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Da fonte à bacia: interação continente-oceano no sistema sedimentar Rio São Francisco, BrasilFontes, Luiz Carlos da Silveira [UNESP] 01 December 2015 (has links) (PDF)
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000865807.pdf: 14453873 bytes, checksum: 142359ea558e675cf17d1282f0ed4f41 (MD5) / A bacia hidrográfica do rio São Francisco, com 640.000 km2, abrange 7 unidades da federação brasileira. O rio São Francisco atravessa 2.700 km de extensão no continente, das nascentes na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até a foz, no oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas. Esta grande bacia é a única totalmente nacional e historicamente, este rio tem sido considerado, como o rio da integração nacional, unindo as regiões sudeste e nordeste. O uso de suas águas tem possibilitado a ocupação de uma vasta área no semi-árido nordestino e tem sido uma importante fonte de geração de energia hidroelétrica. No encontro com o oceano Atlântico seus sedimentos contribuem para o desenvolvimento de uma ampla planície costeira, reconhecida internacionalmente como um delta dominado por ondas. Na região marinha adjacente à sua foz, forma uma ampla zona lamosa na plataforma continental e escava um cânion submarino no talude continental, formando um amplo leque submarino em águas profundas. Este amplo contexto de ambientes deposicionais, com seus respectivos depósitos fluviais, costeiros e marinhos tem sido estudado de forma segmentada por diversos autores. O atual estudo enfoca este sistema sedimentarrio-mar de forma integrada, analisando o conjunto de sistemas deposicionais do continente até o oceano, até profundidades de 4.000 m, em uma perspectiva geológica evolutiva, desde a sua implantação, no Pleistoceno, até os dias atuais. As pesquisas enfocam as informações obtidas em superfície e subsuperficie na zona costeira e marinha, reconstituindo os controles morfo-estruturais e a evolução geoambiental do intervalo Pleistoceno-Holoceno. O estudo considera a conjunção dos aportes fluviais com os fatores relacionados com a dinâmica oceanográfica, como as ondas, marés e correntes marinhas. A influenciado aporte fluvial é documentada nos depósitos da região marinha, não só na plataforma continental e cânions... / The São Francisco River basin, with an area of about 640,000 km2, covers seven units of the Brazilian National State. The São Francisco River crosses 2.700 km long on the mainland, the springs in the Canastra Mountain, Minas Gerais, to the mouth in the Atlantic ocean between Sergipe and Alagoas. This basin is totally national and historical one, this river has been considered as the river of national integration, uniting the Southeast and Northeast regions. The use of its waters has enabled the wide footprint in the northeastern semi-arid and has been an important source of hydroelectric power generation. At the meeting with the Atlantic Ocean its sediments contribute to the development of a broad coastal plain, recognized internationally as a delta, dominated by waves. In the marine area adjacent to the mouth, form a large muddy area in the continental shelf and digs a submarine canyon on the continental slope, forming a broad range submarine in deep waters. This wide context of depositional environments and their respective river deposits, coastal and marine has been studied in a segmented manner by several authors. The current study focuses on this sedimentary system river-sea in an integrated manner, analyzing the set of depositional systems of the continent to the ocean, at depths of up 4,000 m, in an evolutionary geological perspective, since its deployment in the Pleistocene until the present day. Research focus on information obtained in surface and subsurface in the coastal and marine area, reconstituting the morpho-structural controls and geoenvironmental Pleistocene-Holocene evolution of the range. The study considers the conjunction of river inputs to the factors related to the oceanographic dynamics, such as waves, tides and currents. The influence of fluvial contribution is documented in deposits of marine region, not only in continental platform and submarine canyons, but also in continental foot, which extends to the...
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Da fonte à bacia : interação continente-oceano no sistema sedimentar Rio São Francisco, Brasil /Fontes, Luiz Carlos da Silveira. January 2015 (has links)
Orientador: José Cândido Stevaux / Coorientador: Edgardo Latrubesse / Banca: José Eduardo Zaine / Banca: Mauro Parolin / Banca: Fabiano Tomazini da Conceição / Banca: Antônio Roberto Saad / Resumo: A bacia hidrográfica do rio São Francisco, com 640.000 km2, abrange 7 unidades da federação brasileira. O rio São Francisco atravessa 2.700 km de extensão no continente, das nascentes na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até a foz, no oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas. Esta grande bacia é a única totalmente nacional e historicamente, este rio tem sido considerado, como o rio da integração nacional, unindo as regiões sudeste e nordeste. O uso de suas águas tem possibilitado a ocupação de uma vasta área no semi-árido nordestino e tem sido uma importante fonte de geração de energia hidroelétrica. No encontro com o oceano Atlântico seus sedimentos contribuem para o desenvolvimento de uma ampla planície costeira, reconhecida internacionalmente como um delta dominado por ondas. Na região marinha adjacente à sua foz, forma uma ampla zona lamosa na plataforma continental e escava um cânion submarino no talude continental, formando um amplo leque submarino em águas profundas. Este amplo contexto de ambientes deposicionais, com seus respectivos depósitos fluviais, costeiros e marinhos tem sido estudado de forma segmentada por diversos autores. O atual estudo enfoca este sistema sedimentarrio-mar de forma integrada, analisando o conjunto de sistemas deposicionais do continente até o oceano, até profundidades de 4.000 m, em uma perspectiva geológica evolutiva, desde a sua implantação, no Pleistoceno, até os dias atuais. As pesquisas enfocam as informações obtidas em superfície e subsuperficie na zona costeira e marinha, reconstituindo os controles morfo-estruturais e a evolução geoambiental do intervalo Pleistoceno-Holoceno. O estudo considera a conjunção dos aportes fluviais com os fatores relacionados com a dinâmica oceanográfica, como as ondas, marés e correntes marinhas. A influenciado aporte fluvial é documentada nos depósitos da região marinha, não só na plataforma continental e cânions... / Abstract: The São Francisco River basin, with an area of about 640,000 km2, covers seven units of the Brazilian National State. The São Francisco River crosses 2.700 km long on the mainland, the springs in the Canastra Mountain, Minas Gerais, to the mouth in the Atlantic ocean between Sergipe and Alagoas. This basin is totally national and historical one, this river has been considered as the river of national integration, uniting the Southeast and Northeast regions. The use of its waters has enabled the wide footprint in the northeastern semi-arid and has been an important source of hydroelectric power generation. At the meeting with the Atlantic Ocean its sediments contribute to the development of a broad coastal plain, recognized internationally as a delta, dominated by waves. In the marine area adjacent to the mouth, form a large muddy area in the continental shelf and digs a submarine canyon on the continental slope, forming a broad range submarine in deep waters. This wide context of depositional environments and their respective river deposits, coastal and marine has been studied in a segmented manner by several authors. The current study focuses on this sedimentary system river-sea in an integrated manner, analyzing the set of depositional systems of the continent to the ocean, at depths of up 4,000 m, in an evolutionary geological perspective, since its deployment in the Pleistocene until the present day. Research focus on information obtained in surface and subsurface in the coastal and marine area, reconstituting the morpho-structural controls and geoenvironmental Pleistocene-Holocene evolution of the range. The study considers the conjunction of river inputs to the factors related to the oceanographic dynamics, such as waves, tides and currents. The influence of fluvial contribution is documented in deposits of marine region, not only in continental platform and submarine canyons, but also in continental foot, which extends to the... / Doutor
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Sedimentologia, isótopos estáveis e palinologia de depósitos quaternários no leste da Ilha do Marajó, Estado do Pará / Sedimentology, stable isotopes and palinology of quaternary deposits from eastern of Marajó Island, Pará StateMiranda, Maria Carolina da Cruz 05 April 2010 (has links)
Análise de depósitos sedimentares quaternários da Região Amazônica é de grande interesse para a reconstituição da dinâmica de evolução de sua bacia de drenagem, bem como para subsidiar discussões relacionadas com paleoclima, nível do mar e tectônica. Existem, ainda, poucos estudos dedicados a este tipo de abordagem, o que se deve, principalmente, à ausência de exposições naturais devido à baixa topografia da área. Este trabalho integra análise de fácies, datação radiogênica, e análise de 13C, 15N e C/N de um testemunho de 124 m de espessura, obtido próximo ao Lago Arari, nordeste da Ilha do Marajó, Estado do Pará. Os sedimentos estudados foram depositados nos últimos 50 ka, e registram os seguintes ambientes deposicionais: canal fluvial, representado por areia maciça fina a grossa, localmente conglomerática, moderadamente selecionada e, subordinadamente, argilas laminadas plano-paralelas, arranjados em vários ciclos granodecrescente ascendentes com espessuras de até 8 m; bacia estuarina externa a marinho raso, consiste principalmente em argila com laminação paralela a streaky, intercalada com camadas heterolíticas lenticular e wavy/flaser, formando sucessões granocrescente ascendentes; bacia estuarina proximal, litofaciologicamente similar aos depósitos de bacia estuarina externa, tendo espessura menor (até 10 m), com estratos arranjados em ciclos granocrescente e granodecrescente ascendentes; planície de maré, formada por camadas heterolíticas dos tipos lenticular e wavy/flaser, o localmente interacamadadas com pacotes de areia maciça de até 1 m de espessura, formando ciclos granodecrescentes ascendentes de até 4 m de espessura; canal estuarino, formado por sucessão com cerca de 15 m de espessura, constituída de areias finas a grossas e, secundariamente, depósitos heterolíticos, arranjados em ciclos com adelgaçamento e granodecrescência ascendentes; e laguna, representada dominantemente por argila com laminação paralela a streaky, intercalada a pacotes heterolíticos de até 3 m de espessura, formando ciclos granodecrescente e granocrescente ascendentes. A interpretação faciológica foi complementada por análises de 13C, 15N e C/N, obtidas a partir da matéria orgânica dos sedimentos. Os valores confirmam ambiente com contribuição de diferentes fontes de matéria orgânica, como esperado em ambientes costeiros estuarinos e deltaicos sujeitos a fontes de matéria orgânica alóctones (fitoplâncton marinho, mais comumente trazidos por correntes de maré) e autóctones (fitoplâncton de água doce e matéria orgânica terrígena). Análises palinológicas foram realizadas em 108 amostras síltico-argilosas, que foram selecionadas com base em variações faciológicas. Os dados obtidos revelaram baixas concentrações de palinomorfos e frequência descontínua ao longo do testemunho estudado. Dois intervalos estratigráficos foram mais ricos em material palinológico. O primeiro compreende os 18 m superficiais do testemunho, sendo correspondente a depósitos lagunares, os quais registraram idade de até 10.000 AP. Neste intervalo, a taxa de concentração de polens calculada variou de 3.539,6 a 13.124,2 grãos/cm3. O tipo polínico dominante é a Rhizophora (20,8%-45,0%), elemento índice de manguezais. Outros arbóreos identificados incluem Alchornea (1-7,8%), Anacardiaceae (0- 6%), Euphorbiaciae (0-4,9%), Fabaceae (1-8,2%), Mauritia (0-4%), Melastomataceae (0,8-9,8%), Moraceae/Urticaceae (0-5%), Rubiaceae (0-6%). Vegetação herbácea inclui espécies de Amaranthaceae/Chenopodiaceae (0-4%), Cyperaceae (1-20%) e Poaceae (1,3-11%). O segundo intervalo localiza-se entre 77 e 93 m de profundidade e corresponde a sedimentos de ambiente de bacia estuarina proximal, de idade basal calculada em 50.795± 5.090 AP. A concentração varia de 9.095,5 a 22.688,5 grãos/ cm3. Polens herbáceos apresentam maiores concentrações (1.330,0-7.911,6 grãos/ cm3) do que no primeiro intervalo e, dentre este grupo, predominam os elementos de Poaceae (9- 26,5%). Entre os tipos arbóreos, as maiores frequências foram de Alchornea (0-6%), Celtis (0-7,1%), Euphorbiaceae (0-8%), Fabaceae I (tipo psilado) (1-14%), Ilex (0- 4,1%), Mauritia (1-10,7%), Malpigiaceae (0 7,1%), Melastomataceae/Combretaceae (1-10%) e Rubiaceae (0-7%). A análise da arquitetura estratal dos depósitos pleistocênicos tardios e holocênicos da região do Lago Arari revela que a sedimentação aconteceu dominantemente sob condições estuarinas, desenvolvolvidas ao longo de episódios de transgressão e regressão, como indicado pela natureza cíclica dos depósitos. Deposição fluvial ocorreu entre 40.950 (±590) e 50.795 14C AP, seguido de episódio de elevação do nível relativo do mar (NRM) iniciado entre 35.567 (±649) e 39.079 (±1.114) 14C AP. Ampla transgressão ocorreu até 29.340 (±340) 14C AP, indicado pelos depósitos de bacia estuarina externa a marinho raso, seguido de fase de declínio do NRM, que favoreceu rejuvenescimento e incisão do vale. Nova fase de elevação do NRM ocorreu por volta de 10.479 (±34) 14C AP, a qual culminou com o preenchimento do vale por depósitos estuarinos. O influxo fluvial foi interrompido em torno de 10.479 (±34) 14C AP, como resultado da evolução do estuário, provavelmente para uma laguna. O declínio do NRM aconteceu no final do Holoceno, que resultou em progradação costeira em direção a norte, processo este que teria culminado com a evolução da laguna para o sistema lacustre do Lago Arari atual. Apesar da influência de flutuações eustáticas, o contexto geológico permite sugerir que a tectônica regional desempenhou papel importante na criação de espaço acomodacional para a deposição dos sedimentos pleistocênicos-holocênicos da área do entorno do Lago Arari. / Analysis of Quaternary sediments in Amazonia is of great interest for reconstructing the dynamic evolution of its drainage basin, and to support discussions related to paleoclimate, sea level and tectonics. Few studies emphasize this type of approach, which is mainly due to lack of natural exposures due to the low topography of the area. This work integrates facies analysis, radiogenic dating, 13C, 15N and C/N analyses of an 124 m-thick obtained in the area located near Lake Arari, northeastern Marajó Island, State of Pará. The studied sediments were deposited in the last 50 ka, and record the following depositional environments: fluvial channel, represented by massive, moderately sorted, fine- to coarse-grained, locally conglomeratic, sand, and subordinate mud with parallel lamination, which are arranged in several fining upward cycles up to 8 m thick; outer estuarine basin to shallow marine, mainly consisting of mud with parallel to streaky lamination, interbedded with lenticular and wavy/flaser heterolithic layers, forming a coarsening upward succession; inner estuarine basin, lithologically similar to the outer estuarine basin to shallow marine deposits, with smaller thickness (up to 10 m), and with layers arranged in coarsening and fining upward cycles; tidal flat, formed by lenticular and wavy/flaser heterolithic layers, which are locally interbedded with massive sand packages up to 1 m thick, forming finning upward cycles up to 4 m thick; estuarine channel, formed by a succession about 15 m thick, consisting of fine to coarse-grained sand and, secondarily, heterolithic deposits, which are arranged in both
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Sedimentologia, isótopos estáveis e palinologia de depósitos quaternários no leste da Ilha do Marajó, Estado do Pará / Sedimentology, stable isotopes and palinology of quaternary deposits from eastern of Marajó Island, Pará StateMaria Carolina da Cruz Miranda 05 April 2010 (has links)
Análise de depósitos sedimentares quaternários da Região Amazônica é de grande interesse para a reconstituição da dinâmica de evolução de sua bacia de drenagem, bem como para subsidiar discussões relacionadas com paleoclima, nível do mar e tectônica. Existem, ainda, poucos estudos dedicados a este tipo de abordagem, o que se deve, principalmente, à ausência de exposições naturais devido à baixa topografia da área. Este trabalho integra análise de fácies, datação radiogênica, e análise de 13C, 15N e C/N de um testemunho de 124 m de espessura, obtido próximo ao Lago Arari, nordeste da Ilha do Marajó, Estado do Pará. Os sedimentos estudados foram depositados nos últimos 50 ka, e registram os seguintes ambientes deposicionais: canal fluvial, representado por areia maciça fina a grossa, localmente conglomerática, moderadamente selecionada e, subordinadamente, argilas laminadas plano-paralelas, arranjados em vários ciclos granodecrescente ascendentes com espessuras de até 8 m; bacia estuarina externa a marinho raso, consiste principalmente em argila com laminação paralela a streaky, intercalada com camadas heterolíticas lenticular e wavy/flaser, formando sucessões granocrescente ascendentes; bacia estuarina proximal, litofaciologicamente similar aos depósitos de bacia estuarina externa, tendo espessura menor (até 10 m), com estratos arranjados em ciclos granocrescente e granodecrescente ascendentes; planície de maré, formada por camadas heterolíticas dos tipos lenticular e wavy/flaser, o localmente interacamadadas com pacotes de areia maciça de até 1 m de espessura, formando ciclos granodecrescentes ascendentes de até 4 m de espessura; canal estuarino, formado por sucessão com cerca de 15 m de espessura, constituída de areias finas a grossas e, secundariamente, depósitos heterolíticos, arranjados em ciclos com adelgaçamento e granodecrescência ascendentes; e laguna, representada dominantemente por argila com laminação paralela a streaky, intercalada a pacotes heterolíticos de até 3 m de espessura, formando ciclos granodecrescente e granocrescente ascendentes. A interpretação faciológica foi complementada por análises de 13C, 15N e C/N, obtidas a partir da matéria orgânica dos sedimentos. Os valores confirmam ambiente com contribuição de diferentes fontes de matéria orgânica, como esperado em ambientes costeiros estuarinos e deltaicos sujeitos a fontes de matéria orgânica alóctones (fitoplâncton marinho, mais comumente trazidos por correntes de maré) e autóctones (fitoplâncton de água doce e matéria orgânica terrígena). Análises palinológicas foram realizadas em 108 amostras síltico-argilosas, que foram selecionadas com base em variações faciológicas. Os dados obtidos revelaram baixas concentrações de palinomorfos e frequência descontínua ao longo do testemunho estudado. Dois intervalos estratigráficos foram mais ricos em material palinológico. O primeiro compreende os 18 m superficiais do testemunho, sendo correspondente a depósitos lagunares, os quais registraram idade de até 10.000 AP. Neste intervalo, a taxa de concentração de polens calculada variou de 3.539,6 a 13.124,2 grãos/cm3. O tipo polínico dominante é a Rhizophora (20,8%-45,0%), elemento índice de manguezais. Outros arbóreos identificados incluem Alchornea (1-7,8%), Anacardiaceae (0- 6%), Euphorbiaciae (0-4,9%), Fabaceae (1-8,2%), Mauritia (0-4%), Melastomataceae (0,8-9,8%), Moraceae/Urticaceae (0-5%), Rubiaceae (0-6%). Vegetação herbácea inclui espécies de Amaranthaceae/Chenopodiaceae (0-4%), Cyperaceae (1-20%) e Poaceae (1,3-11%). O segundo intervalo localiza-se entre 77 e 93 m de profundidade e corresponde a sedimentos de ambiente de bacia estuarina proximal, de idade basal calculada em 50.795± 5.090 AP. A concentração varia de 9.095,5 a 22.688,5 grãos/ cm3. Polens herbáceos apresentam maiores concentrações (1.330,0-7.911,6 grãos/ cm3) do que no primeiro intervalo e, dentre este grupo, predominam os elementos de Poaceae (9- 26,5%). Entre os tipos arbóreos, as maiores frequências foram de Alchornea (0-6%), Celtis (0-7,1%), Euphorbiaceae (0-8%), Fabaceae I (tipo psilado) (1-14%), Ilex (0- 4,1%), Mauritia (1-10,7%), Malpigiaceae (0 7,1%), Melastomataceae/Combretaceae (1-10%) e Rubiaceae (0-7%). A análise da arquitetura estratal dos depósitos pleistocênicos tardios e holocênicos da região do Lago Arari revela que a sedimentação aconteceu dominantemente sob condições estuarinas, desenvolvolvidas ao longo de episódios de transgressão e regressão, como indicado pela natureza cíclica dos depósitos. Deposição fluvial ocorreu entre 40.950 (±590) e 50.795 14C AP, seguido de episódio de elevação do nível relativo do mar (NRM) iniciado entre 35.567 (±649) e 39.079 (±1.114) 14C AP. Ampla transgressão ocorreu até 29.340 (±340) 14C AP, indicado pelos depósitos de bacia estuarina externa a marinho raso, seguido de fase de declínio do NRM, que favoreceu rejuvenescimento e incisão do vale. Nova fase de elevação do NRM ocorreu por volta de 10.479 (±34) 14C AP, a qual culminou com o preenchimento do vale por depósitos estuarinos. O influxo fluvial foi interrompido em torno de 10.479 (±34) 14C AP, como resultado da evolução do estuário, provavelmente para uma laguna. O declínio do NRM aconteceu no final do Holoceno, que resultou em progradação costeira em direção a norte, processo este que teria culminado com a evolução da laguna para o sistema lacustre do Lago Arari atual. Apesar da influência de flutuações eustáticas, o contexto geológico permite sugerir que a tectônica regional desempenhou papel importante na criação de espaço acomodacional para a deposição dos sedimentos pleistocênicos-holocênicos da área do entorno do Lago Arari. / Analysis of Quaternary sediments in Amazonia is of great interest for reconstructing the dynamic evolution of its drainage basin, and to support discussions related to paleoclimate, sea level and tectonics. Few studies emphasize this type of approach, which is mainly due to lack of natural exposures due to the low topography of the area. This work integrates facies analysis, radiogenic dating, 13C, 15N and C/N analyses of an 124 m-thick obtained in the area located near Lake Arari, northeastern Marajó Island, State of Pará. The studied sediments were deposited in the last 50 ka, and record the following depositional environments: fluvial channel, represented by massive, moderately sorted, fine- to coarse-grained, locally conglomeratic, sand, and subordinate mud with parallel lamination, which are arranged in several fining upward cycles up to 8 m thick; outer estuarine basin to shallow marine, mainly consisting of mud with parallel to streaky lamination, interbedded with lenticular and wavy/flaser heterolithic layers, forming a coarsening upward succession; inner estuarine basin, lithologically similar to the outer estuarine basin to shallow marine deposits, with smaller thickness (up to 10 m), and with layers arranged in coarsening and fining upward cycles; tidal flat, formed by lenticular and wavy/flaser heterolithic layers, which are locally interbedded with massive sand packages up to 1 m thick, forming finning upward cycles up to 4 m thick; estuarine channel, formed by a succession about 15 m thick, consisting of fine to coarse-grained sand and, secondarily, heterolithic deposits, which are arranged in both
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