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O Páramo é do tamanho do mundo

Vélez Escallón, Bairon Oswaldo January 2014 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:20:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 328971.pdf: 8008746 bytes, checksum: d702f0ca45d882246012ff94254f0f89 (MD5) Previous issue date: 2014 / A obra de João Guimarães Rosa tem sido tradicionalmente lida entre aquelas que melhor sintetizaram, representaram e universalizaram no século XX determinadas realidades latino-americanas. Dessa maneira, tanto para a crítica como para a história literária, Guimarães Rosa figura entre aqueles autores que -antes da explosão mercadológica que conhecemos como boom- reativaram os assuntos, linguagens, personagens e espaços regionais ou interiores da América Latina, levando-os às formas literárias ditas universais. Para uma boa parte da crítica contemporânea, entretanto, a literatura que promoveu uma celebração do identitário nas décadas de 1960 e1970 na América Latina, teria servido como assassinato edípico substitutivo do pai europeu, como compensação simbólica perante aquilo que não se conseguiu além do literário. Nesse sentido, a literatura seria certamente um operador de barbárie, teria um papel fundamental na transição do Estado ao Mercado ao criar a impressão de uma autonomia que estava muito longe de se alcançar em tempos de atraso, dependência e opressão capitalistas. Entretanto, como esta tese tentará demonstrar, essa compensação simbólica não é atribuível exclusivamente à escritura literária, mas depende em grande medida dos protocolos que a interpretam. O arquivo do autor mineiro permite e exige uma leitura diferente desse corpus -portador de um mal-estar cultural que, longe de elaborar uma representação triunfalista de identidades nacionais, porta indícios de um saber trágico em que a razão e a loucura não são antitéticas mas complementares, assim como nele cultura e barbárie, vida e morte, trauma e sintoma, não estão claramente diferenciados. Há lugares da obra de Rosa que, longe de permitirem uma leitura autônoma, afirmam o seu valor pela contaminação ?não pela representação? de outros textos, eventos e culturas "periféricos" que exigem leituras em filigrana. O que há nesses textos, lido o conjunto a partir desses lugares? Afirmar-se-á à maneira de hipótese: diferimentos ativos sem um fundamento prévio, uma leitura da história como catástrofe que retorna tragicamente, uma compreensão do identitário como trânsito incessante entre o familiar e o estranho, como uma profunda e permanente comoção de tudo que corriqueiramente se associa ao próprio. Se pensada a escritura rosiana nesses termos, haverá também que pensá-la como o semblante de algo que porta marcas provindas das ordens da sensibilidade e da percepção, ou seja, como imagem receptora/emissora de experiência. A partir de um deslocamento do interesse crítico, do representacional ao vestigial, esta tese pretende evidenciar a maneira em que, muito além da criação de fábulas ou símbolos, ou da expressão da pura subjetividade -em tensão com uma realidade (histórica, política, social) de que o texto seria a ficção- Rosa faz a junção de elementos díspares em campos operatórios que reclamam os seus materiais a partir de presentes de urgência. Caracterizar-se-á, assim, a escritura de Rosa como um espaço intersticial, crivado de silêncios, de sintomas, de murmúrios subterrâneos que se dá como tarefa -à maneira benjaminiana- dar voz aos sem nome, multiplicar as singularidades que toca ou pelas que foi tocado. Em explosão, cruzado pelo desastre, ou seja, tão astral quanto monstruoso, o texto rosiano partilha com literaturas contemporâneas, ou com valores a elas atribuídos, numerosas características, dentre as quais se destacam: as marcas vestigiais de gentes liminares e singulares; a alegorese ou metonímia que circunscreve esses seres de maneira tal que tende a espectralizá-los como referentes; a colocação em crise das fronteiras entre noções como realidade e ficção (vida e morte, alto e baixo, próprio e estranho); e, finalmente, uma montagem de materiais heterogêneos que tende a manifestar sintomaticamente o mal-estar acima mencionado. Dessa maneira, mostrar-se-á que o corpus estudado é semblante de um real traumático e não simbolizável, e assim opera de uma maneira extática -levando o identitário ao umbral do alter, a literatura ao limite do sensível ou da imagem, a história a se revelar como retorno de uma catástrofe sem sentido.
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L'avventura d'un povero cristiano e Severina: religião e poder na obra siloniana

Cechinel, Fernanda Moro January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-10-13T04:08:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 334863.pdf: 808556 bytes, checksum: 75d2363b59e9d54e0e746199a58407b2 (MD5) Previous issue date: 2015 / Os questionamentos em relação ao envolvimento político e à secularização da Igreja Católica são uma constante ao longo da história do cristianismo. Esses questionamentos impulsionaram, dentre outros, cismas, criações de diversas ordens religiosas e realização de Concílios, despertando também o interesse de intelectuais. O escritor abrucês Ignazio Silone (1900-1978) foi um dos que não deixou de indagar, por meio de suas obras literárias, esse conturbado envolvimento. Nas suas duas últimas publicações, L avventura d un povero cristiano (1968), na qual é recuperado o drama histórico do papa da grande renúncia, Celestino V, e Severina (1981), obra inacabada, publicada postumamente, Silone expõe sua visão sobre essa problemática secularização da Igreja, bem como as fissuras abertas em seu interior. Na Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, por exemplo, considera-se a existência de uma bipolaridade de poderes, que seria originária do centro da instituição. Recentemente, no ano de 2013, essa problemática ressurgiu com a renúncia do papa Bento XVI, suscitando novas considerações de filósofos como Giorgio Agamben e Massimo Cacciari, e reafirmando, assim, a atualidade do pensamento siloniano. A investigação e a reflexão em torno dessas questões é o objetivo deste trabalho.<br> / Abstract : The questions concerning the political involvement and the secularization of the Catholic Church are a constant throughout the history of Christianity. These questions boosted, among others, separation, creation of several religious orders and religions, as well as the conducting of Councils, also arousing the interest of intellectuals. The writer Ignazio Silone (1900-1978), was one who did not fail to ask, through his literary works, on the aforementioned involvement. In his two last publications, L'Avventura d'un povero cristiano (1968), in which the Pope's historical drama of the great renunciation, Celestine V, was recovered, and Severina (1981), unfinished work, published posthumously, Silone exposes his vision about this problematic secularization of the church, as well as the cracks opened in its inside. In the Second Letter of Saint Paul to the Thessalonians, for instance, it is considered that there is a bipolarity of power, that would be originated from the center of the institution. Recently, in 2013, this issue resurfaced with the resignation of Pope Benedict XVI, raising new considerations made by the philosophers Giorgio Agamben and Massimo Cacciari, thus reaffirming the present of the silonian thought. The investigations and reflection towards these issues is the objective of this study.
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O pathos em Sade, ou A escrita como fórmula

Burg, Edson January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-10-31T03:19:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 348944.pdf: 2146823 bytes, checksum: 624581084f171b5ef0d3dcbbb4a09e1a (MD5) Previous issue date: 2017 / Com o desejo de propor uma abordagem inconvencional dos textos do Marquês de Sade, a pesquisa objetiva ler a escrita sadeana em analogia aos conceitos de Pathosformel (em Aby Warburg) e fórmula de pathos ( , de Serguei Eisenstein). Para tal, o caminho proposto inicia na própria definição de escrita sadeana a partir de Roland Barthes, Gilles Deleuze, Pierre Klossowski, Maurice Blanchot e Friedrich Nietzsche, para tensionar os textos de Sade como carregados de pathos e, por isso, impossíveis de uma definição categórica. Dessa premissa, proponho ler os escritos de Sade como fórmula, destacando a inerência ao detalhamento e à gradação, as variações dos personagens libertinos e de seus discursos. Por fim, já acompanhada de Warburg e Eisenstein, a tese relaciona a escrita sadeana com a ideia de tableau, para então pensar como esta aproximação oferece uma nova proposta de leitura de Sade, em oposição às definições de "maldito" e "divino", comumente relacionadas a ele.<br> / Abstract : With the desire to propose an unconventional approach of Marquis de Sade's texts, the research aims to read the sadean writing analagously to the concepts of Pathosformel (in Aby Warburg) and pathos formula ( , in Serguei Eisenstein). For that, the proposed path starts in the very definition of sadean writing from Roland Barthes, Gilles Deleuze, Pierre Klossowksi, Maurice Blanchot and Friedrich Nietzche, in order to stress Sade's texts as being loaded with pathos and therefore, impossible to define categorically. From this premise, I propose to read Sade's writings as formula, highlighting the inherence of detail and gradation, the variation of the libertine characters and their discourses. Finally, already acompanied by Warburg and Eisenstein, this thesis relates sadean writing with the concept of tableau to then consider how this approach offers a new reading of Sade, opposed to the definitions of "blasphemous" and "divine" commonly associated with him.
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O eu e o outro na terra da cocanha : o jogo da identidade italiana em solo gaúcho

Godoy, Ana Boff de January 2002 (has links)
Il presente lavoro ha come oggetto di analisi due romanzi dello scrittore gaúcho José Clemente Pozenato – A Cocanha (2000) e O Quatrilho (1985) – e come obiettivo discutere su due punti principali, quali siano: i. la credenza nell’utopia della Cuccagna (paese immaginario che funzionerebbe come una sorta di paradiso terrestre per gli immigranti italiani) e la sua relazione coll’America; ii. il processo di identificazione per il quale passarono gli italiani dalla loro uscita di Italia fino al loro arrivo alla terra promessa. Tali questioni si mostrano molto complesse attraverso la tela narrativa creata dall’autore, la quale coinvolge la finzione propriamente detta, la storia reale e la storia sociale dell’immaginario. Questi tre elementi si fondono di maniera che si stabilisca una sorta di gioco. L’idea del gioco, tra l’altro, è presente nei titoli stessi delle opere, costituendo un parallelismo tra esse che rende chiaro l’incrocio fra di loro e che sucita un elenco di relazioni. Per riempire gli spazi vuoti della storia, della memmoria e della letteratura, per mescolare la storia dell’immigrazione italiana e la storia dell’immaginario alla finzione scritta in lingua portoghesa, si fa possibile credere che A Cocanha e O Quatrilho siano le opere inaugurali della vertente letteraria dell’immigrazione italiana nel Rio Grande do Sul. / O presente estudo tem por objeto de análise dois romances do escritor gaúcho José Clemente Pozenato – A Cocanha (2000) e O Quatrilho (1985) – e por objetivo discutir sobre duas questões principais, quais sejam: i. a crença na utopia da Cocanha (país imaginário que funcionaria como uma espécie de paraíso terrestre para os imigrantes italianos) e a sua relação com a América; ii. o processo de identificação pelo qual passaram os italianos desde a sua saída da Itália até a sua chegada à terra prometida. Essas questões mostram-se bastante complexas através da teia ficcional criada pelo autor, que envolve a ficção propriamente dita, a história real e a história social do imaginário. Esses três elementos fundem-se de maneira a se estabelecer uma espécie de jogo. A idéia do jogo, aliás, está presente nos títulos mesmos das obras, estabelecendo um paralelismo entre elas que deixa claro o seu entre-cruzamento e suscitam uma série de relações. Por preencher os espaços vazios da história, da memória e da literatura, por mesclar a história da imigração italiana e a história do imaginário à ficção em língua portuguesa, acredita-se serem A Cocanha e O Quatrilho as obras inaugurais da vertente literária da imigração italiana no Rio Grande do Sul.
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O corte otobiográfico em Verdade Tropical

Gonçalves, Felipe Lopes January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-12-08T03:09:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 337002.pdf: 748184 bytes, checksum: ca892f471ddcbc66956006492f7de1c9 (MD5) Previous issue date: 2015 / O Esta dissertação de mestrado tem como objeto de estudo o livro Verdade Tropical, de Caetano Veloso, publicado em 1997 pela editora Companhia das Letras no Brasil e, em 2002, pela Alfred Knopf Publisher no EUA. Para contrapor a perspectiva dialética da leitura que Roberto Schwarz faz do livro, o ponto de partida dessa dissertação é Jaques Derrida e a proposta de se pensar, a partir de Nietzsche, em otobiografias. Outro antídoto ao olhar dialético é Silviano Santiago, que se dedicou a analisar o caráter Superastro de Caetano Veloso, desde os textos de Uma literatura nos trópicos. Por fim, há a proposta de aproximar Caetano às  literaturas pós-autônomas de Josefina Ludmer e à abordagem a partir dos  restos do real , da também argentina Florencia Garramuño, ambas pensando como as literaturas dessa virada de século XX borram as fronteiras dos gêneros literários, assim como subvertem as ideias de ficção, autoria e, automaticamente, a ideia de literatura. / This dissertation has as the object of study book Tropical Truth , Caetano Veloso, published in 1997 by the Companhia das Letras publishing house in Brazil and in 2002 by Alfred Knopf Publisher in the US . To counter the dialectical perspective of reading that Roberto Schwarz is the book, the starting point of this dissertation is Jacques Derrida and the proposal of thinking , from Nietzsche , in otobiografias . Another antidote to the dialectical look is Silviano Santiago, who devoted himself to analyze the Superstar character Caetano Veloso from the texts of a literature in the tropics. Finally , there is the proposed approach Caetano to "post -autonomous literature " Josefina Ludmer and approach from the "real debris ," the also Argentinean Florencia Garramuño , both wondering how the literature of this century turning blur the boundaries of literary genres , as well as subvert the fiction ideas, authorship and automatically literature mind.
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Dialogue in fictional narrative : a source of conflict

Willeker, Ana Abelin January 1987 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão / Made available in DSpace on 2016-01-08T15:38:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 83658.pdf: 1613031 bytes, checksum: 07f62adf85eeeab5a7ec8afdfa304318 (MD5) Previous issue date: 1987 / Esta dissertação discute basicamente algumas maneiras através das quais o conflito é apresentado no diálogo de ficção. O propósito deste trabalho é provar que o diálogo é uma grande fonte de conflito na narrativa. Este trabalho está dividido em quatro capítulos. O primeiro capítulo examina os relacionamentos das personagens e seus problemas pela aplicação da teoria do Princípio Cooperativo de Grice e suas máximas para esse princípio. O segundo capítulo trata das rupturas na estrutura, desenvolvida por Coulthard e Brazil para uma "troca" em conversação. Nesse capítulo, ainda é considerada a não-observância das regras de Sacks, Jefferson e Shegloff para o Sistema de Turnos em Conversação. O terceiro capítulo analisa alguns elementos da glosa ou interpretação do narrador e ilustra como esses elementos podem indicar para o leitor a presença de conflito. No quarto capítulo, é apresentada uma pesquisa sobre a reação do leitor à ausência da glosa ou TE, numa tentativa de provar que os leitores são usualmente capazes de criar entre-textos para preencher as lacunas deixadas pelo narrador. A pesquisa também mostra que, quando o conflito está claro no próprio diálogo, os leitores também o assinalam nos seus próprios entre-textos. Como conclusão, as linha teóricas utilizadas para análise são relacionadas, e a sua utilidade para o objetivo proposto é discutida.
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Literatura : o universo brasileiro por tras dos livros

Piacentini, Tania Maria January 1988 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2016-01-08T16:05:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 1988
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From traditional archetypal to feminist archetypal criticism : William Faulkner's female characters in AS I Lay Dying and Light in August

Costa, Sueli January 1995 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina , Centro de Comunicação e Expressão / Made available in DSpace on 2016-01-08T19:45:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 99914.pdf: 2438856 bytes, checksum: 2b47f7fb7007f78d6991b2f28c4d2915 (MD5) Previous issue date: 1995 / Análise das personagens femininas nos romances As I Lay Dying e Light in August de William Faulkner baseada na crítica tradicional dos arquétipos e revisada através da crítica feminista dos arquétipos. As personagens femininas apresentadas nos dois romances, quando analisadas sob uma perspectiva revisionista, passam de meros arquétipos estáticos nos romances a indivíduos ativos na sociedade e com os mesmos direitos e deveres atribuídos aos indivíduos do sexo masculino.
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As sereias com Kafka, Brennand e Blanchot

Bremer, Ligia Maria January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-01-15T14:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 337004.pdf: 1999063 bytes, checksum: 67c7305b49ec62afafc368ee99026df3 (MD5) Previous issue date: 2015 / A imagem da sereia é uma imagem que sobrevive. Ela encontra-se em movimento oferecendo-nos uma multiplicidade de olhares dos diferentes tempos que a entrecruzam. Ao observar a imagem desse ser híbrido, metamorfoseado em metade mulher/ metade ave, ou metade mulher/ metade peixe, percebemos que não há um encerramento de tempo, trabalhamos com um tempo anacrônico, onde a imagem opera de forma em que pertence ao passado, mas por meio do movimento (da sobrevivência; do vestígio que deixou) passa a ser revestida pelo presente. Para tanto, este trabalho apreenderá a imagem das sereias correlacionando-a a três aspectos que são explicitados frente aos nomes que intitulam o trabalho: Kafka (o silêncio), Brennand (as artes) e Blanchot (a literatura). Quando tratamos do silêncio, o vemos como sendo uma quebra, um anúncio do devir de um mundo (o moderno) em que o mito não possui mais um lugar, ele silencia, e o que resta é o mundo da burocracia, do relógio, do autômato. Já quando pensamos a imagem da sereia correspondente às artes, observamos como Francisco Brennand, ao colocar suas sereias de fronte ao Marco Zero olhando a cidade de Recife, nos faz pensar em uma postura a contrapelo da história, uma vez que o artista desmonumentaliza a imagem, pois ela não mais glorifica o legado homérico, mas lamenta o que a cidade se tornou. O terceiro aspecto pensa a imagem da sereia e o seu encontro com a literatura. Para isso, nos valemos da metáfora proposta por Maurice Blanchot em seu texto O canto das sereias. No texto, o crítico partiu do encontro das Sereias com Ulisses para buscar narrar o encontro do escritor com a voz que o chama e o obriga a escrever. Assim, ao observar a imagem nesses três pontos visualizamos como a imagem da sereia se movimenta e sobrevive no tempo (do arcaico ao moderno/ contemporâneo) e que, analisada juntamente ao espaço ao qual está inserida, adquire novos sentidos e significado e pode ser de novo interpretada.<br> / Abstract : The figure of the siren is a figure that survives. She finds herself in movement offering us a variety of looks from different times that intersect. By noticing the figure of this hybrid being, metamorphosing into half woman / half bird, or half woman/ half fish, we realize that there is no closing time, we work with an anachronistic time, where the figure perform in a way that it belongs to the past, but by the movement (of surviving; the trace it left) that becomes covered by the present. Therefore, this work will seize the figure of the sirens correlating them to three aspects that are explicit in the names that entitle the work: Kafka (the silence), Brennand (the arts) and Blanchot (the literature). When we deal with silence, we see it as a breaking point, an announcement of the changing world (the modern one) in which the myth do not belong anymore. But when we think about the siren figure correspondent to the arts, we perceive how Francisco Brennand, in placing his two sirens in front of Marco Zero looking at the city of Recife, make us think in a posture against history, once that the artist desediments the figure, because it no longer glorifies the Homeric legacy, but regrets what the city has become. The third aspect considers the figure of the siren and its connection with literature. Therefore, we rely on the metaphor proposed by Maurice Blanchot in his text The Song of the Sirens. In the text, the critique initiated from the encounter of the Sirens with Ulysses to narrate the encounter of the writer with the voice that calls him and the figure of the moving siren that survives through time (from the archaic to the modern/ contemporary) and that, analyzed exactly in the context where she is inserted, acquires new senses and meanings and may be interpreted again.
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Arte-vida-corpo-mundo, segundo Hélio Oiticica

Cera, Flávia Letícia Biff January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura. / Made available in DSpace on 2013-06-25T20:49:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 308057.pdf: 8763083 bytes, checksum: adf1a1ed375c264e67669b251d0b1c43 (MD5) / Esta tese trabalha algumas obras e conceitos do artista Hélio Oiticica (1937-1980). Partindo do conceito de acontecimento, nossa hipótese é que Oiticica era um inventor de acontecimentos, porque entendia a arte como a criação de uma possibilidade de vida. Hélio abandona a concepção de objeto autônomo de arte para pensar a experiência, a relação, com o objeto. Isto implicou a mudança do conceito de espectador para participador, iniciando assim uma política de alteridade. De modo que suas proposições foram ganhando contornos de invenções de mundo. Foram quatro eixos que elegemos para pensar essas questões: Apocalipopótese, evento coletivo de 1968; Subterrânia, conceito que Oiticica elege para pensar suas proposições; Parangolés, as capas que pensou e repensou durante toda a vida; e Cosmococas, suas experiências de quase-cinema.

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