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Terapia hormonal : efeitos sobre marcadores de risco para doença cardiovascular em mulheres pós-menopáusicas com diabete melito tipo 2Lago, Suzana Cardona January 2005 (has links)
O climatério afeta significativamente a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo. A evolução do conhecimento em relação à segurança das opções medicamentosas utilizadas para manejo de seus sintomas se faz essencial no atual momento. A terapia hormonal usando estrógeno e progestágeno (TEP) tem sido amplamente prescrita para o manejo dos sintomas climatéricos. O uso da TEP foi recomendado no passado também com o objetivo de prevenção de doença cardiovascular. Porém, ensaios clínicos randomizados recentes falharam em comprovar os benefícios cardiovasculares do regime de TEP mais comumente utilizado (EEC 0.625mg + AMP 2.5mg /dia), tendo também sugerido que este regime está associado a significativo aumento de risco cardiovascular. A doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade em países ditos desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil. Atualmente, mulheres brasileiras com faixa etária entre 50-59 anos apresentam taxa de mortalidade por DCV de 36%, aumentando este percentual gradativamente nas décadas que se seguem (60-69 anos = 40%, ≥70 anos = 46%). A população de mulheres pós-menopáusicas com Diabete Melito Tipo 2 (DM2) também vem crescendo significativamente em todo o mundo. O Brasil é um dos 10 países do mundo que apresentará o maior número de pessoas com diagnóstico de DM em 2025. A maioria desta população será de mulheres, moradoras de áreas urbanas, com idade entre 45-64 anos. Desta forma, mulheres pós-menopáusicas com DM2 representam um percentual significativo da população, e sabidamente apresentam risco cardiovascular aumentado. Além de ser um grupo de alto risco cardiovascular, estas mulheres freqüentemente necessitam manejo medicamentoso dos sintomas climatéricos. Este estudo visa revisar a literatura existente sobre o uso de TEP em mulheres pósmenopáusicas com DM2, analisando o impacto das diversas combinações sobre marcadores de risco de doença cardiovascular clássicos e não-clássicos. / The menopause has significant impact on thousands of women worldwide. The safety of pharmacological options in the management of menopause symptoms is an essential area of research and development. The hormonal therapy by means of estrogen and progestogen (EPT) has been widely prescribed to manage menopausal symptoms. The use of EPT had been also recommended in the past to prevent cardiovascular disease. However, recent large-scale randomized clinical trials have not only shown no cardiovascular benefit, but also have demonstrated that it is associated with significant increase in cardiovascular risk, at least with the most used regimen (CEE 0.625mg+MPA 2.5mg/day). Cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of death in developed world and in developing countries such as Brazil. Brazilian women, who are currently in the 50-59 age range, are expected to have a CVD mortality rate of 36%, with gradual increase in risk in the following decades (60-69 years-old = 40%, ≥ 70 years-old = 46%). The postmenopausal diabetic women population has also grown significantly worldwide. Brazil is one of the 10 countries in the world that will have the largest population of diabetics by 2025. The majority of this population will be female, living in urban areas and between 45 and 64 years-old. Therefore, post-menopausal diabetic women will represent a significant percentage of people, who knowingly have increased cardiovascular risk, these women frequently need medical management of their menopause symptoms. The aim of this study is to review the existing literature on EPT in post-menopausal diabetic women, analyzing the impact of several regimens over classic and non-classic CVD risk factors.
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O efeito da massagem terapêutica nos sintomas climatéricos em mulheres pós-menopausadas com insônia: um estudo clínico randomizado / The effect of therapeutic massage on climacteric symptoms in postmenopausal women with insomnia: a randomized clinical studyOliveira, Denise de Souza [UNIFESP] 29 June 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:28Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2011-06-29 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / No período do climatério, cerca de 80% das mulheres são acometidas pelas consequências do hipoestrogenismo: alterações fisiológicas, psicológicas, ondas de calor, nictúria, alterações de humor. Essas modificações contribuem para o aumento da prevalência de insônia nessa fase, que atinge cerca de 28% a 63% das mulheres pós-menopausadas. A presença de tais sintomas associados a condições sócio-culturais, como a aposentadoria, a valorização da juventude, o envelhecimento, refletem diretamente na qualidade de vida dessa população. Como a terapia hormonal tem sua indicação individualizada e não indicada em alguns casos, a procura por terapias coadjuvantes ou substitutivas é crescente, incluindo a massagem terapêutica, que pode aliviar os sintomas da insônia no período climatérico. O presente estudo é apresentado em dois trabalhos. O primeiro, um estudo piloto com sete voluntárias, que avaliou o efeito da massagem terapêutica em mulheres pós-menopausadas com insônia e apresentou melhora objetiva e subjetiva no sono. Os resultados deste estudo nos levaram à elaboração do segundo trabalho, randomizado e controlado. O trabalho 2 avaliou quarenta e quatro mulheres distribuídas em 3 grupos, controle, movimento passivo e massagem terapêutica. Os resultados dos questionários mostraram melhora no sono, nos sintomas climatéricos e na qualidade de vida. / In the climacteric period, approximately 80% of women are affected by consequences of hypoestrogenism: physiological and psychological alterations, hot flashes, nycturia, mood alterations. These changes contribute to the increase of insomnia prevalence in this phase, which affects approximately 28% to 63% of postmenopausal women. The presence of such symptoms associated with socio-cultural conditions, such as retirement, appreciation of youth, aging, reflect directly on quality of life of this population. As hormone therapy is indicated in certain cases and is not indicated for some patients, there has been an increase in the demand for complementary or alternative therapies, including therapeutic massage, which may relieve insomnia symptoms in the climacteric period. The present study is presented in two studies. The first one, a pilot study with seven individuals, evaluated the effects of therapeutic massage on post-menopausal insomniac women and demonstrated subjective and objective sleep improvement. The results of this study led us to conduct a second one, now a randomized and controlled trial, including 44 women, distributed into 3 groups (control, passive movement and therapeutic massage). The results of the questionnaires demonstrated improvement in sleep, climacteric symptoms and quality of life. / FAPESP: 98/143030-3 / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Interação do alendronato e da vitamina K no metabolismo osteomineral de ratas ovariectomizadasPimentel, Fernanda Scarpatti 29 July 2010 (has links)
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Fernanda S Pimentel.pdf: 2000885 bytes, checksum: 1bf180bc2109c67426e7ca0264e6b4ae (MD5)
Previous issue date: 2010-07-29 / The bone is a specialized form of connective tissue that provides support for metabolic and biomechanical throughout the body. Thus, the bone is very dynamic, with constantly
renewing itself. His integrity therefore depends on the balance between the processes of formation and resorption. The loss of this balance alters both the structure of organic matrix
as bone mineralization. Moreover, imbalances in bone remodeling process may result in the development of systemic skeletal diseases such as osteoporosis. The osteoporosis is a
chronic progressive disease that affects millions of people around the world. Only in Brazil some 10 million people suffer from osteoporosis. The hormone estrogen deficiency induced
by ovariectomy (OVX) rats, demonstrably stimulates increased bone resorption, especially in long bones and spine, mimicking what happens in postmenopausal osteoporosis. In this work we used OVX rats to investigate the interaction of alendronate (a drug widely used to treat osteoporosis) and vitamin K (VK) (recent investigations have pointed anabolic bone tissue of osteoporotic patients) in the metabolism osteomineral. This study revealed that administration of alendronate (ALE) and VK with ALE (ALE+VK) produced significant recovery in bone mineral density (BMD) in OVX rats. However, the use of VK alone did not appear to make any significant effect on BMD in OVX rats. We observed an increased excretion of urinary deoxypyridinoline (DPD), a marker of bone resorption, in OVX group, and statistically significant reduction of DPD when the animals were treated with VK, ALE, or both. There was no statistically significant difference in bone mineral content and body surface area. Was verified statistically significant difference in the thickness of compact bone in the different study groups. There was also a statistically significant reduction in wet weight
and endometrium of OVX rats, demonstrating the effectiveness of ovariectomy. Therefore, the animal model used in this study efficiently mimicked estrogen deficiency induced by ovariectomy, resulting in increased bone resorption; treatment with ALE and VK+ALE increases BMD in OVX rats, while the VK alone does not produce this effect; treatment with ALE and VK reduces bone resorption in OVX rats, verified by the reduction in the excretion of DPD. / O osso é uma forma especializada de tecido conjuntivo que fornece suporte biomecânico e metabólico para todo o corpo. Para tanto, o tecido ósseo é muito dinâmico, apresentando-se
em constante renovação. Sua integridade depende, portanto, do equilíbrio entre os processos de formação e reabsorção óssea. Ademais, desequilíbrios no processo de remodelamento ósseo podem resultar no desenvolvimento de doenças esqueléticas sistêmicas, como a osteoporose. A osteoporose é uma doença crônica e progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Somente no Brasil cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de osteoporose. A deficiência hormonal estrogênica, induzida pela ovariectomia (OVX) em ratos, comprovadamente estimula o aumento da reabsorção óssea, principalmente em ossos longos e coluna vertebral, mimetizando o que acontece na osteoporose pós-menopausa. No presente trabalho foram utilizadas ratas OVX para se
investigar a interação do alendronato (fármaco extensamente utilizado no tratamento da osteoporose) e da vitamina K (VK) (recentes investigações apontam possuir ação anabólica
do tecido ósseo de pacientes osteoporóticas) no metabolismo osteomineral. Este estudo revelou que a administração de alendronato (ALE) e de VK juntamente com ALE (VK+ALE)
produziu significante recuperação na densidade mineral óssea (DMO) de ratas OVX. No entanto, a utilização da VK isoladamente não pareceu exercer nenhum efeito significante na DMO de ratas OVX. Observou-se uma maior excreção de deoxipiridinolinas urinárias (DPD), marcador de reabsorção óssea no grupo OVX, e redução estatisticamente significante da DPD quando os animais foram tratados com VK, ALE ou ambas. Não houve diferença estatisticamente significante do conteúdo mineral ósseo e da área corporal. Também não foi
verificada diferença estatisticamente significante na espessura do osso compacto nos diferentes grupos de estudo. Verificou-se ainda redução estatisticamente significante do peso úmido e do endométrio de ratas OVX, comprovando a eficiência da ovariectomia. Portanto, o modelo animal utilizado neste estudo mimetizou eficientemente a deficiência estrogênica induzida pela ovariectomia, resultando em aumento da reabsorção óssea; o tratamento com ALE e VK+ALE aumenta a DMO de ratas OVX, embora a VK isoladamente não apresente esse efeito; o tratamento com ALE e VK reduz a reabsorção óssea de ratas OVX, verificada pela redução na excreção de DPD.
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Interação do alendronato e da vitamina K no metabolismo osteomineral de ratas ovariectomizadasPimentel, Fernanda Scarpatti 29 July 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T13:49:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao de Fernanda Scarpatti Pimentel.pdf: 2000878 bytes, checksum: cdfb57d1ceb94c6e6c0b410060dcfbfb (MD5)
Previous issue date: 2010-07-29 / The bone is a specialized form of connective tissue that provides support for metabolic and biomechanical throughout the body. Thus, the bone is very dynamic, with constantly renewing itself. His integrity therefore depends on the balance between the processes of formation and resorption. The loss of this balance alters both the structure of organic matrix as bone mineralization. Moreover, imbalances in bone remodeling process may result in the development of systemic skeletal diseases such as osteoporosis. The osteoporosis is a chronic progressive disease that affects millions of people around the world. Only in Brazil some 10 million people suffer from osteoporosis. The hormone estrogen deficiency induced by ovariectomy (OVX) rats, demonstrably stimulates increased bone resorption, especially in long bones and spine, mimicking what happens in postmenopausal osteoporosis. In this work we used OVX rats to investigate the interaction of alendronate (a drug widely used to treat osteoporosis) and vitamin K (VK) (recent investigations have pointed anabolic bone tissue of osteoporotic patients) in the metabolism osteomineral. This study revealed that administration of alendronate (ALE) and VK with ALE (ALE+VK) produced significant recovery in bone mineral density (BMD) in OVX rats. However, the use of VK alone did not appear to make any significant effect on BMD in OVX rats. We observed an increased excretion of urinary deoxypyridinoline (DPD), a marker of bone resorption, in OVX group, and statistically significant reduction of DPD when the animals were treated with VK, ALE, or both. There was no statistically significant difference in bone mineral content and body surface area. Was verified statistically significant difference in the thickness of compact bone in the different study groups. There was also a statistically significant reduction in wet weight and endometrium of OVX rats, demonstrating the effectiveness of ovariectomy. Therefore, the animal model used in this study efficiently mimicked estrogen deficiency induced by ovariectomy, resulting in increased bone resorption; treatment with ALE and VK+ALE increases BMD in OVX rats, while the VK alone does not produce this effect; treatment with ALE and VK reduces bone resorption in OVX rats, verified by the reduction in the excretion of DPD / O osso é uma forma especializada de tecido conjuntivo que fornece suporte biomecânico e metabólico para todo o corpo. Para tanto, o tecido ósseo é muito dinâmico, apresentando-se em constante renovação. Sua integridade depende, portanto, do equilíbrio entre os processos de formação e reabsorção óssea. Ademais, desequilíbrios no processo de remodelamento ósseo podem resultar no desenvolvimento de doenças esqueléticas sistêmicas, como a osteoporose. A osteoporose é uma doença crônica e progressiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Somente no Brasil cerca de 10 milhões de pessoas sofrem de osteoporose. A deficiência hormonal estrogênica, induzida pela ovariectomia (OVX) em ratos, comprovadamente estimula o aumento da reabsorção óssea, principalmente em ossos longos e coluna vertebral, mimetizando o que acontece na osteoporose pós-menopausa. No presente trabalho foram utilizadas ratas OVX para se investigar a interação do alendronato (fármaco extensamente utilizado no tratamento da osteoporose) e da vitamina K (VK) (recentes investigações apontam possuir ação anabólica do tecido ósseo de pacientes osteoporóticas) no metabolismo osteomineral. Este estudo revelou que a administração de alendronato (ALE) e de VK juntamente com ALE (VK+ALE) produziu significante recuperação na densidade mineral óssea (DMO) de ratas OVX. No entanto, a utilização da VK isoladamente não pareceu exercer nenhum efeito significante na DMO de ratas OVX. Observou-se uma maior excreção de deoxipiridinolinas urinárias (DPD), marcador de reabsorção óssea no grupo OVX, e redução estatisticamente significante da DPD quando os animais foram tratados com VK, ALE ou ambas. Não houve diferença estatisticamente significante do conteúdo mineral ósseo e da área corporal. Também não foi verificada diferença estatisticamente significante na espessura do osso compacto nos diferentes grupos de estudo. Verificou-se ainda redução estatisticamente significante do peso úmido e do endométrio de ratas OVX, comprovando a eficiência da ovariectomia. Portanto, o modelo animal utilizado neste estudo mimetizou eficientemente a deficiência estrogênica induzida pela ovariectomia, resultando em aumento da reabsorção óssea; o tratamento com ALE e VK+ALE aumenta a DMO de ratas OVX, embora a VK isoladamente não apresente esse efeito; o tratamento com ALE e VK reduz a reabsorção óssea de ratas OVX, verificada pela redução na excreção de DPD
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EFEITOS DO TREINAMENTO NO PERFIL OXIDATIVO-INFLAMATÓRIO DE MULHERES COM SÍNDROME METABÓLICA / EFFECTS OF TRAINING IN PROFILE OF WOMEN OXIDATIVEINFLAMMATORY WITH METABOLIC SYNDROMESteckling, Flávia Mariel 06 March 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The modification of sedentary patterns added to sedentarism are strictly related to
the increase in obesity and the onset of metabolic syndrome (MS). Obesity sets a causal
relation with many diseases, including insulin resistance, cardiovascular disease, type II
diabetes and a systemic inflammatory state common to such diseases. MS is closely
associated with chronic low-grade inflammation and oxidative stress. The index of
women in post menopause with MS is growing, according to studies, since they are
susceptible to oxidative stress frame. Although the regular practice of regular physical
exercise is indicated as one of the best non-pharmacological interventions for the
prevention and treatment of MS, few studies have examined the effects of high-intensity
interval training HIIT - isolated on oxidative, inflammatory, and anthropometric
parameters for functional postmenopausal in women with MS, not concurrently it is not
found in literature a period of detraining in the same population. The intervention
consisted of three weekly sessions of HIIT protocol on treadmills, and the prescribed
training intensity was individualized and controlled by heart monitors. The training
consisted of 12 weeks and two weeks of detraining, with an effective increased estimating
the maximum oxygen consumption after training, but after two weeks of detraining, it
was observed a significant reduction. The following training protocol levels of nitrite and
nitrate (NOx) increased and remained in the detraining period, as well as advanced
products of protein oxidation (advanced oxidation protein products - AOPP). After
twelve weeks of HIIT, it was not observed weight loss. Although we found significant
improvement in the inflammatory profile, interleukin-1 beta levels (IL-1β), interleukin-
6 (IL-6), tumor necrosis factor alpha (TNF-α), interferon-gamma (IFN-γ) showed
significant reduction after this period and returned to significant levels after the two
weeks of detraining. HIIT also proved to be effective in increasing the levels of
interleukin-10 (IL-10) and subsequently to two weeks of detraining partially reversed this
benefit. Thus, it is concluded that this HIIT protocol was not sufficient to reduce
oxidative stress, although the benefits of the inflammatory profile of this population given
by the regular practice of high-intensity aerobic exercise are independent of weight loss. / As modificações nos padrões nutricionais somados ao sedentarismo estão relacionados
com o aumento da obesidade e o surgimento da síndrome metabólica (SM). A obesidade
estabelece relação de causa com diversas doenças, incluindo resistência insulínica, doenças
cardiovasculares, diabetes tipo II e um estado inflamatório sistêmico comum a estas doenças.
A SM está intimamente associada a inflamação crônica de baixo grau e ao estresse oxidativo.
Mulheres na pós menopausa estão mais susceptíveis ao quadro de estresse oxidativo. A maior
prevalência de SM é entre mulheres e o risco da SM aumenta em 60% na pós menopausa.
Apesar da prática regular de exercícios físicos ser indicada como uma das melhores
intervenções não farmacológicas para a prevenção e o tratamento da SM, poucos estudos
analisaram os efeitos do treinamento aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT- high intesity
interval training) isolado sobre parâmetros oxidativos, inflamatórios, antropométricos,
funcionais de mulheres na pós menopausa com SM. Concomitantemente não encontra-se na
literatura efeitos de um período de destreino nesta mesma população. A intervenção foi
composta por três sessões semanais de um protocolo de HIIT em esteiras, sendo que a
intensidade prescrita do treinamento foi individualizada e controlada através de monitores
cardíacos. O treinamento foi composto de doze semanas e duas semanas de destreino e se
mostrou efetivo na estimativa do consumo máximo de oxigênio após o treinamento, porém
após as duas semanas de destreino observou-se uma redução significativa. O após o protocolo
de treinamento os níveis de nitritos e nitratos (NOx) aumentaram e se mantiveram no período
de destreino, assim como os produtos avançados de oxidação de proteínas (AOPP - advanced
oxidation protein products). Após as doze semanas de HIIT não foi constatada redução
ponderal, apesar de encontrarmos melhoras significativas no perfil inflamatório. Os níveis de
interleucina-1 beta (IL-1β), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α),
interferon-gama (INF-γ), apresentaram significativa redução após esse período, bem como
retornaram a níveis significativos depois de duas semanas de destreino. O HIIT também se
mostrou efetivo no aumento dos níveis da interleucina-10 (IL-10), e posterior a estas duas
semanas reverteram parcialmente esse benefício. Assim, conclui-se que este protocolo HIIT
não foi suficiente para reduzir o estresse oxidativo, porém os benefícios sobre o perfil
inflamatório dessa população oportunizados pela prática regular de exercícios aeróbios de alta
intensidade são independentes da perda ponderal.
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Efeitos a curto e longo prazo do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com uso de cones vaginais para mulheres no período pós-menopausal com incontinência urinária de esforço: estudo randomizado controladoPereira, Vanessa Santos 24 February 2011 (has links)
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3467.pdf: 1089374 bytes, checksum: 3f991cae625e4cbca14e8a2c0eec5c15 (MD5)
Previous issue date: 2011-02-24 / Financiadora de Estudos e Projetos / Conservative treatment is indicated by the International Continence Society as the first treatment option for women with stress urinary incontinence (SUI). Despite its wide clinical application, there is insufficient evidence to indicate the use of vaginal cones in treatment of SUI when compared with other treatment modalities. Thus, the present study investigated the short-and long-term effects of strengthening of the pelvic floor muscles with the use of vaginal cones compared to strengthening without this device and no treatment in women in post-menopausal women with SUI. Forty five volunteers were randomized in three groups: strengthening with use of vaginal cones (GCone), n = 15; strengthening without the use of vaginal cones (GS) n = 15, and the control group (CG) n = 15. The treatment consisted of 12 sessions, with two 40min sessions per week and total of six weeks of treatment. The women were evaluated before treatment, after treatment and one year after treatment for primary outcomes (urinary leakage and pelvic floor muscle pressure) and secondary outcomes (quality of life, satisfaction with treatment and continuity of exercises). It was observed a significant reduction in urinary leakage after treatment (p <0.01), which remained after one year in both GCone and GF groups. There was a significant increase of pelvic floor muscle pressure for the groups treated in the evaluation performed after treatment (p <0.01). However, it was observed a reduction in the pressure of contraction when compared values after treatment with values one year after termination for GCone (p = 0.035) and GF (p = 0.005). For the primary outcomes, the treated groups did not differ and these were statistically higher than the GC. Comparing the values of initial and final evaluations, there were improvement of quality of life for impact of urinary incontinence, limitations of daily activities, physical and social, emotional and severity measures domains (p <0.01) for the treated groups. One year after treatment, 12/14 (80%) of Gcone women and 11/13 (84.6%) of GF women declared themselves satisfied with the treatment received. In addition, 8/15 (53.3%) of GCone women and 7/13 (53.8%) GF women continued doing exercises at home without using any device. In conclusion, the strengthening with and without the use of vaginal cones promotes positive outcomes regarding urinary leakage, pelvic floor muscle pressure and quality of life in women after menopause. However, one year after the end there was a reduction in the contraction pressure without increasing urinary leakage. / O tratamento conservador é indicado pela Sociedade Internacional de Continência como primeira opção de tratamento para mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). Apesar de sua grande aplicação clínica, não existem evidências suficientes para a indicação do uso dos cones vaginais no tratamento desta disfunção quando comparado a outras modalidades terapêuticas. Diante disso, o presente estudo buscou investigar os efeitos a curto e longo prazo do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com uso dos cones vaginais quando comparado ao fortalecimento sem esse dispositivo e a ausência de tratamento em mulheres no período pós-menopausal com IUE. Para tanto, 45 voluntárias foram divididas aleatoriamente em três grupos: grupo de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com uso de cones vaginais (GCone), n=15; grupo de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico sem uso de cones vaginais (GF) n=15; e grupo controle (GC), n=15. O tratamento foi realizado em duas sessões semanais, com duração média de 40 minutos, por seis semanas. As voluntárias foram avaliadas antes e depois do tratamento, e um ano após o término quanto aos desfechos primários (perda urinária e a pressão de contração da musculatura do assoalho pélvico) e secundários (qualidade de vida, satisfação com o tratamento e continuidade dos exercícios de fortalecimento). Foi verificada uma redução significativa da perda urinária após o tratamento (p<0,01), que se manteve após um ano em ambos os grupos. Quanto à pressão de contração, foi verificado um aumento significativo nos grupos tratados nas avaliações realizadas após o tratamento (p<0,01). No entanto, foi observada uma redução da pressão de contração quando comparado os valores após o tratamento e um ano após o término para o GCone (p=0,035) e GF (p=0,005). Para os desfechos primários não foram observadas diferenças entre os grupos tratados e estes apresentaram resultados estatisticamente superiores ao GC. Quando comparados os valores das avaliações finais e inicial foi observada melhora da qualidade de vida para os domínios impacto da incontinência urinária, limitações de atividades de vida diária, físicas e sociais, emoções e medidas de gravidade (p<0,01) para os grupos tratados. Após um ano do término do tratamento, 12/14 (80%) voluntárias do GCone e 11/13 (84,6%) do GF declararam-se satisfeitas com o tratamento recebido. Além disso, 8/15 (53,3%) voluntárias do GCone e 7/13 (53,8%) voluntárias do GF declaram persistir realizando exercícios em casa sem o uso de qualquer dispositivo. Conclui-se que o fortalecimento com e sem o uso dos cones vaginais promove resultados positivos quanto à perda urinária, pressão da musculatura do assoalho pélvico e qualidade de vida em mulheres após a menopausa. No entanto, um ano após o término houve uma redução da pressão de contração, sem o aumento da perda urinária.
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Terapia hormonal : efeitos sobre marcadores de risco para doença cardiovascular em mulheres pós-menopáusicas com diabete melito tipo 2Lago, Suzana Cardona January 2005 (has links)
O climatério afeta significativamente a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo. A evolução do conhecimento em relação à segurança das opções medicamentosas utilizadas para manejo de seus sintomas se faz essencial no atual momento. A terapia hormonal usando estrógeno e progestágeno (TEP) tem sido amplamente prescrita para o manejo dos sintomas climatéricos. O uso da TEP foi recomendado no passado também com o objetivo de prevenção de doença cardiovascular. Porém, ensaios clínicos randomizados recentes falharam em comprovar os benefícios cardiovasculares do regime de TEP mais comumente utilizado (EEC 0.625mg + AMP 2.5mg /dia), tendo também sugerido que este regime está associado a significativo aumento de risco cardiovascular. A doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade em países ditos desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil. Atualmente, mulheres brasileiras com faixa etária entre 50-59 anos apresentam taxa de mortalidade por DCV de 36%, aumentando este percentual gradativamente nas décadas que se seguem (60-69 anos = 40%, ≥70 anos = 46%). A população de mulheres pós-menopáusicas com Diabete Melito Tipo 2 (DM2) também vem crescendo significativamente em todo o mundo. O Brasil é um dos 10 países do mundo que apresentará o maior número de pessoas com diagnóstico de DM em 2025. A maioria desta população será de mulheres, moradoras de áreas urbanas, com idade entre 45-64 anos. Desta forma, mulheres pós-menopáusicas com DM2 representam um percentual significativo da população, e sabidamente apresentam risco cardiovascular aumentado. Além de ser um grupo de alto risco cardiovascular, estas mulheres freqüentemente necessitam manejo medicamentoso dos sintomas climatéricos. Este estudo visa revisar a literatura existente sobre o uso de TEP em mulheres pósmenopáusicas com DM2, analisando o impacto das diversas combinações sobre marcadores de risco de doença cardiovascular clássicos e não-clássicos. / The menopause has significant impact on thousands of women worldwide. The safety of pharmacological options in the management of menopause symptoms is an essential area of research and development. The hormonal therapy by means of estrogen and progestogen (EPT) has been widely prescribed to manage menopausal symptoms. The use of EPT had been also recommended in the past to prevent cardiovascular disease. However, recent large-scale randomized clinical trials have not only shown no cardiovascular benefit, but also have demonstrated that it is associated with significant increase in cardiovascular risk, at least with the most used regimen (CEE 0.625mg+MPA 2.5mg/day). Cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of death in developed world and in developing countries such as Brazil. Brazilian women, who are currently in the 50-59 age range, are expected to have a CVD mortality rate of 36%, with gradual increase in risk in the following decades (60-69 years-old = 40%, ≥ 70 years-old = 46%). The postmenopausal diabetic women population has also grown significantly worldwide. Brazil is one of the 10 countries in the world that will have the largest population of diabetics by 2025. The majority of this population will be female, living in urban areas and between 45 and 64 years-old. Therefore, post-menopausal diabetic women will represent a significant percentage of people, who knowingly have increased cardiovascular risk, these women frequently need medical management of their menopause symptoms. The aim of this study is to review the existing literature on EPT in post-menopausal diabetic women, analyzing the impact of several regimens over classic and non-classic CVD risk factors.
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Terapia hormonal : efeitos sobre marcadores de risco para doença cardiovascular em mulheres pós-menopáusicas com diabete melito tipo 2Lago, Suzana Cardona January 2005 (has links)
O climatério afeta significativamente a vida de milhares de mulheres ao redor do mundo. A evolução do conhecimento em relação à segurança das opções medicamentosas utilizadas para manejo de seus sintomas se faz essencial no atual momento. A terapia hormonal usando estrógeno e progestágeno (TEP) tem sido amplamente prescrita para o manejo dos sintomas climatéricos. O uso da TEP foi recomendado no passado também com o objetivo de prevenção de doença cardiovascular. Porém, ensaios clínicos randomizados recentes falharam em comprovar os benefícios cardiovasculares do regime de TEP mais comumente utilizado (EEC 0.625mg + AMP 2.5mg /dia), tendo também sugerido que este regime está associado a significativo aumento de risco cardiovascular. A doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade em países ditos desenvolvidos e em desenvolvimento, como o Brasil. Atualmente, mulheres brasileiras com faixa etária entre 50-59 anos apresentam taxa de mortalidade por DCV de 36%, aumentando este percentual gradativamente nas décadas que se seguem (60-69 anos = 40%, ≥70 anos = 46%). A população de mulheres pós-menopáusicas com Diabete Melito Tipo 2 (DM2) também vem crescendo significativamente em todo o mundo. O Brasil é um dos 10 países do mundo que apresentará o maior número de pessoas com diagnóstico de DM em 2025. A maioria desta população será de mulheres, moradoras de áreas urbanas, com idade entre 45-64 anos. Desta forma, mulheres pós-menopáusicas com DM2 representam um percentual significativo da população, e sabidamente apresentam risco cardiovascular aumentado. Além de ser um grupo de alto risco cardiovascular, estas mulheres freqüentemente necessitam manejo medicamentoso dos sintomas climatéricos. Este estudo visa revisar a literatura existente sobre o uso de TEP em mulheres pósmenopáusicas com DM2, analisando o impacto das diversas combinações sobre marcadores de risco de doença cardiovascular clássicos e não-clássicos. / The menopause has significant impact on thousands of women worldwide. The safety of pharmacological options in the management of menopause symptoms is an essential area of research and development. The hormonal therapy by means of estrogen and progestogen (EPT) has been widely prescribed to manage menopausal symptoms. The use of EPT had been also recommended in the past to prevent cardiovascular disease. However, recent large-scale randomized clinical trials have not only shown no cardiovascular benefit, but also have demonstrated that it is associated with significant increase in cardiovascular risk, at least with the most used regimen (CEE 0.625mg+MPA 2.5mg/day). Cardiovascular diseases (CVD) are the leading cause of death in developed world and in developing countries such as Brazil. Brazilian women, who are currently in the 50-59 age range, are expected to have a CVD mortality rate of 36%, with gradual increase in risk in the following decades (60-69 years-old = 40%, ≥ 70 years-old = 46%). The postmenopausal diabetic women population has also grown significantly worldwide. Brazil is one of the 10 countries in the world that will have the largest population of diabetics by 2025. The majority of this population will be female, living in urban areas and between 45 and 64 years-old. Therefore, post-menopausal diabetic women will represent a significant percentage of people, who knowingly have increased cardiovascular risk, these women frequently need medical management of their menopause symptoms. The aim of this study is to review the existing literature on EPT in post-menopausal diabetic women, analyzing the impact of several regimens over classic and non-classic CVD risk factors.
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Efeitos da vibração mecânica sobre o tecido ósseo e nervoso periférico de ratas wistar ooforectomizadasKakihata, Camila Mayumi Martin 23 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Vibratory platform vibration therapy used in the treatment of postmenopausal osteoporosis because it can promote anabolic effects on bone tissue, but the parameters of use, especially the time of application, are not established. In addition, despite the beneficial effects of vibration, it is known that it can cause peripheral nerve damage. However although mentioned, there is no scientific evidence documenting the effects of this stimulus on the peripheral nerve in parameters used in therapies. Thus, is relevant the study of the mechanical vibration during different periods on the bone tissue, besides analyzing the effects on the nervous tissue. The aim of this study was to analyze and compare the effects of mechanical vibration applied over four and eight weeks on the femur and sciatic nerve of oophorectomized Wistar rats. Sixty-six randomized rats were used in the oophorectomy (GO) and sham-oophorectomy (GP) groups (n = 32 / group). Subsequently, each group was subdivided into 4, euthanized groups in the 12th week of experiment (GP4, GO4, GPV4 and GOV4), and GPV4 and GOV4 were submitted to vibration for 4 weeks; (GP8, GO8, GPV8 and GOV8), and GPV8 and GOV8 groups were submitted to vibration for 8 weeks. The vibration was performed with frequency of 60Hz, for 10 minutes, three days a week. Nociception of the right hind paw was evaluated before the surgical procedure, at the beginning of the treatment and at the end of the treatment with vibration. After the experimental period, the animals were euthanized, and the right sciatic nerve and femur were dissected for histomorphometric analysis. Were measured in 100 fibers nerve the diameter of the fiber, axon, myelin sheath, and quotient g, also were realized the counts of smaller fibers and larger than four micrometers and of the Schwann cell nuclei, as well as the percentage of connective tissue. The femur was analyzed for femoral neck diameter, mean area of cortical bone, percentage of spongy bone, thickness measurement and percentage of cortical bone, as well as osteocyte count. From the analyzes it was observed that the nociception and morphometry of the sciatic nerve morphometry did not have a statistically significant difference; in addition, in the morphological analysis of the sciatic nerve, the groups presented similar characteristics among themselves, without altering the typical morphology. While in the femur, the vibration in the oophorectomized groups led to the increase of the bone mass, being observed the increase of the percentage of the spongy tissue, which was also evidenced in the cortical tissue, with increase of the thickness and the percentage of bone tissue, being the was able to reverse these changes. However, the variables of the mean area of the cortical bone, number of osteocytes and the diameter of the femoral neck were not altered by vibration. With this, it was concluded that the vibration during four and eight weeks promoted increase of the bone mass, whereas it did not have effects on the sciatic nerve of oophorectomized Wistar. / A terapia de vibração com plataforma vibratória é utilizada no tratamento de osteoporose pós-menopausa, pois pode promover efeitos anabólicos sobre o tecido ósseo; porém, os parâmetros de utilização, principalmente o tempo de aplicação, não estão bem estabelecidos. Além disso, apesar dos efeitos benéficos da vibração, esse estímulo pode causar lesão nervosa periférica e seus efeitos sobre o nervo periférico são ainda pouco explorado em parâmetros utilizados em terapias. Diante desses fatores, torna-se relevante o estudo da vibração mecânica durante diferentes períodos sobre o tecido ósseo, além de analisar os efeitos sobre o tecido nervoso. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar e comparar os efeitos da vibração mecânica aplicada durante quatro e oito semanas, sobre o fêmur e nervo isquiático de ratas Wistar ooforectomizadas. Foram utilizadas 64 ratas randomizadas nos grupos ooforectomia (GO) e pseudoooforectomia (GP) (n=32/grupo). Posteriormente, cada grupo foi subdividido em 4, grupos eutanasiados na 12ª semana de experimento (GP4, GO4, GPV4 e GOV4), sendo que GPV4 e GOV4 foram submetidos à vibração por 4 semanas; e os grupos eutanasiados na 16ª semana de experimento (GP8, GO8, GPV8 e GOV8), sendo que GPV8 e GOV8 foram submetidos à vibração por 8 semanas. A vibração foi realizada com frequência de 60Hz, por 10 minutos, três vezes por semana. Foi avaliada a nocicepção da pata posterior direita antes do procedimento cirúrgico, prévio e ao final do tratamento com vibração. Após o período experimental, os animais foram devidamente eutanasiados, e o nervo isquiático e o fêmur direitos foram dissecados para análise histomorfométrica. Foi mensurado em 100 fibras nervosas o diâmetro da fibra, axônio, bainha de mielina e quociente g; realizou-se a contagem de fibras menores e maiores que quatro micrometros, e dos núcleos de células de Schwann, além da porcentagem do tecido conjuntivo. O fêmur foi analisado quanto ao diâmetro do colo do fêmur, à porcentagem do osso esponjoso, à mensuração da espessura, à porcentagem e área média do osso cortical, além da contagem do número de osteócitos. A partir das análises, observou-se que a variável da nocicepção e da morfometria do nervo isquiático não houve diferença estatística significativa, além disso, na análise morfológica do nervo isquiático, os grupos apresentaram características semelhantes entre si, sem alteração da morfologia típica. Enquanto que no fêmur, a vibração nos grupos ooforectomizados levou ao aumento da massa óssea, sendo observado o aumento da porcentagem do tecido esponjoso, o que também foi evidenciado no tecido cortical, com aumento da espessura e da porcentagem de tecido ósseo. Porém, as variáveis da área média do osso cortical, o número de osteócitos e o diâmetro do colo do fêmur não foram alterados pela vibração. Com isso, conclui-se que a vibração durante quatro e oito semanas promoveu aumento da massa óssea e não apresentou efeitos sobre o nervo isquiático de ratas Wistar ooforectomizadas.
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Efeito de uma sobrecarga lipídica sobre o metabolismo energético e hormônios reguladores da fome e saciedade de mulheres pós-menopausadas estratificadas de acordo com o valor do estradiol plasmático / Effect of a lipid overload on energy metabolism and hunger and satiety hormones of postmenopausal women with different plasma estradiol values.Roberta de Souza Santos 09 October 2012 (has links)
Climatério é a fase da vida da mulher em que ocorrem alterações hormonais que culminam em alterações metabólicas peculiares desse período, como por exemplo, diminuição do gasto energético e ganho ponderal. Com isso, os objetivos do presente trabalho foram mensurar o gasto energético e calcular a oxidação de carboidratos e lipídios, nos momentos basal e após uma sobrecarga lipídica, de mulheres pós-menopausadas com excesso de peso, estratificadas de acordo com o nível do estradiol plasmático (E2), bem como analisar peptídeos reguladores da fome e da saciedade nos mesmos momentos. Os grupos de mulheres foram: grupo 1- E2 39 pg/mL, 2- 40 E2 59 pg/mL, e 3- E2 60 pg/mL. As voluntárias receberam uma única refeição de 1100 kcal e 72% de lipídios, a qual caracterizou a sobrecarga lipídica. O gasto energético foi medido por calorimetria indireta por um período de cinco horas, sendo que as mensurações foram realizadas nos momentos 30, 60, 90, 150, 210 e 270 minutos. Os peptídeos reguladores da fome e da saciedade foram analisados no momento basal, após 30 e 270 minutos da sobrecarga lipídica. Os grupos foram comparados pelo teste não paramétrico Kruskal-Wallis, e para a comparação entre os momentos no mesmo grupo, foi utilizado o modelo de regressão linear com efeitos mistos, considerando p<0,05(*). Quarenta e quatro mulheres pós-menopausadas foram estudadas, com idade de 55±5 anos (média±desvio padrão), índice de massa corporal de 31±4 kg/m² e tempo de pós-menopausa de 8±7 anos. De uma forma geral, o gasto energético de repouso foi de 1337±194* kcal/dia, aumentando para 1476±295* kcal/dia nos primeiros 30´ pós-prandiais, e para 1513±318* kcal/dia ao final. Entre os grupos, não houve diferença estatística significativa. Em relação à oxidação de carboidratos, o valor basal foi de 151±95 mg/min, diminuindo para 146±95 mg/min nos primeiros 30´, e para 122±44 mg/min ao final (valores convertidos para mg/min para facilitar a leitura). O valor basal da oxidação lipídica foi de 37±30* mg/min, aumentando para 52±24* mg/min nos primeiros 30´ pós-prandiais, e para 63±21* mg/min ao final. Entre os grupos, não houve diferença estatística significativa quanto à oxidação de carboidratos, e quanto aos lipídios, houve diferença apenas entre os grupos 1 (maiores valores, p=0,03) e 2 ao final do experimento , e entre os grupos 1 e 3 (maiores valores, p=0,04) no momento 150´. Quanto aos peptídeos, o valor basal da leptina foi de 47±29 ng/mL, diminuindo para 44±27 ng/mL nos primeiros 30´ pós-prandiais, e para 43±26 ng/mL ao final. O valor basal da grelina foi de 753±522 pg/mL, diminuindo para 705±420 pg/mL nos primeiros 30´, e para 561±343 pg/mL ao final. O valor basal do peptídeo YY foi de 92±40* pg/mL, aumentando para 153±63* pg/mL nos primeiros 30´, e para 214±66* pg/mL ao final. Quanto à colecistocinina, o valor aos 30´ foi de 1,8±2,3 pg/mL, aumentando para 2,2±1,7 pg/mL ao final. Entre os grupos, houve diferença estatística significativa apenas da colecistocinina entre os grupos 2 e 3 (maiores valores, p=0,04) ao final. Sendo assim, houve um aumento significativo e gradual do gasto energético após a sobrecarga lipídica; predomínio da oxidação de carboidratos em relação à de lipídios, havendo uma diminuição em sua oxidação e um aumento da oxidação lipídica após a sobrecarga. Quanto aos grupos, não houve diferença estatística significativa em relação ao gasto energético, bem como à oxidação de carboidratos e lipídios na maior parte do tempo. Os peptídeos leptina e grelina diminuíram após a sobrecarga lipídica, enquanto que o peptídeo YY e a colecistocinina aumentaram, não havendo diferença estatística significativa entre os grupos na maior parte do tempo. Dessa forma, as variáveis estudadas se mostraram independentes do nível de estradiol plasmático. / Climaterium is the phase of women´s life when hormonal alterations occur and lead to peculiar metabolic responses such as a decrease in energy expenditure and weight gain. Thus, the aims of this study were to measure the energy expenditure, calculate carbohydrate and lipid oxidation, at resting and after a lipid overload, of postmenopausal women stratified according to their plasma estradiol value (E2) and evaluate hunger and satiety regulatory peptides in the same moment. Women´s groups were: group 1- E2 39 pg/mL, 2- 40 E2 59 pg/mL, and 3- E2 60 pg/mL. The volunteers received a 1100 kcal and 72% fat meal, which characterized the lipid overload. Energy expenditure was measured by indirect calorimetry for a period of five hours, and measurements were performed at 30, 60, 90, 150, 210 and 270 minutes. The hunger and satiety regulatory peptides were analyzed in the resting, 30 and 270 minutes after the lipid overload. The groups were compared using the nonparametric Kruskal-Wallis test. Linear regression model with mixed effects was used to compare the moments of the same group, considering p<0.05(*). Forty-four postmenopausal women were studied. Their age was 55±5 years (mean±standard deviation), body mass index was 31±4 kg/m² and they were in menopause for 8±7 years. In general, the resting energy expenditure was 1337±194* kcal/day, increasing to 1476±295* kcal/d in the first postprandial 30´, and to 1513±318* kcal/d in the end. There was no statistically significant difference between groups. Regarding carbohydrate oxidation, the baseline value was 151±95 mg/min, decreasing to 146±95 mg/min in the first 30´ and to 122±44 mg/min in the end (values were converted to mg/min for readability). The baseline value of lipid oxidation was 37±30* mg/min, increasing to 52±24* mg/min in the first 30´ and to 63±21* mg/min in the end. There was no statistically significant difference in carbohydrate oxidation between groups, and regarding lipids, the only statistically significant difference was between groups 1 (higher values, p=0,03) and 2 at the end of the experiment, and between groups 1 and 3 (higher values, p=0,04) at time 150´. In relation to the peptides, the baseline leptin was 47±29 ng/mL, decreasing to 44±27 ng/mL within the first postprandial 30´ and to 43±26 ng/mL in the end. Baseline ghrelin was 753±522 pg/mL, decreasing to 705±420 pg/mL in the first 30´ and to 561±343 pg/mL in the end. Baseline peptide YY was 92±40* pg/mL, increasing to 153±63* pg/mL in the first 30´ and to 214±66* pg/mL in the end. Referring to cholecystokinin, the value at 30´ was 1.8±2.3 pg/mL, increasing to 2.2±1.7 pg/mL in the end. Among groups, the only statistically significant difference was related to cholecystokinin between groups 2 and 3 (higher values, p=0,04) in the end. So, after the lipid overload, there was a gradual and significant increase on energy expenditure, predominance of carbohydrate oxidation in relation to the lipids with a decrease on its oxidation, and an increase on lipid oxidation. In regard to comparison between groups, there was no statistically significant difference in relation to energy expenditure, as well as to oxidation of carbohydrates and lipids in most of the time. The peptides leptin and ghrelin decreased after the lipid overload, while peptide YY and cholecystokinin increased, with no statistically significant difference between groups for most of the time. Thus, the variables were independent of plasma estradiol levels.
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