Spelling suggestions: "subject:"geocronologia."" "subject:"geocronología.""
171 |
A evolução geotectonica da porção meridional do Cráton do São Francisco, com base em interpretações geocronologicas.Teixeira, Wilson 01 July 1985 (has links)
O presente trabalho objetivou demonstrar a potencialidade das interpretações geocronológicas voltadas ao tema da evolução antiga de terrenos metamórficos policíclicos. Os estudos empreendidos concentraram-se no embasamento polimetamórfico exposto a oeste do Quadrilátero Ferrífero sendo enfatizado, adicionalmente, o magmatismo básico de natureza anorogênica, cujas rochas possuem significativa distribuição neste domínio da porção meridional do Cráton do São Francisco. Com base no estabelecimento de critérios interpretativos para os diferentes padrões de idade obtidos são também efetuadas considerações acerca da delimitação da margem cratônica, relativamente às faixas móveis marginais. Finalmente, é apresentada uma evolução geocronológica da cobertura sedimentar Bambuí, fundamentada em completa reavaliação do conjunto de idades disponível. O acervo radiométrico processado para a síntese, proveniente de uma ampla amostragem representando os vários domínios litológicos caracterizados, possui cerca de 250 determinações pelos métodos Rb-Sr, K-Ar e Pb-Pb. As interpretações decorrentes têm por base um tratamento através de diagramas isocrônicos (a nível de afloramento ou de referência), em combinação com um quadro esquemático de resfriamento regional vinculado às idades aparentes. Em conseqüência , foram estabelecidas as épocas principais de eventos tectonomagmáticos desenvolvidos na porção meridional do Cráton do São Francisco viabilizando, assim, comparações evolutivas com outros setores crustais da unidade geotectônica. O padrão de distribuição das idades radiométricas e evidências isotópicas de Sr e Pb permitiram esboçar um quadro paleotectônico para o Arqueano tardio (3,0 - 2,6 b.a.) e Proterozóico Inferior (2,4 - 2,1 b.a.), condizente com dois períodos maiores de crescimento continental: aquele mais antigo sugestivo da etapa principal de espessamento crustal (formação e aglutinação da massa continental), e o mais jovem sendo tipificado pelo desenvolvimento do Cinturão Mineiro, de natureza parcialmente ensiálica, cuja atividade causou o rejuvenescimento da maioria dos valores aparentes K-Ar do domínio arqueano. Por outro lado, as idades radiométricas K-Ar e Rb-Sr temporalmente associadass ao Proterozóico Médio e Superior, reveladas por setores específicos do embasamento cratônico, são interpretadas, respectivamente como um reflexo da evolução, do sistema intracratônico Espinhaço e das faixas móveis marginais brasilianas. Com referência às datações do magmatismo básico anorogênico, a interpretação dos resultados possibilitou a definição temporal das etapas distensivas principais da evolução geológica regional, como decorrência da mobilidade de faixas móveis adjacentes a segmentos já estabilizados. No âmbito do cráton do São Francisco, as extrapolações efetuadas, com base no conjunto de idades existentes em rochas intrusivas básicas e afins, contribuiram para um melhor entendimento do comportamento geodinâmico da entidade frente aos esforços ocorridos em seu interior durante o Proterozóico. Finalmente, a análise crítica do acervo de dados radiométricos disponível em rochas do Grupo Bambuí indicou uma evolução do Proterozóico Superior. As datações provenientes dos Grupos Bambuí e Una revelaram um quadro de idades heterogêneo em ambas as unidades, destacando-se como um todo a forte influência termal brasiliana rejuvenescendo a maioria das idades K-Ar e Rb-Sr e dificultando, assim, a obtenção de idades representativas em termos de deposição sedimentar. Entretanto, inferências geocronológicas a partir de rochas básicas intrusivas em unidades litoestratigráficas sotopostas ao Grupo Bambuí são sugestivas de que, em determinados setores, o início de seu desenvolvimento teria ocorrido por volta de 1000 m.a. atrás, ao passo que em outras áreas (em especial no estado de Minas Gerais) a sedimentação seria necessariamente de idade mais jovem (cerca de 640 m.a. ou menor). De outra parte, análises de composição isotópica de Pb disponíveis para o Grupo Bambuí são indicativas de que a evolução das razões isotópicas desse elemento ocorreu em dois estágios principais: sua separação do manto e introdução na crosta há 2,0 b.a. (época do \"diastrofismo Minas\") e sua incorporação às galenas há cerca de 600 m.a. atrás, por remobilização a partir do embasamento. / Interpretation of available radiometric data from polymetamorphic Terranes of southern part of the São Francisco Craton demonstrates the importance of geochronology as a tool in the study of ancient crustal evolution. In addition, radiometric study of basic intrusive magmatism helps define the most important epochs of crustal rifting during the Proterozoic. The definition of The southern border of the cratonic area based on distinctive age patterns of the geochronological provinces is also discussed. Finally, the geochronologic evolution of the Bambuí platform cover is presented. ApproximatIy 250 radiometric age determinations (Rb-Sr, K-Ar and Pb-Pb methods) were interpreted principalIy through the use of isochronic diagrams, as well as from differences in the patterns of apparent age in characteristic lithologic domains. The geologic history tectonomagmatic events iden tified in this study is compared to the crustal evolution of simiIar segments of the São Francisco Craton and elsewhere.Two main geochronological provinces are here defined: one, of Archean age (3.0 - 2.6 Ga), is related to the most important period of differentiation/accretion from the mantle and the younger one, of Proterozoic age (2.4 - 2.1 Ga), represents the infrastructure of the Minas belt, in part, of ensialic origin. On the other hand, a few Middle and Late Proterozoic K-Ar and Rb-Ar age determinations are interpreted, respectively, as influences of the Espinhaço system and the Brasiliano marginal folded belts. The K-Ar radiometric data of the Precambrian intrusive magmatism define several important epochs of crustal rifting of the cratonic basement rocks in the studied domain. These results correspond to geodynamic adjustment of the stable continental mass during the evolution of the adjacent Proterozoic mobile belts. Pb isotopic data from the Bambuí Group suggest a two-stage evolution: separation of the element from the mantle at about 2.0 Ga and formation of Galena at about 0.6 Ga. The K-Ar and Rb-Sr radiometric patterns for the BambuÍ and Una Groups show a range of values between 1.0 e 0.45 Ga, the younger results probaby corresponding to the effects of the Brasilano overprinting. Nevertheless, geochronological inferences and the geological situation of basic intrusions cutting older units suggest the beginning of sedimentary processes at about 1.0 Ga in some areas. In other areas, however, sedimentation must have begun much later, at about 640 Ma.
|
172 |
Estudo geocronológico, litogeoquímico e de geoquímica isotópica de alguns carbonatitos e rochas alcalinas de Moçambique / Geochronology, lithogeochemical, and isotope geochemistry study of some carbonatites and alkaline rocks of de MozambiqueChauque, Fatima Roberto 14 January 2009 (has links)
Vários complexos intrusivos de rochas alcalinas e carbonatitos ocorrem na região centro-oeste de Moçambique e estão intimamente relacionados ao Sistema do Rifte da África Oriental. Correspondem a atividades ígneas anorogênicas e cortam o embasamento pré-Cambriano da Cadeia Moçambicana. Destes, foram estudadas algumas amostras de seis complexos carbonatíticos (Xiluvo, Muambe, Muande, Fema, Rio Mufa e Evate) e três sieníticos (Chiperone, Tumbine e Salambidua). Os carbonatitos são caracterizados por uma grande predominância de carbonatos, mais apatita, flogopita e raramente anfibólio. O de Xiluvo apresenta, além disso, minerais típicos de terras raras e pirocloro. O sienito de Chiperone tem como constituinte principal nefelina, enquanto que os dois restantes são compostos essencialmente, de K-feldspatos pertíticos. Todos têm como componentes subordinados anfibólios, piroxênio, biotita e apatita. Idades K-Ar das rochas sieníticas, obtidas em anfibólio e biotita, por volta de 118 Ma, apontam o Cretáceo Inferior como período decolocação dos sienitos de Tumbine e Salambidua, enquanto que o sienito de Chiperone resultou muito mais antigo, com aproximadamente 450 Ma. Estes valores confirmam idades radiométricas anteriores, relacionadas com a Província de Chilwa em Malawi. Dados litogeoquímicos destacam dois grupos distintos entre as amostras dos carbonatitos estudadas. Xiluvo, Muambe e Evate situam-se no campo dos carbonatitos cálcicos, enquanto que Fema, Muande e Rio Mufa situam-se no campo dos carbonatitos ferromagnesianos. Os padrões de distribuição de elementos menores e de terras raras são similares àqueles definidos para diversas ocorrências congêneres. Foi analisada também, por comparação, uma amostra carbonática do mármore de Chíduè, tirando a amostra de Chíduè a qual mostrou-se quimicamente diferente, com concentrações muito baixas em praticamente todos elementos. Por outro lado as amostras do Xiluvo exibem os mais elevados teores na maior parte dos elementos. Quanto à geoquímica isotópica, os carbonatitos exibem uma correlação negativa no diagrama 87Sr/86Sr vs. Nd(0) e indicam a existência de pelo menos dois tipos de fontes. Uma delas, correspondendo aos complexos de Xiluvo e Muambe, com 87Sr/86Sr de cerca de 0.703 e Nd com valores positivos, poderia ser astenosférica. A outra fonte, relativa aos demais complexos, apresenta valores negativos de Nd entre (-4) e (-8), e valores moderadamente elevados de 87Sr/86Sr, entre 0.705 e 0.708. A interpretação dos dados geoquímicos isotópicos levou à hipótese de misturas de fontes mantélicas diferentes, bem como possibilidades de contaminação crustal. / Several Syenitic and carbonatitic alkaline complexes occur in central-western region of Mozambique and are related to the East African Rift System. They correspond to anorogenic igneous activities and intrude the Precambrian basement of the Mozambique belt. Of these, six carbonatites (Xiluvo, Muambe, Muande, Fema, Rio Mufa and Evate) and three syenites (Chiperone, Tumbine and Salambidua) were studied. The carbonatites exhibit a great predominance of carbonates, plus apatite, phlogopite and some amphibole. Xiluvo, Muambe and Rio Mufa in addition, include typical minerals of REE and pyrochlore. The Chiperone syenite exhibits nepheline as the main constituent, while the two other are mainly composed of perthitic K-feldspar. All them present amphibole, pyroxene, biotite and apatite as subordinate constituents. K-Ar ages for the Tumbine and Salambidua syenites, obtained in amphibole and biotite, with around 118 Ma, indicate the Lower Cretaceous as the period of placement. However, the Chiperone syenite yielded a much older age around 450 Ma. These values are compatible with earlier radiometric dates, related to the Chilwa Ineous Province of Malawi. On lithogeochemistry, two groups can be envisaged within the carbonatites. One of them includes the calcium carbonatites of Xiluvo, Muambe end Evate, and the other includes the ferromagnesian carbonatites of Fema, Muande and Rio Mufa. The distribution patherns of trace and REE elements are similar to those of normal carbonatites. A sample of the Chíduè marmor was also analyzed, for comparison, and yielded much lower concentrations for most elements. On the other hand, the Xiluvo samples yielded the highest contents for practically all trace and REE elements. The carbonatites exhibit a negative correlation in the 87Sr/86Sr vs. 143Nd/144Nd diagram, and indicate the existence of at least two different sources. One of them, corresponding to the Xiluvo and Muambe complexes, yielded 87Sr/86Sr values around 0.703 and positive Nd, indicating a possible astenospheric source. The second source, for the other complexes, presents negative values of Nd between (-4) e (-8) and moderately high values of 87Sr/86Sr between 0.705 and 0.708. The interpretation of the geochemical isotopic data leads to the hypothesis of mixtures of mantles sources, as well as some possibility of crustal contamination.
|
173 |
Evolução paleogeográfica do Grupo Maricá, Neoproterozóico pré-600 Ma do Rio Grande do Sul / Not available.Pelosi, Ana Paula de Meireles Reis 28 February 2005 (has links)
O Grupo Maricá corresponde à primeira unidade de cobertura do Rio Grande do Sul isenta de metamorfismo regional. Seus depósitos ocorrem por toda a borda ocidental de sua bacia -Bacia do Camaquã- estando no geral em contato por falha e, localmente, por discordância litológica com as unidades do Terreno Rio Vacacaí. De acordo com dados geocronológicos deste terreno pode-se inferir que a idade do Grupo Maricá é inferior a 620Ma-idade mínima do embasamento - e anterior a 600Ma - idade máxima de unidades posteriores. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi o estudo da evolução paleogeográfica desta sucessão basal da Bacia do Camaquã através do mapeamento 1:100.000 de todas suas áreas de ocorrência no Rio Grande do Sul, da descrição de suas assembléias litofaciológicas, da interpretação de seus sistemas e seqüências deposicionais, além do reconhecimento de suas áreas fontes através de análises de proveniência, paleocorrentes e estudos geocronológicos das principais áreas fontes. O mapeamento geológico do Grupo Maricá permitiu a separação de três unidades litoestratigráficas: (i) Formação Passo da Promessa, (ii) Formação São Rafael e (iii) Formação Arroio América. Estas formações foram reconhecidas em todas as áreas de ocorrência do Grupo Maricá e representam o desenvolvimento de duas seqüências deposicionais (Seqüência Maricá Inferior e Seqüência Maricá Superior), que possivelmente representam dois ciclos de elevação e rebaixamento do nível do relativo do mar. A Formação Passo da Promessa compreende depósitos de arenitos e arenitos conglomeráticos com estratificação cruzada acanalada, localmente contendo níveis de conglomerados, interpretados como formados por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados (Associação de Fácies Passo da Promessa). Estes depósitos fluviais apresentam um elevado grau de maturidade textural de sua carga clástica e paleocorrentes que apontam um transporte sedimentar predominantemente de S para N. As fácies encontradas na Formação São Rafael foram reunidas em três associações que representam distintos sub-ambientes de uma plataforma marinha. A Associação de Fácies Passo do Salsinho compreende depósitos de ritmitos arenosos tabulares, interpretados como formados por correntes de turbidez em ambientes de costa afora. A Associação de Fácies Lavras do Sul caracteriza-se por ritmitos arenosos e heterolíticos interpretados como formados em ambientes de face litorânea, devido à presença de diversas estruturas sugestivas da atuação de ondas normais e, até mesmo, de tempestade. A Associação de Fácies Três Estradas, que diferentemente das demais associações, ocorre de forma muito restrita, é composta por depósitos de ritmitos arenosos e pelíticos interpretados como formados em ambientes de águas rasas (antepraia), com alguns indícios de atuação de correntes de maré. A unidade de topo, Formação Arroio América, quase que essencialmente formada por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados, com exceção de dois níveis de ritmitos arenosos e pelíticos, é interpretada como formada por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados. As paleocorrentes apontam sentido de transporte para NE e NW. Seus fragmentos, assim como na unidade basal, também são caracterizados por apresentarem um elevado grau de maturidade textural. Os estudos de proveniência, paleocorrentes, petrográficos e geocronológicos dos fragmentos da fração calhau revelaram que as principais áreas fontes do Grupo Maricá eram compostas por álcalis feldspato granitos, tonalitos e milonitos graníticos com idades do Arqueano e Paleoproterozóico, além de uma contribuição pouco significativa de quartzo de veio, quartzitos e rochas vulcânicas ácidas e intermediárias. De acordo com estes dados, e com as paleocorrentes que vêm de sul, acredita-se que o Cráton Rio de La Plata e, possivelmente, o embasamento do Cinturão Dom Feliciano no Uruguai foram as entidades tectônicas que serviram de fonte para os depósitos aluviais desta unidade. As características litofaciológicas, o padrão de empilhamento dos sistemas deposicionais, a maturidade textural e a área fonte cratônica revelaram que a Bacia do Camaquã, durante o desenvolvimento do Grupo Maricá, era ampla e se desenvolveu em uma ambiente tectonicamente estável, sem evidência de atividade orogênica contemporânea. Estes elementos reafirmam a independência tectônica desta bacia frente às atividades tectônicas relacionadas à Orogenia Brasiliana na região. Conseqüentemente, permitem interpretara a Bacia do Camaquã durante a deposição do Grupo Maricá como uma bacia intracratônica. / The Maricá group contains the first unmetamorphosed sedimentary successions of Rio Grande do Sul state. These deposits are exposed in western margins of Camaquã basin, where a basal contact with Rio Vacacaí terrane is characterized by faults, in some areas by a lithological unconformity. According to geochronological data of basements units and intrusive plutonic and sub-volcanic bodies, the Maricá group was developed between 620 and 600Ma. The aim of this work is to propose a paleogeographical evolution of Maricá group. Five methods of paleogeographical reconstruction were done: (i) geological mapping (1:100.000 scale), (ii) description of lithofacies assemblies, (iii) interpretation of deposicional systems and sequences, (iv) provenance and paleocurrents analyses and (v) geochronological analyses of cobble and pebble to discover the ages of source areas. The Maricá group was divided in three lithostratigraphic units: (i) Passo da Promessa formation, (ii) São Rafael formation and (iii) Arroio América formation. These units were mapped in all exposed areas of Maricá group and were grouped into two sequences (Lower Maricá Sequence and Upper Maricá Sequence). The basal unit (Passo da Promessa formation) comprises sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications; massive conglomerates and conglomerates with cross-stratifications are in minor proportion. These deposits were interpreted as a large braided fluvial plain, characterized by high textural maturity. Paleocurrents show that the transport was towards the North during the evolution of this unit. Lithofacies of intermediate unit (São Rafael formation) were grouped into three facies associations that were developed in a marine epicontinental platform. Passo do Salsinho Facies Association consists of monotonous tabular sandstones and rhythmites formed by turbidite currents in a offshore environment. Lavras do Sul Facies Association is composed of rhythmites and sandstones with lenticular bedding, wavy bedding, hummocky cross-stratification and others structures that indicate deposition in shoreface environments. Três Estradas Facies Association is restrict, cropping out only in Passo do Salsinho and Três Estradas regions. This association comprises sandstones, siltstones and mudstones, which yours deposits are characterized by several structures (lenticular bedding, wavy bedding, herring-bone cross-stratifications etc.) showing deposition in foreshore environments. Arroio America formation includes sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications, in minor proportion conglomerates and rhythmites, which are grouped into Arroio América Facies Association. This facies association indicates deposition in a braided fluvial plain system. Paleocurrents show that the transport was towards the Northwest and Northeast during the evolution of this unit. These deposits are characterized by high textural maturity, which yours fragments are rounded, well rounded and well sorted. Paleocurrents and provenance analyses show that source areas of Maricá group were composed of granites rocks (alkalis feldspar granite and granite with garnet) and tonalities; quartzite, quartz vein and volcanic rocks are in minor proportion. According to geochronological analyses of cobble samples, these source areas were developed in Archean and Paleoproterozoic ages. The provenance and paleocurrents analyses suggest that Rio de La Plata Craton and some Archean and Paleoproterozoic basement units of Dom Feliciano Belt in Uruguay were the most important source area and the Rio Vacacaí terrane was the basement unit of the Camaquã basin during the Maricá group evolution. The facies associations, the depositional systems successions, the high textural maturity and the cratonic source areas shows that Maricá group was developed in a wide steady basin, probably in an intracratonic environment. There are no evidences of tectonics events during the Maricá group deposition. These elements prove that the Camaquã basin was not related to the Brasiliano Orogeny.
|
174 |
Evolução tectônica da porção central do terreno Embu ao norte da zona de Cisalhamento Taxaquara-Guararema / not availableBeatriz Yuri Benetti Silva 21 March 2017 (has links)
O Terreno Embu está locado no cinturão Ribeira, separado a norte pela zona de cisalhamento Caucaia-Rio-Jaguari, a sul pela zona de cisalhamento Cubatão e é cortado tranversalmente pela zona de cisalhamento Taxaquara- Guararema e foi formado durante o ciclo orogênico Brasiliano, no Neoproterozóico. Este Terreno é formado por uma infraestrutura ortognaissíca que compõe as rochas do Complexo Rio Capivari, uma sequência metassedimentar dividida em duas unidades: paragnaisses e xistos e quartzitos e uma vasta quantidade de granitos que constituem cerca de 30% do Terreno. A partir dos dados de campo, petrográficos, geocronológicos, geoquímicos em rocha total e isotopia Lu-Hf em zircão e Sm-Nd em rocha total, foi possível inferir diferentes estágios evolutivos das rochas que compõe o Terreno Embu. As rochas do Complexo Rio Capivari registram um história de 400 m.y, o primeiro evento no Sideriano (2,4 Ga) relacionado a formação de um arco de ilha com assinatura isotópica juvenil, que evolui para uma margem continental ativa durante o Riaciano (2,18 a 2,14 Ga) com magmatismo derivado de uma crosta Arquena, o registro isotópico juvenil em 2,08 Ga é entendido com um estágio da margem continental ativa onde ocorre retração do slab e por fim no Orosiriano (2,01 Ga) as rochas possuem assinatura de crosta continental em provável regime de colisão. Evidêcias isotópicas demonstram que estas rochas não formaram o embasamento da sequência metassedimentar. As rochas metassedimentares possuem a idade máxima de deposição inferida a partir da idade do zircão detrítico mais jovem de 980 Ma, no Toniano e as idades dos zircões detítricos se concentraram principalmente no Mesoproterozóico entre 1,0 e 1,2 Ga e com um pico secundário em 1,8 Ga. A partir dos dados relativos ao magmatismo granítico e o metamorfismo foram identificados três eventos tectônicos que afetaram as rochas do Terreno Embu. O primeiro evento ocorreu entre 810-780 Ma e foi registrado nos ortognaisses de composição tonalítica-monzogranítica peraluminosa, interpretados como formados em um ambiente de arco magmático continental cujo magmatismo nos estágios finais assinala contaminação pela pilha metassedimentar. O segundo evento entre 705 e 660 Ma está impresso na deformação das ortognáissicas tonianas e na formação do Batólito do Serra do Quebra- Cangalha. Por fim, o último evento, entre 630 e 575 Ma foi relacionado com a colisão do Terreno Embu com o proto-continente Paranapanema-São Francisco, teve início em 630 na formação de uma margem continental ativa com magmatismo metaluminoso. Entre 615 e 605 ocorre a colisão e o magmatismo peraluminoso entre 595-580 Ma marca os estágios finais da colisão com a exumação do orógeno. A acreção do Complexo Rio Capivari ao Terreno Embu é interpretada como sendo relativa a este último evento tectônico. / The Embu Terrane is located in the Ribeira Belt, it is separated by north for the Caucaia-Rio Jaguari shear zone, by south for the Cubatão shear zone and it is cut across the Taxaquara-Guararema shear zone and it is formed during the Neoproterozoic orogenic Brasilian cycle. This Terrane is formed by orthognaisses infrastructure Rio Capivari Complex, a sequence of metassedimentary rocks divided in two units: Paragnaisses and schists and quartzites and a wide number of granites that compose around of 30% of the Terrane. Through the field data, petrography, geocronology, geochemistry in whole-rock and isotopic Lu-Hf in zircon and Sm-Nd in whole-rock, it was possible to evidence different evolution stages for the Embu Terrane rocks. The Complex Rio Capivari rocks recorded a story of 400 m.y, the first event in the Siderian (2,4 Ga) related to the island arc formation with juvenile isotopic signature that evaluated to a continental active margin during the Riaciano (2,18 to 2,14 Ga) with magmatism related to Archean crust, the juvenile record is understand how the stage of continental margin where it happened retraction slab and at least in the Orosirian (2,01 Ga) the rocks have continental crust signature in probably collision regime. Isotopic evidences show that these rocks don\'t compose the basement of metassedimentary sequence. The metassedimentary rocks have the maximum depositional age inferred from the youngest detritic zircon age of 980 Ma, Tonian and the zircon detritic age are concentrate mainly Mesoproterozoic between 1,0 and 1,2 Ga and with a secondary concentration of 1,8 . Through the granitic magmatism and metamorphic data it was identified three tectonics events that affect the Terrane Embu. The first happened between 810-780 Ma and it was recorded in the orthogneisses with tonaliticmonzogranitic peraluminous, interpreted how formed in an environment of continental arc magmatic whose the magmatism in the finals stages admits contamination by the metassedimentary rocks. The second event between 705 and 660 Ma is printed in the tonian orthogneisses deformation and in the Serra do Quebra-Cangalha Batholith formation. At least, the final event between 630 and 575 Ma was related with the proto-continent Paranapanema-São Francisco collision, it had begin in 630 Ma with the active continental margin formation with metaluminous magmatism. The collision happened between 615 and 604 and the magmatism peraluminous between 595-580 Ma print the collision finals stages with orogen exhumation. The accretion of Rio Capivari complex on Embu Terrane is interpreted how it been related to this last tectonic event.
|
175 |
Geoquímica, isotopia e geocronologia das rochas graníticas do Batolito Florianópolis na Ilha de Santa Catarina, SC, Brasil. / not availableVinicius Xavier Corrêa 15 February 2017 (has links)
O Cinturão Dom Feliciano é uma unidade geológica originada no Neoproterozoico durante o Cíclo Brasiliano localizado na região sul do Brasil e Uruguai. Apresenta orientação preferencial NNE-SSW paralelo à costa atlântica e pode ser dividido em três domínios distintos separados por grandes zonas de cisalhamento interpretadas como suturas regionais. Os segmentos são: Domínio Externo (bacias de ante-país), Domínio Central (rochas supracrustais) e Domínio Interno (rochas magmáticas de arcos diversos). O magmatismo que ocorre no Domínio Interno se estendendo ao longo de 1200 km sendo formado por três associa- ções de granitoides: Batolito Aiguá, Batolito Pelotas e Batolito Florianópolis este último restrito ao estado de Santa Catarina. O Batolito Florianópolis pode ser dividido em quatro unidades: Suíte Águas Mornas, Suíte São Pedro de Alcântara, Suíte Pedras Grandes e Suíte Cambirela. A Ilha de Santa Catarina apresenta exposições dessas unidades e são alvos do atual estudo. Os granitoides representam um magmatismo cálcio-alcalino de alto K e são interpretados como raiz de um arco magmático maduro. Na Ilha, a Associação Granítica Santinho é a unidade mais antiga formada por uma interação entre gnaisses bandados e rochas graníticas (Granito Morro das Aranhas) ambos com enclaves tonalíticos. O hornblenda biotita granito pertencente a São Pedro de Alcântara ocorre de maneira restrita. O Granito Ilha é o fácies predominante e pertence a Suíte Pedras Grandes. O vulcanismo ácido da Suíte Cambirela ocorre na forma de derrames na região sul da Ilha ou diques cortando todas as outras unidades. Associado a esta unidade ocorrem fáies subvulcanicos denominados com Granito Itacurubi. Todas as unidades são afetadas por eventos hidrotermais tardimagmáticos As rochas Suite São Pedro de Alcântara apresentam teor de SiO2 de 67% wt e CaO 2,5% wt. As rochas da Suites Pedras Grande e Cambirela apresentam altos teores se SiO2 maiores que 70% wt e CaO 0,5 - 1,7 % wt. Os dados geocronológicos U-Pb em zircão apontam idades variando entre 605 - 625 Ma para as rochas da Associação Granítica Santinho; 585 - 595 Ma para os granitos da Suíte São Pedro de Alcântara; 585 - 600 Ma para a Suíte Pedras Grandes; 575 Ma para os derrames do Riolito Cambirela. Os valores de 87Sr/86Sr(i) é de cerca de 0,711. As assinaturas obtidas pelo método Sm-Nd em rocha total indicam assinaturas crustais. As idades modelo TDMNd para as Suíte São Pedro de Alcântara são de aproximadamente 1400 Ma. Para as demais unidades os valores variam de 1550 - 1900 Ma. Ambas as idades apontam para um alto período de residência crustal. As assinaturas de Pb-Pb em rocha total mostram uma contribuição de crosta superior na geração desses granitoides. Não foram encontradas assinaturas mantélicas nas rochas estudadas, os valores de ?Hf são negativos para todo o conjunto. Variam entre -0.07 e - 28.43, isso indica origens crustais. Os valores das idades modelos TDMHf variam entre 1471 - 3270 Ma indicando fusão de crostas antigas. Os estudos petrogenéticos apontam que as unidades apresentam origem distinta e materiais precursores diferentes. O principal mecanismo de formação para tais rochas é o retrabalhamento crustal de materiais extraídos em níveis médio e profundo de crosta. Regionalmente os estudos apontam que os granitos da Ilha de Santa Catarina, e consequentemente do Batolito Florianópolis, são distintos das demais rochas graníticas do escudo catarinense. Uma abordagem integrada dos métodos isotópicos confirma a afinidade entre as rochas estudadas com o Batolito Pelotas. / The Dom Feliciano Belt is a geological unit originated in the Neoproterozoic during the Brasiliano Cycle. It occupies the entire southern-eastern region of Brazil and Uruguay. It presents a preferential NNE-SSW orientation parallel to the Atlantic coast and can be divided into three distinct domains separated by large shear zones interpreted as major regional sutures. The segments are: External Domain (foreland basins), Central Domain (supra-crustal rocks) and Internal Domain (magmatic rocks of several arcs). The magmatism that occurs in the Internal Domain extends for 1200 km and is formed by three associations of granitoids: Aiguá Batholith, Pelotas Batholith and Florianópolis Batholith the latter restricted to Santa Catarina. The Florianópolis Batholith can be divided into four units: Águas Mornas Suite, São Pedro de Alcântara Suite, Pedras Grandes Suite and Cambirela Suite. The Island of Santa Catarina state presents many outcrops of these units which are the targets of the current study. The granitoids represent a high K-calcium and alkaline magmatism and are interpreted as the roots of a mature magmatic arc. On the Island, the Granitic Association Santinho is the oldest unit formed by an interaction between bandaded gneiss and granite rocks (Morro das Aranhas Granite) both with tonalite enclaves. The hornblende biotite granite belonging to São Pedro de Alcântara occurs in a restricted way. The Granite Island is the predominant facies and belongs to Pedras Grandes Suite. The acidic volcanism of the Cambirela Suite occurs in the form of flows in the southern region of the Island or dikes cutting all other units. Associated with this unit occur sub-volcanic facies aka Itacurubi Granite. All units are affected by late imaging hydrothermal events. The São Pedro de Alcântara Suite rocks have SiO2 content of 67% wt and CaO 2.5% wt. The rocks of the Pedras Grandes Suite and Cambirela Suite have a high SiO2 contents higher than 70% wt and CaO 0.5 - 1.7% wt. The U-Pb zircon geochronological data indicate ages varying between 605 - 625 My for the rocks of the Santinho Granitic Association; 585 - 595 My for the granites of the São Pedro de Alcântara Suite; 585 - 600 My to the Pedras Grandes Suite; 575 My for the Cambirela Rhyolite\'s flows. The values of 87Sr / 86Sr (i) is about 0.711. The signatures obtained by the Sm-Nd method in bulk rock indicate crustal signatures. The TDMNd model ages for the São Pedro de Alcântara Suite are approximately 1400 My. For the other locations, the values range from 1550 - 1900 My. Both suggest a high crustal residence period. Pb-Pb signatures in total rock show a contribution of superior crust in the generation of these granitoids. No mantle signatures were found in this rocks, the values of ?Hf are all negative for the whole set. They vary between -0.07 and -28.43, indicating crustal origins. The values of the TDMHf models ages vary between 1471 - 3270 My indicating melting of old crusts. Petrogenetic studies point that those units have different genesis and different sources. The main mechanism of magma generate for these rocks is the crustal reworking of materials extracted at medium and deep levels of crust. Regionally the studies indicate that the granites of the Island of Santa Catarina, and consequently of Florianópolis Batholith, are distinct from the other granite rocks of the Santa Catarina shield. An integrated approach to isotopic methods confirms the affinity between this rocks with the Pelotas Batholith.
|
176 |
Geologia isotópica e geocronologia do complexo metamórfico porongos e suíte metamórfica várzea do capivarita, Cinturão Dom Feliciano, Sul do Brasil: i implicações para a evolução do Gondwana em sua margem ocidentalGruber, Leonardo January 2016 (has links)
Proveniência por métodos isotópicos em duas unidades litodêmicas – o Complexo Metamórfico Porongos (CMP) no domínio central-oriental do Cinturão Dom Feliciano (CDF) e a Suíte Metamórfica Várzea do Capivarita (SMVC), localizada no domínio leste do CDF - apresentou áreas-fonte similares nos dois casos: Os metassedimentos do CMP, na região das Antiformes de Santana da Boa Vista e Serra dos Pedrosas, foram depositados entre 785 e 595 Ma (U-Pb em zircão detrítico por LA-ICP-MS). Apresentam registros de áreas-fonte com predominância de idades de ca. 2.2 – 2.0 Ga, mesmas idades do embasamento da região, o Complexo Encantadas. As assinaturas isotópicas de 207Pb/204Pb X 206Pb/204Pb mostraram pouca relação dos metassedimentos do CMP com áreas-fonte do cráton Rio de La Plata, e εNd variando entre -13 a -6.5, com valores menos negativos para amostras onde foram obtidos zircões com mesma idade do vulcanismo félsico do CMP. Outros registros incluem idades de 1.5-1.4 Ga, cujas assinaturas εHf indicam fontes juvenis, possivelmente relacionadas a um sistema de rifteamento registrado nos Anortositos Capivarita. Na Antiforme Capané, zircões datados em SHRIMP e LA-ICP-MS de rochas metavulcânicas intermediárias a félsicas indicaram idades de 663 ± 2.7 Ma, representando um vulcanismo mais jovem do que aquele encontrado anteriormente no CMP, vinculado à fusão parcial crustal. Novos dados U-Pb em zircão confirmam registro do metavulcanismo de 783.4 ± 3.9 Ma nos metassedimentos, comparáveis a idades obtidas nos Gnaisses Cerro Bori, interpretados como um arco continental de ca. 800 Ma. Zircões detríticos de rochas metassedimentares da SMVC apresentaram registros de ca. 2.2 – 2.0 Ga, além de idades de ca. 1.4 Ga e idade máxima de deposição de 714.3 ± 3.9 Ma, com pico metamórfico registrado em borda metamórfica de zircões com 618 ± 7.3 Ma εHf predominantemente negativas. Mármores apresentaram razões 87Sr/86Sr de 0.70609, o que permite deduzir uma idade de deposição mais antiga que 715 Ma, próximo dos valores encontrados em mármores na região de Arroio Grande. A comparação dos isótopos de Hf com rochas do Cinturão Damara nos crátons Kalahari e Congo, cuja amalgamento junto ao Rio de La Plata deu origem ao Gondwana Ocidental, mostram que existe pouca ou nenhuma relação com áreas-fonte dos metassedimentos do CMP e SMVC no Neoproterozóico. Estes dados levam a dedução de que acresção de terrenos ou microcontinentes com características de embasamento, nesse caso denominado aqui como Embasamento Encantadas, cuja evolução se dá com acresção de um arco continental de idades entre 780 e 660 Ma, é a origem de parte das áreas-fonte do CMP, e possivelmente foi um dos eventos tectônicos que controlaram evolução do terreno ao longo do CMP e SMVC. / Isotopic provenance realized in two lithodemic units – Porongos Metamorphic Complex (PMC), in the central-eastern domain of the Dom Feliciano Belt (DFB) and the Várzea do Capivarita Metamoprhic Suite (VCMS), in the eastern domain of the same belt – presented similar source-areas in both cases: The PMC metasediments, in Santana da Boa Vista and Serra dos Pedrosas Antiforms were deposited between 785 and 595 Ma (LA-ICP-MS detrital zircon U-Pb). Both PMC and VCMS displayed source-areas with ages varying from ca. 2.2 – 2.0 Ga, which is the same age presented in the regional basement, the Encantadas Complex. 207Pb/204Pb X 206Pb/204Pb isotopic signatures displayed little resemblance between CMP metasediments and possible source-areas in the Rio de La Plata Craton, and εNd varied between -13 to -6.5, with less negative values in samples were where obtained zircons with the same age of felsic volcanism in the PMC. Others records included ages from 1.5 to 1.4 Ga, with εHf signatures indicating juvenile sources, possibly related to a rifting system recorde in the Capivarita Anorthosite. In the Capané Antiform, SHRIMP and LA-ICP-MS U-Pb zircon ages from felsic to intermediary metavolcanic rocks displayed 663 ± 2.7 Ma, which is a younger record than the previously obtained in the PMC, and can be related to partial crustal fusion. Also new U-Pb detrital zircon ages confirm the record of the metavolcanics of 783.4 ± 3.9 Ma in the metasediments, comparable to the ages obtained in the Cerro Bori orthogneisses, interpreted as a continental arc of ca. 800 Ma. Metasedimentary rocks of VCMS displayed zircons with ca. 2.2-2.0 Ga, besides ages of ca. 1.4 Ga and maximum depositional age of 714.3 ± 3.9 Ma, with metamorpich peak recorded in metamorphic rims of 618 ± 7.3 Ma and negative εHf signatures. Marbles presented 87Sr/86Sr ratios of 0.70609, which can be deducted as an older than 715 Ma depositional age, near values obtained to Arroio Grande marbles. Comparison of Hf signatures with rocks from Damara Belt of Kalahari and Congo Cratons, whose assembly with Rio de La Plata to form West Gondwana in Neoproterozoic, displayed little to no relationship with the source-areas of PMC and VCMS metasediments I in the Neoproterozoic. This indicates that terrain or a microcontinent accretion with basement features, in this case the Encantadas Basement, whose evolution underwent accretion in a continental arc between 780 to 660 Ma, it’s the source to part of the PMC , and possible was one of the tectonic events that controlled terrain evolution in the PMC and VCMS.
|
177 |
Evolução de ofiolitos neoproterozóicos do Escudo Sul-RiograndenseArena, Karine da Rosa January 2017 (has links)
O tempo de formação e acreção de crosta oceânica ao Orógeno Brasiliano são determinados, junto com a caracterização de litosfera oceânica. A dificuldade de datar ofiolitos é superada pela busca e descoberta de zircão em albititos e rochas metassomáticas contidas em serpentinitos. Foram selecionados três ofiolitos no terreno juvenil São Gabriel e um no cinturão de dobramentos e cavalgamento Porongos no sul do Escudo Brasileiro. Estudo isotópico de zircão e boro foi realizado. Análises U-Pb SHRIMP, Lu-Hf LA-ICP-MS e elementos-traço em zircão foram executadas na mesma região dos cristais. Análises isotópicas de boro foram realizadas em turmalinas de turmalinito. Microcopia eletrônica de varredura e análises químicas de rocha total também foram realizadas para classificar e interpretar o ambiente geológico dos ofiolitos. Estudos de zircão de albititos e metassomatitos levaram a idades Tonianas para os ofiolitos Cerro Mantiqueiras, Ibaré e Palma. Zircão dos albititos apresentam as idades mais antigas. No Cerro Mantiqueiras, duas idades Concordia distintas são de 923 ±3 Ma no núcleo e 786 ±13 Ma na borda com εHf = +8 a +13 e em Ibaré uma idade única de 892 ±3 Ma com εHf = +13 a +15. Análises de zircão de metassomatitos e rocha vulcanoclástica dos ofiolitos Ibaré e Palma indicam idades semelhantes, respectivamente 726 ±2 Ma e 722 ±3 Ma (metassomatitos) e 758 ±4 Ma (rocha vulcanoclástica) Outras três idades representativas registradas nos metassomatitos são 880 ±12, 836 ±6 e 780 ±5 Ma, interpretadas como sucessivos eventos de serpentinização. Composições isotópicas mantélicas de Hf em zircão dos metassomatitos variam de εHf = +12,1 a +1,4 e na rocha vulcanoclástica εHf = +11 a +6. O turmalinito maciço, imerso em serpentinito de Ibaré, apresenta composição química e isotópica homogênea (dravita) (δ11B = +3 a +5 ‰) e origem em crosta oceânica alterada. O Granito Santa Rita resultou em idade de 585 ±2 Ma e εHf = -14 a -32. No ofiolito Capané, o zircão metassomático de rodingito blackwall contido em serpentinito exibe múltiplas idades U-Pb do Toniano ao Cryogeniano (793 ±0.9, 757 ±2, 715 ±2). Isótopos de Hf indicam zircão de manto depletado (εHf = +15,0 a +10,7) e elementos-traço de ambiente oceânico. Geoquímica de zircão se aproxima da derivação mantélica. Formação e acreção dos ofiolitos ocorreram no Toniano (923-722 Ma) no terreno São Gabriel. No Cinturão Porongos, a formação do ofiolito Capané ocorreu no Toniano-Cryogeniano (793-715 Ma) com início da acreção no Cryogeniano (650 Ma) durante a orogênese colisional. Esses dados registram, no Escudo Sul-Riograndense, o início da ampla tafrogenia no Toniano para ruptura de Rodinia e posterior reconstrução de Gondwana. / Timing of oceanic crust formation and accretion to the Brasiliano Orogen are determined, along with characterization of oceanic lithosphere. The difficulty of dating ophiolites is presently overcome by the search and finding of zircon in albitites and metasomatic rocks contained in serpentinite. Three ophiolites were selected from the juvenile São Gabriel terrane and one from Porongos fold and thrust belt, southern Brazilian Shield. Isotopic study of zircon and boron was performed. Zircon U-Pb SHRIMP, Lu-Hf LA-ICP-MS and trace element analyses were executed in the same region of the crystals. Boron isotopic analyses were conducted in tourmalines from tourmalinite. Scanning electron microscopy and whole-rock chemical analyses were done to classify and interpret the geological environment of ophiolites. Zircon studies of albitites and metasomatites yield Tonian ages for Cerro Mantiqueiras, Ibaré and Palma ophiolites. Zircon from albitites present the oldest ages. In Cerro Mantiqueiras, two distinct Concordia ages are 923 ±3 Ma in the cores and 786 ±13 Ma in the rims with εHf = +8 to +13; in Ibaré, a single age of 892 ±3 Ma with εHf = +13 to +15. Analyses of zircon from metasomatites and a volcanoclastic rock from Ibaré and Palma ophiolites indicate similar ages, respectively 726 ±2 Ma and 722 ±3 Ma (metasomatites) and 758 ±4 Ma (volcanoclastic rock). Other three representative ages recorded in the metasomatites are 880 ±12, 836 ±6 and 780 ±5 Ma, interpreted as successive serpentinization events. Mantle Hf isotope compositions of zircon in the metasomatites range from εHf = +12.1 to +1.4 and in the volcanoclastic rock εHf = +11 to +6 Massive tourmalinite enclosed in serpentinite in Ibaré has homogeneous chemical (dravite) and isotopic composition (δ11B = +3 to +5‰), pointing to altered oceanic crust origin. The Santa Rita Granite resulted in age of 585 ±2 Ma and negative εHf (−14 to −32). In the Capané ofiolite, rodingite blackwall contained in serpentinite has metasomatic zircon that displays multiple U–Pb ages from Tonian to Cryogenian (793 ±0.9, 757 ±2, 715 ±2 Ma). Hf isotopes indicate zircon origin from a depleted mantle (εHf = +15 to +10.7) and trace elements point to oceanic environment. Zircon geochemistry is close to the mantle array. Ophiolite formation and accretion occurred in the Tonian (923-722 Ma) in São Gabriel terrane. In the Porongos belt, Capané ophiolite formation occurred in the Tonian-Cryogenian (793-715 Ma) with accretion starting in the Cryogenian (650 Ma) during collisional orogenesis. These data record, in the southern Brazilian Shield, the onset of intense taphrogeny in the Tonian for Rodinia break-up and later reconstruction of Gondwana.
|
178 |
Geologia dos carbonatitos ediacaranos de Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul, BrasilCerva-Alves, Tiara January 2017 (has links)
A avaliação integrada de dados de geoquímica do solo, aerogamaespectrometria (eTh), mapeamento geológico e estrutural associado à descrição de furos de sondagem e afloramentos da região de Caçapava do Sul, sul do Brasil, levou à descoberta de dois corpos de carbonatitos. Estes corpos estão localizados próximos aos limites sudeste e leste do Granito Caçapava, intrudindo o Complexo Passo Feio. O sistema é composto por alvikitos de coloração rosada seguidos por beforsitos brancos tardios, ambos na forma de corpos tabulares deformados concordantes com a xistosidade e dobras das rochas encaixantes. Análises petrográficas e avaliações utilizando microscópio eletrônico de varredura demonstraram que a calcita é o mineral predominante nos alvikitos, sendo os seguintes minerais acessórios e traço: apatita, magnetita, ilmenita, biotita, badeleita, zircão, rutilo, minerais do grupo do pirocloro e minerais de elementos terras raras (ETR). O beforsito, caracterizado pela presença abundante de dolomita, possui os mesmos minerais acessórios e traço observados nos alvikitos. A metodologia utilizada para geocronologia foi U-Pb em zircões via laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry (LA-ICP-MS), executada em uma amostra de beforsito. A idade de cristalização fornecida pelo método foi de 603,2 ± 4,5 Ma, colocando a intrusão em um contexto de ambiente pós-colisional ediacarano, com tectonismo transpressivo predominante e atividade vulcânica marcada por características shoshoníticas. / The integrated evaluation of soil geochemistry, aerogammaspectrometry (eTh), geological and structural mapping associated with description of boreholes and outcrops of Caçapava do Sul region, southernmost Brazil, led to the discovery of two carbonatite bodies. They are located near to the east and southeast of Caçapava Granite, intruding the Passo Feio Complex. The system is composed by early alvikite pink-colored rock followed by late white beforsite dikes in deformed tabular units concordant with the host rock schistosity and folds. Petrographic and scanning electron microscopy show that the alvikites are dominantly by calcite with subordinate apatite, magnetite, ilmenite, biotite, baddeleyite, zircon, rutile, pyrochlore-like and rare earth element minerals. Beforsites have the same minor and accessory minerals of the alvikites. U-Pb zircon geochronology via laser ablation inductively coupled plasma mass spectrometry (LA-ICP-MS) was performed on a beforsite sample, yielding a 603.2 ± 4.5 Ma crystallization age, in an Ediacaran post-collisional environment with transpressive tectonism and volcanic activity market by initial shoshonitic characteristics.
|
179 |
Petrogênese da suíte alcalina da Ilha Monte de Trigo, SPEnrich Rojas, Gaston Eduardo 23 February 2006 (has links)
A Suíte Alcalina da llha Monte de Trigo localiza-se no litoral norte do Estado de São Paulo. Representa uma manifestação do tipo sienito-gabróide alcalina mu lti-intrusiva rasa (<1 kbar), do Cretáceo Superior (86,5 Ma), associada à Província Alcalina da Serra do Mar. Aloja-se em rochas granítico gnáissicas neoproterozóicas da Faixa Ribeira, contudo estas não aparecem in situ na ilha. Tal suite é comparável às ocorrências das ilhas de São Sebastião, Búzios e Vitória. O magmatismo inicial é representado por um corpo máfico/ultramáfico cumulático, onde predominam melateralitos, olivina melagabros com nefelina, olivina gabros, clinopiroxenitos e olivina clinopiroxenitos. As rochas são maciças, inequigranulares média a grossa e com grande variação modal, Compõem-se predominantemente de diopsídio a diopsídio subsilíssico com Fe\'POT.3+\' zonado, além de olivina (crisolita a hialosiderita), plagioclásio (bytownita a andesina), magnetita e apatita. Nefelina, kaersutita e biotita têm desenvolvimento intersticial. O caráter cumulático destas rochas é consistente com a natureza ultrabásica (mg# entre 73,4 e 44,7), os baixos conteúdos de Na e K, e as diferenças entre o mg# da rocha e da composição do líquido em equilíbrio com as olivinas, conforme a partição do Ni e do mg#. Associados a estas litologias ocorrem diques sin-plutônicos de microteralito e microessexito, e um pequeno corpo de nefelina monzossienito, representando possivelmente diferenciados magmáticos. São rochas básicas (mg# entre 61,6 e 11,6), mesocráticas, maciças a orientadas, média a fina. Diferem do corpo máfico/ultramáfico pela cristalização inicial de feldspato alcalino, anfibólio (kaersutita a pargasita) e nefelina. No corpo máfico/ultramáfico cumulático e seus diferenciados, as relações texturais, as variações petrográficas e geoquímicas, e os os modelos de balanço de massa indicam o fracionamento de diopsídio e, em menor proporção, de olivina como o principal mecanismo de evolução magmática. O magmatismo segue com a colocação de uma brecha magmática intrusiva, cortando o olivina gabro. O corpo tem forma aproximadamente circular, com diâmetro de 50 a 60 m, compondo aparentemente uma estrutura tipo pipe. Compõe-se de uma matriz afanítica rica em sulfetos e fragmentos arredondados (até 2m) do corpo máfico/ultramáfico e do embasamento granítico-gnáissico. A terceira manifestação magmática resultou na formação de um stock zonado de nefelina sienito e álcali feldspato sienito com nefelina, e de diques sin-plutônicos de nefelina microssienito. Essas rochas ocupam toda a faixa central e sul da ilha, representando a litologia dominante. As variedades nefelina sieníticas são maciças, foiaíticas e hipidiomórficas, de granulometria média a grossa e coloração cinza claro a bege. Predominam os tipos miaskíticos e hipersolvus. Compõem-se de feldspato alcalino mesopertítico, nefelina intersticial, anfibólio subedral zonado (ferropargasita - hastingsita - catoforita), piroxênio subedral zonado (diopsídio - hedenbergita - egirina) e biotita, além dos acessórios apatita, titanita e magnetita. Os dados mineralógicos e geoquímicos indicam uma evolução magmática a partir do álcali feldspato sienito com nefelina para o nefelina sienito e, por fim, os diques de nefelina microssienitos. Durante a cristalização e evolução ocorreram mudanças na \'alfa\'SiO\'IND.2\', fH\'IND.2\', e em menor grau na fO\'IND.2\' e fF, que se traduzem nas variações paragenéticas e texturais observadas. Destacam-se entre os diques de nefelina microssienitos uma variedade de afinidade agpaítica, representando os termos mais evoluídos da associação. A paragênese identificada inclui zirconolita, loparita-(Ce), pirocloro, britholita-(Ce), eudialita, hiortdahlita, wohlerita e lavenita, além de um possível mineral novo denominado \"trigoíta\". À manifestação magmática final pertence uma série de diques de lamprófiros (monchiquitos e camptonitos), tefritos, nefelinitos, fonotefritos, tefrifonólitos e fonólitos, cortando as demais litologias de forma rúptil. São rochas porfiríticas de matriz afanítica contendo principalmente olivina, piroxênio, espinélio, anfibólio, biotita, plagioclásio, feldspato alcalino, nefelina e analcima. Esta paragênese e a composição mineral variam aparentemente num contínuo. Os dados geoquímicos sugerem que estes diques derivaram de um magma parental comum, e assim representando a uma mesma série magmática. O curto intervalo deste magmatismo (<0,5Ma) e o caráter recorrente de magmas primitivos, como os que geraram o corpo máfico/ultramáfico e os diques lamprofíricos, apontam para uma fonte magmática comum para todas as rochas da suíte. Este magma parental parece ter uma composição basanítica similar à dos lamprófiros mais primitivos, gerado pela fusão parcial de <5% de uma paragênese mantélica contendo granada previamente metassomatisada, com limitada influência do CO\'IND.2\', sob condições de aproximadamente 1300°C e de 2 a 3GPa. As razões isotópicas de Sr e Nd e as razões entre elementos traços incompatíveis dos litotipos mais primitivos (lamprófiros), indicam uma fonte litosférica heterogênea, com assinatura do tipo EMI-HIMU. Esta assinatura é coerente com o restante das ocorrências da Província Alcalina da Serra do Mar. As idades modelos de Nd em relação ao manto empobrecido, de aproximadamente 650Ma, para as rochas da Ilha Monte de Trigo, sugerem um enriquecimento metassomático mantélico ligado aos eventos neoprotezóicos que registrados nas rochas encaixantes. Dentre os fatores que teriam contribuído para a fusão mantélica destaca-se: (1) a despressurização da região fonte no manto superior, relacionada à tectônica dos riftes quando da abertura do Atlântico Sul; (2) o aumento generalizado da temperatura no manto relacionado a anomalias termais regionais ou à presença de plumas mantélicas; e (3) a influência de fases voláteis (e.g. anfibólio, flogopita e carbonatos) abaixando a temperatura do solidus mantélico. / Monte de Trigo Island Alkaline Suite is located in the north coastal area of the State of Sao Paulo. It represents a Late Cretaceous (86,5Ma) shallow (< 1 kbar) multi-intrusive alkaline syen ite-gabbroid complex, associated with the Serra do Mar Alkaline Province. It is emplaced into Neoproterozoic graniticgneisses of the Ribeira Belt, which do not croop out in situ. This suite is similar to the alkaline suites that occur in the Sao Sebastiao, Buzios and Vitoria islands. The cumulate mafic-ultramafic rocks represent the beginning of the magmatism, comprising melatheralites, nepheline-bearing olivine melagabbros, olivine gabbros, clinopyroxenite and olivine clinopyroxenite. They are massive, medium- to coarse-grained inequigranular with plonounced modal variation. They are mainly composed of pyroxene (zoned diopside to subsilicic ferrian diopside), in addition to olivine (chrysolite to hialosiderite), plagioclase (bytownite to andesine), magnetite and apatite. Nepheline, kaersutite and biotite are interstitial phases. The cumulate character of these rocks is consistent with their ultrabasic nature (mg# 73.4 - 44.7), low Na and K contents, and with differences in composition of the rock and the liquid in equilibrium with olivine, according to the partition of Ni and mg#. Syn-plutonic microtheralite and microessexite dykes as well as a small nepheline monzosyenite body occur in association with the above mentioned lithologies, possibly representing differentiated magmatic rocks. They are basic (mg# 61.6-11.6), mesocratic, massive to foliated, medium- to coarse-grained rocks. They differ from the mafic/ultramafic body due to the early clystallization of alkali feldspar, amphibole (kaersutite to pargasite) and nepheline. In the cumulate mafic/ultramafic body and its differentiated rocks, textural relationships, petrographic and geochemical variations, as well as mass balance models, indicate fractional crystallization of diopside and, to a lesser extent, olivine as the main magmatic evolution mechanism. Magmatism follows with the formation of an intrusive magmatic breccia, which cuts the olivine gabbro. The breccia is apparently a nearly circular-shaped pipe with 50-60m in diameter. It is composed of a sulphide-rich aphanitic matrix with rounded fragments (up to 2m) of the mafic/ultramafic body and granitic-gneisses country rocks. The third magmatic manifestation led to the formation of a nepheline syenite and nepheline-bearing alkali feldspar syenite zoned stock and synplutonic nepheline microsyenite dykes. These rocks are the prevailing lithologies in the island, covering its central and southern portions. Nepheline syenitic varieties are massive, foyaitic to hypidiomorphic, medium- to coarse-grained, and light grey to beige colored. Miaskitic and hipersolvus types prevail. They are composed by mesoperthitic alkali feldspar-, interstitial nepheline, zoned subhedral amphibole (ferro-pargasite - hastingsite - katophorite), zoned subhedral pyroxene (diopside - hedenbergite - aegirine) and biotite, in addition to apatite, titanite and magnetite as accessory phases. Mineralogical and geochemical data suggest a magmatic evolution from nephelinebearing alkali feldspar syenite to nepheline syenite and finally to nepheline microsyenites dykes. Changes in \'alfa\'\'SiO IND.2\', fH\'IND.2\', and to a lesser extent in fO\'IND.2\' and fF occurred throughout the crystallization and magmatic evolution, and were responsible for the observed paragenetic and textural variations. Among the nepheline microsyenite dykes, an agpaitic variety occurs, representing the most evolved terms of this association. The identified paragenesis includes zirconolite, loparite-(Ce), pyrochlore, britholite-(Ce), eudialyte, hiortdahlite, wohlerite and lavenite, as well as a possibly new mineral named \"trigoite\". The last magmatic manifestation comprises lamprophyres (monchiquites and camptonites), tephrites, nephelinites, phonotephrites, tephriphonolites and phonolites, that cross cut the older lithologies. These rocks are porphyritic with aphanitic groundmass, mainly constituted by olivine, pyroxene, spinel, amphibole, biotite, plagioclase, alkali feldspar, nepheline and analcime. This paragenesis and the mineral composition apparently vary in a continuum, Geochemical data suggests that these dykes are derived from a commom parental magma, thus representing a single magmatic series. A common magmatic source for all the rocks of this suite is evidenced by the short magmatic interval (<0.5Ma) and the recurrent nature of primitive magmatic episodes, such as those that originated the mafic/ultramafic body and lamprophyric dykes. This parental magma seems to have had a basanitic composition similar to those of the most primitive lamprophyres, generated by the partial melting (<5%) of a previously metasomatized garnet-bearing mantle, with limited CO\'IND.2\' influence, under approximately 1300°C at 2 to 3GPa. A heterogeneous lithospheric source with EMI-HIMU signature is indicated by \'ANTPOT.87Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\', \'ANTPOT. 143 Nd\'/\'ANTPOT.144Nd\' and incompatible element ratios of most primitive lithologies (lamprophyres). This signature is consistent with other occurrences of the Serra do Mar Alkaline Province. Depleted mantle Nd model ages (\'TIND. DM), of nearly 65OMa, for Monte de Trigo lsland rocks suggest a mantle that was metasomatically enriched during the Neoproterozoic events recorded in the country rocks. Several factors might have contributed to the mantle partial melting, such as: (1) pressure release in the source region on the upper mantle, related to the rift tectonic evolution during the South Atlantic opening: (2) the general mantle temperature increase related to regional thermal anomalies or to the presences of mantle plumes; and (3) the influence of volatile phases (e.g. amphibole, phlogopite and carbonates) lowering the mantle solidus temperature.
|
180 |
Evolução da mineralização primária estanífera associada ao Maciço Granítico Santa Bárbara, Rondônia / Not available.Sparrenberger, Irena 30 June 2003 (has links)
O Maciço Granítico Santa Bárbara integra a Suíte Granitos Últimos de Rondônia, que compreende rochas com idades entre 998 e 974 Ma e afinidade geoquímica com granitos rapakivi, intraplaca, do tipo A, intrusivas em embasamento de médio a alto grau metamórfico de idades entre 1,75 e 1,43 Ga. Ocorre como um stock semicircular com cerca de 7 Km de diâmetro médio, localizado no Distrito Mineiro de Santa Bárbara, norte de Rondônia. Apresenta três unidades magmáticas subsolvus: fácies Serra do Cícero, fácies Serra Azul e associação de fácies Santa Bárbara. A fácies Serra do Cícero compreende sienogranito rosa porfirítico de matriz média, com textura wiborgítica e caráter metaluminoso. A fácies Serra Azul é composta por albita-microclínio granito rosa equi a inequigranular de matriz média a grossa e natureza peraluminosa. Duas fácies de albita-microclínio granito de contato transicional fazem parte da associação de fácies Santa Bárbara: uma rosa porfirítica de matriz média com textura piterlítica (fácies Santa Bárbara média); e outra, restrita à porção de cúpula da unidade, de granito equigranular ou microporfirítico rosa-esbranquiçado a branco, de matriz fina (fácies Santa Bárbara fina), todos peraluminosos. Em todas elas, o mineral máfico presente é a siderofilita com teores decrescentes de ferro e crescentes de lítio e flúor da fácies Serra do Cícero para a associação de fácies Santa Bárbara, e ocorrem fluorita e topázio magmáticos como minerais acessórios. Outras fases acessórias são a monazita, o zircão, a xenotima, e a cassiterita. Datações U-Pb convencional em monazita forneceram idades de 933\'+OU-\'5 Ma e 989\'+OU-\'13 Ma para as fácies Serra do Cícero e Serra Azul, respectivamente. A datação U-Pb SHRIMP em zircão da fácies Santa Bárbara fina apontou uma idade média de 978\'+OU-\'13 Ma. Em todas as unidades, reconheceu-se a participação de núcleos herdados com idades mínimas correlacionáveis a Suíte Intrusiva Santa Clara (1042 a 1096 Ma) e aos orto e paragnaisses do embasamento (1335 Ma, 1617 a 1651 Ma, 1979 a 2067 Ma). As idades Sm-Nd \'T IND.DM\' são crescentes da fácies Serra do Cícero (1711 Ma) para a fácies Serra Azul (1846 Ma) e para a fácies Santa Bárbara fina (2220 Ma), enquanto que os valores de \'\'ksi\'IND.Nd(T)\' são de -2,95, -3,69 e -4,58, respectivamente. A mineralização estanífera está hospedada na associação de fácies Santa Bárbara, restrita a uma região de cerca de 500 X 150 m em planta, e ocorre associada a corpos de topázio-siderofilita-quartzo greisens tabulares, com grande extensão lateral e até 40 m de espessura, configurando modelo de greisens acamados. Na fácies Santa Bárbara fina são reconhecidos bolsões pegmatóides de até 2 m de diâmetro compostos por quartzo, siderofilita e topázio, estruturas estratificadas do tipo magmatic layering e unidirectional solidification textures, além de cavidades miarolíticas e as texturas snowball e granofírica, que indicam condições de saturação em H2O durante sua cristalização. Aumento do volume de albita, dos teores de lítio e flúor na siderofilita, e enriquecimento em Y e ETR nos granitos da fácies Santa Bárbara fina relativamente aos da fácies Santa Bárbara média também diferenciam essas fácies. A alteração hidrotermal que afeta essas rochas é subdividida nos estilos pervasivo e pervasivo fissural. O primeiro tem como produtos os corpos de topázio-siderofilita-quartzo greisens tabulares com até 0,5% de cassiterita (greisenização I) e os granitos albitizados salmão (feldspatização sódica), ambos espacialmente associados e dispostos concordantemente, configurando uma estratificação concordante com o contato superior do granito. A alteração pervasiva fissural, representada por greisenização II, silicificação I, muscovitização, silicificação II e argilização, compreende, como tipos morfológicos, stockwork de topázio-siderofilita-quartzo greisen, veios de quartzo-cassiterita, veios de muscovita, veios de quartzo estéreis e stockwork argiloso, os dois primeiros tipos portadores de cassiterita. São predominantemente verticais e subverticais e ocorrem alojados principalmente na fácies Santa Bárbara fian. Os fluidos mineralizantes são de origem principalmente magmática no estágio transicional, aquo-carbônicos, com salinidades de 6 a 14% em peso NaCl eq., observando-se a incidência de misturas com fluidos meteóricos aquosos de baixa salinidade (0 a 13% em peso NaCl eq.) já nas etapas finais desse estágio. Condições de imiscibilidade operaram no sistema no intervalo térmico de 370-390°C. Dados isotópicos de oxigênio apontam temperaturas da ordem de 570 e 500°C para a gênese dos bolsões de quartzo da fácies Santa Bárbara fina e para os corpos tabulares de greisen, respectivamente. Para os veios de quartzo-cassiterita, a temperatura de cristalização foi estimada em cerca de 415°C. As composições isotópicas da água em equilíbrio com os diversos hidrotermalitos (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= 3,3 a 10,4%o) situam-se no intervalo composicional das águas magmáticas, com exceção dos produtos de muscovitização (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= -6,4%o) e silicificação II (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.qz\'= -3,8%o), bem como os mica greisens (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= 1,6%o) e o stockwork argiloso (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= 2,6%o), que sugerem mistura com fluidos meteóricos, aquosos, de baixa salinidade (0 a 13% em peso NaCl eq.). O controle da deposição da cassiterita no sistema estudado em três vias: 1) o processo de imiscibilidade, com alto grau de interação rocha/fluido, no caso dos corpos de greisen tabulares e no sistema stockwork de greisen, 2) o boiling de fluidos aquosos sódicos nos veios de quartzo-cassiterita e 3) a mistura dos fluidos magmáticos de alta temperatura, mais salinos, com grandes proporções de fluidos meteóricos, frios, de baixa salinidade, nos veios de muscovita. / The Santa Bárbara massif is parto f the Younger Granites of Rondônia (998-974 Ma), composed of granitic rocks which show geochemical affinities with within-plate A-type rapakivi granites. The massif is located in the Santa Bárbara mining district, northern Rondônia, and is semicircular in shape with diameter of 7 km. It comprises three subsolvus magmatic units, emplaced into medium to hogh-grade metamorphic rocks (1.75 and 1.43 Ga), such as: Serra do Cícero facies, Serra Azul facies, and Santa Bárbara facies association. The Serra do Cícero facies is a metaluminous pink medium-grained porphyritic syenogranite, with shows wiborgitic texture. The Serra Azul facies is a peraluminous pink medium to coarse-grained albite-microcline-granite. Two albite-microcline granite facies, with transitional contacts, are distinguished in the Santa Bárbara facies association: a pink-medium grains porphyritic pyterlite granite (medium-grained Santa Bárbara facies), restricted to the granite cupola system, and an even-grained or microporphyritic whitish to pink-whitish fine-grained granite (fine-grained Santa Bárbara facies), both described as peraluminous in character. Siderophyllite is the dominant mafic mineral, which exhibit decreasing Fe contents, and increasing Li and F values from Serra do Cícero facies toward the Santa Bárbara facies. Fluorite, magmatic topaz, monazite, zircon, xenotime and cassiterite are the accessory mineral phases. U-Pb monazite conventional dating of the early-stage Serra do Cícero facies and late-stage Serra Azul facies, yielded ages of 993\'+ OU -\' 5 Ma and 989 \'+ OU -\' 13 Ma, respectively. SHRIMP U-Pb ages of Santa Bárbara facies association yielded a weighted-mean age of 978 \'+ OU -\' 13 Ma. Preservation of inherited older zircons are remarkable in all the granite rock units, and the minimum SHRIMP U-Pb zircon ages are correlatable to the Santa Clara Intrusive Suite (SHRIMP U-Pb zircon ages: 1042 to 1096 Ma) , and to the ortho and paragneiss associations of the basement rocks (1335 Ma, 1617 to 1651 Ma, and 1979 to 2067 Ma). Sm-Nd model ages increase from the Serra do Cícero facies (1711 Ma) and Serra Azul facies (1846 Ma) to fine-grained Santa Bárbara facies (2220 Ma), whereas the \'\'ksi\'IND.Nd(T)\' values are -2,95, -3,69 and -4,58, respectively. The tin mineralization is closely related to the Santa Bárbara facies, covers a 500 m by 150 m zone, and is mainly expressed by horizontal to subhorizontal lens-shaped topaz-siderophyllite-quartz greisen (up to 40 m thick) which define a bedded-greisen cupola model. Within the fine-grained Santa Bárbara facies pegmatoid pods (up to 2 m) composed of quartz, siderophyllite and topaz, as well as prominent manifestations of magmatic layering, unidirectional solidification textures, miarolitic cavities, snowball and granophyric textures, have been found in the upper part of the cupola system. They indicate H2O saturation conditions during their formation. Enrichment in albite, F and Li contents is siderophyllite, and Y and REE in the fine-grained Santa Bárbara facies are additional features of importance to distinguish this facies from the medium-grained Santa Bárbara facies. The hydrothermal alteration, which affected the granites, can be divided into: 1)pervasive alteration style which is represented by sheet-like bodies of topaz-siderophyllite-quartz greisens (0.5% SnO\'IND.2\') (greisenization I), and albitized salmon granite (sodic feldspathization). Both metasomatites are spatially associated, denoting a concordant layering in relation to the granite upper contact, 2) pervasive fissural alteration style is well exemplified by greisenization II, silicification I, muscovitization, silicification II and argillization, which encompass morpho-structural bodies, such as: cassiterite-bearing topaz-siderophyllite-quartz greisen stockwork, and cassiterite-quartz veins, muscovite veins, barren-quartz veins and argillic stockwork. These structures are vertical to subvertical and are mainly developed within the fine-grained Santa Bárbara facies. The mineralizing fluids related to the transitional stage, are dominantly magmatic, aqueous-carbonic, have salinities varying from 6 to 14 wt% NaCl eq., but at the end of this stage, low-salinity (1 to 3 wt% NaCl eq.) meteoric fluids partly mixed with magmatic fluids are largely confirmed. Immiscibility conditions prevailed in the system at temperatures varying from 370 to 390°C. Oxygen isotope data for the quartz-pods and sheet-like greisens, of the fine grained Santa Bárbara facies, indicate temperatures of the order of 570° and 500°C, respectively, for the ore genesis. The crystallization temperature for the quartz-cassiterite veins is 415°C. The isotopic composition of the water (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= 3,3 a 10,4permil), in equilibrium with metasomatites, plot in the magmatic water field, save the muscovitization (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= -6.4 permil), and silicification II products (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.qz\'= -3,8permil), as well as mica greisens (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= 1,6 permil) and argillic stockworks (\'\'delta\'POT.18\'\'O IND.H2O\'= 2,6 permil) which suggest mixture with aqueous low-salinity (0 to 3% wt% NaCl eq.) meteoric fluids. Three processes are responsible for cassiterite genesis: 1) immiscibility in conditions of high degree of rock/fluid interaction in bedded-greisen bodies and greisen stockwork, 2) boiling of sodic aqueous fluids in quartz-cassiterite veins, and 3) mixing of saline magmatic fluids with high proportions of cold-low-salinity meteoric fluids, in muscovite veins.
|
Page generated in 0.0437 seconds