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Papel da autofagia na resposta imune ao Mycobacterium lepraeSilva, Bruno Jorge de Andrade January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que pode se manifestar em diferentes formas clínicas e há
evidências de que o estabelecimento das diferentes formas clínicas seja direcionado por mecanismos inatos da
resposta imune. Os macrófagos de pacientes tuberculóides (BT) e lepromatosos (LL) parecem ter um
comportamento diferente em relação à bactéria. Enquanto nos pacientes LL são encontrados macrófagos
altamente parasitados, em BT poucos ou raros bacilos são encontrados. O IFNγ é capaz de ativar diversos
mecanismos microbicidas nos macrófagos, entre eles a autofagia. Estudos de microscopia eletrônica
demonstraram a presença de fagossomos com dupla membrana em macrófagos expostos ao M. leprae, o que
sugere um possível envolvimento da autofagia na modulação da resposta. No presente estudo foi avaliado o
papel da autofagia na resposta imune ao M. leprae através de estudos utilizando a linhagem monocítica THP-
1, monócitos de indivíduos saudáveis e macrófagos de pacientes LL e BT. A análise ultraestrutural de lesões
de pele de pacientes LL e BT mostrou haver um número maior de autofagossomos em células de lesão de
paciente BT quando comparado aos de LL e tecido normal. A análise por imunoperoxidase ou Western
blotting revelou uma maior expressão tecidual do marcador de autofagossomos LC3 nos pacientes BT,
quando comparados aos LL. Adicionalmente, foi observado um aumento na expressão de LC3 em macrófagos
obtidos ex vivo de paciente BT, na presença ou não de IFNγ. A estimulação com o M. leprae foi capaz de
induzir a autofagia nos macrófagos THP-1, mas não de forma dose dependente. O tratamento com IFNγ em
células previamente estimuladas com o M. leprae foi capaz de aumentar a expressão de LC3 em relação aos
estímulos sozinhos, ou ao controle, em monócitos e macrófagos THP-1. O pré-tratamento com os inibidores
autofágicos wortmanina ou 3-metiladenina foi capaz de reduzir a expressão de LC3 induzida por IFNγ. O
IFNγ promoveu a co-localização M. leprae-LC3 nos macrófagos, mas não na presença da wortmanina. Em
adição, na presença de ambos IFNγ e M. leprae, houve uma maior expressão de Atg3, a enzima responsável
pela lipidação de LC3. A indução de autofagia com IFNγ foi capaz de aumentar a secreção das citocinas próinflamatórias
IL-6, IL-12p40 e TNF em macrófagos THP-1. O IFNγ, em células previamente estimuladas
com o M. leprae, foi capaz de aumentar a secreção de IL-15 em relação aos estímulos sozinhos ou ao
controle, mas não a secreção de IL-10. O bloqueio da autofagia com 3-metiladenina levou à redução dos
níveis de IL-15 em resposta ao estímulo com IFNγ e M. leprae, mas também não afetou a produção de IL-10.
Adicionalmente, o tratamento com IFNγ foi capaz de reduzir o percentual de associação do M. leprae aos
macrófagos THP-1. Em conjunto, esses dados indicam que em macrófagos estimulados com M. leprae, a
citocina IFN induz a produção de citocinas pró-inflamatórias, entre elas a IL-15, que contribuem para o
aumento da atividade microbicida da célula hospedeira através da indução de autofagia. Tais achados podem
contribuir para a maior compreensão dos mecanismos associados à imunopatogênese da hanseníase. / Leprosy is a chronic infectious disease that can present different clinical forms and there is evidence that the
establishment of different clinical forms is driven by host innate mechanisms. Macrophages from tuberculoid
(BT) and lepromatous (LL) patients seem to have a different behavior in relation to the bacteria. While in LL
patients there are highly infected macrophages, in BT rare or few bacilli are found. IFNγ can activate various
microbicidal mechanisms in macrophages, including autophagy. Electron microscopy studies showed the
presence of phagosomes with double membrane in macrophages exposed to M. leprae, suggesting a possible
involvement of autophagy in the immunomodulatory response. In the present study we evaluated the role of
autophagy in the immune response to M. leprae through studies using the THP-1 monocytic cell line and
monocytes from healthy subjects and LL and BT macrophages. Ultrastructural analysis of skin lesions of LL
and BT patients showed a higher number of autophagosomes in cells from skin lesions of BT patient
compared to LL patient or normal tissue. Immunoperoxidase or Western blotting analysis revealed a greater
tissue expression of the autophagosome marker LC3 in BT patients when compared with LL. Additionally,
there was an increase on LC3-punctae expression in ex vivo macrophages from BT patient, in the presence or
absence of IFNγ. M. leprae stimulation induced autophagy in THP-1 macrophages but not in a dose
dependent manner. IFNγ treatment in M. leprae-stimulated cells increased LC3-punctae expression
compared with stimuli alone or non-stimulated monocytes and THP-1 macrophages. The pre-treatment with
autophagic inhibitors wortmannin or 3-methyladenine was able to reduce IFNγ-induced LC3 expression.
IFNγ treatment promotes M. leprae-LC3 colocalization in THP-1 macrophages, but did not in the presence of
wortmannin. In addition, in the presence of both IFNγ and M. leprae, there was a higher expression of Atg3,
the enzyme responsible for LC3 lipidation. Autophagy induction with IFNγ increased the secretion of
proinflammatory cytokines IL-6, IL-12p40 and TNF in THP-1 macrophages. IFNγ treatment in M. lepraestimulated
cells was able to increase IL-15 secretion in relation to non-stimulated cells, but not IL-10.
Autophagic blockage by 3-methyladenine led to decreased IL-15 levels in response to stimulation with IFNγ
and M. leprae, but did not affect the IL-10 production. In addition, IFNγ treatment led to reduction on
macrophage-M. leprae association. Together, these data indicate that in M. leprae-stimulated macrophages,
IFNγ induces the production of proinflammatory cytokines including IL-15, which contribute to host cell
increase in microbicidal activity by autophagy induction. These findings may contribute to a better
understanding of the mechanisms associated with leprosy immunopathogenesis.
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A revacinação com a BCG modula a produção de citocinas frente a antígenos do Mycobacterium leprae, em contatos menores de 15 anos de pacientes com hanseníase / Revaccination with BCG modulates cytokine production against antigens of Mycobacterium leprae in contacts under 15 years of leprosy patientsFerreira, Emerson Ramalho January 2010 (has links)
FERREIRA, Emerson Ramalho. A revacinação com a BCG modula a produção de citocinas frente a antígenos do Mycobacterium leprae, em contatos menores de 15 anos de pacientes com hanseníase. 2010. 104 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-04-29T13:37:28Z
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Previous issue date: 2010 / Studies in different populations have shown that vaccination with BCG provides partial protection against leprosy. However, need of boost BCG vaccination and your impact in response immune against antigens of Mycobacterium leprae is poorly understood, mainly in children who are contacts of these patients with leprosy, and constitute population of risk for illness. This study, we investigated the paper a second dose of BCG given to contacts of leprosy patients under the age of fifteen years in modulate the response imune. Blood samples of twenty five children, who received a first dose of BCG at birth, were collected immediately before and two months after BCG revaccination. Your peripheral blood mononuclear cells (PBMC) stimulated by proteins and peptides of M. leprae, were measured IFN-γ and IL-10 by an ELISA assay. Before revaccination the serum anti-PGL1 IgG and IgM isotypes were measured by ELISA assays performed with native PGL1- coated microplates, and PPD-skin reaction was measured 2 to 3 months after revaccination. The study was approved by the local Ethic Committee, number 006-08, May 7th, 2008. BCG revaccination can induces IFN-gamma and/or IL-10 production related to antigen and age, but did not correlated with PPD-skin reaction or anti-PGL1 levels. The PBMC’s production of IFN-gamma against MLT (total M. leprae antigen) after BCG was higher on children under 4 years old (N= 8, 4203,0 ± 539,2 pg/mL before BCG x 9141,0 ± 860,9 pg/mL after BCG, p=0,015, Mann-Whitney’s test). Children between 5 and 9 years old showed an increase either of IFN-gama levels (N=11, 4912 ± 1065 pg/mL x 9249,0 ± 1171 pg/mL, p=0,024, Mann-Whitney’s test) or IL-10 levels (N=11, 210,6 ± 39,4 pg/mL x 680,3 ± 76,74 pg/mL, p=0, 0,001, Mann-Whitney’s test). However children between 10 and 15 years old failed to increase the cytokines levels after BCG booster. Contacts of multibacillary patients produced higher IFN-gamma levels (N= 13, 4536,0 ± 543,1 pg/mL x 9263,0 ± 989,0 pg/mL, p=0,0012, Mann-Whitney’s test) and IL-10 levels (N= 13, 235,9 ± 46,5 pg/mL x 743,5 ± 87,8, p=0,0012, Mann-Whitney’s test) against MLT after BCG, but only IFN-gamma levels (N=12, 4975,0 ± 995,8 pg/mL x 8126,0 ± 788,6, p=0,0342, Mann-Whitney’s test) increased after BCG on contacts of paucibacillary patients. The production of IFN-gamma and IL-10 against two synthetic peptides (p38 and p67), before and after BCG vaccine, were similar as seen with MLT antigen, but the absence of cytokine production against p69 help to identify this peptide as a effective diagnostic marker. / Estudos em diferentes populações têm mostrado que a vacinação com a BCG concede proteção parcial contra a hanseníase. Entretanto, a necessidade da revacinação e seu impacto na resposta imune contra antígenos do Mycobacterium leprae é pouco compreendida, principalmente nas crianças que são contatos destes pacientes com hanseníase, e constituem uma população de risco para o adoecimento. Neste estudo, investigamos o papel da revacinação com a BCG na modulação da resposta imune em contatos menores de quinze anos de pacientes com hanseníase. Amostras de sangue periférico de vinte e cinco crianças, vacinadas com a BCG ao nascer, foram coletas antes e dois meses após a revacinação com a BCG. Suas células mononucleares (PBMC) foram estimuladas com proteínas e peptídeos do M. leprae, dosando-se as quantidades de IFN-γ e IL-10 por ELISA. Anteriormente a revacinação, foram coletas amostras para dosagem de IgM e IgG anti-PGL-1 e realizado o teste tuberculínico (PPD) para avaliação da eficácia vacinal após a revacinação. Identificamos o potencial papel da BCG em estimular a produção de IFN-γ e/ou IL-10 dependendo do antígeno e da idade do contato, sem relação com o PPD e sorologia anti-PGL-1. Estes resultados sugerem que a BCG modula a resposta imune dos contatos frente aos antígenos do M. leprae, com o frequente aumento nos níveis de IFN-γ, frente ao MLT, nas crianças com idade entre 1 a 4 anos (4.203 + 539,2 pg/mL pré-BCG x 9.141 + 860,9 pg/mL pós-BCG, p=0,001). Já os contatos entre 5 a 9 anos mostram aumento na produção de IL-10 (210 +39,4 pg/mL pré-BCG x 680 + 76,74 pg/mL pós-BCG, p=0,001) e IFN-γ (4.912 + 1.065 pg/mL x 9.249 + 1.171 pg/mL, p=0,024). Estes achados são acompanhados com o aumento dos casos de hanseníase em crianças entre 5 a 9 anos na comunidade. Entretanto, nos contatos entre 10 a 15 anos a revacinação falha em induzir o aumento de IFN-γ e IL-10. Os contatos de MB produziram, simultaneamente, altos níveis de IFN-γ e IL-10 em resposta ao MLT, enquanto que os contatos de PB somente produziram altos níveis de IFN-γ após a revacinação. A produção de IFN-γ e IL-10 frente aos peptídeos sintéticos p38 e p69 indica que estes antígenos podem ser possíveis marcadores de infecção. Assim, a BCG pode ser protetora, sendo eficiente em induzir o aumento da resposta por IFN-γ nestes contatos, frente aos antígenos do M. leprae.
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Reações hansênicas em pós alta de poliquimioterapia : fatores associados e visão dos usuários numa área endêmica do BrasilAlencar, Maria de Jesus Freitas de January 2012 (has links)
ALENCAR, Maria de Jesus Freitas de. Reações hansênicas em pós alta de poliquimioterapia : fatores associados e visão dos usuários numa área endêmica do Brasil. 2012. 153 f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-04-29T16:28:51Z
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Previous issue date: 2012 / Leprosy reactions are classified as type 1 (reversal reaction - RR), type 2 (Erythema Nodosum Leprosum - ENL) and pure neuritis. These lead to a potential risk of developing disabilities and deformities before and during anti-leprosy treatment as well as after release from treatment (RFT). Reactions must be diagnosed early and treated effectively. This research is justified by the scarcity of studies on the occurrence of reactions, monitoring practices of patients and factors associated with reaction episodes after RFT. We know little about existing diagnostic problems, about case management from the perspective of the affected persons with reactions.Methods: Transversal study design, consisting of a simplified neurological examination, a dermato-neurological examination and interviews of the defined target group. Five municipalities were included in the cluster areas: Araguaina (Tocantins), Floriano (Piauí), Bacabal and Caxias (Maranhão) and Marabá (Pará). The target population consisted of all resident individuals with leprosy reactions after being released from multidrug therapy, who presented themselves to the health services in the period 2007 to 2009, regardless of the date of start of treatment. We compared the EHF (eye-hand-foot) scores at diagnosis and during the respondents’ examinations. In another analysis we compared the presence of disability scores (0-1) to the current EHF scores. In the analysis we used the Chi square test and for those associations where the expected value was less than 5 we used Fischer’s exact test. Results: A total of 280 patients were included in the study. Of those, 190 (67.9%) were male. The ages ranged from 8 to 85 years, with a mean of 46.5 years. Six patients were under 15 years and five aged between 15 and 17 years. The average monthly income of the respondents was R$ 1,077.00 (around €400) with values between R$ 60 (€22) and R$ 6,000 (€2200). More than ninety per cent lived in urban areas. As for education, 53 persons (18.9%) were illiterate and 53.6% had an incomplete primary education. In total 45 patients (16.1%) were classified as PB and 232 (83.7%) were classified as MB. The predominant clinical form (Madrid classification) was dimorphous in 115 (41.1%) cases, followed by 82 lepromatous forms (29.6%). Type 1 reaction was present in 104 patients (37.1%), type 2 reactions in 18.6% of cases and pure neuritis in 13.9%. An associated neuritis was found in 51.9% of patients with type 2 reactions. The frequency of reaction episodes ranged from one to six. One episode only was developed by 215 patients (77.3%). The first episode occurred during anti-leprosy treatment for 121 patients (43.2%), followed in frequency of occurrence by patients after RFT. The EHF score at the time of diagnosis ranged from 0 to 11. At the time of the examination the EHF score range was 0-10, with a predominance of scores between 1 and 4. In 88 out of 198 patients (44.4%) their scores worsened. The risk of worsening was associated with the following socio-demographic variables: being illiterate (PR = 1.64, 95% CI: 1.21 - 2.21, p = 0.003), being widower (PR = 1.98, 95% CI: 1.20 - 3.96, p = 0.013). A protective factor was found: having completed secondary school education (PR = 0.4, 95% CI: 0.23 - 0.71 p = 0.000). Worsening of the EHF scores was associated with borderline leprosy (PR = 3.71, 95% CI: 1.00 - 13.70, p = 0.009), having had a reaction during MDT (PR = 1, 70; 95% CI 1.13 to 2.54 P = 0.004), and the presence of a thickened nerve (PR = 1, 78, 95% CI: 1.30 - 3.08 p = 0.024). In the patients’ health seeking behaviour towards diagnosis, self-perception of symptoms was reported by 240 respondents (85.8%). Dermatological symptoms were the main complaint, in 176 (62.9%) cases. Primary health care services were the first point of entry for 95 patients (34%). The main reaction symptoms mentioned were of dermatological nature, in 115 (42%) cases Neurological complaints were mentioned by 97 (35.4%) respondents. In total, 206 out of the 280 patients (73, 5%) responded that leprosy brought about changes, problems and troubles in their lives. Among the intrapersonal changes, physical changes played an important role for 129 (62.6%) participants. These changes led to limitations in work performance and income, as well as causing restrictions in activities of daily living. Conclusions: Episodes of reactions worsen physical and psycho-social impairments, reduce social participation, cause problems at work and hamper activities of daily living. It is necessary to focus on the quality of life of individuals after RFT, especially among those with already established physical disabilities. The EHF score is an important tool to detect the progression of physical disability. The tool should be used in the diagnostic procedure, at the time of RFT and during reactions for all patients. Primary health care services and reference centres in the municipalities involved need to improve monitoring persons after RFT. Improved monitoring is needed not just in those patients with existing disabilities (DG1 and DG2), but also for those without disability present at discharge. Evidence indicates the need for empowerment of people affected by leprosy to deal effectively with the signs and symptoms of reaction after MDT. It is suggested to establish a system for monitoring and surveillance of reactions for a period of minimally six months up to five years after RFT. This surveillance is especially important considering that patients may develop neurological impairment gradually and without presenting symptoms, with the subsequent possibility of physical and psycho-social harm. / Os estados reacionais da hanseníase, classificados como tipo 1 (reação reversa - RR) e tipo 2 (Eritema Nodoso Hansênico – ENH) e neurite isolada, levam ao risco potencial de desenvolver incapacidades e deformidades antes, durante o tratamento e após a alta. Necessitam diagnóstico precoce e tratamento adequado. Este estudo justifica-se pela escassez de estudos sobre ocorrência, seguimento e fatores associados aos episódios reacionais após a alta do tratamento específico, bem como o desconhecimento dos problemas enfrentados do diagnóstico, ao manejo terapêutico, sob a perspectiva das pessoas com reações hansênicas. Métodos: estudo transversal, a partir da população alvo identificada, consistindo de avaliação neurológica simplificada, exame dermato-neurológico e entrevista individual (Projeto MAPATOPI). Foram incluídos cinco municípios em áreas do cluster: Araguaína (TO), Floriano (PI), Bacabal e Caxias (MA) e Marabá (PA). A população alvo consistiu de todos os indivíduos que apresentaram reações hansênicas, em pós-alta do tratamento poliquimioterápico, residentes e acompanhados nos serviços de saúde no período de 2007 a 2009, independente da data de inicio de tratamento. Utilizou-se a comparação do escore OMP (olho-mão-pé) ou EHF (Eyes-Hand-Foot) do diagnóstico com o atual. Outro desfecho binário utilizado foi analisar a presença de incapacidade 0-1 no escore OMP atual. Na análise binária utilizou-se o teste chi quadrado de Pearson. Naquelas associações onde o valor esperado era menor que cinco utilizou-se o teste exato de Fischer. Resultados: foram incluídos 280 pacientes. 190 (67,9%) eram do sexo masculino. A idade mínima de 8 a 85 anos, com media de 46,5 anos. Seis eram menores de 15 anos e cinco entre 15 e 17 anos. A renda média por mês foi de R$ 1077,00 com valores entre R$ 60,00 e R$ 6.000,00 reais. Mais de noventa por cento residia na zona urbana. Quanto à escolaridade 53 (18,9%) eram analfabetos e 53,6% tinham o primeiro grau incompleto. No total 45 (16,1%) foram classificados como PB e 232 (83,7%) foram classificados como MB. A forma clínica predominante foi a dimorfa com 115(41,1%), seguida da virchowiana 82 (29,6%). A reação tipo 1 estava presente em 104 (37,1%), tipo 2 (18,6%), a neurite isolada (13,9%). A neurite associada foi encontrada em 51,9% dos pacientes com tipo 2. A quantidade de episódios reacionais variou de um até seis episódios. Um episódio foi desenvolvido por 215 (77,3%). O primeiro episódio ocorreu durante o tratamento para 121 (43,2%), seguido, em frequência de ocorrência, em pacientes pós-alta. O escore OMP (EHF) no diagnóstico variou de 0 a 11 e na avaliação atual, de 0 a 10, com maior distribuição no intervalo entre 1 a 4. Quanto à piora do escore OMP 88/198 (44,4%) pioraram. Entre as variáveis sócio-demográficas, o risco de piora foi associado a: ser analfabeto (RP= 1, 64; IC de 95% 1,21 – 2,21; p=0,003), viúvo (RP= 1,98; IC de 95% 1,20 – 3,96, p=0,013). E como fator de proteção ter segundo grau de escolaridade (RP= 0,4; IC de 95% 0,23 – 0,71 p=0,000). Quanto à piora do OMP associada a variáveis clínicas, a forma clínica dimorfa (RP= 3,71; IC de 95% 1,00 – 13,70; p=0,009), ter reação durante a PQT (RP= 1, 70; IC de 95% 1,13 – 2,54 P=0,004), ter algum nervo espessado ((RP= 1, 78; IC de 95% 1,30 – 3,08; p=0,024). Quanto ao percurso até o diagnóstico, a autopercepção foi encontrada em 240 (85,8%), entre os sinais e sintomas 176 (62,9%) buscaram os serviços por dermatoses em geral. Na busca do diagnóstico, a atenção primária foi a primeira entrada para 95 (34%) na rede de assistência. As principais manifestações de reações citadas foram sinais dermatológicos 115 (42%) e neurológicos 97 (35,4%). No total, 206/280 (73,5%) responderam que a hanseniase trouxe mudanças, problemas e transtornos para a sua vida. Dentre as mudanças intrapessoais, as alterações físicas tiveram papel importante para 129 (62,6%) participantes. Essas alterações levaram a limitações do seu desempenho no trabalho e renda, seguindo do comprometimento das atividades de vida diária. Conclusões: Episódios reacionais agravam o comprometimento físico, psico-social de participação social e comprometem o trabalho e a realização das atividades de vida diária. É necessário foco na qualidade de vida dos indivíduos no pós-alta, principalmente entre aqueles com incapacidades físicas instaladas. O escore OMP é um importante instrumento para detectar a progressão das incapacidades físicas e deve ser utilizado no diagnóstico, alta e durante os episódios reacionais em todos os pacientes. Os serviços de atenção primária e secundária dos municípios envolvidos necessitam melhorar o acompanhamento aos indivíduos no período pós-alta, não apenas para aqueles indivíduos com incapacidades já instaladas (grau um e dois), mas também naqueles que não apresentaram incapacidades no momento da alta. Evidências apontaram a necessidade do empoderamento das pessoas afetadas pela hanseníase em lidar eficazmente com os sinais e sintomas de reações após a PQT. Sugere-se instituir um sistema de monitoramento e vigilância dos estados reacionais por um período mínimo de seis meses até cinco anos após a alta, considerando a existência de grupos de pacientes onde o comprometimento neurológico ocorre lenta e silenciosamente, com possibilidade de danos não só físicos, mas psicossociais
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Fatores sócio-econômicos e ambientais relacionados à hanseníase no estado do Ceará / Socioeconomic and environmental factors related to Hansen’s disease in the State of CearáEvangelista, Clara Maria Nantua January 2004 (has links)
EVANGELISTA, Clara Maria Nantua. Fatores sócio-econômicos e ambientais relacionados à hanseníase no estado do Ceará. 2004. 89 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2004. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-10-31T15:38:07Z
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Previous issue date: 2004 / The aim of this study was to identify the socioeconomic and environmental factors related to Hansen’s disease in the State of Ceará. A descriptive study was carried out in three municipalities in the State of Ceará with a high finding and prevalence rate of Hansen’s disease in the last ten years in Senator Pompeu, Iguatu and Juazeiro do Norte. The areas where the cases took place were described, and it was also observed if there were water bodies frequently used by the population in the surroundings. The possibility of other factors is speculated, not only the person-person transmission, just like the water, to participate as an infection source for the Mycobacterium leprae. A case-control study in the municipalities of Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral, and Morada Nova was accomplished in 2001, starting from this pilot descriptive study, showed that the proximity to natural water bodies, and the frequent contact with them emerged as a significant risk factor for Hansen’s disease in Ceará. A determination model of the Hansen’s disease was idealized based on the disease epidemiology. A univaried analysis was accomplished in each block to know which variables would be analyzed through a logistic regression. After that analysis, considering the idealized model, a multivaried hierarchical analysis was used where each explanatory block was analyzed separately, on a discending scale, and the following blocks were adjusted by the significant variables of the ascending block(s). The results found reinforce previous discoveries, in other studies, of the association of Hansen’s disease with low educational levels, extreme poverty, and the lack of hygiene was also shown to be associated with Hansen’s disease. As well as the people who usually take frequent baths in dams, swamps or rivers had a larger risk of developing Hansen’s disease. Having a vaccine scar was shown as an important protection factor against Hansen’s disease. / O objetivo do estudo foi identificar os fatores sócio-econômicos e ambientais relacionados à hanseníase no estado do Ceará. Realizou-se um estudo descritivo em três municípios do Estado do Ceará com alta taxa de detecção e prevalência de hanseníase nos últimos dez anos, Senador Pompeu, Iguatu e Juazeiro do Norte. Foram descritos os locais onde ocorreram os casos e observado se nas proximidades existia coleções de águas que eram utilizadas com freqüência pela população e linhas férreas. Especula-se a possibilidade de outros fatores, que não só a transmissão pessoa-pessoa, tal como a água, participar como fonte de infecção para o Mycobacterium leprae. Um estudo de caso-controle nos municípios de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral e Morada Nova foi realizado em 2001, a partir deste estudo descritivo piloto, mostrou que a proximidade com coleções águas naturais e o contato freqüente com as mesmas emergiu como um significante fator de risco para hanseníase no Ceará. Idealizou-se um modelo de determinação da hanseníase baseado na epidemiologia da doença. Em cada bloco foi realizada uma análise univariada, para saber quais variáveis seriam analisadas através de uma regressão logística. Após esta análise, considerando-se o modelo idealizado, empregou-se uma análise multivariada hierarquizada onde cada bloco explicativo era analisado separadamente, numa escala descendente, e os blocos seguintes foram ajustados pelas variáveis significativas do(s) bloco(s) ascendente(s). Os resultados encontrados reforçam achados de estudos anteriores, em que a hanseníase associou-se com baixos níveis educacionais, de pobreza extrema e falta de higiene. Bem como as pessoas que têm o hábito de tomar banho freqüente em águas de açude, brejo ou rio tiveram maior risco de ter hanseníase. Ter cicatriz vacinal mostrou-se um importante fator de proteção para a hanseníase.
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Fatores associados á baixa adesão ao tratamento da haseníase em pacientes de 78 municípios do estado do Tocantins / Factors associated with poor adherence to treatment in patients haseníase of 78 districts of the state of TocantinsChichava, Olga André January 2010 (has links)
CHICHAVA, Olga André. Fatores associados á baixa adesão ao tratamento da haseníase em pacientes de 78 municípios do estado do Tocantins. 2010. 128 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-11-08T16:38:19Z
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Previous issue date: 2010 / Background: Adherence to treatment of chronic diseases is a complex issue and involves not only responsibility of the diseased persons, but also the health professional teams and the patients’ social networks. In the last years, non-adherence to multidrug therapy (MDT) against leprosy has been reduced significantly in Brazil. However, low adherence to MDT is still an important obstacle of disease control, and may lead to remaining sources of infection, incomplete cure, irreversible complications, and multidrug resistance. Methods: We performed a population-based study in 78 municipalities pertaining to a leprosy hyperendemic cluster in northern Tocantins State, central Brazil. Tocantins is the State with highest leprosy detection rates (annual detection rate of 88.54/100.000 in the general population, and of 26.48/100.000 in <15 year-olds in 2009). We reviewed the database of the National Information System for Notifiable Diseases (Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN), and applied structured questionnaires on leprosy-affected individuals regarding socio-demographic, clinical, service-related and behavior-related characteristics. Two different outcomes for assessment of risk factors were used: defaulting (defined as individuals with incomplete MDT not presenting to the health care center for monthly supervised treatment for >12 months); and interruption of MDT (defined as duration PB treatment > 7 months; and of MB treatment > 13 months). In addition, we asked participants who said that they had interrupted MDT at least once in an open question about their reasons for interrupting. Results: Of the total of 936 individuals included in data analysis, 491 (52.5%) were males; the age ranged from 5 to 99 years (mean=42.1 years). Two-hundred and twenty-five (24.0%) were illiterate. In total, 497 (55.6%) were classified as PB, and 395 (44.1%) as MB leprosy. We identified 28 (3.0%) patients who defaulted MDT; 16 defaulters were included by reviewing the SINAN data information system, and an additional 12 locally in the patients’ charts during field work. In total, 147/806 (18,2%) interrupted MDT. Defaulting was significantly associated with: low number of rooms per household (OR=3.43; 95% confidence interval: 0.98–9.69; p=0.03); moving to another residence after diagnosis (OR=2.90; 0.95–5.28; p=0.04); and low family income (OR=2.42; 1.02– 5.63: p=0.04). Interruption of treatment was associated with: low number of rooms per household (OR=1.95; 0.98–3.70; p=0.04); difficulty in swallowing MDT drugs (OR=1.66; 1.03–2.63; p=0.02); temporal non-availability of MDT at the health center (OR=1.67; 1.11–2.46; p=0.01); and moving to another residence (OR=1.58; 1.03–2.40; p=0.03). Logistic regression identified temporal nonavailability of MDT as an independent risk factor for treatment interruption (adjusted OR=1.56; 1.05–2.33; p=0.03), and residence size as a protective factor (adjusted OR=0.89 per additional number of rooms; 0.80–0.99; p=0.03). Residence size was also independently associated with defaulting (adjusted OR=0.67; 0.52–0.88; p=0.003). In addition, we identified 334 (35.6%) participants who said that they had interrupted MDT at least once. The median time of interruption stated by study participants was 15 days, with a maximum of three years (interquartile range: 6-30 days). The most common reason for interruption given by these was non-availability of medication at the respective health care centre (211; 62.9%). Others forgot to take the medicine (44; 12.0%) or interrupted due to drug-related adverse events (28; 8.3%). Conclusions: The study shows that there are still challenges to be tackled regarding MDT in Brazil. As a consequence of the efforts done by the Tocantins State Leprosy Control Program, healthservice related factors played a minor role, despite intermittent shortage of drug supply. An integrated approach is needed for further improving control, focusing on the most vulnerable population groups such as the socio-economically underprivileged and migrants. MDT producers should consider oral drug formulations that may be more easily accepted by patients. Considering the consequences of low adherence to treatment, such as possible development of MDT resistance, and persisting sources of transmission, future in-depth studies are needed to improve further adherence, mainly in hyperendemic regions. / Introdução: A aderência ao tratamento de doenças crônicas é uma questão complexa e envolve não só a responsabilidade das pessoas afetadas, mas também das equipes profissionais de saúde e das redes sociais. Nos últimos anos, a não adesão à poliquimioterapia (PQT) foi reduzida significativamente no Brasil. No entanto, a questão ainda é um obstáculo importante no controle da doença, podendo levar a permanência de fontes de infecção, cura incompleta, complicações irreversíveis e multiresistência. Métodos: Realizamos um estudo de base populacional em 78 municípios pertencentes a uma área endêmica (cluster 1) de hanseníase, no norte do estado de Tocantins. Tocantins é o estado com os maiores índices de taxa de detecção anual (88.54/100.000 na população geral e 26.48/100.000 em <15 anos em 2009). Aplicou-se questionário estruturado com perguntas relativo a características sóciodemográficas, clínicas, relacionadas ao serviço e comportamento. Para a análise de fatores de risco definiu-se faltoso como indivíduos que não completaram as doses supervisionadas em 7 meses (PB) e em 13 meses (MB), e abandono o paciente que não compareceu nos últimos 12 meses à unidade de saúde onde faz o tratamento. Resultados: Do total de 936 indivíduos incluídos na análise, 491 (52,5%) eram do sexo masculino. A idade variou de 5 a 99 anos (média = 42,1 anos). Duzentos e vintecinco (24,0%) eram analfabetos. No total, 497 (55,6%) foram classificados como PB, e 395 (44,1%) como MB. Foram identificados 28 (3,0%) pacientes que abandonaram PQT; 16 abandonos foram detectados pela revisão do sistema de informação SINAN, e um adicional de 12 abandonos no local nos prontuários dos pacientes durante o trabalho de campo. No total, 147/806 (18,2%) foram identificados como faltosos. O abandono foi significativamente associado com: baixo número de cômodos por domicílio (OR = 3,43; intervalo de confiança de 95%: 0,98-9,69, p = 0,03); mudança de residência após o diagnóstico (OR = 2,90; 0,95-5,28; p = 0,04) e baixa renda familiar (OR = 2,42; 1,02-5,63; p = 0,04). Falta às doses supervisionadas mostrou associação com: baixo número de cômodos por domicílio (OR = 1,95; 0,98-3,70; p = 0,04); dificuldade em engolir remédios da PQT (OR = 1,66; 1,03-2,63; p = 0,02); falta temporária de PQT nos centros de saúde (OR = 1,67; 1,11-2,46; p = 0,01) e mudança de residência após o diagnóstico (OR = 1,58; 1,03-2,40; p = 0,03). A regressão logística identificou que a falta temporária de PQT foi um fator de risco independente para os faltosos (OR ajustada = 1,56; 1,05-2,33; p = 0,03), e o tamanho da residência foi fator de proteção (OR ajustada = 0,89 por cada quarto adicional; 0,80-0,99, p = 0,03). O tamanho da residência também foi independentemente associada à falta no tratamento (OR ajustada = 0,67; 0,52-0,88; p = 0,003). Além disso, foram identificados 334 (35,6%) participantes que disseram que tinham interrompido a PQT pelo menos uma vez. O tempo médio de interrupção indicado pelos participantes foi de 15 dias, com um máximo de três anos (variação interquartil: 6-30 dias). A razão mais comum para a interrupção dada pelos pacientes foi a não disponibilidade de medicamentos no respectivo centro de saúde (211; 62,9%), seguido por esquecimento (44; 12,0%) e efeitos adversos à PQT (28; 8,3%). Conclusões: O estudo mostra que ainda existem desafios a serem enfrentados em relação à adesão à PQT no Brasil. Como conseqüência dos esforços realizados pelo programa de controle de hanseníase do Estado do Tocantins, fatores relacionados ao serviços desempenharam um papel menor, apesar de escassez intermitente de fornecimento de medicamentos. Uma abordagem integrada é necessária para melhorar ainda mais o controle, focando nos grupos populacionais mais vulneráveis, como as populações carentes e migrantes. Produtores da PQT devem considerar outras formulações orais mais facilmente aceitas pelos pacientes. Considerando as conseqüências da baixa adesão ao tratamento, tais como o possível desenvolvimento de resistência do Mycobacterium leprae contra os antibióticos da PQT, e persistência de fontes de transmissão em comunidades, futuros estudos devem ser aprofundados para melhorar a aderência à PQT, principalmente em regiões hiperendêmicas.
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Representações sociais de cura de pessoas atingidas por hanseníase multibacilar após alta por cura no nordeste brasileiro / Social representations of healing of people affected by multibacillary leprosy after discharge for cure in the Brazilian northeastRibeiro, Mara Dayanne Alves 12 July 2017 (has links)
RIBEIRO, M.D.A. Representações sociais de cura de pessoas atingidas por hanseníase multibacilar após alta por cura no nordeste brasileiro. 2017. 108 f. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) - Campus de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2017. / Submitted by Mestrado Saúde da Família (saudedafamiliasobral@gmail.com) on 2017-08-01T18:20:50Z
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Previous issue date: 2017-07-12 / A person who is cured on leprosy is considered a person who completes the
Polychemotherapy (MDT) treatment plan, within the deadlines established by the Ministry of
Health. Even after being cured, individuals may present with leprosy (HR) reactions and
relapses. The inactivity of the bacillus as a parameter for discharge by cure is questioned since
even with the inactive bacillus, physical and psychic sequelae remain causing suffering.
Healing, or belief in it, is questioned in the literature and pointed out as relative. Analyzing
the literature, we identified that the treatment and cure issue has not addressed the perception
of people affected by leprosy on their own situation. Another emerging fact is that the Theory
of Social Representations has been used in research on the social significance attributed to
leprosy. So, we established as a research question: What are the Social Representations (RS)
of healing in people affected by multibacillary leprosy who were discharged for cure? Thus,
we have as general objective, smoothing the social representations of cure in people affected
by multibacillary leprosy who were discharged for cure in a municipality in the Northeast of
Brazil. The study was characterized as exploratory, descriptive, and qualitative, developed in
Sobral/CE. Individuals of both sexes, older than 18 years old, living in the municipality of
Sobral, with multibacillary form of leprosy, were discharged for 6 months or 1 year. The data
collection took place through structured interview, recorded, later transcription and analysis
through the Collective Subject Discourse (DSC). Ten people were interviewed, where it was
found that the whole sample did not know how to define leprosy, or explain what the disease
would be. As to why they had it, the explanations were diverse. None of the respondents
pointed out that the disease would be caused by a bacterium, however, 30% (n = 3) stressed
contact with other sick people as the cause of the transmission. The DSC denote that,
compared to the present, life is different, it is no longer good and normal. Analyzing the Key
Expressions (ECH) of confrontation: life before and after illness, "Life before leprosy was
good" and "After illness, life is worse." The total ECH that describes each situation also tells
us about the greater complexity of the association with each SR. For the Healing category
there were 06 RS summarized in "People feel normal and equal to before disease", while for
the category Absence of Healing there were 11 ECH related to aspects such as sequels,
limitations and difficulties of adaptation to "new functionality". It is also observed that, in the
absence of disability (grade 0), ECH was not observed in the absence of cure, while, with the
increase of the degree of incapacity, ECH appeared related to the absence of cure. It is
concluded that in individuals with leprosy reactions and degree of high disability were found,
in most discourses, ECH that meant no cure. In addition, social representations of healing are
complex, dynamic, and strongly associated with before and after the disease comparison, the
former functioning as a reference for normal life. / Considera-se uma pessoa em alta, por cura de Hanseníase aquela que completa o esquema de
tratamento Poliquimioterápico (PQT) nos prazos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Mesmo depois de curados, os indivíduos podem apresentar Reações Hansênicas (RH),
incapacidades físicas e recidivas. A inatividade do bacilo como indicador de cura na
percepção dos pacientes é questionada, visto que mesmo com o bacilo inativo, sequelas físicas
e psíquicas permanecem provocando sofrimento. Analisando a literatura identificamos que a
temática do tratamento e da cura não tem abordado a percepção das pessoas atingidas pela
Hanseníase sobre como experienciam sua condição de vida após a alta por cura. Outro dado
presente na literatura é que a Teoria das Representações Sociais tem sido utilizada na
investigação sobre a significação social atribuída à Hanseníase. Então, estabelecemos como
questão de pesquisa: Quais são as Representações Sociais (RS) de cura em pessoas atingidas
por Hanseníase multibacilar que receberam alta por cura? Nosso objetivo geral foi analisar as
representações sociais de cura em pessoas atingidas por Hanseníase multibacilar que
receberam alta por cura, em um município do Nordeste Brasileiro. O estudo caracterizou-se
como exploratório, descritivo, e qualitativo, desenvolvido em Sobral/CE. Foram incluídos
indivíduos de ambos os sexos, maiores de 18 anos, residentes no município de Sobral,
atingidos pela forma multibacilar de hanseníase, com alta, por cura, há 6 meses a 1 ano, antes
da coleta dos dados, somando 10 participantes, número obtido a partir da saturação dos dados.
A coleta de dados foi feita por meio de entrevista estruturada, gravada, com posterior
transcrição e análise por meio do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Como resultados,
encontrou-se que a totalidade dos participantes não soube definir Hanseníase, ou explicar o
que seria a doença. Sobre o porquê de a terem tido a doença, as explicações foram diversas.
Nenhum dos entrevistados apontou que a doença seria provocada por uma bactéria,
entretanto, 30% (n=3) ressaltaram o contato com outras pessoas doentes como a causa da
transmissão. Os DSC denotam que, em comparação com o tempo antes da doença, a vida está
diferente, não é mais boa e normal. Analisando as Expressões-Chave (ECH) do confronto:
vida antes e depois da doença, predominaram “A vida antes da hanseníase era boa” e “
Depois da doença, a vida piora”. A totalidade de ECH que descrevem cada situação também
nos diz da maior complexidade da associação a cada RS. Para a categoria Cura houve 06 RS
resumidas em “As pessoas sentem-se normais e iguais a antes da doença”, enquanto para a
categoria Ausência de Cura foram 11 ECH relacionadas à aspectos como sequelas,
limitações e dificuldades de adaptação à “nova funcionalidade”. Observa-se ainda que, na
ausência de incapacidade (grau 0) não foram observadas ECH de ausência de cura, enquanto
que com o aumento do grau de incapacidade surgem ECH relacionadas à ausência de cura.
Conclui-se que, em indivíduos com reações hansênicas e com grau de incapacidade elevado,
foram encontradas, na maioria dos discursos, ECH que significaram ausência de cura. Além
disso, as representações sociais de cura são complexas, dinâmicas e fortemente associadas a
comparação antes e depois da doença, o antes funcionando como referência para a
normalidade da vida.
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Fatores associados ao diagnóstico tardio da hanseníase em 74 municípios endêmicos do estado do Tocantins / Factors associated with late diagnosis of leprosy in 74 endemic municipalities in Tocantins stateOliveira, Alexcian Rodrigues de January 2011 (has links)
OLIVEIRA, Alexcian Rodrigues de. Fatores associados ao diagnóstico tardio da hanseníase em 74 municípios endêmicos do estado do Tocantins. 2011. 125 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-08T12:13:24Z
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Previous issue date: 2011 / Late diagnosis of leprosy contributes to maintenance of high transmission levels in endemic areas. We conducted a population-based cross-sectional in 74 municipalities of a leprosy-endemic cluster in Tocantins state (North Brazil). Of the 1.635 new cases reported from 2006 to 2008, 936 (57.2%) were included in the study. Collection of data was performed through face-to-face structured questionnaires. In total, 53% were classified as paucibacillary and 42% as multibacillary leprosy; in 5% this information was not available. Two hundred and ninety (31%) had indeterminate clinical form, 156 (16,7%) tuberculoid, 239 (25,5%) borderline, and 91 (9,7%) lepromatous, with 160 (17,1%) cases with unknonwn clinical presentation at diagnosis. Degree of disability was 0 in 470 cases (50,3%), 1 in 146 (15,6%) and 2 in 28 (3%). We used two indicators for late diagnosis of leprosy: degree of disability 2 at the moment of diagnosis (outcome I); and clinical forms considered late stage disease (tuberculoid/borderline/lepromatous) (outcome II). In bivariate analysis, delayed diagnosis was associated with: male gender (OR=2,46; 95% IC: 1,07-5,67), illiteracy (OR=2,52; 95% CI: 1,17-5,45), multibacillary disease (OR=11,38; 95% CI: 3,40-38.09), difficult access to health facility (OR=3,06; 95% CI: 1,41-6,65) [outcome I]; and illiteracy (OR=1,82; 95% CI: 1,26-2,62), 1 or 2 persons per household (OR=1,60; 95% CI: 1,07-2,37), passage through more than one health facility before diagnosis (OR=2,06; 95% CI: 1,32-3,22), use of other treatments before multidrug therapy (OR=2,78; 95% CI: 1,92-4,02) and no believe in cure (OR=2,74; 95% CI: 1,25-6,01) [outcome II]. In multivariable logistic regression analysis, the following variables were included in the final model: male gender (OR=1.52; 95% CI: 0,61-3,78), illiteracy (OR=1,97; 95% CI: 0,81-4,82), difficult access to health facility (OR=1,99; 95% CI: 0,78-5,16) [outcome I]; and illiteracy (OR=1,10; 95% CI: 0,55-2,21), 1 or 2 persons per household (OR=1,11; 95% CI: 0,56-2,20), passage through more than one health facility before diagnosis (OR=1,09; 95% CI: 0,54-2,20), use of other treatments before multidrug therapy (OR=1,56; 95% CI: 0,88-2,77) and no believe in cure (OR=1,12; 95% CI: 0,35-3,56) [outcome II]. Our findings allow the identification of vulnerable groups to further reduce late diagnosis of leprosy. / O diagnóstico tardio da hanseníase contribui para a continuidade da endemia, portanto o objetivo deste estudo foi caracterizar esse tipo de acometimento. Realizou-se um estudo transversal populacional, realizado em 74 municípios pertencentes ao estado do Tocantins do denominado cluster 1 da hanseníase. Dos 1.635 casos novos notificados nos anos de 2006 a 2008, foi possível incluir no estudo 936 (57,2%) indivíduos afetados. A coleta de dados foi realizada através de aplicação de questionários estruturados. Os casos classificados como paucibacilares foram 53% e multibacilares 42%; 5% não tiveram registro de classificação operacional. Em total, 290 (31%) apresentaram forma clínica indeterminada, 156 (16,7%) tuberculóide, 239 (25,5%) dimorfa, 91 (9,7%) virchowiana e 160 (17,1%) não tinham registro de forma clínica no momento do diagnóstico. Quatrocentos e setenta e um (50,3%) tiveram GI 0, 146 (15,6%) GI 1 e 28 (3%) GI 2 no momento do diagnóstico. Foram utilizados dois indicadores para o diagnóstico tardio: Grau de Incapacidade (GI) 2 no diagnóstico (Modelo I) e formas clínicas da doença consideradas tardias (tuberculóide/virchowiana/dimorfa) (Modelo II). Em análise bivariada, o atraso no diagnóstico se mostrou associado com: sexo masculino (OR=2,46; IC 95%: 1,07-5,67), analfabetismo (OR=2,52; IC 95%: 1,17 - 5,45), forma clínica multibacilar (OR=11,38; IC 95%: 3,40-38,09), dificuldade relatada no percurso de casa para o serviço de saúde (OR=3,06; IC 95%: 1,41-6,65) [Modelo I]; e analfabetismo (OR=1,82; IC 95%: 1,26-2,62), 1 ou 2 pessoas por domicílio (OR=1,60; IC 95%: 1,07-2,37), ter passado por mais de uma unidade de saúde para diagnóstico (OR=2,06; IC 95%: 1,32-3,22), uso de outros tratamentos antes da poliquimioterapia (OR=2,78; IC 95%: 1,92-4,02) e não acreditar na cura (OR=2,74; IC 95%: 1,25-6,01) [Modelo II]. As seguintes variáveis ficaram no modelo final da análise multivariada: sexo masculino (OR=1,52; IC 95%: 0,61-3,78), analfabetismo (OR=1,97; IC 95%: 0,81-4,82), dificuldade relatada no percurso de casa para o serviço de saúde (OR=1,99; IC 95%: 0,78-5,16) [Modelo I]; e analfabetismo (OR=1,10; IC=0,55-2,21), 1 ou 2 pessoas por domicílio (OR=1,11; IC 95%: 0,56-2,20), ter passado por mais de uma unidade de saúde para diagnóstico (OR=1,09; IC 95%: 0,54-2,20), uso de outros tratamentos antes da poliquimioterapia (OR=1,56; IC 95%: 0,88 - 2,77) e não acreditar na cura (OR=1,12; IC 95%: 0,35-3,56) [Modelo II]. Os achados do presente estudo facilitam a identificação de grupos vulneráveis podendo contribuir com a redução do diagnóstico tardio da hanseníase.
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Subpopulações de linfócitos em pacientes com formas reacionais de hanseníase atendidos no Centro de Dermatologia D. Libânia, em Fortaleza - Ce / Lymphocytes subsets in peripheral blood in patients with leprosy reactions assisted in the D. Libânia Center of Dermatology, in Fortaleza- CeMontezuma, Bárbara Osório Xavier January 2011 (has links)
MONTEZUMA, Barbara Osório Xavier. Subpopulações de linfócitos em sangue periférico em pacientes com formas reacionais de hanseníase atendidos no Centro de Dermatologia D. Libânia, em Fortaleza-CE. 2011. 94 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2011. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-11-13T16:21:34Z
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Previous issue date: 2011 / Leprosy is a granulomatosic chronic disease which is highly infectious but has low pathogeticity and is caused by the Mycobacterium leprae. This study aims at describing the lymphocytes subsets T total (CD3+), T helper (CD4+), T cytotoxic (CD8+), T CD4+CD8+, B (CD19+), natural killers-NK (CD3- CD16+ CD56+) and T natural killers -NKT (CD3+ CD16+ CD56+) in patients with leprosy reactions, compare them with the ones who did not show leprosy reactions and differentiate the alterations of lymphocyte between the patients with type 1 and type 2 reactions. We used flow cytometry to quantify the lymphocytes and the Graph Pad Prism 4.0 program for the statistical analysis. We formed subgroups according to the presence (R+) or not (R-) of reaction and the period in which the patient was concerning to the multidrug therapy (MDT): before (An), during (Du) and after (Ap). We did not observe any significant differences in the lymphocytes between the groups with and without reaction, but we observed a decreased NK count in the R+/Ap subgroup when compared to the R-/Ap (p= 0,0228) and a decreased NKT count in the R-/Ap subgroup when compared to R-/An X (p< 0,05). Regarding to the reactional forms (type 1, type 2 or mixed), we observed an increase of the CD19+ cell population in the mixed forms. / A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa com alta infectividade, porém baixa patogenicidade, causada pelo Mycobacterium leprae. Este estudo teve como objetivo descrever as subpopulações de linfócitos T totais (CD3+), T auxiliares (CD4+), T citotóxicos (CD8+), T CD4+CD8+, B (CD19+), Natural killers-NK (CD3- CD16+ CD56+) e T Natural killers -NKT (CD3+ CD16+ CD56+) em pacientes com formas reacionais de hanseníase, compará-los com os que não apresentaram formas reacionais de hanseníase e diferenciar as alterações linfocitárias entre os pacientes com o reação tipo 1 e tipo 2. Participaram do estudo 71 pacientes (47 homens), dos quais 37 pacientes apresentaram formas reacionais de hanseníase (R+), sendo 3 antes do tratamento multidrogaterapia- MDT (An), 9 durante a MDT (Du) e 25 após a MDT (Ap). Os 34 pacientes restantes não apresentaram formas reacionais (R-), desses, 5 ainda não haviam iniciado a MDT (An), 8 estavam em tratamento MDT (Du) e 21 já haviam terminado a MDT (Ap). Foi utilizada citometria de fluxo para a quantificação dos linfócitos e o programa Graph Pad Prisma 4.0 para as análises estatísticas. Não foram observadas diferenças significativas nos linfócitos na comparação entre os grupos de pacientes com e sem reação, porém foi encontrada redução das células NK no subgrupo R+/Ap, quando comparado ao R-/Ap (p= 0,0228) e nos linfócitos NKT também houve redução do subgrupo R-/Ap comparado ao R-/An (p< 0,05). Quanto à forma reacional (tipo 1, tipo 2 ou mista), foi observado aumento da população de células CD19+ nas formas mistas.
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Evolução da endemia hansênica no Estado do Ceará : características epidemiológicas e operacionais no período de 1970 a 1996 / Evolution of endemic leprosy in Ceará : epidemiological and operational characteristics in the period 1970-1996Tavares, Clodis Maria January 1997 (has links)
TAVARES, Clodis Maria. Evolução da endemia hansênica no Estado do Ceará : características epidemiológicas e operacionais no período de 1970 a 1997. 1997. 156 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 1997. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-12-16T12:16:31Z
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Previous issue date: 1997 / In the last years we can observe, in Ceara, an increase in the detection rates of hanseniase. The dates from 1970 to 1996, show that the rates increased from 0.23/ 10 thousand inhabitant in 1970 to 2,77/ 10 thousand inhabitant in 1996, reaching an increase of 1,104.34%. The rise, is often explained, as an evidence in the expand of the endemic disease, as an increase in the transmission of the disease, and also as operational factors though the rise in the coverage of the health services, mainly in the country side of Ceara. This work has as objective to study, analyse the epidemiologic and operational situation of hanseniase, in the state of Ceara from 1970 to 1996, though their records, in order to evaluate the greatness of this patyology in Ceara, spreaded in the 14 Health Regional Departments of the state and also in Fortaleza. It is studied the tendency of these rates by sex and age as the proportions of the different clinic forms of the disease making a comparison with other studies of Brasilian and foreign authors. As the analysed period includes important signs in the evolution of the therapy and in the evolution of the therapy and in the focus politics used in the control of hanseniase, it is necessary to make a shot history, correlating the epidemiological phenomenon with the operational results. The global tendency in the rates of detection of leper in the studied period is of increase. We also observe a continuing fall of prevalence since 1990, with an expressive fall of 60%, due to a new treatment (MDT-OMS) and cleaness of file, through righ statistics making an impact of the endemic leper. We study the existence of the active record, your reasons and levels of incapacities at the moment of heal, as also the cohorts of multibacillaries and paucibacillaries. The actions plan to extringuish the leper as a health public problem is analysed, taking into consideration the projection to 2000 year. That based in the observed ascention in the study period and in the continuation of politics to the control and extinction of leper, keeping the same rapidity and using the same strategies, we will reach the OMS, goal only in 2008 year. Therefore, if there is no change in the actions of diagnostic and control, making sensible the health workers and above all the priority by the managers, with definite politics, we will need 12 years more to get the goal of 1 inhabitant to 10 thousand inhabitants. / O Ceará vem registrando nos últimos anos, um aumento nas taxas de detecção de hanseníase. Os dados do período de 1970 a 1996 revelam que as taxas de detecção aumentaram, passando de 0,23/10.000 habitantes em 1970 para 2,77/10.000 habitantes em 1996, correspondendo um crescimento com variação de 1 104,34%. Essa ascendência freqüentemente é interpretada como evidência de expansão da endemia, como o aumento de transmissão da doença, ou também aos fatores operacionais, através do aumento da cobertura dos serviços de saúde, principalmente no interior do Estado. Esse trabalho teve como objetivo, estudar e analisar a situação epidemiológica e operacional da hanseníase no Estado do Ceará, no período de 1970 a 1996, através de seus indicadores, visando avaliar a magnitude desta patologia, no Ceará, distribuídos nos 14 Departamentos Regionais de Saúde, inclusive na Capital alencarina. O método utilizado foi um estudo retrospectivo, descritivo e analítico de uma série histórica de casos de hanseníase dos últimos 26 anos. Foi estudada a tendência das taxas de detecção brutas e específicas por sexo e grupo etário, bem como as proporções das diversas formas clínicas da doença, comparando com outros estudos de autores brasileiros e estrangeiros, levantados na revisão de literatura. Como o período analisado inclui marcos importantes na evolução da terapêutica e do enfoque das políticas de controle da hanseníase, realizou-se um breve histórico, correlacionado o fenômeno epidemiológico com resultados operacionais. Observa-se, também, a queda progressiva da prevalência a partir de 1990, com um descenso acumulado de 60%, devido à implantação de um novo esquema de tratamento (poliquimioterapia-PQT/OMS) e limpeza de arquivo, com impacto de forma acentuada da endemia hansênica. Estudam-se também as saídas do registro ativo, seus motivos e graus de incapacidade no momento da cura, assim também como as coortes de multibacilares e paucibacilares. O plano de ação para a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública é analisado, levando-se a uma projeção para o ano 2000, o que, baseada na ascensão observada no período estudado e na continuação das políticas de controle e eliminação da hanseníase, mantendo-se a mesma velocidade e utilizando as mesmas estratégias, alcançaremos a meta da OMS, apenas no ano 2008. Portanto, se não houver um maior incremento na descentralização das ações de diagnóstico e controle, sensibilizando profissionais de saúde e, principalmente, priorização por parte dos gestores com definições políticas, necessitaremos ainda de 12 anos para a almejada meta de 1 doente por 10.000 habitantes.
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Aspectos clinicos e psicossociais de pacientes em pós-alta de hanseníase no municipio de Fortaleza-CE / Physical disability, and limitation of activity social participation in person at the moment after high leprosy in Fortaleza-CeMangueira, Jorgiana de Oliveira January 2009 (has links)
MANGUEIRA, Jorgiana de Oliveira. Incapacidades físicas, limitação da atividade e da participação social em pessoas no momento pós-alta de hanseníase em Fortaleza/CE. 2009. 95 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-12-18T12:33:41Z
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Previous issue date: 2009 / To describe clinical and psychosocial aspects of leprosy patients after release from treatment, who were diagnosed from 2004-2006 in the city of Fortaleza (Ceará State, Brazil); to describe in these patients activity limitation, safety awareness and social participation. METHODS. A cross-sectional study was carried out in primary health care centers of Fortaleza, from August 2008 to May 2009. Forty-five patients after release from treatment were included. A structured questionnaire was applied, and neural functions of peripheral nerves were assessed. In addition, the Screening of Activity Limitation and Safety Awareness (SALSA) and the Social Participation scale were applied. RESULTS. The majority of the study population consisted of females (60%), with a mean age of 53,5 years, mainly of underprivileged socio-cultural status. 55,6% were classified as multibacillary. We observed an increase of disability grading 1 and 2, as compared to the date of release from treatment with multidrug therapy. Sixty % of the patients presented with an EHF score of 0. The majority (84,4%) did not show any restriction of social participation, 66,6% did not have any functional limitation, and 75,5% did not present any safety awareness. There was a positive correlation between SALSA and EHF scores (p=0,0254; rho=0,3330), SALSA and Social Participation (p=0,0004; rho=0,5056), and Social Participation and EHF score (p=0,0100; rho=0,3800). CONCLUSIONS. Considering the fact that a considerable part of patients presented with sequels and light functional limitations, and that few had low safety awareness, we conclude that patients need special attention after release from multidrug therapy. Health education activities should be intensified, as the majority of patients, even after treatment, had limited knowledge about the disease and as a considerable part suffered from discrimination. / Caracterizar as incapacidades físicas, a limitação de atividade e restrição da participação social de pessoas no momento pós-alta de hanseníase diagnosticadas no período de 2004-2006 no Município de Fortaleza/CE. METODOLOGIA. Estudo transversal realizado em unidades básicas de saúde da Secretaria Executiva Regional III, no período de agosto de 2008 a maio de 2009. Foram avaliados 45 pacientes em pós-alta de hanseníase. Realizou-se avaliação simplificada das funções neurais. Além disso, foram aplicados a escala Triagem para Limitação de Atividade e Consciência de Risco (“SALSA”) e a escala de Participação Social. RESULTADOS. A população do estudo foi composta em sua maioria por mulheres (60%), com idade média de 53,5 anos. Os participantes, em sua maioria, eram multibacilares (55,6%). Constatou-se um aumento de pacientes com graus 1 e 2 na atualidade, comparado com o momento da alta da poliquimioterapia. 60% dos pacientes apresentaram escore EHF (eye, hand, foot) 0. A maioria (84,4%) dos pacientes não apresentou restrição à participação social, 66,6% não apresentaram limitação funcional, mas 75,5% exibiram consciência de risco 0. Houve correlações significativamente positivas entre os escores SALSA e EHF (p=0,0254; rho=0,3330), SALSA e Participação Social (p=0,0004; rho=0,5056) e Participação Social e EHF (p=0,0100; 0,3800). CONCLUSÕES. Existe necessidade da continuidade da assistência visando à integralidade da atenção, de forma a assegurar ações preventivas, curativas e de reabilitação. O período pós-alta da doença necessita de cuidados e acompanhamento dos pacientes, em razão do risco do desenvolvimento de reações, incapacidades físicas e restrição à participação social dos indivíduos.
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