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Cidade resiliente: sistema de indicadores dos aspectos institucionaisSuassuna, Cynthia Carneiro de Albuquerque 31 January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / A ideia de que o Brasil é um país abençoado por Deus e livre de desastres não corresponde à realidade. Dados do Anuário Brasileiro de Desastres Naturais apontaram a ocorrência de 795 desastres em 2011, distribuídos em 2370 municípios. Esses eventos afetaram 12.535.401 pessoas, com 1.094 óbitos. A maioria desses desastres (64,44%) tem natureza hidrológica, mas envolvem também eventos geológicos, como os deslizamentos, com gravíssimas consequências, principalmente quando ocorrem em cidades. Esses fatos levaram o país a dar nova ênfase às questões relativas à redução de desastres e à elevação da capacidade de resiliência de suas cidades. Tal ênfase se faz ainda mais necessária diante da perspectiva de aumento da intensidade e da frequência de eventos extremos decorrente das mudanças climáticas. Nesse contexto, a redução de riscos de desastres foi institucionalizada em documentos internacionais que vinculam os países signatários a compromissos assumidos no âmbito das Nações Unidas. Complementarmente foi criada a Plataforma Global para a Redução dos Riscos de Desastres, que incluiu no debate internacional a necessidade de se reforçar a resiliência das comunidades através da campanha “Cidades Resilientes” (2011), centrada na governança local e nos riscos urbanos. O Brasil internalizou esses compromissos no ordenamento jurídico através das políticas nacionais de mudanças climáticas e de Proteção e Defesa Civil, atribuindo várias obrigações aos municípios. Verifica-se, porém, a escassez de instrumentos de gestão municipal que viabilizem o cumprimento dessas obrigações legais pelos governos locais. A presente pesquisa objetivou desenvolver um índice de resiliência de cidades: aspectos institucionais (IRCi). O problema teórico da pesquisa, portanto, foi entender como se avaliam os aspectos institucionais da cidade resiliente frente a desastres decorrentes de eventos hidrológicos extremos, e quais os indicadores adequados para a mensuração desses aspectos. Nesse esforço, além de uma vasta revisão da literatura, também lançou-se mão de uma pesquisa empírica, na cidade de Barreiros, em Pernambuco, no nordeste brasileiro, que sofreu um desastre em 2010 decorrente de um evento hidrológico extremo. Como resultado, foi possível construir um sistema de 52 indicadores que permitem avaliar os aspectos institucionais da cidade resiliente, frente a desastres decorrentes de eventos hidrológicos extremos, em particular as enchentes e as inundações (enxurradas) e seus consequentes deslizamentos, no Brasil. Indicadores são instrumentos largamente utilizados para avaliar situações, planejar intervenções e apoiar a tomada de decisões, assim a criação deste sistema encaixa-se no contexto das ações de redução dos riscos de desastres e de adaptação às mudanças climáticas. O quadro metodológico utilizado foi o paradigma da complexidade, com abordagem interdisciplinar, utilizando-se a teoria e a realidade para construir os indicadores. O IRCi, resultado da pesquisa, foi validado por especialistas e pessoas em posições-chave e aplicado no município do Recife, capital de Pernambuco.
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Mulheres pescadoras - mulheres mangabeiras : o desvelar das territorialidades das extrativistas em Indiaroba/SE / Women fishermen - women mangabeiras : discovering the territorialities of extrativists in Indiaroba/SESantos, Eline Almeida 22 August 2018 (has links)
Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE / The traditional populations of Sergipe face socioeconomic, environmental and cultural problems, reflecting the intense exploration of natural resources, monoculture, real estate speculation, deforestation of native fields and enclosure of land. Involved in this scenario, extractivist women testify the collapse of activity and their way of life. In Indiaroba, research area, mangaba (Hancornia speciosa Gomes) extractivism, practiced predominantly by women, and fishing are activities that are relevant for families, since they are the main sources of income. The study on screen presents as a central objective to analyze the biogeographic appropriation of the environmental resources from the feminine work, highlighting the elements that interfere in the socioecological resilience, as well as, the process of women’s organization, the forms of resistance and representativeness in the decisions in rights defense and strengthening of the social group. Territory, landscape and gender appear as guiding categories and foundations of research, in order to foster the understanding of space based on the relations of power established in the appropriation of environmental resources in the area of study. The systemic approach and the complexity interwine the scientific basis of the study in evidence, being woven from the resilience of communities and socioecological systems with the application of the Soil-ecological Production Landscapes and Seascapes (SEPLS) methodology. The methodological procedures included observation, photographic record, interviews and participatory mapping workshops and score of the indicators. The relevance of the study of gender spatiality in a geographic perspective lies in the analysis and comprehension of the structuring of the work of men and women in craft activities; the social, political and economic organization of women; resistances and conflicts in the face of the idea that environmental resources are becoming scarce. Besides highlighting groups that are excluded from the geographical discourse. The mangaba fishermen are the most affected by the local transformations, since due to the process of degradation of the estuarine-mangrove system, deforestation of the restinga areas and the enclosures of former ports have increased distances and time for the access to resources, undermining incomes and decreasing productivity. In addition, they face the inequalities marked by gender hierarchy that is based on biological differentiation, defining for women the private space of reproduction and, for men, the public space of production. The sexual division of labor in extractivism contributes so that women do not occupy the spaces of power (the river / sea, the colony and associations), for the financial devaluation of their work and so that their performance in the sector is denied. Access to extraction areas has been one of the main demands of this group, since non-contact with the elements that forge their identity can lead to the expropriation of their way of life. In the process of making and discarding, the extractivists investigated, affirm themselves in the territory like fishermen-mangabeiras, they are strengthened and they dispute the power that is denied to them. / As populações tradicionais de Sergipe enfrentam problemas socioeconômicos, ambientais e culturais, reflexo da intensa exploração dos recursos naturais, monocultura, especulação imobiliária, desmatamento de campos nativos e cercamento de terras. Envoltas nesse cenário, as mulheres extrativistas testemunham o esfacelamento da atividade e do seu modo de vida. Em Indiaroba, recorte espacial da pesquisa, o extrativismo da mangaba (Hancornia speciosa Gomes), praticado predominantemente por mulher, e a pesca constituem atividades relevantes para as famílias, uma vez que se manifestam como principais fontes de renda. O estudo em tela apresenta como objetivo central analisar a apropriação biogeográfica dos recursos ambientais a partir do trabalho feminino, destacando os elementos que interferem na resiliência socioecológica, bem como, o processo de organização das mulheres, as formas de resistências e representatividade nas decisões em defesa dos direitos e fortalecimento do grupo social. Território, paisagem e gênero aparecem como categorias norteadoras e fundantes da investigação, em razão de propiciar a compreensão do espaço a partir das relações de poder estabelecidas na apropriação dos recursos ambientais na área de estudo. A abordagem sistêmica e a complexidade entrelaçam a base científica do estudo em evidência, estando tecida a partir da resiliência das comunidades e dos sistemas socioecológicos com a aplicação da metodologia de Indicadores de Resiliência em SEPLS (Socio-ecological Production Landscapes and Seascapes). Os procedimentos metodológicos englobaram observação, registro fotográfico, entrevistas e oficinas de mapeamento participativo e de pontuação dos indicadores. A relevância do estudo da espacialidade de gênero numa perspectiva geográfica está na análise e compreensão da estruturação do trabalho de homens e mulheres nas atividades de base artesanal; da organização social, política e econômica das mulheres; das resistências e dos conflitos diante da concepção de que os recursos ambientais estão se tornando escassos. Além de ressaltar grupos que são excluídos do discurso geográfico. As pescadoras-catadoras de mangaba são as mais afetadas com as transformações locais, posto que devido ao processo de degradação do sistema estuário-manguezal, o desmatamento das áreas de restinga e os cercamentos de antigos portos tiveram o aumento das distâncias e do tempo para o acesso aos recursos, prejudicando os rendimentos e diminuindo a produtividade. Além disso, enfrentam as desigualdades assinaladas pela hierarquização de gênero que se baseia na diferenciação biológica, definindo para as mulheres o espaço privado, da reprodução e, aos homens, espaço público, da produção. A divisão sexual do trabalho no extrativismo contribui para que as mulheres não ocupem os espaços de poder (o rio/mar, a colônia e associações), para a desvalorização financeira do seu trabalho e para que a sua atuação no setor seja negada. O acesso às áreas de extração tem sido uma das principais reivindicações desse grupo, uma vez que o não contato com os elementos que forjam a sua identidade pode levar a expropriação do seu modo de vida. No processo de fazer e desfazer-se, as extrativistas investigadas, afirmam-se no território como pescadoras-mangabeiras, fortalecem-se e disputam o poder que lhes é negado. / São Cristóvão, SE
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