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Estudo morfológico e por citogenética da medula óssea de portadores de síndrome mielodisplásica secundária no Serviço de Hematologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo / Morphological and cytogenetic bone marrow studies in patients with secondary myelodysplastic syndrome diagnosed at Department of Hematology of Clinical Hospital of São Paulo Medical School

Tanizawa, Roberta Sandra da Silva 09 September 2010 (has links)
As Síndromes mielodisplásicas (SMD) são doenças clonais da célula progenitora hematopoética, cursando com citopenias, medula óssea displástica e tendência à evolução para leucemia. As SMD secundárias estão associadas a fatores de risco como doenças congênitas (Anemia de Fanconi), doenças hematológicas adquiridas (aplasia medular, HPN), exposição à quimioterápicos (alquilantes, inibidores de topoisomerase II) e radioterapia e substâncias químicas (benzeno, petróleo). Agentes imunossupressores associados ou não a fatores hemopoéticos particularmente utilizados para tratamento da Aplasia medular também se associam à SMD secundária. A OMS recentemente adotou o termo síndrome mielodisplásica/neoplasia mielóde (SMD/NM) relacionada à terapêutica para englobar casos de neoplasias mielóides que preencham critérios morfológicos não somente de SMD, mas também de leucemia mielóide aguda (LMA) ou neoplasias mieloproliferativas. O objetivo do trabalho foi analisar dados clínicos, morfológicos e citogenéticos de 42 portadores de SMD/NM secundária em uma coorte de pacientes diagnosticados no SH-HCFMUSP no período de 1987 a 2008. Vinte e três pacientes (54,8%) eram homens, com mediana de idade de 53,5 (4-88) anos. 45,2% eram portadores de doenças onco-hematológicas, 26,2% de anemia aplástica, 14,3% de tumores sólidos e 14,3% de outras doenças (auto-imunes e transplante de órgãos sólidos). 33% dos pacientes utilizaram exclusivamente QT, 26% combinação QT e RT, 2% RT isolada e 28% agentes imunossupressores. Cinco (11,9%) pacientes haviam sido submetidos a TCTH autólogo para tratamento de doença oncohematológica prévia. A mediana da latência entre a doença primária e a SMD secundária foi de 85 meses (23- 221 meses). Oito pacientes foram submetidos ao TCTH alogênico aparentado para tratamento da SMD secundária. Anemia, neutropenia, plaquetopenia e blastos circulantes foram observados em 64,3%, 54,8%, 78,6% e 26,2% dos casos respectivamente. Cerca de 1/3 dos aspirados medulares apresentavam hemodiluição, 29,7% apresentavam hipocelularidade global, 62,2% apresentavam contagem de blastos superior a 5% e 14,3% sideroblastos em anel acima de 15%. Displasia da série eritróide, granulocítica e megacariocítica foi observada em 79,4%, 77,1% e 68,2% dos casos respectivamente. A histologia medular realizada em 22 casos revelou hipocelularidade global, ALIPs e nódulos linfóides em 9,1%, 23,8% e 40,9% dos casos. A detecção por imunoistoquímica de células CD34>1%, CD117>1%, agrupamento de células CD34+ e de CD117+ e da proteína p53+ foi observada respectivamente em 77,2%, 82,3%, 59%, 29,4% e 33,3% dos casos. Anormalidades clonais foram observadas em 84,3% dos casos, com grande predomínio das não balanceadas (96%), sendo 37% com monossomia 7, 44,4% cariótipos complexos e 18% com outras anormalidades . A mediana de sobrevida de sobrevida global foi de 5,7 meses, pacientes submetidos ao TCTH alogênico para tratamento da SMD/NM secundária tiveram mediana de 40 meses (p=0,007). Fatores associados à pior sobrevida incluíram: doença oncohematológica prévia, baixa contagem plaquetária, elevação de DHL e ferritina, presença de células CD117+ agrupadas, imunoexpressão positiva da p53, citogenética anormal, IPSS intermediário II ou alto risco. Nenhum parâmetro estudado do aspirado medular se associou à sobrevida. Houve tendência à associação da imunoexpressão positiva de p53 a cariótipo anormal e IPSS de maior risco. Não se observou associação entre a presença de ALIP, porcentagem de blastos na morfologia medular e células CD34+ e CD117+. Estes dados reforçam a importância da análise citogenética e da imunoistoquímica da biópsia de medula óssea para diagnóstico e prognóstico das SMD secundárias e do TCTH alogênico no seu tratamento. Mais estudos com maior número de casos devem ser realizados para confirmar a importância do escore IPSS na SMD secundárias, provavelmente substituindo a porcentagem de blastos ao aspirado medular, pela presença de células precursoras detectadas por imunoistoquímica / Myelodysplastic syndromes (MDS) are clonal hematopoietic stem cell disorders, characterized by cytopenias, dysplastic bone marrow (BM) and propensity to progress to acute myeloid leukemia. Secondary MDS are associated with risk factors such as congenital disorders (Fanconis anemia), acquired bone marrow failures, exposure to chemotherapy (alkylating agents, topoisomerase II inhibitors) agents and radiation and chemicals (benzene, petroleum). Immunosuppressive agents associated with hematopoietic growth factors are also associated with secondary MDS. The WHO classification has recently adopted the term therapy-related myeloid neoplasms for cases of myeloid malignancies that fulfill morphological criteria not only for MDS but also for AML or myeloproliferative neoplasms.The aim of the study was to analyze clinical, morphological and cytogenetic features of 42 patients with secondary MDS/MN in a cohort of patients diagnosed at our institution from 1987 to 2008. 23 patients (54.8%) were male, median age 53.5 (4-88) years. 45.2% had primary hematologic malignancies, 26.2% aplastic anemia, 14.3% solid tumors and 14.3% other diseases (autoimmune diseases and solid organ transplantation). 33% had undergone chemotherapy alone, 2% RT alone, 26% both modalities and 28% immunosuppressive agents. Five (11.9%) patients had undergone autologous HSCT for treatment of previous malignancies. The median latency between the primary disease and secondary MDS/MN was 85 (23-221) months. Eight patients underwent allogeneic HSCT (allo- HSCT) for treatment of related secondary MDS. Anemia, neutropenia, thrombocytopenia and peripheral blasts were observed in 64.3%, 54.8%, 78.6% and 26.2%, respectively. BM aspirates was poorly representative in 1/3 of cases, 29.7% global hypocellularity, 62.2% more than 5% of blast counts and 14.3% more than 15% of ring sideroblasts. Dysplasia in erythroid, granulocytic and megakaryocytic series was observed in 79.4%, 77.1% and 68.2%, respectively. Twenty two BM biopsies were performed. Global hypocellularity, ALIP and lymphoid nodules were shown in 9.1%, 23.8% and 40.9%. The immunohistochemistry showed more than 1% of CD34+ and CD117+ cells, clusters of CD34+ and CD117+ and immunoexpression of p53 protein in 77.2%, 82.3%, 59%, 29.4% and 33.3%, respectively. Clonal abnormalities were observed in 84.3% of cases with high prevalence of unbalanced (96%) rearrangements. 37% showed monosomy 7 and 44.4% complex karyotypes. The median overall survival was 5.7 for all patients and 40 months for patients treated with allo-HSCT (P=0.007). Hematologic malignancies, low platelet count, serum high LDH and ferritin, detection of CD117+ clusters, positive immunoexpression of p53, abnormal cytogenetics, intermediate-II or high-risk IPSS groups were associated with poor survival. No parameter studied from bone marrow aspirate had impact in survival. p53 expression was associated to abnormal karyotype (P=0.092) and IPSS risk (P=0.054). There was no association between the presence of ALIP, BM blast counts and immunoexpression of CD34+ and CD117+. Our study shows that cytogenetic analysis and BM immunohistochemistry are very important in diagnosis and prognosis, and that allo-HSCT could improve the survival of secondary MDS/MN. More studies with larger numbers of cases should be conducted to confirm the importance of the IPSS for secondary MDS, probably replacing the bone marrow aspirate blast counts by the immunohistochemistry detection of precursor cells
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Imunolocalização do fator de crescimento BMP-2 em enxerto ósseo autógeno em bloco recoberto ou não por membrana de PTFE-e / Immunolocalization of BMP-2 growth factor in autogenous block graft covered or not with an e-PTFE membrane

Marco, Andrea Carvalho de 18 February 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi avaliar a imunolocalização do fator de crescimento BMP- 2 em enxerto ósseo autógeno em bloco recoberto ou não por membrana de PTFE-e na fase inicial da reparação óssea. MATERIAL E MÉTODOS: Quarenta e oito ratos \"wistar\" foram divididos em dois grupos de estudo, um que recebeu somente o enxerto ósseo autógeno (E) e o outro que recebeu o enxerto ósseo autógeno recoberto por membrana (ME). Os períodos de avaliação foram: 0 hora, 3, 7, 14, 21 e 45 dias. Os cortes foram submetidos à reação imunoistoquímica. Foram realizadas as análises, qualitativa e quantitativa: contagem de células com marcação intracitoplasmática nas estruturas bordo, enxerto, tecido conjuntivo superior ao enxerto, interface e leito. RESULTADOS: No leito o maior número de células marcadas foi observado em 3 dias nos grupos (E) e (ME). A região de bordo apresentou maior número de células marcadas em 7 dias no grupo (E) e em 14 dias no grupo (ME), onde a marcação foi predominante em osteoblastos e células osteoprogenitoras em áreas de remodelação óssea. No tecido conjuntivo superior ao enxerto a maior proporção de marcação no grupo (E) ocorreu em 7 dias e no grupo (ME) em 21 dias, no entanto, neste último, ainda havia marcação em células osteoprogenitoras ao final dos 45 dias. Na interface, o maior número de células marcadas ocorreu entre 7 e 21 dias, considerando os grupos (E) e (ME), quando células osteoprogenitoras apresentaram-se positivas nas áreas de pontes de osso imaturo entre o leito e o enxerto. A maior proporção de marcação no enxerto foi variável entre os períodos de 3 dias no grupo (E) e 21 dias no grupo (ME), mas esta foi considerada de menor proporção quando comparada às marcações observadas nas outras estruturas. CONCLUSÕES: Os dados observados mostram que as estruturas de maiores proporções de marcação são aquelas relacionadas à intensa revascularização e osteogênese. Células osteoprogenitoras, osteoblastos e osteócitos apresentaram marcação intracitoplasmática, independentemente do período ou da estrutura analisada. À exceção da interface, o grupo (ME) apresentou marcação mais tardia quando comparado ao grupo (E) para as estruturas bordo e tecido conjuntivo superior ao enxerto. / The aim of this study was to evaluate the immunolocalization of the BMP-2 growth factor in an autogenous block graft covered or not with an e-PTFE membrane on the early phases of bone repair. MATERIAL AND METHODS: Forty-eigth wistar male rats had their mandibles augmented by either an autogenous bone block graft (B) or an autogenous bone block graft covered with an e-PTFE membrane (MB). The specimens were evaluated at baseline, 3, 7, 14, 21 and 45 days after surgery by immunohistochemistry. Qualitative and quantitative analysis were performed. RESULTS: On the receptor bed the greatest number of staining cells was observed within three days on groups (B) and (MB). The border region has shown a largest number of staining cells in seven days on (B) group and in fourteen days on (MB) group, where the staining was prominent in osteoblasts and osteoprogenitor cells in bone remodeling areas. On the connective tissue above the graft, the greatest staining proportion occurred on (B) group within seven days and on (MB) group in twenty one days. However, there was still staining in osteoprogenitor cells in the end of the experiment, (at fourty-five day period). On the interface, the greatest number of staining cells occurred between seven and twenty one days for groups (B) and (MB) respectively, when osteoprogenitor cells were positive in woven bone edges between the receptor bed and the graft. The greatest proportion of staining on the graft was variable among tree days on group (B) and twenty one days on group (MB), but this was considered a smaller proportion when compared to other structures staining. CONCLUSIONS: The data suggest that the greatest staining proportions structures are related to intense revascularization and osteogenesis. Osteoprogenitor cells, osteoblasts and osteocytes showed intracitoplasmatic staining, independently of the period or structure analyzed. Except for the interface, the (MB) group has shown later staining compared to group (MB) for border and connective tissue above the graft.
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"A presença das proteínas hMLH1 e hMSH6 do sistema de reparo do mau pareamento do DNA em queilites actínicas e carcinomas epidermóides de lábio" / The presence of proteins hMLH1 and hMSH6 of DNA mismatch repair system in actinic cheilitis and squamous cell carcinoma of the lip

Peruzetto, Michelly Marin 05 May 2006 (has links)
A queilite actínica (QA) é o resultado da exposição crônica dos lábios à radiação ultravioleta do sol. É considerada uma lesão cancerizável e calcula -se que cerca de 10% a 20% evoluirão para carcinoma epidermóide. Já foi sugerido que virtualmente todos os carcinomas epidermóides de lábio (CEL) iniciem como QA. Sabe-se que as radiações solares têm a capacidade de alterar o DNA e que, nesse contexto, os genes de reparo de DNA têm papel fundamental em reparar essas alterações e limitar os danos causados. Porém, estes genes também podem ser vítimas das radiações ultravioletas do sol. O objetivo deste trabalho foi estudar a participação dos genes de reparo de mau pareamento (RMP) do DNA em QA de diferentes graus de atipia e comparar os achados ao carcinoma de lábio relacionado à QA. Para tanto, foram analisadas nestas lesões a expressão e distribuição das proteínas codificadas por dois destes genes, hMLH1 e hMSH6, através da imunoistoquímica. Foi observado que a expressão das duas proteínas diminuía de acordo com o agravamento da indiferenciação celular das lesões. A partir disto, pode-se concluir que a diminuição na expressão de hMLH1 e hMSH6 parece estar relacionada com a progressão do grau de atipia nas QA, e, conseqüentemente, com a tumorigênese do CEL. Além disso, a proteína hMSH6 não pareceu ter um papel importante no reparo do DNA do epitélio labial normal. / Actinic cheilitis (AC) results from chronic and excessive exposure of the lips to the ultraviolet radiation in sunlight. AC is recognized as a potentially malignant condition and it is estimated that 10% to 20% will become lip squamous cell carcinoma (LSCC). It has been suggested that virtually every LSCC was initially AC. It is well known that solar radiation causes DNA damage and, in this context, the DNA repair systems play an extremely important role in restoring the injuries. The purpose of this study was to evaluate the participation of the mismatch repair (MMR) system in AC with all grades of dysplasia, as well as, LSCC related to AC. The protein expression and distribution of two of these genes, hMLH1 and hMSH6 were analyzed by means of immunohistochemistry. The results have shown an association between decreased expression of hMLH1 and hMSH6 proteins and the progression of the dysplasia in AC and, therefore, LSCC carcinogenesis. In addition, the hMSH6 protein does not seem to have a primary role in DNA repair of the normal lip epithelium.
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Caracterização imunoistoquímica de linfócitos T regulatórios e T citotóxicos em carcinoma papilífero de tireoide, associado ou não com tireoidite de Hashimoto / Immunohistochemical characterization of regulatory and cytotoxic T lymphocytes in papillary thyroid carcinoma, associated or not with Hashimoto\'s thyroiditis

Carvalho, Denise Faria Galano 18 May 2018 (has links)
Em diversos tipos de neoplasias já foi demonstrado que diferenças no perfil do infiltrado imune tumoral têm relação com prognóstico e resposta ao tratamento. Esta relação aparece intimamente correlacionada ao perfil de expressão imunoistoquímica do tumor. A presença de linfócitos T citotóxicos(CTLs) no microambiente do tumor sugere uma característica biológica crucial para a modulação da resposta imunológica antitumoral. Por outro lado, as células T regulatórias (Tregs) são importantes na manutenção da homeostase imune, em virtude da sua capacidade em inibir a resposta imunológica. Defeitos na função ou uma diminuição do número das Tregs tem sido documentado em doenças auto-imunes, ao passo que no câncer esta população ainda pode ser mais bem estudada. Sendo estabelecido que o câncer pode ser promovido e / ou agravado pela inflamação e infecções e considerando que a superexpressão de componentes do controle da resposta inflamatória específicos de Tregs e CTLs podem representar um potente mecanismo para o processo de progressão e/ou regressão de carcinoma papilífero de tireoide (CPT), o objetivo deste estudo foi identificar e caracterizar as Tregs e CTLs , bem como avaliar e investigar a relação e o papel dessas células implicado na patogênese da resposta imune em pacientes acometidos com CPT associado ou não com a presença de Tireoidite de Hashimoto (TH), relacionando-as com fatores prognósticos clínico-patológicos. Foram selecionados 36 casos estratificados em 3 grupos (12 casos em cada grupo): CPTS correspondeu aos casos de CPT sem associação com quadro de tireoidite, CPTL aos casos de CPT associados á tireoidite linfocitica (CPTL) e CPTH, casos aonde o CPT estava associado á tireoidite de Hashimoto (CPTH) os quais foram submetidos á técnica de imunoistoquímica para os marcadores CD4, CD8, CD25, CD56, FOXP3 e Gran B e os resultados avaliados pelo método quantitativo. Os dados clínicos foram obtidos dos prontuários médicos. As leituras das células marcadas foram feitas nas regiões de carcinoma papilífero (denominadas intratumorais), nas áreas de parênquima tireoidiano de interface ao tecido neoplásico (denominadas peritumorais) e em áreas subsequentes de tecido tireoidiano normal (denominadas distantes). O número de células T do infiltrado 9 inflamatório foi expresso pela média aritmética da contagem das células dos cinco campos distintos em cada área. Foram feitas análise de variância de Medidas Repetidas Modelo Mixto e calculado o coeficiente de correlação de Pearson para as variáveis CD4 com CD8 e FOXP3 com GranB. Adicionalmente, apesar da avaliação dos CPT divididos segundo seus parâmetros clínico-patológicos não ter se apresentado significante, verificamos que em CPTH as imunovariáveis CD4 e FOXP3 (marcadores para Tregs) apresentaram maior marcação em tumores > 4,1 cm. Nesse mesmo grupo CD8 e Gran B (marcadores para CTLs) se apresentaram com maior imunomarcação em tumores não metastáticos, de estádio menor e sem recorrência. No geral, o infiltrado de células imunes entre os grupos CPTH, CPTL e CPTS, apresentou-se com diferentes densidades entre as áreas estudadas (intratumoral, peritumoral e distante). Linfócitos infiltrando o tecido de forma difusa (CPTS e CPTL) ou em agregados linfoides (CPTH) foram mais abundantes em áreas peritumorais e distantes e a proporção das células CD4+ e CD8+ variou substancialmente entre os grupos, de maneira que todos apresentaram correlação positiva (CPTH r=0,67; CPTL r=0,7 e CPTS r=0,35) crescente entre as variáveis. Em conclusão, estes resultados indicam que nos CPTs o microambiente imune parece ter uma relação com carcterísticas patológicas de progressão do tumor. Nosso estudo mostrou que em CPTH a densidade do infiltrado tumoral e peritumoral por linfócitos Tregs e T citotóxicos está inversamente relacionada. Corroborando com a importância do microambiente imune na evolução dos CPTs, os Tregs exerceram atividade pró-tumoral, favorecendo tumores mais agressivos e os CTLs, atividade antitumoral, favorecendo características de menor agressividade. / It has already been shown that differences in tumoral immune infiltrate profile are related to prognosis and response to treatment in several types of neoplasias. This relationship is closely correlated to the tumor immunohistochemical expression profile. The presence of cytotoxic T lymphocytes (CTLs) in the tumor microenvironment suggests a crucial biological feature for the modulation of the antitumor immune response. On the other hand, regulatory T cells (Tregs) are important in maintaining immune homeostasis, because of their ability to inhibit the immune response. Defects in function or a decrease in the number of Tregs has been documented in autoimmune diseases, nevertheless in cancer this population may still be better studied. With the establishment that cancer can be promoted and / or aggravated by inflammation and infections and considering that overexpression of components of the inflammatory response specific for Tregs and CTLs may represent a potent mechanism for the progression and / or regression of thyroid papilary carcinoma (CPT). The objective of this study was to identify and characterize the Tregs and CTLs, as well as to evaluate and investigate the relationship and the role of these cells involved in the pathogenesis of the immune response in patients with CPT associated or not with the presence of Hashimoto\'s thyroiditis (HT) besides relating them to clinical-pathological prognostic factors. Thirty-six stratified cases were selected in 3 groups (12 cases per group): CPTS corresponded to TLC without thyroiditis association, CPTL to cases of TLC with lymphocytic thyroiditis associated (CPTL) and CPTH was considered cases which CPT was associated to Hashimoto thyroiditis (CPTH). These three groups were submitted to the immunohistochemical technique for the CD4, CD8, CD25, CD56, FOXP3 and Gran B markers and the results was evaluated by the quantitative method. Clinical data were obtained from medical records. Stained cells readings were made in the regions of papillary carcinoma (termed intratumoral area), in the areas of the thyroid parenchyma interface to the neoplastic tissue (termed peritumoral) and in subsequent areas of normal (distal) thyroid tissue. The number of T cells of the inflammatory infiltrate was expressed by the arithmetic mean of cells counted in five distinct fields. The variance analysis of Mixed Model Repeated 11 Measurements and the Pearson correlation coefficient for the CD4 and CD8 and FOXP3 variables with GranB were calculated. In addition, although the CPT divided according to clinical-pathological parameters did not present a significant difference, we found that the CD4 and FOXP3 immunoglobulins (Tregs markers) showed higher marking in tumors> 4.1cm. In this same group, CD8 and Gran B (markers for CTLs) presented a higher immunolabeling in nonmetastatic tumors, in smaller stage and in cases without recurrence. In general, the infiltrate of immune cells between the CPTH, CPTL and CPTS groups, presented different densities between the studied areas (intratumoral, peritumoral and distant). Lymphocytes infiltrating diffuse tissue (CPTS and CPTL) or lymphoid aggregates (CPTH) were more abundant in peritumoral and distal areas and the proportion of CD4 + and CD8 + cells varied substantially between groups, so that all groups presented positive correlation (CPTH r = 0.67, CPTL r = 0.7 and CPTS r = 0.35), increasing among the variables. In conclusion, these results indicate that in the CPTs the immune microenvironment seems to have a relation with pathological characteristics of tumor progression. Our study showed that in CPTH the density of tumor and peritumoral infiltrate by Tregs and T cells is inversely related. Corroborating with the importance of the immune microenvironment in the evolution of CPTs, Tregs exerted pro-tumor activity, favoring more aggressive tumors. While CTLs exerted an antitumor activity, favoring characteristics of lower aggressiveness.
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Avaliação da progressão tumoral do câncer de laringe associada à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) / Evaluation of tumor progression in laryngeal carcinoma associated with human Papilomavirus (HPV) infection.

Camargo, Fabiana Alves Miranda de 30 March 2009 (has links)
Para que ocorra a transição do epitélio normal de laringe para carcinoma escamoso é necessário um processo de múltiplas etapas tal como exposição prolongada ao fumo e álcool e uma possível associação à infecção pelo HPV. Vários tipos de marcadores moleculares vêm sendo estudados na carcinogênese da laringe, entre eles proteínas associadas a apoptose (bcl-2 e PARP-1) assim como proteínas envolvidas em múltiplos processos biológicos como a Galectina-3. Neste estudo foram realizadas análise imunoistoquímica quantitativa e qualitativa para bcl-2, PARP-1 e galectina-3 em 65 pacientes diagnosticados com câncer de laringe subdivididos em: carcinoma de laringe in situ (CLIS), carcinoma de laringe com metástase (CLM), sem metástase (CLS) e linfonodos cervicais (LC). A detecção e tipificação do HPV foram realizadas pela reação em cadeia da polimerase (PCR) e os tipos de HPV avaliados foram HPV 6, 11, 16, 18, 31 e 33. Na avaliação quantitativa de galectina-3 observou-se um significativo aumento de expressão no carcinoma invasivo de laringe (CLS e CLM) quando comparado com carcinoma in situ (CLIS), podendo concluir que essa proteína seria um bom marcador pra progressão de câncer de laringe. Para as proteínas PARP-1 e bcl-2 não houve diferença nos níveis de expressão nos grupos analisados. Na análise qualitativa PARP-1 apresentou uma homogeneidade de marcação tanto alta como baixa entre os grupos. Em relação à Galectina-3 observou-se um predomínio de casos com alta expressão, diferentemente da proteína bcl-2 onde o predomínio foi de baixa expressão em todos os casos de carcinoma de laringe e seus respectivos linfonodos metastáticos. Dos 65 pacientes, 55 (84,6%), foram positivos para beta-globina e 7 (12.7%) dos 55 pacientes foram positivos para HPV. Não foi possível verificar quaisquer correlações entre as proteínas Galectina-3, bcl-2 e PARP-1 e o HPV devido ao baixo índice de casos positivos. / To occur the transition from normal epithelium to squamous cell carcinoma is a necessary a for multiple stages process, such as smoking and alcohol abuse and a possible association with HPV infection. Several types of molecular markers have been studied in cancer of larynx, including proteins associated with apoptosis (bcl-2 and PARP-1) and proteins involved in many biological process such as galectin-3. In this study, analyses of qualitative and quantitative immunohistochemistry was performed for bcl-2, PARP-1 and galectin-3 in 65 patients diagnosed with laryngeal squamous cell carcinoma divided into in situ laryngeal carcinomas(LSCCS), laryngeal squamols cells carcinomas without metastases (LSCCWT) and with metastasis (LSCCW) and cervical lymph nodes (CL). HPV detection and typing was performed by PCR and the HPV types evaluated were HPV 6, 11, 16, 18, 31 and 33. In quantitative of galectin-3 there was observed a significant increase of expression in invasive laryngeal squamous cell carcinoma (LSCCWT and LSCCW) compared with in situ laryngeal carcinomas (LSCCS), may indicating that this protein could be a good marker for progression of laryngeal carcinoma. For PARP-1 and bcl-2 protein there was no difference in the levels of expression in all groups studied. In qualitative analysis PARP-1 showed a homogenous immunolabeling in both high and low among the groups. In relation to Galectin-3, it was observed a predominance of cases with high expression, unlike the protein bcl-2 where the expression prevalence was low in all cases of laryngeal carcinoma and their metastatic lymph nodes. Of the 65 patients, 55 (84.6%) were positive for beta-globin and 7 (12.7%) of 55 patients were positive for HPV. Because of a low incidence of HPV in the cases studied, it was not possible correlate the proteins bcl-2, PARP-1 and Galectin-3 with the presence of HPV.
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Caracterização dos pacientes portadores de sarcoma de aplicação felino quanto ao escore de condição corporal, à origem de sua formação e ao microambiente de seu desenvolvimento / Characterization of patients with feline injection-site sarcoma as body condition score and as to the origin of its formation and their microenvironment

Carneiro, Carolina Scarpa 14 December 2012 (has links)
O Sarcoma de Aplicação Felino (SAF) possui características específicas pouco estudadas. A agressividade, com invasão profusa de tecidos adjacentes, bem como a presença de células anaplásicas em sua composição fazem do SAF um obstáculo a ser transposto, para obtenção do melhor tratamento. Sua etiologia e etiopatogenia ainda permanecem obscuras. O objetivo deste estudo consistiu em determinar fatores prognósticos para o paciente portador de SAF, caracterizando-o quanto ao seu peso e escore de condição corporal (ECC), à origem e diferenciação da neoplasia por ele apresentada, bem como caracterizar o microambiente perineoplásico quanto à presença de células inflamatórias. Foram selecionados 46 casos de SAF, sendo 31 casos novos de pacientes e 22 casos reavaliados. Foi encontrada diferença significativa entre o ECC (p=0,001) e peso (p<0,001) de pacientes que apresentaram SAF e os do grupo controle. Não foram encontradas diferenças entre gênero e raça. A localização mais comumente acometida foi a tóraco-abdominal (78%). Quanto à origem, a maioria dos SAF apresentou-se como originada em células fibroblastos. Enquanto não houve marcação para componentes inflamatórios (CD3 e CD68), houve para receptor de quinase (c-kit), para Cox-2 e FelV. Não houve influencia dos parâmetros avaliados com as variáveis clínicas e com a sobrevida total. Houve influencia estatisticamente significante quando comparamos a invasão observada no exame de tomografia computadorizada e a escolha do tratamento instituído (p=0,019). / The feline injection-site sarcoma (FISS) has specific characteristics which are little studied. FISS treatment is a hurdle to getting because of their aggressiveness, with profuse invasion of adjacent tissue, as well as the presence of anaplastic cells in its composition. Its etiology and pathogenesis remain obscure. This research aims to determine prognostic factors for patients with FISS, characterizing it as their weight and body condition score (BCS) and by the origin and differentiation of the tumor presented, along with characterizing the microenvironment peri-neoplastic for the presence of inflammatory cells. 46 cases of cats that presented FISS were assisted, with 31 new cases and 22 cases of patients reassessed. Statistical difference was found between the BCS (p=0,001) and weight (p<0,001) of FISS group and control group. No differences were found between gender and race. The region most commonly affected was the toraco-abdominal (78%). The FISS majority presented as fibroblasts origin, while no marking for inflammatory components (CD3 and CD68). There was marking for kinases cascade (c-KIT), for COX-2, and for FelV. There was no influence of the parameters evaluated with clinical variables and overall survival. There was a statistically significant influence when comparing the invasion observed in computerized tomographic examination and choice of the treatment (p = 0.019).
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Avaliação inflatória da associação da clorexidina com o hipoclorito de sódio em tecido conjuntivo de rato / Evaluation of inflammatory chlorhexidine with sodium hypochlorite irrigants in rat connective tissue

Martins, Guilherme Henrique Rosa 24 September 2013 (has links)
A associação dos irrigantes endodônticos hipoclorito de sódio e clorexidina forma um precipitado amarronzado e subprodutos que podem ser tóxicos aos tecidos periodontais apicais. O objetivo deste trabalho foi de avaliar qualitativamente e quantitativamente a resposta inflamatória destes irrigantes e suas associações em tecido conjuntivo no dorso do rato. Foram utilizados 24 ratos machos Wistar, 220 gr, cuja região dorsal foram confeccionadas quatro feridas cirúrgicas por punch de 08mm que receberam 20 mL dos irrigantes endodônticos, sendo divididos em: soro fisiológico, solução de digluconato de clorexidina a 2%, hipoclorito de sódio a 1% e a 2,5%, mistura de 10mL de hipoclorito de sódio a 1% mais 10mL de clorexidina a 2% e mistura de 10mL de hipoclorito de sódio a 2,5% mais 10mL de clorexidina a 2%. O experimento foi realizado em triplicata e os animais foram sacrificados nos tempos experimentais de 0 (imediato), 24h, 72h e 168h. Os fragmentos foram fixados e corados com hematoxilina e eosina para análise histomorfológica. Para a quantificação celular, cortes histológicos dos grupos de 24, 72 e 168h foram tratados para serem imunomarcados pelos anticorpos para linfócitos CD4 e CD8, e Anti pan-macrófago para marcação de macrófagos. Foram tomadas três fotografias num aumento de 400x de cada lâmina, para serem quantificadas através do software ImageJ. Os dados foram tabulados e submetidos ao teste estatístico ANOVA (dois critérios), com pós-teste de Bonferroni (=0,05), comparando os grupos em função dos marcadores, tempos experimentais e grupos testados. Os resultados obtidos na análise microscópica puderam identificar variações significativas entre os grupos estudados e o controle. Enquanto que no controle não foi verificado um grau de inflamação elevado, nos grupos testados foram observados destruição tecidual, aumento de número e tamanho de vasos, infiltrado inflamatório intenso, edema e início de epitelização até 168h. Na análise quantitativa, foi observado um pico celular em 72h para todos os marcadores (p<0,001). Todos os grupos testados apresentaram níveis celulares maiores que o grupo do soro fisiológico (p<0,001), exceto para o marcador de macrófagos (p>0,05). As associações das substâncias em comparação com as substâncias isoladas não apresentaram diferenças significantes (p>0,05), exceto em 72h no marcador CD4 e com hipoclorito de sódio a 2,5% (p<0,001). Estes resultados foram similares tanto para os grupos individuais bem como nas associações. Pode-se concluir, do ponto de vista biológico, que a associação entre o hipoclorito de sódio e a clorexidina mostraram resposta inflamatória semelhante as substâncias isoladas e que podem ser empregados na terapia endodôntica. / The association of endodontic irrigants sodium hypochlorite and chlorhexidine results in the formation of a brownish precipitate and its byproducts can be toxic to the periodontal tissue. The aim of this study was to evaluate qualitatively and quantitatively the inflammatory response of these drugs and their associations in the connective tissue on the back of the mouse. Four dorsal surgical wounds made by 08mm punch in twenty four male Wistar rats of 220 gr received 20 mL of each endodontic irrigants and were divided into grupos: saline solution, 2% chlorhexidine digluconate, 1% and 2,5% sodium hypochlorite, mixture of 10 ml of 1% sodium hypochlorite plus 10 ml of 2% chlorhexidine and mixture of 10 ml of 2,5% sodium hypochlorite plus 10 ml of 2% chlorhexidine. The test was performed in triplicate, the animals sacrificed at 0h (immediately), 24h, 72h and 168h and the fragments fixed, stained with hematoxylin and eosin for histomorphological analysis. To quantify cells, histological sections from 24, 72 and 168h groups were treated and immunostained by CD4, CD8 lymphocytes and Anti-pan macrophage antibodies. Three pictures were taken in a 400x magnification of each slide and quantified using the ImageJ software. Data was tabulated and submitted to ANOVA (two-way) with Bonferroni post-test (=0.05) comparing the markers, times and experimental groups. The results obtained in the microscopic analysis identified significant differences among the experimental and control groups. In control group there was not high degree of inflammation; in the experimental groups there were tissue destruction, number and size of vessels increased, intense inflammatory infiltration, edema and early epithelialization at 168h. In the quantitative analysis a peak of all cell markers was observed at 72h (p<0.001). All experimental groups showed higher cellular levels than the saline group (p<0.001) except for the macrophages marker groups (p>0.05). The associated or isolated use of the substances showed no significant differences (p> 0.05) except for 72h CD4 marker and with 2.5% sodium hypochlorite group (p<0.001). The results were similar for both individuals and associated groups. In conclusion the association between sodium hypochlorite and chlorhexidine showed inflammatory process similar to isolated substances and therefore it can be utilized in endodontic therapy.
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Hepatite C crônica e citocinas - estudo no soro e no fígado / Hepatitis C and cytokines - study in blood and liver

Viso, Ana Teresa Rodriguez 06 September 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A patogênese da hepatite C crônica resulta principalmente de mecanismos imuno-mediados com a atuação central das citocinas tanto na lesão hepatocelular como na eliminação e na persistência do vírus da hepatite C (VHC). OBJETIVOS: Investigar a resposta imune adaptativa da hepatite C crônica através da expressão das células inflamatórias no tecido hepático e de citocinas no tecido hepático e no sangue, relacionando-os com dados demográficos, laboratoriais e histológicos. MÉTODOS: Pacientes com hepatite C crônica, virgens de tratamento foram selecionados no ambulatório de Moléstias Infecciosas do Hospital das Clínicas. Foram utilizados dois grupos controles para comparação: de doadores de sangue saudáveis e fragmentos de biópsia hepática de doadores de órgãos. Todos os controles selecionados não tinham evidência de hepatopatia. As seguintes citocinas foram analisadas no sangue pelo método quantitativo de ELISA no sangue dos casos e dos doadores de sangue: interleucina (IL) 1, IL2, IL4, IL6, IL 10, interferon (IFN) , fator de necrose tumoral (TNF) e fator de crescimento e transformação (TGF) . As mesmas citocinas e as populações celulares CD4+, CD8+, CD45RO+, CD57+, CD68+ e S100 foram quantificadas através de método imuno-histoquímico no espaço portal e no lobo hepático dos casos e dos doadores de fígado. Esses dados foram posteriormente associados às alterações histológicas pela classificação de Ishak. RESULTADOS: Foram selecionados 51 pacientes com hepatite C crônica, 58% do gênero masculino; 66,6% brancos e média de idade de 39 anos (variando de 20 a 59). Foram selecionados 33 doadores de órgãos e 51 doadores de sangue. Comparando com os doadores de sangue, os casos apresentaram maiores níveis séricos de IL2 (p <0,001), IL10 (p <0,001), INF (p 0,018) e TGF (p <0,001). Na análise das biópsias hepáticas, os casos apresentaram maior expressão de LTCD4+ portais (p <0,001), LTCD8+ portais (p <0,001), IL4 lobular (p 0,001), IL10 lobular (p 0,007), INF lobular (p <0,001), TNF portal (p <0,001) e lobular (p <0,001), TGF portal (p <0,001) e lobular (p <0,001) do que os doadores de órgãos. Entre os casos, houve correlações significantes diretas entre os seguintes marcadores e as alterações histológicas: CD4+ portal com a atividade peri portal (p 0,004); CD4+ lobular com a atividade lobular (p 0,017); TGF lobular com a atividade lobular (p 0,016); IL1 portal com atividade peri portal (p 0,009) e IL8 do sangue e fibrose (p 0,036). As populações celulares foram correlacionadas às citocinas no fígado dos casos e houve significância direta entre: CD4+ portal e TNF portal (p 0,004); CD8+ portal e TGF portal (p 0,030); CD57+ portal e IL10 portal (p 0,008); CD57+ lobular com TGF lobular (p 0,040) e IL2 lobular (p 0,048); S100 portal e IL10 portal (p 0,014). Não houve correlação significante entre as citocinas do fígado e as citocinas do sangue nos pacientes com hepatite C crônica. A carga viral do VHC teve correlação indireta com LTCD8+ lobulares (p 0,020), IL2 portal (p 0.049) e lobular (p 0.004). DISCUSSÃO: O comando da resposta imune nesta casuística foi orquestrado pelos linfócitos T CD4+ e CD8+, com predomínio da resposta Th1 e o principal local dos eventos foi o espaço portal. A compartimentalização da resposta imune ao VHC foi evidenciada pela ausência de correlações significantes entre as citocinas do tecido hepático e do sangue nos pacientes com hepatite C crônica. / BACKGROUND: The pathogenesis of chronic hepatitis C results mainly of immunological mechanisms with cytokines playing a central role in hepatocellular necrosis and in the immunopathogenic process involved in viral clearance and persistence. AIM: To investigate immune response to hepatitis C virus (HCV) through expression of inflamatory cells in liver and cytokines in liver and serum, and assess the relationship with demografic, laboratorial and histological features. METHODS: Naïve patients with chronic hepatitis C were selected from Infectious Diseases Division at a University Hospital. Two sets of controls were selected for comparison: healthy blood donors and liver biopsy specimens from liver donors. All controls had no evidence of hepatic disease. The following cytokines were analyzed by quantitative ELISA method in serum of cases and healthy blood donor controls: interleukin (IL) 1, IL2, IL4, IL6, IL10, interferon (IFN) , tumor necrosis factor (TNF) , and transforming growth factor (TGF) . The same cytokines and cellular populations of CD4+ T lymphocytes (TL), CD8+ TL, CD45+, CD57+, CD68+ and S100 were quantified by immunohistochemistry in acinar and portal spaces in liver biopsies of cases and liver donor controls. These data were additionally associated to histological parameters by Ishak Score. RESULTS: Were selected 51 patients with chronic hepatitis C, 58% were males; 66,6% white and the median age was 39 (range 20 to 59) years. Were selected 33 liver donors and 51 blood donors. Compared with heathy blood donor controls, cases showed higher levels of IL2 (p <0.001), IL10 (p <0.001), INF (p 0.018) and TGF (p <0.001). In liver biopsy analyses, cases showed greater expression of the following cell populations and cytokines: portal CD4+ TL (p <0.001), portal CD8+ (p <0.001), acinar IL4 (p 0.001), acinar IL10 (p 0.007), acinar INF (p <0.001), portal TNF (p <0.001), acinar TNF (p <0.001), portal TGF (p <0.001) and acinar TGF (p <0.001). Among cases, significant positive correlations were found between the following markers and Ishak graded patterns: portal CD4+TL and periportal inflammation (p 0.004); acinar CD4+ and focal inflammation (p 0.017); acinar TGF and focal inflammation (p 0.016); portal IL1 and periportal inflammation (p 0.009) and IL8 in blood and fibrosis (p 0.036). The cellular populations were correlated to cytokines in liver of hepatitis C patients and there was significant positive correlation between: portal CD4+ and portal TNF (p 0.004); portal CD8+ TL and portal TGF (p 0,030); portal CD57+ and portal IL10 (p 0,008); acinar CD57+ and acinar TGF (p 0,040) and acinar IL2 (p 0,048); portal S100 and portal IL10 (p 0,014). No significant correlation was found between liver and serum cytokines in cases. Hepatitis C viremia was inversely correlated to acinar CD8+ TL (p 0.020); portal (p 0.049) and acinar IL2 (p 0.004). DISCUSSION: The command of the immune response in this casuistic was orchestrated by CD4+ TL and CD8+ T lymphocytes, with predominance of Th1 answer, and the main site where of the events ocurred was the portal space. The compartimentalization of immune response to HCV was evidenced by the absence of significant correlations between cytokines in hepatic tissue and blood from patients with chronic hepatitis C.
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Avaliação da vasculatura pulmonar na esclerose sistêmica / Evaluation of pulmonary vasculature in systemic sclerosis

Valeri, Carla Bastos 14 September 2011 (has links)
A lesão pulmonar é a principal causa de morte da Esclerose Sistêmica (ES), e as alterações principais são: o acometimento intersticial e o vascular. No presente estudo analisamos através do microscópio confocal a laser 40 artérias pulmonares de pequeno e médio calibre de pacientes com ES e 16 controles. Medimos a área do lúmen, a área total do vaso e fizemos a subtração da área total do vaso menos a do lúmen, e a porcentagem da área do lúmen em relação à área total do vaso. Observou-se que a área do lúmen e a porcentagem da área do lúmen em relação a área total do vaso são significativamente menores na ES em relação ao controle, e que a diferença entre a área total do vaso e a área do lúmen foi maior no grupo ES. Os achados confirmaram a hipótese inicial de acometimento das artérias pulmonares na ES, que se encontram espessadas devido à inflamação, infiltração celular em suas camadas e ativação endotelial / Lung injury is the leading cause of death in Systemic Sclerosis (SSc), and the main changes are: the vascular and interstitial involvement. In this study we analyzed through the confocal laser microscope 40 lung arteries of small and medium-sized of patients with SSc and 16 arteries of control group. We measured the lumen area, the total vessel area, made the subtracting the total vessel area minus the lumen area and the percentage between the lumen area and total vessel area. It was observed that the lumen area and the percentage between the lumen area and total vessel area were significantly lower in SSc group compared to control group, and the difference between the total vessel and the lumen area was higher in SSc. The findings confirmed the initial hypothesis of pulmonary arterial injury in SSc, wich are thickened due to inflammation, cellular infiltration into its layers and endothelial activation
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Caracterizaçao fenotípica dos tumores mucinosos do ovário / Phenotype characterization of the mucinous ovarian tumors

Ferreira, Cristiane Rúbia 04 September 2007 (has links)
NTRODUÇÃO: Neoplasias mucinosas primárias do ovário apresentam muitos pontos de controvérsias em relação ao seu padrão de diferenciação, sendo classificadas como tumores benignos, borderline e malignos.Elas também são classificadas em diferentes fenótipos, recentemente designadas como gastrointestinal e seromucinoso. Sua heterogeneidade tem produzido não somente dificuldades na classificação morfológica e no diagnóstico diferencial com neoplasias metastáticas, mas também na compreensão da patogênese e na interpretação imunoistoquímica. O fenótipo gastrointestinal tem sido pouco explorado em relação a possíveis diferenças entre os padrões de diferenciação gástrico e intestinal, desde que os dois são geralmente analisados juntos. Os tumores mucinosos borderline, considerado um estágio precoce da carcinogênese dos tumores mucinosos, são freqüentemente associados com pseudomixoma peritoneal (PMP), o qual foi recentemente relacionado a neoplasias mucinosas do apêndice cecal. O propósito deste estudo foi analizar os diferentes padrões morfológicos de apresentação dos tumores mucinosos do ovário e sua associação com o potencial de malignidade e o perfil imunoistoquímico. MATERIAL E MÉTODOS: Este estudo retrospectivo incluiu 72 tumores de 63 pacientes com diagnóstico patológico presumido de tumor mucinoso primário de ovário selecionados dos arquivos da Divisão de Patologia Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de 1996 a 2005. Todos as lâminas da população de pacientes foram revisadas e classificadas de acordo com os critérios da WHO. Marcação imunoistoquímica para produtos do gene de mucina (MUC1, MUC2, MUC5AC e MUC6), RE, RP, CK7, CK20, CA19.9 e CA125 foram feitos em tissue microarrays. RESULTADOS: Nossos resultados mostraram 28 tumores benignos, 35 borderline e 9 malignos distribuídos nos fenótipos: pilórico (11), intestinal (30), gastrointestinal (20), mülleriano (4) e misto (gastrointestinal e mülleriano) (7). Seis pacientes tinham PMP associados. O estudo imunoistoquímico foi realizado em 67 tumores. Os tumores pilóricos apresentaram-se mais freqüentemente como tumores benignos (72.7%) e tiveram um perfil imunoistoquímico diferente de MUC2 (p= 0.003) e CA19.9 (p= 0.04) quando comparado com o fenótipo intestinal. MUC1 foi mais expresso entre os tumores com diferenciação mülleriana (pura ou mista) (100%, p= 0.02) quando comparado aos tumores de outros fenótipos. Os receptores hormonais foram positivos somente no fenótipo mülleriano. Os tumores borderline foram mais freqüentes nos fenótipos intestinal e gastrointestinal (37.1% e 40%), e estavam associados a PMP em 25% dos casos. Todos os tumores ovarianos associados a PMP eram de tipo histológico borderline e com fenótipo intestinal. O perfil dos tumores borderline de tipo intestinal, mesmo nos casos sem PMP, foi distinto dos outros tumores mucinosos de tipo intestinal e caracterizado pela expressão XVII de MUC2 e CK20. A média de idade das pacientes com tumores borderline de tipo intestinal sem PMP foi menor que daquelas com PMP. CONCLUSÃO: O subgrupo de tumores mucinosos de ovário de fenótipo gastrointestinal é o mais freqüente, mas é hetetogênio e composto por uma população de células de tipos pilórico e intestinal que diferem entre si em relação ao potencial de malignidade e perfil imunoistoquímico. Os tumores de fenotipo intestinal são mais freqüentemente malignos e borderline. Os tumores ovarianos associados com PMP e provavelmente também a maioria dos tumores borderline de fenótipo intestinal, mesmo sem PMP, devem ser considerados como tumores secundários, quando uma origem em apêndice cecal parece a mais provável. / NTRODUCTION: Primary ovarian neoplasms of mucinous type carry many controversial points regarding their pattern of differentiation, classified as benign, borderline and malignant tumors. They are also classified into different morphological phenotypes, recently called as gastrointestinal and seromucinous. Their heterogeneity has produced not only difficulty into morphological classification and differential diagnostic with metastatic neoplasms, but also on understanding the pathogenesis and immunohistochemical interpretation. The gastrointestinal phenotype has been little explored with respect to possible differences between the gastric and intestinal morphological patterns of differentiation, since the two have generally been analyzed together. The mucinous borderline tumors, thought to be an intermediary stage of mucinous carcinogenesis, were frequently associated with pseudomyxoma peritonei (PMP), which was recently linked to appendiceal mucinous neoplasms. The purpose of the study was to analyze the different morphological patterns of presentation of mucinous ovarian tumors and their association with malignant potential and immunohistochemical profile. MATERIAL AND METHODS: This retrospective study included 72 tumors from 63 patients with pathological diagnosis of presumed primary mucinous ovarian tumor selected from the files of the Division of Surgical Pathology of University of Sao Paulo Medical School, from 1996 to 2005. All slides from the patient cohort were reviewed and classified according to WHO criteria. Immunohistochemical staining for mucin genes products (MUC1, MUC2, MUC5AC and MUC6), ER, PR, CK7, CK20, CA19.9 and CA125 were performed in tissue microarrays. RESULTS: Our results showed 28 benign, 35 borderline and 9 malignant tumors distributed in phenotypes: pyloric (11), intestinal (30), gastrointestinal (20), müllerian (4) and mixed (7) gastrointestinal and müllerian). Six patients had PMP associated. The immunohistochemical study was performed in 67 tumors. The pyloric tumors presented more frequently as benign tumors (72.7%) and had a differential immunohistochemical profile of MUC2 (p= 0.003) and CA19.9 (p= 0.04) when compared with intestinal phenotype. MUC1 was more expressed between tumors with müllerian differentiation (pure or mixed) (100%, p= 0.02) when compared with the others. The hormonal receptors were positive only in müllerian phenotype. Borderline tumors were more frequently of intestinal and gastrointestinal phenotypes (37.1% and 40%), and were associated to PMP in 25% of the cases. All ovarian tumors associated to PMP were of borderline histology and of intestinal type. The profile of intestinal borderline tumors, even in cases without PMP, was distinct from that of other primary mucinous tumors of the intestinal type and characterized by MUC2 and CK20 expression. The median age of patients with intestinal borderline tumors without PMP was lower than those with PMP. XIX CONCLUSION: The gastrointestinal subgroup of mucinous ovarian tumors is the more frequent, but it is heterogeneous and composed of pyloric, and intestinal cell population that differ regarding malignant potential and immunoprofile. The intestinal tumors are more frequently malignant and borderline. Ovarian tumors associated with PMP and probably most intestinal borderline tumors, even without PMP, should be considered as secondary tumor when the appendiceal origin seems the most probable.

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