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A narrativa na e sobre a clínica na atenção primária: uma reflexão sobre o modo pensar e agir dirigido ao diálogo, à integralidade e ao cuidado em saúde / The narrative in and about the clinic in primary care: a reflection on how to think and act directed dialogue, completeness and health careCésar Augusto Orazem Favoreto 03 October 2007 (has links)
A incorporação do sujeito que adoece e suas expectativas de cuidado é um apelo que acompanha as propostas de mudança da prática clínica no campo da APS. Esta perspectiva implica em um novo modo de ver o processo de adoecimento que procura romper com o reducionismo biomédico onde a clínica e sua ação são, praticamente, independentes do discurso do paciente. Este trabalho usou a narrativa, aplicada como uma ferramenta conceitual e prática na clínica na APS, para investigar as possibilidades de ampliar o universo discursivo e interpretativo, isto é, a competência narrativa do médico, para além de um modelo biomédico restritivo. Foi realizada uma busca, não sistemática, na literatura médica e de ciências sociais procurando identificar os aspectos conceituais, significados e perspectivas que podem ser assumidos para substantivar a narrativa como um conceito/idéia e suas possíveis interfaces e aplicações na clínica. Esta apropriação da narrativa instrumentalizou a observação participante nos módulos do Programa Médico de Família de Niterói, assim como a realização e análise dos resultados de entrevistas semi-estruturadas com seus médicos. Observou-se que a formação da identidade e da legitimidade profissionais do médico de família é dirigida,
principalmente, pelo arranjo organizacional promovido pelo modelo de atenção e não pelo desenvolvimento de um saber que o diferencie e qualifique. Identificou-se que as capacidades dialógicas desenvolvidas nas experiências com a clínica na APS
eram compreendidas e assumidas pelos médicos como habilidades pessoais e/ou como aspectos morais. Percebeu-se que este modo de pensar dá margem a uma tensão, externada por um discurso ambíguo e fragmentado, entre a proximidade, o
vínculo e o diálogo com o paciente e a estruturação do saber e da prática clínica. A limitação dos médicos em incorporar novos saberes a partir de suas vivências, associada à forma como a racionalidade biomédica dirige a clínica, se constituem
como obstáculos epistemológicos e práticos para a ampliação da competência narrativa e interpretativa médica. Estas são condições que dificultam o desenvolvimento de um estilo de pensamento médico que reflita, desenvolva e integre o saber prático e os saberes não biomédicos como algo legítimo,
sistematizável, avaliável e reprodutível no âmbito da clínica. / The incorporation of the fellow who falls ill and his expectations of care is an appeal of the proposals to change primary care clinical practices. This perspective implies a new viewpoint of the sickening process which tries to break with the biomedical
reductionism in which the clinic and its action are almost apart of the patients discourse. This work employed the narrative as a conceptual and practical tool in primary care clinic to investigate the possibilities of enlarging the universe of discourse and interpretation, that is, the physicians narrative competence beyond a restrictive biomedical model. A non- systematic search was carried out, in medical and social sciences literature, trying to identify the conceptual aspects, meanings and perspectives that can be assumed to turn the narrative into a concept/idea, and its possible interfaces and applications to clinic. This appropriation of narrative instrumentalized the participant observation in the Family Health Program, in Niterói, as well as the analysis of results of semi-structured interviews with physicians. We noticed that the formation of the family doctors professional identity and legitimacy is mostly guided by the organization promoted by the healthcare model, and not by the development of knowledge able to distinguish and qualify it. We found that the dialogic abilities developed in experiences in primary care clinic were apprehended and assumed by physicians as personal abilities and/or moral aspects. This thought created tension, translated in an ambiguous and fragmented discourse among proximity, liaison and dialogue with patients, and the formation of knowledge and clinical practice. The physicians limitations to incorporate new knowledge, based on their own experience, and the way biomedical rationality guides clinic, are epistemological and practical obstacles to enlarge medical narrative and
interpretative competences. Such conditions hinder the development of a type of medical thought to reflect, develop and integrate practical knowledge and nonbiomedical knowledge as legitimate, able to be systematized, evaluated and reproduced within the clinic.
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A narrativa na e sobre a clínica na atenção primária: uma reflexão sobre o modo pensar e agir dirigido ao diálogo, à integralidade e ao cuidado em saúde / The narrative in and about the clinic in primary care: a reflection on how to think and act directed dialogue, completeness and health careCésar Augusto Orazem Favoreto 03 October 2007 (has links)
A incorporação do sujeito que adoece e suas expectativas de cuidado é um apelo que acompanha as propostas de mudança da prática clínica no campo da APS. Esta perspectiva implica em um novo modo de ver o processo de adoecimento que procura romper com o reducionismo biomédico onde a clínica e sua ação são, praticamente, independentes do discurso do paciente. Este trabalho usou a narrativa, aplicada como uma ferramenta conceitual e prática na clínica na APS, para investigar as possibilidades de ampliar o universo discursivo e interpretativo, isto é, a competência narrativa do médico, para além de um modelo biomédico restritivo. Foi realizada uma busca, não sistemática, na literatura médica e de ciências sociais procurando identificar os aspectos conceituais, significados e perspectivas que podem ser assumidos para substantivar a narrativa como um conceito/idéia e suas possíveis interfaces e aplicações na clínica. Esta apropriação da narrativa instrumentalizou a observação participante nos módulos do Programa Médico de Família de Niterói, assim como a realização e análise dos resultados de entrevistas semi-estruturadas com seus médicos. Observou-se que a formação da identidade e da legitimidade profissionais do médico de família é dirigida,
principalmente, pelo arranjo organizacional promovido pelo modelo de atenção e não pelo desenvolvimento de um saber que o diferencie e qualifique. Identificou-se que as capacidades dialógicas desenvolvidas nas experiências com a clínica na APS
eram compreendidas e assumidas pelos médicos como habilidades pessoais e/ou como aspectos morais. Percebeu-se que este modo de pensar dá margem a uma tensão, externada por um discurso ambíguo e fragmentado, entre a proximidade, o
vínculo e o diálogo com o paciente e a estruturação do saber e da prática clínica. A limitação dos médicos em incorporar novos saberes a partir de suas vivências, associada à forma como a racionalidade biomédica dirige a clínica, se constituem
como obstáculos epistemológicos e práticos para a ampliação da competência narrativa e interpretativa médica. Estas são condições que dificultam o desenvolvimento de um estilo de pensamento médico que reflita, desenvolva e integre o saber prático e os saberes não biomédicos como algo legítimo,
sistematizável, avaliável e reprodutível no âmbito da clínica. / The incorporation of the fellow who falls ill and his expectations of care is an appeal of the proposals to change primary care clinical practices. This perspective implies a new viewpoint of the sickening process which tries to break with the biomedical
reductionism in which the clinic and its action are almost apart of the patients discourse. This work employed the narrative as a conceptual and practical tool in primary care clinic to investigate the possibilities of enlarging the universe of discourse and interpretation, that is, the physicians narrative competence beyond a restrictive biomedical model. A non- systematic search was carried out, in medical and social sciences literature, trying to identify the conceptual aspects, meanings and perspectives that can be assumed to turn the narrative into a concept/idea, and its possible interfaces and applications to clinic. This appropriation of narrative instrumentalized the participant observation in the Family Health Program, in Niterói, as well as the analysis of results of semi-structured interviews with physicians. We noticed that the formation of the family doctors professional identity and legitimacy is mostly guided by the organization promoted by the healthcare model, and not by the development of knowledge able to distinguish and qualify it. We found that the dialogic abilities developed in experiences in primary care clinic were apprehended and assumed by physicians as personal abilities and/or moral aspects. This thought created tension, translated in an ambiguous and fragmented discourse among proximity, liaison and dialogue with patients, and the formation of knowledge and clinical practice. The physicians limitations to incorporate new knowledge, based on their own experience, and the way biomedical rationality guides clinic, are epistemological and practical obstacles to enlarge medical narrative and
interpretative competences. Such conditions hinder the development of a type of medical thought to reflect, develop and integrate practical knowledge and nonbiomedical knowledge as legitimate, able to be systematized, evaluated and reproduced within the clinic.
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Poetry "found" in illness narrative : a feminist approach to patients' ways of knowing and the concept of relational autonomy /Kauffman, Jill Lauren. January 2009 (has links)
Thesis (M.A.)--Indiana University, 2009. / Department of Philosophy, Indiana University-Purdue University Indianapolis (IUPUI). Advisor(s): Peg Brand, James Capshew, Richard Gunderman, Jane E. Schultz. Includes vitae. Includes bibliographical references (leaves 117-122).
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