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Uma análise da perífrase progressiva com verbos estativos no português brasileiro

Bittencourt, Marco Túlio Orelli 14 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2015. / Submitted by Marília Freitas (marilia@bce.unb.br) on 2015-10-20T14:49:40Z No. of bitstreams: 1 2015_MarcoTulioOrelliBittencourt.pdf: 799907 bytes, checksum: f24244330da037740248156bc793d5c8 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2015-10-28T19:23:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_MarcoTulioOrelliBittencourt.pdf: 799907 bytes, checksum: f24244330da037740248156bc793d5c8 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-28T19:23:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_MarcoTulioOrelliBittencourt.pdf: 799907 bytes, checksum: f24244330da037740248156bc793d5c8 (MD5) / Nesta pesquisa, investigamos a ocorrência do progressivo com predicados estativos no português do Brasil tal como exemplificado em João está sabendo geografia e em Maria está vivendo com Pedro. Segundo Cunha (1998, 2004), em proposta desenvolvida para o português europeu, predicados desse tipo se distinguem pela presença/ausência do traço semântico [ + faseável], sendo o progressivo empregado somente com os estativos faseáveis. Analisando os dados do português brasileiro relativos a diferentes subclasses semânticas desses estativos (existenciais, epistêmicos, copulativos, locativos, perceptivos e psicológicos), desenvolvemos a hipótese de que o progressivo, quando combinado com os estativos faseáveis, marca a fronteira ou a transição de fases de um dado estado, distinguindo uma fase anterior do estado e uma fase em curso. Para captar a noção semântica de faseabilidade proposta por Cunha (1998, 2004) em termos formais, recorremos à proposta de Parsons (1990), para o inglês, que trabalha com a noção de eventos subatômicos. Partimos da constatação do autor de que o progressivo tem o efeito de recortar um intervalo de tempo em que um evento é identificado como um estado de coisas, para propor que, quando se trata originalmente de um predicado estativo, o efeito do progressivo é o de identificar um intervalo de tempo em que ocorre a transição entre duas fases do estado denotado. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In this research, we investigate the occurrence of stative predicates and the progressive in Brazilian Portuguese, as in João está sabendo geografia and Maria está vivendo com Pedro. According to Cunha (1998, 2004), in a proposal developed for European Portuguese, statives are distinguished by the presence/absence of the semantic feature [+phase], being the progressive used only with phase statives. Analyzing data from Brazilian Portuguese relative to different semantic subclasses of statives (existential, epistemic, copulative, locative, perceptive, and psychological), we developed a hypothesis according to which the progressive with phase statives mark a frontier or transition of phases of a given state, distinguishing the previous phase of a state and a phase in progress. To capture the semantic notion of phaseability proposed by Cunha (1998, 2004) in formal terms, we appeal to Parsons (1990) proposal, to English, which deals with the notion of subatomic events. We depart from the author’s evidence that the progressive has the effect of cutting an interval of time in an event which is identified as a state of things, to claim that, when a verb is originally an stative, the effect is to identify an interval of time in which a transition between two phases of a state occurs denoted by the verb.

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