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Reflexão sobre a angústia existencial do cinema de Ingmar Bergman no envelhecer diante da ameaça iminente de morte e do desejo de vida / Reflection on Ingmar Bergman cinema existential anguish towards aging before the imminent threat of death and the desire to live

Mussi, Luciana Helena 19 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:47:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Luciana Helena Mussi.pdf: 1010975 bytes, checksum: 546ca334d6a1dc4253e75eadc8b1c49f (MD5) Previous issue date: 2012-03-19 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This paper aims to reflect on Ingmar Bergman existential anguish towards aging before the imminent threat of death and the desire to live. The main question was: how to live under such a devastating anguish being, at the same time, aware of our finitude and of our desire to live? To probe these existence questions, The Bergman Island documentary, focusing on the films The Seventh Seal and Wild Strawbwerries, the Greek Goddess Demeter s path and her transformation forms and the philosopher Cicero s reflections on aging were used. Bergman and his films, dealt with in an enigmatic atmosphere, led this research to the existential anguish scenery built, woven and understood by means of feelings resulting from the documentary images, words and dialogs. Crossing the researcher s experience and feelings with the filmmaker s report on the Island of Farö, the composition of such anguish was created: the Imminent Threat of Death and the Desire to Live as events to make us search understanding of the enigma of life and death. However, on the way we came across a God whose word silences, as God s true Silence. The One who repudiates Finitude as Awareness of Death. The Seventh Seal faithfully portraits the silence of such God in the face of the evil as an unquestionable and frightening event. If, at old age, the probability of imminent death is higher and the awareness of finitude is even higher, in Wild Strawberries we come to face the perspective of the end itself. Recollecting the character and Bergman, we come across the Travel into Solitary Old Age, in a time that seems to be over, through the trails of Old Bergman Existential Memories. The Existential Trialogue within the Gap of Time described a fictional meeting among Bergman, the filmmaker, Cicero, the thinker and the researcher. Aiming at getting past time effects, defeating sovereignty of the years that separate the three ones involved through gathering of the arts cinema, philosophy and science considering all as understanding and reflection on what death/life means at aging. Cinema, art that brings closer to one s life, that portraits reality and life movement, referring to our own experiences, life vivid recalls, deep memory excavations, through a permanent trip between youth and old age. Biographies crossing one another in the line of time, oscillating between death pains and life setbacks / Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a angústia existencial do cinema de Ingmar Bergman no envelhecer diante da ameaça iminente da morte e do desejo de vida. A pergunta central foi: como viver com esta arrasadora angústia quando nos sabemos finitos e, ao mesmo tempo, sedentos de vida? Para pensar estas questões da existência, foram utilizados o documentário A Ilha de Bergman, focando os filmes O Sétimo Selo e Morangos Silvestres, a trajetória da Deusa Grega Deméter e seu caminho de transformação e as reflexões do filósofo Cícero sobre o envelhecer. Bergman e seus filmes envoltos numa atmosfera enigmática, conduziram esta pesquisa ao cenário da angústia existencial construída, tecida e entendida por sensações provocadas por imagens, palavras e diálogos do documentário. Cruzando impressões e experiências da pesquisadora com o relato do cineasta na Ilha de Farö, nasceu a composição desta angústia: a Ameaça Imimente de Morte e do Desejo de Vida como acontecimentos que nos levam à busca por conhecimento do enigma de vida e morte. Mas nesta caminhada, encontramos um Deus que se cala, num verdadeiro Silêncio de Deus. Aquele que denuncia a Finitude como Consciência da Morte. O Sétimo Selo retrata fielmente esse Deus que se omite e cede espaço à maldita como fato indiscutível e apavorante. Se na velhice a probabilidade de morte iminente é maior e a consciência de finitude ainda mais, chegamos no enfrentamento da perspectiva do próprio fim em Morangos Silvestres. No rememorar do personagem e de Bergman, nos deparamos com a Viagem pela Velhice Solitária, num tempo que parece se esgotar, na trilha das Lembranças Existencias do Velho Bergman. O Triálogo Existencial na Brecha do Tempo descreveu um encontro ficcional entre Bergman, o cineasta, Cícero, o pensador e a pesquisadora. Teve por propósito driblar o efeito do tempo, anular a soberania dos anos que separam os três envolvidos através do encontro das artes cinema, filosofia e ciência tudo pela compreensão e reflexão do que significam morte/vida no envelhecer. Cinema, arte que aproxima ao viver de cada um, que retrata a realidade e o movimento da vida, nos remetendo às nossas próprias experiências, lembranças das fases vividas, escavações profundas na memória, numa viagem constante entre juventude e velhice. Biografias que se cruzam na linha do tempo oscilando entre as dores da morte e os reveses da vida

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