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O conhecimento científico nos Segundos Analíticos de Aristóteles = causa e necessidade na demonstração / Scientific knowledge in Aristotle's : posterior analytics cause and necessity in the demonstrationRibeiro, Francine M., 1985- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Lucas Angioni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-19T03:39:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: De acordo com Aristóteles, conhecemos algo cientificamente quando apreendemos a causa pela qual essa coisa é e apreendemos, também, certa relação necessária entre aquilo que pretendemos conhecer e o que descobrimos ser a causa adequada que explica por que tal fato é o caso. Além disso, o filósofo identifica o conhecimento científico com a posse de um silogismo científico ou demonstração. Neste trabalho, analisamos a relação entre a teoria demonstrativa que Aristóteles desenvolve, principalmente, no livro I dos Segundos Analíticos e sua teoria silogística dos Primeiros Analíticos I e tentamos responder por que o conhecimento científico deve ser via silogismo. Também procuramos explicitar como as noções de causa e de necessidade, pelas quais Aristóteles define o conhecimento científico, são contempladas pela exigência de que as proposições de uma demonstração sejam per se. Finalmente, discutiremos como essas noções de per se, necessidade e causa se encaixam na estrutura silogística, uma vez que conhecer algo cientificamente é possuir um silogismo científico / Abstract: According to Aristotle, we know something scientifically when we grasp not only the cause by which this something is and but also a certain kind of necessary relation between what we intend to know and what we have discovered to be the adequate cause that explains why this is the case. In addition, the philosopher identifies the scientific knowledge with the possession of a scientific syllogism or demonstration. In this work, we examine the relationship between the demonstrative theory that Aristotle develops mainly on book I of Posterior Analytics, and his syllogistic theory, presented in Prior Analytics I. We try to answer why scientific knowledge must be presented via syllogism. We also intend to explicit how the notions of cause and necessity, through which Aristotle defines scientific knowledge, are contemplated by the requirement that the propositions of a demonstration must be per se (in itself). Finally, we discuss how these ideas of per se, necessity and cause fit in the syllogistic structure, since knowing something scientifically means to have a scientific syllogism / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia
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Liberdade e imputabilidade moral em HumeFerraz, Marilia Cortes de 25 April 2006 (has links)
Orientador: Jose Oscar de Almeida Marques / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-06T09:42:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: A dissertação examina a análise de Hume dos conceitos de liberdade e imputabilidade moral. O texto de referência para a pesquisa é a seção VIII da Investigação sobre o entendimento humano. Mostro, a partir do estudo dessa seção, em que sentido os conceitos de liberdade e necessidade são compatíveis para Hume. Para tanto, analiso o compatibilismo humeano enfatizando a unidade explicativa que o autor esposa claramente na obra citada. De fato, Hume, em seu exame das noções de liberdade e necessidade anuncia introduzir novidades que prometem ao menos algum resultado na decisão da controvérsia entre a doutrina da necessidade e a doutrina da liberdade (da vontade). Ele propõe um 'projeto de reconciliação¿ (reconciling project) que consiste em mostrar que liberdade e necessidade são perfeitamente compatíveis entre si, e que afirmar que as ações humanas são livres não é afirmar que estejam fora do âmbito da necessidade, mas apenas que se realizaram sem constrangimento. Em seguida, esclareço as razões que conduzem à crença na vontade livre, crença esta infundada, segundo Hume. Por fim, procuro estabelecer as conseqüências que o compatibilismo humeano traz para a noção de responsabilidade moral. Hume entende que não só é perfeitamente possível explicar os juízos morais pelo seu compatibilismo, como também que o seu compatibilismo é a única alternativa de fato consistente para dar conta dos ajuizamentos que fazemos acerca da moralidade. Entendo que a explicação dos juízos morais de imputabilidade oferecida por Hume representa uma hipótese altamente persuasiva e com vigor suficiente para responder a objeções geralmente apresentadas pelos incompatibilistas / Abstract: The dissertation examines the analysis of Hume of the concepts of freedom and moral imputability. The text of reference for the research is section VIII of the Enquiry concerning Human Understanding. I show, from the study of this section, how freedom and necessity are compatible for Hume. To this effect, I analyze the humean compatibilism emphasizing the unit of the explanation that the author maintains in the cited work. Hume, in his examination of freedom and necessity, announces a new approach that promises at least some results for the decision of the controversy between the doctrine of the necessity and the doctrine of the freedom (of the will). He proposes a conciliatory project that consists in showing that freedom and necessity are perfectly compatible, and that to say that the human actions are free is not to say that they are out of the scope of the necessity, but only that they are without constraint. After that, I clarify the reasons that lead to the belief in free will, which is baseless according to Hume. Finally, I establish the consequences that humean compatibilism brings for the notion of moral responsibility. Hume understands not only that it is perfectly possible to explain moral judgments by means of his compatibilism, but also that his compatibilism is the only consistent alternative to account for moral judgement. I understand that the explanation of moral judgments of imputability offered by Hume represents a highly persuasive hypothesis, and strong enough to answer the objections generally raised by incompatibilists / Mestrado / Filosofia Moral / Mestre em Filosofia
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“Liberdade ainda que tardia”: Agnes Heller e a teoria das “necessidades radicais” frente à devassa da devassa brasileira / "Even if late freedom": Agnes Heller and the theory of "radical needs" in front of the devassa of the brazen devassaVeroneze, Renato Tadeu 13 April 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-06-21T12:35:00Z
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Previous issue date: 2018-04-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research aims to analyze "radical needs" in Agnes Heller's view as a contribution to
understanding the cyclical and structural crises of capital, in the face of the wave of popular
demonstrations and the political-economic crisis of the recent years that has affected Brazil,
in particular. The choice of theme stemmed from the contradictions generated by these
crises from the recognition of the values of freedom, democracy, equality, equity and social
justice, in view of the principles established by its ethical-political-professional project of the
Brazilian Social Service. In order to understand the limits and the personal, social and
professional contradictions between the subjectivity and the objectivity of the individual and
collective social subjects, as well as the social and professional limits and contradictions of
the work of Agnes Heller, especially in her everyday life, lack and needs theories, and how to
broaden the understanding of freedom and social and human emancipation that mark the
emancipatory and revolutionary project of Social Service, having as motto a new sociability
"beyond capital". The hypothesis raised here is that "radical needs" provoke the organization
of civil society to overcome the status quo of social life tied to the destructive logic of capital,
in order to understand the dynamics of social movements and popular manifestations,
especially in Brazil, as a mobilization of resistance against the Brazilian political-economic
crisis and the macrocorruption scheme that has been established in the country's political
and economic system. Through a theoretical-conceptual analysis, based on the Marxian
legacy and the Marxist tradition, we start from the thesis that it will only be possible to
demolish the existing barriers between working time and non-working time, through the
organization of civil society revolutionary subject. Only in this way will revolutionary social
changes be realized for the anti-capitalist and anti-imperialist struggles. It is in this direction
that Agnes Heller points to a new collective revolutionary subject. The "radical needs" are all
those that are born in capitalist society as a consequence of the development of civil society,
and that can not be satisfied within the limits of the same, which implies in factors that can
lead to the overcoming of capitalism, the wage relationship, the concentration of private
property, the class struggle and the loss of the bourgeois state. Only on these bases, of a
totally new sociability, we do believe that social individuals can fully develop themselves
("wholly and entirely"), in which work, sociability, consciousness, freedom, ethics, art,
philosophy, truly free time and idleness are in conformity with the most authentic aspirations
raised within the everyday life and in the valuation of the feeling of community as an
ontological-social value. We start from these assumptions because, with the precarization
and flexibilization of labor relations, outsourcing, globalization, robotics, new technologies,
the increase of the service sector, among other vectors, have caused significant changes in
the social body of the working class and in their leadership. Thus, in Agnes Heller's view, it is
only with the organization of civil society that it will be possible to destroy the overwhelming
and destructive wave of capitalism / A pesquisa trata de analisar as “necessidades radicais”, na visão de Agnes Heller enquanto
contribuição para entender as crises cíclicas e a estrutural do capital, frente à onda de
manifestações populares e a crise político-econômica dos últimos anos que tem afetado,
sobretudo, o Brasil. A escolha do tema partiu das contradições geradas por estas crises a
partir do reconhecimento dos valores de liberdade, democracia, igualdade, equidade e
justiça social, tendo em vista os princípios estabelecidos pelo projeto ético-políticoprofissional
do Serviço Social brasileiro. Buscando aprofundar na obra de Agnes Heller,
sobretudo, em sua teoria do cotidiano, dos carecimentos e necessidades, de modo a
entender os limites e as contradições pessoais, sociais e profissionais entre a subjetividade
e a objetividade dos sujeitos sociais, individuais e coletivos, bem como ampliar o
entendimento sobre a liberdade e a emancipação social e humana que balizam o projeto
emancipatório e revolucionário do Serviço Social, tendo como mote uma nova sociabilidade
“para além do capital”. A hipótese aqui levantada é que as “necessidades radicais”
provocam a organização da sociedade civil para a superação do status quo da vida social
atrelada à lógica destrutiva do capital, de modo a entender a dinâmica dos movimentos
sociais e das manifestações populares, sobretudo no Brasil, enquanto mobilização de
resistência frente a crise político-econômica brasileira e o esquema de macrocorrupção que
tem se firmado no sistema político e econômico do país. Através de uma análise teóricoconceitual,
embasada pelo legado marxiano e pela tradição marxista, partimos da tese de
que só será possível a demolição das barreiras existentes entre o tempo de trabalho e o
tempo de não-trabalho, através da organização da sociedade civil enquanto sujeito
revolucionário. Só assim é que se realizará as mudanças sociais revolucionárias para as
lutas anticapitalistas e anti-imperialistas. É nessa direção que Agnes Heller aponta para um
novo sujeito coletivo revolucionário. As “necessidades radicais” são todas aquelas que
nascem na sociedade capitalista como consequência do desenvolvimento da sociedade
civil, e que não podem ser satisfeitas dentro dos limites da mesma, o que implica em fatores
que possam levar a superação do capitalismo, da relação de assalariamento, da
concentração da propriedade privada, da luta de classes e ao definhamento do Estado
burguês. Somente sobre essas bases, de uma sociabilidade inteiramente nova, é que
acreditamos que os indivíduos sociais possam se desenvolver plenamente (“por inteiro e
inteiramente”), na qual trabalho, sociabilidade, consciência, liberdade, ética, arte, filosofia,
tempo verdadeiramente livre e ócio estejam em conformidade com as aspirações mais
autênticas suscitadas no interior da vida cotidiana e na valoração do sentimento de
comunidade enquanto valor ontológico-social. Partimos desses pressupostos porque com a
precarização e flexibilização das relações de trabalho, a terceirização, a globalização, a
robótica, as novas tecnologias, o aumento do setor de serviços, entre outros vetores, tem
provocado alterações significativas no corpo social da classe operária e em suas lideranças.
Assim, na visão de Agnes Heller, somente com a organização da sociedade civil é que será
possível destruir a onda avassaladora e de destrutibilidade do capitalismo
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