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As Ariranhas (Pteronura brasiliensis Zimmermann, 1780) do Parque Nacional do Viruá : uso do espaço e caracterização de hábitats

David Maurício Ossa Restrepo 28 September 2009 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo é sobre aspectos ecológicos de ariranhas (Pteronura brasiliensis) do baixo rio Branco, Parque Nacional do Viruá, Roraima. O objetivo geral foi verificar se os parâmetros ecológicos da comunidade estudada uso do espaço e comportamento são semelhantes às demais comunidades de ariranhas relatadas na literatura. O estudo foi conduzido num transecto de 53 km no rio Iruá, da foz para montante. Foi possível identificar os espaços utilizados para tocas, latrinas e paradouros. As ariranhas utilizam os seguintes locais: margens dos rios e barrancos do dique marginal para construção de tocas; áreas expostas sobre o barranco são limpas para servirem de latrinas; e os bancos de areias e troncos são usados para descanso ou patrulhamento das áreas (paradouros). Foram observadas 1-4 entradas por toca, cuja forma é oval. Com relação à freqüência de uso das tocas, 23% destas estavam sendo ocupadas pelas ariranhas. Cerca de 25% das latrinas estavam associadas às tocas. Foram identificados 4 grupamentos de tocas no transecto. As tocas foram categorizadas como uso (9), em desuso (23) e destruídas (5). Os grupos de ariranhas foram observados em 13 ocasiões (avistamentos), variando entre 1-12 indivíduos por grupo. A freqüência de avistamentos foi 1 a cada 8 km aproximadamente. Foram identificados dois grupamentos de ariranhas, o primeiro perto da foz, composto por até 5 indivíduos; o segundo grupamento mais distante da foz, com grupos compostos por mais de 5 indivíduos. Entre os dois grupos há uma área onde não foram avistadas ariranhas. Dois tipos de expressões comportamentais foram observados nas ariranhas, com relação a vocalização e movimentos do corpo. São discutidos aspectos relacionados a estes parâmetros; no geral os padrões observados nos grupos de ariranhas da área de estudo concordam com a literatura.
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Parasitas intestinais de Lontra Longicaudis (Olfers, 1818) (Carnivora, Mustelidae) em riacho e lagoa do Distrito de Sousas/Campinas-SP / Studys of intestinal parasite in Lontra Longicaudis (Carnivora, Mustelidae) (Olfers, 1818) in a creek an pond of Sousas District, Campinas, São Paulo, Brazil

Alarcon, Diego Fernandes 31 October 2006 (has links)
Orientador: Marlene Tiduko Ueta / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-08T00:02:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alarcon_DiegoFernandes_M.pdf: 8141836 bytes, checksum: 830e38e5f19d73153a16ed4df89c73bc (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Os helmintos intestinais de Lontra longicaudis (CARNIVORA, MUSTELIDAE) foram estudados, com os materiais fecais recolhidos de um pequeno riacho (Riacho Ribeirão Cachoeira) localizado em um fragmento florestal de Mata Atlântica, e de uma lagoa localizada no condomínio Notredame, ambos situados no município de Campinas, mais precisamente no distrito de Sousas. O objetivo foi relacionar, pelo levantamento de parasitas intestinais, aspectos tróficos e comportamentais de L. longicaudis à aquisição de parasitas. Em laboratório, o material fecal de cada local foi processado e analisado individualmente, utilizando-se os métodos qualitativos rotineiros de exame de fezes: sedimentação espontânea (HOFFMAN et al,. 1934) e Willis (WILLIS, 1921). Das 39 amostras coletadas em Ribeirão Cachoeira, 22 apresentaram resultados positivos para ovos e/ou larvas de helmintos (56,4%). Na lagoa do Notredame foram coletadas 29 amostras fecais, das quais 13 apresentaram resultados positivos para ovos ou larvas de helmintos (44,8%). Foram observados sete tipos morfológicos de ovos de helmintos e dois tipos de larvas de nematódeos. Dentre os ovos, os mais prevalentes, tanto no riacho (54,5% trematódeo; 22,7% Strongyloides) quanto na lagoa (46,2% trematódeo; 46,2% Strongyloides), foram o de um trematódeo e ovo de Strongyloides sp. Um dos tipos de larva encontrada foi o de Strongyloides sp, que foi a mais prevalente (54,5% riacho e 15,4% lagoa). Trata-se do primeiro registro de Strongyloides sp em lontras neotropicais / Abstract: The intestinal helminthes of the otter Lontra longicaudis (CARNIVORA, MUSTELIDAE) were studied. The fecal samples were collected in a creek (Ribeirão Cachoeira) situated in a forest fragment of Atlantic forest, and in a pond located in the Notredame house complex, both in the municipality of Campinas, Sousas district, São Paulo state, Brazil. The aim of the present study was to associate, through the intestinal parasites survey, trophic and behavioral aspects of L. longicaudis with the acquisition of parasites. The Faecal samples from each place was processed and analyzed individually, using the qualitative routine faecal methods: spontaneous sedimentation (HOFFMAN et al,. 1934) and Willis (WILLIS, 1921). From total 39 samples collected in Ribeirão Cachoeira creek, 22 were positive for eggs and /or larvae of helminthes (56,4%). In the Notredame house complex pond, samples from 29 total faecal samples collected, 13 showed positive results for eggs and /or larvae of helminthes (44,8%). Seven morphological types of helminthes eggs and two types of Nematode larvae were observed. Among the eggs, the most prevalent in the creek (54,5% trematode; 22,7% Strongyloides) and in the pond (46,2% trematode; 46,2% Strongyloides) were trematode egg and Strongyloides sp. egg. One of larvae found was of Strongyloides sp, type which was the most prevalent one (54,5% creek and 15,4% pond). This is the first occurrence of Strongyloides sp in neotropical otters / Mestrado / Mestre em Parasitologia
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A Lontra Neotropical (Lontra longicaudis) no Nordeste brasileiro: distribui??o, uso do habitat e diversidade gen?tica

Ribeiro, Patr?cia Farias Rosas 31 August 2017 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-01-24T12:36:44Z No. of bitstreams: 1 PatriciaFariasRosasRibeiro_TESE.pdf: 9127577 bytes, checksum: ebccece603f8d1019e434f9d5925d634 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-01-29T11:49:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PatriciaFariasRosasRibeiro_TESE.pdf: 9127577 bytes, checksum: ebccece603f8d1019e434f9d5925d634 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-29T11:49:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PatriciaFariasRosasRibeiro_TESE.pdf: 9127577 bytes, checksum: ebccece603f8d1019e434f9d5925d634 (MD5) Previous issue date: 2017-08-31 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / A distribui??o geogr?fica de uma esp?cie ? uma informa??o b?sica essencial para planejamentos de conserva??o. Esta informa??o, no entanto, muitas vezes ? tendenciosa para algumas regi?es ou grupos taxon?micos, de acordo com as facilidades de acesso e caracter?sticas da hist?ria natural. A lontra neotropical [Lontra longicaudis (Olfers,1818)] ? uma esp?cie pouco estudada devido ao seu comportamento discreto e a consequente baixa detectabilidade na natureza. Essa situa??o ? agravada na regi?o Nordeste do Brasil, que por muito tempo foi considerada como uma lacuna nos seus mapas de distribui??o, sendo atualmente apontada como uma regi?o priorit?ria para estudos com a esp?cie. Este projeto teve o objetivo de entender como a L. longicaudis est? distribu?da no Nordeste brasileiro e os fatores estruturantes da sua distribui??o, uso do habitat e diversidade gen?tica. Este foi o primeiro estudo com enfoque para a esp?cie na regi?o, realizado atrav?s de uma amostragem padronizada em 17 bacias hidrogr?ficas do Nordeste brasileiro ao Norte do Rio S?o Francisco, entre os estados de Alagoas e Piau?. Cada bacia hidrogr?fica foi amostrada em tr?s trechos (alto, m?dio e baixo curso), sendo em cada trecho percorridos aproximadamente 5km, repetidos ao longo de 4 dias, em busca de ind?cios de presen?a da esp?cie. Isto resultou em 726 km, percorridos em 45 trechos de rio amostrados. No primeiro cap?tulo discutimos a ocorr?ncia da L. longicaudis na Caatinga, bioma semi?rido onde existia apenas um registro de ocorr?ncia da esp?cie relatado na literatura, e que por isso n?o tem sido considerado como parte da sua distribui??o em planejamentos e estrat?gias de conserva??o. S?o apresentados registros hist?ricos e atuais in?ditos de ocorr?ncia da L. longicaudis na Caatinga, discutidos os fatores que podem estar influenciando sua ocorr?ncia na regi?o, e ? proposta a atualiza??o do mapa de distribui??o da esp?cie, com base na confirma??o de uma real lacuna na sua distribui??o atual. No segundo cap?tulo n?s analisamos os fatores ambientais, clim?ticos e antr?picos que influenciam no padr?o de ocupa??o, detec??o e uso do habitat da L. longicaudis nas bacias hidrogr?ficas do Nordeste Brasileiro. A probabilidade de detec??o da L. longicaudis na regi?o foi alta e negativamente influenciada pela ordem do rio, vari?vel relacionada ? localiza??o do trecho de rio na rede de drenagem. A sazonalidade da precipita??o foi o principal fator determinante da ocupa??o da esp?cie na regi?o, que se apresenta concentrada na subregi?o das bacias que drenam para o leste, onde a sazonalidade da precipita??o ? menor. Esta vari?vel clim?tica tamb?m foi importante para a ocorr?ncia e uso do habitat pela esp?cie, mais intenso nas ?reas com menor sazonalidade, relacionadas ? Floresta Atl?ntica. A Floresta Atl?ntica nordestina ? a por??o menos conservada deste bioma. Nesta regi?o as lontras utilizaram mais os rios com menor ?rea de capta??o de ?gua a montante, que correspondem a tribut?rios menores, que podem oferecer melhores condi??es ambientais que os rios principais, funcionando como um ref?gio para a esp?cie. Mesmo utilizando ref?gios, o uso do habitat foi negativamente correlacionado com a porcentagem de remanescentes naturais, uma consequ?ncia indireta do estado de degrada??o das ?reas mais utilizadas pela esp?cie, o que coloca a L. longicaudis em um estado de alerta na regi?o. Para entender como est? estruturada a popula??o de lontras do Nordeste brasileiro e fornecer subs?dios para a sua persist?ncia a longo prazo, no terceiro cap?tulo n?s analisamos a diversidade gen?tica e fluxo g?nico da esp?cie na regi?o, atrav?s de DNA mitocondrial e da an?lise de cinco cen?rios alternativos de dispers?o. Para isto foram analisadas 36 amostras n?o invasivas (fezes frescas, muco e tecido), provenientes de oito bacias hidrogr?ficas. Destas amostras, 17 amplificaram os tr?s segmentos analisados e foram consideradas indiv?duos distintos pela localiza??o amostral e composi??o gen?tica. Estes indiv?duos s?o representativos de 7 hapl?tipos, dos quais 4 foram identificados pela primeira vez neste estudo. A esp?cie apresentou alta diversidade haplot?pica, mas baixa variabilidade nucleot?dica na regi?o. A maior diferencia??o gen?tica foi observada em duas amostras do Piau?, acima da ?rea de Caatinga onde a aus?ncia da esp?cie foi confirmada neste estudo, corroborando a exist?ncia de uma barreira clim?tica por onde o fluxo g?nico pode estar interrompido h? mais tempo. A popula??o de lontra do Nordeste apresentou diferen?a gen?tica significativa em rela??o aos grupos geogr?ficos da Amaz?nia e do Leste da Am?rica do Sul, o que indica menor fluxo g?nico entre essas regi?es. O cen?rio que atribuiu um custo elevado para a dispers?o por terra foi o que apresentou rela??o mais forte com a diverg?ncia gen?tica observada entre as amostras da regi?o nordeste, indicando que a esp?cie ? capaz de se dispersar por terra, mas em situa??es extremas. J? a diverg?ncia gen?tica entre as bacias costeiras apresentou rela??o mais forte com as dist?ncias geogr?ficas (euclidiana e trecho de bacias), o que pode ser resultado de uma regi?o mais homog?nea, sujeita a alagamentos, onde a paisagem imp?e menos resist?ncia ? dispers?o por animais semiaqu?ticos. An?lises do caminho de menor custo indicam o Rio S?o Francisco como uma importante rota de dispers?o, conectando as bacias costeiras do Nordeste com as bacias localizadas ao Norte da Caatinga, o que ressalta a import?ncia da sua preserva??o para a manuten??o da diversidade gen?tica na regi?o. As tr?s quest?es abordadas neste estudo preenchem uma importante lacuna de conhecimento sobre a lontra neotropical no Nordeste do Brasil, uma das regi?es mais secas da sua ?rea de distribui??o, atendendo a a??es priorit?rias do plano nacional de a??es para a conserva??o da esp?cie. / The geographic distribution of a species is an essential information for conservation planning. This information, however, is often biased towards some regions or taxonomic groups, according to accessibility of sampling sites and natural history of the species studied. The neotropical otter [Lontra longicaudis (Olfers, 1818)] is a little studied species because of its elusive behaviour, which results in low detectability in natural environments. This situation is worse in Northeastern Brazil, which for a long time appeared as a gap in L. longicaudis distribution maps, and is currently appointed as a priority region for studies with the species. This project aimed to understand how L. longicaudis is distributed in Northeastern Brazil and the structuring factors of its distribution, habitat use and genetic diversity. This was the first dedicated otter survey in the region, conducted systematically during field campaigns to 17 river basins of Northeastern Brazil, in the area North of S?o Francisco River, between the states of Alagoas and Piau?. Each river basin was sampled at three stretches (lower, middle and upper courses), over approximately 5 km, repeatedly for four days each, looking for evidences of the species presence. The overall sample effort was 726 km in 45 sampled river stretches. In the first chapter we discuss L. longicaudis occurrence in Caatinga, a semi-arid biome where a single record of the species occurrence was reported in the literature, and which has not been considered as part of its distribution in conservation planning and strategies. We report historical and current new occurrence records of L. longicaudis in Caatinga, discuss factors that may be influencing its occurrence in the region, and propose updating the species distribution map, based on the confirmation of a real gap in its current distribution. In the second chapter we analyze environmental, climatic and anthropic factors influencing otter occupancy, detection and habitat use on river basins of Northeastern Brazil. Detection probability of otters' signs was high and negatively influenced by river order, a variable related to the location of the river stretch in the drainage network. Precipitation seasonality was the main determinant of L. longicaudis occupancy in the region, which is concentrated in the subregion of river basins draining to the East, with lower precipitation seasonality. This climatic variable was also important to explain occurrence and habitat use of the species, which was more intense in areas of lower seasonality, corresponding to the Atlantic forest. Northeastern Atlantic Forest is the least conserved portion of this biome. In this region, otters used more rivers with lower water catchment area upstream, which corresponds to smaller tributaries, providers of better environmental conditions to serve as refuge for the species than main rivers. Even using these refuges, the intensity of habitat use was negatively correlated with the percentage of natural remnants, an indirect consequence of the degradation status of the most frequently used areas by the species, placing L. longicaudis at risk in the region. In order to understand how the Northeastern Brazil otter population is structured and to provide subsidies to its long-term persistence, in the third chapter we analyze the species genetic diversity and gene flow through mitochondrial DNA and analyzing five alternative dispersal scenarios. A total of 36 noninvasive samples (fresh faeces, mucus and tissue), from eight river basins, were analyzed. Within these samples, 17 amplified the three mitochondrial DNA segments analyzed, and were considered distinct individuals according to the sampling locality and the genetic composition. These individuals are representatives of seven haplotypes, from which four were identified for the first time in this study. Estimates of genetic variability indicate high haplotype diversity and low nucleotide variability. The greatest genetic differentiation among samples were observed in two samples from Piau?, north from the Caatinga area were the species absence was confirmed in this study, confirming the climatic barrier through which gene flow might have been interrupted for a long time. The Northeastern otter population showed a significant genetic difference compared to Amazonia and East of South America groups. The "higher land dispersal cost" scenario was the most correlated with the observed genetic differentiation among sampled individuals, indicating that the species is able to disperse by land, but only in extreme situations. Genetic divergence between coastal river basins showed a strong relationship with geographical distances (Euclidian and watershed distances), which may be the result of a more homogeneous region, subject to flooding, where landscape imposes lower resistance to dispersal by semi-aquatic animals. The least cost path analyzes indicate the S?o Francisco River as an important dispersal route connecting coastal river basins of Northeastern Brazil with basins located North from the Caatinga, which highlights the importance of S?o Francisco river basin conservation for the maintenance of the genetic diversity in this region. The three objectives of this study fill an important knowledge gap on Neotropical otter in Northeastern Brazil, one of the driest regions of its distribution, attending to priority actions of the national action plan for the species conservation.

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