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Reflexão sobre a angústia existencial do cinema de Ingmar Bergman no envelhecer diante da ameaça iminente de morte e do desejo de vida / Reflection on Ingmar Bergman cinema existential anguish towards aging before the imminent threat of death and the desire to liveMussi, Luciana Helena 19 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-19 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This paper aims to reflect on Ingmar Bergman existential anguish towards aging before the
imminent threat of death and the desire to live. The main question was: how to live under
such a devastating anguish being, at the same time, aware of our finitude and of our desire to
live? To probe these existence questions, The Bergman Island documentary, focusing on the
films The Seventh Seal and Wild Strawbwerries, the Greek Goddess Demeter s path and her
transformation forms and the philosopher Cicero s reflections on aging were used. Bergman
and his films, dealt with in an enigmatic atmosphere, led this research to the existential
anguish scenery built, woven and understood by means of feelings resulting from the
documentary images, words and dialogs. Crossing the researcher s experience and feelings
with the filmmaker s report on the Island of Farö, the composition of such anguish was
created: the Imminent Threat of Death and the Desire to Live as events to make us search
understanding of the enigma of life and death. However, on the way we came across a God
whose word silences, as God s true Silence. The One who repudiates Finitude as Awareness
of Death. The Seventh Seal faithfully portraits the silence of such God in the face of the
evil as an unquestionable and frightening event. If, at old age, the probability of imminent
death is higher and the awareness of finitude is even higher, in Wild Strawberries we come to
face the perspective of the end itself. Recollecting the character and Bergman, we come
across the Travel into Solitary Old Age, in a time that seems to be over, through the trails of
Old Bergman Existential Memories. The Existential Trialogue within the Gap of Time
described a fictional meeting among Bergman, the filmmaker, Cicero, the thinker and the
researcher. Aiming at getting past time effects, defeating sovereignty of the years that
separate the three ones involved through gathering of the arts cinema, philosophy and
science considering all as understanding and reflection on what death/life means at aging.
Cinema, art that brings closer to one s life, that portraits reality and life movement, referring
to our own experiences, life vivid recalls, deep memory excavations, through a permanent
trip between youth and old age. Biographies crossing one another in the line of time,
oscillating between death pains and life setbacks / Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a angústia existencial do cinema de Ingmar
Bergman no envelhecer diante da ameaça iminente da morte e do desejo de vida. A pergunta
central foi: como viver com esta arrasadora angústia quando nos sabemos finitos e, ao mesmo
tempo, sedentos de vida? Para pensar estas questões da existência, foram utilizados o
documentário A Ilha de Bergman, focando os filmes O Sétimo Selo e Morangos Silvestres, a
trajetória da Deusa Grega Deméter e seu caminho de transformação e as reflexões do filósofo
Cícero sobre o envelhecer. Bergman e seus filmes envoltos numa atmosfera enigmática,
conduziram esta pesquisa ao cenário da angústia existencial construída, tecida e entendida por
sensações provocadas por imagens, palavras e diálogos do documentário. Cruzando
impressões e experiências da pesquisadora com o relato do cineasta na Ilha de Farö, nasceu a
composição desta angústia: a Ameaça Imimente de Morte e do Desejo de Vida como
acontecimentos que nos levam à busca por conhecimento do enigma de vida e morte. Mas
nesta caminhada, encontramos um Deus que se cala, num verdadeiro Silêncio de Deus.
Aquele que denuncia a Finitude como Consciência da Morte. O Sétimo Selo retrata fielmente
esse Deus que se omite e cede espaço à maldita como fato indiscutível e apavorante. Se na
velhice a probabilidade de morte iminente é maior e a consciência de finitude ainda mais,
chegamos no enfrentamento da perspectiva do próprio fim em Morangos Silvestres. No
rememorar do personagem e de Bergman, nos deparamos com a Viagem pela Velhice
Solitária, num tempo que parece se esgotar, na trilha das Lembranças Existencias do Velho
Bergman. O Triálogo Existencial na Brecha do Tempo descreveu um encontro ficcional entre
Bergman, o cineasta, Cícero, o pensador e a pesquisadora. Teve por propósito driblar o efeito
do tempo, anular a soberania dos anos que separam os três envolvidos através do encontro das
artes cinema, filosofia e ciência tudo pela compreensão e reflexão do que significam
morte/vida no envelhecer. Cinema, arte que aproxima ao viver de cada um, que retrata a
realidade e o movimento da vida, nos remetendo às nossas próprias experiências, lembranças
das fases vividas, escavações profundas na memória, numa viagem constante entre juventude
e velhice. Biografias que se cruzam na linha do tempo oscilando entre as dores da morte e os
reveses da vida
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