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Síndrome de ativação macrofágica: diferenças clínicas e laboratoriais entre pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil versus adulto / Macrophage activation syndrome: a severe and frequent manifestation of acute pancreatitis in 362 childhood-onset compared to 1,830 adult-onset systemic lupus erythematosus patients

Gormezano, Natali Weniger Spelling 15 August 2017 (has links)
Objetivo: Uma série de casos sugerindo uma possível associação de pancreatite aguda (PA) e síndrome de ativação macrofágica (SAM) em lúpus eritematoso sistêmico pediátrico (LESP) foi reportada em dez crianças no nosso serviço, no entanto, não existem dados relativos à comparação entre PA e SAM em grandes populações de LESP e LES adulto (LESA). Métodos: Este estudo incluiu 362 pacientes LESP e 1.830 pacientes LESA. SAM foi diagnosticada de acordo com os critérios diagnósticos preliminares e PA de acordo com a presença de dor abdominal e/ou vômitos associados a um aumento de enzimas pancreáticas e/ou alterações radiológicas pancreáticas nos exames de ultrassonografia e/ou tomografia abdominal. Dados demográficos, características clínicas, SLEDAI-2K, SLICC/ACR-DI e tratamento foram avaliados. Resultados: A frequência de PA foi significantemente aumentada no LESP em comparação ao LESA [12/362 (3,3%) vs. 20/1830 (1,1%), p=0,003], com similar duração da PA nos dois grupos [22 (6-60) vs. 15 (4-90), dias, p=0,534]. As frequências de SAM (85% vs 30%, p=0,003) e óbito (31% vs. 0%; p=0,017) foram significantemente elevadas em crianças com PA comparadas com adultos com PA. Na análise dos pacientes com PA e SAM em comparação com os com somente PA sem SAM demonstrou que a idade dos pacientes com PA e SAM foi significantemente menor em comparação com aqueles sem SAM [15 (8,8- 55) vs. 33,5 (10,2-45,7) anos, p=0,007]. As frequências de febre (94% vs. 37%, p=0,001), leucopenia (82% vs. 19%, p=0,0001), trombocitopenia (65% vs. 19%, p=0,013), hipertrigliceridemia (87% vs. 42%, p=0,037) e hiperferritinemia (93% vs. 37%, p=0,011) foram significantemente aumentadas nos pacientes com PA e SAM comparados aos pacientes com somente PA. A concomitância de febre e hiperferritinemia foi significantemente mais freqüente no primeiro grupo (86% vs. 12%, p=0,0015). Conclusões: Este estudo forneceu novos dados que evidenciaram que SAM ocorreu na maioria dos LESP com PA com uma maior mortalidade em comparação com LESA. Além disso, foram identificados em pacientes com PA e SAM, um conjunto de parâmetros clínicos e laboratoriais associado com as duas complicações / Objective: We previously reported a case series of acute pancreatitis (AP) and macrophage activation syndrome (MAS) in childhood (cSLE) patients, however there are no data regarding the comparison of AP and MAS in large populations of cSLE and adult SLE (aSLE). Methods: This study included 362 cSLE and 1,830 aSLE patients. MAS was diagnosed according to preliminary diagnostic guidelines and AP according to the presence of abdominal pain or vomiting associated to an increase of pancreatic enzymes and/or pancreatic radiological abnormalities. Demographic data, clinical features, SLEDAI-2K, SLICC/ACR-DI and treatment were assessed. Results: Higher and significant frequency of AP in cSLE compared to aSLE patients [12/362(3.3%) vs. 20/1830(1.1%), p=0.003], with similar AP duration [22(6- 60) vs. 15(4-90) days, p=0.534]. MAS (85% vs. 30%, p=0.003) and death by MAS complication (31% vs. 0%, p=0.017) were significantly higher in children with AP compared with aSLE with AP. Further analysis of patients with AP and MAS compared with AP without MAS demonstrated that age in MAS patients was significantly lower compared with those without this complication [15(8.8-55) vs. 33.5(10.2-45.7) years, p=0.007]. The frequencies of fever (94% vs. 37%,p=0.001), leucopenia (82% vs. 19%,p=0.0001), thrombocytopenia (65% vs. 19%,p=0.013), hypertriglyceridemia (87% vs. 42%,p=0.037) and hyperferritinemia (93% vs. 37%,p=0.011) were also more frequently observed in AP patients with MAS compared in AP patients without MAS. Fever and hyperferritinemia concomitantly were more frequent in the former group (86% vs. 12%, p=0.0015). Conclusions: This study provides novel data demonstrating that MAS occur in the majority of cSLE with AP with a higher mortality compared to aSLE. In addition, we identified in AP patients, a cluster of MAS clinical and laboratorial parameters more associated with this complication
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Infecção por herpes zoster em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil / Herpes zoster infection in childhood-onset systemic lupus erythematosus patients: a large multicenter study

Ferreira, Juliana Caires de Oliveira Achili 20 October 2016 (has links)
Introdução: A reativação do vírus latente da varicela-zoster ocasiona infecção por herpes zoster tanto em pacientes hígidos quanto em portadores de doenças crônicas e autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ). As informações sobre infecção por herpes zoster (HZ), seus fatores de risco e desfecho no LESJ são limitadas devido à pequena representação desta complicação em publicações anteriores, e revela a necessidade de mais estudos visando contribuir para o melhor cuidado aos pacientes. Objetivos: Avaliar a prevalência de infecção por HZ em uma população expressiva de pacientes com LESJ, e sua possível associação com dados clínicos, demográficos, manifestações clínicas, alterações laboratoriais, atividade/dano cumulativo da doença, tratamento e evolução. Métodos: Estudo de coorte multicêntrico retrospectivo realizado em 10 serviços de Reumatologia Pediátrica do Grupo Brasileiro de Lúpus que incluiu 852 pacientes com LESJ. Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes que tiveram infecção por HZ (avaliados durante episódio da infecção por herpes zoster) e pacientes sem infecção por HZ (avaliados na última consulta). Resultados: A frequência de infecção por herpes zoster foi 14,1% nos pacientes com LESJ, enquanto neuralgia pós-herpética e recorrência foram observadas em 5% dos pacientes. Ocorreu hospitalização em 61% dos pacientes e infecção bacteriana secundária em 13% dos pacientes. Quanto ao tratamento, 94% dos pacientes com LESJ recebeu aciclovir via intravenosa ou oral ao diagnóstico de infecção por HZ e nenhum deles teve complicação oftalmológica nem evoluiu para óbito. Após correção de Holm-Bonferroni para múltiplas comparações, duração da doença (1,58 vs. 4,41 anos, p<0,0001) e idade atual (13,9 vs. 17,0 anos, p < 0,0001) foram significantemente menores nos pacientes com infecção por HZ comparados aos pacientes sem esta complicação. As frequências de nefrite (37% vs. 18%, p < 0,0001), linfopenia (32% vs. 17%, p < 0,0001), hipertensão arterial (27% vs. 13%, p=0,001) e febre (35,5% vs. 5%, p < 0,0001), foram significantemente maiores nos pacientes com infecção por HZ. As medianas do score de atividade da doença/SLEDAI-2K [6,0 (0-35) vs. 2 (0-45), p < 0,0001], VHS [30 (3-120) vs. 18 (1-135) mm/1a hora, p < 0,0001] e PCR [3,05 (0-103) vs. 0,70 (0-364)mg/dL, p < 0,0001] foram significantemente maiores nos pacientes com infecção por HZ. Quanto ao tratamento, frequências do uso de prednisona (97% vs. 77%, p < 0,0001) e ciclofosfamida (20% vs. 5%, p < 0,0001) foram significantemente maiores nos pacientes com infecção por HZ, assim como medianas da dose atual de prednisona [20 (3 - 80) vs. 12,5 (1- 90) mg/dia, p<0,0001] e em mg/kg/dia [0,44 (0,5 - 3,8) vs. 0,24 (0,02 - 3,0), p < 0,0001]. A regressão logística mostrou quatro variáveis independentes associadas à infecção por HZ: duração da doença menor de 1 ano [OR 2.893 (IC 1.821-4.597), p < 0.0001], linfopenia < 1,500/mm3 [OR 1.931 (IC 1.183-3.153), p=0.009], uso de prednisona [OR 6.723 (IC 2.072-21.815), p=0.002] e uso de ciclofosfamida [OR 4.060 (IC 2.174-7.583), p < 0.0001]. Conclusões: A infecção por HZ foi evidenciada em 14% dos pacientes com LESJ. Este foi o primeiro estudo que identificou atividade da doença e tratamento do LESJ como principais fatores associados para infecção por HZ nos pacientes, que apresentou-se com distribuição típica dermatomal, baixa taxa de recorrência e complicações / Introduction: The latent varicella-zoster virus reactivation causes herpes zoster infection in healthy patients and patients with chronic and autoimmune diseases, such as childhood-onset systemic lupus erythematosus (cSLE). However, information about herpes zoster infection (HZI), risk factors and outcome in cSLE are limited due to the small representation of this complication in previous studies, and reveals the need for more studies to driving better treatments to affected patients. Objective: The aim of this multicenter study in a large childhood-onset systemic lupus erythematosus (cSLE) population was to assess the herpes zoster infection (HZI) prevalence, demographic data, clinical manifestations, laboratory, treatment and outcome. Methods: A retrospective multicenter cohort study (Brazilian cSLE group) was performed in 10 Pediatric Rheumatology services in São Paulo State, Brazil and included 852 cSLE patients. Patients were divided in two groups: patients with HZI (evaluated at the first HZI episode) and patients without HZI (evaluated at the last visit). Results: The frequency of HZI in cSLE patients was 14%. Hospitalization occurred in 61% and secondary bacterial infection in 13%. Intravenous or oral aciclovir was administered in 94% cSLE patients at HZI diagnosis. None of them had ophthalmic complication and death. Postherpetic neuralgia and recurrence rate occurred in 5%. After Holm-Bonferroni correction for multiple comparisons, disease duration (1.58 vs. 4.41 years, p < 0.0001) was significantly lower in HZI cSLE patients compared to those without HZI. Nephritis (37% vs. 18%, p < 0.0001), lymphopenia (32% vs. 17%, p < 0.0001) prednisone (97% vs. 77%, p < 0.0001), cyclophosphamide (20% vs. 5%, p < 0.0001) and SLEDAI-2K [6.0 (0-35) vs. 2 (0-45), p < 0.0001] were significantly higher in the former group. The median activity score of disease / SLEDAI-2K [6.0 (0-35) vs. 2 (0-45), p < 0.0001], ESR [30 (3-120) vs. 18 (1-135) mm/1st hour, p < 0.0001] and PCR [3.05 (0-103) vs. 0.70 (0-364) mg/dL, p < 0.0001] were significantly higher in patients with HZ infection. As for treatment, the frequency of prednisone use (97% vs. 77%, p <0.0001) and cyclophosphamide (20% vs. 5%, p < 0.0001) were significantly higher in patients with HZI, as well as the medians of the current dose of prednisone [20 (3-80) vs. 12.5 (1- 90) mg/day, p < 0.0001] and in mg/kg/day [0.44 (0.5 to 3.8) vs. 0.24 (0.02 to 3.0), P < 0.0001]. Logistic regression model showed that four independent variables were associated with HZI: disease duration < 1 year [OR 2.893 (CI 1.821-4.597), p < 0.0001], lymphopenia < 1,500/mm3 [OR 1.931 (CI 1.183-3.153), p=0.009], prednisone [OR 6.723 (CI 2.072-21.815), p=0.002] and cyclophosphamide use [OR 4.060 (CI 2.174-7.583), p < 0.0001]. Conclusion: HZI was identified in 14% of cSLE population. This was the first study that identified disease activity and treatment of cSLE as main factors associated to HZI, that presented as an early viral infection with a typical dermatomal distribution, low rate of recurrence and complications
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Perfil de variação no número de cópias do DNA e regiões de perda de heterozigose na susceptibilidade ao lúpus eritematoso sistêmico / DNA copy number variation and loss of heterozygosity profiles in susceptibility to systemic lupus erythematosus

Barbosa, Fernanda Bueno 20 July 2017 (has links)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune com forte componente genético, caracterizada por inflamação crônica e produção de autoanticorpos. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de variação no número de cópias (CNVs) e de regiões de perda de heterozigose (LOH) na patogênese do LES. A detecção de CNVs e LOH foi feita pela metodologia Cytoscan HD array em pacientes com LES (n = 23) e indivíduos saudáveis (n = 110). Devido à formação tri-híbrida da população brasileira, foi desenvolvido e validado um painel de 345 marcadores informativos de ancestralidade, a partir dados provenientes do próprio array, para estimar as proporções de ancestralidade individual e, em última instância, inseri-las nos modelos de regressão logística como variável de controle nas análises de distribuição de CNVs e LOH. O perfil de CNVs evidenciou que o número e o tamanho de duplicações são maiores nos indivíduos saudáveis do que nos pacientes com LES. Duplicações nos genes FCGR3B e ADAM3A foram descritas como fator de proteção ao LES, quando tais genes foram avaliados por PCR quantitativa em maior grupo amostral de pacientes (n = 135) e controles (n = 200). Além disso, mostrou-se o efeito sinérgico da presença da deleção em ambos os loci FCGR3B e ADAM3A no aumento do risco para desenvolver a doença. Deleções em pacientes com LES envolvendo os genes CFHR4, CFHR5 e HLA-DPB2, previamente descritos em associação com o LES na literatura, foram identificadas por array e confirmadas por PCR digital. O protocolo desenvolvido para identificação de variantes raras, resultou em um conjunto de 21 CNVs raras em pacientes com LES. Em relação às regiões de perda de heterozigose, não foram encontradas evidências de que o número médio e a extensão dos segmentos LOH seja diferente entre pacientes e indivíduos saudáveis. No entanto, os cromossomos 6 e 12 em pacientes exibem regiões de perda de heterozigose em maior quantidade e tamanho do que os de indivíduos saudáveis, além de apresentarem 17 segmentos LOH restritos ao grupo de pacientes com LES. Os resultados aqui descritos evidenciam que novos loci de susceptibilidade ao LES podem ser encontrados quando a distribuição de CNVs é analisada em todo o genoma, em que a investigação de sua relação com a patogênese pode contribuir para a compreensão da base genética da doença. / Systemic lupus erythematosus (SLE) is an autoimmune disease with a strong genetic background characterized by chronic inflammation and autoantibody production. The purpose of this study was to determine the copy number variation (CNV) and loss of heterozygosity (LOH) profiles in the susceptibility to SLE. The detection of CNVs and LOH was performed by the Cytoscan HD array methodology in SLE patients (n = 23) and healthy subjects (n = 110). Due to the tri-hybrid composition of the Brazilian population, a panel of 345 ancestral informative markers was developed and validated, based on data from the array itself, to estimate the proportions of individual ancestry and, ultimately, to insert them into the logistic regression models as a control variable in the analysis of CNV and LOH distribution. The CNVs profile showed that the burden and the size of duplications are higher in healthy individuals than in SLE patients. Duplications in FCGR3B and ADAM3A genes were described as a protective factor for SLE, when these genes were evaluated by quantitative PCR in a larger SLE (n = 135) and control (n = 200) groups. In addition, the synergistic effect of the presence of deletion in both FCGR3B and ADAM3A loci increase the risk of developing the disease. Deletions in SLE patients encompassing the CFHR4, CFHR5 and HLA-DPB2 genes, previously described in the literature in association to SLE, were identified by the array and confirmed by droplet digital PCR. The pipeline developed here for the identification of rare variants resulted in a set of 21 rare CNVs in SLE patients. Regarding the loss of heterozygosity regions, no evidence was found that the mean number and extent of LOH segments is different between patients and healthy individuals. However, the chromosomes 6 and 12 in SLE patients exhibit greater quantity and size of LOH than those of healthy individuals, besides showing 17 LOH segments restricted to the group of SLE. The results described here show that novel susceptibility loci to SLE can be found once the distribution of variants is analyzed throughout the genome, in which the investigation of its relation to the pathogenesis may contribute to the understanding of the genetic basis of the disease.
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Eventos arrítmicos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: correlações eletrocardiográficas e laboratoriais / Arrhythmic events in patients with systemic lupus erythematosus: electrocardiographic and laboratory correlations

Teixeira, Ricardo Alkmim 10 June 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica que pode acometer qualquer órgão ou sistema. O acometimento do coração pode ocorrer em até 50% dos casos e não existem estudos de prevalência de eventos arrítmicos (EA) em pacientes com LES, nem de correlações laboratoriais preditoras de sua ocorrência. OBJETIVOS: Estabelecer a taxa de ocorrência de EA e identificar variáveis laboratoriais preditoras de sua ocorrência em pacientes com LES em seguimento em ambulatório de hospital terciário; estabelecer a associação entre o uso de cloroquina com a ocorrência de EA e óbitos (tipo, número e tempo de seguimento). MÉTODOS: Foi realizado um estudo clínico descritivo, observacional e aberto com pacientes em seguimento ambulatorial no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que foram submetidos a avaliação clínica, exames laboratoriais, ECG de repouso e Holter de 24h. A associação entre as variáveis e os EA foi avaliada por meio dos testes qui-quadrado, razão de verossimilhança, teste exato de Fisher, teste t-Student, teste não-paramétrico de Mann-Whitney, regressão logística múltipla e curva ROC. RESULTADOS: Entre agosto/2005 e agosto/2006 foram estudados 325 pacientes consecutivos, sendo 8 excluídos. A idade média foi de 40,25 anos, 91% mulheres. O tempo médio do diagnóstico de LES foi de 11,36 anos e apenas 6 pacientes apresentaram critérios para atividade do LES (escore SLEDAI). Duzentos e vinte e um pacientes estavam em uso de cloroquina. Alterações ao ECG ocorreram em 66 pacientes (20,82%): 5 bloqueios atrioventriculares de 1º grau; 4 bradicardias sinusais; 4 taquicardias sinusais e 1 supraventricular; 6 bloqueios do ramo direito (BRD); 2 bloqueios do ramo esquerdo (BRE); 45 QT prolongados. Ao Holter foram identificados 4 pacientes com pausas > 2,0 segundos; 45 com FC mínima < 50bpm; 90 com extrassístoles supraventriculares (ESV); 26 com taquiarritmias supraventriculares (FA/TA); 65 com extrassístoles ventriculares (EV). Foram registrados 7 óbitos (2,47%). Idade acima de 40 anos foi preditora da ocorrência de EA (p=0,002; OR=2,523; IC 95%= 1,389-5,583). A presença do anticorpo anticardiolipina foi preditora da ocorrência de BRD/BRE (p = 0,005; OR 3,989; IC 95% = 1,615-9,852). Títulos de C3 abaixo de 105mg% foram preditores de menor probabilidade de ocorrência de FC mínima < 50bpm (p=0,016; OR=1,018; IC 95%=1,003-1,033). Os preditores para a ocorrência de EV foram a idade (p=0,002; OR=1,051; IC95%=1,018-1,085) e a duração do QRS (p=0,005; OR=1,061; IC95%=1,018-1,106); quanto mais avançada a idade e quanto mais largo o QRS, maior a probabilidade de ocorrência de EV. Para a ocorrência de TA/FA, os preditores foram a idade (p<0,001; OR=1,100; IC95%=1,050-1,154) e o tempo de uso cloroquina (p=0,035; OR=0,921; IC95%=0,853-0,994); quanto mais avançada a idade e quanto menor o tempo de uso de cloroquina, maior a probabilidade de ocorrência de TA/FA. Pacientes com mais de 50 anos e tempo de uso de cloroquina inferior a 8 anos tiveram mais TA/FA. CONCLUSÕES: Neste estudo, que avaliou pacientes com LES em seguimento ambulatorial em hospital terciário, a taxa de ocorrência de EA foi elevada; a sua correlação com variáveis laboratoriais identificou como preditores de maior ocorrência: idade acima de 40 anos, título de C3 abaixo de 105mg% e presença de anticorpo anticardiolipina. A cloroquina demonstrou efeito protetor cardíaco sobre a evolução da doença. / INTRODUCTION: Systemic Lupus Erythematosus (SLE) is a chronic inflammatory illness that can affect any organ and system. Up to 50% of patients have their heart affected and there are no prevalence studies of arrhythmic events (AE) in SLE patients and laboratory predictors are also unknown. OBJECTIVES: To establish the rate of occurrence of AE and to identify laboratory predictors in outpatients with SLE; to establish the association between chloroquine use and the occurrence of AE and death (type, number and time of follow-up). METHODS: A descriptive, observational and opened clinical study was carried out with SLE oupatients selected from the Rheumatology clinic of São Paulo University Medical School, Brazil. They were submitted to clinical evaluation, laboratory exams, resting-ECG and 24-hour Holter monitoring. Statistics: The association between the variables and the occurrence of AE was assessed by chi-square, likelihood ratio, Fishers test, t-Student, Mann-Whitney, ROC curve and logistic regressions. RESULTS: Between august/05-august/06, 325 consecutive patients were studied. Resting-ECG abnormalities were found in 66 patients, rate of 20.82%. The average age was 40.25yo, 91% female. The average time of SLE diagnosis was of 11.36y and only 6 presented criteria for diseases activity (SLEDAI score). There were 221 patients using chloroquine. ECG disturbances found: 5 1st degree AV-block; 4 sinus bradycardia; 4 sinus tachycardia and 1 supraventricular tachycardia; 6 RBBB; 2 LBBB; 45 long QT. At Holter monitoring: 4 pauses>2.0s; 45 HR<50bpm; 90 atrial ectopies; 26 atrial tachyarrhythmia; 65 ventricular ectopies. Seven death were registered (2.47%). Age above 40yo was predictor of AE (p=0.002; OR=2.5; 95%IC=1.4-5.6). Presence of anticardiolipine antibody was predictor of QRS>120ms occurrence (p = 0.005; OR 3.989; IC 95% = 1.615-9.852). C3 level bellow 105mg% was predictor of non-occurrence of HR<50bpm (p=0.02; OR=1.02;95% IC=1.003-1.03). The predictor for ventricular ectopies (VE) occurrence were age (p=0,002; OR=1,051; IC95%=1,018-1,085) and QRS duration (p=0,005; OR=1,061; IC95%=1,018-1,106); advanced age and longer QRS predicted greater probability of VE. For supraventricular tachyarrhythmia (AT/AF) the predictors were age (p<0,001; OR=1,100; IC95%=1,050-1,154) and time of Chloroquine use (p=0,035; OR=0,921; IC95%=0,853-0,994); advanced age and short time of Chloroquine use are related to greater probability of AT/AF. Patients older than 50y and using chloroquine for less than 8y had more AT/AF. CONCLUSIONS: The rate of AE occurrence was high (20%) and the correlation with laboratory variables identified predictors of occurrence of AE: age above 40 years, C3 level below 105mg% and anticardiolipin antibody. Chloroquine demonstrated cardiac protection effect.
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Avaliação de parâmetros do metabolismo ósseo e da saúde oral em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil / Evaluation of bone metabolism parameters and oral health in juvenile systemic lupus erythematosus patients

Cavalcante, Érica Gomes do Nascimento 28 June 2016 (has links)
Introdução: A sobrevida dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) tem melhorado progressivamente nas últimas décadas. Sendo assim, novos aspectos devem ser considerados no acompanhamento destes pacientes, tais como comprometimento da massa óssea e doenças periodontais. Objetivos: 1- Avaliar parâmetros do metabolismo ósseo e saúde oral em pacientes com LESJ comparando com grupo controle saudável; 2 - Avaliar possíveis associações entre parâmetros do remodelamento ósseo e densidade mineral óssea com alterações orais, assim como com: dados demográficos, manifestações clínicas, índices de atividade e dano cumulativo da doença, terapias utilizadas e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com diagnóstico de LESJ. Métodos: Foram avaliadas 24 adolescentes púberes do sexo feminino com diagnóstico de LESJ e 29 adolescentes púberes saudáveis do sexo feminino quanto aos dados demográficos, antropométricos, clínicos e hábitos de vida.. Nos pacientes também foram determinados os índices de atividade da doença, de dano cumulativo e de qualidade de vida e a terapêutica utilizada. A avaliação do metabolismo ósseo incluiu a medida dos níveis de osteoprotegerina sérica (OPG), soluble receptor activator of nuclear factor kappa B ligand (sRANKL), propeptídeo N-terminal do prócolágeno tipo I (P1NP), telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo I (CTX), 25-hidroxivitamina D, paratormônio (PTH) e densidade mineral óssea (DMO). Pacientes e controles foram submetidas à avaliação clínica oral, incluindo características clínicas, avaliação dentária e periodontal. Resultados: Pacientes com LESJ apresentaram Z-Score da coluna lombar (p < 0,001), fêmur total (p=0,027), colo do fêmur (p=0,015) e corpo total (p < 0,001) significantemente menores quando comparados aos controles saudáveis. Apresentaram também níveis significantemente mais baixos de P1NP (p=0,007), CTX (p < 0,001) e de PTH (p=0,009) quando comparados ao grupo controle. Foi encontrada correlação negativa estatisticamente significante entre dose cumulativa de glicocorticoides (GC) e o Z-Score do colo do fêmur (r= -0,491 p=0,024). Pacientes com Z-Score <= -2 no fêmur total tinham idade ao diagnóstico significantemente maior quando comparados àquelas com Z-Score > -2 [14,5 anos vs 11 anos (p=0,038)]. A mediana do número de dentes cariados, perdidos e obturados (CPO-D) foi significativamente maior em pacientes com LESJ (p=0,010) comparados aos controles e maiores doses cumulativas de GC estiveram correlacionadas com maiores índices de CPO-D (r= +0,435 p=0,048). Conclusão: Pacientes com LESJ tem redução da massa mineral óssea e do remodelamento ósseo quando comparados a controles saudáveis. Maiores doses cumulativas de GC foram correlacionadas a maior número de CPO-D e a baixa densidade mineral óssea. A DMO do fêmur total é menor em pacientes com idade maior ao diagnóstico, sugerindo que o processo inflamatório e o uso de GC durante as fases de maior formação óssea acarretam maior impacto na massa óssea. Não foi encontrada associação entre densidade ou parâmetros de metabolismo ósseo e alterações orais / Introduction: The survival of Juvenile systemic lupus erythematosus (JSLE) patients has improved progressively. Thus, new aspects must be considered in the monitoring of these patients, such as impairment of bone mass and periodontal disease. Objective: 1- To assess bone mineral density, bone turnover parameters and oral health in patients with JSLE; 2- To evaluate possible associations between parameters of bone remodeling and bone mineral density with oral amendments, as well as demographic data, clinical manifestations, activity rates and cumulative damage, therapy and quality of life related to health in patients with JSLE. Methods: Twenty-four female adolescent JSLE patients were studied and compared to 29 female adolescent healthy controls regarding demographic, anthropometric and clinical data, and habits of life. In patients also were determined indices of quality of life, activity and cumulative damage of disease and therapy used. Evaluation parameters of bone metabolism included serum levels of osteoprotegerin (OPG), soluble receptor activator of nuclear factor KB ligand (sRANKL), propeptídeo N-terminal of type I collagen (P1NP), telopeptide of type I collagen (CTX), 25 hydroxyvitamin D, parathyroid hormone (PTH) and bone mineral density (BMD). Orofacial evaluation included clinical features, dental and periodontal assessment in patients and health controls. Results: Patients with JSLE presented lower Z-score in lumbar spine (p < 0.001), total femur (p=0.027), femoral neck (p=0.015) and total body (p < 0.001) when compared to healthy controls. They also presented lower levels of P1NP (p=0.007), CTX (p < 0.001), and PTH (p=0.009) when compared to the later group. It was found a negative correlation between the cumulative dose of glucocorticoids (GC) and the femoral neck Z-score (r= -0,491 p=0.024). Patients with Z- score <= -2 in total femur had significantly higher age at diagnosis compared to those with Z- score > -2 [14,5 years vs 11 years (p= 0,038)]. Median of decayed, missing and filled teeth (DMFT) was significantly greater in JSLE patients (p=0.010) than controls. Higher cumulative doses of GC were correlated with higher indices of DMFT (r= +0.435 p=0.048). Conclusion: JSLE patients have decreased bone mineral density and bone turnover when compared to healthy controls. Furthermore, they have a larger number of DMFT. Cumulative doses of GC were correlated to the number of DMFT and low BMD. Total femur BMD was lower in patients that were older at diagnosis, suggesting that the inflammatory process and the use of GC during the greatest bone formation period constitute the major impact factors on bone mass. No association was found between BMD, bone metabolism and oral abnormalities
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Estudo comparativo das alterações das glândulas salivares menores em doentes com queixa de xerostomia na síndrome de Sjögren e no lúpus eritematoso / Comparative study of minor salivary glands alterations in patients with xerostomia in Sjogrens syndrome and lupus erythematous

Fernandes, Juliana Dumêt 11 November 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Xerostomia é um sintoma comum relacionado a diversas doenças e faz parte da complexa exocrinopatia que afeta glândulas salivares na síndrome de Sjögren (SS). Sintomas similares são encontrados em outras doenças crônicas auto-imunes, incluindo o lúpus eritematoso (LE). O principal achado histopatológico na SS é a infiltração linfocitária que destrói o epitélio ductal levando à atrofia glandular. No LE, alterações das glândulas salivares são raramente relatadas, e tem sido comumente associadas com a SS pela maioria dos autores. OBJETIVOS: Analisar e comparar as alterações histopatológicas e de imunofluorescência direta (IFD) das glândulas salivares menores de doentes com xerostomia e diagnóstico de LE ou SS. MÉTODO: No período de março de 2007 a março de 2009, 56 doentes (29 com diagnóstico de LE e 27 com SS) acompanhados na Divisão de Dermatologia e/ou de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), foram avaliados. Todos os doentes apresentavam em comum a queixa de xerostomia e foram submetidos a biopsia das glândulas salivares labiais. Os espécimes foram submetidos a estudo histopatológico e de IFD. Todos os doentes foram também avaliados quanto ao uso de medicações, dados clínico-demográficos, comorbidades e duração dos sintomas. RESULTADOS: Dos 56 doentes examinados, 54 eram mulheres e apresentavam idades de 16 a 77 anos. Nas glândulas salivares de doentes com SS, observou-se, principalmente, sialadenite linfocítica moderada a intensa, com expressiva agressão ductal, fibrose e atrofia glandular. A intensidade da agressão tecidual correlacionou-se com a duração da SS. Nos doentes com LE, evidenciou-se sialadenite crônica leve na maioria dos casos acompanhada de espessamento e hialinização da membrana basal ductal e infiltrado linfocitário perivascular. A presença deste infiltrado correlacionou-se com a duração do LE. O exame de IFD revelou que 11 (41%) dos 27 doentes com SS apresentaram depósitos de IgA intercelulares no epitélio ductal. Os doentes com SS que demonstraram destruição glandular maciça (52%,n=14), apresentaram IFD negativa. Dezoito (62%) dos 29 doentes com LE apresentaram depósitos homogêneos de IgG na membrana basal dos ductos glandulares. CONCLUSÃO: As alterações histopatológicas e de IFD nas glândulas salivares de doentes com SS e LE são distintas. Na SS observa-se fundamentalmente infiltração linfocitária com agressão ductal e deposição de IgA, enquanto que no LE, a alteração principal é a hialinização da membrana basal ductal e deposição de IgG. Esses dados indicam que o envolvimento das glândulas salivares no LE é uma alteração específica da doença sialadenite lúpica, refletindo uma apresentação multissistêmica da mesma, sendo, portanto, inadequada a classificação dessas alterações como SS associada ao LE. / Background: Xerostomia is a symptom that can be triggered by chronic diseases such as Sjögren\'s syndrome (SS) and lupus erythematosus (LE). Many authors accredit most cases of salivary hypofunction in LE to secondary SS. Others believe that salivary changes in patients with LE might reflect a multisystem presentation of the disease. The present study compared histopathological and direct immunofluorescence (DIF) alterations in salivary glands of patients with xerostomia and diagnosis of LE or SS. Methods: From march of 2007 to march of 2009, in Hospital das Clínicas of São Paulo University, fifty-six salivary gland biopsies from patients with xerostomia and diagnosed with LE or SS were submitted to histopathological and DIF exams. Other clinical information was evaluated such as comorbidities and use of medication. Additionally, the patients were enquired about disease and dry mouth symptom duration. Results: From the 56 patients, 54 were women. Patients ages ranged from 16 to 77 years old. Twenty-seven had SS and 29 had LE. In SS, there was moderate to intensive sialadenitis, with infiltration and destruction of excretory salivary ducts. In LE, mild to moderate sialadenitis with thickening and hyalinization of the ductal basement membrane and perivascular lymphocytic infiltration were observed. DIF revealed that 41% (n=11) of SS patients presented intercellular ductal IgA deposits, whereas 62% (n=18) of LE patients demonstrated deposits of IgG in the ductal basement membrane. In 14 cases of SS, an intense glandular fibrosis was observed in histopathology and these cases were negative for all immunoglobulins in DIF. Conclusions: Taken together, the most important of our results indicate that alterations in minor salivary glands of patients with LE and SS are distinct both in their histopathological and immunofluorescence aspects. This reveals different mechanisms of xerostomia in these conditions. Salivary gland alterations in LE patients may be a specific manifestation of the LE process (lupus sialadenitis), reflecting its multisystemic presentation, instead of an association of secondary SS and LE.
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Peroxidação lipídica e antioxidantes no lúpus eritematoso sistêmico / Lipid peroxidation and antioxidants in Systemic Lupus Erythematosus

Rocco, Cláudia Seely 26 March 2002 (has links)
O estresse oxidativo está relacionado ao Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e é provável que o desequilíbrio entre a geração de radicais livres e antioxidantes esteja envolvido com o agravamento do estado de saúde. Objetivo: Estudar a peroxidação lipídica e componentes de defesa antioxidante no LES. Casuística e métodos: Foram estudados 54 pacientes com LES, separados em dois grupos: Grupo Doença Ativa (n=25) e Grupo Doença Inativa (n=29) e 12 Controles. Para o Grupo Doença Ativa, dois subgrupos foram constituídos considerando o status do processo inflamatório: Agudo e Crônico. Foi analisada a oxidação de lipídios [malondialdeído (MDA)]; de proteínas (grupo carbonila) e de DNA (Teste do Cometa). A defesa antioxidante foi quantificada por superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GSH-Px), &#945;-tocoferol plasmático e vitamina C plasmática. A excreção urinária de &#945;-tocoferol foi igualmente determinada. Os dados foram analisados pelo teste não-paramétrico de Kruskall-Wallis e referidos como mediana e valores mínimos e máximos. Resultados: Os níveis de MDA não diferiram entre os grupos e corresponderam a 0,71 (0,30-1,81); 0,61 (0,11-1,82) e 0,53 (0,34-1,04) &#181;mol/L para os grupos Doença Ativa, Doença Inativa e Controle, respectivamente ( p &#62; 0,05), embora incremento de peroxidação lipídica tenha sido observado para os pacientes com comprometimento renal (p &#62; 0,05). A análise do grupo carbonila demonstrou medianas similares entre os grupos testados (p &#62; 0,05) enquanto a freqüência do momento da cauda não mostrou haver variação importante quanto a esse parâmetro. Para os Grupos Doença Ativa, Doença Inativa e Controle os valores de SOD foram 1707,10 (853,52-2634,80); 1696,20 (909,35-2704,50) e 1870,40 (1506,60-2345,80) U/g Hb (p &#62; 0,05) enquanto para GSH-Px os níveis da enzima equivaleram a 19,27 (10,15-44,13); 20,60 (5 ,90-41 ,59) e 16,84 (10,97-30,07) U/g Hb (p &#62; 0,05), respectivamente. Quando comparados os dados de vitamina C plasmática, similaridade entre os grupos foi observada. As medianas para os Grupos Doença Ativa, Doença Inativa e Controle foram 36,01 ; 48,67 e 59,32 ) &#181;mol/L (p &#62; 0,05), respectivamente. A correlação entre os níveis da vitamina e o grau de atividade da doença foi significativa. A análise do &#945;-tocoferol plasmático revelou valores de mediana normais ( p &#62; 0,05). A excreção 120 urinária de &#945;-tocoferol não diferiu entre os grupos (p &#62; 0,05) exceto quando a comparação considerou o status do processo inflamatório pois a excreção urinária da vitamina foi de 0,79 ) &#181;mo1/24 h para o Subgrupo Processo Inflamatório Agudo contra 0,31 ) &#181;mo1/24 h do Subgrupo Processo Inflamatório Crônico (p &#62; 0,05). Conclusão: A peroxidação lipídica não aumentou em conseqüência da atividade da doença porém mostrou-se maior na presença de acometimento renal. Ainda que excreção aumentada de &#945;-tocoferol tenha sido observada, os dados não permitiram estabelecer a importância do achado em relação à defesa antioxidante. / Oxidative stress is related to Systemic Lupus Erythematosus (SLE) and imbalance between free radical and antioxidant generation is probably involved in the worsening of patient health. Objective: To study lipid peroxidation and the components of antioxidant defense in SLE. Cases and methods: The study was conducted on 54 patients with SLE divided into two groups: Active Disease Group (n=25) and Inactive Disease Group (n=29), and on 12 Controls. The Active Disease Group was subdivided into two subgroups, Acute and Chronic, according to inflammatory process status. Lipid [malondialdehyde (MDA)], protein (carbonyl group) and DNA (Comet Assay) oxidation was determined. The antioxidant defense was quantified on the basis of superoxide dismutase (SOD), glutathione peroxidase (GSH-Px), plasma &#945;-tocopherol, and plasma vitamin C. Urinary &#945;-tocopherol excretion was also determined. Data were analyzed statistically by the nonparametric Kruskall-Wallis test and are reported as median and range. Results: MDA levels did not differ between groups and were 0.71 (0.30-1.81), 0.61 (0.11-1.82) and 0.53 (0 .34-1.04) &#181;mol/L for the Active Disease, Inactive Disease and Control Groups, respectively (p &#62; 0.05), although an increase in lipid peroxidation was observed in patients with impaired renal function (p &#62; 0.05). Analysis of the carbonyl group demonstrated similar medians for all groups tested (p &#62; 0.05), whereas no significant variation was detected in the frequency of tail moment. SOD values were 1707.10 (853.52-2634.80), 1696.20 (909.35-2704.50) and 1870.40 (1506.60-2345.80) U/g Hb for the Active Disease, Inactive Disease and Control Groups, respectively (p &#62; 0.05), and GSH-Px levels were 19.27 (10.15-44.13); 20.82 (9 .68-41 .59) and 16.84 (10.97-30.07) U/g Hb (p &#62; 0.05), respectively. Plasma vitamin C levels were similar for all groups, with medians of 36.01 , 48.67 and 59.32 &#181;mol/L (p &#62; 0.05) for the Active Disease, Inactive Disease and Control Groups, respectively. There was a significant correlation between vitamin C levels and degree of disease activity. Analysis of plasma &#945;-tocopherol revealed normal median values (p &#62; 0.05). Urinary &#945;-tocopherol excretion did not differ between groups (p &#62; 0.05) except when inflammatory process status was considered, with an excretion rate of 0.79 &#181;mo1/24 h for the Acute Inflammatory Process Subgroup as opposed to 0.31 &#181;mo1/24 h for the Chronic Inflammatory Process Subgroup (p &#62; 0.05). Conclusion: Lipid peroxidation did not increase as a consequence of disease activity but was higher in the presence of renal involvement. Even though increased &#945;-tocopherol excretion was observed, the data obtained did not permit us to establish the importance of this finding with respect to antioxidant defense.
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Associação dos polimorfismos dos Fc&#947;R e do CR3 no lúpus eritematoso sistêmico e sua influência no burst oxidativo dos neutrófilos / Association of FcyR and CR3 polymorphisms in systemic lupus erythematosus and their influence on the neutrophil oxidative burst

Kawahisa, Juliana Escher Toller 30 July 2012 (has links)
As infecções constituem a principal causa de morbidade e mortalidade em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES), representando 20-55% das mortes e sendo 80% delas causadas por bactérias. O LES é uma doença autoimune inflamatória crônica e a suscetibilidade às infecções está associada às próprias anormalidades imunológicas da doença, bem como a sua terapia, particularmente imunossupressora e citotóxica. Além disso, os polimorfismos genéticos dos Fc?R, Fc?RIIa e Fc?RIIIb, nos neutrófilos, têm sido associados com as disfunções imunes do LES.Os Fc?R são importantes mediadores das funções efetoras do neutrófilo e atuam em sinergismo com os CR. O polimorfismo dos genes FCGR2A e FCGR3B determina a expressão de variantes alélicas com diferenças funcionais, as quais podem influenciar as respostas biológicas e a suscetibilidade e o prognóstico das doenças infecciosas.O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos polimorfismos dos receptores Fc?RIIa (H/R131), Fc?RIIIb (HNA-1a, HNA-1b e HNA-1c) e CR3 (HNA-4a) no burst oxidativo de neutrófilos de pacientes com LES.Neutrófilos de pacientes com LES (n=36) e indivíduos saudáveis (n=36) foram purificados do sangue periférico (0.5x106/500µL) e estimulados com 30µg de IC, IC/soro humano normal (SHN), IC/SHN inativado ou PMA 10-7M. O burst oxidativo foi medido por quimioluminescência (QL) na presenca de luminol 10-4M ou lucigenina 10-4M. As frequências dos genótipos de Fc?RIIa, Fc?RIIIb e HNA-4a em pacientes com LES (n=157) e indivíduos saudáveis (n=147) foram determinadas por PCR com primers oligoespecíficos e gel de agarose 2%.Quanto aos polimorfismos genéticos, foi observado que o alelo positivo de HNA-4a contribui para a proteção e o alelo negativo para a suscetibilidade ao LES. Entre os pacientes com LES, as infecções foram mais frequentes quando os alelos R131 de FCGR2A, HNA-1b de FCGR3B e HNA-4a positivo do CR3 estavam presentes. Para o burst oxidativo com luminol, no grupo controle, as homozigoses H131, HNA-1b e HNA-4a negativo foram associadas à redução do burst oxidativo dos neutrófilos comparado às homozigoses para os respectivos alelos correspondentes. No LES, o burst oxidativo foi maior na homozigose R131 do grupo LES inativo comparado ao homozigoto H131 controle; menor na homozigose HNA-1b do grupo LES ativo comparado ao homozigoto HNA-1a do controle e, também, na heterozigose HNA-4a positivo/negativo o burst foi menor no grupo LES ativo comparado ao LES inativo. A ausência de diferenças entre os grupos com LES e controle, nos ensaios de burst oxidativo com lucigenina e com PMA, sugerem que a NADPH oxidase, responsável pela geração do burst oxidativo, não está comprometida nos neutrófilos dos pacientes com LES. Esses resultados têm implicações para a fisiopatologia do LES e, sobretudo, reforçam a hipótese de que os polimorfismos dos FCGR2A, FCGR3B e HNA-4a modulam o burst oxidativo de neutrófilos nos indivíduos saudáveis e no LES. Assim, o presente estudo contribui para o entendimento das anormalidades nas funções dos neutrófilos no LES. / Infections represent 20-55% of all deaths in patients with systemic lupus erythematosus (SLE). About 80% of them are caused by bacteria. SLE is an autoimmune disease in whichdisease-related and genetic factors and immunosuppressive and cytotoxic therapies all contributeto an increased susceptibility to infections.Recent data have provided evidence that genetic polymorphism of Fc?R is associated withimmune abnormalities and risk to development of SLE.Fc?R can mediate neutrophil effector functions and play a synergistic action with CR. Fc?RIIaand Fc?RIIIb display functionally relevant genetic polymorphisms, which allelic variants caninfluence the biological responses and the susceptibility to and course of infectious diseases.The aim of this study was to investigate the influence of the Fc?RIIa (H/R131), Fc?RIIIb (HNA- 1a, HNA-1b and HNA-1c) and CR3 (HNA-4a) polymorphisms on neutrophil oxidative burst of SLE patients. Neutrophils of SLE patients (n=36) and control individuals (n=36) were purified from peripheral blood (0.5x106/500µL) in Hanks 0.1% gelatin pH7.2 and were stimulated with 30µg of immune complexes (IC), IC/normal human serum (NHS), IC/heat-inactivated NHS (iNHS) or PMA 10-7M. The oxidative burst was measured by chemiluminescence (CL) in the presence of luminol 10-4M or lucigenin 10- 4 M. The reaction was monitored in a luminometer at 37ºC for 20min and the results were analyzed as the area under the curve of the CL profile. Genotype frequencies of Fc?RIIa, Fc?RIIIb and HNA-4a alleles for SLE patients (n=157) and for healthy subjects (n=147) were determined using PCR with sequence-specific primers and agarose gel 2%. It was observed that the HNA-4a positive allele contributes to the protection and the negative allele contributes to susceptibility to SLE. Among patients with SLE, infections were more frequent when the alleles R131 of FCGR2A, HNA-1b of FCGR3B and HNA-4a positive of CR3 were present. For the oxidative burst with luminol in the control group, the homozygous H131, HNA-1b and HNA-4a negative were associated with reduced oxidative burst of neutrophils compared to homozygous to their corresponding alleles. In SLE, the oxidative burst was higher in homozygous R131 inactive SLE group compared to the homozygous H131 control; it was also lower in homozygous HNA-1b active SLE group than homozygous HNA-1a control and either in the heterozygous HNA-4a positive/negative active SLE compared to inactive SLE group. The absence of differences between the SLE and control groups in the oxidative burst assays, using lucigenin and PMA, suggests that NADPH oxidase, responsible for generating the oxidative burst, is not impaired in neutrophils from patients with SLE. These results have implications for the pathophysiology of SLE and, above all, support the hypothesis that polymorphisms of FCGR2A, FCGR3B and HNA-4a modulate the oxidative burst of neutrophils in healthy and in SLE. Thus, this study contributes to the understanding of abnormalities in neutrophil functions in SLE.
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Avaliação da influência da exposição à poluição atmosférica sobre o escore de atividade do lúpus eritematoso sistêmico (SLEDAI-2K) em crianças e adolescentes / Evaluation of influence of atmospheric pollution on the score of lupus erythematosus activity (sledai-2k) in children and adolescents

Elisabeth Gonzaga Canova Fernandes 15 September 2015 (has links)
Introdução: Muitos dos efeitos nocivos sobre a saúde humana são provocados por poluentes atmosféricos como as partículas menores que 10 micrômetros de diâmetro (material particulado - PM10). Essas partículas se originam principalmente das emissões de veículos automotores em áreas urbanas. Uma porção significativa do material particulado é constituída por sulfatos, nitratos, metais, hidrocarbonetos e outras substâncias adsorvidas em suas moléculas. A poluição do ar relacionada a emissões de fontes veiculares é um importante problema de saúde pública dos grandes centros urbanos sendo as crianças e adolescentes suscetíveis aos efeitos nocivos dessa poluição. No entanto, existem poucos estudos que avaliaram a associação entre a exposição à poluição do ar e doenças autoimunes nessa população, e para nosso conhecimento, nenhum estudo avaliou a influência dos poluentes atmosféricos sobre a atividade do lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ). Objetivos: (1). Avaliar a presença de associação entre variações agudas nas concentrações dos poluentes atmosféricos da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e o risco de atividade da doença através do Índice de Atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico (SLEDAI-2K) em crianças e adolescentes com LESJ e (2). Avaliar a influência da exposição à poluição atmosférica dos 21 dias anteriores a cada consulta (estrutura de defasagem) sobre risco de atividade da doença através do SLEDAI-2K em crianças e adolescentes com LESJ. Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo de painel realizado com base em 409 visitas consecutivas de pacientes com LESJ (critérios do American College of Rheumatology - ACR) que vivem na Região Metropolitana de São Paulo. A atividade da doença foi avaliada de acordo com o Índice de Atividade do Lúpus Eritematoso Sistêmico revisado em 2000 (SLEDAI-2K), e os valores de cada consulta foram divididos em dois grupos: SLEDAI 8. Concentrações diárias de material particulado (PM10), dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), ozônio (O3) e monóxido de carbono (CO) foram avaliados nos 21 dias que antecederam as consultas médicas. Um modelo de equação de estimativa generalizada (EEG) foi utilizado para avaliar o impacto dessas medidas sobre o SLEDAI-2K, considerando os efeitos fixos para medições repetitivas. Os modelos foram ajustados para a velocidade de hemossedimentação (VHS), uso de corticosteróides (prednisona e dose cumulativa de prednisona), anti-maláricos, agentes imunossupressores, presença de infecção nos 20 dias anteriores à consulta médica, temperatura mínima e umidade relativa do ar. Resultados: PM10, NO2 e CO foram fatores de risco para a atividade do LESJ (SLEDAI-2K > 8) aproximadamente duas semanas após a exposição. Um aumento de 13,4 ?g / m3 na média móvel de PM10 (do lag12 ao lag15) foi associado a um aumento de 34% (95% intervalo de confiança - 7,0 - 68,0) no risco de SLEDAI-2K acima de 8. Conclusões: (1). Exposição à poluição atmosférica pode aumentar o risco de atividade da doença nos pacientes com LESJ que residem em grandes cidades e (2). Efeito da exposição à poluição do ar sobre o aumento da atividade do LESJ foi observado 13 dias após a exposição / Introduction: Many of the harmful effects on human health caused by atmospheric pollutants have been linked to particles smaller than 10 micrometers in diameter (PM10). These particles mainly originate from automotive vehicle emissions in urban areas. A significant portion of the particulate matter is composed of sulfates, nitrates, metals, hydrocarbons and other substances adsorbed in these molecules. Air pollution related to vehicular emission sources is an important public health problem in large cities, and children and adolescents are susceptible to the harmful effects of this pollution. However, there are few studies evaluating the association between exposure to air pollutants and autoimmune diseases in this population and to our knowledge, no study has assessed the influence of atmospheric pollutants on disease activity of childhood-onset systemic lupus erythematosus (C-SLE) patients. Objectives: (1). Evaluate the presence of association between acute variations in the concentrations of atmospheric pollutants in the Metropolitan Region of São Paulo (MRSP) and the risk of disease activity through the Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K) in children and adolescents with C-SLE and (2). Evaluate the influence of exposure to air pollution of 21 days prior to each consultation on risk of disease activity through the SLEDAI-2K in children and adolescents with C-SLE. Methods: A longitudinal panel retrospective study was carried out based on 409 consecutive visits of C-SLE patients (American College of Rheumatology - ACR criteria) living in the Metropolitan Region of São Paulo. Disease activity was evaluated according to Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index 2000 (SLEDAI-2K), and the patients were divided in two groups: SLEDAI 8. Daily concentrations of inhaled particulate matter (PM10), sulfur dioxide (SO2), nitrogen dioxide (NO2), ozone (O3) and carbon monoxide (CO) were evaluated on the 21 days preceding the medical visits. A generalized estimation equation (GEE) model was used to assess the impact of these measurements on the SLEDAI-2K score, considering the fixed effects for repetitive measurements. The models were adjusted for erythrocyte sedimentation rate (ESR), corticosteroid use (prednisone use and cumulative dose of prednisone), antimalarials, immunosuppressive agents, presence of infection 20 days preceding the medical appointment, minimum temperature and relative humidity. Results: PM10, NO2 and CO were risk factors for C-SLE activity (SLEDAI-2K > 8) approximately two weeks after exposure. A 13,4 ug/m3 increase in PM10 moving average (from lag 12 to lag 15) was associated to a 34 % (95% confidence interval - 7,0 - 68,0) increase in the risk of SLEDAI-2K above 8. Conclusions: (1). Exposure to atmospheric pollution may increase the risk of disease activity in patients with C-SLE residing in large cities and (2). Effect of exposure to air pollution on increasing JSLE activity was observed 13 days after exposure
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Fc?R e CR3 no lúpus eritematoso sistêmico: variantes polimórficas e sua influência na fagocitose e desgranulação dos neutrófilos / Fc?R and CR in systemic lupus erythematosus: polimorphisms and their influence in the phagocytosis and degranulation of neutrophils

Ferreira, Isabel Cristina Costa Vigato 02 August 2012 (has links)
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune e a suscetibilidade às infecções está associada as suas anormalidades imunológicas e a sua terapia imunossupressora e citotóxica. Dentre as alterações que predispõem às infecções no LES estão anormalidades moleculares e funcionais dos neutrófilos: clearance e fagocitose ineficientes de imunocomplexos (IC) e bactérias, neutropenia, defeitos na quimiotaxia, redução do burst oxidativo e redução da expressão de receptores para IgG (Fc?R) e para complemento (CR). Além disso, os polimorfismos genéticos dos Fc?R têm sido associados com as disfunções imunes do LES. Os Fc?R são importantes mediadores das funções efetoras do neutrófilo e atuam em sinergismo com os CR (CR1 e CR3). O polimorfismo dos genes Fc?RIIA e Fc?RIIIB determina a expressão de variantes alélicas com diferenças funcionais, as quais podem influenciar as respostas biológicas e a suscetibilidade e o prognóstico das doenças infecciosas. Em particular, o alótipo Fc?RIIa-R131, tem menor afinidade para a IgG2, o que resulta em prejuízo na fagocitose mediada por esta imunoglobulina. A IgG2 é essencial contra bactérias encapsuladas e os pneumococos são responsáveis por 6-18% das infecções bacterianas no LES. O objetivo deste estudo foi investigar a influência dos polimorfismos genéticos dos Fc?R na fagocitose e desgranulação dos neutrófilos, associados ao polimorfismo do CR3, e à ocorrência de infecções bacterianas no LES. Os genótipos foram determinados por reações da polimerase em cadeia para os polimorfismos das variantes alélicas; a fagocitose e desgranulação foram estimuladas por IC contendo IgG (IC-IgG) e por IC-IgG e complemento (IC-IgG/SHN); a fagocitose de IC por neutrófilos e a expressão dos Fc?R e CR3 foram avaliadas por citometria de fluxo; e a desgranulação dos neutrófilos estimulada por IC foi medida pela liberação de elastase e lisozima. Os resultados mostraram: maior frequência para o genótipo R-131 no LES; associação do genótipo HNA-4a negativo para o CR3 com a suscetibilidade para o LES e associação do HNA-4a positivo com proteção; fagocitose menor em neutrófilos de pacientes com LES com genótipo HR-131 comparados aos neutrófilos do grupo controle com genótipo R-131 (IC-IgG e IC-IgG/SHN); no polimorfismo do Fc?RIIIb, a fagocitose e a lisozima foram menores em neutrófilos de pacientes com LES com genótipo HNA-1b e maior para HNA-1a/1b comparados aos controles com os respectivos genótipos (IC-IgG/SHN); a ocorrência de infecções foi mais frequentemente associada à presença do alelo R-131 e HNA-1b; nenhuma diferença foi observada para o polimorfismo HNA-4a do CR3, bem como para e elastase. Este estudo contribui para o entendimento das anormalidades nas funções dos neutrófilos no LES e para a identificação de indivíduos, cujo polimorfismo dos Fc?R e CR3 possa conferir suscetibilidade ou proteção às infecções. / Systemic lupus erythematosus (SLE) is an autoimmune disease in which disease-related and genetic factors and immunosuppressive and cytotoxic therapies all contribute to an increased susceptibility to infections. Factors predisposing to infection include defects in chemotaxis, abnormalities in neutrophil phagocytic activity, decreased immune complex (IC) and bacteria clearance, neutropenia, reduced oxidative burst, abnormalities in the expression of Fc?R (Fc?R) and complement (CR) receptors. Recent data have provided evidence that genetic polymorphism of Fc?R is associated with immune abnormalities and risk to development of SLE. Fc?R can mediate neutrophil effector functions and play a synergistic action with CR. Fc?RIIa and Fc?RIIIb display functionally relevant genetic polymorphisms, which allelic variants can influence the biological responses and the susceptibility to and course of infectious diseases. In particular, the presence of the Fc?RIIa-R131 allotype results in lower affinity binding to IgG2, a subclass of IgG specific for encapsulated bacteria. Since pneumococci accounts for 6-18% of all bacterial infections in SLE, the R131 allele can be relevant as a risk factor for infections. The aim of this study was to investigate the influence of the Fc?R polymorphisms on the phagocytosis and degranulation of neutrophils, associated with CR3 polymorphism, and bacterial infections in SLE. Genotypes were determined by polymerase chain reactions for the polymorphisms of the allelic variants; the phagocytosis and the degranulation were stimulated with IC-containing IgG (IC-IgG) and IC-IgG and complement (IC-IgG/NHS); the phagocytosis of IC by neutrophils and expression of Fc?R and CR3 were evaluated by flow cytometry, and degranulation of neutrophils stimulated with IC was measured by the release of lysozyme and elastase. The results showed a higher frequency for the genotype R-131 in SLE and association of genotype HNA-4a negative for the CR3 with susceptibility to SLE and association of HNA-4a with protection; the phagocytosis was lower in neutrophils from patients with SLE with HR-131 genotype than those in neutrophils from control group with genotype R-131 (IC-IgG and IC-IgG/NHS); in the Fc?RIIIb polymorphism, the phagocytosis and lysozyme were lower in neutrophils from patients with SLE with genotype HNA-1b and higher for HNA-1a/1b than those controls with the respective genotypes (IC-IgG/NHS); the occurrence of infections was more frequently associated with the presence of the allele R-131 and HNA-1b; no difference was observed for polymorphism HNA-4a of the CR3, neither for elastase. This study can contribute for the understanding of neutrophil abnormalities in SLE and identifying genetic markers that would predict patients Who are at high risk for infections.

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