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Autonomia feminina e conflitos: uma análise de O quinze e As três Marias, de Rachel de QueirozBarros, Livia Claudia Torres de 29 May 2017 (has links)
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Dissertação Mestrado LIVIA TORRES.pdf: 966744 bytes, checksum: ce65a855470908b995b21123c8a77060 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Durante a Idade Média, a representação da dualidade masculino/feminino
deveria representar uma hierarquia na qual o homem figurava como superior e a mulher
carregaria uma imagem inferior e submissa com relação ao masculino. Esta ordem
prevaleceu no mundo ocidental durante séculos e apenas a partir do século XIX o
mundo começou a perceber um movimento mais organizado por parte das mulheres em
busca de independência, autonomia, e de um lugar ao lado do homem ao invés da
posição inferior a qual fora relegada durante tanto tempo.
Nos romances O quinze e As três Marias, a escritora cearense Rachel de Queiroz
apresenta mulheres ambientadas nas primeiras décadas do século XX; mulheres que ao
invés de seguirem o modelo imposto pela sociedade patriarcal no qual deveriam
preparar-se para o casamento e a maternidade, são fortes, independentes e emancipadas.
Através da fala dos narradores das duas obras fica evidente a posição dos mesmos
quanto a situação da mulher que busca se libertar do modelo patriarcal, afinal não existe
imparcialidade e nem neutralidade; seu ponto de vista é de extrema importância para o
desenvolvimento das narrativas e para os caminhos que estas irão seguir.
Conhecendo a posição dos narradores, é necessário o entendimento do conceito
de autonomia. Além disso, interessa pensarmos no panorama das conquistas femininas
no Brasil mostrando como essas questões estão colocadas dos anos 20/30 adiante. A
partir desse panorama, interessa pensar como a autonomia se materializa dentro dos
romances. Entretanto, a conquista da autonomia tem um preço; as conquistas não se
deram sem conflitos e muitas mulheres ficaram estigmatizadas tanto no ponto de vista
pessoal quanto social. Finalmente, nos interessa pensar se estas obras têm algo a dizer à
mulher contemporânea ou se ficaram datadas / During the Middle Ages, the representation of male / female duality should
represent a hierarchy in which man appeared as superior and woman carry a lower
image and submissive in relation to men. This order prevailed in the Western world for
centuries and only from the nineteenth century the world began to realize a more
organized movement by women in search of independence, autonomy, and a place
beside the man rather than the lower position which she was relegated for so long.
In the novels O quinze and As três Marias, the cearense writer Rachel de
Queiroz has acclimated women in the first decades of the twentieth century; women
who instead of following the model imposed by the patriarchal society in which they
should prepare for marriage and motherhood, are strong, independent and emancipated.
By the speaking of the narrators of the two novels it is clear their position about the
status of women seeking to break free of the patriarchal model, after all there is no
impartial and neutrality; Their point of view is very important for the development of
narrative and the ways that these will follow.
Knowing the position of the narrators, the understanding of the concept of
autonomy is necessary. Also, it’s interesting to think about the overview of women's
achievements in Brazil showing how these issues are placed on the years 20/30. From
this background, it’s interesting to think about how autonomy materializes within the
novels. However, the achievement of independence has a price; the achievements did
not occur without conflict and many women were stigmatized in both personal and
social point of view. Finally, it concerns us wonder if these works have something to
say to contemporary woman or were dated
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O livrinho que desencadeou o resto: circulação e produção do romance O Quinze de Rachel de Queiroz pela Livraria José Olympio Editora (1948-1990) / Le petit livre qui a déclenché le reste: la circulation et la production du roman Le Quinze de Rachel de Queiroz par Livraria José Olympio Editora (1948-1990)Oliveira, Gilberto Gilvan Souza January 2017 (has links)
OLIVEIRA, Gilberto Gilvan Souza. O livrinho que desencadeou o resto: circulação e produção do romance O Quinze de Rachel de Queiroz pela livraria José Olympio Editora (1948-1990). 2017. 199f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em História, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-02-21T15:27:36Z
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Previous issue date: 2017 / Em 1948 chegava ao mercado livresco a primeira edição do romance O Quinze de Rachel de Queiroz com o selo da Livraria José Olympio Editora. A supracitada edição compunha a publicação intitulada Três Romances (O Quinze, João Miguel e Caminhos de Pedras). Entre os anos de 1938 a 1991, período no qual a editora deteve os direitos de publicação das obras de Rachel Queiroz, foram produzidas 44 edições para o primeiro romance da escritora. O presente trabalho analisa como o livro O Quinze tornou-se um produto editorial da Livraria José Olympio Editora, ou seja, como a editora produziu, publicizou, atribuiu significados e divulgou a obra.
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O livrinho que desencadeou o resto: circulaÃÃo e produÃÃo do romance O Quinze de Rachel de Queiroz pela Livraria Josà Olympio Editora (1948-1990) / Le petit livre qui a dÃclenchà le reste: la circulation et la production du roman Le Quinze de Rachel de Queiroz par Livraria Josà Olympio Editora (1948-1990)Gilberto Gilvan Souza Oliveira 17 February 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Em 1948 chegava ao mercado livresco a primeira ediÃÃo do romance O Quinze de Rachel de Queiroz com o selo da Livraria Josà Olympio Editora. A supracitada ediÃÃo compunha a publicaÃÃo intitulada TrÃs Romances (O Quinze, JoÃo Miguel e Caminhos de Pedras). Entre os anos de 1938 a 1991, perÃodo no qual a editora deteve os direitos de publicaÃÃo das obras de Rachel Queiroz, foram produzidas 44 ediÃÃes para o primeiro romance da escritora. O presente trabalho analisa como o livro O Quinze tornou-se um produto editorial da Livraria Josà Olympio Editora, ou seja, como a editora produziu, publicizou, atribuiu significados e divulgou a obra.
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Telha de vidro: a semiÃtica da luz na traduÃÃo de O Quinze, de Rachel de Queiroz, Ãs telas e a outras pÃginasMarÃlia Ribeiro Lovatel 19 September 2017 (has links)
nÃo hà / This investigation refers to the intersemiotic translation of the novel O Quinze, a work published in 1930 by the writer Rachel de Queiroz, according to the categories of transparency and opacity. The analysis intends to point out the occurrence of a semiotic of light, motivated by the metaphor of the âglass tileâ, suggested in a poem by the mentioned novelist, in the translated text and in the developments that extrapolate the original textual plan. The analysis in question develops in two levels. The first one is composed by the challenge that represents the film adaptation of the mentioned literary work, by passing through its adaptation to comic books, video and TV; and the second one refers to the dichotomous literary relations of transparency versus opacity, studied within the context of a semiotic of light. Based on the discursive semiotic of Greimas and his followers, specially Denis Bertrand, Diana Luz Pessoa de Barros and Josà Luiz Fiorin, and of the intersemiotic translation proposed by Roman Jakobson, this study culminates in a quantitative and qualitative survey of the occurrence of transparency and opacity in the film adaptation of O Quinze, which is understood as a translation of the namesake novel, realized by Jurandir Oliveira in 2004. By crossing the mentioned theoretical references, the reading of the literary and movie texts, by admitting that the metaphor of the glass tile is an integrating category of the compared study, we conclude that it is possible to recognize either the opacity or the transparency effect in the work of Jurandir Oliveira. / Esta investigaÃÃo refere-se à traduÃÃo intersemiÃtica do romance O Quinze, obra lanÃada em 1930 pela escritora Rachel de Queiroz, segundo as categorias da transparÃncia e da opacidade.
A anÃlise propÃe-se apontar a ocorrÃncia de uma semiÃtica da luz, motivada pela metÃfora da âtelha de vidroâ, sugerida em poema da referida romancista, no texto traduzido e nos desdobramentos que extrapolam o plano textual de origem. A anÃlise em questÃo se desenrola em dois nÃveis. O primeiro à composto pelo desafio que representa a adaptaÃÃo da obra literÃria referida para o cinema, passando por sua adaptaÃÃo para os quadrinhos, para o vÃdeo e para a TV; e o segundo refere-se Ãs relaÃÃes literÃrias dicotÃmicas de transparÃncia versus opacidade, estudadas dentro do contexto de uma semiÃtica da luz. Fundamentado na semiÃtica discursiva de Greimas e seus seguidores, com destaque para Denis Bertrand, Diana Luz Pessoa de Barros e Josà Luiz Fiorin, e da traduÃÃo intersemiÃtica proposta por Roman Jakobson, este estudo culmina com um levantamento quantitativo e qualitativo da ocorrÃncia da transparÃncia e da opacidade na adaptaÃÃo fÃlmica de O Quinze, entendido como traduÃÃo do romance homÃnimo, realizada por Jurandir Oliveira em 2004. A partir do cruzamento dos referenciais teÃricos mencionados, da leitura dos textos literÃrio e fÃlmico, admitindo-se como categoria integradora do estudo comparado a metÃfora da telha de vidro, conclui-se que à possÃvel reconhecer tanto a opacidade quanto o efeito de transparÃncia no trabalho de Jurandir Oliveira.
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De borregos enjeitados a bichos miúdos: ilustrações da infância do romance brasileiro de 30 / The lambs foundlings the kids critters: childhood illustrations in brazilian romance of 30Timbó, Margarida Pontes January 2016 (has links)
TIMBÓ, Margarida Pontes. De borregos enjeitados a bichos miúdos: ilustrações da infância do romance brasileiro de 30. 2016. 267f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza, 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2016-11-03T17:11:06Z
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Previous issue date: 2016 / In this work I intend to mark the presence of childhood and family notions in four novels from the 30’s Romance in the Northeast. They are: A Bagaceira (1928), by José Américo de Almeida; O Quinze (1930), by Rachel de Queiroz; Menino de Engenho (1932), José Lins do Rego; Vidas Secas (1938), by Graciliano Ramos. The work is projected through a reading of childish images, focusing on the character’s relationship (or the narrator’s when he reports his childhood) with his family. It itends to be another way of inflexion, adding a new way of reading in respect to the interpretation of the referred novels, which are looked most of time through the view of the telluric literature, and that of social function, including the par textual apparatus, They are represented by the illustrations in the covers of the books, which embodies different periods and editorial publications. The 30’s was really fructifull to the Brazilian Art and Literature, and the first artistic illustrations printed in the covers of the novel’s editions appear in this period. The inner illustrations appear in post editions, specifically from the 6th one on. As the covers and illustrations are iconic ‘manifestations’ that work as par text (GENETTE, 2009), they also use the inner illustrations created by the artists Candido Portinari, Aldemir Martins e Poty Lazarotto as corpus. The theoretical and bibliographical research is based on the reading of the critical fortune of the novels, according to Bueno (2006), Castello (1961a), (1961b), Montello (1983), among others. She is also in accordance with Genette (2009), Lima (1985), Linden (2011), Nikolajeva e Scott (2011). These workers who study the illustration and its relation with the literary text, and, finally, is based on Ariès (2006), Badinter (1985), Coutinho (2012a), (2012b), Corazza (2004) and others who study relative themes to the childhood, and to the family. I intend to verify that, starting from sociological readings, it is possible to investigate the child character’s through the idea of abandonment. This abandonment, however, should not be undersrtood as a consequence of the nature’s hardness in the descripted spaces in the romance experiences, nor the consequence of the coldness that starts to spread in the nuclear family. I examine in two novels the presence of a orphanage, in other, the abandonment is the same. I examine in two novels the presence of the orphanage, and in another, the maternal abandonment, that’s it, diferente factors that define the quality of the protagonists’ existence, to the ones is aplicable very appropriately the sintagma: “borrego enjeitado”, which also can be read the works’ inner illustration. To the prottagonists it is applicable the sintagma: ‘bichos miúdos’, which regards to the way the child characters live singular experiences with the neighboor, especially with his mother. So, illustrations question these experiences among family. I hope that as soon as this study can, it assumes the importance of the child in the written text, showing the way the illustrations can rewrite the ficcion, and the figurine of the characters. / Neste trabalho de tese busca-se marcar a presença das noções de infância e de família em quatro narrativas do chamado Romance de 30 nordestino, a saber: A Bagaceira (1928), de José Américo de Almeida; O Quinze (1930), de Rachel de Queiroz; Menino de Engenho (1932), de José Lins do Rego e Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos. O trabalho projeta-se através de uma leitura de imagens da criança, enfocando a relação da personagem (ou do narrador quando se reporta à infância) com a família. Essa pretende ser uma outra forma de inflexão acrescentando uma nova leitura quanto à interpretação das referidas obras, vislumbradas, o mais das vezes, pelos ângulos da literatura telúrica e da de cunho social, inclusive no que tange ao aparato paratextual também representado pelas ilustrações das capas dos romances, que abrangem diferentes períodos e publicações editoriais. A década de 30 foi bastante frutífera para as artes e letras brasileiras, e as primeiras ilustrações artísticas impressas nas capas de edições dos romances surgem neste período. As ilustrações internas apareceram em edições posteriores, mais especificamente da 6ª edição em diante. Como as capas e ilustrações são “manifestações” icônicas que funcionam como “paratexto” (GENETTE, 2009), também se utilizam como corpus as ilustrações internas criadas pelos artistas Candido Portinari, Aldemir Martins e Poty Lazzarotto, que potencializam a leitura do texto literário. A pesquisa teórico-bibliográfica baseou-se na releitura da fortuna crítica dos romances, com base em Bueno (2006), Castello (1961a), (1961b), Montello (1983), dentre outros; fundamentou-se também no pensamento de Genette (2009), Lima (1985), Linden (2011), Nikolajeva e Scott (2011), autores que estudam a ilustração e sua relação com o texto literário, pautando-se, por fim, nas ideias de Ariès (2006), Badinter (1985), Coutinho (2012a), (2012b), Corazza (2004) e outros que versam sobre as temáticas relativas à infância e à família. Pretende-se verificar que, a partir das leituras de viés sociológico, é possível abrir uma outra trilha de investigação que contemple a figura das personagens crianças por meio da ideia de abandono, abandono esse entendido não apenas como uma decorrência da aridez da natureza nos espaços descritos nas experiências romanescas, bem como da consequente sequidão que passa a circular no âmbito das relações familiares. Examina-se em dois romances a presença da orfandade, em outro, o abandono materno, isto é, diferentes fatores que definem a qualidade do percurso existencial dos protagonistas, aos quais se aplica com pertinência o sintagma “borrego enjeitado”, que também pode ser lido nas ilustrações internas das obras. Aos protagonistas aplica-se ainda o sintagma “bichos miúdos”, que diz respeito ao modo como as personagens crianças vivenciam experiências singulares com o outro, especialmente com a mãe. Portanto, texto e ilustrações problematizam estas vivências entre criança e família. Espera-se assim que este estudo afirme a importância da infância no texto escrito, mostrando ainda como as ilustrações reescrevem a ficção e a figuração das personagens.
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