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Ressignificação e reapropriação social da natureza : práticas e programas de “convivência com o semiárido” no território de Juazeiro - Bahia / REFRAMING AND SOCIAL REAPPROPRIATION OF NATURE: practices and programs of coexistence with the semiarid "in the territory of Juazeiro - Bahia.Carvalho, Luzineide Dourado 10 December 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The context of this study is the reflexive relationship between nature and culture in contemporary times. The nature semiarid have received different understandings, guided by different rationales, and among these, the environment, which presents the proposal of 'Familiarity of the Brazilian Semiarid'. This proposal is understood as an idea-project that innovates, stimulates and directs the socio-environmental through social networks, graduating as a rhizome, weaving us through all its scales, welding different flags in the social struggles waged Semiarid contemporary (water, land, education and other claims). She leads the actors and social actors to social reappropriation of nature. These events are identified in the Territory of Juazeiro (Bahia), using three guidelines of 'familiarity': the democratization of the access to water and its programs (P1MC, P1 +2 and others), the democratization of ownership and regulation land (with emphasis on the situation of collective land to pasture Fund) and the sustainable use of biodiversity and agrobiodiversity Caatinga. It was examined whether these programs and practices reorient the use of natural resources, since not only meet the material support of the people, especially traditional rural communities, but also make up base intangible values of culture and identity associated with their territories of life and work. The theoretical foundation and methodological study of the phenomenological and cultural categories and geographic themes of nature, territory / territoriality, networks, and landscape. We analyzed how they are developing the new territoriality in the Semiarid by 'familiarity'. The phenomenon of 'familiarity' was perceived as a significant involvement of "be-like-the-other-in-the-wordl", from existentialism / worldliness of Heidegger, whose purpose was to describe the ontological sense of 'familiarity' in their actions mobilization and coordination, also anchored in the perception of Merleau-Ponty to understand the construction of a sense of hostility to nature and the deconstruction of these senses are transmuted into a kind of possibilities, using the analysis of documents and guidelines for network and the speech of the actors. The intention was to generate a careful look at the human condition in its worldliness semiarid backcountry, the ways in which it longs for 'familiarity' supplement their existence in their daily life, work and culture. It was considered that this search for resignation of nature, incorporates the redefinition of territorial identity hinterlands, evoked by the values of belonging and rootedness in the speeches, and practices in trade and exchange of knowledge between communities, institutions and networks. In the process of recovery of semiarid territory (physical and symbolic-cultural), we assessed that the "Education for familiarity', through the contextualization of knowledge, plays an important role in the process of intentional awareness of the subjects about their conditions of worldliness and generating a new look for themselves and their context (material and immaterial). A review of practices and programs of the 'familiarity' that allowed the learning of 'good use' of semiarid nature, through the ethics of prudence (the store) and contextualization, they have promoted reading as a territory Semiarid complex and multidimensional and generated the construction of new territoriality. / O contexto reflexivo desse estudo é a relação natureza e cultura na contemporaneidade. A natureza semiárida tem recebido diferentes compreensões, orientadas por diferentes racionalidades, e, dentre essas, a ambiental, a qual se apresenta pela proposta da Convivência com o Semiárido Brasileiro‟. Tal proposta é compreendida como uma ideia-projeto que inova, impulsiona e direciona ao sociedade civil por meio das redes sociais, formando-se como um rizoma, tecendo seus nós por todas as escalas, aglutinando diferentes bandeiras de lutas sociais travadas no Semiárido contemporâneo (pela água, terra, educação e outras demandas). Ela conduz os atores e sujeitos sociais à reapropriação social da natureza. Essas manifestações são identificadas no Território de Juazeiro (Bahia), por meio de três Diretrizes da
"Convivência‟: a democratização do uso e acesso a água e seus programas (P1MC, P1+2 e outros), a democratização e regulamentação da posse da terra (com ênfase para a situação das terras coletivas de Fundo de pasto) e o uso sustentável da biodiversidade e agrobiodiversidade da Caatinga. Analisou-se se esses programas e práticas reorientam o uso dos recursos naturais, uma vez que não atendem somente o sustento material das populações, em especial, as populações rurais tradicionais, mas também fazem-se base imaterial da cultura e dos valores identitários associados aos seus territórios de vida e trabalho. O fundamento teórico-metodológico do estudo foi pela abordagem fenomenológica e cultural das categorias e temas geográficos de natureza, território/territorialidade, redes e paisagem. Analisou-se como estão se elaborando as novas territorialidades no Semiárido pela Convivência‟. O fenômeno convivência‟ foi apreendido como um envolvimento significativo de ser-com-os-outros-no-mundo , a partir da existencialidade/mundaneidade de Heidegger, cujo propósito foi descrever o sentido ontológico da convivência‟ em suas ações de mobilização e de articulação; também ancorou-se na percepção de Merleau-Ponty para compreender a construção do sentido de hostilidade à natureza e a desconstrução desses sentidos que a transmutam para uma natureza de possibilidades, utilizando-se da análise dos documentos e diretrizes das redes e das falas dos atores sociais. A intenção foi gerar um olhar cuidadoso sobre a condição do homem sertanejo em sua mundaneidade semiárida, as maneiras pelas quais ele busca pela Convivência‟ completar sua existência em seus contextos de vida, de trabalho e de cultura. Considerou-se que nessa busca pela ressignificação da natureza, incorpora-se a ressignificação da identidade territorial sertaneja, evocada pelos valores de pertencimento e de enraizamento, nas falas, nas práticas e nas trocas e intercâmbios de saberes entre comunidades, instituições e redes. Nesse processo de valorização do território semiárido (físico e simbólico-cultural), avaliou-se que a Educação para a Convivência‟, por meio da contextualização do saber, desempenha um importante papel para o processo de tomada de consciência intencional dos sujeitos sobre suas condições de mundaneidade e de geração de um novo olhar para si e para seu contexto (material e imaterial). A análise das práticas e programas da convivência‟ permitiu apreender que do bom uso‟ da natureza semiárida, por meio da ética da prudência (o guardar) e da contextualzação, elas têm promovido a leitura de Semiárido como um território complexo e multidimensional e gerado a construção de novas territorialidades.
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