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Influência da configuração do preparo cavitário na resistência à fratura e adaptação marginal de restaurações indiretas em cerômero

Fonseca, Rodrigo Borges 30 March 2004 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this study was to evaluate the influence of cavity preparation design on marginal adaptation and fracture resistance of indirect ceromer restorations. Ninety human mandibular molars with similar dimensions were divided into 9 groups. The teeth roots were embedded in a polystyrene resin reproducing the periodontal ligament. The control group had only intact teeth and the other teeth received the following cavity preparations: 2) conservative inlay; 3) extensive inlay; 4) conservative oclusal isthmus onlay with mesio-buccal cusp coverage; 5) extensive oclusal isthmus onlay with mesio-buccal cusp coverage; 6) conservative onlay with buccal cusps coverage; 7) extensive onlay with buccal cusps coverage; 8) conservative overlay; 9) extensive overlay. Prepared teeth were restored with a ceromer material, Targis (Ivoclar-Vivadent). Silicon impressions of prepared teeth were taken; the indirect restorations were manufactured and then adhesively fixed on each tooth. The teeth were submitted to an ultimate compressive strength test on a universal testing machine, EMIC DL-2000, at a crosshead speed of 0,5mm/min. The modes of fractures were classified according to four levels of tooth final damage. Data were submitted to statistical analysis by ANOVA (α=0,05) following Tukey test (95% confidence intervals) or Fisher LSD test (99% confidence intervals), and Pearson correlation coefficient. Fracture resistance results failed to show differences among all groups of prepared teeth, but showed difference between prepared teeth and control group (P=0,000). Two-way ANOVA also failed to show any particular difference when considering the oclusal isthmus width alone (P=0,980) or cuspal coverage (P=0,273), or even the interaction between these factors (P=0,972). A great number of teeth had a harmful mode of fracture, which extended till the biological width. Marginal adaptation results showed differences among the prepared teeth (P=0,005). G3 showed the best marginal adaptation and G2 the worst one. Two-way ANOVA showed particular differences when considering the oclusal isthmus width alone (P=0,001): in general, extensive oclusal isthmus preparations presented better results than conservative ones; however, the test failed to show differences when considering the cuspal coverage (P=0,425) or the interaction between both factors (P=0,301). Pearson correlation coefficient showed significance only on G7. The absence of differences on fracture resistance among prepared teeth and their fracture modes clear show the adhesive capacity of this restorative treatment; thus it seems not to be necessary cuspal coverage when tooth preparations are similar to the ones of this study. Best marginal adaptation of extensive oclusal isthmus preparations over conservative ones seems to be related to the reduced necessity of internal restoration adjustment. / Este estudo avaliou a influência da configuração do preparo cavitário na adaptação marginal e resistência à fratura de molares com restaurações indiretas em cerômero. Noventa molares inferiores humanos hígidos com configurações geométricas semelhantes, foram divididos em nove grupos. Os dentes foram incluídos em cilindros de resina de poliestireno, simulando o ligamento periodontal. Um grupo foi constituído por dentes íntegros, e os outros grupos receberam os seguintes tipos de preparos: 2) inlay conservador; 3) inlay extenso; 4) onlay com abertura conservadora recobrindo a cúspide mésio-vestibular; 5) onlay com abertura extensa recobrindo a cúspide mésio-vestibular; 6) onlay com abertura conservadora recobrindo todas as cúspides vestibulares; 7) onlay com abertura extensa recobrindo todas as cúspides vestibulares; 8) overlay com abertura conservadora recobrindo todas as cúspides; 9) overlay com abertura extensa recobrindo todas as cúspides. Cada grupo foi restaurado com cerômero, Targis (n= 10). Os dentes foram moldados, as restaurações em cerômero confeccionadas e então fixadas. Os dentes foram adaptados à máquina de ensaio universal, EMIC DL-2000, e os testes de compressão axial efetuados com velocidade de 0,5 mm/minuto, até a fratura do conjunto (dente/restauração). O padrão de fratura foi analisado classificando o tipo de fratura em quatro níveis de comprometimento progressivo. Os dados obtidos nos testes de resistência à fratura foram submetidos à análise estatística empregando análise de variância (α=0,05), teste de Tukey, em intervalo de confiança de 95%, teste de Fisher para comparações múltiplas, em intervalo de confiança de 99%, e teste de correlação de Pearson. Os resultados de resistência à fratura demonstraram diferença significante entre o grupo controle e os grupos preparados, sendo que todos os grupos preparados apresentaram-se semelhantes (P=0,000). Não houve diferença entre os grupos preparados para o fator abertura de caixa oclusal (P=0,980), ou recobrimento de cúspides (P=0,273); da mesma maneira não houve significância na interação entre ambos fatores (P=0,972). Houve grande porcentagem de fraturas catastróficas envolvendo espaço biológico, em todos os grupos. Os resultados de adaptação marginal mostraram diferença estatisticamente significante entre os grupos (P=0,005), sendo que os melhores valores foram apresentados pelo grupo G3, e os piores pelo grupo G2. Para adaptação marginal, verificou-se a existência de diferença estatisticamente significante para o fator abertura de caixa oclusal (P=0,001), sendo que a abertura extensa apresentou melhores valores do que a conservadora; entretanto, não houve diferença significante com relação ao fator recobrimento de cúspide (P=0,425). A interação entre ambos os fatores não apresentou diferença estatisticamente significante (P=0,301). O teste de correlação de Pearson demonstrou significância somente para o grupo G7. A ausência de diferenças na resistência à fratura entre os grupos preparados e os padrões de fratura demonstra a capacidade de formação de corpo único entre restauração e dente, levando à conclusão da ausência de necessidade de recobrimento de cúspide nos tipos de preparo confeccionados neste estudo. A melhor adaptação marginal dos grupos com abertura extensa remete à menor necessidade de ajustes internos das peças, fator que possivelmente gerou pior adaptação nos grupos de abertura conservadora. / Mestre em Odontologia

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