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Percepções de profissionais de saúde relativas à infecção hospitalar e às práticas de controle de infecção / Perceptions of health professionals regarding to nosocomial infection

Fernandes, Antonio Tadeu 15 May 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi verificar a percepção de médicos, enfermeiros e auxiliares ou técnicos a respeito das infecções hospitalares e de suas práticas de prevenção e controle. Realizou-se entrevista semi-estruturada com oito profissionais de cada categoria, que atuam em hospitais da cidade de São Paulo, com comissão de controle de infecção de acordo com as normas legais. A motivação inicial foi a não aderência dos profissionais de saúde às principais recomendações da CCIH, aliada a sua ineficácia em alterar os comportamentos destes em relação a estas medidas. Observouse que os profissionais de saúde adquiriram na sua prática conhecimentos sobre as infecções hospitalares e sua prevenção, mas sentem dificuldades para incorporar estas medidas no atendimento aos pacientes. Tendem a atribuir sua ocorrência ao acaso, condições inadequadas de trabalho ou buscam culpado. Nos hospitais existe uma divisão hierárquica rígida do trabalho. Os médicos exercem o comando das ações diagnósticas e terapêuticas, e atribuem as infecções hospitalares ao acaso, associado à gravidade do paciente. Os enfermeiros gerenciam os cuidados prestados aos pacientes. Atribuem as infecções hospitalares aos procedimentos invasivos e falhas na atenção prestada aos pacientes. Os auxiliares prestam diretamente o cuidado assistencial e relacionam os casos de infecção a algum culpado, procurando identificar o profissional ou a ação que levou a contaminação. Em relação às medidas de prevenção e controle das infecções hospitalares, os profissionais de saúde reconhecem que a CCIH pode ser uma fonte de informações epidemiológicas e científicas, que os auxilia na prática profissional, porém os papéis não estão claramente delimitados e isto gera conflitos ou omissões. Os médicos enfatizam a consultoria para prescrição de antibióticos. Os enfermeiros destacam o respaldo científico que é dado para suas dúvidas e padronizações. Os auxiliares relatam as aulas que são ministradas. Os principais problemas referidos são a deficiência de formação acadêmica em relação ao tema, dificuldade para o trabalho em equipe, as situações de emergência, quadro funcional deficiente e superpopulação de pacientes. A CCIH é percebida como um órgão de assessoria da direção e não exibe o mesmo rigor para propor medidas corretivas que envolvam a direção, tal como faz com os auxiliares e técnicos, principalmente em situações de aumento da incidência de infecção. A CCIH também é vista como um órgão fiscalizador e de punição. Embora não exista formação acadêmica específica em controle de infecção, os profissionais adquirem-na na sua prática / The objective of this study was to verify the perception of physicians, nurses and auxiliaries or technicians regarding to nosocomial infections and their prevention and control practices. A semi-structured interview was made with eight professionals of each category who work in hospitals in the city of Sao Paulo, with the commission of infection control according to the legal norms. The initial reason of this study was the noncompliance by the healthcare professionals to the main recommendations of CCIH (Center of Nosocomial Infection Control), besides its inefficiency to change their behaviors regarding to those attitudes. It was observed that healthcare professionals acquired in their practice knowledge on nosocomial infection and its prevention, but they have difficulty to incorporate those attitudes in the patient care. They tend to lay the occurrence on the casualty, the inadequate work conditions or look for someone to blame on. There is a rigid hierarchic division of work in the hospitals. The physicians perform the command of therapeutic and diagnostic actions, and they attribute nosocomial infections to the chances, associated to the severity of the patient. The nurses manage the care delivered to the patients. They attribute nosocomial infections to invasive procedures and failures of attention delivered to the patients. The auxiliaries deliver directly the assistance care and relate the infection cases to someone to blame, looking for identifying the professional or the action that led to contamination. Regarding to attitudes toward prevention and control of nosocomial infections, the healthcare professionals recognize that CCIH may be a source of scientific and epidemiological information, which helps them on the professional practice, although the roles are not clearly circumscribed and this generates conflicts or omissions. The physicians emphasize the consultancy to prescribe antibiotics. The nurses stress the scientific basis that is given to their doubts and standardizations. The auxiliaries report the classes given. The main problems mentioned are the deficiency of academic background related to the topic, the difficulty to work with a team, emergency situations, inefficient working board and patient overcrowding. CCIH is perceived as an institution of directory body assessment and it doesnt show the same rigor to propose corrective attitudes to enclose the directory body, as it does with auxiliaries and technicians, mainly in situations of higher infection incidence. CCIH is also seen as an inspection and punishment institution. Although professionals dont have specific academic background in infection control, they acquire it in their practice
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Percepções de profissionais de saúde relativas à infecção hospitalar e às práticas de controle de infecção / Perceptions of health professionals regarding to nosocomial infection

Antonio Tadeu Fernandes 15 May 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi verificar a percepção de médicos, enfermeiros e auxiliares ou técnicos a respeito das infecções hospitalares e de suas práticas de prevenção e controle. Realizou-se entrevista semi-estruturada com oito profissionais de cada categoria, que atuam em hospitais da cidade de São Paulo, com comissão de controle de infecção de acordo com as normas legais. A motivação inicial foi a não aderência dos profissionais de saúde às principais recomendações da CCIH, aliada a sua ineficácia em alterar os comportamentos destes em relação a estas medidas. Observouse que os profissionais de saúde adquiriram na sua prática conhecimentos sobre as infecções hospitalares e sua prevenção, mas sentem dificuldades para incorporar estas medidas no atendimento aos pacientes. Tendem a atribuir sua ocorrência ao acaso, condições inadequadas de trabalho ou buscam culpado. Nos hospitais existe uma divisão hierárquica rígida do trabalho. Os médicos exercem o comando das ações diagnósticas e terapêuticas, e atribuem as infecções hospitalares ao acaso, associado à gravidade do paciente. Os enfermeiros gerenciam os cuidados prestados aos pacientes. Atribuem as infecções hospitalares aos procedimentos invasivos e falhas na atenção prestada aos pacientes. Os auxiliares prestam diretamente o cuidado assistencial e relacionam os casos de infecção a algum culpado, procurando identificar o profissional ou a ação que levou a contaminação. Em relação às medidas de prevenção e controle das infecções hospitalares, os profissionais de saúde reconhecem que a CCIH pode ser uma fonte de informações epidemiológicas e científicas, que os auxilia na prática profissional, porém os papéis não estão claramente delimitados e isto gera conflitos ou omissões. Os médicos enfatizam a consultoria para prescrição de antibióticos. Os enfermeiros destacam o respaldo científico que é dado para suas dúvidas e padronizações. Os auxiliares relatam as aulas que são ministradas. Os principais problemas referidos são a deficiência de formação acadêmica em relação ao tema, dificuldade para o trabalho em equipe, as situações de emergência, quadro funcional deficiente e superpopulação de pacientes. A CCIH é percebida como um órgão de assessoria da direção e não exibe o mesmo rigor para propor medidas corretivas que envolvam a direção, tal como faz com os auxiliares e técnicos, principalmente em situações de aumento da incidência de infecção. A CCIH também é vista como um órgão fiscalizador e de punição. Embora não exista formação acadêmica específica em controle de infecção, os profissionais adquirem-na na sua prática / The objective of this study was to verify the perception of physicians, nurses and auxiliaries or technicians regarding to nosocomial infections and their prevention and control practices. A semi-structured interview was made with eight professionals of each category who work in hospitals in the city of Sao Paulo, with the commission of infection control according to the legal norms. The initial reason of this study was the noncompliance by the healthcare professionals to the main recommendations of CCIH (Center of Nosocomial Infection Control), besides its inefficiency to change their behaviors regarding to those attitudes. It was observed that healthcare professionals acquired in their practice knowledge on nosocomial infection and its prevention, but they have difficulty to incorporate those attitudes in the patient care. They tend to lay the occurrence on the casualty, the inadequate work conditions or look for someone to blame on. There is a rigid hierarchic division of work in the hospitals. The physicians perform the command of therapeutic and diagnostic actions, and they attribute nosocomial infections to the chances, associated to the severity of the patient. The nurses manage the care delivered to the patients. They attribute nosocomial infections to invasive procedures and failures of attention delivered to the patients. The auxiliaries deliver directly the assistance care and relate the infection cases to someone to blame, looking for identifying the professional or the action that led to contamination. Regarding to attitudes toward prevention and control of nosocomial infections, the healthcare professionals recognize that CCIH may be a source of scientific and epidemiological information, which helps them on the professional practice, although the roles are not clearly circumscribed and this generates conflicts or omissions. The physicians emphasize the consultancy to prescribe antibiotics. The nurses stress the scientific basis that is given to their doubts and standardizations. The auxiliaries report the classes given. The main problems mentioned are the deficiency of academic background related to the topic, the difficulty to work with a team, emergency situations, inefficient working board and patient overcrowding. CCIH is perceived as an institution of directory body assessment and it doesnt show the same rigor to propose corrective attitudes to enclose the directory body, as it does with auxiliaries and technicians, mainly in situations of higher infection incidence. CCIH is also seen as an inspection and punishment institution. Although professionals dont have specific academic background in infection control, they acquire it in their practice
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O descompasso entre o trabalho real e o prescrito : prazer e sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família no Grupo Hospitalar Conceição / Mismatch between actual and prescribed work : pleasure and suffering of family health staff professionals within Conceição Hospital Group / Descompás entre el trabajo real y lo prescrito : placer y sufrimiento de los profesionales de los equipos de salud de la familia en el Grupo Hospitalario Conceição

Glanzner, Cecília Helena January 2014 (has links)
A Saúde da Família configura-se em uma estratégia de reorientação do modelo assistencial que busca melhor compreensão do processo saúde-doença e a assistência integral e continuada com foco nas famílias de uma área adscrita. Caracteriza-se, ainda, como trabalho complexo, exigindo, dos profissionais, uma construção coletiva. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a organização do trabalho, prazer, sofrimento e as estratégias de mediação do sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Pesquisa com abordagem quantitativa transversal e qualitativa estruturada a partir da metodologia da Psicodinâmica do Trabalho. A coleta dos dados quantitativos ocorreu de setembro a novembro de 2011, com a aplicação do Inventário de Risco de Adoecimento relacionado ao Trabalho (Itra) junto aos profissionais das equipes de Saúde da Família de 12 unidades de saúde do GHC localizadas em Porto Alegre/RS, Brasil. A partir dos resultados da análise fatorial de correspondência da etapa quantitativa participaram. do estudo qualitativo, três unidades de saúde da família, que obtiveram, com aplicação do Itra, menor, moderado e maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. Para a coleta dos dados qualitativos, foram realizadas observação e entrevistas coletivas semiestruturadas com os profissionais das equipes de Saúde da Família no período de outubro a dezembro de 2012 e, para a análise, utilizou-se a Análise de Conteúdo. O Itra avaliou que o contexto de trabalho das equipes de Saúde de Família apresenta moderado risco de adoecimento relacionado ao trabalho quanto à organização (3,32), condições (3,03) e relações socioprofissionais (2,58) no trabalho. Quanto ao custo humano de trabalho, os custos físicos (2,72) e afetivos (2,66) foram avaliados como críticos, e o cognitivo (3,77) como grave risco de adoecimento relacionado ao trabalho. As vivências de prazer, com os indicadores realização profissional (4,21) e liberdade de expressão (4,21), foram consideradas satisfatórias, enquanto que as de sofrimento e falta de reconhecimento (1,80) foram igualmente avaliadas como satisfatórias. O indicador de sofrimento por esgotamento profissional (3,33) foi avaliado como crítico. Os três fatores da escala de danos relacionados ao trabalho, físico (2,33), psicológico (1,37) e social (0,70) foram considerados suportáveis. Da análise qualitativa emergiram três temas: prazer, sofrimento e estratégias de enfrentamento do sofrimento. Os profissionais avaliam a autonomia, a criatividade e trabalho em equipe com fontes de prazer na organização do seu trabalho. O sofrimento é percebido nas exigências do trabalho, condições da estrutura física e a complexidade do trabalho realizado pelas equipes de Saúde da Família; dizem, ainda, que utilizam estratégias de enfrentamento do sofrimento como o compartilhamento do trabalho e estratégias individuais. Conclui-se que o estudo destaca a importância e a necessidade de os profissionais disporem de espaços de fala e escuta para discutirem e refletirem sobre a organização do seu trabalho, dando potência à subjetividade do trabalho, ou seja, entendendo-o realizado por pessoas com identidade, com história; pessoas que não são somente instrumentos, mas os produzem na relação com características prazerosas para alcance do seu fim, no caso a promoção da saúde. Considera-se que produzir espaços para produção/reflexão do trabalho é ferramenta necessária, a qual contribuirá para a saúde dos profissionais da saúde, auxiliando a compreensão sobre o sofrimento que antecede a formação de sintomas e doenças relacionadas ao trabalho. / The Family Health program configures a strategy that designs the care model with a new guiding outline which looks for better comprehension of the health-disease process as well as the whole and continuous care with focus on families from an restricted area. In addition, it features a complex work that requires a collective construction by the professionals. The objective of this research was to evaluate the work organization, pleasure, suffering and the strategies to mediate the suffering of the professionals from the staffs of the Family Health program of Grupo Hospitalar Conceição (GHC). It is a research with cross-sectional quantitative and qualitative approach structured from the methodology of the Psychodynamics of Work. The collection of quantitative data was carried out from September to November 2011 by applying the Illness Risk Inventory regarding Work (Itra) with professionals of the Family Health staffs from 23 health centers of the GHC located in Porto Alegre/RS, Brazil. From the results of the correspondence factor analysis of the quantitative step, three family health centers participated of the qualitative study that, after application of the Itra, obtained minor, moderated, and higher illness risk in connection with work. For the collection of the qualitative data, observation and semi-structured collective interviews were carried out with professionals from the Family Health staffs in the period from October to December 2012 and for the analysis, the Content Analysis method was utilized. The Itra evaluation evidenced that the working context of Family Health staffs presents moderated illness risk regarding the work as to the organization (3.32), conditions (3.03) and social and professional relations (2.58) in the labor environment. As to the working human cost, physical costs (2.72) and affective costs (2.66) were assessed as critical while cognitive costs (3.77) showed severe illness risk regarding work. Pleasure experiences, with indicators like professional achievement (4.21) and expression freedom (4.21) were considered satisfactory while those like suffering and lack of recognition (1.80) were also evaluated as satisfactory. The suffering indicator due to professional burnout (3.33) was evaluated as critical. The three factors of the scale for damages in connection with work, i.e., physical (2.33), psychological (1.37) and social (0.70) were considered tolerable. From the qualitative analysis, three themes have emerged: pleasure, suffering and strategies to face suffering. Professionals evaluated autonomy, creativity and team work with sources of pleasure in their working organization. Suffering is perceived within working requirements, physical structure conditions and the complexity of the work carried out by the Family Health staffs; they say, yet, that they utilize strategies to face suffering like sharing work and individual strategies. The conclusion drawn is that the study points out the importance and the professionals´ need of speaking and listening spaces in order to discuss and to reflect about their work organization, by giving power to the work subjectivity, that is, by understanding it as done by people with identity, history; namely, by people who are not only tools, but who produce them within a relationship with pleasing characteristics in order to achieve their goal, namely, health promotion. Designing spaces in order to produce and to reflect about work is considered a needed tool which will contribute for the well-being of healthcare professionals by helping them to understand suffering that occurs before the rise of symptoms and diseases in connection with work. / El programa Salud de la Familia configura una estrategia de reorientación del modelo asistencial que busca mejor comprensión del proceso salud-enfermedad así como la asistencia integral y continuada con foco en las familias de un área adscrito. Se caracteriza, aún, como trabajo complejo, exigiendo, de los profesionales, la construcción colectiva. El objetivo de esta investigación fue evaluar la organización del trabajo, el placer, el sufrimiento y las estrategias de mediación del sufrimiento de los profesionales de los equipos de Salud de la Familia del Grupo Hospitalario Conceição (GHC). Se trata de una investigación con planteamiento cuantitativo transversal y cualitativo estructurado desde la metodología de la Psicodinámica del Trabajo. La recopilación de los datos cuantitativos se realizó de septiembre a noviembre de 2011, con la aplicación del Inventario de Riesgo de Enfermedad relacionado al Trabajo (Itra) junto a los profesionales de los equipos de Salud de la Familia de 12 unidades de salud del GHC localizadas en Porto Alegre/RS, Brasil. A partir de los resultados del análisis factorial de correspondencia de la etapa cuantitativa participaron del estudio cualitativo, tres unidades de salud de la familia, que obtuvieron, a través de la aplicación del Itra, menor, moderado y mayor riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Para la recopilación de los datos cualitativos, se realizaron observación y entrevistas colectivas semi-estructuradas con los profesionales de los equipos de Salud de la Familia en el período de octubre a diciembre de 2012 y, para el análisis, se utilizó el Análisis de Contenido. El Itra concluyó que el contexto de trabajo de los equipos de Salud de la Familia presenta moderado riesgo de enfermedad relacionado al trabajo en cuanto a la organización (3,32), condiciones (3,03) y relaciones sociales y profesionales (2,58) en el trabajo. En cuanto al consumo humano de trabajo, el consumo físico (2,72) y lo afectivo (2,66) fueron evaluados como críticos, mientras lo cognitivo (3,77) como grave riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Las experiencias de placer, con los indicadores realización profesional (4,21) y libertad de expresión (4,21), fueron consideradas satisfactorias, mientras las de sufrimiento y falta de reconocimiento (1,80) fueron igualmente evaluadas como satisfactorias. El indicador de sufrimiento por agotamiento profesional (3,33) fue evaluado como crítico. Los tres factores de la escala de daños relacionados al trabajo, físico (2,33), psicológico (1,37) y social (0,70) fueron considerados soportables. Del análisis cualitativo emergieron tres temas: placer, sufrimiento y estrategias de enfrentamiento del sufrimiento. Los profesionales evalúan la autonomía, la creatividad y el trabajo en equipo con fuentes de placer en la organización de su trabajo. El sufrimiento es percibido en las exigencias del trabajo, en las condiciones de la estructura física y en la complejidad del trabajo realizado por los equipos de Salud de la Familia; dicen, aún, que utilizan estrategias de enfrentamiento del sufrimiento como el compartimento del trabajo y estrategias individuales. Se concluye que el estudio destaca la importancia y la necesidad de que los profesionales dispongan de espacios de habla y escucha para que discutieran y reflejaran acerca de la organización de su trabajo, dando potencia a la subjetividad del trabajo, o sea, entendiéndolo realizado por personas con identidad, con historia; personas que no se vean solamente como instrumentos, pero que los produzcan en la relación con características placenteras para alcanzar su fin, es decir, la promoción de la salud. Se considera que producir espacios para producción y reflexión del trabajo es herramienta necesaria, la cual contribuirá para la salud de los profesionales de la salud, auxiliando la comprensión sobre el sufrimiento que antecede la formación de síntomas y enfermedades relacionadas al trabajo.
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O descompasso entre o trabalho real e o prescrito : prazer e sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família no Grupo Hospitalar Conceição / Mismatch between actual and prescribed work : pleasure and suffering of family health staff professionals within Conceição Hospital Group / Descompás entre el trabajo real y lo prescrito : placer y sufrimiento de los profesionales de los equipos de salud de la familia en el Grupo Hospitalario Conceição

Glanzner, Cecília Helena January 2014 (has links)
A Saúde da Família configura-se em uma estratégia de reorientação do modelo assistencial que busca melhor compreensão do processo saúde-doença e a assistência integral e continuada com foco nas famílias de uma área adscrita. Caracteriza-se, ainda, como trabalho complexo, exigindo, dos profissionais, uma construção coletiva. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a organização do trabalho, prazer, sofrimento e as estratégias de mediação do sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Pesquisa com abordagem quantitativa transversal e qualitativa estruturada a partir da metodologia da Psicodinâmica do Trabalho. A coleta dos dados quantitativos ocorreu de setembro a novembro de 2011, com a aplicação do Inventário de Risco de Adoecimento relacionado ao Trabalho (Itra) junto aos profissionais das equipes de Saúde da Família de 12 unidades de saúde do GHC localizadas em Porto Alegre/RS, Brasil. A partir dos resultados da análise fatorial de correspondência da etapa quantitativa participaram. do estudo qualitativo, três unidades de saúde da família, que obtiveram, com aplicação do Itra, menor, moderado e maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. Para a coleta dos dados qualitativos, foram realizadas observação e entrevistas coletivas semiestruturadas com os profissionais das equipes de Saúde da Família no período de outubro a dezembro de 2012 e, para a análise, utilizou-se a Análise de Conteúdo. O Itra avaliou que o contexto de trabalho das equipes de Saúde de Família apresenta moderado risco de adoecimento relacionado ao trabalho quanto à organização (3,32), condições (3,03) e relações socioprofissionais (2,58) no trabalho. Quanto ao custo humano de trabalho, os custos físicos (2,72) e afetivos (2,66) foram avaliados como críticos, e o cognitivo (3,77) como grave risco de adoecimento relacionado ao trabalho. As vivências de prazer, com os indicadores realização profissional (4,21) e liberdade de expressão (4,21), foram consideradas satisfatórias, enquanto que as de sofrimento e falta de reconhecimento (1,80) foram igualmente avaliadas como satisfatórias. O indicador de sofrimento por esgotamento profissional (3,33) foi avaliado como crítico. Os três fatores da escala de danos relacionados ao trabalho, físico (2,33), psicológico (1,37) e social (0,70) foram considerados suportáveis. Da análise qualitativa emergiram três temas: prazer, sofrimento e estratégias de enfrentamento do sofrimento. Os profissionais avaliam a autonomia, a criatividade e trabalho em equipe com fontes de prazer na organização do seu trabalho. O sofrimento é percebido nas exigências do trabalho, condições da estrutura física e a complexidade do trabalho realizado pelas equipes de Saúde da Família; dizem, ainda, que utilizam estratégias de enfrentamento do sofrimento como o compartilhamento do trabalho e estratégias individuais. Conclui-se que o estudo destaca a importância e a necessidade de os profissionais disporem de espaços de fala e escuta para discutirem e refletirem sobre a organização do seu trabalho, dando potência à subjetividade do trabalho, ou seja, entendendo-o realizado por pessoas com identidade, com história; pessoas que não são somente instrumentos, mas os produzem na relação com características prazerosas para alcance do seu fim, no caso a promoção da saúde. Considera-se que produzir espaços para produção/reflexão do trabalho é ferramenta necessária, a qual contribuirá para a saúde dos profissionais da saúde, auxiliando a compreensão sobre o sofrimento que antecede a formação de sintomas e doenças relacionadas ao trabalho. / The Family Health program configures a strategy that designs the care model with a new guiding outline which looks for better comprehension of the health-disease process as well as the whole and continuous care with focus on families from an restricted area. In addition, it features a complex work that requires a collective construction by the professionals. The objective of this research was to evaluate the work organization, pleasure, suffering and the strategies to mediate the suffering of the professionals from the staffs of the Family Health program of Grupo Hospitalar Conceição (GHC). It is a research with cross-sectional quantitative and qualitative approach structured from the methodology of the Psychodynamics of Work. The collection of quantitative data was carried out from September to November 2011 by applying the Illness Risk Inventory regarding Work (Itra) with professionals of the Family Health staffs from 23 health centers of the GHC located in Porto Alegre/RS, Brazil. From the results of the correspondence factor analysis of the quantitative step, three family health centers participated of the qualitative study that, after application of the Itra, obtained minor, moderated, and higher illness risk in connection with work. For the collection of the qualitative data, observation and semi-structured collective interviews were carried out with professionals from the Family Health staffs in the period from October to December 2012 and for the analysis, the Content Analysis method was utilized. The Itra evaluation evidenced that the working context of Family Health staffs presents moderated illness risk regarding the work as to the organization (3.32), conditions (3.03) and social and professional relations (2.58) in the labor environment. As to the working human cost, physical costs (2.72) and affective costs (2.66) were assessed as critical while cognitive costs (3.77) showed severe illness risk regarding work. Pleasure experiences, with indicators like professional achievement (4.21) and expression freedom (4.21) were considered satisfactory while those like suffering and lack of recognition (1.80) were also evaluated as satisfactory. The suffering indicator due to professional burnout (3.33) was evaluated as critical. The three factors of the scale for damages in connection with work, i.e., physical (2.33), psychological (1.37) and social (0.70) were considered tolerable. From the qualitative analysis, three themes have emerged: pleasure, suffering and strategies to face suffering. Professionals evaluated autonomy, creativity and team work with sources of pleasure in their working organization. Suffering is perceived within working requirements, physical structure conditions and the complexity of the work carried out by the Family Health staffs; they say, yet, that they utilize strategies to face suffering like sharing work and individual strategies. The conclusion drawn is that the study points out the importance and the professionals´ need of speaking and listening spaces in order to discuss and to reflect about their work organization, by giving power to the work subjectivity, that is, by understanding it as done by people with identity, history; namely, by people who are not only tools, but who produce them within a relationship with pleasing characteristics in order to achieve their goal, namely, health promotion. Designing spaces in order to produce and to reflect about work is considered a needed tool which will contribute for the well-being of healthcare professionals by helping them to understand suffering that occurs before the rise of symptoms and diseases in connection with work. / El programa Salud de la Familia configura una estrategia de reorientación del modelo asistencial que busca mejor comprensión del proceso salud-enfermedad así como la asistencia integral y continuada con foco en las familias de un área adscrito. Se caracteriza, aún, como trabajo complejo, exigiendo, de los profesionales, la construcción colectiva. El objetivo de esta investigación fue evaluar la organización del trabajo, el placer, el sufrimiento y las estrategias de mediación del sufrimiento de los profesionales de los equipos de Salud de la Familia del Grupo Hospitalario Conceição (GHC). Se trata de una investigación con planteamiento cuantitativo transversal y cualitativo estructurado desde la metodología de la Psicodinámica del Trabajo. La recopilación de los datos cuantitativos se realizó de septiembre a noviembre de 2011, con la aplicación del Inventario de Riesgo de Enfermedad relacionado al Trabajo (Itra) junto a los profesionales de los equipos de Salud de la Familia de 12 unidades de salud del GHC localizadas en Porto Alegre/RS, Brasil. A partir de los resultados del análisis factorial de correspondencia de la etapa cuantitativa participaron del estudio cualitativo, tres unidades de salud de la familia, que obtuvieron, a través de la aplicación del Itra, menor, moderado y mayor riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Para la recopilación de los datos cualitativos, se realizaron observación y entrevistas colectivas semi-estructuradas con los profesionales de los equipos de Salud de la Familia en el período de octubre a diciembre de 2012 y, para el análisis, se utilizó el Análisis de Contenido. El Itra concluyó que el contexto de trabajo de los equipos de Salud de la Familia presenta moderado riesgo de enfermedad relacionado al trabajo en cuanto a la organización (3,32), condiciones (3,03) y relaciones sociales y profesionales (2,58) en el trabajo. En cuanto al consumo humano de trabajo, el consumo físico (2,72) y lo afectivo (2,66) fueron evaluados como críticos, mientras lo cognitivo (3,77) como grave riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Las experiencias de placer, con los indicadores realización profesional (4,21) y libertad de expresión (4,21), fueron consideradas satisfactorias, mientras las de sufrimiento y falta de reconocimiento (1,80) fueron igualmente evaluadas como satisfactorias. El indicador de sufrimiento por agotamiento profesional (3,33) fue evaluado como crítico. Los tres factores de la escala de daños relacionados al trabajo, físico (2,33), psicológico (1,37) y social (0,70) fueron considerados soportables. Del análisis cualitativo emergieron tres temas: placer, sufrimiento y estrategias de enfrentamiento del sufrimiento. Los profesionales evalúan la autonomía, la creatividad y el trabajo en equipo con fuentes de placer en la organización de su trabajo. El sufrimiento es percibido en las exigencias del trabajo, en las condiciones de la estructura física y en la complejidad del trabajo realizado por los equipos de Salud de la Familia; dicen, aún, que utilizan estrategias de enfrentamiento del sufrimiento como el compartimento del trabajo y estrategias individuales. Se concluye que el estudio destaca la importancia y la necesidad de que los profesionales dispongan de espacios de habla y escucha para que discutieran y reflejaran acerca de la organización de su trabajo, dando potencia a la subjetividad del trabajo, o sea, entendiéndolo realizado por personas con identidad, con historia; personas que no se vean solamente como instrumentos, pero que los produzcan en la relación con características placenteras para alcanzar su fin, es decir, la promoción de la salud. Se considera que producir espacios para producción y reflexión del trabajo es herramienta necesaria, la cual contribuirá para la salud de los profesionales de la salud, auxiliando la comprensión sobre el sufrimiento que antecede la formación de síntomas y enfermedades relacionadas al trabajo.
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O descompasso entre o trabalho real e o prescrito : prazer e sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família no Grupo Hospitalar Conceição / Mismatch between actual and prescribed work : pleasure and suffering of family health staff professionals within Conceição Hospital Group / Descompás entre el trabajo real y lo prescrito : placer y sufrimiento de los profesionales de los equipos de salud de la familia en el Grupo Hospitalario Conceição

Glanzner, Cecília Helena January 2014 (has links)
A Saúde da Família configura-se em uma estratégia de reorientação do modelo assistencial que busca melhor compreensão do processo saúde-doença e a assistência integral e continuada com foco nas famílias de uma área adscrita. Caracteriza-se, ainda, como trabalho complexo, exigindo, dos profissionais, uma construção coletiva. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a organização do trabalho, prazer, sofrimento e as estratégias de mediação do sofrimento dos profissionais das equipes de Saúde da Família do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Pesquisa com abordagem quantitativa transversal e qualitativa estruturada a partir da metodologia da Psicodinâmica do Trabalho. A coleta dos dados quantitativos ocorreu de setembro a novembro de 2011, com a aplicação do Inventário de Risco de Adoecimento relacionado ao Trabalho (Itra) junto aos profissionais das equipes de Saúde da Família de 12 unidades de saúde do GHC localizadas em Porto Alegre/RS, Brasil. A partir dos resultados da análise fatorial de correspondência da etapa quantitativa participaram. do estudo qualitativo, três unidades de saúde da família, que obtiveram, com aplicação do Itra, menor, moderado e maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. Para a coleta dos dados qualitativos, foram realizadas observação e entrevistas coletivas semiestruturadas com os profissionais das equipes de Saúde da Família no período de outubro a dezembro de 2012 e, para a análise, utilizou-se a Análise de Conteúdo. O Itra avaliou que o contexto de trabalho das equipes de Saúde de Família apresenta moderado risco de adoecimento relacionado ao trabalho quanto à organização (3,32), condições (3,03) e relações socioprofissionais (2,58) no trabalho. Quanto ao custo humano de trabalho, os custos físicos (2,72) e afetivos (2,66) foram avaliados como críticos, e o cognitivo (3,77) como grave risco de adoecimento relacionado ao trabalho. As vivências de prazer, com os indicadores realização profissional (4,21) e liberdade de expressão (4,21), foram consideradas satisfatórias, enquanto que as de sofrimento e falta de reconhecimento (1,80) foram igualmente avaliadas como satisfatórias. O indicador de sofrimento por esgotamento profissional (3,33) foi avaliado como crítico. Os três fatores da escala de danos relacionados ao trabalho, físico (2,33), psicológico (1,37) e social (0,70) foram considerados suportáveis. Da análise qualitativa emergiram três temas: prazer, sofrimento e estratégias de enfrentamento do sofrimento. Os profissionais avaliam a autonomia, a criatividade e trabalho em equipe com fontes de prazer na organização do seu trabalho. O sofrimento é percebido nas exigências do trabalho, condições da estrutura física e a complexidade do trabalho realizado pelas equipes de Saúde da Família; dizem, ainda, que utilizam estratégias de enfrentamento do sofrimento como o compartilhamento do trabalho e estratégias individuais. Conclui-se que o estudo destaca a importância e a necessidade de os profissionais disporem de espaços de fala e escuta para discutirem e refletirem sobre a organização do seu trabalho, dando potência à subjetividade do trabalho, ou seja, entendendo-o realizado por pessoas com identidade, com história; pessoas que não são somente instrumentos, mas os produzem na relação com características prazerosas para alcance do seu fim, no caso a promoção da saúde. Considera-se que produzir espaços para produção/reflexão do trabalho é ferramenta necessária, a qual contribuirá para a saúde dos profissionais da saúde, auxiliando a compreensão sobre o sofrimento que antecede a formação de sintomas e doenças relacionadas ao trabalho. / The Family Health program configures a strategy that designs the care model with a new guiding outline which looks for better comprehension of the health-disease process as well as the whole and continuous care with focus on families from an restricted area. In addition, it features a complex work that requires a collective construction by the professionals. The objective of this research was to evaluate the work organization, pleasure, suffering and the strategies to mediate the suffering of the professionals from the staffs of the Family Health program of Grupo Hospitalar Conceição (GHC). It is a research with cross-sectional quantitative and qualitative approach structured from the methodology of the Psychodynamics of Work. The collection of quantitative data was carried out from September to November 2011 by applying the Illness Risk Inventory regarding Work (Itra) with professionals of the Family Health staffs from 23 health centers of the GHC located in Porto Alegre/RS, Brazil. From the results of the correspondence factor analysis of the quantitative step, three family health centers participated of the qualitative study that, after application of the Itra, obtained minor, moderated, and higher illness risk in connection with work. For the collection of the qualitative data, observation and semi-structured collective interviews were carried out with professionals from the Family Health staffs in the period from October to December 2012 and for the analysis, the Content Analysis method was utilized. The Itra evaluation evidenced that the working context of Family Health staffs presents moderated illness risk regarding the work as to the organization (3.32), conditions (3.03) and social and professional relations (2.58) in the labor environment. As to the working human cost, physical costs (2.72) and affective costs (2.66) were assessed as critical while cognitive costs (3.77) showed severe illness risk regarding work. Pleasure experiences, with indicators like professional achievement (4.21) and expression freedom (4.21) were considered satisfactory while those like suffering and lack of recognition (1.80) were also evaluated as satisfactory. The suffering indicator due to professional burnout (3.33) was evaluated as critical. The three factors of the scale for damages in connection with work, i.e., physical (2.33), psychological (1.37) and social (0.70) were considered tolerable. From the qualitative analysis, three themes have emerged: pleasure, suffering and strategies to face suffering. Professionals evaluated autonomy, creativity and team work with sources of pleasure in their working organization. Suffering is perceived within working requirements, physical structure conditions and the complexity of the work carried out by the Family Health staffs; they say, yet, that they utilize strategies to face suffering like sharing work and individual strategies. The conclusion drawn is that the study points out the importance and the professionals´ need of speaking and listening spaces in order to discuss and to reflect about their work organization, by giving power to the work subjectivity, that is, by understanding it as done by people with identity, history; namely, by people who are not only tools, but who produce them within a relationship with pleasing characteristics in order to achieve their goal, namely, health promotion. Designing spaces in order to produce and to reflect about work is considered a needed tool which will contribute for the well-being of healthcare professionals by helping them to understand suffering that occurs before the rise of symptoms and diseases in connection with work. / El programa Salud de la Familia configura una estrategia de reorientación del modelo asistencial que busca mejor comprensión del proceso salud-enfermedad así como la asistencia integral y continuada con foco en las familias de un área adscrito. Se caracteriza, aún, como trabajo complejo, exigiendo, de los profesionales, la construcción colectiva. El objetivo de esta investigación fue evaluar la organización del trabajo, el placer, el sufrimiento y las estrategias de mediación del sufrimiento de los profesionales de los equipos de Salud de la Familia del Grupo Hospitalario Conceição (GHC). Se trata de una investigación con planteamiento cuantitativo transversal y cualitativo estructurado desde la metodología de la Psicodinámica del Trabajo. La recopilación de los datos cuantitativos se realizó de septiembre a noviembre de 2011, con la aplicación del Inventario de Riesgo de Enfermedad relacionado al Trabajo (Itra) junto a los profesionales de los equipos de Salud de la Familia de 12 unidades de salud del GHC localizadas en Porto Alegre/RS, Brasil. A partir de los resultados del análisis factorial de correspondencia de la etapa cuantitativa participaron del estudio cualitativo, tres unidades de salud de la familia, que obtuvieron, a través de la aplicación del Itra, menor, moderado y mayor riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Para la recopilación de los datos cualitativos, se realizaron observación y entrevistas colectivas semi-estructuradas con los profesionales de los equipos de Salud de la Familia en el período de octubre a diciembre de 2012 y, para el análisis, se utilizó el Análisis de Contenido. El Itra concluyó que el contexto de trabajo de los equipos de Salud de la Familia presenta moderado riesgo de enfermedad relacionado al trabajo en cuanto a la organización (3,32), condiciones (3,03) y relaciones sociales y profesionales (2,58) en el trabajo. En cuanto al consumo humano de trabajo, el consumo físico (2,72) y lo afectivo (2,66) fueron evaluados como críticos, mientras lo cognitivo (3,77) como grave riesgo de enfermedad relacionado al trabajo. Las experiencias de placer, con los indicadores realización profesional (4,21) y libertad de expresión (4,21), fueron consideradas satisfactorias, mientras las de sufrimiento y falta de reconocimiento (1,80) fueron igualmente evaluadas como satisfactorias. El indicador de sufrimiento por agotamiento profesional (3,33) fue evaluado como crítico. Los tres factores de la escala de daños relacionados al trabajo, físico (2,33), psicológico (1,37) y social (0,70) fueron considerados soportables. Del análisis cualitativo emergieron tres temas: placer, sufrimiento y estrategias de enfrentamiento del sufrimiento. Los profesionales evalúan la autonomía, la creatividad y el trabajo en equipo con fuentes de placer en la organización de su trabajo. El sufrimiento es percibido en las exigencias del trabajo, en las condiciones de la estructura física y en la complejidad del trabajo realizado por los equipos de Salud de la Familia; dicen, aún, que utilizan estrategias de enfrentamiento del sufrimiento como el compartimento del trabajo y estrategias individuales. Se concluye que el estudio destaca la importancia y la necesidad de que los profesionales dispongan de espacios de habla y escucha para que discutieran y reflejaran acerca de la organización de su trabajo, dando potencia a la subjetividad del trabajo, o sea, entendiéndolo realizado por personas con identidad, con historia; personas que no se vean solamente como instrumentos, pero que los produzcan en la relación con características placenteras para alcanzar su fin, es decir, la promoción de la salud. Se considera que producir espacios para producción y reflexión del trabajo es herramienta necesaria, la cual contribuirá para la salud de los profesionales de la salud, auxiliando la comprensión sobre el sufrimiento que antecede la formación de síntomas y enfermedades relacionadas al trabajo.

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