an Archean crust segment principally omposed of banded TTG-type gneisses, and exhibiting migmatization features (Belo Horizonte Gneiss). Small tracts of volcanosedimentary supracrustal rocks, essentially mafic volcanics and chemical sediments, and granitoid bodies occur enclosed by the gneisses. These granitoids are in general homogeneous, have well-developed foliation, and were emplaced after the main migmatization event that affected the Belo Horizonte Gneiss. The Santa Luzia and General Carneiro calcalkaline granites constitute the two most prominent granitic bodies. The age of the Belo Horizonte Gneiss migmatization event is indicated by the 2860+14/-l0 Ma upper intercept of a discordia obtained by U-Pb analyses in zircons of a migmatitic mobilizate. Sphenes of this mobilizate and of the gneiss align along another discordia with a lower intercept at 2041\'+OR-\' 5 Ma. This is interpreted as the age of the Transamazonian tectonometamorphic event imprint-ed on the Belo Horizonte Complex. The Santa Luzia Granite was emplaced at 2712+5/-4 Ma (U-Pb age in zircon), probably also corresponding to the age of the General Carneiro Granite. A Rb-Sr-whole-rock isochron indicates 2619\'+ OR -\'65 Ma for the Belo Horizonte Gneiss. These ages define a granite genesis event and also an isotopic resetting of the older gneisses, possibly marking the final stages of stabilization of the Archean crust in the studied area. The Salto do Paraopeba Granite occurs in the extreme southwest of the Quadrilátero Ferrífero, and has an U-Pb age in zircon of 2612\'+ OR -\'5 Ma. At present, this age is interpreted as defining the youngest Archean granite genesis event. U-Pb analyses of rutiles from a goldmineralized shear zone, crosscutting the Nova Lima Group, yield a very discordant minimum age of 2580 Ma, also regarded as part of the Archean evolution of this region. This set of geochronological determinations together with those already published allow the establishment of a fairly accurate framework for the Archean crust evolution. Additional information are also furnished by dating of detritic zircons, from Proterozoic supracrustal units of the Quadrilátero Ferrífero. The oldest evidences for the existence of continental nuclei are dated at ca 3200 Ma. However, the main period of crust generation seems to have happened between 3000 to 2900 Ma. Following this period, the evolutionary trend followed a progressive amalgamation of continental blocks, associated with intensive reworking of the primitive crust, renewed events of granitoid addition and deposition of the supracrustal greenstone belt Rio das Velhas Supergroup. As a result of this process, an extensive continental platform was consolidated, probably accompanied by the intrusiou of younger Archean granites like the Salto do Paraopeba Granite. The Minas Supergroup sedimentary basin was established on this platform possibly in the end of the Archean. This hypothesis is enhanced by detritic zircons consistently older than 2600 Ma from the Moeda Formation, basal unit of the Minas Supergroup. A number of the zircons from the other studied units, the Sabará and Itacolomi Groups, and the Espinhaço Supergroup, were crystallized and/or reworked during the Lower Proterozoic. The Minas Supergroup sedimentary sequence records the change from platformal (Caraça, Itabira and Piracicaba Groups) to synorogenic sedimentation, the latter represented by the Sabará Group. The zircons of this Group define the maximum age of deposition ca 2120 Ma. U-Pb analyses in zircon and sphene dletermine the age of the intrusion of the Alto Maranhão Batholith at 2124\'+ OR -\'2 Ma. This granitic body is located to the sourh of the Quadrilátero Ferrífero, and has a predominantly tonalitic composition. A mantelic derivation is indicated by geochemical characteristics, and confirmed by a Sm-Nd model age (TDM) in the same range of ages obtained by U-Pb. Therefore, the Alto Maranhão Batholith is interpreted as a precollisional intrusion related to the consumption of the oceanic crust, marking the initial stage of the Transamazonian Event. U-Pb ages in sphenes from the Archean basement define the peak of the Transamazonian metamorphic overprint at 2065-2035 Ma. This process was accompanied by the intrusion of two small granitic bodies in the northern region of the Quadrilátero Ferrífero: the Córrego Brumado Granite (U-Pb age of 2045 Ma in monazite) and the Morro da Pedra Granite. Pegmatites intrusive in the Moeda Formation in the region of Salto do Paraopeba have a Pb-Pb age in amphibole of 2236 \'+ OR -\' 200 Ma. Other geochronological determinations in the Belo Horizonte Complex include a Rb-Sr errochron for the General Carneiro Granite at I740\'+ OR -\' 53 Ma, and K-Ar ages in biotites varying between 1800 and 1000 Ma. The ages around 1800 Ma might indicate the final cooling of the Transamazonian Event. The younger ages probably reflect partial opening of the K-Ar isotopic system during events of a lesser magnitude. related to the Espinhaço and Brasiliano cycles. A similar interpretation arises from the K-Ar ages of 1000\'+ OR -\' 22 and 730 \'+ OR -\'25 in biotite obtained for the Alto Maranhão Batholith. Two isochronic Rb-Sr ages obtained for the same batholith register the Brasiliano-cycle isotopic resetting. ln the same region, quartz-feldspathic veins in the Engenho Fault yields an U-Pb age in monazite of 596 Ma. The veins emplacement and the localized processes of isotopic resetting are interpreted as resulting from the reactivation of pre-existing structures during the Brasiliano Event deformation. The weak record of this Event in the Quadrilátero Ferrífero is indicative of its secondary role in the structuring of the region.

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