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Transtorno de estresse pós-traumático em policiais militares: um estudo prospectivoCâmara Filho, José Waldo Saraiva 24 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-24 / A atividade policial por sua continuada exposição a situações potencialmente
traumáticas é considerada de risco ao desenvolvimento de transtornos psiquiátricos. O
objetivo do estudo foi avaliar a incidência do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
em uma amostra de policiais militares que sofreram traumas físicos num período de um ano
identificando fatores de risco ao adoecer. Métodos: Utilizou-se de um seguimento
prospectivo de policiais militares hospitalizados por conta de traumas físicos. 41 vítimas
foram examinadas num período de 12 meses utilizando-se de instrumentos diagnósticos pelo
DSM-IV, questionários de auto-avaliação e escala de gravidade de lesão. Dezessete variáveis
listadas na literatura como fatores de risco foram investigadas com avaliações sucessivas
durante a hospitalização, um e doze meses após o trauma. Resultados: Incidência do
transtorno de estresse pós-traumático foi de 41,5% no primeiro mês e prevalência de 14,6%
em um ano. A avaliação subjetiva de ameaça à vida foi o principal fator preditor para o
desenvolvimento de TEPT em sua forma aguda e crônica e nenhuma outra variável
apresentou associação estatisticamente significativa com o desfecho mórbido. Queda na
qualidade de vida esteve presente nos pacientes com TEPT crônico. Conclusões: Incidência
do TEPT e a prevalência de sua forma crônica são altas e comparáveis às taxas relatadas na
literatura. A despeito do número de fatores de risco disponíveis na literatura, seu valor
preditivo ao adoecer é ainda insuficiente. Para os objetivos maiores de prevenção e
intervenção precoce numa população traumatizada, a utilização de um modelo compreensivo
mais amplo e integrativo como o de diátese-estresse é requerido.
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