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Abundância relativa e uso do habitat por tubarões do gênero Carcharhinus (C. falciformis, C. galapagensis e c. obscurus) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo - BrasilOLIVEIRA, Luiza Paoliello Pacheco de 26 May 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-05-26 / CNPq / Dados de captura por unidade de esforço (CPUE) aliados a telemetria acústica foram utilizados para acessar a abundância relativa, padrões de movimentação, utilização do habitat e interações inter- e intraespecíficas de tubarões do gênero Carcharhinus (C. falciformis, C. galapagensis e C. obscurus) no Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP). A família Carcharhinidae respondeu por 90% da captura de tubarões (Carcharhinus falciformis: 66,9%, C. galapagensis: 16,5% e C. obscurus: 6,6%). Não foi observada tendência sazonal no comportamento reprodutivo de nenhuma das espécies, tendo sido encontrados indivíduos em todas as fases de desenvolvimento, embora sua maioria seja jovem nas três espécies. A maior média de comprimento total foi 198,4 (±23,2) para C. obscurus, seguido por C. galapagensis com 171,9 (±22,6) e C. falciformis 133,0 (±22,8). Durante o período de estudo, a CPUE média de C. falciformis foi igual a 0,43, para C. galapagensis 0,11 e 0,04 para C. obscurus. Para C. falciformis a CPUE se reduziu ao longo do tempo, enquanto a das outras duas espécies apresentou um forte crescimento a partir de 2012. Oito dos quinze tubarões marcados com transmissores acústicos (3 C. galapagensis e 5 C. falciformis) foram detectados pelos receptores instalados nas proximidades (Leste e Oeste) do ASPSP. O período de dias em sequência com detecções (C. galapagensis: 20,7 ± 3, n=3; C. falciformis: 4,6 ± 3,9; n=5) e o número total de detecções (C. galapagensis: 2194 ± 1314,2; C. falciformis: 352,6 ± 265,3) foram muito maiores para C. galapagensis do que para C. falciformis. As duas espécies apresentaram diferenças significativas no número de detecções entre os períodos do dia (ANOVA, C. falciformis: F = 23,56, p < 0,01 e C. galapagensis: F = 21,34, p < 0,01) e entre os lados leste e oeste da ilha (ANOVA, F = 311451, p < 0,01), indicando clara segregação espacial. A população local de C. galapagensis, em razão do seu comportamento muito mais residente, parece ter sofrido um declínio bem mais acentuado em razão da pesca no entorno do ASPSP, no período em que a mesma era permitida, do que C. falciformis, que têm comportamento muito mais migratório e oceânico, retornando diversas vezes ao ASPSP, mas nunca permanecendo por longo período nas proximidades dos receptores. Os dados de captura e telemetria aqui apresentados evidenciam que C. galapagensis não somente está presente no ASPSP, a despeito de trabalhos anteriores terem indicado a sua extinção no local, como está se tornando cada vez mais abundante desde a suspensão da pesca de elasmobrânquios nessa área. / Catch-per-unit-of-effort (CPUE) data associated with acoustic telemetry were analyzed to accessing relative abundance, patterns of movement, habitat use, residence, and inter- and intraspecific interactions of Carcharhinus sharks (C. falciformis, C. galapagensis and C. obscurus) in Saint Peter and Saint Paul Archipelago (SPSPA). Carcharhinidae family accounted 90% of shark capture, Carcharhinus falciformis being the predominant species (66.9%), followed by C. galapagensis (16.5%) and C. obscurus (6.6%). No clear trend was observed, between the reproductive behaviors of any of the species, having been found individuals in all stages of development, although, the majority of animals were juveniles in the three species. The total length followed the pattern described in literature, with the highest mean for C. obscurus 198.4 (± 23.2), followed by C. galapagensis 171.9 (± 22.6) and C. falciformis 133.0 (± 22.8). During the study period, the mean CPUE of C. falciformis was 0.43, for C. galapagensis 0.11 and 0.04 for C. obscurus. C. falciformis had it’s CPUE decreased over time, while the abundance of other two species shows a great growth since 2012. Eight of the fifteen sharks tagged with acoustic transmitters (3 C. galapagensis and 5 C. falciformis) were detected by the receivers installed in SPSPA proximities (East and West side). The period of days in a row with detections (C. galapagensis: 20.7 ± 3, n=3; C. falciformis: 4.6 ± 3.9; n=5) and the total number of detections (C. galapagensis: 2194 ± 1314.2; C. falciformis: 352.6 ± 265.3) were much bigger for C. galapagensis than C. falciformis. The two species showed significant differences in the number of detections between day’s periods (ANOVA, C. falciformis: F = 23.56, p < 0.01 and C. galapagensis: F = 21.34, p < 0.01) with afternoon and twilight periods presenting the highest detection frequency for both species. Detections were also significantly different between eastern and western sides of the island (ANOVA, F = 311451, p < 0.01), indicating clear spatial segregation. The local population of C. galapagensis, because of their high resident behavior, appears to have suffered higher decline as fishing around SPSPA result, in the period in which it was permitted, than C. falciformis, which has predominant migratory and oceanic behavior, returning many times to SPSPA, but never staying for a long period on receivers’ vicinity. Capture and telemetry data presented here evidence not only the presence of C. galapagensis in SPSPA vicinity, despite the fact that previous works have indicated that it has been extinguished, but its increase since elasmobranch fishery was banned on the area.
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