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Estudo comparativo da esquistossomose mansônica no reservatório silvestre Nectomys squamipes naturalmente infectado e no modelo experimental camundongo Swiss: análises histopatológicas, bioquímicas e ultraestruturaisAmaral, Kátia Batista do 11 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-11 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O roedor Nectomys squamipes, também conhecido como rato d’água, é considerado o mais importante reservatório silvestre do parasito Schistosoma mansoni no Brasil, contribuindo para a epidemiologia da esquistossomose mansônica humana. Além disso, quando infectado, não apresenta sinais clínicos da doença, apresentando lesões teciduais extremamente brandas decorrentes da infecção. Parâmetros relacionados à infecção esquistossomótica em modelos murinos de infecção experimental já foram bem documentados; porém, em modelos de infecção natural, ainda são pouco conhecidos. A relação parasito-hospedeiro neste modelo de infecção natural é de grande relevância e motivou o desenvolvimento deste trabalho. Foi realizado estudo comparativo da esquistossomose mansônica em N. squamipes naturalmente infectado pelo parasito S. mansoni e no camundongo Swiss experimentalmente infectado, nas fases aguda e crônica da infecção, através de análises histopatológicas, bioquímicas e ultraestruturais, objetivando obter uma melhor compreensão de como o rato d’água lida com o parasitismo pelo S. mansoni. Foram realizadas análises de frequências e tipos de granulomas, suas áreas médias e do comprometimento tecidual dos órgãos alvos da infecção (fígado e intestinos), nos dois modelos experimentais. A participação dos eosinófilos durante a resposta inflamatória granulomatosa também foi avaliada, visto que estas células estão presentes em grandes números nos granulomas. Dosagens bioquímicas das transaminases hepáticas auxiliaram na avaliação do dano hepatocelular. Além disso, a influência da esteatose hepática neste modelo de infecção natural foi estudada, visto que seus efeitos não são conhecidos em animais silvestres. Assim, dosagens séricas de glicose, colesterol total e triglicerídeos foram importantes para avaliar o perfil glicêmico e lipídico dos animais estudados. Os tecidos hepáticos dos animais foram submetidos à espectroscopia Raman, para avaliar o grau de insaturação presente. Finalmente, análises ultraestruturais ajudaram a aprofundar o conhecimento sobre os papéis dos eosinófilos e dos corpúsculos lipídicos presentes nos hepatócitos nestes dois modelos de esquistossomose mansônica. Os resultados revelaram que N. squamipes apresentou excelente modulação das lesões teciduais no fígado, com baixo comprometimento tecidual neste órgão e uma reação granulomatosa mais exacerbada no intestino delgado, favorável à eliminação dos ovos do parasito nas fezes. Além disso, os níveis séricos das transaminases não se alteraram em decorrência da infecção neste roedor silvestre, ao contrário do que ocorreu no camundongo Swiss. N. squamipes infectados e não infectados apresentaram os maiores graus de insaturação presentes nos tecidos hepáticos. Características ultraestruturais intrigantes dos eosinófilos de N. squamipes foram observadas por MET. Através dos dados obtidos, concluímos que o rato d’água apresenta uma relação ecológica bem estabelecida com o parasito S. mansoni, sendo que esta adaptação ao parasitismo pode estar relacionada ao metabolismo lipídico deste reservatório silvestre. / The rodent Nectomys squamipes, also known as water rat, is considered the most important wild reservoir of the parasite Schistosoma mansoni in Brazil, contributing to the epidemiology of human schistosomiasis. Furthermore, when infected, it shows no clinical signs of the disease with extremely soft tissue injuries resulting from infection. Parameters related to the infection in murine models of experimental infection have been well documented; however, in natural infection models, they are still largely unknown. The host-parasite relationship in this model of natural infection is highly relevant and motivated the development of this work. So, It was conducted a comparative study of schistosomiasis in N. squamipes naturally infected by the parasite Schistosoma mansoni and in Swiss experimentally infected mice, at the acute and chronic phases of the infection through histological, biochemical and ultrastructural analysis, aiming to gain a better understanding of how the water rat handles with parasitism by S. mansoni. Analysis of frequencies and types of granulomas were held, their average areas and tissue impairment of the target organs of infection (liver and intestines) in both experimental models. The involvement of eosinophils during granulomatous inflammatory response was also evaluated, as these cells are present in large numbers in the granulomas. Biochemical testing of liver transaminases contributed to the evaluation of hepatocellular damage. Furthermore, the influence of hepatic steatosis in the natural infection model was studied, since their effects are not known in wild animals. Thus, serum levels of glucose, total cholesterol and triglycerides were important to assess the glycemic and lipid profile of the animals studied. The liver tissues of animals were subjected to Raman spectroscopy, to assess the degree of unsaturation. Finally, ultrastructural analysis helped to deepen understanding of the roles of eosinophils and lipid bodies present in hepatocytes in these two models of schistosomiasis. The results revealed that N. squamipes showed excellent modulation of tissue lesions in the liver, with low tissue impairment and a more exacerbated granulomatous reaction in the small intestine, favoring the elimination of the parasite eggs in feces. Furthermore, serum transaminases levels did not change as a result of the infection in wild rodents, unlike what occurred in Swiss mice. N. squamipes infected and uninfected showed the highest degree of unsaturation present in liver tissue. Intriguing ultrastructural characteristics of N. squamipes eosinophils were observed by TEM. Through the data obtained, we concluded that the water rat has a wellestablished ecological relationship with the parasite Schistosoma mansoni, and this adaptation to parasitism may be related to lipid metabolism of this wild reservoir.
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Ecologia populacional de pequenos mamíferos e o parasitismo por Trypanosoma cruzi em uma área rural do estado do Rio de JaneiroPortugal, Luciana Galdino January 2009 (has links)
Submitted by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2012-06-04T13:19:24Z
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Previous issue date: 2009 / Instituto Oswaldo Cruz, CNPq, PAPES III / Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública. Rio de janeiro, RJ, Brasil / Este trabalho determinou o perfil de infecção natural, ao longo do tempo, do
Trypanosoma cruzi nos marsupiais Didelphis aurita e Philander frenatus e nos
roedores Nectomys squamipes, Akodon cursor e Oligoryzomys nigripes no Município
de Sumidouro, RJ. O diagnóstico parasitológico, obtido através de hemocultivos, e as
prevalências sorológicas, obtidas através de Imunoflorescência Indireta, foram
analisadas e correlacionadas com os dados populacionais, biológicos e de habitat dos
hospedeiros, e com as variáveis ambientais e de composição de fauna da área. As
dinâmicas populacionais dos pequenos mamíferos seguiram os padrões observados
para as espécies neotropicais, estando relacionadas às suas estratégias reprodutivas,
sendo estacional para os marsupiais e oportunista para os roedores. Apesar da
degradação ambiental, os marsupiais e roedores apresentaram preferências por
microhabitats específicos dentro da área de captura. Nenhuma amostra proveniente
dos roedores foi positiva no hemocultivo, nem na análise sorológica. Na análise
parasitológica dos marsupiais, 5% dos hemocultivos foram positivos, enquanto que na
sorologia, a prevalência variou de 20% a 60% para D. aurita e 0% e 67,5% para P.
frenatus. Através das taxas de infecção, não foram encontradas relações entre o
parasitismo e a riqueza ou diversidade de mamíferos da área de estudo. Não houve
diferença entre o habitat de animais infectados e não infectados. Não houve diferença
entre machos e fêmeas infectados. O parasitismo por T. cruzi não afetou a biologia
dos seus hospedeiros nem suas dinâmicas populacionais neste cenário de
transmissão do parasito. Assim, foi verificada a existência de um ciclo de transmissão
de T. cruzi na área, com ausência de participação dos roedores. Os marsupiais
atuaram como hospedeiros mantenedores nas duas áreas de estudo, devido às
evidências sorológicas e as baixas parasitemias. É possível que outras espécies de
mamíferos estejam atuando na área como hospedeiros mantenedores ou
amplificadores da infecção, como o furão Galictis cf. Cuja, que foi a primeira espécies
capturada com infecção natural por T. cruzi na área. Concluímos que o ciclo de
transmissão do T. cruzi nesta região apresentou um perfil de parasitemia sub-patente
nas espécies marsupiais, caracterizada apenas pelo diagnóstico sorológico, e uma
continuidade de transmissão ao longo de todo o ano nas duas áreas, observada
através das conversões sorológicas. / The aim of this study was to understand the natural infection dynamic by
Trypanosoma cruzi in the marsupials Didelphis aurita and Philander frenatus and the
rodents Nectomys squamipes, Akodon cursor and Oligorysomys nigripes in order to
along time, in Sumidouro Municipality, Rio de Janeiro State. The parasitological
diagnose obtained from Haemoculture and the Serological prevalence obtained from
Immunofluorescense assay were analyzed and correlated with the population
dynamics of the hosts, their habitat and biological factors, and also with environment
variables and species composition of the study area. The population dynamics of the
small mammals followed the patterns observed for Neotropical species, showing a
relation with the reproductive strategies, which was seasonal for the marsupials and
opportunist for the rodents. Despite of the environment degradation, the marsupials
and rodents presented preference for specifics microhabitats in the study area. No
rodent was positive neither in the haemoculture nor in serology for T. cruzi infection.
In the parasitological analysis of the marsupials, 5% of the haemocultures were
positive while the prevalence using serology ranged from 20% to 60% for D. aurita
and from 0% to 67,5% for P. frenatus. No relation was found between parasitism and
richness and diversity of mammals’ species. Marsupials’ habitats were more related
to triatomines’ habitat than the rodents’ habitat. No difference was observed between
males and females infected animals. The parasitism of T. cruzi did not affect the
biology of the hosts, neither their population dynamics in this scenario of
transmission. Thus, a transmission cycle of T. cruzi was confirmed in the study area,
and the rodents’ species were not participating in the transmission. The marsupials
D.aurita and P. frenatus acted in this scenario as maintaining hosts in both study
areas, due to the serological evidences and low parasitemia. It is possible that other
mammal species are participating in this cycle as maintaining or amplifier hosts, for
example the ferret Galictis cf. cuja. In conclusion, the profile of the transmission cycle
of T. cruzi in this area was a sub-patent parasitemia in the marsupials, evidenced
only by serologic results, and there is continuity in the parasite transmission
throughout the year in the two study areas, observed in the serologic conversions.
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