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O Orfismo em O País dos Mourões

Mourão, Carlos Antonio Fontenele January 2006 (has links)
MOURÃO, Carlos Antonio Fontenele. O orfismo em O país dos Mourões. 2006. 103f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Literatura, Programa de Pós-Graduação em Letras, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-06-25T13:10:40Z No. of bitstreams: 1 2006_DIS_CAFMOURAO.pdf: 565299 bytes, checksum: 97eb808b5c0adcbf0390d9127d3024f2 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-18T13:23:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_DIS_CAFMOURAO.pdf: 565299 bytes, checksum: 97eb808b5c0adcbf0390d9127d3024f2 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-18T13:23:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_DIS_CAFMOURAO.pdf: 565299 bytes, checksum: 97eb808b5c0adcbf0390d9127d3024f2 (MD5) Previous issue date: 2006 / O presente trabalho pretende ser um estudo hermenêutico acerca da obra O País dos Mourões, primeiro livro de uma trilogia intitulada Os Peãs, cujo autor é o cearense Gerardo Mello Mourão. Para tanto, escolhemos a observação de um aspecto que evidencia a larga aproximação da obra do autor com o universo mitológico grego: a presença do Orfismo, revelado no poema pelo alcance lírico presente no estilo próprio de sua escrita épica. A figura da musa surge no estudo como um elemento chave que possibilita enxergarmos o memorialismo nesse transcurso órfico empreendido em todo o poema, sendo assim o fio condutor capaz de promover a junção entre aspectos aparentemente tão díspares: o humano e o divino, o eterno e o efêmero, o individual e o universal... Aspectos estes que se transportam mesmo para o plano estético da obra, que termina por ser um mosaico onde se coadunam o poético e o prosaico, bem como o inventivo e o documental. Há ainda nesse trabalho a apreciação do caráter filosófico influenciador da geração em que se insere o autor: é a forte carga existencialista, por onde vemos um forte traço de união com o aspecto órfico da escritura gerardiana, já que o caminho da Grécia, a viagem metafórica de ressurreição empreendida alegoricamente pelo autor, é ao mesmo tempo o caminho do encontro com a angústia ontológica e a libertação do ser.

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