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Diagnóstico etiológico do hirsutismoOppermann, Karen January 1992 (has links)
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de se identificar e caracterizar a população de hir s utismo do nosso meio. Para este mulheres fim, foi investigada uma amostra de pacientes com esta queixa. O hirsutismo pode ser uma queixa freqüente, principalmente em regiões de colonização mediterrânea, sendo esta uma característica do nosso local de trabalho (RS). O hir s utismo pode estar relacio nado a graus variados de hiper androgenismo, e manifestar-se como queixa isolada, ou como parte de um quadro clínico mais florido. Quanto a sua etiologia, pode ser decorrente de um processo neoplásico e/ou por uma disfunção ovariana ou adrenal, ou mesmo por uma hiperutilização androgênica pelo folículo piloso. Partindo-se destes conceitos iniciais, formulou-s e um protocolo de pesqu isa para caracte ri zar e definir o diagnóstico etiológico em uma amostra de mulheres hirsutas. Esta pesquisa iniciou em maio/89, em um grupo de pacientes que procuraram espontãneamente a Unidade de Endocrinolog ia Ginecológica do Serviço de Endocrinilogia do HCPA, com esta queixa . Foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 58 mulheres hirsutas e comparados aos resultados de um grupo controle. Os exames hormonais foram processados por RIE, no laboratório de radioimunoensaio do HCPA . Os resul tados foram anal isados estatisticamente através do teste "T" de Student ou ANOVA, e da análise discriminante nesta amostra de hirsutas e de mulheres controle. Com a avaliação dos dados coletados pode-se caracteri zar a amostra de mulheres hirsutas em mulheres com hirsutisrno por disfunção ovariana (ciclos menstruais disfuncionais, níveis de andrógenos elevados, níveis normais de 170HP), separadas em ovários policísticos tipo I ou tipo II (PCOI ou II) conforme a resposta do LH ao LHRH, mulheres tardio elevados), com hiperplasia adrenal congênita níveis de 170HP basais e/ou de início estimulados e mu lheres com hirsutismo idiopático (ciclos menstruais regulares e ovulatórios e exames hormo nais no rmais). Não foi detectado nenhum caso de hirsutismo de origem tumoral . A amostra geral de hirsutas caracterizo use por terníveis mais elevados de a ndr ógenos quando comparados ao grupo controle, por ter uma média de IMC > 25kg/m2 e por ter ciclos disfuncionais em 59% dos casos. Através deste estudo, pode-se identifi car os diferent es grupos e tiológicos conforme a seguin te class ificação: hirsutismo por hiperplasia adrenal congênita de início tardio em 8, 9% dos casos, por PCO tipo! em 30,3%, por PCO tipo II em 12, 5% e hirsutismo idiopático em 48 ,2% dos casos.
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Polimorfismos do gene da adiponectina e variáveis clínicas, metabólicas e hormonais em mulheres com ou sem a síndrome dos ovários policísticos (PCOS) e investigação de um modelo animal para o estudo da PCOSBagatini, Simone Radavelli January 2010 (has links)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é uma endocrinopatia freqüente em mulheres em idade reprodutiva, sendo caracterizada por uma variedade de manifestações clínicas, incluindo resistência à insulina (RI). A adiponectina está associada com a sensibilidade à insulina e as variantes do gene desta adipocina podem estar envolvidas com aspectos fisiopatológicos da RI. No estudo 1, o objetivo foi verificar possíveis associações entre polimorfismos de nucleotídeos únicos (SNPs) do gene da adiponectina (SNPs G276T, T45G, C11377G e G11391A) e a composição corporal, presença de comorbidades relacionadas à obesidade, bem como perfil hormonal e metabólico, em 80 mulheres com PCOS e 37 controles da região sul do Brasil. A análise genotípica foi avaliada por PCR convencional e digestão enzimática para os SNPs T45G e G276T, localizados no éxon 2 e íntron 2, respectivamente, e PCR em tempo real para os SNPs da região promotora, C11377G e G11391A. As pacientes com PCOS eram mais jovens do que as participantes do grupo controle (21,30 ± 6,01 e 29,86 ± 5,15 anos, p=0,0001). Pressão arterial sistólica e diastólica (p<0,03), escore de Ferriman para hirsutismo (p=0,0001) e relação cintura/quadril (p=0,002) foram mais elevados nas mulheres com PCOS, bem como triglicerídeos, colesterol total e LDLc comparado às controles (p<0,02). Os níveis de insulina em jejum, HOMA, testosterona e IAL foram também significativamente maiores em mulheres com PCOS e a concentração de SHBG mostrou-se significativamente menor do que nas controles (p=0,0001). A freqüência dos genótipos do SNP G276T para mulheres com PCOS foi de 52,6% G/G, 33,3% G/T, 14,1% T/T e para controles foi de 27% G/G, 62,2% G/T, 10,8% T/T. Para o SNP T45G a freqüência dos genótipos T/T, T/G e G/G foi de 79,5%, 17,9% e 2,6%, respectivamente, em mulheres com PCOS, e de 62,2%, 37,8% e 0%, respectivamente, nas controles. Ambos os SNPs foram associados à PCOS, sendo o genótipo polimórfico G/T+T/T do SNP G276T menos freqüente em mulheres com PCOS (p=0,010; Odds ratio: 2,992; 95% Intervalo de Confiança: 1,278-7,006) comparado a controles, enquanto que para o SNP T45G o genótipo selvagem mostrou-se mais freqüente em mulheres com PCOS (p=0,048). Na amostra estudada as freqüências dos SNPs foram similares às freqüências observadas em outras populações. Em relação aos polimorfismos da região promotora, para o SNP C11377G a freqüência genotípica foi de 52,2% para C/C, 36,2% para C/G e 11,6% para G/G em pacientes com PCOS, e em controles foi de 64,9% para C/C, 32,4 para C/G e 2,7% para G/G. A freqüência dos genótipos do SNP G11391A foi G/G 89%, G/A 9,6% e A/A 1,4% em mulheres com PCOS; e G/G 75,7%, G/A 24,3% e A/A 0% em mulheres sem a síndrome. Foram consideradas alterações polimórficas a presença de genótipos C/G+G/G para o SNP C11377G e o genótipo C/C como ausência de polimorfismo. Para o SNP G11391A considerou-se G/A+A/A a presença de polimorfismo e G/G a ausência de alteração polimórfica. Todos os SNPs estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os SNPs da região promotora do gene da adiponectina não mostraram associação com a PCOS, e não houve diferença estatisticamente significativa entre os genótipos nas variáveis clínicas, antropométricas, metabólicas e hormonais em ambos os grupos. Para o estudo 2, foi utilizada uma linhagem de camundongos obesos Neo-Zelandeses (New Zealand Obese mouse ou NZO mouse), modelo poligênico de obesidade, RI e hiperinsulinemia. As fêmeas apresentam também fertilidade reduzida. Por apresentarem características similares às observadas em pacientes com PCOS, estabeleceu-se a hipótese que estes camundongos poderiam ser um modelo promissor para o estudo da síndrome, que pudesse expressar tanto as características reprodutivas quanto metabólicas da PCOS. Os objetivos deste estudo foram caracterizar as alterações metabólicas relacionadas com resistência insulínica, os aspectos morfológicos da estrutura ovariana e os níveis de hormônios reprodutivos em fêmeas de camundongos obesos, em três diferentes etapas da vida: jovens, adultos e de meia idade, e em animais controles. As fêmeas de camundongos foram pesadas e submetidas ao teste de tolerância à insulina, e à coleta de sangue para dosagens hormonais. Os ovários foram removidos para a análise histológica. Como esperado, as fêmeas NZO apresentaram maior peso corporal (p=0,001), aumento dos níveis de glicose (p=0,007) e insulina (p=0,001) basais, bem como RI, comparado a controles. Nas NZO observou-se também um aumento no volume ovariano, menor número de corpus lúteos e número mais elevados de folículos totais (p=0,0001), representados principalmente por folículos atrésicos (p=0,03), e associados com níveis diminuídos de LH e aumentados de Estradiol, em relação as controle. Concluímos que fêmeas de camundongos obesos apresentaram ambas as características, ovariana e metabólica da PCOS humana, sugerindo ser um modelo adequado na investigação de mecanismos patofisiológicos ligados a alterações metabólicas com anormalidades reprodutivas. / Polycystic ovary syndrome (PCOS) is the most common endocrine disorder in women of reproductive age. It is characterized by many clinic manifestations, including insulin resistance (IR). Adiponectin is associated to insulin sensitivity and adiponectin polymorphisms might be related to pathophysiological aspects of IR in PCOS. In study 1, we aimed to verify the association between Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs) of the adiponectin gene (SNPs G276T, T45G, C11377G and G11391A) and the body composition, obesity-associated comorbities and the hormonal and clinical profile, in 80 women with PCOS and 37 controls from south of Brazil. Genotypic analyses were evaluated by Conventional PCR and Cleavage for the G276T and T45G polimorphisms and Real Time PCR for the SNPs C11377G and G11391A. PCOS patients were younger than controls (21.30 ± 6.01 and 29.86 ± 5.15 years old, p=0.0001). Systolic and diastolic blood pressure (p<0.03), Ferriman score for hirsutism (p=0.0001) and waist/hip ratio (p=0.002) were higher in PCOS group as well as TG, CT and LDLc compared to control group (p<0.02). Fasting insulin levels, HOMA-IR index, testosterone concentrations and FAI were also significantly greater in PCOS women, but SHBG concentration was lower (p=0.0001). Genotype frequency for SNP G276T in women with PCOS was 52.6% G/G, 33.3% G/T, 14.1% T/T and for controls was 27% G/G, 62.2% G/T, 10.8% T/T. In SNP T45G the frequency for genotypes T/T, T/G and G/G was 79.5%, 17.9% and 2.6%, respectively, in PCOS women, and 62.2%, 37.8% e 0%, respectively, in controls. Both SNPs G276T and T45G were associated to PCOS, being less frequent in this group compared to controls (p=0.010 and p=0.048, respectively). Our study showed similar genotypic frequency distribution compared to other populations. For the SNP C11377G, genotypic frequency distribution was 52.2% for C/C, 36.2% for C/G and 11.6% for G/G in women with PCOS, and in controls it was 64.9% for C/C, 32.4 for C/G and 2.7% for G/G. Genotypic frequency distribution of SNP G11391A was G/G 89%, G/A 9.6% and A/A 1.4% in women with PCOS; and G/G 75.7%, G/A 24.3% and A/A 0% in healthy women. Polymorphisms were in Hardy-Weinberg equilibrium. SNPs C11377G and G11391A of the adiponectin gene were not associated to PCOS or other clinical, anthropometric, metabolic and hormonal variables in both groups. In the study 2, we studied New Zealand Obese (NZO) mice, a polygenic model of obesity, IR and hyperinsulinemia. Importantly NZO mice are poor breeders; Since they display similar metabolic features of human PCOS we hypothesized they might be a suitable model to study PCOS further. The aim of this study was to assess sex hormone levels and ovarian structure in female NZO and lean C57BL/6J control mice in three different ages: young, adult and middle age. Twenty-five NZO and twenty female control mice at three different ages (young, adult and aged) were studied. The animals were weighed, an insulin tolerance test (ITT) was carried out and the blood was collected for hormonal level measurement. The ovaries were removed for histological analysis. As expected, NZO mice presented higher BW (p=0.001), increased basal plasma glucose (p=0.007) and insulin levels (p=0.001), as well as insulin resistance compared with control mice. NZO mice showed an increased ovarian volume, reduced numbers of corpora lutea, higher total follicles numbers (p=0.0001), but an increased amount of atretic follicles (p=0.03) associated with reduced plasma luteinising hormone levels and increased estradiol levels. In conclusion, NZO mice presented both the ovarian and metabolic features of human PCOS suggesting that they are suitable for investigating pathophysiological mechanisms linking metabolic alterations with reproductive defects.
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Uso do metformin em mulheres obesas com a síndrome dos ovários policísticosChou, Kai Hua January 2001 (has links)
Resumo não disponível.
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Distúrbio menstrual em adolescentesHerter, Liliane Diefenthaeler January 1995 (has links)
Com o objetivo de estudar o perfil menstrual de adolescentes de um serviço clínico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e de caracterizar, sob o ponto de vista clínico, hormonal e ultra-sonográfico, as adolescentes com ciclos menstruais irregulares de um serviço de endocrinologia ginecológica do HCPA, realizamos dois estudos. ESTUDO I - O primeiro estudo foi aleatório e realizado num período de 5 meses. Todas as pacientes, entre 1O e 20 anos, que compareceram às consultas na Unidade de Adolescência do HCPA nos dias sorteados, foram convidadas a participar da pesquisa. Responderam ao questionário 95,73% das pacientes (n=202). A média da idade foi de 14,52 ± 1,90 anos. A média da menarca ocorreu aos 11,86 ± 1,25 anos, sendo a moda aos 12 anos de idade. Houve uma tendência de a menarca ocorrer mais freqüentemente no verão, mas este achado não foi estatisticamente significativo. Comparando 101 duplas de mãefilha, observamos que a menarca materna foi 0,9 ano mais tarde que a das filhas (p=0,0001). Além disso, a menarca da mãe apresentou uma correlação positiva com a de sua própria filha (p=0,022; r=0,2). A prevalência de ciclos menstruais irregulares foi de 14,36%. A irregularidade mais freqüente foi a oligomenorréia (41,38%). Analisando as 120 pacientes que já ha viam apresentado ciclos menstruais regulares, observamos que a idade cronológica média em que os ciclos menstruais regularizaram foi de 12,59 ± 1,75 anos, e a idade ginecológica, de 0,80 ± 1.7 anos, sendo que em 88,60% delas a regularização dos ciclos menstruais se deu antes de completar 2 anos da menarca. Comparando as pacientes com ciclos menstruais regulares (n=105) e irregulares (n=29), não registramos diferença estatisticamente significativa quanto à idade cronológica, índice de massa corporal, idade de ocorrência da menarca, idade ginecológica e prevalência de dismenorréia. Entre as pacientes pós-menarca entrevistadas (n=174), identificamos 81 (46,55%) que haviam apresentado dismenorréia em mais de metade dos ciclos menstruais. Estas foram comparadas com as 93 que nunca apresentaram este sintoma ou o fizeram eventualmente. As pacientes dismenorréicas eram mais velhas (p=0,03) e menstruavam há mais tempo (p=0,01). Não encontramos diferença entre o índice de massa corporal, quantidade de fluxo menstrual (7 dias e > 8 dias) e padrão menstrual (ciclos menstruais regulares e irregulares). A percentagem de gordura corporal foi maior nas pacientes com ciclos menstruais regulares do que nas que menstruavam há menos de 6 meses ou do que nas pré-menarca (p=0,0000001). Concluindo, constatamos que a maioria das pacientes (88,60%) que regularizaram seus ciclos menstruais o fizeram até o segundo ano após iniciar a menstruação. Assim, sugerimos que pacientes com ciclos menstruais irregulares com mais de 2 anos de idade ginecológica ou com idade ginecológica inferior a 2 anos, mas acompanhada de sinais ou sintomas clínicos pertinentes, merecem maior atenção. ESTUDO II - Foram avaliadas 29 adolescentes entre 12 e 20 anos (15,10 ± 2,13 anos) que consultaram na Unidade de Endocrinologia Ginecológica do HCPA. Foram dosados FSH, LH, estradiol, testosterona, androstenediona e prolactina, utilizando kits comerciais. As pacientes foram divididas em três grupos de acordo com o volume ovariano avaliado por estudo ultra-sonográfico (US) pélvico (A x B x C x 0,5233): Grupo I (55,17%; n=16) ambos os ovários < 10 cm3; Grupo II (27,59%; n=8) um dos ovários 10cm 3 e Grupo III (17,24%; n=5) ambos os ovários 10 cm3 Houve uma correlação positiva entre os níveis de LH, androstenediona, testosterona e o volume ovariano. Quando os níveis hormonais foram comparados entre os três grupos, observamos maiores níveis de LH (p<0,0005), relação LH:FSH (p<0,0005), androstenediona (p<0,05) e testosterona (p<0,01) no Grupo 111 (ambos os ovários10 cm3) . As médias dos níveis de LH, expressos em mUI/ml foram: 3,875 no Grupo I ; 6,95 no Grupo II e 10,6 no Grupo III. As médias da relação LH:FSH foram de: 0,617 no Grupo I; 1,12 no Grupo II e 2,432 no Grupo III. As médias dos níveis de testosterona (ng/ml) foram de: 0,467 no Grupo I; 0,718 no Grupo II e 1,54 no Grupo III. As médias da androstenediona (ng/ml) foram de: 2,189 no Grupo I; 3,129 no Grupo II e 4,887 no Grupo III. Utilizamos o teste de acurácia para validar os resultados relativos ao volume ovariano à US pélvica. Para tal, identificamos as pacientes que apresentaram LH < 6 mUI/ml (n=13) e as que apresentaram LH 6 mUI/ml (n=8) bem como as com ambos os ovários 10 cm3 (n=5) e ambos os ovários < 10 cm3 (n=16). Observamos que o teste positivo (ambos os ovários 10 cm3 apresentou uma sensibilidade de 62,5%, especificidade de 100%, um valor preditivo positivo de 100% e valor preditivo negativo de 81,25% para níveis basais de LH 6 mUI/ml. A presença de microcistos ocorreu em todos os três grupos, e houve uma tendência de ser mais prevalente no Grupo III. Assim, podemos concluir que o volume ovariano tem correlação positiva com níveis basais de LH, androstenediona e testosterona e que adolescentes, com ciclos menstruais irregulares que tenham ambos os ovários 1O cm 3 à ultra-sonografia pélvica, têm níveis mais elevados de LH, testosterona, androstenediona e maior relação LH:FSH. Da mesma maneira, estes achados ultra-sonográficos apresentaram 62,5% de sensibilidade, 100% de especificidade, 100% de valor preditivo positivo e 81,25% de valor preditivo negativo parníveis basais de LH 6 mUI/ml. Por isto, a medida cuidadosa do volume ovariano à ultra-sonografia pélvica pode auxiliar no diagnóstico da síndrome de ovários policísticos em adolescentes com ciclos menstruais irregulares, e o achado isolado de microcistos pode ser inespecífico.
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Níveis séricos e expressão gênica de leptina, adiponectina e aromatase em tecido adiposo de mulheres com a síndrome dos ovários policísticosLecke, Sheila Bünecker January 2010 (has links)
A síndrome dos ovários policísticos (polycystic ovary syndrome – PCOS) constitui o distúrbio endócrino mais comum em mulheres em idade reprodutiva, afetando cerca de 5 a 10% das mulheres em todo o mundo. Caracteriza-se por hiperandrogenismo e disfunção ovariana, incluindo oligo-anovulação e/ou ovários policísticos na ausência de outras doenças que causem hiperandrogenismo. Também importante é o reconhecimento da PCOS como uma disfunção metabólica, manifestada por obesidade abdominal, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão. Estes fatores aumentam o risco para diabetes tipo 2 e, provavelmente, doença cardiovascular. O tecido adiposo secreta adipocinas e pode mediar inúmeros processos fisiológicos. Entre as adipocinas, a leptina e a adiponectina têm sido associadas com índice de massa corporal (IMC), ação da insulina e metabolismo da glicose. Além disso, o tecido adiposo armazena, mobiliza e forma esteróides a partir de interconversões de vários metabólitos hormonais. A aromatase é a enzima-chave para a síntese de estrogênios a partir de androgênios e está presente no tecido adiposo. Evidências indicam associações entre hormônios sexuais e hipertensão arterial sistêmica. Nas mulheres com PCOS, a hipertensão tem sido relacionada ao excesso de androgênios e à resistência à insulina. No presente estudo, avaliamos os níveis séricos de leptina e adiponectina, calculamos a relação leptina/adiponectina (L/A), bem como determinamos a expressão gênica de leptina, adiponectina e aromatase no tecido adiposo subcutâneo de mulheres com PCOS e de mulheres controles não hirsutas, com ciclos ovulatórios e pareadas para IMC. Encontramos níveis mais elevados de leptina sérica nas pacientes PCOS com sobrepeso/obesidade em relação com mulheres de peso normal, enquanto que as concentrações de adiponectina foram semelhantes em todos os subgrupos. A relação L/A foi maior nos subgrupos sobrepeso/obesidade quando comparados com o grupo controle de peso normal. A expressão gênica de leptina no tecido adiposo subcutâneo foi maior nas mulheres PCOS com sobrepeso/obesidade em relação às controles de peso normal, enquanto que a expressão gênica de adiponectina foi semelhantes entre os grupos. Na análise de regressão múltipla, o percentual de gordura corporal contribuiu significativamente para a relação L/A em PCOS, independentemente do IMC e do índice de androgênios livres. O RNAm da aromatase no tecido adiposo foi significativamente mais elevado no grupo de PCOS hipertensas (NCEP/ATP III 2001) quando comparado com as PCOS normotensas e com o grupo controle. Uma correlação positiva entre a expressão gênica de aromatase e a pressão arterial sistólica e diastólica foi observada nas pacientes com PCOS. Em conclusão, os dados do presente estudo sugerem que as alterações observadas na secreção de adipocinas parecem estar mais relacionadas à adiposidade do que ao excesso de androgênios na PCOS. Além disso, o excesso de androgênios e a hiperinsulinemia podem ter algum papel nos mecanismos moleculares que ativam a transcrição do RNAm da aromatase no tecido adiposo de mulheres com PCOS. / Polycystic ovary syndrome (PCOS), the most prevalent endocrine disorder in women of reproductive age, affects 5 to 10% of women worldwide. It is characterized by hyperandrogenism and ovarian dysfunction, including oligo-anovulation and/or polycystic ovaries in the absence of other diseases affecting pituitary and/or adrenal glands. Also important is the recognition of PCOS as a metabolic disorder, manifested by abdominal obesity, insulin resistance, dyslipidemia and hypertension. These factors increase the risk for type 2 diabetes and probably for cardiovascular disease. Adipose tissue has been recognized as an active endocrine organ and a secretory mediator of numerous physiological processes. The adipokines leptin and adiponectin have been associated with body mass index (BMI), insulin action, and glucose metabolism. In addition, adipose tissue is a reservoir of steroids, a center of sexual hormone conversion and a source of estrogen. Aromatase is the key enzyme for estrogen synthesis from androgens and is present in adipose tissue. Evidences indicate there are associations between sex hormones and arterial hypertension. In women with PCOS, hypertension has been linked to androgen excess and insulin resistance. In the present study, we assessed leptin and adiponectin serum levels and the leptin to adiponectin (L/A) ratio and evaluated the gene expression of leptin, adiponectin and aromatase in subcutaneous adipose tissue from PCOS and BMI-matched non-hirsute, ovulatory control women. We found higher leptin serum levels in overweight/obese PCOS patients than in normoweight women, while adiponectin concentrations were similar in all subgroups. L/A ratio was higher in overweight/obese subgroups than in normoweight controls. Subcutaneous leptin gene expression was higher in overweight/obese PCOS women than in normoweight controls, while the adiponectin gene expression was similar in all groups. On multiple regression analysis, percentage of body fat contributed significantly to L/A ratio in PCOS, independently of BMI and free androgen index. Subcutaneous aromatase mRNA was significantly higher in the hypertensive (NCEP/ATP III 2001) PCOS than in normotensive PCOS and control groups. A positive correlation between aromatase gene expression in subcutaneous fat with systolic and diastolic blood pressure was observed in PCOS patients. In conclusion, results from our study suggest that altered adipocyte secretion seems to relate to adiposity rather than to androgen excess in PCOS. In addition, our data suggest that androgen excess and hyperinsulinemia may play a role on the molecular mechanisms that activate aromatase mRNA transcription in abdominal fat tissue in women with PCOS.
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Uso do metformin em mulheres obesas com a síndrome dos ovários policísticosChou, Kai Hua January 2001 (has links)
Resumo não disponível.
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Resposta do GH ao teste de estimulação com clonidina em pacientes com a síndrome dos ovários policísticosComim, Fabio Vasconcellos January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Síndrome dos ovários policísticos : aspectos nutricionaisToscani, Mariana Kirjner January 2009 (has links)
A Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS) é uma das doenças endocrinológicas mais comuns, afetando de 5-10% das mulheres em idade reprodutiva. Mulheres com PCOS, independentemente do peso corporal, têm predisposição à resistência insulínica (RI) e hiperinsulinemia, obesidade (predominantemente abdominal), alterações no perfil lipídico, além de um aumento na pressão arterial. O aumento de peso está associado com a piora dos sintomas associados à PCOS, enquanto que a redução melhora os sintomas e os perfis metabólico e endócrino. A relação entre consumo alimentar e PCOS ainda apresenta dados inconclusivos. Alguns estudos mostram que mulheres com PCOS apresentam menor consumo de carboidratos e fibras e maior consumo de gorduras e alimentos com elevado índice glicêmico. Em estudo comparando PCOS e controles pareados por IMC observamos, não haver diferença no valor calórico total e distribuição de macronutrientes comparando PCOS e controles. Entretanto, PCOS consumiam menor quantidade de proteína de elevado valor biológico, além de possuírem maior percentual de gordura corporal total, maior soma das dobras cutâneas do tronco e maior circunferência da cintura. Também encontramos menores níveis séricos da globulina carreadora dos hormônios sexuais e maiores valores de testosterona, índice de androgênios livres, glicose pós-prandial, insulina em jejum e pós-prandial, HOMA (Homeostasis Model Assessment), triglicerídeos, colesterol total e LDLcolesterol nessas pacientes. Assim, os resultados sugerem que pacientes com PCOS apresentam maior suscetibilidade à RI mas as preferências alimentares e a ingestão parecem não estar diretamente associadas com as anormalidades metabólicas em PCOS. Apesar da redução de peso ser benéfica no tratamento da PCOS, a definição de qual a composição mais adequada da dieta ainda é controversa. Há um aumento do interesse por dietas hiperproteicas no tratamento da PCOS, tendo sido observado em alguns estudos maior redução de peso e saciedade e melhora dos fatores de risco cardiometabólicos, perfil hormonal e função reprodutiva. Em nosso estudo, quando comparamos uma dieta hiperproteica versus normoproteica em PCOS e controles, ambos os grupos reduziram peso, índice de massa corporal, circunferência da cintura, percentual de gordura, soma das dobras cutâneas do tronco. Além disso, houve redução dos níveis de testosterona, independente da composição da dieta, pelo menos a curto prazo. Concluímos que a restrição calórica per se, parece estar mais relacionada com a melhora do perfil hormonal e da composição corporal do que a quantidade de proteína da dieta. Estudos de mais longo prazo e testando diferentes dietas são ainda necessários para definir o melhor manejo nutricional de pacientes com PCOS.
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Resposta do GH ao teste de estimulação com clonidina em pacientes com a síndrome dos ovários policísticosComim, Fabio Vasconcellos January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Diagnóstico etiológico do hirsutismoOppermann, Karen January 1992 (has links)
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de se identificar e caracterizar a população de hir s utismo do nosso meio. Para este mulheres fim, foi investigada uma amostra de pacientes com esta queixa. O hirsutismo pode ser uma queixa freqüente, principalmente em regiões de colonização mediterrânea, sendo esta uma característica do nosso local de trabalho (RS). O hir s utismo pode estar relacio nado a graus variados de hiper androgenismo, e manifestar-se como queixa isolada, ou como parte de um quadro clínico mais florido. Quanto a sua etiologia, pode ser decorrente de um processo neoplásico e/ou por uma disfunção ovariana ou adrenal, ou mesmo por uma hiperutilização androgênica pelo folículo piloso. Partindo-se destes conceitos iniciais, formulou-s e um protocolo de pesqu isa para caracte ri zar e definir o diagnóstico etiológico em uma amostra de mulheres hirsutas. Esta pesquisa iniciou em maio/89, em um grupo de pacientes que procuraram espontãneamente a Unidade de Endocrinolog ia Ginecológica do Serviço de Endocrinilogia do HCPA, com esta queixa . Foram analisados dados clínicos e laboratoriais de 58 mulheres hirsutas e comparados aos resultados de um grupo controle. Os exames hormonais foram processados por RIE, no laboratório de radioimunoensaio do HCPA . Os resul tados foram anal isados estatisticamente através do teste "T" de Student ou ANOVA, e da análise discriminante nesta amostra de hirsutas e de mulheres controle. Com a avaliação dos dados coletados pode-se caracteri zar a amostra de mulheres hirsutas em mulheres com hirsutisrno por disfunção ovariana (ciclos menstruais disfuncionais, níveis de andrógenos elevados, níveis normais de 170HP), separadas em ovários policísticos tipo I ou tipo II (PCOI ou II) conforme a resposta do LH ao LHRH, mulheres tardio elevados), com hiperplasia adrenal congênita níveis de 170HP basais e/ou de início estimulados e mu lheres com hirsutismo idiopático (ciclos menstruais regulares e ovulatórios e exames hormo nais no rmais). Não foi detectado nenhum caso de hirsutismo de origem tumoral . A amostra geral de hirsutas caracterizo use por terníveis mais elevados de a ndr ógenos quando comparados ao grupo controle, por ter uma média de IMC > 25kg/m2 e por ter ciclos disfuncionais em 59% dos casos. Através deste estudo, pode-se identifi car os diferent es grupos e tiológicos conforme a seguin te class ificação: hirsutismo por hiperplasia adrenal congênita de início tardio em 8, 9% dos casos, por PCO tipo! em 30,3%, por PCO tipo II em 12, 5% e hirsutismo idiopático em 48 ,2% dos casos.
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