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Robert Frank e a operação de montagem no campo do olharJung, Ana Emillia 21 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In the Polaroids series photographer Robert Frank creates performed situations and manipulates the two-dimensional surface in a post-production condition, building images
with uncertain borders where emptiness, words, pictorial gestures, appropriations and acts are highlighted. Emerging through mounting resources, these procedures question certain intrinsic references in the field of photography and image, allowing the recognition of a territory where both manufacture and operatory notions that state poetical basis are implied and contrasted, interrogate and disturb in relation to the look field. In the interlocution of art history and theory with psychoanalysis and philosophy, we find the possibility of troubling the procedures of this work in order to elaborate questions that resonate from it, without reducing its terms. In the first chapter, we investigate the potential of the foreigner language as a condition of the image, which is identified in both the photography and image fields, as extinguisher of borders and promoter of new proposition parameters. The unquiet Freudian strangeness articulated with infinite possibilities of artistic language opens a field to think
the Polaroids series as image-happening. In the second chapter, we analyze the relation between the visible and what can be said from renitent aspects of the mounting operation along the series, such as the figural logic in dreams and reticulations, the relation between image and word, the repetition as difference and the gesture that re-signifies the instant of looking. In the third chapter, we study the projection of these plastic procedures in the visual
field. From the process of determining the view of the artistic object, we reach the notion of irrepresentability as an encounter with the Real, and we conclude with the structure of the scopic field, which was formulated by Jacques Lacan and has its orientation in art theory developed by Georges Didi-Huberman, in which the look accomplishes the function of
causing the subject in its desire / Na série Polaroids, o fotógrafo Robert Frank cria situações encenadas e manipula a superfície bidimensional em condição de pós-produção, construindo imagens com fronteiras
imprecisas onde se destacam vazios, palavras, gestos pictóricos, apropriações e encenações. Emergindo por recursos de montagem, tais procedimentos colocam em questão certas referências intrínsecas ao campo da fotografia e da imagem permitindo reconhecer um território onde tanto a fatura como as noções operatórias que se afirmam como fundamento poético se implicam e se rebatem, interrogam e perturbam em relação ao campo do olhar. Na interlocução da história e teoria da arte com a psicanálise e a filosofia, encontramos a possibilidade de problematizar os procedimentos deste trabalho a fim de elaborar as questões
que dele ressoam sem, entretanto, reduzir seus termos. No primeiro capítulo, investigamos o potencial de linguagem do estrangeiro como uma condição da imagem, que se identifica,
tanto no campo fotográfico como imagético, como anulador de fronteiras e instaurador de novos parâmetros propositivos. A inquietante estranheza freudiana articulada com as
infinitas possibilidades da linguagem artística abre campo para pensar a série Polaroids como imagem-acontecimento. No segundo capítulo, analisamos a relação entre o visível e o
dizível a partir dos aspectos renitentes da operação de montagem ao longo da série, entre os quais, a lógica figural nos sonhos e na retícula, a relação entre imagem e palavra, a repetição como diferença e o gesto que re-significa o instante de ver. No terceiro capítulo, analisamos o rebatimento destes procedimentos plásticos no campo do visual. Do processo de
instauração da visualidade do objeto artístico, alcançamos a noção de irrepresentável como encontro com o Real, e concluímos com a estrutura do campo escópico formulada por
Jacques Lacan, e cuja orientação na teoria da arte é desenvolvida por Georges Didi- Huberman, onde o olhar cumpre a função de causar o sujeito em seu desejo
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